UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade Tese Eficácia de inseticidas e formulações de iscas tóxicas sobre Ceratitis capitata (Wiedemann, ) (Diptera: Tephritidae) Cléber Antonio Baronio Pelotas, 0

2 Cléber Antonio Baronio Eficácia de inseticidas e formulações de iscas tóxicas sobre Ceratitis capitata (Wiedemann, ) (Diptera: Tephritidae) Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, da Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor em Fitossanidade (área do conhecimento: Entomologia). Orientador: Dr. Marcos Botton Coorientador: Dr. Flávio Roberto de Mello Garcia Pelotas, 0

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4 Banca examinadora: Pesquisador, Dr. Marcos Botton (Orientador) (Embrapa Uva e Vinho) Professor, Dr. Anderson Dionei Grutzmacher (Universidade Federal de Pelotas UFPel) Pesquisadora, Dra. Beatriz Aguiar Jordão Paranhos (Embrapa Semiárido) Pesquiador, Dr. Caio Stoffel Efrom (Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária - Fepagro) Pesquisador, Dr. Dori Edson Nava (Embrapa Clima Temperado)

5 Aos meus pais, Dorneles José Baronio e Laurilei Fátima Baronio, Pelo apoio, incentivo e compreensão em todos os momentos. DEDICO E OFEREÇO

6 Agradecimentos A Deus, qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао longo dе minha vida, е nãо somente nestes anos como pos-graduando, mаs que еm todos оs momentos é o maior mestre orientador qυе alguém pode conhecer. Ao Dr. Marcos Botton (Orientador), Pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves, RS, pela orientação, ensinamentos e confiança durante todo o processo do Doutorado, além do grande exemplo de profissionalismo. Ao Dr. Flávio Roberto de Mello Garcia (Coorientador), professor do Departamento de Fitossanidade da FAEM/UFPel, pelos ensinamentos, coorientação e profissionalismo exemplar. Aos professores Dr. Alci Enimar Loeck, Dr. Anderson Dionei Grützmacher, Dr. Mauro Silveira Garcia, Dr. Dori Edson Nava, Dr. Uemerson da Silva Cunha, Dr. Flávio Roberto Mello Garcia e Dr. Marcos Botton, do PPGFs da FAEM/UFPel, pelos ensinamentos e à secretária do PPGFs Neide Ritter Quevedo por toda ajuda e atenção. Ao Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade (PPGFs) da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (FAEM), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), pela oportunidade de realização do curso de Doutorado. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Uva e Vinho) de Bento Gonçalves, RS e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) de São Joaquim, pelo envolvimento e colaboração de funcionários de diversos setores e por permitir o uso das instalações da empresa durante a execução dos experimentos. Aos pais Dorneles José Baronio e Laurilei Fátima Baronio e aos irmãos Andrei Josué Baronio e Andressa Maria Baronio, os quais têm demonstrado grande apoio, carinho, compreensão e participação em cada etapa da minha formação pessoal e profissional. À assistente de pesquisa Vânia Sganzerla do Laboratório de Entomologia da Embrapa Uva e Vinho, pelo profissionalismo exemplar e por todo o apoio no desenvolvimento dos trabalhos.

7 À Dra. Beatriz A. Jordão Paranhos, pesquisadora da Embrapa Semiárido, Petrolina, por todo o incentivo, amizade e exemplo profissional durante todo o período de pesquisa desenvolvido na região do Vale do São Francisco. Á Dra. Aline Nondillo, (pós-doc Embrapa) pela amizade e dedicação durante todo o processo de pesquisa no laboratório, pelas trocas de experiências e a convivência diária. Aos colegas do laboratório de entomologia da Embrapa Uva e Vinho Inana Schutze, Morgana Baldin, Marcelo Nunes, Ligia Bortoli e Ruben Machota Jr. por toda a ajuda no desenvolvimento dos trabalhos e pelo companheirismo diário. Aos colegas do PPGFs Adriane Duarte, Aline Costa Padilha, Daniele Schlesener, Fernanda Appel Muller, Heitor Lisboa, Juliano Pazzini, Jutiane Wollmann, Martin Groth e Naymã Pinto Diaz pela amizade e agradável convívio durante a realização do curso. Aos colegas do laboratório de Entomologia da Embrapa Uva e Vinho Vânia Zganzerla, Aline Nondillo, Aline Padilha, Inana Schutze, Marcelo Z. Nunes, Ruben Machota Jr, Lígia Caroline Bortoli, Joel Pasinato, Morgana Baldin, Aline Guindani, Simone Andzeiewski, Vitor Cezar Pacheco, Sabrina Lerin e Joatan Machado da Rosa, pela amizade, companheirismo e auxílio nos trabalhos do laboratório. Aos colegas e funcionários do Laboratório de Entomologia da Embrapa Semiárido Beatriz Paranhos, Farah de Castro Gama, Patricia de Oliveira, Rosamara Coelho, Jéssica Oliveira, Carla Assis, Diniz e Victor pelo suporte e auxilio no desenvolvimento dos trabalhos em Petrolina - PE. Aos amigos da pousada da Embrapa Isadora, Isis, Juliele, Simone, Patrícia, Júlio, Jucenil, Marcelo, Cristina, Giseli, Carlos e Catherine, pelos momentos de descontração e amizade durante a minha estadia em Bento Gonçalves. Á empresa BASF, em nome dos funcionários Angela Myia, Ivan Faccioli Aguiar, Sérgio Korello, Pedro Henrique Emmed e Rômulo Ramalho e à Wiser representada por Chris Nazário por todo o suporte e parceria na realização dos experimentos em Petrolina- PE e região. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela concessão da bolsa de doutorado.

8 Resumo BARONIO, CLÉBER ANTONIO. Eficácia de inseticidas e formulações de iscas tóxicas sobre Ceratitis capitata (Wiedemann, ) (Diptera: Tephritidae). 0. f. Tese (Doutorado) Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade. Universidade Federal de Pelotas. A mosca-do-mediterrâneo Ceratitis capitata (Wiedemann, ) é praga-chave na fruticultura mundial. O emprego de iscas tóxicas é uma das ferramentas para o manejo da espécie, principalmente no período de pré-colheita. Os objetivos desse trabalho foram: a) propor uma metodologia para avaliação de formulações de iscas tóxicas em laboratório; b) verificar quais formulações de iscas tóxicas são mais eficientes na ausência e sob chuva simulada; c) Conhecer o efeito de inseticidas de diferentes grupos químicos sobre adultos de C. capitata por contato ou ingestão de isca tóxica e o seu efeito sobre larvas no interior de frutos e, d) conhecer o efeito da aplicação das iscas tóxicas de pronto uso Gelsura e Success 0,0CB em cultivo comercial de uvas finas de mesa (Vitis vinifera L.). Todos os fatores avaliados para determinação da metodologia tiveram influência sobre o tempo letal da isca tóxica Success 0,0CB. Como proposta de metodologia de avaliação, sugere-se a utilização de insetos com cinco a oito dias de idade após a emergência, provenientes de larvas criadas em dieta artificial, privados de alimentação por horas, disponibilizando a isca tóxica isoladamente por um período mínimo de quatro horas. Gelsura, Success 0,0CB e os atrativos alimentares Anamed, Biofruit, Flyral e o melaço de cana-de-açúcar contendo espinosade proporcionaram mortalidade superior a 0% até dias após a aplicação na ausência de chuva. Gelsura a.000 mg.l - de alfa-cipermetrina e Anamed + malationa ou espinosade apresentaram resistência à lavagem da chuva de até mm, enquanto as demais formulações não apresentaram efeito após chuva simulada. Os inseticidas espinetoram, espinosade, alfa-cipermetrina, clorpirifós, fosmete e malationa causaram mortalidade de adultos de C. capitata superiores a 0% tanto em aplicação tópica quanto por ingestão. Apenas espinetoram e clorpirifós apresentaram efeitos de profundidade, com e % de redução na infestação de larvas por fruto, respectivamente. Em áreas de cultivo de uvas finas de mesa, as iscas tóxicas Gelsura na proporção de : de água (, L.ha - de calda) e Success 0,0CB na proporção de :, de água (,0 L.ha - de calda) reduzem a infestação de adultos de C. capitata, resultando em danos em bagas e cachos inferiores à testemunha sem controle e equivalentes ao emprego de inseticidas em pulverização. Conclui-se que em ensaio de laboratório deve-se fornecer gota de isca tóxica de 0µL por quatro horas sem dieta, ofertando a adultos criados em laboratório com cinco a oito dias de idade previamente privado de alimento por horas. Quando não chove, pode-se aplicar as iscas tóxicas Gelsura, Success 0,0CB e os atrativos Anamed, Biofruit e melaço de cana-de-açúcar com espinosade. Quando chove, pode-se aplicar

9 Gelsura a.000 mg.l - de alfa-cipermetrina e Anamed com malationa ou espinosade. Os inseticidas alfa-cipermetrina, espinetoram e espinosade são alternativas aos organofosforados no controle de adultos de C. capitata quando pulverizado ou pela ingestão de isca tóxica misturados com Biofruit (%) sendo que o espinetoram reduz também o número de larvas vivas em frutos de maçã. Em áreas comerciais de uva fina de mesa, Gelsura (, L.ha - ) e Success 0,0CB (,0L.ha - ) podem ser utilizados em rotação com o manejo convencional. Palavras-chave: mosca-do-mediterrâneo, atrai-e-mata, Manejo Integrado de Pragas, toxicidade, controle químico.

