Cadernos Temáticos. Nota Técnica. Gilvan Sampaio

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3 Cadernos Temáticos Projeções Climáticas para o Brasil no Século XXI: impactos na precipitação, temperatura e distribuição de biomas Nota Técnica Gilvan Sampaio Rio de Janeiro, RJ, 2013

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5 Resumo O objetivo do presente artigo é apresentar os resultados de projeções futuras de precipitação e temperatura a partir de 15 modelos globais do IPCC-AR4 de 2007 e de 9 modelos do sistema terrestre que estão sendo utilizados para gerar o próximo relatório do IPCC-AR5 a ser lançado em Os resultados são apresentados para a primeira metade do século XXI. As projeções de temperatura derivadas dos modelos globais do IPCC-AR4 e do IPCC-AR5 indicam a mesma tendência, que é de aumento de temperatura durante a primeira metade do século XXI. Em relação à precipitação os modelos climáticos não são muito conclusivos e as incertezas ainda são grandes. Também são apresentadas as projeções de distribuição de biomas no Brasil em função das projeções climáticas para primeira metade do século XXI. Os resultados indicam que as principais regiões de mudanças estão localizadas no leste e sul da floresta Amazônica, onde projeta-se substituição de floresta tropical por floresta estacional ou por savana, e no interior da região de caatinga do Nordeste do Brasil, onde projeta-se a substituição de caatinga por semi-deserto ou deserto. 1 Introdução O aquecimento global, provocado pelo aumento da quantidade de gases do efeito estufa na atmosfera terrestre, pode provocar mudanças nos ecossistemas terrestres e mudanças nos padrões globais da vegetação. O aumento da temperatura de cerca de 0,74ºC durante o século passado é pequeno se comparado com as projeções de aquecimento para o século XXI. As projeções do quarto relatório do IPCC de 2007 (relatório do IPCC de 2007, a partir daqui chamado de IPCC AR4 IPCC, 2007) indicam para o final deste século um aumento da temperatura média global entre 1,8 C e 4,0 C e um aumento do nível médio do mar entre 0,18 m e 0,59 m, o que pode afetar significativamente as atividades humanas e os ecossistemas terrestres. Estudos recentes indicam que, ao contrário da maioria das atividades humanas, ecossistemas naturais não apresentam grande capacidade de adaptação (ou bem-sucedida migração em resposta) à magnitude das mudanças climáticas se estas ocorrerem no curto intervalo de décadas. Estes podem normalmente migrar ou se adaptar a mudanças climáticas que ocorram na escala de muitos séculos a milênios. Quando somamos ao aquecimento global as alterações de vegetação resultantes das mudanças dos usos da terra, notadamente os desmatamentos das florestas tropicais e subtropicais e dos cerrados, é quase certo que acontecerão rearranjos importantes nos ecossistemas e até mesmo redistribuição de biomas. A assombrosa velocidade com que tais alterações estão ocorrendo, em comparação àquelas dos processos naturais em ecossistemas, introduz séria ameaça à mega-diversidade de espécies da flora e da fauna dos ecossistemas com o provável resultado de sensível empobrecimento biológico (Nobre et al., 2005). O presente artigo apresenta projeções climáticas para o Brasil no século XXI e analisa as possíveis mudanças na precipitação, temperatura e distribuição de biomas, principalmente nos biomas Amazônia e Caatinga. Apesar do título do artigo mencionar que a análise é para o século XXI, aqui são apresentados resultados apenas para a primeira metade do século XXI (em dois períodos e ) que é quando deverão ocorrer as principais mudanças projetadas no clima. Na segunda metade do século XXI, segundo as projeções climáticas indicam, as mudanças que poderão ocorrer na primeira metade desse século ficarão mais intensas, ou seja, se a projeção é de diminuição de precipitação

