Concessionária Auto Raposo Tavares S.A. - CART
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1 Concessionária Auto Raposo Tavares S.A. - CART Informações Financeiras Intermediárias Acompanhadas do Relatório de Revisão dos Auditores Independentes 31 de março de 2014 Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes
2 Deloitte Touche Tohmatsu Av. Presidente Wilson, º 25º e 26º andares Rio de Janeiro RJ Brasil Tel: + 55 (21) Fax:+ 55 (21) RELATÓRIO SOBRE A REVISÃO DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS INTERMEDIÁRIAS Aos Acionistas, Conselheiros e Administradores da Concessionária Auto Raposo Tavares S.A. Rio de Janeiro - RJ Introdução Revisamos as informações financeiras intermediárias da Concessionária Auto Raposo Tavares S.A. ( Companhia ), contidas no Formulário de Informações Trimestrais - ITR, referentes ao trimestre findo em 31 de março de 2014, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de março de 2014 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o período de três meses findo naquela data, incluindo as notas explicativas. A Administração da Companhia é responsável pela elaboração das informações financeiras intermediárias de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 21(R1) - Demonstração Intermediária, assim como pela apresentação dessas informações de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, aplicáveis à elaboração das Informações Trimestrais - ITR. Nossa responsabilidade é a de expressar uma conclusão sobre essas informações financeiras intermediárias com base em nossa revisão. Alcance da revisão Conduzimos nossa revisão de acordo com as normas brasileiras e internacionais de revisão de informações intermediárias (NBCTR Revisão de Informações Intermediárias Executada pelo Auditor da Entidade e ISRE Review of Interim Financial Information Performed by the Independent Auditor of the Entity, respectivamente). Uma revisão de informações intermediárias consiste na realização de indagações, principalmente às pessoas responsáveis pelos assuntos financeiros e contábeis e na aplicação de procedimentos analíticos e de outros procedimentos de revisão. O alcance de uma revisão é significativamente menor do que o de uma auditoria conduzida de acordo com as normas de auditoria e, consequentemente, não nos permitiu obter segurança de que tomamos conhecimento de todos os assuntos significativos que poderiam ser identificados em uma auditoria. Portanto, não expressamos uma opinião de auditoria. Conclusão sobre as informações financeiras intermediárias Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que as informações financeiras intermediárias incluídas nas informações trimestrais anteriormente referidas não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com o CPC 21(R1), aplicáveis à elaboração de Informações Trimestrais - ITR, e apresentadas de forma condizente com as normas expedidas pela CVM. Deloitte refere-se à sociedade limitada estabelecida no Reino Unido Deloitte Touche Tohmatsu Limited e sua rede de firmas-membro, cada qual constituindo uma pessoa jurídica independente e legalmente separada. Acesse para uma descrição detalhada da estrutura jurídica da Deloitte Touche Tohmatsu Limited e de suas firmas-membro Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados.
3 Deloitte Touche Tohmatsu Outros assuntos Demonstração do valor adicionado Revisamos, também, a demonstração do valor adicionado (DVA), referente ao período de três meses findo em 31 de março de 2014, preparada sob a responsabilidade da Administração da Companhia, cuja apresentação nas informações financeiras intermediárias é requerida de acordo com as normas expedidas pela CVM aplicáveis à elaboração de Informações Trimestrais - ITR. Essa demonstração foi submetida aos mesmos procedimentos de revisão descritos anteriormente e, com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que não foi elaborada, em todos os seus aspectos relevantes, de forma consistente com as informações financeiras intermediárias tomadas em conjunto. Revisão e auditoria dos valores correspondentes referentes às informações financeiras intermediárias do trimestre findo em 31 de março de 2013 e do balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013 As informações e os valores correspondentes às informações financeiras intermediárias do período de três meses findo em 31 de março de 2013, apresentados para fins de comparação, foram anteriormente revisados por outros auditores independentes, que emitiram relatório datado de 3 de maio de 2013, o qual não conteve nenhuma modificação. As informações e os valores correspondentes ao balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013, apresentados para fins de comparação, foram anteriormente auditados por outros auditores independentes, que emitiram relatório datado de 7 de março de 2014, o qual não conteve nenhuma modificação. Rio de Janeiro, 09 de Maio de 2014 DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Auditores Independentes CRC 2SP /O-8 F RJ Antonio Carlos Brandão de Sousa Contador CRC 1RJ /O Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 2