10 Abstract BARONIO, CLÉBER ANTONIO. Efficacy of insecticides and toxic bait formulations to Ceratitis capitata (Wiedemann, ) (Diptera: Tephritidae). 0. p. Thesis (Doctorate degree) Plant Protection Graduate Program. Federal University of Pelotas, Pelotas. The Mediterranean fruit fly, Ceratitis capitata (Wiedemann, ), is a key pest in world fruticulture, causing damage to all fruit species of economic importance in Brazil. The management of this pest is done using insecticides belonging to the organophosphorous, pyrethroids and spinosyns chemical groups which are used in cover sprays or toxic baits formulations, mixing insecticides with a food attractant, hydrolyzed protein or sugarcane molasses. The use of toxic baits is one of the tools for the management of this species, especially during the pre-harvest period, when fruit growers face restrictions on the use of insecticides in cover sprays. The objectives of this work were: a) to develop a methodology for the evaluation of toxic bait formulations in the laboratory; b) verify which toxic bait formulations are more efficient in a dry environment and under simulated rainfall; c) To know the effect of insecticides of different chemical groups on adults by contact or ingestion, on larvae and in a toxic bait formulation and d) to evaluate the efficcacy of ready-to-use toxic baits Gelsura and Success 0.0CB applied in areas of fine grapes tables (Vitis vinifera L.). All the factors evaluated for determination of the methodology had influence on the lethal time. It is suggested the use of five to eight days old insects after emergence, from larvae raised in artificial diet, deprived of feeding for hours, providing the toxic bait Success 0.0CB alone for a minimum period of four hours. Lethal time 0 (LT0 in hours) of the toxic baits was:. (Gelsura at,000 mg.l - ),. (Gelsura at,000 mg.l - ),. (Anamed + malathion),.9 (sugarcane molasses + malathion),.9 (sugarcane molasses + spinosad),. (Flyral + malathion),.0 (Flyral + Spinosade),. (Success 0.0CB),. (Anamed + spinosad),. (Biofruit + spinosad) and. (Biofruit + malathion). Gelsura (,000 mg.l - ) and all formulations containing spinosad provided mortality greater than 0% up to days after application in the absence of rainfall. Both Gelsura concentrations and Anamed + malathion and Anamed + spinosad showed higher resistance to wash off up to mm, while the other formulations were washed, reducing their control efficiency. The insecticides spinetoram, spinosad, alpha-cypermethrin, chlorpyrifos, phosmet and malathion caused mortality of C. capitata adults over 0% both on topical and ingestion. Only chlorfenapyr, spinetoram and chlorpyrifos had significant effects on larvae inside apple fruits with, and % efficacy. In the field, toxic bait Gelsura (. L.ha - of spray solution) and Success 0.0CB (.0 L.ha - of spray solution) reduced the number of C. capitata adults captured in the monitoring traps. resulting in average less than 0.% (Gelsura ) and.00% (Success 0.0CB) of grapes

11 damaged and less than 0% (Gelsura ) and % (Success 0.0CB) of damages on bunches, compaired to the treatment without insecticide (.% of berries and % of bunches with damage). The determination of a methodology allows to increase the reliability of the results obtained for the toxic baits, and from these studies, it is possible to verify which toxic baits based on alpha-cypermethrin, spinosad and malathion are efficient after aging and at the same time resist to precipitation. Later, it is possible to determine which insecticides are efficient to adults in the form of toxic bait or in cover spray, turning possible to choose the best alternative for field use., The ready-to-use baits Gelsura and Success 0.0CB reduce the adult level and the percentage of damages in berries and bunches caused by C. capitata, becoming important tools for the management of the Mediterranean fruit fly in vineyards. Key-words: Mediterranean-fruit-fly, attract-and-kill, Integrated Pest Management, toxicity, chemical control.

12 Lista de figuras Artigo Figura. Adultos de Ceratitis capitata alimentando-se de isca tóxica Success 0,0CB, oferecida após privação de alimento por um período de horas... Figura. Figura. Figura. Sobrevivência de adultos de Ceratitis capitata após o fornecimento da isca tóxica Success 0,0CB, contendo 9 mg.l - de espinosade, concomitantemente com água e água + dieta artificial em laboratório (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h)..... Sobrevivência de adultos de Ceratitis capitata após a ingestão da isca tóxica Success 0.0CB, contendo 9 mg.l - de espinosade, ofertada por,, e horas em laboratório em laboratório (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h) Sobrevivência de adultos de Ceratitis capitata submetidos a ingestão da isca tóxica Success 0,0CB, contendo 9 mg.l - de espinosade, após períodos de privação de alimento de 0 (sem privação), e horas em laboratório (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h)..... Figura. Sobrevivência de adultos de Ceratitis capitata com idades de, e dias após a ingestão com a isca toxica Success 0,0CB, contendo 9 mg.l - de espinosade, em laboratório (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h)..... Figura. Sobrevivência de adultos de Ceratitis capitata submetidos a teste de ingestão de quatro horas com a isca tóxica Success 0,0CB, contendo 9mg.L - de espinosade, cujas larvas desenvolveram-se em frutos de manga (Mangifera indica selvagens) e dieta artificial (Laboratório 00ª geração), em condições de laboratório (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h)... 9

13 Artigo Figura. Número médio de larvas de Ceratitis capitata vivas (N± EP) por fruto (barras pretas) e percentual de mortalidade (Abbott, 9) (barras cinzas) doze dias após a imersão (DAI) realizada dias após a oviposição em frutos de maçã cv. 'Gala' em caldas inseticidas em laboratório (T = ± C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h)... 9 Artigo Figura. Figura. Figura. Flutuação populacional de Ceratitis capitata capturados em armadilhas Jackson e Mc-Phail em videira da cultivar 'Sugar Crisp' ao longo das sete semanas de avaliações em parcelas com aplicação das iscas toxicas Gelsura (: partes de água) e Success 0,0CB (:, partes de água). Casa Nova, BA, fevereiro a março de Flutuação populacional (MAD) de Ceratitis capitata capturados em armadilhas Jackson em videira da cultivar 'Arra-' ao longo das sete semanas de avaliações em parcelas com aplicação das iscas toxicas Gelsura (: partes de água) e Success 0,0CB (:, partes de água). Petrolina-PE, outubro a novembro de Flutuação populacional (MAD) de Ceratitis capitata capturados em armadilhas Jackson em videira da cultivar 'Arra-' ao longo das seis semanas de avaliações em parcelas com aplicação das iscas toxicas Gelsura (: partes de água) e Success 0,0CB (:, partes de água). Lagoa Grande-PE, novembro/dezembro de 0... Figura. Flutuação populacional (MAD) de Ceratitis capitata capturados em armadilhas Jackson em videira da cultivar 'Itália Muscat' ao longo das cinco semanas de avaliações em parcelas com aplicação das iscas toxicas Gelsura (: partes de água) e Success 0,0CB (:, partes de água). Curaçá-BA, novembro/dezembro de 0...

14 Lista de tabelas Artigo Tabela. Tabela. Tabela. Tempo letal (TL0) de formulações de iscas tóxicas sobre adultos de Ceratitis capitata em laboratório (Temperatura ± o C, umidade relativa 0 ± 0% e fotofase horas).... Número de insetos vivos (N±EP) e percentual de mortalidade de Ceratitis capitata após 9 horas de exposição a resíduos de iscas tóxicas aos 0,, e dias após a aplicação (DAA), na ausência de chuva... Número de adultos (N±EP) de Ceratitis capitata vivos e percentual de mortalidade após 9 h de exposição a resíduos de iscas tóxicas expostas às lâminas de chuva simulada de 0,, e 0mm na intensidade de 0 mm.h - (T = ± C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h)..... Artigo Tabela. Tabela. Tabela. Inseticidas avaliados nos bioensaios com adultos e larvas de Ceratitis capitata em laboratório (T = ± C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h)... Número médio de insetos vivos (N ± EP) e porcentagem de mortalidade (%M) de adultos de Ceratitis capitata,, e 9 horas após a exposição dos tratamentos (HAET) com inseticidas em bioensaio de aplicação tópica (contato) e ingestão de isca tóxica, em laboratório (T = ± C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h)... 9 Tempos letais (TL0 e TL90), em horas, de adultos de C. capitata expostos a aplicação tópica de inseticidas (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h).... 9

15 Tabela. Tempos letais (TL0 e TL90), em horas, de adultos de C. capitata via ingestão após o fornecimento de uma isca tóxica formulada com o atrativo Biofruit diluído a % (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h) Artigo. Tabela. Número médio (N±EP) de adultos de Ceratitis capitata capturados por semana em armadilhas de monitoramento contendo o paraferomônio Trimedlure ou a proteína hidrolisada Ceratrap em experimento de avaliação de iscas tóxicas.... Tabela. Percentual médio (±EP) de bagas e cachos contendo danos por Ceratitis capitata em uva fina de mesa 'Sugar Crisp'. Casa Nova-BA, março de 0... Tabela. Percentual médio (±EP) de bagas e cachos contendo danos por Ceratitis capitata em uva fina de mesa 'Arra-'. Petrolina-PE, novembro de Tabela. Percentual médio (±EP) de bagas e cachos contendo danos por Ceratitis capitata em uvas finas de mesa 'Arra-'. Lagoa Grande-PE, novembro de Tabela. Percentual médio (±EP) de bagas e cachos contendo danos por Ceratitis capitata em uva fina de mesa 'Itália Muscat'. Curaçá-BA, dezembro de 0...

16 Sumário Introdução geral... Artigo - Fatores endógenos e exógenos associados a avaliação da eficácia de isca tóxica sobre adultos da Mosca-do-mediterrâneo em laboratório... Introdução... Material e métodos... 0 Resultados... Discussão... Referências... 0 Artigo - Efeito de formulações de iscas tóxicas à base de alfa-cipermetrina, espinosade e malationa no controle de Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae)... 0 Introdução... Material e Métodos... Resultados... 9 Discussão... Referências... Artigo - Inseticidas alternativos aos organofosforados para o controle de Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae)... Introdução... 0 Material e Métodos... Resultados... Discussão... 9 Referências...0 Artigo - Controle de Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) com iscas tóxicas em uvas finas de mesa...09 Introdução... Material e Métodos... Resultados... 9 Discussão... Referências... 9 Considerações finais... Referências Bibliográficas...

17 Introdução Geral O Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial de produção de frutas com volume anual de 9, milhões de toneladas e área cultivada de, milhões de hectares (FAO, 0). Uma das principais frutíferas cultivadas no País é a videira, que possui uma área plantada de aproximadamente mil hectares distribuída desde o extremo Sul do País até regiões próximas à linha do equador (IBGE, 0). Duas regiões se destacam sob o ponto de vista econômico, o Rio Grande do Sul que contribui em média com milhões de quilos de uva por ano, e o polo de fruticultura irrigada Petrolina-Juazeiro, localizado no Submédio do Vale do Rio São Francisco - VSF (BRASIL, 0a), responsável na última década por cerca do 99% das exportações de uvas finas de mesa de todo o Brasil (FERREIRA; LIRIO; MENDOZA, 009; BRASIL, 0b). A região do VSF possui uma área cultivada de. hectares, com produtividade média anual de 0 a 0 toneladas por hectare e com possibilidade de realizar até duas safras e meia por ano (SILVA; COELHO, 00; SOUZA-LEÃO, 00; IBGE, 0), sendo que uma das principais pragas que ocorre na cultura da videira é a mosca-das-frutas. Dentre as espécies de moscas-das-frutas que ocorrem na região, merece destaque a mosca-do-mediterrâneo Ceratitis capitata (Wiedmann, ) (Diptera: Tephritidae), uma espécie polífaga, com espécies de plantas hospedeiras registradas em todo o mundo, distribuídas em famílias (LIQUIDO et al., 99, 0; MCQUATE; LIQUIDO, 0) e cosmopolita, sendo considerada uma das principais espécies-praga da fruticultura mundial (JOACHIM-BRAVO et al., 00; VERA et al., 00; PAPADOPOULOS et al., 0; SHELLY et al., 0). A mosca-do-mediterrâneo caracteriza-se por apresentar flutuação populacional diretamente relacionada à disponibilidade de hospedeiros e condições climáticas de uma determinada região (PARANHOS et al., 00). No Brasil, a espécie possui 9 hospedeiros distribuídos em famílias botânicas, sendo que a espécie é considerada ausente apenas nos estados do Amazonas e Sergipe (ZUCCHI, 0; ADAIME et al., 0).