6 em determinada região para a primeira metade do século, na segunda metade do século essa diminuição da precipitação projetada, em geral, é mais acentuada. 2 Metodologia Este estudo utilizou os resultados de 15 modelos climáticos acoplados oceano-atmosfera (Tabela 1) preparados para o IPCC/AR4 (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas Quarto Relatório de Avaliação, sigla em inglês) e 9 modelos do sistema terrestre (ESM Earth System Models sigla em inglês, Tabela 2) do World Climate Research Programme s (WCRP s) Coupled Model Intercomparison Project phase 5 (CMIP5), os quais irão fazer parte do Quinto Relatório de Avaliação do IPCC (IPCC/AR5) a ser lançado no segundo semestre de A escolha destes modelos dentre os conjuntos disponíveis do IPCC, foi baseada na disponibilidade de informação de três cenários de emissões de gases de efeito estufa (cenários B1, A1B e A2) do IPCC/AR4 e dois cenários representativos das concentrações de gases de efeito estufa (cenários RCP 2.6 e RCP 8.5) do IPCC/AR5 que são chamados de RCPs (Representative Concentration Pathways). Todos os modelos selecionados incluem um modelo de circulação oceânica, que geralmente tem maior resolução horizontal que o da componente atmosférica. Os modelos globais são forçados por um conjunto de condições de contorno determinadas por cenários de emissões antropogênicas de dióxido de carbono (CO2) e de outros gases radiativamente ativos. Os resultados destes modelos foram utilizados pelo modelo de vegetação potencial CPTEC-PVM2 (Lapola et al., 2009) para avaliar quantitativamente as prováveis alterações e redistribuições dos biomas na América do Sul para a primeira metade do século XXI em dois períodos: e Tabela 1 - Modelos de circulação geral Oceano-Atmosfera cujas simulações climáticas (preparadas para o IPCC/AR4) foram utilizadas neste estudo. Modelo BCCR-BCM2.0 CCSM3 CGCM3.1(T47) CNRM-CM3 CSIRO-Mk3.0 ECHAM5/MPI-OM ECHO-G Instituto (País) Bjerknes Centre for Climate Research (Norway) National Center for Atmospheric Research (USA) Canadian Centre for Climate Modelling & Analysis (Canada) Météo-France /Centre National de Recherches Météorologiques (France) CSIRO Atmospheric Research (Austrália) Max Planck Institute for Meteorology (Germany) Meteorological Institute of the University of Bonn (Germany), Institute of KMA (Korea) GFDL-CM2.0 GFDL-CM2.1 GISS-ER INM-CM3.0 IPSL-CM4.0 MIROC3.2-medres US Dept. of Commerce / NOAA / Geophysical Fluid Dynamics Laboratory (USA) US Dept. of Commerce / NOAA / Geophysical Fluid Dynamics Laboratory (USA) NASA/Goddar Institute for Space Studies (USA) Institute for Numerical Mathematics (Russia) Institut Pierre Simon Laplace (France) Center for Climate System Research (Univ. of Tokyo), National Institute For Environmental Studies, and Frontier Research Center For Global Change (Japan)

7 MRI-CGCM2.3.2 UKMO-HadCM3 Meteorological Research Institute (Japan) Hadley Centre for Climate Prediction and Research /Met Office (UK) Tabela 2 - Modelos do Sistema Terrestre (ESM) cujas simulações climáticas (preparadas para o IPCC/AR5) foram utilizadas neste estudo. Modelo CCSM4 CSIRO-Mk3.0 GFDL-ESM GISS-E2-R HadGEM2-ES IPSL-CM5A-LR MIROC5 MRI-CGCM3 Nor-ESM1-EM Instituto (País) National Center for Atmospheric Research (USA) CSIRO Atmospheric Research (Austrália) US Dept. of Commerce / NOAA / Geophysical Fluid Dynamics Laboratory (USA) NASA/Goddar Institute for Space Studies (USA) Hadley Centre for Climate Prediction and Research /Met Office (UK) Institut Pierre Simon Laplace (France) Center for Climate System Research (Univ. of Tokyo), National Institute For Environmental Studies, and Frontier Research Center For Global Change (Japan) Meteorological Research Institute (Japan) Norwegian Climate Centre (Noruega) 2.1 Modelo de vegetação potencial CPTEC/PVM2 O modelo de vegetação potencial CPTEC-PVM2 (Oyama e Nobre, 2004) tem sido utilizado em diferentes estudos climáticos, aproveitando seu bom desempenho na simulação dos biomas globais, em especial sobre a América do Sul e sua simplicidade (o que permite atribuir causalidade nos diferentes experimentos). Por exemplo, tem sido utilizado para o estudo dos estados de equilíbrio do sistema bioma-clima na América do Sul (Oyama e Nobre, 2003); para investigar as conseqüências da mudança climática nos biomas da América do sul usando o modelo desacoplado da componente atmosférica (Nobre et al., 2004, Salazar et al., 2007) e acoplado a um modelo climático regional (Cook e Vizy, 2008); para estudar a redistribuição dos biomas como resposta às mudanças no clima produzidas pela substituição de floresta por pastagem degradada e soja (Sampaio et al., 2007); ou para integrar o modelo às condições do holoceno médio para o estudo da distribuição da vegetação no passado (Melo, 2007). Para esse estudo foi utilizado o modelo de vegetação potencial CPTEC-PVM2.0 (Lapola et al., 2009). Esta é uma versão do modelo CPTEC-PVM com a incorporação do ciclo de carbono, sem perder seu bom desempenho para a simulação dos biomas na América do Sul. O modelo de vegetação potencial CPTEC-PVM2.0 (Lapola et al., 2009) considera a resposta fisiológica da vegetação para diferentes níveis de CO2, fazendo com que os biomas sejam determinados principalmente a partir da PPL, o que demanda o cálculo dos processos que caracterizam e influenciam a fotossíntese e a respiração autotrófica. A formulação do sub-modelo de fotossíntese baseia-se nos modelos de vegetação TRIFFID-DVM (Cox, 2001), Simple TRIFFID-DVM (Huntingford et al., 2000) e do esquema de parametrização de superfície SiB2 (Sellers et al., 1996), os quais por sua vez são derivados dos trabalhos pioneiros de Farquhar et al. (1980) e Collatz et al. (1991). A taxa bruta de fotossíntese do dossel é calculada em termos de três fatores potencialmente limitantes do processo fotossintético: limitação enzimática pela Rubisco, limitação pela luminosidade e limitação da capacidade de transporte dos produtos fotossintéticos. A respiração autotrófica é dividida entre respiração