4 CONCESSIONÁRIA AUTO RAPOSO TAVARES S.A. BALANÇO PATRIMONIAL LEVANTADO EM 31 DE MARÇO DE NÃO AUDITADO (Em milhares de reais) ATIVO Nota 31/03/ /12/2013 CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa Aplicações financeiras Créditos a receber Estoques Impostos a recuperar Adiantamentos diversos Despesas antecipadas Partes relacionadas Total do ativo circulante NÃO CIRCULANTE Aplicações financeiras Imposto de renda e contribuição social diferidos Depósitos judiciais Imobilizado Intangível Outros 9 9 Total do ativo não circulante TOTAL DO ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos Debêntures Fornecedores Salários e encargos sociais a recolher Impostos e contribuições a recolher Obrigações para direito de concessão 18.b Receita diferida Partes relacionadas Provisões Outros Total do passivo circulante NÃO CIRCULANTE Provisão de manutenção Empréstimos e financiamentos Debêntures Obrigações legais vinculadas a processos judiciais Receita diferida Total do passivo não circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO 13 Capital social Prejuízos acumulados ( ) ( ) Total do patrimônio líquido TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO As notas explicativas são parte integrante das informações financeiras intermediárias. 3
5 CONCESSIONÁRIA AUTO RAPOSO TAVARES S.A. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA O TRIMESTRE FINDO EM 31 DE MARÇO DE NÃO AUDITADO (Em milhares de reais) Nota 31/03/ /03/2013 RECEITA LÍQUIDA Receita líquida de pedágio e acessórias Receita de construção Receita operacional líquida Custo dos serviços prestados 15 (43.441) (39.484) Custos de construção (60.219) (14.795) LUCRO BRUTO Despesas gerais e administrativas (6.613) (6.745) Remuneração dos administradores 11 (189) (934) Despesas com depreciações (2.093) (1.889) Outras receitas (despesas), líquidas (407) 15 Resultado antes das receitas e despesas financeiras RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS Receitas financeiras Despesas financeiras 16 (47.697) (41.189) Prejuízo antes do imposto de renda e contribuição social (34.800) (29.203) Imposto de renda e contribuição social Prejuízo do período (22.978) (19.274) Prejuízo por ação ordinária (básico e diluído) - R$ 17 (0,0217) (0,0188) As notas explicativas são parte integrante das informações financeiras intermediárias. 4
6 CONCESSIONÁRIA AUTO RAPOSO TAVARES S.A. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE PARA O TRIMESTRE FINDO EM 31 DE MARÇO DE NÃO AUDITADO (Em milhares de reais) 31/03/ /03/2013 PREJUÍZO DO PERÍODO (22.978) (19.274) OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES - - RESULTADO ABRANGENTE TOTAL DO PERÍODO (22.978) (19.274) As notas explicativas são parte integrante das informações financeiras intermediárias. 5
7 CONCESSIONÁRIA AUTO RAPOSO TAVARES S.A. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA O TRIMESTRE FINDO EM 31 DE MARÇO DE NÃO AUDITADO (Em milhares de reais) Capital social Prejuízos Subscrito Acumulados Total SALDOS EM 01 DE JANEIRO DE ( ) Prejuízo do período - (19.274) (19.274) SALDOS EM 31 DE MARÇO DE ( ) SALDOS EM 01 DE JANEIRO DE ( ) Prejuízo do período - (22.978) (22.978) SALDOS EM 31 DE MARÇO DE ( ) As notas explicativas são parte integrante das informações financeiras intermediárias. 6
8 CONCESSIONÁRIA AUTO RAPOSO TAVARES S.A. DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO PARA O TRIMESTRE FINDO EM 31 DE MARÇO DE NÃO AUDITADO (Em milhares de reais) Nota 31/03/ /03/2013 Receitas Receita operacional Receita do contrato de construção Outras Insumos adquiridos de terceiros Custos do contrato de construção (60.219) (14.795) Materiais, serviço de terceiros e outros (24.310) (23.351) (84.529) (38.146) Valor adicionado bruto Retenções Depreciação e amortização 7 e 8 (19.161) (16.063) Valor adicionado líquido pela companhia Valor adicionado recebido em transferência Receitas financeiras Valor adicionado total a distribuir Distribuição do valor adicionado Pessoal e encargos Impostos, taxas e contribuições (4.678) (3.263) Juros sobre empréstimos e financiamentos Prejuízo do período (22.978) (19.274) Valor adicionado distribuído As notas explicativas são parte integrante das informações financeiras intermediárias. 7
9 CONCESSIONÁRIA AUTO RAPOSO TAVARES S.A. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O TRIMESTRE FINDO EM 31 DE MARÇO DE NÃO AUDITADO (Em milhares de reais) Nota 31/03/ /03/2013 Prejuízo do período antes do imposto de renda e da contribuição social (34.800) (29.203) Margem bruta de construção (602) (151) Depreciação e amortização Amortização custos de transação debêntures Provisão para manutenção Obrigações legais vinculadas a processos judiciais Receita diferida 12 (2.105) 0 Variações monetárias, cambiais e encargos (Aumento) redução em ativos operacionais: Contas a receber de terceiros (76) Estoques 48 (19) Impostos a recuperar 239 (649) Outras contas a receber - (9) Adiantamentos 37 (312) Partes relacionadas Depósitos judiciais 9 (704) (2.413) Despesas antecipadas (103) (3) (1.836) Aumento (redução) nos passivos operacionais: Fornecedores Impostos e contribuições a recolher (815) (676) Salários e encargos sociais a recolher Receita diferida 12 - (3.414) Juros pagos (26.393) Provisões (1.434) (22.319) Partes relacionadas Outros (22.992) (24.776) Caixa líquido aplicado nas atividades operacionais FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Atividades de investimento Aplicação financeira (18.704) (17.228) Aquisição de imobilizado 6 (847) (1.400) Aquisição de intangível 7 (61.269) (15.861) Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (80.820) (34.489) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Atividades de financiamento Captação de empréstimos e mútuos Comissões pagas 8 (8.332) Pagamento de empréstimos 8 (25.033) (10.245) Caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento (18.577) AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (46.620) Saldo inicial caixa e equivalentes de caixa Saldo final caixa e equivalentes de caixa AUMENTO (REDUÇÃO) DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (46.620) - - As notas explicativas são parte integrante das informações financeiras intermediárias. 8
