a TAP previa "ganhos superiores a 55 milhões de euros, com reembolso

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1 AVIAÇÃO TAP convence Urbanos a ficar com maioria da Groundf orce Negócio foi financeiramente mais favorável do que o anteriormente acordado com a belga Aviapartners ANA TORRES PEREIRA atp@negocios.pt Após vários meses de negociação, a Groundforce acabou por ficar em mãos portuguesas. A TAP convenceu a Urbanos a ficar com 50,1% da empresa de gestão de bagagens e passageiros em terra Até aqui, o grupo de logística apenas estava interessado no negócio da carga da Groundforce. O Negócios apurou junto de fonte próxima do processo que a operação foi financeiramente mais favorável para a TAP do que o inicialmente previsto com a belga Aviapartners. Nem a TAP nem a Urbanos quiseram avançar o valor da operação. 0 negócio ainda está sujeito à aprovação da Autoridade da Concorrência e do Governo. ATAP esteve em negociações exclusivas com os belgas da Aviapartners para avenda de uma posição maioritária na Groundforce, tendo inclusive chegado a acordo quanto a valores da transacção. Caso fizesse o negócio, a companhia receberia, numa fase inicial, três milhões de euros pela venda de 50,1% do operador de "handling", como noticiou o "Público". Mas, até 2016, a TAP previa "ganhos superiores a 55 milhões de euros, com reembolso já durante o quarto ano'", como referiu a mesma publicação. No entanto, segundo a TAP, a Aviapartners não cumpriu o acordo, o que fez com que a companhia aérea retomasse as negociações com os demais interessados. "A Urbanos sempre esteve interessada na parte da carga, depois das negociações com aaviapartners terem saído goradas, perguntámos se ela queria analisar o resto", explicou ao Negócios, Luís Rodrigues, administrador da TAP. Sem avançar qualquer valor, o gestor garante que "foi um bom acordo para todas as partes".

2 Pedro Elias Negócio do 'handling' A venda da Groundforce à Aviapartner chegou a ser dada com certa. No fim voou para a Urbanos.

3 Recorde-se que esta situação foi desencadeada pela venda dos 50,1% da Groundforce pela espanhola Globalia Sem ter encontrado compradores, a TAP parqueou por um ano a participação em três bancos. ATAP adquiriu a posição pelo mesmo valor que a Globalia a havia alienado em Março de 2008, ou seja, por 31,6 milhões de euros. Após esse período, como continuava a não encontrar comprador, para reduzir custos, a TAP propôs a aquisição desta participação até encontrar o comprador. A Autoridade da Concorrência chumbou este pedido e até então a TAP estava a tentar concretizar o negócio. Aquando do início das divergências entre a TAP e Globalia, o grupo Mota-Engil chegou a estar interessado na Groundforce. Na época, o negócio da empresa de "handling" chegou a estar avaliado entre os 330 e os 380 milhões de euros. A Urbanos sempre esteve interessada na carga, (...) depois perguntámos se ela queria analisar o resto. Um grupo ligado à logística há duas décadas sy\ A Urbanos iniciou a sua ( > ) actividade em 1990, na \-S altura, somente com a empresa CCC Transportes Urbanos. No seu "site", o grupo Urbanos recorda que "há 19 anos os sistemas informáticos eram de grandes dimensões, sendo extremamente difícil em Portugal assegurar o seu transporte com qualidade e segurança". A CCC Transportes Urbanos foi então criada para preencher uma lacuna no mercado. Em Dezembro de 2002, é criada a Safebox - Gestão e Custódia de Arquivo, e em 2005, a Translogart - Logística de Obras de Arte. Mais recentemente, o grupo Urbanos adquiriu a TEX - Transporte de Encomendas Expresso. Em 2010, a Urbanos SGPS registou um volume de negócios de 849 mil euros. O grupo consolidou, em 2009, vendas de cerca de 20,8 milhões de euros. LUÍS RODRIGUES Administrador da TAP

4 CRONOLOGIA UMA VENDA DIFÍCIL Estado decide avançar com a venda de uma posição na SpdH, tendo alienado 50,1% aos espanhóis da Globalia Quatro anos depois começaram as divergências entre os accionistas Não tendo conseguido vender a posição da Globalia, a TAP parqueia a posição bancos. dos espanhóis em três 2009 Para reduzir os custos, a TAP recomprou a posição da Grondforce Concorrência obriga TAP a vender os 50,1% A TAP começou as negociações com Aviapartners 2011 para a venda. TAP acusa a Aviapartners de não cumprir acordo.

5 Groundforce apresenta proposta a licença "handling" para de A Groundforce conseguiu entregar asua proposta para concorreràlicença de "handling" nos aeroportos de Lisboa e Porto, confirmou fonte da companhia ao Negócios. O prazo terminou no final do dia de ontem, à meia-noite. As interessadas tiveram que enviar as suas propostas através do portal electrónico, Vortal, para assim cumprir assim os requisitos do concurso público, lançado pelo Instituto Nacional de Aviação Civil. As licenças de gestão de bagagens e passageiros em terranos aeroportos ("handling') de Lisboa, Porto e Faro terminam a3l de Dezembro e, por decisão legal, só estão abertas duas vagas em cada um dos aeroportos. Uma delas é preenchida automaticamente pela Portway, detida pela ANA Aeroportos, ficando apenas uma vaga disponível. Em Lisboa e Porto deverão ter apresentado propostas: aaviapartner, a Clece, Flightcare, a Manindustria, a Menziesaviation, a Safeport, aserviair e a Swissport no AGroundforcejáhaviaconfirmado que não iria concorrerá licença de Faro, escala que tinha encerrado ano passado. Deverão ter apresentado proposta a esta licença, mas mesmas empresas que concorreram aos aeroportos de Lisboa e Porto. Caso assegure as licenças de Lisboa e Porto, a Groundforce terá que comprovar que já não tem a totalidade do capital nas mãos da TAP. O INAC tem 180 dias para ter a decisão sobre as propostas apresentadas. No entanto, a caducidade das actuais licenças poderá apressar a decisão do regulador, atp O INAC tem 180 dias para decidir quem serão os vencedores para as licenças de "handling" dos aeroportos portugueses.