8 pelas folhas e respiração de manutenção de outras partes da planta. O sub-modelo de balanço hídrico é similar ao do modelo CPTEC-PVM. A diferença é que o sub-modelo de ciclo de carbono provê dados para o cálculo da resistência do dossel (baseado na PPL e a concentração de CO2), o que por sua vez influencia as taxas de evapotranspiração (variável que acopla o ciclo de carbono e o balanço hídrico). A determinação da distribuição dos biomas baseia-se na suposição de que diferentes tipos de biomas têm diferentes PPL. Nos casos nos quais a PPL é similar, outras variáveis ambientais são utilizadas para a determinação dos biomas. Conforme citado em Lapola et al. (2009) as variáveis de entrada são: T c = Min{}12 T, i =1... M PPL R = ( M 35 i IPAR ) / 45 S {}{} PPLi Min PPLi, = Max = i M PPL M IPAR com Tc representando a temperatura do mês mais frio ( C) e T a temperatura média mensal ( C); R (adimensional) é um índice que compara a PPL com um valor de referência que depende somente de IPAR; S é um índice de sazonalidade da PPL (adimensional, normalizado no intervalo 0-1); MPPL (KgC/m2/a) e MIPAR (W/m2) são as médias anuais de PPL e IPAR, respectivamente; o índice i refere-se ao mês (de 1 a 12). Para cada ponto de grade (localidade), a partir da climatologia mensal da precipitação, temperatura do ar e radiação fotossinteticamente ativa, executam-se os sub-modelos de balanço hídrico e ciclo de carbono para calcular as variáveis acima citadas. 2.2 Cenários do IPCC-AR4 e CMIP5 (IPCC-AR5) utilizados Foram feitas análises das anomalias de precipitação e temperatura para dois períodos futuros ( e ) em relação à climatologia de cada modelo (período ), para os 15 modelos globais do IPCC-AR4 para os cenários A2 e B1 e para os 9 modelos do sistema terrestre do CMIP5 (IPCC -AR5) para os cenários RCP2.6 e RCP8.5. Em relação à temperatura todos os modelos apontam para anomalias positivas de temperatura, ou seja, aquecimento, que aumenta conforme o tempo e o aumento de gases de efeito estufa na atmosfera, ou

9 seja, notam-se maiores mudanças para o período para os cenários A2 e RCP8.5 (Figuras 1, 2 e 3). Para o período , cenários B1 (não mostrado aqui) e RCP2.6, que representam os cenários de mais baixas emissões de gases de efeito estufa, as projeções de anomalias de temperatura dos 24 modelos indicam aumento de temperatura de 0,5 C até 3,0 C para o período (Figura 1). Para o período cenários A2 e RCP8.5 (Figuras 2 e 3), que representam os cenários de mais altas emissões de gases de efeito estufa, as projeções de anomalias de temperatura dos 24 modelos indicam aumento de temperatura de 1,0 C a 4,0 C para o período (Figuras 2 e 3). Figura 1 - Anomalias de temperatura para o período para o cenário RCP2.6 do IPCC-AR5 em relação à própria climatologia do modelo ( ), para os 9 modelos do sistema terrestre analisados. Fonte: CMIP5.