10 A Concessionária Auto Raposo Tavares S.A., ( CART ) ou ( Companhia ), empresa controlada pela INVEPAR Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A., é uma sociedade de propósito específico, cujo objeto social consiste exclusivamente na administração e exploração do corredor rodoviário denominado Raposo Tavares, concedido pelo Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da ARTESP Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo. O corredor Raposo Tavares é composto pelas rodovias SP-225 (Rodovia João Baptista Cabral Rennó, no trecho entre Bauru e Santa Cruz do Rio Pardo), SP-327 (Rodovia Orlando Quagliato, que liga Santa Cruz do Rio Pardo a Ourinhos) e SP-270 (Rodovia Raposo Tavares, no trecho entre Ourinhos e Presidente Epitácio) e respectivos acessos. A administração da Companhia, em conformidade com as disposições legais, submete à apreciação de V.Sas., o Relatório de Desempenho correspondente às Demonstrações Financeiras Intermediárias referente ao trimestre findo em 31 de março de 2014, acompanhado do relatório de revisão especial dos auditores independentes. 9
11 DESEMPENHO OPERACIONAL Desempenho Operacional (Mil) 3M14 3M13 % VEPs ,9% Veículos Leves ,0% Veículos Pesados ,2% Tráfego ,3% Veículos Leves ,9% Veículos Pesados ,3% Veículos Isentos ,9% Tarifa Média (R$) 4,70 4,67 0,5% VEPs = Veículos Equivalentes Pagantes Nos três meses acumulados de 2014, as praças de pedágio da CART registraram 13,4 milhões de Veículos Equivalentes Pagantes, 9,9% acima do registrado no mesmo período do ano anterior. Este resultado deveu-se principalmente pelo crescimento do volume de tráfego de veículos pesados, influenciado pelo pico de produção de grãos da 1ª safra. Parte do crescimento do período, aproximadamente 3,3%, é resultado do início da cobrança de eixos suspensos, a partir de 28 de julho de RECEITA OPERACIONAL Receita Operacional (R$ Mil) 3M14 3M13 % Receita Bruta ,7% Receitas com Pedágio ,4% Receitas Acessórias ,5% Receita de Construção (IFRS) ,9% Receita Bruta Ajustada¹ ,3% Deduções da Receita Bruta (5.681) (5.374) 5,7% Receita Líquida Ajustada¹ ,5% ¹ Desconsidera os impactos do IFRS em relação à Receita de Construção. Nos três meses acumulados de 2014, a CART obteve uma Receita Bruta de R$ 125,8 milhões, um aumento de 66,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Parte da Receita Bruta é relacionada à Receita de Construção, advinda das normas de IFRS (R$ 60,8 milhões). O impacto positivo da Receita de Construção está relacionado ao maior volume de obras executadas no período, como duplicação das rodovias e implantação/melhorias de dispositivos de acesso (pontes e viadutos). 10
12 Para efeito de análise, a Receita Líquida Ajustada não contempla os impactos do IFRS (itens não caixa). Receita Líquida Ajustada (R$ Mil) 3M14 3M13 % Receita Líquida Ajustada¹ ,5% Receita com Pedágio ,6% Receitas Acessórias ,4% ¹ Desconsidera os impactos do IFRS em relação à Receita de Construção. A Receita Líquida Ajustada atingiu R$ 59,3 milhões, um crescimento de R$ 4,1 milhões, ou 7,5% frente ao mesmo período do ano anterior. Os principais impactos foram: Receita com Pedágio Representou 96,6% da Receita Líquida Ajustada, com um crescimento de R$ 5,5 milhões, ou 10,6%, representado principalmente pelo: (i) aumento de VEPs (Veículos Equivalentes Pagantes) no período, que respondeu por R$ 5,1 milhões e está impactado pelo inicio da cobrança do eixo suspenso em 28 de julho de (R$ 2,1 milhões); (ii) Reclassificação tarifária da Praça de Pedágio de Ourinhos, ocorrida em 11 de agosto de 2013 em função da entrega de trecho de duplicação da SP-327, que foi responsável por R$ 0,4 milhão; Receitas Acessórias Representou 3,4% da Receita Líquida Ajustada, com uma diminuição de R$ 1,3 milhão em relação ao mesmo período do ano anterior. A variação deveu-se principalmente pelo término de um contrato de locação de fibra óptica de curto prazo, em julho de Para maiores esclarecimentos sobre a cobrança de eixo suspenso, ver seção Considerações no final deste documento. 11
13 CUSTOS & DESPESAS Custos & Despesas (R$ Mil) 3M14 3M13 % Custos & Despesas Operacionais ( ) (63.832) 77,0% Pessoal (7.957) (7.982) -0,3% Conservação & Manutenção (3.292) (5.190) -36,6% Operacionais (8.647) (8.533) 1,3% Outorga Variável (975) (1.816) -46,3% Despesas Administrativas (4.579) (4.143) 10,5% Custo de Construção (IFRS) (60.219) (14.795) 307,0% Provisão de Manutenção (IFRS) (8.132) (5.310) 53,1% Depreciação & Amortização (19.161) (16.063) 19,3% Custos & Despesas Operacionais Ajustado¹ (44.611) (43.727) 2,0% ¹ Desconsidera os impactos do IFRS em relação à Receita e ao Custo de Construção e à Provisão para Manutenção. Nos três meses acumulados de 2014, os Custos & Despesas Operacionais totalizaram R$ 113,0 milhões. Incluído neste valor estão R$ 60,2 milhões de Custo de Construção e R$ 8,1 milhões de Provisão de Manutenção, ambos relacionados ao IFRS. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento no valor do Custo de Construção, que a exemplo da Receita de Construção (já citada anteriormente), está impactado pelo maior volume de obras executadas no período. Já o aumento do valor da Provisão de Manutenção, reflete as expectativas mais atualizadas da Companhia para gastos com a futura restauração do pavimento após o término da sua vida útil, que a partir de janeiro de 2014 inclui também as estradas vicinais. Para efeito de análise, os Custos & Despesas Operacionais Ajustados não contemplam estes valores. Os Custos & Despesas Operacionais Ajustado somaram R$ 44,6 milhões no período, um aumento de 2,0% em relação ao mesmo período do ano anterior, bastante abaixo da inflação pelo IPCA, que foi de 6,2%. Principais impactos: (i): Diminuição dos gastos com Conservação & Manutenção em R$ 1,9 milhão, diretamente relacionado à estiagem incomum para o período; (ii) Variação positiva da rubrica Outorga Variável, decorrente da redução da alíquota incidente sobre a receita total arrecadada (de 3% para 1,5%), como compensação parcial pelo não reajuste tarifário em julho de 2013; (iii) O resultado da rubrica Depreciação & Amortização reflete o maior volume de obras 12