18 A duração do ciclo de vida de C. capitata, assim como nos demais tefritídeos, é influenciada por fatores abióticos e bióticos tais como: temperatura, umidade relativa, condições fisiológicas e tipo de hospedeiro, dentre outros (KRAINACKER; CAREY; VARGAS, 9; SELIVON, 000, VARGAS et al., 000; ARREDONDO; DIAS-FLEISCHER; PEREZ-STAPLES, 00). Em geral, a duração do período ovoadulto varia entre a 9 dias, sendo que resultados de estudos biológicos em maçã (Malus sylvestris Mill.) e em uva (Vitis vinifera L.) comprovaram que o ciclo biológico pode-se prolongar por mais de 0 dias (KRAINACKER; CAREY; VARGAS, 9; PAPACHRISTOS; PAPADOPOULOS; NANOS, 00; ZANARDI et al., 0). Por ser uma espécie polífaga e cosmopolita, em locais de clima tropical, com ampla diversidade de fruteiras e com características climáticas que possibilitam uma disponibilidade constante de frutos maduros, a população de adultos de C. capitata se mantém em níveis elevados durante praticamente todo o ano (PARANHOS et al., 00). Na região do Sub-Médio do Vale do Rio São Francisco, a espécie é considerada um dos principais problemas fitossanitários que afetam a produção e a comercialização de frutas, resultando em danos diretos que reduzem a quantidade e a qualidade dos frutos (PARANHOS; GÓMEZ, 00; MORELLI et al., 0). Seguindo a escala de desenvolvimento fenológico da videira, de Eichhorn e Lorenz (9), o início da infestação e o aparecimento de danos causados pela mosca-domediterrâneo ocorrem aos 0 a 0 dias após a poda (grão ervilha pré-maturação). A maior infestação e percentual de bagas com danos ocorre no início da maturação fenológica, aos 90 a 00 dias após a poda (GÓMEZ et al., 00; GÓMEZ, 0). Uma característica da praga na videira é a sua difícil adaptação, apresentando uma viabilidade larval em uvas finas de mesa de epiderme clara entre 9, e 0,% nas cultivares 'Crimson' e ' Itália', respectivamente (GÓMEZ, 0). Além dos danos diretos, existem restrições quarentenárias ao comércio internacional de frutas frescas devido à presença de larvas e/ou pela detecção de resíduos de inseticidas utilizados para o controle da praga (PARANHOS et al., 00; MORELLI et al., 0). A presença de C. capitata é um entrave à comercialização de uvas finas de mesa, pois onera o custo de produção devido a necessidade de certificação fitossanitária para fins de exportação (PARANHOS; GÓMEZ, 00; GÓMEZ, 0), além de demandar tratamento a frio na pós-colheita visando eliminar os ovos e as larvas presentes nas bagas, previamente ao envio das cargas (DUARTE; MALAVASI, 000; GODOY; PACHECO; MALAVASI, 0; GÓMEZ, 0).

19 9 Para o manejo de C. capitata, a pulverização em cobertura com inseticidas é uma das principais práticas de manejo empregadas pelos fruticultores (NAVA; BOTTON, 00). Entretanto, os impactos ambientais associados são elevados e estão relacionados à baixa seletividade aos inimigos naturais e insetos polinizadores, além de grande período de carência dos principais inseticidas (LORENZATO, 9; SALLES, 99; SCOZ et al., 00; NAVA; BOTTON, 00). Dentre os principais agentes letais utilizados no controle de moscas-das-frutas, seja em aplicações de cobertura ou em formulações de iscas tóxicas, estão os organofosforados, piretróides e as espinosinas (MANGAN; MORENO, 00; URBANEJA et al., 009; EPSKY et al., 0; NAVARRO-LLOPIS et al., 0, 0; RAHMAN, BROUGHTON, 0). Historicamente, os inseticidas organofosforados foram os mais empregados no controle da praga por apresentarem efeito sobre adultos e larvas (RAHMAN; BROUGHTON, 0). No Brasil, até o ano de 00, os inseticidas fentiona (Lebaycid ) e triclorfon (Dipterex ) eram os principais inseticidas empregados no controle das principais espécies de moscas-das-frutas nas diferentes espécies frutíferas cultivadas no País (SCOZ; BOTTON; GARCIA, 00; PARANHOS; BARBOSA, 00; PARANHOS et al., 00; MACHOTA Jr. et al., 0; BOTTON et al., 0). Por apresentar elevada toxicidade, baixa seletividade aos inimigos naturais e longo período de carência, esses produtos foram retirados do mercado (SCOZ et al., 00; ANVISA RDC /00; NAVA; BOTTON, 00; BOTTON et al., 0). Como alternativa aos organofosforados, os produtores têm utilizado principalmente inseticidas piretroides (RAGA, 00), neonicotinoides (RAGA; SATO, 0; MORELLI; PARANHOS; COSTA, 0; ARAÚJO et al., 0) e espinosinas (RAGA; SATO, 00, 0; PARANHOS et al., 00), além de extratos de plantas (ALVARENGA et al., 0; MACHOTA JR. et al., 0; SILVA et al., 0; 0) no manejo da mosca-do-mediterrâneo, existindo poucas informações sobre o efeito desses e dos novos grupos químicos sobre as diferentes fases de desenvolvimento do inseto. Uma alternativa para o manejo da mosca-do-mediterrâneo é o uso de tecnologias de atrai e mata ( attract and kill ), como as iscas tóxicas, que consistem na associação de um atrativo alimentar com um agente letal (MANGAN; MORENO, 00; URBANEJA et al., 009; EPSKY et al., 0; NAVARRO-LLOPIS; PRIMO; VACAS, 0). Dentre as vantagens do emprego de iscas tóxicas, destacam-se a ausência de resíduos nos frutos, devido à aplicação ser direcionada ao tronco ou folhas das

20 0 plantas, menor efeito sobre inimigos naturais, menor quantidade de calda (inseticida e água) aplicada nos pomares e, como geralmente as infestações são originárias de hospedeiros localizados fora dos pomares (PARANHOS et al., 00; PARANHOS; GÓMEZ, 00), a isca tóxica permite estabelecer uma barreira tóxica que atua reduzindo a infestação. Em comparação às pulverizações em cobertura, o uso de iscas tóxicas reduz em até dez vezes a quantidade de ingrediente ativo aplicada no ambiente (VARIKOU et al., 0; YEE; ALSTON, 0), além de minimizar a ocorrência de resíduos nos frutos, devido à aplicação ser localizada sem atingir diretamente os frutos (EL-SAYED et al., 009; CABRERA-MARÍN; LIEDO; SÁNCHEZ, 0). Esta estratégia de controle tem sido preconizada há mais de 00 anos, tendo seu início com o emprego de soluções açucaradas com inseticidas inorgânicos tais como sais de arsênico (HOWARD, 9; MORENO; MANGAN, 000). Na metade do século XX, foi avaliado o efeito de diversos inseticidas como o aldrin, clordane, dieldrin, DDT e parathion em formulações com açúcar, proteínas hidrolisadas e da mistura entre ambos sobre adultos de C. capitata e Bactrocera dorsalis (Hendel, 9) (Diptera: Tephritidae) em áreas de banana Musa acuminata L., manga Mangifera indica L. e goiaba Psidium guajava L. no Havaí (STEINER, 9). No Brasil, há relatos da utilização de iscas tóxicas desde a década de 0 (BITANCOURT; FONSECA; AUTUORI, 9), no qual os autores recomendavam a utilização de arsenato de chumbo (00 ml) em misturas com açúcar mascavo ou melado de cana-de açúcar (, Kg) e água (00 L). Posteriormente, com o desenvolvimento de inseticidas sintéticos, passou-se a utilizar misturas de iscas tóxicas a base de melaço de canade-açúcar a % ou 0, a % de proteína hidrolisada em mistura com inseticidas, em um volume de 00 a 00mL de calda por planta, cobrindo m da copa da mesma com o auxílio de uma broxa ou vassoura (ORLANDO; SAMPAIO, 9). Atualmente, as iscas tóxicas têm como base um atrativo (carboidrato ou proteína hidrolisada) associado a um inseticida como agente letal, método preconizado dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP) para o controle de moscadas-frutas em diferentes regiões do Brasil e do mundo (STARK et al., 00; RAGA; SATO, 00; MANGAN; MORENO; THOMPSON., 00; VARGAS; PROKOPY, 00; CHUECA et al., 00; RUIZ et al., 00; URBANEJA et al., 009; NAVA; BOTTON, 00; MANRAKHAN et al., 0; BORGES et al., 0; BOTTON et al., 0). Diversas substâncias são recomendadas para a elaboração de iscas tóxicas no Brasil,

21 e estas podem conter diferentes ingredientes, tais como açúcares, proteínas, feromônios e voláteis de plantas (RAGA; SATO, 00; BORGES et al., 0; HÄRTER et al., 0; RAGA; VIEIRA, 0). Por serem utilizadas em pequeno volume por hectare e aplicadas nas plantas (geralmente nos ramos) dos pomares, as iscas tóxicas possibilitam um efeito reduzido sobre insetos benéficos (CABRERA-MARÍN et al., 0). Outras vantagens significativas são a aplicação em menores áreas, controle da população no início da infestação, redução da porcentagem de frutos com injúrias por reduzir o número de posturas realizadas por fêmeas de C. capitata e menor risco de contaminação dos frutos por resíduos, visto que, além da quantidade empregada ser 0 vezes menor que a pulverização em cobertura, o jato é dirigido ao tronco, estacas e folhas das plantas (NAVA; BOTTON, 00; VARIKOU et al., 0; YEE; ALSTON, 0). No Brasil, melaço de cana-de-açúcar, sucos de frutas e as proteínas hidrolisadas são atrativos empregados em muitas áreas frutícolas, tanto para monitoramento como para o preparo de iscas tóxicas (MONTES; RAGA, 00; MORELLI; PARANHOS; COSTA, 0; ARAÚJO et al., 0). As formulações de iscas tóxicas empregadas no manejo da mosca-do-mediterrâneo geralmente são diluídas em baixas concentrações de proteína hidrolisadas de origem vegetal ( a %) ou melaço de cana-de-açúcar ( a %) e pulverizadas em área total (MORELLI; PARANHOS; COSTA, 0; ARAÚJO et al., 0). Recentemente, foi introduzida no mercado brasileiro a proteína hidrolisada de origem animal Flyral (Bioibérica S.A., Barcelona, Espanha), a qual possui elevado grau de pureza e percentual de proteína hidrolisada (%), podendo apresentar vantagens na sua utilização em formulações de iscas tóxicas (BIOIBERICA, 0). Como desvantagem dessas formulações destaca-se a baixa resistência a lavagem pela água da chuva, havendo a necessidade de se realizar aplicações frequentes. Em meados dos anos 000, foi disponibilizada comercialmente no Brasil a isca tóxica de pronto uso Success 0,0CB, registrada em outros países como GF- 0, a qual utiliza como princípio ativo o inseticida espinosade (DOW ELANCO, 99). O Success 0,0CB tem sido utilizado com sucesso no controle de várias espécies de moscas-das-frutas no mundo e até hoje é considerada a isca tóxica padrão utilizada em programas de erradicação de moscas-das-frutas (STARK et al., 00; CHUECA et al., 00; PARANHOS et al., 00; RUIZ et al., 00). Entretanto, a sua utilização em alguns casos tem sido limitada devido à ocorrência de

