4206 Diário da República, 1.ª série N.º de Setembro de 2010
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1 4206 Diário da República, 1.ª série N.º de Setembro de 2010 ortaria n.º 963/2010 de 23 de Setembro O Decreto -Lei n.º 382/99, de 22 de Setembro, estabelece as normas e os critérios para a delimitação de perímetros de protecção de captações de águas subterrâneas destinadas ao abastecimento público, com a finalidade de proteger a qualidade das águas dessas captações. Os perímetros de protecção visam prevenir, reduzir e controlar a poluição das águas subterrâneas (por infiltração de águas pluviais lixiviantes e de águas excedentes de rega e de lavagens), potenciar os processos naturais de diluição e de autodepuração, prevenir, reduzir e controlar as descargas acidentais de poluentes e, por último, proporcionar a criação de sistemas de aviso e alerta para a protecção dos sistemas de abastecimento de água. Todas as captações de água subterrânea destinadas ao abastecimento público de água para consumo humano, e a delimitação dos respectivos perímetros de protecção, estão sujeitas às regras estabelecidas no mencionado Decreto -Lei n.º 382/99 de 22 de Setembro, bem como ao disposto no artigo 37.º da Lei da Água (Lei n.º 58/2005, de 29 de Dezembro) e na ortaria n.º 702/2009, de 6 de Julho. Na sequência de uma proposta da Câmara unicipal do Barreiro, a Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Tejo, I.., ao abrigo do n.º 2 do artigo 4.º do Decreto -Lei n.º 382/99, de 22 de Setembro, elaborou uma proposta de delimitação e respectivos condicionamentos dos perímetros de protecção para as captações nos pólos de captação de Alto do aiva, arque da Cidade, Loios, Sete ortais, Vale Romão, ercado Abastecedor, Coina e enalva, no concelho do Barreiro. Compete, agora, ao Governo aprovar as referidas zonas de protecção. Assim: Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 4.º do Decreto -Lei n.º 382/99, de 22 de Setembro, na redacção dada pelo Decreto- -Lei n.º 226 -A/2007, de 31 de aio, manda o Governo, pela inistra do Ambiente e do Ordenamento do Território, o seguinte: Artigo 1.º Delimitação de perímetros de protecção 1 É aprovada a delimitação dos perímetros de protecção das captações designadas por: a) AC6 do pólo de captação do Alto do aiva; b) FR2 e FR6 do pólo de captação do arque da Cidade; c) FR4 e FR8 do pólo de captação dos Loios; d) AC3 do pólo de captação de Sete ortais; e) AC5 e FR1 do pólo de captação de Vale Romão; f) FR3 do pólo de captação do ercado Abastecedor; g) FR7 do pólo de captação de Coina; h) FR5 do pólo de captação de enalva; localizadas no concelho do Barreiro, nos termos dos artigos seguintes. 2 As coordenadas das captações referidas no número anterior constam do anexo I da presente portaria, que dela faz parte integrante. Artigo 2.º Zona de protecção imediata 1 A zona de protecção imediata respeitante aos perímetros de protecção mencionados no artigo anterior corresponde à área da superfície do terreno envolvente à captação delimitada através de polígonos que resultam da união dos vértices indicados nos quadros constantes do anexo II da presente portaria, que dela faz parte integrante. 2 É interdita qualquer instalação ou actividade na zona de protecção imediata a que se refere o número anterior, com excepção das que têm por objectivo a conservação, manutenção e melhor exploração da captação, devendo o terreno nesta zona ser vedado e mantido limpo de quaisquer resíduos, produtos ou líquidos que possam provocar infiltração de substâncias indesejáveis para a qualidade da água da captação, nos termos do n.º 1 do artigo 6.º do Decreto -Lei n.º 382/99, de 22 de Setembro. Artigo 3.º Zona de protecção intermédia 1 A zona de protecção intermédia respeitante aos perímetros de protecção mencionados no artigo 1.º corresponde à área da superfície do terreno delimitada através de polígonos que resultam da união dos vértices indicados nos quadros constantes do anexo III da presente portaria, que dela faz parte integrante. 2 Na zona de protecção intermédia a que se refere o número anterior são interditas, nos termos dos n. os 2 e 3 do artigo 6.º do Decreto -Lei n.º 382/99, de 22 de Setembro, as seguintes actividades e instalações: a) Infra -estruturas aeronáuticas; b) Oficinas e estações de serviço de automóveis; c) Depósitos de materiais radioactivos, de hidrocarbonetos e de resíduos perigosos; d) ostos de abastecimento e áreas de serviço de combustíveis; e) Canalizações de produtos tóxicos; f) Lixeiras e aterros sanitários, incluindo quaisquer tipo de aterros para resíduos perigosos, não perigosos ou inertes; g) edreiras e explorações mineiras, bem como quaisquer indústrias extractivas; h) Depósitos de sucata; i) Cemitérios; j) Transporte de hidrocarbonetos, de materiais radioactivos ou de outras substâncias perigosas; l) Lagos e quaisquer obras ou escavações destinadas à recolha e armazenamento de água ou quaisquer substâncias susceptíveis de se infiltrarem, no caso de não serem impermeabilizadas; m) Unidades industriais susceptíveis de produzir substâncias poluentes que, de forma directa ou indirecta, possam vir a alterar a qualidade da água subterrânea; n) A instalação de fossas de esgoto em zonas onde estejam disponíveis sistemas públicos de saneamento de águas residuais, bem como a rejeição e aplicação de efluentes no solo. 3 Na zona de protecção intermédia a que se refere o n.