14 executadas, o que gerou uma maior adição no intangível e consequentemente um maior custo de amortização no período comparado. EBITDA & MARGEM EBITDA EBITDA & Margem EBITDA (R$ Mil) 3M14 3M13 % Receita Bruta ,7% Receita Líquida ,3% Custos Operacionais ( ) (54.279) 91,0% Lucro Bruto ,0% Despesas Gerais & Administrativas (9.302) (9.553) -2,6% EBIT ,0% (+) Depreciação & Amortização ,3% EBITDA¹ ,8% Margem EBITDA¹ 21,9% 31,9% -10,0 p.ps Ajustes ,0% (-) Receita de Construção (IFRS) (60.821) (14.946) 306,9% (+) Custo de Construção (IFRS) ,0% (+) Provisão de Manutenção (IFRS) ,1% EBITDA Ajustado² ,1% Margem EBITDA Ajustado² 57,1% 49,8% 7,2 p.ps ¹ Instrução CVM Nº527/12; ² Desconsidera os impactos do IFRS em relação à Receita e ao Custo de Construção e à Provisão para Manutenção. O EBITDA, considerando o impacto IFRS, totalizou R$ 26,3 milhões nos três primeiros meses de 2014, um aumento de 17,8% em relação ao mesmo período de 2013, com uma Margem EBITDA de 21,9%. O EBITDA Ajustado atingiu R$ 33,8 milhões, com uma Margem EBITDA Ajustado de 57,1%, uma variação positiva de 7,2 p.ps. no período em comparação. O resultado deveu-se principalmente pelo aumento da Receita Operacional. O EBITDA Ajustado é calculado desconsiderando os valores de Receita e Custo de Construção e Provisão de Manutenção, introduzidas pela adoção do IFRS. 13
15 RESULTADO FINANCEIRO Resultado Financeiro (R$ Mil) 3M14 3M13 % Resultado Financeiro (41.941) (35.468) 18,3% Receitas Financeiras ,6% Juros sobre Aplicações Financeiras ,2% Outros n/a Despesas Financeiras (47.697) (41.189) 15,8% Juros sobre Despesas Financeiras (25.966) (21.556) 20,5% Variações Cambiais e Monetárias (21.583) (18.538) 16,4% Comissões e despesas bancárias (144) (276) -47,8% Outros (4) (819) -99,5% Nos três meses acumulados de 2014 o resultado financeiro da Companhia totalizou R$ 41,9 milhões de despesas líquidas, um aumento de 18,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esta variação ocorreu principalmente em razão dos maiores dispêndios de Despesas Financeiras decorrentes do aumento do volume de endividamento da Companhia. PREJUÍZO LÍQUIDO Resultado Líquido (R$ Mil) 3M14 3M13 % Lucro / Prejuízo Líquido (22.978) (19.274) 19,2% O somatório de fatores citados anteriormente resultou num Prejuízo Líquido de R$ 23,0 milhões, um aumento de 19,2%. 14
16 DISPONIBILIDADES & ENDIVIDAMENTO Disponibilidades e Endividamento (R$ Mil) 3M14 3M13 % Dívida Líquida ( ) ( ) 36,7% Disponibilidades ,5% Caixa e Equivalente de Caixa ,9% Aplicações Financeiras ,0% Dívida Bruta ,9% Curto Prazo ,7% Empréstimos e Financiamentos ,7% Debêntures ,4% (-) Encargos Financeiros - - n/a Longo Prazo ,0% Empréstimos e Financiamentos ,2% Debêntures ,8% (-) Encargos Financeiros (54.804) (58.145) -5,7% Dívida Líquida Ajustada ( ) ( ) 34,2% Dívida Líquida Ajustada = Não considera o efeito contábil da apropriação dos Encargos Financeiros. A CART encerrou o primeiro trimestre de 2014 com saldo de caixa disponível e aplicações financeiras de R$ 195,0 milhões, 45,5% menor em relação ao montante disponível no final de março de O saldo no final do primeiro trimestre de 2013 contemplava boa parte do volume de debêntures captado no final de 2012, e que foi aplicado nos investimentos da Companhia no decorrer do ano de A dívida bruta da Companhia atingiu R$ 1,5 bilhão no período, representando um aumento de 13,9%. O crescimento da dívida ocorreu principalmente em razão das liberações de novas parcelas do contrato sênior com o BNDES (Contrato de R$ 1,0 bilhão, tendo sido liberado aproximadamente 76% até mar/14). O perfil do endividamento se manteve e o montante da dívida com vencimento no longo prazo representou 93,9%, o mesmo patamar do período do ano anterior. 15
17 INVESTIMENTOS Investimentos (R$ Mil) 3M14 3M13 % Investimento Total ,9% Imobilizado ,5% Intangível ,4% Software e Outros ,4% Direito de Concessão (Investimento) ,2% (-) Margem de Construção (602) (151) 298,7% No período em comparação, houve um aumento de 259,9% nos Investimentos da Companhia. No total, foram investidos R$ 62,1 milhões no 1º trimestre de 2014, destinados principalmente para a execução de obras de duplicação das rodovias e implantação/melhorias de dispositivos (pontes e viadutos). 16
18 CONSIDERAÇÕES Em 24 de junho de 2013 o Governo do Estado de São Paulo autorizou os reajustes dos contratos de concessão das rodovias estaduais, a partir de 1º de julho de Porém, comunicou sua decisão de não repassar os valores dos reajustes aos usuários das rodovias. O Exmo. Sr. Governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin, declarou à época que as condições dos contratos de concessão seriam mantidas, reafirmando a parceria do Estado com a iniciativa privada. Como forma de compensar parte dos impactos desta decisão, ratificando o seu compromisso de restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos afetados, o Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria Estadual de Logística e Transportes e da Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP), deliberou: Pela redução de 50% do percentual pago pelas concessionárias a titulo de ônus variável incidente sobre a receita total arrecadada (de 3% para 1,5%); Pelo estabelecimento de cobrança da tarifa de pedágio de todos os eixos de veículos