2.1 EMISSÕES DE VALORES MOBILIÁRIOS Acções Emitidas 3
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- Juliana Monteiro
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1 2.1 EMISSÕES DE VALORES MOBILIÁRIOS Inflectindo a tendência de anos anteriores, as emissões de acções registaram um significativo acréscimo em Contudo, este acréscimo ficou a dever-se à oferta pública de subscrição de acções da EDP, no âmbito da 5ª fase de privatização desta sociedade. O mercado primário de obrigações registou um decréscimo de 16% face ao ano anterior, que ficara assinalado com o maior nível de emissões de dívida do sector privado dos últimos 10 anos. As emissões de obrigações de caixa continuam a ser as mais representativas do mercado, apesar do seu peso ter diminuído. No mercado primário de warrants não ocorreu qualquer emissão em Já as emissões de Obrigações do Tesouro atingiram um montante global de milhões de euro Acções Emitidas 3 Em 2004 verificou-se uma inflexão da tendência registada em anos anteriores no que se refere a acções emitidas. Com efeito, as ofertas de acções colocadas em mercado primário registaram um acréscimo de cerca de 70% relativamente a No entanto, esta inflexão não revela uma reanimação estrutural do mercado de capitais português. A oferta pública de subscrição de acções ordinárias da EDP Energias de Portugal, SA, no âmbito da 5ª fase de privatização desta sociedade, no montante global de milhões de euro, explica aquele crescimento. Por outro lado, manteve-se a falta de interesse nas acções preferenciais sem voto quer através de oferta pública quer de oferta particular de acções. 3 À semelhança da abordagem seguida em anos anteriores, o âmbito de análise aqui considerado foi o seguinte: - Ofertas públicas : ofertas realizadas no mercado português de acordo com o preceituado no artigo 109.º do Cód. VM; - Ofertas particulares : ofertas realizadas no mercado português, por sociedades com o capital aberto ao investimento público, e comunicadas subsequentemente a esta Comissão de acordo com o preceituado no artigo 110.º do Cód. VM. 26
2 Gráfico 8 - Evolução do Valor das Emissões de Acções Milhões de Euro Quadro 14 - Emissões de Acções por Sociedades Abertas, por Tipo de Acções Natureza dos Valores Nº Emissões Valor Nº Emissões Valor Nº Emissões Valor Acções Ordinárias Acções Preferenciais Sem Voto TOTAL As ofertas públicas das sociedades com o capital aberto ao investimento público reuniram a quase totalidade das emissões (92% do valor total emitido). Quadro 15 - Emissões de Acções por Sociedade Abertas, por Tipo de Ofertas, Registadas na Tipo de Ofertas Nº Ofertas Subscrição Valor Particular Pública TOTAL Em relação à repartição das ofertas por sector de actividade, verificou-se a preponderância do peso do sector Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água (69%), seguido do sector de Construção e Materiais de Construção (12%) e o quase desaparecimento do sector Intermediação Financeira. 27
3 Cabe ainda mencionar o peso das ofertas a trabalhadores de subsidiárias portuguesas de sociedades sedeadas no estrangeiro, que correspondem a cerca de 56% do número total das ofertas consideradas. No entanto e dada a sua natureza, revestem-se de diminuta importância em termos de montantes efectivamente colocados. Face à conjuntura económica portuguesa, 2004 continuou a revelar a falta de interesse das sociedades em ocorrer ao mercado de valores mobiliários, não se verificando, pelo segundo ano consecutivo, nenhuma IPO (oferta pública inicial) em mercado primário. A única novidade em termos de mercado accionista foi a dispersão, através de oferta pública de venda, de 15,7% do capital social do Grupo Media Capital SGPS, SA Obrigações Emitidas Depois de em 2003 se ter atingido o maior nível de emissões de dívida do sector privado dos últimos 10 anos, registou-se em 2004 um ligeiro decréscimo, de 16% em relação ao ano anterior, tendo o valor das emissões de obrigações do sector privado sido de milhões de euro. Gráfico 9 - Evolução do Valor das Emissões de Obrigações Milhões de Euro As emissões mais relevantes foram as emissões de obrigações de caixa da Caixa Geral de Depósitos (22%), as obrigações titularizadas da SAGRES - Sociedade de Titularização de Créditos, S.A.(13%), e as obrigações de caixa do grupo Millennium BCP (12%). De referir ainda a emissão de obrigações clássicas da PARPÚBLICA - Participações Públicas SGPS, SA no montante de 500 milhões de euro. As emissões realizadas assumiram maioritariamente a forma de subscrição particular (57% do valor total emitido). 28