22 fitotoxicidade nas folhas e frutas de algumas frutíferas (DELURY; THISTLEWOOD; ROUTLEDGE, 009; MANRAKHAN; STEPHEN; CRONJE, 0), dificuldade de aplicação em ultra-baixo volume, custo superior às proteínas hidrolisadas e ser facilmente lavada pela chuva. O atrativo alimentar Anamed (Isca Tecnologias, Ijuí-RS) foi lançado no mercado em 0, o qual utiliza a tecnologia SPLAT (Specialized Pheromone and Lure Application Technology ) que apresenta um incremento considerável na persistência dos atrativos e do inseticida, em comparação com as formulações comerciais de iscas tóxicas líquidas (BORGES et al., 0). A formulação contém óleos e ceras que conferem maior resistência à lavagem pela chuva, proteção aos raios solares e liberação gradual do componente ativo no ambiente, prolongando assim a vida útil dos compostos ativos que estão incorporados no mesmo. A recomendação de aplicação do Anamed é de um kg/ha distribuídos em 00m de borda do pomar (ISCA TECNOLOGIAS, 0), quantidade muito inferior as aplicações de iscas tóxicas líquidas à base de melaço ou proteínas hidrolisadas utilizadas comumente pelos produtores. Uma formulação de isca tóxica de pronto uso, Gelsura (BASF), encontra-se em fase de avaliação no Brasil (BOTTON et al., 0). A isca é composta por uma matriz de polímeros que conferem maior resistência à degradação pela luz solar e chuva, tendo como ingrediente ativo o piretroide alfa-cipermetrina a 0,%, além de atrativos alimentares à base de proteínas e um paraferomônio - mistura de isômeros tetra-butil,--cloro--metilciclohexano--carboxilato, conhecido como trimedlure (BEROZA et al., 9), específico para atração de machos da mosca-do-mediterrâneo (NAKAGAWA et al., 9; RUIZ, 0), o que a diferencia das demais por potencializar a capacidade atrativa da isca tóxica a adultos da praga (VARGAS et al., 0), podendo ser aplicada com o auxilio de um pulverizador em troncos, folhas ou estacas de sustentação da cultura, em jatos de 0 a ml, apresentando a vantagem de não ser fitotóxico nesta forma de aplicação. Os dois fatores principais que devem ser considerados na escolha dos atrativos para formulação de iscas tóxicas são: a capacidade atrativa, que age na aproximação do inseto até o ponto ou local de aplicação da isca tóxica e a capacidade fagoestimulante ou resposta alimentar (MORENO; MANGAN, 00; VARGAS et al., 00), que contribui para o consumo da isca e permite a rápida intoxicação do inseto alvo. A falta de informações sobre metodologia de avaliação, deficiência em

23 publicações de resultados de pesquisas sobre iscas tóxicas e a falta de conhecimento sobre atrativos alimentares e formulações de iscas tóxicas disponíveis no Brasil contribui para a não utilização dessa técnica pelos fruticultores. Assim, os objetivos desse trabalho foram: a) propor uma metodologia para a avaliação da eficiência da isca tóxica Success 0,0CB sobre adultos de C. capitata em laboratório, b) avaliar a letalidade e o efeito residual de formulações de iscas tóxicas com e sem chuva simulada, c) conhecer o efeito de inseticidas sobre adultos e larvas em laboratório e d) avaliar a aplicação das iscas tóxicas Gelsura e Success 0,0CB em áreas comerciais de uvas finas de mesa para o controle da praga.

24 Artigo Journal of Economic Entomology Versão em português Fatores endógenos e exógenos associados a eficácia de isca tóxica sobre adultos de Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) em laboratório Baronio, C.A., Nunes, M.Z., Pasinato, J., Garcia, F.R.M., Botton, M.

25 9 0 Baronio et al.: Efficacy of toxic bait on Ceratitis capitata Journal of Economic Entomology Ecotoxicology Fatores endógenos e exógenos associados a eficácia de isca tóxica sobre a mosca- do-mediterrâneo em laboratório C.A. Baronio Rua Livramento,, Bento Gonçalves Rio Grande do Sul, Brazil CEP: Phone: + () 0 Fax: + () cleber.baronio@hotmail.com Cléber Antonio Baronio, Marcelo Zanelato Nunes, Joel Pasinato, Flávio Roberto de Mello Garcia, Marcos Botton 9 0 CA Baronio, MZ Nunes, FRM Garcia Universidade Federal de Pelotas, Campus Universitário, Capão do Leão, RS, Brasil. J Pasinato Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil 9 M Botton Laboratório de Entomologia, Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves, RS, Brasil

26 0 Fatores endógenos e exógenos associados a eficácia de isca tóxica sobre a Mosca- do-mediterrâneo em laboratório Resumo A influência de fatores metodológicos na eficácia da isca tóxica Success 0,0 CB sobre adultos de Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) foi avaliada em laboratório (temperatura ± o C, umidade relativa 0 ± 0% e fotofase horas). A disponibilidade de alimento junto com a isca tóxica, o tempo de fornecimento da isca (,, e horas), a idade dos insetos (, e dias), o período de privação de alimento previamente à oferta da isca (0,, horas) e a origem da população (selvagem e criada em dieta artificial) foram avaliados como fatores a serem padronizados nas avaliações. Em cada repetição, cinco casais de C. capitata foram liberados no interior de gaiolas contendo uma gota de 0 µl da isca tóxica Success 0,0CB (9 mg.l - de espinosade) determinando-se o consumo das iscas através da pesagem antes e após a oferta aos insetos e avaliando-se o número de insetos vivos de uma a 9 horas após a sua liberação. Os dados de sobrevivência foram submetidos a análise de Kaplan-Meier, comparando-se as curvas de sobrevivência pela análise log-rank e o consumo da isca tóxica foi comparado pelo teste de Tukey a %. A oferta de isca tóxica + água sem dieta, a privação alimentar, idade e origem da população interferiram no tempo e na mortalidade dos insetos. O emprego de um período de privação alimentar de horas, ofertando-se a isca tóxica por quatro horas sem dieta a adultos de C. capitata criados em laboratório com cinco a oito dias de idade é sugerido para avaliar formulações de iscas tóxicas em laboratório. Termos para indexação: metodologia; espinosade; toxicidade; Ceratitis capitata. Factors associated to the efficacy of the toxic bait on adults of the Mediterranean fruit fly in laboratory

27 Abstract The influence of metodological fators on the efficacy of the Success 0.0CB toxic bait on adults of Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) was evaluated in laboratory (temperature ± C, relative humidity 0 ± 0% and photophase hours). The avalilability of food simultaneously with the toxic bait, bait supply time (,, and hours), the period of food deprivation prior to the supply of the bait (0, and hours) and population type (wild and reared on artificial diet) were evaluated as factors to be standardized in the evaluations. Five fruit fly couples were released inside cages containing a 0 ul of the Success 0.0CB (9 mg.l - spinosad) and were evaluated the bait consumption and the number of insects alive from one to 9 hours after its release. Data were submitted to the Kaplan-Meier analysis and survival curves were compared by the log-rank analysis. Toxic bait consumption was estimated by weighting the lids containing the baits before and after they were provided to the insects and were compared by the Tukey test at %. Provision of toxic bait + water without diet, food deprivation, age and population type caused reduction on the lethal time of the insects. We suggest that a toxic bait experiment use five to eight days old C. capitata adults reared in laboratory, deprived of food for hours before offering the toxic bait for four hours without diet to adults of C. capitata with five to eight days old reared in laboratory is suggested to evaluate formulations of toxic baits in the laboratory. Index Terms: methodology; spinosad; toxicity; Medfly, Ceratitis capitata. 9 Introdução A mosca-do-mediterrâneo Ceratitis capitata (Wiedemann, ) é uma espécie de mosca-das-frutas polífaga e cosmopolita, com elevada capacidade de causar dano

28 (Joachim-Bravo et al. 00), sendo multivoltina, com ausência de diapausa de inverno no estágio de pupa (Bateman 9, Fletcher 99, Garcia 009). Mundialmente, a espécie já foi detectada infestando espécies hospedeiras pertencentes a famílias botânicas, apresentando capacidade para infestar até espécies (McQuate e Liquido 0). No Brasil, a espécie foi detectada pela primeira vez em 90 infestando pomares de citros (Sapindales: Rutaceae) no estado de São Paulo (Ihering 90), sendo que atualmente há registros da ocorrência em estados brasileiros, distribuídos em 9 espécies hospedeiras pertencentes a famílias botânicas (Zucchi 0, Adaime et al. 0). Devido ao elevado número de hospedeiros e grande capacidade de dispersão da mosca-domediterrâneo, especialmente em áreas de produção comercial de frutas, seu manejo é desafiador, sendo que a principal estratégia adotada ainda consiste na aplicação de inseticidas em cobertura (Morelli et al. 0, Araújo et al. 0, Botton et al. 0). A aplicação de iscas tóxicas em pulverizações aéreas ou terrestres é uma alternativa para o manejo da praga (Raga e Sato 00). Geralmente, as iscas tóxicas são formuladas com um inseticida e um atrativo alimentar para atrair machos e fêmeas da mosca-do-mediterrâneo (Medina et al. 00). Por serem formuladas a partir de proteínas e carboidratos e conter um agente letal, as iscas tóxicas agem atraindo e intoxicando os adultos das moscas que estão em busca de fontes alimentares para manutenção das reservas energéticas e maturação do aparato reprodutivo (Zucoloto 000, Silva-Neto et al. 00, Raga e Sato 0). No Brasil, o melaço de cana-de-açúcar e proteínas hidrolisadas são os principais atrativos utilizados no manejo da mosca-do-mediterrâneo, os quais são misturados a um inseticida registrado para o cultivo em que há a ocorrência da praga (Morelli et al. 0, Araújo et al. 0). Além das iscas tóxicas preparadas nas propriedades, também existem formulações de pronto uso (Raga e Sato 00, Flores et al. 0, Härter et al. 0, Botton