comerciais, inclusive os que não estejam em contato com a pista no momento da passagem do veículo pela Praça de Pedágio (chamados de eixos suspensos ). A direção da Companhia entende que a imediata adoção de ações compensatórias reforça o compromisso do Governo do Estado de São Paulo com a preservação da estrutura regulatória, visto que a decisão pelo não repasse do reajuste dos pedágios aos usuários não afasta o direito da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro e da taxa interna de retorno original do contrato de concessão. A rápida implementação de ações compensatórias atenuou os impactos e minimizou o comprometimento da capacidade financeira da Companhia no curto prazo. Contudo, a Companhia está buscando junto ao Poder Concedente, formas adicionais de compensação que possibilitem o saneamento pleno do desequilíbrio econômicofinanceiro causado pelo não repasse do reajuste dos pedágios aos usuários. 17
19 O percentual de reajuste tarifário, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado entre junho de 2012 e maio de 2013, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 6,5%. 18
20 CONCESSIONÁRIA AUTO RAPOSO TAVARES S.A. - CART NOTAS EXPLICATIVAS ÀS INFORMAÇÕES INTERMEDIÁRIAS REFERENTE AO TRIMESTRE FINDO EM 31 DE MARÇO DE Não Auditado (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Concessionária Auto Raposo Tavares S.A. ( CART ou Companhia ) é uma sociedade anônima de capital aberto, constituída em 12 de novembro de 2008, cuja atividade exclusiva é a exploração do sistema rodoviário do corredor Raposo Tavares, sob o regime de concessão, do Edital nº 04 do Programa de Estadual de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo. A Companhia não possui ações de sua emissão negociados publicamente. A sede da Companhia está localizada na Avenida Issa Marar em Bauru, Estado de São Paulo. O objeto da concessão compreende a execução, gestão e fiscalização dos serviços delegados, apoio na execução dos serviços não delegados e controle dos serviços complementares, por prazo determinado, mediante a cobrança de tarifas de pedágio reajustada anualmente, com data base no mês julho, pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - IPCA no período e de fontes alternativas de receita, desde que previamente aprovadas pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo - ARTESP, que podem advir de atividades relativas à exploração da rodovia, de suas faixas de domínio e publicidade. O Edital de nº 004/2008 atualmente é um conjunto de pistas de rolamento do Sistema Rodoviário, suas respectivas faixas de domínio e edificações, instalações e equipamentos nelas contidas, compreendendo: I. SP-270: Rodovias Raposo Tavares: início do trecho no Km381, no entroncamento com a SP-327, Km32, Ourinhos; final do trecho no Km654, Presidente Epitácio, na divisa com Mato Grosso do Sul. II. SP-225: início do trecho no km , no entroncamento com a SP-300, Km , Bauru; final do trecho no Km , no entroncamento com a SP-327, Km0+000, Santa Cruz do Rio Pardo. III. SP-327: início do trecho no km0+000, no entroncamento com a SP-225, Km , Santa Cruz do Rio Pardo; final do trecho no Km32+443, no entroncamento com a SP-270, km , e entroncamento com a BR-153, Km , Ourinhos. A assinatura do Termo de Contrato da Concessão Rodoviária foi realizada em 16 de março de 2009, após homologação dos resultados pelo Poder Concedente. O prazo de concessão é de 30 (trinta) anos, contados da data da transferência de controle do sistema existente, podendo ser prorrogado na forma da lei e conforme condições previstas no contrato de concessão. Extinta a concessão, retorna ao Poder Concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios vinculados a exploração do sistema rodoviário. A Companhia terá direito à indenização correspondente ao saldo não amortizado ou depreciado dos bens ou investimentos, cuja aquisição ou execução, devidamente autorizada pelo Poder Concedente, tenha ocorrido nos últimos cinco anos do prazo de concessão. 19
21 2. APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS INTERMEDIÁRIAS (INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS) Apresentação das informações financeiras intermediárias (informações trimestrais) As informações financeiras intermediárias (informações trimestrais) da Companhia, aprovadas em 09 de maio de 2014 pelo Conselho de Administração, compreendem: As informações financeiras intermediárias individuais elaboradas e apresentadas de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 21 (R1) Demonstração Intermediária e de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários aplicáveis à elaboração das Informações Trimestrais ITR. As demais informações referentes às bases de elaboração, apresentação das informações financeiras intermediárias e resumo das principais práticas contábeis não sofreram alterações em relação àquelas divulgadas nas Notas Explicativas nº 2 e 3 às Demonstrações Financeiras Anuais referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013 (doravante denominadas de Demonstrações Financeiras de 31 de dezembro de 2013 ), publicadas na imprensa oficial em 07 de março de Adoção dos padrões internacionais de contabilidade Novos procedimentos contábeis emitidos pelo IASB O International Accounting Standards Board - IASB publicou ou alterou os seguintes pronunciamentos, orientações ou interpretações contábeis, cuja adoção obrigatória deverá ser feita em períodos subsequentes, ainda não emitidos pelo CPC: Aplicáveis em exercícios iniciados em ou a partir de 01 de janeiro de 2014, exceto quanto à alteração do IAS 39 citada abaixo que é aplicável para exercícios em exercícios iniciados em ou a partir de 01 de junho