º 1 são condicionadas, nos termos do n.º 2 do artigo 6.º do Decreto -Lei n.º 382/99, de 22 de Setembro, ficando sujeitas a parecer prévio vinculativo da ARH do Tejo, I.., as seguintes actividades e instalações: a) A construção de edificações, as quais podem ser permitidas desde que seja assegurada a ligação à rede de saneamento municipal ou, na sua impossibilidade, a instalação de fossa do tipo estanque;
2 Diário da República, 1.ª série N.º de Setembro de b) As estradas e caminhos de ferro, os quais podem ser permitidos desde que sejam tomadas as medidas necessárias para evitar a contaminação dos solos e da água subterrânea; c) Os espaços destinados a práticas desportivas e a instalação de parques de campismo, os quais podem ser permitidos desde que as instalações e ou actividades não promovam a contaminação da água subterrânea e seja assegurada a ligação das infra -estruturas de saneamento à rede municipal; d) A instalação de colectores de águas residuais e estações de tratamento de águas residuais, os quais podem ser permitidos desde que respeitem critérios rigorosos de estanquidade, devendo as estações de tratamento de águas residuais estar ainda sujeitas a verificações periódicas do seu estado de conservação; e) As fossas de esgoto, as quais podem ser permitidas desde que respeitem rigorosos critérios de estanquidade, devendo as fossas existentes ser substituídas e ou reconvertidas em sistemas estanques, devendo ainda, logo que estejam disponíveis sistemas públicos de saneamento de águas residuais nestas zonas, ser desactivadas todas as fossas com a efectivação da ligação predial ao sistema de saneamento; f) Os usos agrícolas e pecuários, os quais apenas são permitidos desde que não causem problemas de poluição da água subterrânea, nomeadamente através da aplicação inadequada de fertilizantes e pesticidas móveis e persistentes na água ou que possam formar substâncias tóxicas, persistentes ou bioacumuláveis, ou através da rejeição de efluentes no solo; g) A pastorícia, a qual pode ser desenvolvida desde que não cause problemas de poluição da água subterrânea, nomeadamente através do pastoreio intensivo. Artigo 4.º Zona de protecção alargada 1 A zona de protecção alargada respeitante aos perímetros de protecção mencionados no artigo 1.º corresponde à área da superfície do terreno delimitada através de polígonos que resultam da união dos vértices indicados nos quadros constantes do anexo IV da presente portaria, que dela faz parte integrante. 2 Na zona de protecção alargada referida no número anterior são interditas, nos termos dos n. os 4 e 5 do artigo 6.º do Decreto -Lei n.º 382/99, de 22 de Setembro, as seguintes actividades e instalações: a) Depósitos de materiais radioactivos, de hidrocarbonetos e de resíduos perigosos; b) Canalizações de produtos tóxicos; c) Refinarias e indústrias químicas; d) Lixeiras e aterros sanitários, incluindo quaisquer tipo de aterros para resíduos perigosos, não perigosos ou inertes; e) edreiras e explorações mineiras, bem como quaisquer indústrias extractivas; f) Depósitos de sucata; g) Cemitérios; h) Transporte de hidrocarbonetos, de materiais radioactivos ou de outras substâncias perigosas; i) A instalação de fossas de esgoto em zonas onde estejam disponíveis sistemas públicos de saneamento de águas residuais, bem como a rejeição e aplicação de efluentes no solo. 3 Na zona de protecção alargada referida no n.º 1 são condicionadas, nos termos do n.º 4 do artigo 6.º do Decreto -Lei n.º 382/99, de 22 de Setembro, ficando sujeitas a parecer prévio vinculativo da ARH do Tejo, I.., as seguintes actividades e instalações: a) Lagos e quaisquer obras ou escavações destinadas à recolha e armazenamento de água ou quaisquer substâncias susceptíveis de se infiltrarem, incluindo a realização de sondagens de pesquisa e captação de água subterrânea, devendo ser cimentadas todas as captações de água subterrânea existentes que sejam desactivadas; b) A instalação de colectores de águas residuais e estações de tratamento de águas residuais, os quais podem ser permitidos desde que respeitem critérios rigorosos de estanquidade, devendo as estações de tratamento de águas residuais estar ainda sujeitas a verificações periódicas do seu estado de conservação; c) As fossas de esgoto, as quais podem ser permitidas desde que respeitem rigorosos critérios de estanquidade, devendo as fossas existentes ser substituídas e ou reconvertidas em sistemas estanques e, logo que estejam