10 Figura 2 - Anomalias de temperatura para o período para o cenário A2 em relação à própria climatologia do modelo ( ), para os 15 modelos globais analisados. Fonte: IPC- C-AR4.

11 Figura 3 - Anomalias de temperatura para o período para o cenário RCP8.5 do IPCC-AR5 em relação à própria climatologia do modelo ( ), para os 9 modelos do sistema terrestre analisados. Fonte: CMIP5. Em relação à precipitação os resultados são diferentes, apresentando divergências no valor e sinal da anomalia de precipitação (Figuras 3, 4 e 5). É possível observar que as áreas de concordância entre os modelos, tanto para as anomalias positivas quanto para as negativas, não mudam muito entre cenários e com o avanço do tempo. Em geral, os modelos globais apontam para anomalias positivas de precipitação na região sul do Brasil e oeste da Amazônia; e anomalias negativas para partes do Nordeste do Brasil. As áreas de discordância entre os modelos estão localizadas no interior do continente, principalmente no sul e leste da Amazônia, norte da Bolívia e do Paraguai. Assim, em relação ao volume de precipitação, os modelos ainda projetam muitas incertezas em relação às possíveis mudanças na precipitação pluviométrica. Em relação ao volume de precipitação, as observações das últimas 5 a 6 décadas indicam tendências já detectadas em estudos anteriores do IPCC AR4 (Trenberth et al. 2007), com aumento do volume de precipitação em até 30% por década na Bacia do Prata e em algumas áreas isoladas do Nordeste do país. Para a Amazônia, não se observa uma tendência clara de aumento ou redução da precipitação (devido ao desmatamento), apresentando mais uma tendência de variações interdecadais contrastantes entre o Norte e o Sul do Brasil (Marengo 2004). No Nordeste, as tendências observadas também sugerem uma variabilidade interanual associada ao El Niño e ao gradiente de temperatura da superfície do mar (TSM) no Atlântico Tropical, assim como uma tendência decadal associada às mudanças na posição meridional da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Regionalmente, tem sido observado um aumento do total e dos extremos

12 de chuva no Sul e em partes do Sudeste do Brasil, na bacia do Paraná-Prata, desde 1950, consistente com tendências similares em outros países do Sudeste da América do Sul. Assim, como mencionado no relatório do IPCC (2007), é muito provável que haja um aumento da intensidade da precipitação em diversas regiões, sobretudo na região tropical ao longo do século XXI. As projeções de extremos para a primeira e segunda metades do Século XXI (não mostradas aqui) indicam, em geral, aumento nos extremos de temperatura, como noites mais quentes e ondas de calor, e nos indicadores de eventos extremos de chuva e de períodos secos consecutivos. Figura 4 - Anomalias de precipitação para o período para cenário B1 em relação à própria climatologia do modelo ( ), para os 15 modelos globais analisados. Fonte: IPC- C-AR4.

13 Figura 5 - Anomalias de precipitação para o período para o cenário RCP2.6 do IPCC-AR5 em relação à própria climatologia do modelo ( ), para os 9 modelos do sistema terrestre analisados. Fonte: CMIP5.

14 Figura 6 - Anomalias de temperatura para o período para o cenário RCP8.5 do IPCC-AR5 em relação à própria climatologia do modelo ( ), para os 9 modelos do sistema terrestre analisados. Fonte: CMIP Efeito da mudança climática nos biomas do Brasil a partir dos modelos globais do IPCC-AR4 e CMIP5 (IPCC-AR5) Para o estudo das conseqüências da mudança climática na distribuição dos biomas na América do Sul foi integrado o modelo CPTEC-PVM2 com os resultados dos 24 modelos globais de mudança climática. Os resultados (Figuras 7, 8 e 9) indicam que a maioria dos modelos apontam para a substituição da floresta tropical por floresta estacional e savana no sul e leste da Amazônia; mudança de vegetação de caatinga para semi-deserto e/ou deserto no interior da área de caatinga no Nordeste do Brasil (essa mudança é mais notável para o segundo período, , para os cenários A2 (não mostrado aqui) e RCP8.5). Importante notar que as maiores mudanças projetadas foram detectadas nas mesmas regiões, o que dá maior embasamento para a análise. Mesmo para o período (Figuras 7 e 8) para os cenários mais otimistas, ou seja, com mais baixas emissões de gases de efeito estufa (cenários B1 e RCP2.6), observam-se mudanças de floresta tropical para floresta estacional e/ou savana no sudeste da Amazônia. Assim, conforme aumenta o tempo (Figura 9), as áreas de mudanças são maiores, principalmente no leste da Bacia Amazônica, e notam-se áreas com semideserto no interior da Caatinga do Nordeste do Brasil. As regiões Sudeste e Sul do Brasil e oeste da Amazônia não apresentam maiores alterações nos biomas. Nota-se que as alterações nos biomas mudam drasticamente conforme aumenta o cenário de emissões.