29 et al. 0). A principal formulação de isca tóxica utilizada mundialmente é o Success 0,0CB (= GF-0 ), comercializada nos EUA e Europa e autorizada para emprego em diversos cultivos no Brasil visando o controle de Anastrepha fraterculus (Wied., 0), Anastrepha obliqua (Mcquart, ), Bactrocera carambolae Drew & Hancock, 99 e C. capitata em abacate, anonáceas, cacau, citros, kiwi, maçã, mamão, manga, maracujá e romã (Agrofit 0). De maneira geral, a formulação é empregada na proporção de uma parte do produto comercial para, partes de água, resultando numa concentração de 9 mg.l - do ingrediente ativo espinosade. A matriz dessa isca tóxica é composta pelo atrativo Solbait, que contém em sua composição acetato de amônio (%), polietileno glicol 00 (%), polisorbato 0 (%), óleo de soja (0,%), invertose (%), Solulis (proteína hidrolisada obtida do milho) (%), goma xantana (0,%) e água, além do inseticida espinosade a 0,0% (Moreno e Mangan 00). Para a mosca-do-mediterrâneo, estudos foram conduzidos em laboratório visando avaliar o efeito de atrativos e agentes letais, etapa fundamental para o desenvolvimento de novas formulações (Stark et al. 00, Raga e Sato 00, 0, Medina et al. 00, Gazit et al. 0). Entretanto, fatores como a origem dos insetos quanto ao desenvolvimento larval, idade dos insetos, período de privação de alimento, modo e tempo de disponibilização da isca tóxica podem levar a variações experimentais, dificultando a replicação e a interpretação dos resultados. Além disso, não existe uma padronização metodológica visando avaliar a eficiência de iscas tóxicas sobre C. capitata, fazendo com que os pesquisadores utilizem metodologias descritas em experimentos conduzidos com outras espécies (Bateman 9, Zucoloto 000), tais como A. fraterculus (Raga e Sato 00, Efrom et al. 0, Borges et al. 0, Härter et al. 0), Bactrocera tryoni (Froggatt, 9) (Senior et al. 0), Rhagoletis indifferens Curran, 9 (Yee e

30 Alston 0) e Ceratitis cosyra (Walker, 9) (Manrakhan e Lux 00) as quais apresentam diferentes características biológicas e comportamentais. Normalmente, as iscas tóxicas são ofertadas a adultos de C. capitata provenientes da criação de laboratório em dietas artificiais (Raga e Sato 0). A idade dos insetos utilizados nos experimentos difere conforme o trabalho variando entre a dias (Raga e Sato 00, 00, 0). Alguns trabalhos mencionaram utilizar privação alimentar de duas (Raga e Sato 0), (Raga e Sato 00, 00) ou horas (Gazit et al. 0) previamente à oferta de iscas tóxicas, o que influencia no consumo da isca tóxica a ser avaliada. Também existem fatores como a forma e o tempo (Gazit et al. 0) de disponibilização das iscas aos insetos, que não têm sido levados em consideração para a realização dos experimentos, mas que são determinantes na obtenção de resultados confiáveis e replicáveis. Esse trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da idade, a origem de onde foi obtida a população, tempo de privação de alimento, forma e tempo da disponibilização da isca tóxica Success 0,0CB sobre a mortalidade de adultos de C. capitata em laboratório. 9 0 Material e Métodos A população de C. capitata foi criada seguindo a metodologia proposta por Machota-Jr et al. (00), porém utilizando-se frutos artificiais e dieta artificial (Nunes et al. 0) como substrato para oviposição e desenvolvimento larval, respectivamente. Todos os experimentos foram realizados utilizando potes plásticos de 00 ml com dimensões de x 0 cm sendo que cada um recebeu cinco casais da mosca-domediterrâneo (Figura ). Esse número foi definido considerando-se o tempo necessário

31 para realizar a avaliação e o risco de fuga dos adultos no momento das avaliações com base em trabalhos prévios de laboratório (Medina et al. 00, Gazit et al. 0). A isca tóxica utilizada nos experimentos foi o Success 0,0 CB (Dow Agrosciences Santo Amaro - SP) diluída na proporção de uma parte de produto comercial para, partes de água, resultando em uma concentração de 9 mg.l - de espinosade (Barry et al. 00, Agrofit 0). A isca tóxica foi oferecida na forma de gota de 0 µl que corresponde a gotas de a mm de diâmetro, conforme recomendação do fabricante, depositada sobre uma placa plástica de Poli Tereftalato de Etila (PET) de cm, a qual permaneceu para secagem por duas horas em temperatura ambiente. Além da isca tóxica, foi fornecida água destilada em recipientes plásticos (cm de diâmetro x cm de altura) forradas com algodão hidrofílico. A isca tóxica foi fornecida pelo período de quatro horas, a qual foi substituída posteriormente por dieta sólida composta por extrato de soja, gérmen de trigo e açúcar mascavo (::) em tampas de cm de diâmetro. Os tratamentos-controle foram estabelecidos com insetos de mesma população e idade que passaram pelo mesmo período de privação de alimento, porém, receberam apenas água destilada e dieta. As avaliações foram realizadas após,,,,,, e 9 horas, registrando-se o número de insetos mortos em cada repetição. Todos os experimentos foram conduzidos em delineamento experimental inteiramente casualizado com 0 repetições com cinco casais por tratamento e repetidos duas vezes ao longo do tempo, totalizando 00 insetos por tratamento. A quantidade de isca tóxica consumida por gaiola foi estimada através da pesagem da lâmina em balança de precisão marca Mettler Toledo modelo MS0S/A0 contendo a gota da isca antes e após o seu fornecimento, corrigindo-se a quantidade de produto evaporada através da pesagem de lâminas que não foram ofertadas aos insetos e permaneceram nas mesmas condições.

32 9 0 Disponibilidade de alimento e tempo de fornecimento da isca tóxica Os tratamentos foram constituídos pela oferta de dieta concomitantemente com a isca tóxica Success 0,0CB ou disponibilização exclusiva da isca tóxica. No experimento seguinte, as iscas tóxicas foram fornecidas sem disponibilizar dieta por,, e horas. No controle foi fornecida dieta sólida desde o início do experimento. 9 Idade dos adultos O efeito da idade dos adultos sobre a mortalidade de C. capitata decorrente da ingestão da isca tóxica Success 0,0CB foi avaliada utilizando insetos com idade de, e dias após a emergência, período em que as fêmeas possuem maior porcentagem de ovários imaturos, em desenvolvimento e maduros, respectivamente (Arita 9) Período de privação de alimento previamente ao fornecimento da isca tóxica Adultos foram submetidos a períodos de e horas de privação de alimento e sem privação. Posteriormente, os mesmos foram transferidos para gaiolas contendo a isca tóxica Success 0,0CB e água. Os tratamentos-controle foram compostos por insetos submetidos a cada um dos três períodos de privação com o fornecimento de dieta sólida e água ao invés da isca tóxica Suscetibilidade de populações coletada no campo e de laboratório Foram avaliados insetos provenientes de duas fontes distintas de desenvolvimento larval: insetos de primeira geração a partir da coleta de larvas que se desenvolveram em frutos de mangas (Mangifera indica L.) no município de Petrolina-PE, comparando com insetos criados em laboratório (centésima geração) com dieta artificial (Nunes et al. 0)

33 oriundos de coletas de larvas presentes em frutos de araçazeiro (Psidium cattleianum Sabinae) no município de Pelotas-RS. Os adultos emergidos dos diferentes substratos de desenvolvimento larval foram criados em gaiolas semitransparentes ( x 9, x 0 cm de comprimento, largura e altura, respectivamente) contendo água fornecida em esponjas de poliuretano e dieta para adultos composta por extrato de soja, gérmen de trigo e açúcar mascavo na proporção de ::. Como controle, foram utilizados insetos das respectivas populações com o fornecimento apenas de dieta sólida ao invés da isca tóxica Análise estatística Para a avaliação do efeito de cada tratamento sobre a sobrevivência dos insetos foram determinadas as curvas de sobrevivência e os respectivos tempos letais através da análise de Kaplan-Meier, comparando-se as curvas de sobrevivência pelo teste log-rank através do programa SigmaPlot v. (Systat Software Inc., 0). As análises de Kaplan- Meier e log-rank também foram utilizadas para a comparação da mortalidade de machos e fêmeas de cada tratamento em todos os experimentos. A quantidade de isca tóxica consumida em cada tratamento foi estimada através da subtração do peso final (PF) do peso inicial (PI) em cada placa, corrigindo-se a evaporação das placas avaliadas a outras placas contendo a isca tóxica que permaneceram nas mesmas condições, sem exposição aos insetos. Os dados de consumo nos experimentos de tempo de fornecimento de isca tóxica, período de privação de alimento e efeito da idade de insetos sobre a mortalidade foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a % de significância. No experimento para avaliar a forma de disponibilização da isca tóxica e de populações, os dados foram submetidos ao teste t a % de significância.

34 Resultados Disponibilidade de alimento concomitantemente à isca tóxica e tempo de fornecimento da formulação Não foi encontrada diferença significativa entre as curvas de sobrevivência de machos e fêmeas de C. capitata em todos os experimentos. As curvas de mortalidade obtidas entre os tratamentos água + Success 0,0 CB e água + Success 0,0 CB + dieta foram equivalentes (P=0,9). O TL0 encontrado para o tratamento no qual foi disponibilizado água e isca tóxica foi de, horas (IC9%=, -,). Já no tratamento onde foi adicionada dieta além da água e da isca tóxica, o TL0 foi de,09 horas (IC9%=, -,0) (Figura ). Além disso, foi observado um menor consumo da isca tóxica quando a mesma foi fornecida juntamente com água e dieta artificial (, ± 0,9 mg) em relação a oferta da isca somente com água (9, ± 0, mg) (t =,; df = 9; P = 0,0). Houve diferença nas curvas de mortalidade dos insetos submetidos a uma hora (TL0 =,90; IC9% =,9 -,), duas horas (TL0 =,0; IC9% = 0, -,), quatro horas (TL0 =,; IC9% =, - 9,) e oito horas (TL0 =,9; InC9% =, -,) de fornecimento da isca tóxica (P< 0,00) (Figura ). Tal resultado pode estar relacionado ao período de jejum em que os insetos foram submetidos ( horas), induzindo-os a apresentar alta resposta a isca tóxica, consumindo maior quantidade da mesma. Quanto ao consumo, houve diferença significativa no consumo da isca tóxica Success 0,0CB no grupo de insetos que recebeu a mesma por apenas uma hora (, ± 0, mg) e duas horas (,90 ± 0, mg), quando comparada aos tempos de quatro horas (, ± 0, mg) e oito horas (, ± 0, mg) (F = 0,9; df = ; P<0,000). Desta forma, quando a mortalidade foi observada após 9 horas do início do experimento, verificou-se

35 uma resposta inferior do tratamento constituído por aqueles insetos expostos a isca tóxica por uma hora (9%) em relação aqueles expostos por duas (9%), quatro (00) e oito horas (00%) (F =,0; df = ; P < 0,000). 9 0 Período de privação alimentar antes do fornecimento da isca tóxica Houve diferença nas curvas de sobrevivência entre os períodos de privação de alimento avaliados, sendo que insetos privados de alimentação por e horas apresentaram, respectivamente, mortalidades e % mais rápida que aqueles que não foram privados (P 0,00). Os valores de TL0 obtidos foram de, (IC9% =, -,9) para o tratamento sem privação;, (IC9% =,9 -,) para privação de horas e TL0= 9, (IC9% =, -,) para privação de horas (Figura ). Também foi verificada diferença significativa no consumo de isca tóxica (F =,; df = ; P < 0,000), onde aqueles insetos que não sofreram privação de alimento, alimentaram-se de menor quantidade da mesma (, ± 0,9 mg) em relação aos que sofreram privação alimentar de (, ± 0, mg) e horas (, ± 0,9 mg). 9 0 Idade de adultos Moscas com idades de, e dias responderam de forma diferente a isca tóxica Success 0,0CB (P < 0,00), com mortalidades e % mais rápidas para e dias de idade em comparação a insetos com dia de idade, apresentando TL0 de, horas (IC9% =, -,9);, horas (IC9% =, -,) e, horas (IC9% =,9 -,0), respectivamente (Figura ). Da mesma forma, verificou-se uma menor ingestão de isca tóxica por insetos com um dia de idade (0,9 ± 0, mg), a qual foi semelhante a insetos com cinco dias de idade (, ± 0,0 mg), mas inferior aos com oito dias de idade (,00 ± 0,9 mg) (F =,; df = ; P 0,00).