4 Quadro 16 - Mercado Primário de Obrigações, por Tipo de Oferta Tipo de Ofertas Nº de Emissões Valor Particular Pública TOTAL Quadro 17 - Mercado Primário de Obrigações Meses Residentes Não Residentes Total Nº Emissões Valor Nº Emissões Valor Nº Emissões Valor Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro TOTAL A taxa média ponderada do 1º cupão dos empréstimos obrigaccionistas situou-se nos 2,88%. As taxas registadas nos meses de Março e Abril, de 3,64% e 4,07% respectivamente, deveram-se à emissão de diversos empréstimos de obrigações de caixa ao abrigo do Aviso do Banco de Portugal nº 6/2002, i.e. de Instrumentos de Captação de Aforro Estruturados, cujo perfil de maior risco ditou taxas de remuneração do 1º cupão mais elevadas do que as restantes emissões. Por outro lado, os valores mais baixos registaram-se nos meses de Agosto e Setembro, tendo sido originados por uma série de emissões de obrigações de caixa cuja taxa do 1º cupão rondou os 1,5%. 29
5 Gráfico 10 - Taxa Média Ponderada do 1º Cupão 4,5% 4,0% 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Tal como no ano anterior, as emissões de obrigações clássicas viram o seu peso aumentar, de 14% para 20%, e o peso das emissões de obrigações de caixa diminuiu de 60% para 47%. Com a abolição do conceito de tipicidade dos valores mobiliários 4 e de acordo com as comunicações subsequentes efectuadas à, as emissões de obrigações estruturadas atingiram um montante que perfez cerca de 4% do total emitido. Gráfico 11 - Emissão de Obrigações - por tipo Percentagem do montante global 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Clássicas Caixa Titularizadas Cupão 0* C/ warrants Obrigações estruturadas Legenda: (*) Neste valor estão incluídas todas as emissões de obrigações de cupão 0. O mercado Caravela continuou a manifestar fracos índices de utilização, tendência esta que já vinha de anos anteriores. Nas entidades Supranacionais e Soberanas não se registou qualquer interesse pela colocação de dívida no nosso país tendo, pelo contrário, sido incrementadas as emissões de Restantes Entidades Não Residentes, fruto das já referidas emissões de obrigações estruturadas. 4 Decreto-lei 66/2004 de 24 de Março. 30
6 Gráfico 12 - Evolução do Valor Emitido no Mercado Caravela Milhões de Euro Supranacionais e Soberanos Restantes Entidades Não Residentes Warrants Emitidos Em 2004 não houve qualquer oferta pública de warrants, tendo os emitentes destes valores mobiliários optado por colocar as respectivas emissões no mercado secundário Valores Mobiliários Convertíveis Emitidos Em 2004, à semelhança do ano anterior, o Commerzbank Aktiengesellschaft efectuou uma emissão de Valores Mobiliários Convertíveis por Opção do Emitente, desta feita sobre acções da Nokia OYJ, no montante global de 15 milhões de euro e com uma taxa de juro de 11% a.a Dívida Pública A Resolução do Conselho de Ministros nº 7/2004, de 3 de Fevereiro veio estabelecer os montantes máximos para a emissão em 2004 de obrigações do tesouro, certificados de aforro e de bilhetes do tesouro, entre outros tipos de dívida pública, tendo ficado estabelecido para as obrigações do tesouro um valor máximo de milhões de euros para o ano de O valor efectivamente colocado foi de milhões de euro, repartido por uma emissão sindicada de milhões de euro e o restante através da realização de leilões. As emissões de obrigações do tesouro em 2004 foram colocadas a taxas médias ponderadas que variaram entre um mínimo de 2,923% e um máximo de 4,438%. 31
7 Quadro 18 - Montantes Colocados e Taxas Ponderadas Valor (10^6 Euro) Taxa Média Ponderada de Cupão (%) Taxa Média Ponderada das Colocações (%) Meses Janeiro , , Fevereiro , , Março ,875 3,00 4,375 4,944 3,165 4,076 Abril ,00-5, Maio ,875 3,00 4,375 4,959 2,659 4,405 Junho ,00 3,00 4,375 5,321 2,275 4,438 Julho ,143 3,00 3,25 4,903 2,514 3,332 Agosto ,00-4, Setembro ,875-3,25 4,132-3,263 Outubro ,21 4,375 4,398 4,436 - Novembro ,45-3,25 4,681-2,923 Dezembro TOTAL ,06 3,27 3,66 4,861 3,354 3,634 Quadro 19 - Maturidade das Obrigações do Tesouro Valor % Valor % Valor % Taxa Fixa , , ,0 2 anos 0 0,0 0 0,0 0 0,0 3 anos 700 5, ,0 0 0,0 4 anos 0 0,0 0 0, ,7% 5 anos ,4 0 0,0 0 0,0 9 anos 0 0,0 0 0,0 0 0,0 10 anos ,7 0 0, ,3% 11 anos , ,0 0 0,0 14 anos 0 0,0 0 0,0 0 0,0 15 anos 0 0,0 0 0,0 0 0,0 Taxa Variável 0 0,0 0 0,0 0 0,0 4 anos 0 0,0 0 0,0 0 0,0 5 anos 0 0,0 0 0,0 0 0,0 6 anos 0 0,0 0 0,0 0 0,0 7 anos 0 0,0 0 0,0 0 0,0 TOTAL , , ,0 32
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