15 Figura 7 - Mapa com projeções de vegetação potencial obtidos com o modelo CPTEC-P- VM2.0 para o período para o cenário de emissões B1 a partir da projeção de 15 modelos climáticos do IPCC-AR4. O mapa inferior indica a vegetação potencial natural e foi colocado para efeitos de comparação.

16 Figura 8 - Mapa com projeções de vegetação potencial obtidos com o modelo CPTEC-P- VM2.0 para o período para o cenário de emissões RCP2.6 a partir da projeção de 9 modelos climáticos do CMIP5 (IPCC-AR5). O mapa inferior indica a vegetação potencial natural e foi colocado para efeitos de comparação.

17 Figura 9 - Mapa com projeções de vegetação potencial obtidos com o modelo CPTEC-P- VM2.0 para o período para o cenário de emissões RCP8.5 a partir da projeção de 9 modelos climáticos do CMIP5 (IPCC-AR5). O mapa inferior indica a vegetação potencial natural e foi colocado para efeitos de comparação. 2.4 Discussão e conclusões As projeções de mudanças da temperatura derivadas dos modelos globais do IPCC-AR4 e do CMI- P5-IPCC-AR5 indicam aumento de temperatura para a América do Sul que aumenta com a maior concentração de gases na atmosfera. Todos os 24 modelos apresentados nesse estudo indicaram essa tendência de aumento das temperaturas ao longo do século XXI. As projeções de mudanças nos regimes e distribuição de precipitação derivadas dos modelos climáticos globais do IPCC-AR4 e do CMIP5-IPCC-AR5 não são muito conclusivas e as incertezas ainda são grandes, pois dependem dos modelos e das regiões consideradas. Na Amazônia e no Nordeste, embora alguns modelos climáticos globais apresentem reduções drásticas de precipitações, outros modelos apre-

18 sentam aumento. Todavia, quando é analisada a média de todas as projeções conclui-se que há uma maior probabilidade de redução do volume de precipitação em regiões como o leste e o nordeste da Amazônia e em grande parte do Nordeste do Brasil, sobretudo na região semi-árida. Assim, segundo os resultados analisados e os relatórios do IPCC-AR4 para a América Latina (Magrin et al. 2007) e do INPE (Marengo et al. 2007, Ambrizzi et al. 2007), o Semi-Árido Nordestino tenderá a tornar-se mais árido. A frequência e a intensidade das secas aumentarão e haverá redução de disponibilidade de recursos hídricos. As projeções futuras dos modelos de clima também sugerem um aumento da chuva para a região Sul do Brasil, para a Bacia do Prata e para o oeste da Amazônia, ao longo do Século XXI. Possivelmente esse aumento será na forma de eventos extremos de chuva mais intensos e frequentes, o que já vem sendo observado desde 1950 (Marengo et al. 2008). Importante ressaltar que as projeções mais recentes do CMIP5-IPCC-AR5 não são muito diferentes das projeções feitas pelo IPCC-AR4 o que torna mais confiável as análises das projeções futuras. A análise da distribuição da vegetação com os cenários globais permitiu identificar as áreas com maior probabilidade de mudança na vegetação com o aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera durante a primeira metade do século XXI. As principais regiões de mudança estão localizadas no leste e sul da floresta Amazônica, onde projeta-se substituição de floresta tropical por floresta estacional ou por savana, e no interior da região de caatinga do Nordeste do Brasil, onde projeta-se a substituição de caatinga por semi-deserto ou deserto. Tudo indica que as mudanças da floresta tropical e da caatinga estão relacionadas principalmente com as mudanças na umidade projetadas para o século XXI. 3 Referências Bibliográficas AMBRIZZI, T.; ROCHA. R.; MARENGO, J.; PISNITCHENKO, A. I.; ALVES, L.; FERNAN- DEZ, J.P. Cenários regionalizados de clima no Brasil para o século XXI: projeções de clima usando três modelos regionais.brasília: Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade e Florestas, Diretoria de Conservação da Biodiversidade- Mudanças climáticas globais e efeitos sobre a biodiversidade Subprojeto: Caracterização do clima atual e definição das alterações climáticas para o território brasileiro ao longo do século XXI. Brasília: Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) 108p Relatório 3. COLLATZ, G.J.; BALL, J.T.; GRIVET, C., BERRY, J.A. Physiological and environmental regulation of stomatal conductance, photosynthesis and transpiration: a model that includes a laminar boundary layer. Agr. Forest Meteorol., v. 54, n. 2-4, p , doi: / (91) , COOK, K.H.; VIZY, E.K. Effects of Twenty-First-century climate change on the Amazon rainforest. Journal of Climate, v. 21, n. 3, p , COX, P. M. Description of the TRIFFID dynamic global vegetation model. Hadley Centre Technical Note 24, UK Meteorological Oce, Bracknell, UK, FARQUHAR, G.D.; VON CAEMMERER, S.; BERRY, J.A. A biochemical model of photosynthetic CO2 assimilation in leaves of C3 plants. Planta, v. 149, n. 1, p , doi: /BF , HUNTINGFORD, C.; COX, P. M.; LENTON, T. M. Contrasting responses of a simple terrestrial