36 9 0 Susceptibilidade de populações Insetos oriundos de dieta artificial apresentaram TL0 inferior àqueles cujos larvas se desenvolveram em mangas (P < 0,00) (Figura ). O TL0 obtido para insetos provenientes de dieta artificial foi de, horas (IC9%= 9, -,), enquanto que aqueles originados de mangas apresentaram TL0 de, horas (IC9%=, -,00). Não foram observadas diferenças significativas relativas ao consumo dos insetos provenientes de diferentes larvas selvagens criadas em manga e de laboratório criadas em dieta artificial (, ± 0, mg e, ± 0,9 m, respectivamente) (F =,; t > 0,0) Discussão Adultos de C. capitata se alimentaram das gotas contendo a isca tóxica em todos os experimentos. Um dos principais fatores que influenciam na eficiência de iscas tóxicas é o efeito fagoestimulante da formulação, considerando que de maneira geral, fêmeas consomem uma grande quantidade de proteína hidrolisada, enquanto que machos da mesma idade consomem maiores quantidades de sacarose (Galun et al. 9). Contudo, não foi encontrada diferença entre as curvas de sobrevivência de machos e fêmeas de C. capitata em todos os experimentos, devendo-se considerar que a formulação Success 0,0CB possui ambas as características desejáveis em termos de atratividade e eficiência. O trabalho demonstrou que o emprego de uma metodologia adequada para avaliar a eficiência de iscas tóxicas é imprescindível na obtenção de resultados satisfatórios e confiáveis. Desta forma, ao trabalhar os parâmetros período de privação alimentar, tempo e oferta da isca tóxica, em conjunto com outra fonte alimentar (dieta artificial), pôde-se verificar a resposta comportamental dos indivíduos, principalmente pela necessidade dos mesmos em obter alimentos para sua manutenção e também ao seu

37 desenvolvimento fisiológico (Bateman e Morton 9, Zucoloto 9, 000, Silva-Neto et al. 00, Raga e Sato 0). No entanto, estas necessidades podem ser influenciadas por outras condições do inseto, tais como a idade (Kouloussis et al. 0) e a fonte alimentar onde os indivíduos desenvolveram-se no período larval (frutos ou dieta artificial, por exemplo), os quais fazem com que a fonte alimentar torne-se mais importante na questão do desenvolvimento dos órgãos reprodutores ou mesmo pela necessidade da busca de fonte energética para ter maiores chances de sucesso nos processos de cortejo e cópula (Maor et al. 00, Silva-Neto et al. 00). Nesse trabalho, as curvas de sobrevivência obtidas entre os tratamentos água + Success 0,0CB e água + Success 0,0CB + dieta não apresentaram diferença (P=0,9). Porém o consumo da isca tóxica foi maior quando a mesma foi ofertada sem uma fonte alternativa de alimento. As iscas tóxicas em geral, especialmente aquelas a base de espinosade requerem que o inseto alvo se alimente da mesma para que haja máxima eficiência. Portanto, quanto mais tempo o inseto permanecer alimentando-se e maior for a quantidade de isca ingerida, maior será a possibilidade de intoxicação pelo agente letal e consequentemente mais rápida será a morte do inseto. Dessa forma, o fornecimento de outra fonte de alimento pode reduzir o contato do inseto com a isca tóxica a ser avaliada por ser menos preferida ou reduzir a quantidade de agente letal ingerida pelo inseto. Tal fato pode subestimar a dose letal e o tempo letal de uma isca tóxica avaliada, especialmente se o inseticida não apresenta rápida ação (efeito knock-down ) como é o caso do espinosade. De acordo com Medina et al. (00), a oferta de uma fonte alimentar aos insetos durante os experimentos é necessária, sendo que, através da oferta apenas da isca tóxica ou água, a mortalidade é elevada e não há segurança se o efeito observado foi devido ao efeito da isca tóxica ou pela falta de alimento. Desta forma, a oferta da isca tóxica deve ser realizada por um período de tempo suficiente para que

38 ocorra a ingestão, seguida da sua substituição por uma fonte alimentar sem inseticida, minimizando a mortalidade no tratamento controle, garantindo que os insetos não permaneçam em jejum por períodos prolongados possibilitando a seleção das formulações mais promissoras (Nunes 0). A partir de horas de privação alimentar, independente do período de oferta da isca tóxica variando entre e horas, há diferença na resposta dos indivíduos quanto ao tempo letal e a sobrevivência dos adultos, provavelmente associado ao período de jejum que induz os insetos a ingerir a isca tóxica logo após a oferta resultando na sua morte. É importante considerar que há uma resposta mais rápida quando a isca tóxica é ofertada por um maior período (superior a duas horas), sendo que a resposta está relacionada ao maior tempo que o inseto possui para o consumo da mesma. Tal fato demonstra que o consumo superior a,90 mg da isca tóxica Success 0,0 CB foi suficiente para causar uma mortalidade significativa do grupo composto por 0 insetos. O maior consumo de isca tóxica pelos insetos que foram privados de alimentação por e horas é explicada pela reação de compensação causada pelo tempo no qual os insetos permaneceram sem alimentação, levando-os a aumentar o consumo da isca tóxica após o fornecimento. Fêmeas de C. cosyra fecundadas e não fecundadas e privadas de alimentação por horas foram mais atraídas por odores derivados de alimentos como fezes de frango, levedura de cerveja, suco de goiaba e melaço de cana-de-açúcar quando comparadas a moscas que se alimentaram previamente em dieta de açúcar e proteína (Manrakhan e Lux 00). Entretanto, períodos de privação prolongados (superiores a horas) aumentam a mortalidade dos insetos do tratamento controle, fato observado no presente trabalho, provavelmente devido à redução das reservas enérgicas. Warburg e Yuval (99) observaram aumento da ingestão de açúcares e proteínas por C. capitata após períodos de privação de alimento de horas. Da mesma forma, Yee e Alston (0) verificaram

39 que adultos de R. indifferens que passaram por período de privação de alimento demonstraram maior resposta a uma isca tóxica composta por açúcar e o inseticida espinosade, apresentando mortalidade mais rápida em comparação àqueles que tiveram acesso à dieta. O estádio fisiológico dos adultos de moscas-das-frutas, o qual está relacionado a idade, influencia a sua busca por alimento, cópula e sítios de oviposição requeridos para o sucesso reprodutivo (Rull e Prokopy 000). No caso de C. capitata, o maior consumo de alimento ocorreu com idade de cinco e oito dias estando associado à maior necessidade de obtenção de energia e nutrientes para o desenvolvimento dos ovários durante a fase inicial ou para a reposição energética (Silva-Neto et al. 00). Além disso, a maior ingestão de proteínas durante o período adulto da mosca-do-mediterrâneo prolongou seu ciclo de vida em média dias (Kouloussis et al. 0). Adultos de C. capitata oriundos de larvas desenvolvidas em dieta artificial apresentaram maior suscetibilidade à isca tóxica Success 0,0 CB em comparação aos oriundos de larvas desenvolvidas em mangas, mesmo apresentando consumo da isca equivalente. Tais fatores podem estar relacionados à ativação ou inibição de enzimas detoxificadoras induzidas por aleloquímicos presentes na fonte alimentar (Fitt 9). Dessa forma, os insetos que se desenvolveram durante a fase larval em mangas podem ter absorvido substâncias que estão presentes nos mesmos, que por sua vez, proporcionaram maior tempo letal em em relação aqueles insetos que se desenvolveram em dieta artificial, os quais demonstraram maior necessidade de consumir a isca fornecida. No presente trabalho, ficou evidenciado que a idade, período de privação alimentar, forma e tempo de oferta da isca tóxica Success 0,0 CB, bem como a origem da população de C. capitata (selvagem ou de laboratório) influenciam no resultado de um

40 0 9 0 experimento toxicológico de avaliação de isca tóxica. No caso de C. capitata, sugere-se a utilização de insetos com cinco a oito dias de idade, provenientes de criação de laboratório, privados de alimentação por horas e fornecendo a isca tóxica por quatro horas. Agradecimentos Ao Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão da bolsa de doutorado ao primeiro autor e pelo financiamento da pesquisa Referências Adaime R., R. S. Santos, T.S. Azevedo, A.S. Vasconcelos, M.S.M. Souza, M.F. Souza- Filho. 0. First record of Ceratitis capitata (Wiedemann) (Diptera: Tephritidae) in the State of Acre, Brazil. EntomoBrasilis 0: 9-0. Agrofit. 0. Sistema de agrotóxicos fitossanitários. Araújo, E.L., F.C. Juliatti, A.D.C.L. Ferreira, E.C. Fernandes, M.M Sousa. 0. Eficiência de acetamiprido e etofenproxi no controle de Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae), na cultura da mangueira. ASCA: Agropecu. Cient. Semi-árido 9: Arita, L.H. 9. Reproductive and sexual maturity of the Mediterranean fuit fly, Ceratitis capitata (Wiedemann). Proc. Hawaii. Entomol. Soc. : -9. Barry, J.D., N.W. Miller, J.C. Piñero, A. Tuttle, R.F.L. Mau, R.I. Vargas. 00. Effectiveness of protein baits in melon fly and oriental fruit fly (Diptera: Tephritidae): attraction and feeding. J. Econ. Entomol. 99: -. Bateman, M.A. 9. The ecology of fruit flies. Annu. Rev. Entomol. : 9-. Bateman, M.A. 9. Fruit Flies, p.-9. In V.L. DeLuchi (ed). Studies in biological control. Cambridge University Press, London. Bateman, M.A., T.C. Morton. 9. The importance of ammonia in proteinaceous attractants for fruit flies (Diptera: Tephritidae). Aust. J. Agric. Res. : -90. Borges, R., R. Machota Jr, M.I.C. Boff, M. Botton. 0. Efeito de Iscas Tóxicas sobre Anastrepha fraterculus (Wiedemann) (Diptera: Tephritidae). Bioassay 0:-.