de 2014: IAS 36 - Redução no valor recuperável de ativo (alteração) - introduz alterações e clarificações sobre as divulgações requeridas por esse pronunciamento. IAS 39 - Instrumentos financeiros - reconhecimento e mensuração (alteração) - clarifica que não há necessidade de descontinuar o hedge accounting no caso de novação do contrato de derivativo vinculado ao hedge desde que sejam atingidas certas condições. IAS 32 - Instrumentos financeiros - divulgação (alteração) - clarifica as condições para a apresentação de um ou mais instrumentos financeiros pelo líquido de suas posições. IFRS 10 - Demonstrações financeiras consolidadas (alteração) - introduz alterações nas regras de consolidação, divulgação e apresentação de demonstrações separadas para empresas de investimento. IFRIC 21 - Taxas governamentais (nova interpretação) - introduz guia de quando reconhecer uma taxa imposta por ente governamental. 20
22 Aplicáveis em exercícios iniciados em ou a partir de 01 de janeiro de 2015: IFRS 9 (novo pronunciamento) - introduz novos requerimentos de classificação e mensuração de ativos financeiros. IFRS 1 (alteração) - Isenções dos requerimentos de reapresentação das informações comparativas para a IFRS 9 As alterações às IFRSs mencionadas anteriormente ainda não foram editadas pelo CPC. No entanto, em decorrência do compromisso do CPC e da CVM de manter atualizado o conjunto de normas emitidas com base nas atualizações e modificações feitas pelo IASB, é esperado que essas alterações e modificações sejam editadas pelo CPC e aprovadas pela CVM até a data de sua aplicação obrigatória. A Companhia não adotou tal pronunciamento antecipadamente e está procedendo a sua análise sobre os impactos desses novos pronunciamentos ou alterações em suas informações financeiras intermediárias. 3. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA E APLICAÇÕES FINANCEIRAS Caixa e equivalentes de caixa: 31/03/ /12/2013 Caixa geral 3 10 Numerário em trânsito Bancos conta movimento Fundo de troco Operações compromissadas Certificados de depósitos bancários - CDB Saldo de caixa e equivalentes de caixa Aplicações Financeiras - Circulante: Operações compromissadas (conta reserva BNDES) Operações compromissadas (conta reserva Debenturistas) Saldo de aplicações financeiras Aplicações Financeiras - Não circulante: Operações compromissadas (conta reserva BNDES) Operações compromissadas (conta reserva Debenturistas) Saldo de aplicações financeiras As aplicações equivalentes de caixa referem-se a operações de renda fixa junto a instituições financeiras de primeira linha, lastreadas por Certificados de Depósito Bancário - CDB indexados a taxa de 101,0% do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. As aplicações financeiras referem-se substancialmente a operações de renda fixa junto a instituições financeiras de primeira linha, lastreadas por operações compromissadas em Debêntures indexadas a taxa de 101,0% a 103,0% do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. 21
23 As aplicações financeiras no montante de R$ em 31 de março de 2014 foram efetuadas em conexão com a cláusula estipulada em contrato de empréstimo junto ao BNDES, que determinam que a Companhia deva constituir de uma conta reserva, na qual deverão ser depositados recursos em montante equivalente a: (i) 6 (seis) meses de prestações vincendas de amortização de principal e encargos da dívida dos Subcréditos A, B-1, B-2, C, D, E e F até agosto de 2013; (ii) 7 (sete) meses de prestações vincendas de amortização de principal e encargos da dívida dos Subcréditos A, B-1, B-2, C, D, E e F a partir de setembro de 2013; e (iii) 8 (oito) meses de prestações vincendas de amortização de principal e encargos da dívida dos Subcréditos A, B-1, B-2, C, D, E e F a partir de setembro de As aplicações financeiras no montante de R$ em 31 de março de 2014 foram efetuadas em conexão com a cláusula estipulada na Escritura Particular da 2ª Emissão de Debêntures Simples, que determinam que a Companhia deva constituir de uma Conta de Pagamento do Serviço da Dívida das Debêntures. 4. CRÉDITOS A RECEBER 31/03/ /12/2013 AVI (*) CIELO - Vale pedágio DBTRANS - Vale pedágio Outros (*) Contas a receber referente à utilização das etiquetas eletrônicas nas pistas automáticas. Em 31 de março de 2014 não havia valores vencidos nas contas a receber da Companhia. 5. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS Os principais componentes do imposto de renda e da contribuição social diferidos estão demonstrados a seguir: Imposto de renda Balanço patrimonial 31/03/ /12/2013 Contribuição Imposto de social renda Contribuição social Prejuízo fiscal e base negativa ( ) ( ) ( ) ( ) Diferenças temporárias Base de cálculo ( ) ( ) ( ) ( ) Alíquota 25% 9% 25% 9% Imposto de renda diferido
24 Imposto de renda Resultado 31/03/ /12/2013 Contribuição Imposto de social renda Contribuição social Prejuízo antes do imposto de renda e contribuição social (34.799) (34.799) (29.203) (29.203) Alíquota do imposto de renda e contribuição social 25% 9% 25% 9% Imposto de renda e contribuição social às alíquotas vigentes Ajustes no lucro líquido que afetam o resultado do período: Adições permanentes (6) (3) - - Total dos impostos no resultado A Companhia tem créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e bases negativas de contribuição social. A compensação dos prejuízos fiscais, limitada a 30% do resultado tributável do exercício, implica em considerável aumento no prazo de recuperação dos créditos tributários. Os créditos tributários diferidos foram constituídos no pressuposto de sua realização futura, que estabelece as condições essenciais para o reconhecimento contábil e manutenção