19 ecosystem model to global change. Ecol. Model., v. 134, n. 1, p , doi: /S (00) , IPCC, 2007 Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). Climate Change 2007: The Physical Science Basis Summary for Policymakers, LAPOLA, D.M.; OYAMA. M.D.; NOBRE, C.A. Exploring the range of climate-biome projections for tropical South America: the role of CO2 fertilization and seasonality, Global Biogeochem. Cycles, doi: /2008gb003357, In press, Magrin, G., Gay-García, C., Cruz-Choque, D., Giménez, J.C., Moreno, A.R., Nagy, G.J., Nobre, C. & Villamizar, A Latin America. Climate change 2007: impacts, adaptation and vulnerability. In: Parry, M.L., Canziani, O.F., Palutikof, J.P., van der Linden, P.J. & Hanson, C.E. (eds) Contribution of working group II to the 4th Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change, Cambridge University Press, Cambridge, p Marengo J. A., Nobre, C. A., Tomasella, J, Oyama, M., Sampaio, G., Camargo, H., Alves, L. M., De Oliveira, R., 2008a: The drought of Amazonia in Journal of Climate, 21, Marengo, J. (2004) Interdecadal variability and trends of rainfall across the Amazon basin. Theoretical and Applied Climatology. 78, MARENGO, J.A.; ALVES, L.; VALVERDE, M.; ROCHA, R.; LABORBE, R. Eventos extremos em cenários regionalizados de clima no Brasil e América do Sul para o século XXI: projeções de clima futuro usando três modelos regionais.,brasília: Ministério do Meio Ambiente MMA, Secretaria de Biodiversidade e Florestas SBF, Diretoria de Conservação da Biodiversidade DCBio Mudanças Climáticas Globais e Efeitos sobre a Biodiversidade Sub projeto: Caracterização do clima atual e definição das alterações climáticas para o território brasileiro ao longo do Século XXI Relatório 5. MARENGO, J.A.; DIAS, P.S. Mudanças climáticas globais e seus impactos nos recursos hídricos. [ Global climate change and its impacts on water resources] In: Águas Doces no Brasil: Capital Ecológico, Uso e Conservação. 3 rd edition. Eds. Rebouças, A.C.; Braga B.; Tundisi J.G. Institute of advantage studies, University of São Paulo (USP) and Brazilian Academy of Sciences. São Paulo, p , MELO, M. L. D. Simulações de clima para o holoceno médio usando o MCGA do CPTEC, com ênfase sobre a América do Sul p. (INPE TDI/1306). Tese (Doutorado em Meteorologia) - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos NOBRE, C.A.; ASSAD, E.D.; OYAMA, M.D. Mudança ambiental no Brasil: o impacto do aquecimento global nos ecossistemas da Amazônia e na agricultura. Sci. Am. Brasil, Special Issue: A Terra na Estufa, p , NOBRE, C.A.; OYAMA, M.D.; OLIVEIRA, G.S.; MARENGO, J.A.; SALATI, E. Impacts of climate change scenarios for on the biomes of South America. In: CLIVAR INTERNATIONAL CONFERENCE, 1, 2004, Baltimore, USA. Proceedings... Baltimore: [s.n], 2004.

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