41 Botton, M., C.J. Arioli, R. Machota-Jr, M.Z. Nunes, J.M. Rosa. 0 Moscas-dasfrutas na fruticultura de clima temperado: situação atual e perspectivas de controle através do emprego de novas formulações de iscas tóxicas e da captura massal. Rev Agropecu. Catarinense 9: 0-0. Efrom, C.F.S., L.R. Redaelli, R.N. Meirelles, C.B. Ourique. 0. Laboratory evaluation of phytosanitary products used for control of the South American fruit fly, Anastrepha fraterculus, in organic farming. Crop. Prot. 0: -. Fitt, G.P. 9. The roles of adult and larval specializations in limiting the occurrence of five species of Dacus (Diptera: Tephritidae) in cultivated fruits. Oecologia 9: Fletcher, B.S. 99. Life history strategies of tephritid fruit flies, pp In A.S. Robinson, G. Hooper (ed), Fruit flies, their biology, natural enemies and control. Elsevier, Amsterdam, Holland. Flores, S., L.E. Gomez, P. Montoya. 0. Residual control and lethal concentrations of GF-0 (spinosad) for Anastrepha spp. (Diptera: Tephritidae). J. Econ. Entomol. 0: -9. Galun, R., S. Gothilf, S. Blondheim, J.L. Sharp, M. Mazor, A. Lachman. 9. Comparison of aggregation and feeding responses by normal and irradiated fruit flies, Ceratitis capitata and Anastrepha suspensa (Diptera: Teo. phritidae). Environ. Entomol. : -. Garcia, F.R.M Fruit fly: biological and ecological aspects, pp. - In: R.R. Bandeira, (ed). Current trends in fruit flies control on perennial crops and research prospects. Transworld Research Network, Kerala, India. Gazit, Y., S. Gavriel, R. Akiva, D. Rimar. 0. Toxicity of baited spinosad formulations to Ceratitis capitata: from the laboratory to the application. Entomol. Exp. Appl. : 0-. Härter, W.R., M. Botton, D.E. Nava, A.D. Grutzmacher, R.S. Gonçalves, R. Machota Jr, D. Bernardi, O.Z. Zanardi. 0. Toxicities and residual effects of toxic baits containing Spinosad or Malathion to control the adult Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephritidae). Fla. Entomol. 9: 0-0. Ihering, H. 90. Laranjas bichadas. Rev. Agríc. : 9-. Joachim Bravo, I.S., O.A. Fernandes, S.A. Bortoli, F.S. Zucoloto. 00. Oviposition preference hierarchy in Ceratitis capitata (Diptera, Tephritidae): influence of female age and experience. Iheringia. Sér. Zool. 9: Kouloussis, N.A., P.T. Damos, C.S. Ioannou, C. Tsitsoulas, N.T. Papadopoulos, D. Nestel, S. Koveos. 0. Age related assessment of sugar and protein intake of Ceratitis capitata in ad libitum conditions and modeling its relation to reproduction. Front. Physiol. :-. Machota Jr, R., L.C. Bortoli, A. Tolotti, M. Botton. 00. Técnica de criação de

42 Anastrepha fraterculus (Wied., 0) (Diptera: Tephritidae) em laboratório utilizando hospedeiro natural. Bento Gonçalves: Embrapa Uva e Vinho. (Embrapa Uva e Vinho. Comunicado Técnico). Manrakhan, A., A.S. Lux. 00. Effect of food deprivation on attractiveness of food sources, containing natural and artificial sugar and protein, to three african fruit flies: Ceratitis cosyra, Ceratitis fasciventris, and Ceratitis capitata. Entomol. Exp. Appl. : -. Maor, M., B. Kamensky, S. Shloush, B. Yuval. 00. Effects of postteneral diet on foraging success of sterile male Mediterranean fruit fl ies (Diptera: Tephritidae). Ent. Exp. Appl. 0: -0. Mcquate, G.T Effectiveness of GF-0NF fruit fly bait as a suppression tool for Bactrocera latifrons (Diptera: Tephritidae). J. App. Entomol. : -. McQuate, G. T. and N. J. Liquido. 0. Host Plants of Invasive Tephritid Fruit Fly Species of Economic Importance. Int. J. Plant Biol. Res. :0. Medina, P., I. Perez, F. Budia, A. Adan, E. Vinuela. 00. Development of an extended-laboratory method to test novel insecticides in bait formulation. IOBC/WPRS Bull. : 9-. Morelli, R., B.A.J. Paranhos, M.L.Z. Costa. 0. Eficiência de etofenproxi e acetamiprido no controle de mosca-do-mediterrâneo Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) em pomar de manga. Bioassay : p.-. Moreno, D.S., R.L. Mangan. 00. A bait matrix for novel toxicants for use in control of fruit flies (Diptera: Tephritidae), p. -, In: G. Hallman, C.C. Schwalbe (eds.) Invasive Arthropods in Agriculture. Science Publishers, Enfield, U.S. Nunes, A., K.Z. Cosca, K.M. Faggioni, M.L.Z. Costa, R.S. Gonçalves, J.M.M. Walder, M.S. Garcia, D.E. Nava. 0. Dietas artificiais para a criação de larvas e adultos da mosca-das-frutas sul-americana. Pesq. Agropecu. Bras. : 09-. Nunes, M.Z. 0. Eficácia de formulações de iscas tóxicas sobre adultos de Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 0) (Diptera: Tephritidae). Pelotas: Programa de Pós- Graduação em Fitossanidade. Universidade Federal de Pelotas, 09p. Raga, A, M.E. Sato. 00. Effect of spinosad bait against Ceratitis capitata (Wied.) and Anastrepha fraterculus (Wied.) (Diptera: Tephritidae) in laboratory. Crop. Prot. : -. Raga, A., M.E. Sato. 0. Toxicity of neonicotinoids to Ceratitis capitata and Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephritidae). J. Plant. Prot. Res. : -9. Raga, A., M.E. Sato. 0. Controle Químico de moscas-das-frutas. São Paulo: Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios. Rull, J., R.J. Prokopy Attraction of apple maggot flies, Rhagoletis pomonella

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44 Lista de figuras A B Figura. Adultos de Ceratitis capitata alimentando-se da isca tóxica Success 0,0CB, oferecidoa após privação de alimento por um período de horas.

45 9 Figura. Sobrevivência de adultos de Ceratitis capitata após o fornecimento da isca tóxica Success 0,0CB, contendo 9 mg.l - de espinosade, concomitantemente com água e água + dieta artificial em laboratório (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h).

46 0 Figura. Sobrevivência de adultos de Ceratitis capitata após a ingestão da isca tóxica Success 0,0CB, contendo 9 mg.l - de espinosade, ofertada por,, e horas em laboratório (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h).

47 9 Figura. Sobrevivência de adultos de Ceratitis capitata submetidos a ingestão da isca tóxica Success 0,0CB, contendo 9 mg.l - de espinosade, após períodos de privação de alimento de 0 (sem privação), e horas em laboratório (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h). 0

48 Figura. Sobrevivência de adultos de Ceratitis capitata com idades de, e dias de idade após a ingestão com a isca toxica Success 0,0CB, contendo 9 mg.l - de espinosade, em laboratório (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h).

49 9 9 0 Figura. Sobrevivência de adultos de Ceratitis capitata submetidos a teste de ingestão de quatro horas com a isca tóxica Success 0,0CB, contendo 9mg.L - de espinosade, cujas larvas desenvolveram-se em frutos de manga (Mangifera indica Selvagens) e dieta artificial (Laboratório 00 a geração), em condições de laboratório (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h).

50 0 Artigo Pest Management Science Versão em português Efeito de formulações de iscas tóxicas à base de alfa-cipermetrina, espinosade e malationa no controle de Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) Baronio CA, Schutze IX, Nunes MZ, Arioli CJ, Machota Jr R, Bortoli LC, Garcia FRM, Botton M.

51 Efeito de formulações de iscas tóxicas à base de alfa-cipermetrina, espinosade e malationa no controle de Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) Cleber A. Baronio a *; Inana X. Schutze b ; Marcelo Z. Nunes a ; Cristiano J. Arioli c ; Ruben Machota Jr. d ; Ligia C. Bortoli d ; Flávio R. M. Garcia a ; Marcos Botton d Título de cabeçalho: Eficácia de formulações de iscas tóxicas sobre C. capitata Resumo CONHECIMENTO: Ceratitis capitata é uma das principais pragas das frutíferas em todo o mundo. O emprego de iscas tóxicas é uma das principais alternativas para o manejo, no entanto, é necessário gerar informações sobre o efeito residual de diferentes formulações em condições de clima seco e chuvoso. RESULTADOS: O tempo letal 0 (TL0 em horas) das iscas tóxicas avaliadas foi:, (Gelsura a.000 mg.l - ),, (Gelsura a.000 mg.l - ),, (Anamed + malationa),,9 (melaço de cana-de-açúcar + malationa),,9 (melaço de cana-de-açúcar + espinosade),, (Flyral + malationa),,0 (Flyral + espinosade),, (Success 0,0CB),, (Anamed + espinosa de),, (Biofruit + espinosade) e, (Biofruit + malationa). Gelsura (.000 mg.l - ) e todas as formulações contendo espinosade proporcionaram mortalida de superior a 0% até dias após a aplicação na ausência de chuva. Gelsura nas duas concentrações e Anamed + malationa e Anamed + *Autor para correspondência: CA Baronio, Departamento de Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, , Brasil cleber.baronio@hotmail.com. a Departamento de Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil bdepartamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) c Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural, São Joaquim, SC, Brasil d Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves, RS, Brasil

52 9 0 espinosade apresentaram maior resistência à lavagem pela chuva de até mm, enquanto as demais formulações sofreram lavagem, diminuindo sua eficiência de controle. CONCLUSÃO: formulações de iscas tóxicas contendo alfa-cipermetrina e malationa causam mortalidade de adultos de C. capitata mais rápida do que o espinosade. Entretanto, formulações de iscas tóxicas com adição da malationa apresentam variação no tempo letal (TL0) enquanto formulações contendo espinosade são mais estáveis. Todas as iscas tóxicas avaliadas mostraram eficácia na supressão de adultos de C. capitata em experimento residual sem chuva simulada, enquanto Anamed + malationa e Anamed + espinosade causaram mortalidades significativas após chuva simulada de até mm. Nas condições de estudo, as formulações contendo espinosade e alfa-cipermetrina podem ser empregadas em substituição à malationa no manejo de C. capitata. Palavras-chave: mosca-do-mediterrâneo, toxicidade, Manejo Integrado de Pragas, controle químico. Effect of formulations of toxic baits based on alpha-cypermethrin, spinosad and malathion against Mediterranean fruit fly 9 0 Abstract BACKGROUND: Ceratitis capitata is one of the main pests of fruit cultivated in the world. The use of toxic baits is one of the main alternatives to manage this species. However, there is no information about the efficacy of the new formulations available and its residual effects on this species on dry and rainy conditions. RESULTS: The lethal time 0 (hours) of the toxic baits were:. (Gelsura at,000 mg.l - ),. (Gelsura at,000 mg.l - ),. (Anamed + malathion,.9 (sugarcane