de ativo diferido, decorrentes de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e diferenças temporárias. Os estudos técnicos realizados pela Companhia, para suportar a manutenção dos valores contabilizados, confirmam a capacidade provável de geração de lucros tributáveis e a plena realização destes ativos dentro do prazo estipulado. Tais estudos correspondem às melhores estimativas da Administração sobre a evolução futura dos resultados da Companhia. Nesse sentido, e devido à própria natureza das projeções financeiras e às incertezas inerentes às informações baseadas em expectativas futuras, principalmente no mercado no qual a Companhia está inserida, poderá haver diferenças entre os resultados estimados e os reais. Na tabela abaixo, apresenta-se o cronograma previsto para realização total dos ativos fiscais diferidos registrados: Exercícios em diante Total dos ativos fiscais diferidos Total dos passivos fiscais diferidos (RTT) (56.578) Total dos impostos diferidos
25 6. IMOBILIZADO Prazo de depreciação em anos Saldo em 31/12/2013 Adições Baixas Saldo em 31/03/2014 Instalações Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Veículos Equipamentos de informática Ferramentas e aparelhos Depreciação acumulada (26.989) (2.093) - (29.082) Imobilizado liquido (1.246) Prazo de depreciação em anos Saldo em 31/12/2012 Adições Baixas Transferências Saldo em 31/12/2013 Instalações Máquinas e equipamentos (2) (281) Móveis e utensílios (4) Veículos (376) Equipamentos de informática (12) (1) Ferramentas e aparelhos (394) (282) Depreciação acumulada (19.142) (7.985) (26.989) Imobilizado liquido (3.040) (264) (274) Em 31 de março de 2014 e 2013, não havia bens do ativo imobilizado dados em garantia de empréstimos ou a processos de qualquer natureza. Pela natureza dos bens integrantes de seu ativo imobilizado nos períodos findos em 31 de março de 2014 e 31 de dezembro de 2013 não foram identificados ativos qualificáveis a capitalização de custos de empréstimos. Anualmente, o ativo imobilizado é submetido a análises de indicação de perda de seu valor recuperável. Em 31 de março de 2014, após análise de fontes externas e internas de informação, os ativos não apresentaram qualquer indício de perda, desvalorização, ou dano físico, que pudessem comprometer o fluxo de caixa futuro da Companhia. 7. INTANGÍVEL Prazo de amortização em anos Saldo em 31/12/2013 Adições Baixas Transferências Saldo em 31/03/2014 Direito de uso software Marcas e patentes Direito de concessão Outorga fixa Amortização acumulada ( ) (17.068) - - ( ) Intangível, líquido
26 Prazo de amortização em anos Saldo em 31/12/2012 Adições Baixas Transferências Saldo em 31/12/2013 Direito de uso software Marcas e patentes Direito de concessão (87) Outorga fixa (87) Amortização acumulada ( ) (59.261) 81 (8) ( ) Intangível, líquido (6) O direito de outorga fixa refere-se ao direito de exploração do sistema rodoviário do corredor Raposo Tavares, conforme mencionado na Nota 1. A amortização é efetuada pelo método linear de acordo com o prazo de concessão. De acordo com o CPC 01(R1) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, os itens do ativo intangível, que apresentam sinais de que seus custos registrados são superiores aos seus valores de recuperação, são revisados para determinar a necessidade de provisão para redução do saldo contábil a seu valor de realização. A Administração efetuou análise anual do correspondente desempenho operacional e financeiro de seus ativos. Em 31 de março de 2014 e 31 de dezembro de 2013 não foram identificadas evidências de ativos intangíveis com custos registrados superiores os seus valores de recuperação. A Companhia entende não haver a necessidade de capitalização de juros dos empréstimos, em virtude das obras constantes no seu programa de investimento ser executadas em curto prazo. Em 31 de março de 2014 e 31 de dezembro de 2013, não havia bens do ativo intangível dados em garantia de empréstimos ou a processos de qualquer natureza. 25
27 8. EMPRÉSTIMOS, FINANCIAMENTOS E DEBÊNTURES Em 31 de março de 2014 e 31 de dezembro de 2013, a conta empréstimos e financiamentos e debêntures estava composta da seguinte forma: Objeto Indexador Juros Vencimento Principal Amortização Juros 2014 Atualização monetária BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 17/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 17/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 17/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 17/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 17/03/ Debenturistas - Série 1 IPCA 5,8% a.a. 15/12/ Debenturistas - Série 2 IPCA 6,05% a.a. 15/12/ (-) Custos de transação - Debêntures (54.805) Total Parcelas de curto prazo Parcelas de longo prazo *Taxa de referencia do BNDES indexada ao IPCA Saldo Objeto Indexador Juros Vencimento Principal Amortização Juros 2013 Atualização monetária Saldo BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TJLP 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 15/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 17/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 17/03/ BNDES TRB*+ 2,45% 2,45% a.a. 17/03/ Debenturistas - Série 1 IPCA 5,8% a.a. 15/12/ Debenturistas - Série 2 IPCA 6,05% a.a. 15/12/ (-) Custos de transação - Debêntures (55.668) Total Parcelas de curto prazo Parcelas de longo prazo *Taxa de referencia do BNDES indexada ao IPCA 26