disponíveis sistemas públicos de saneamento de águas residuais nestas zonas, devem ser desactivadas todas as fossas com a efectivação da ligação predial ao sistema de saneamento; d) Os usos agrícolas e pecuários, os quais apenas são permitidos desde que não causem problemas de poluição da água subterrânea, nomeadamente através da aplicação inadequada de fertilizantes e pesticidas móveis e persistentes na água ou que possam formar substâncias tóxicas, persistentes ou bioacumuláveis; e) As oficinas, estações de serviço de automóveis, postos de abastecimento e áreas de serviço de combustíveis e infra -estruturas aeronáuticas são permitidos desde que seja garantida a impermeabilização do solo sob as zonas afectas à manutenção, reparação e circulação de automóveis e aeronaves, bem como as zonas de armazenamento de óleos e lubrificantes, devendo, em qualquer caso, ser garantida a recolha e ou tratamento de efluentes. Artigo 5.º Representação das zonas de protecção As zonas de protecção intermédia e alargada, respeitantes aos perímetros de protecção mencionados no artigo 1.º, encontram -se representadas nos quadros do anexo V da presente portaria, que dela faz parte integrante. Artigo 6.º Entrada em vigor A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. A inistra do Ambiente e do Ordenamento do Território, Dulce dos razeres Fidalgo Álvaro ássaro, em 10 de Setembro de ólo de captação ANEXO I Coordenadas das captações Captação Alto do aiva AC , ,1 arque da Cidade... FR , ,0 FR , ,0
3 4208 Diário da República, 1.ª série N.º de Setembro de 2010 ólo de captação Captação Loios FR , ,6 FR , ,0 Sete ortais AC , ,6 Vale Romão AC , ,0 FR , ,5 ercado Abastecedor FR , ,0 Coina FR , ,0 enalva FR , ,0 Captação FR , , , , , , , ,1 ólo de captação de Sete ortais Captação AC3 ANEXO II Zona de protecção imediata ólo de captação do Alto do aiva Captação AC , , , , , , , , , ,1 ólo de captação de Vale Romão , , , , , , , ,2 Captação AC5 ólo de captação do arque da Cidade Captação FR , , , , , , , ,2 Captação FR , , , , , , , ,5 Captação FR , , , , , , , , , ,7 ólo de captação do ercado Abastecedor Captação FR , , , , , , , , , , , , , , , ,9 ólo de captação dos Loios Captação FR4 ólo de captação de Coina Captação FR , , , , , , , , , , , , , , , ,4
4 Diário da República, 1.ª série N.º de Setembro de ólo de captação de enalva ólo de captação dos Loios Captação FR5 Captação FR , , , , , , , ,4 ANEXO III Zona de protecção intermédia ólo de captação do Alto do aiva Captação AC , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,8 ólo de captação do arque da Cidade , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,9 Captação FR , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,8 Captação FR2 ólo de captação de Sete ortais Captação AC , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,8 Captação FR , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,2 ólo de captação de Vale Romão Captação FR , , , , , , , , , ,2
5 4210 Diário da República, 1.ª série N.º de Setembro de , , , , , , , , , , , ,9 A zona de protecção intermédia da captação AC5 corresponde à área da superfície do terreno definida por um círculo de 49 m de raio com centro na captação. ANEXO IV Zona de protecção alargada ólos de captação de Alto do aiva, arque da Cidade e Loios Captações AC6, FR2, FR4, FR6 e FR , , , ,4 ólo de captação do ercado Abastecedor Captação FR , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,6 ólos de captação de Sete ortais, Vale Romão e ercado Abastecedor Captações AC3, AC5, FR1 e FR3 ólo de captação de Coina Captação FR , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,4 ólo de captação de enalva Captação FR , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,4 ólo de captação de Coina Captação FR , , , , , , , , , , , , , , , , , ,1 ólo de captação de enalva Captação FR , , , , , , , , , , , ,7
6 Diário da República, 1.ª série N.º de Setembro de ólo de captação de Coina , , , , , ,3 Nota. As coordenadas das captações e dos vértices que delimitam as zonas de protecção encontram -se no sistema de coordenadas rectangulares planas, Hayford -Gauss ilitar, Datum de Lisboa. ANEXO V lanta de localização das zonas de protecção Extracto da Carta ilitar de ortugal. Série 888 1/ (IGeoE) ólos de captação de Alto do aiva, arque da Cidade e Loios ólo de captação de enalva ólos de captação de Sete ortais, Vale Romão e ercado Abastecedor INISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL ortaria n.º 964/2010 de 23 de Setembro As alterações aos contratos colectivos entre a AIA Associação ortuguesa dos Industriais de Águas inerais Naturais e de Nascente e outra, a FE- SAHT Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de ortugal e outros, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria e Comércio de Alimentação, Bebidas e Afins e a FETESE Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores
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