28 Segue abaixo a composição dos empréstimos e financiamentos de longo prazo por ano de vencimento, os valores demostrados abaixo não estão considerando o custo de transação no montante de R$ Exercícios Saldo em diante Debêntures - 2ª emissão Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 09 de novembro de 2012, foi aprovada a realização da segunda emissão de debêntures simples da companhia, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia adicional real, a ser convolada em espécie com garantia real, em regime de garantia firme de colocação, para distribuição pública, estruturada de acordo com a instrução CVM nº 400, no valor de R$ , emitidas em duas séries, sendo, debêntures da primeira série e debêntures da segunda série. Foram emitidas debêntures, com valor nominal unitário de R$1,00, totalizando R$ A emissão se deu em duas séries, sendo que para a primeira série foram emitidas debêntures no âmbito da lei /11 e para a segunda série forma emitidas as quais não contaram com os benefícios da Lei na Lei /11. As debêntures terão prazo de vencimento de 12 (doze) anos, contados a data de emissão, vencendo-se, portanto, em 15 de dezembro de 2024 e incidirão juros remuneratórios, prefixados correspondentes a 5,80% a.a. para as debêntures da primeira série, e 6,05% a.a. para as debêntures da segunda série. Os juros remuneratórios são pagos anualmente, a partir da data de emissão, sempre no dia 15 do mês de dezembro, tendo o primeiro pagamento ocorrido em 15 de dezembro de 2013 e o último pagamento na data de vencimento das debêntures. As debêntures emitidas não possuem cláusula de repactuação. Os encargos financeiros incorridos da captação das debêntures no montante de R$ estão sendo apropriados ao resultado em função da fluência do prazo, pelo custo amortizado usando o método dos juros efetivos, conforme CPC 08 (R1) - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários. O saldo a apropriar em 31 de março de 2014 é de R$54.805(R$ em 31 de dezembro de 2013). 27
29 Na tabela abaixo, apresenta-se o cronograma previsto para apropriação dos encargos financeiros aos resultados dos exercícios: Exercícios Saldo 2014 (2.361) 2015 (3.428) 2016 (3.228) 2017 (3.443) 2018 (3.201) 2019 em diante (39.144) (54.805) BNDES - Sênior Em 10 de fevereiro de 2011, a Concessionária Auto Raposo Tavares S.A assinou contrato com o BNDES convertendo a captação inicial da modalidade Ponte para Sênior. A primeira liberação, referente ao Subcrédito A, no montante de R$ , ocorreu em 15 de fevereiro de 2011, onde foi descontado integralmente o valor original, juros e comissão do empréstimo ponte no montante de R$ , restando o valor líquido de R$ O montante de R$ deverá ser pago em 114 parcelas mensais e consecutivas, sendo a primeira em 15 de outubro de Sobre o montante da dívida incorrerão juros de 2,45% a.a. acima da TJLP. O empréstimo Sênior além de alongar a dívida apresenta um custo menor à Concessão em relação ao empréstimo Ponte. O crédito foi posto à disposição da Companhia à medida que as comprovações de aplicação dos recursos anteriormente liberados sejam feitas. Do montante total contratado de R$ , foi liberado pelo BNDES R$ até 31 de março de 2014 (R$ até 31 de dezembro de 2013). Subcrédito Valor do subcrédito (R$) Saldos dos subcréditos BNDES - Sênior (R$mil) Liberado 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª até liberação liberação liberação liberação liberação liberação liberação liberação 31/12/11 24/01/12 15/02/12 15/05/12 15/08/12 16/12/12 16/12/13 21/01/14 17/02/14 Saldo A TJLP B - 1 TJLP B - 2 TJLP C TJLP D TJLP D - 1 IPCA D - 2 IPCA D - 3 IPCA D - 4 IPCA D - 6 IPCA D - 8 IPCA F - 3 IPCA F - 4 IPCA F - 6 IPCA E TJLP Total
30 Como condição restritiva, é vedada à Companhia a aplicação dos recursos em finalidade diversa da prevista no objeto dos financiamentos, assumirem novas dívidas acima do montante correspondente a 15% (quinze por cento) do faturamento bruto apurado nos últimos 12 meses. A administração da companhia entende que esta condição não foi violada. Adicionalmente, esse contrato de financiamento possui cláusulas restritivas quanto a determinados índices financeiros, que em caso de descumprimento aceleram o vencimento do financiamento. Os índices financeiros são: Patrimônio Líquido/Ativo Total: Apresentar proporção > 20% (vinte por cento). ICSD (Índice de Cobertura do Serviço da Dívida) = EBITDA ajustado/(amortizações + juros das dívidas financeiras de curto e longo prazos): Manter índice 1,2. A Companhia, em 31 de março de 2014, atendeu as referidas condições restritivas. A liberação total aprovada monta R$ e está segregada em subcréditos conforme descrito abaixo: Subcrédito Valor (R$) Prazo Taxa juros A B - 1 TJLP TJLP parcelas mensais a partir de 15/10/2011 B - 2 TJLP C TJLP parcelas mensais a D TJLP partir de 15/10/2013 D - 1 TRIPCA prestações anuais a D - 2 TRIPCA partir de 15/03/2014 D - 3 TRIPCA D - 4 TRIPCA D - 5 TRIPCA D - 6 TRIPCA D - 7 TRIPCA D - 8 TRIPCA E TJLP parcelas mensais a F TJLP partir de 15/10/2015 F - 1 TRIPCA prestações anuais a F - 2 TRIPCA partir de 15/03/2016 F - 3 TRIPCA F - 4 TRIPCA F - 5 TRIPCA F - 6 TRIPCA Incidirão juros de 2,45% a.a. acima da TJLP Incidirão juros a taxa de 2,45% a.a. acima da taxa de referência divulgada pelo BNDES Incidirão juros de 2,45% a.a. acima da TJLP Incidirão juros a taxa de 2,45% a.a. acima da taxa de referência divulgada pelo BNDES 9. OBRIGAÇÕES LEGAIS VINCULADAS A PROCESSOS JUDICIAIS A situação jurídica da Companhia engloba processos de natureza trabalhista e cível. A Administração, consubstanciada na opinião de seus consultores jurídicos, entende que os encaminhamentos e as providências legais cabíveis que já foram tomados em cada situação são suficientes para preservar o patrimônio da Companhia, não existindo indicações de necessidade de reconhecimento de quaisquer provisões adicionais em relação às contabilizadas. 29
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