53 9 0 molasses + malathion),.9 (sugarcane molasses + spinosad),. (Flyral + malathion),.0 (Flyral + spinosad),. (Success 0.0CB),. (Anamed + spinosad),. (Biofruit + spinosad) e. (Biofruit + malathion). Without rain, Gelsura (,000 mg.l - ) and all spinosad formulations provided mortality superior to 0% until days after its application. Gelsura, Anamed + malathion and Anamed + spinosad showed higher resistance to the mm simulated rains, while other formulations decreased their control efficiency. CONCLUSION: Toxic bait formulations with alpha-cypermethrin and malathion caused faster mortality of C. capitata adults than spinosad. However, toxic bait formulations with malathion show Lethal Time (LT0) variation while formulations containing spinosad are more stable. All toxic baits evaluated showed efficacy on adults of C. capitata on residual experiment without rain. With simulated rain, Anamed + malathion and Anamed + spinosad caused higher adults mortality up to a mm rain. All spinosad and alphacypermethrin toxic bait formulations can be used to replace malathion for C. capitata management. Key-words: Mediterranean fruit fly, toxicity, Integrated Pest Management, chemical control. 9 0 INTRODUÇÃO A mosca-do-mediterrâneo Ceratitis capitata (Wiedmann, ) (Diptera: Tephritidae) é uma das principais pragas da fruticultura mundial. Devido à sua elevada polifagia, a espécie já foi descrita infestando espécies vegetais pertencentes a famílias em todo o mundo. No Brasil, há registros de 9 espécies hospedeiras distribuídas em estados. O manejo de C. capitata tem sido realizado com a integração de diferentes

54 estratégias de controle incluindo o cultural, o químico com a pulverização de inseticidas em área total ou sistemas de atrai e mata, tais como a captura massal e bait stations,,,,9. No Brasil, a aplicação de inseticidas organofosforados em cobertura é a principal estratégia para o manejo das principais espécies de moscas-das-frutas,0,,. No entanto, por apresentarem elevada toxicidade, baixa seletividade aos inimigos naturais e longo período de carência, os principais inseticidas deste grupo químico apresentam restrições de uso na maioria das culturas,. Dentre os sistemas de atrai e mata, o emprego de iscas tóxicas, que consiste na associação de um atrativo alimentar com um agente letal,9,,, destaca-se como uma das principais alternativas de controle. As iscas tóxicas podem ser de pronto uso como o Success 0,0CB, que já possuem inseticida na formulação, ou serem formuladas nas propriedades, através da mistura entre um inseticida e um atrativo alimentar (melaço de cana-de-açúcar ou proteínas hidrolisadas),,,. Uma das principais vantagens do uso de inseticidas na forma de isca tóxica é a redução da quantidade de ingrediente ativo aplicada no ambiente e a ausência de resíduos tóxicos nos frutos, considerando que as iscas podem ser aplicadas de forma localizada, sem contato direto com os frutos 9. Recentemente, foi introduzida no mercado brasileiro a proteína hidrolisada de origem animal Flyral (Bioibérica S.A., Barcelona, Espanha) 0, que possui elevado grau de pureza e percentual de proteína hidrolisada (%). No entanto, informações sobre a eficiência da utilização destas proteínas hidrolisadas (Biofruit e Flyral ) no manejo de C. capitata ainda são pouco conhecidas. Outra formulação a ser utilizada em iscas tóxicas é o Anamed (Isca Tecnologias Ltda., Ijuí, RS, Brasil), atrativo à base de extratos de plantas e ceras que se encontra disponível para o manejo de moscas-das-frutas com destaque para Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 0) na região Sul do Brasil. O Anamed é uma

55 9 0 formulação que contém a tecnologia SPLAT (Specialized Pheromone & Lure Application Tecnology) que confere ao produto aspecto ceroso e fluído, proporcionando maior resistência à chuva e à degradação pelos raios solares,. Além dos atrativos alimentares disponíveis no mercado brasileiro, uma nova formulação de isca tóxica de pronto uso (Gelsura ) está em fase de avaliação no Brasil para o manejo de moscas-das-frutas. A isca é composta por uma matriz de polímeros que conferem maior resistência à degradação pela luz solar e chuva, tendo como ingrediente ativo a alfa-cipermetrina a 0,%. Além de atrativos alimentares a base de proteínas, contém um paraferomônio - mistura de isômeros tetra-butil --cloro-- metilciclohexano--carboxilato - conhecido como Trimedlure, específico para atração de machos da mosca-do-mediterrâneo e que diferencia esta isca tóxica das demais por potencializar a atratividade da isca,, por um maior período, diminuindo a necessidade de reaplicação de isca tóxica. Neste trabalho, objetivou-se avaliar o efeito residual de formulações de iscas tóxicas contendo alfa-cipermetrina, espinosade e malationa sobre adultos de C. capitata e a resistência à ocorrência de chuva simulada. 9 0 MATERIAL E MÉTODOS A criação de C. capitata foi estabelecida no Laboratório de Entomologia da Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, a partir de larvas coletadas em pêssego (Prunus persica L.), caqui (Diospyros kaki L.) e araçá (Psidium cattleianum Sabine), no município de Pelotas, Rio Grande do Sul. A criação utiliza dieta artificial para larvas de Anastrepha fraterculus (Wed. 0) 9 e os adultos alimentados com dieta sólida a base de extrato de soja, gérmen de trigo e açúcar mascavo (::) fornecendo água em esponjas de poliuretano acopladas em placas de Petri de 9 cm de diâmetro 0. Em todos os

56 experimentos, foram utilizados insetos com idade de ± dias, privados de alimentação por horas antes do fornecimento das iscas Tratamentos Os tratamentos avaliados foram: a) isca tóxica Success 0,0CB diluído na proporção de uma parte do produto para, partes de água, resultando numa solução com 9 mg.l - de espinosade; b) Gelsura diluído nas proporções de uma parte do produto para duas de água e duas partes do produto para uma de água, resultando em soluções com.000 e.000 mg.l - de alfa-cipermetrina, respectivamente; c) Anamed sem diluição e associado aos inseticidas malationa (Malathion 000 EC, mg.l - de i.a.) ou espinosade (Tracer, 9 mg.l - de i.a.), Biofruit (%), melaço de cana-de-açúcar (%) e Flyral (,%) isolados e acrescidos dos inseticidas malationa (Malathion 000EC,.000 mg.l - ) e espinosade (Tracer, 9 mg.l - ), utilizando água como controle. As iscas tóxicas foram aplicadas com o auxílio de micropipeta graduada monocanal Gilson modelo Pipetman U9A com capacidade de ml. As iscas tóxicas foram disponibilizadas aos insetos (uma gota de 0,0mL) por quatro horas e após este período foram substituídas por dieta sólida fornecida em recipientes de x cm contendo g de dieta para adultos. Para os experimentos de laboratório, foram utilizadas gaiolas confeccionadas com recipientes plásticos transparentes de 00 ml perfurados na parte superior e vedados com tecido voille para permitir a troca de gases e evitar o acúmulo de umidade. Cada gaiola foi utilizada com a abertura virada para baixo sobre uma superfície forrada com papel filtro de cm de diâmetro. Os insetos permaneceram em ambiente controlado (temperatura ± o C, umidade relativa 0 ± 0% e fotofase de horas).

57 9 0. Determinação do tempo letal para formulações de iscas tóxicas As iscas tóxicas foram aplicadas em placas plásticas PET ( x cm), sendo oferecidas, após a secagem, por um período de aproximadamente quatro horas a cinco casais, juntamente com água destilada fornecida por capilaridade em algodão hidrófilo em tampas plásticas ( x cm). Após quatro horas do fornecimento, procedeu-se a retirada das placas contendo as iscas tóxicas, as quais foram substituídas por dieta para adultos. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com 0 repetições, com cinco casais por repetição. As avaliações da mortalidade foram realizadas a cada 0 minutos nas primeiras duas horas, a cada duas horas nas primeiras horas e a cada horas até 9 horas após o fornecimento das iscas. 9. Efeito residual de iscas tóxicas sobre C. capitata na ausência de chuva Para avaliar o efeito residual de iscas tóxicas na ausência de chuva foram utilizadas mudas de citros (Citrus sinensis L.) de, m de altura, cultivadas em vasos no interior de casa de vegetação. As iscas tóxicas foram aplicadas sobre as folhas, as quais foram coletadas após a secagem no dia da aplicação, e aos, e dias após a aplicação dos tratamentos, transportadas ao laboratório e fornecidas aos adultos de C. capitata. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com mesmo número de tratamentos e repetições do experimento anterior. 0. Efeito residual de iscas tóxicas sobre C. capitata com chuva simulada Os tratamentos foram aplicados sobre folhas de plantas de videira cv. 'Paulsen 0' (Vitis berlandieri x Vitis rupestris) de aproximadamente 0, m de altura cultivadas em tubetes de, cm. As plantas permaneceram em ambiente sombreado com temperatura de ± o C para secagem da superfície foliar. Em seguida, as plantas

58 9 0 contendo cada um dos tratamentos foram posicionadas no solo abaixo do equipamento de modo a receber as lâminas de chuva definidas. A simulação da chuva ocorreu através de equipamento constituído de uma armação retangular (, x, m) contendo seis bicos leque Magno Jet (AD-IA 0-0) fixados a uma altura de, m do nível do solo. O simulador de chuva utiliza energia elétrica para realizar uma movimentação transversal de 0, m cobrindo uma área de, m. A pressão de serviço utilizada foi de lb e as lâminas de chuvas aplicadas foram de, e 0 mm sob uma intensidade de precipitação fixa de 0 mm.h -. Após a aplicação das lâminas de chuva, procedeu-se a coleta de 0 folhas por planta, as quais foram transportadas ao laboratório e inseridas individualmente em gaiolas contendo cinco casais de C. capitata. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com dez repetições. O número de indivíduos mortos em cada tratamento do experimento de efeito residual foi avaliado às,, e 9 horas após o oferecimento das iscas tóxicas, através da contagem daqueles que não apresentaram reação ao toque de um pincel de ponta fina Análise estatística O número de insetos mortos em cada tratamento e período de tempo foram submetidos a análise de Probit através do programa POLO-PC. A partir da curva de resposta foram estimados os tempos letais (TLs), com os respectivos intervalos de confiança (IC 9%) e os valores de coeficiente angular. Os tratamentos foram comparados entre si por meio do tempo letal médio e os intervalos de confiança obtidos em cada formulação de isca tóxica. Para os experimentos de efeito residual com e sem chuva simulada os dados de mortalidade foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk e Kolmogorov- Smirnov (SPSS Inc., Chicago, IL, U.S.A.). Para os resíduos que não apresentaram

59 9 distribuição normal ou homogeneidade da variância, os dados dos tratamentos no tempo e ao longo do tempo (0,, e ) e na mesma lâmina de chuva, bem como entre lâminas chuva (, e 0 mm) foram transformados em e submetidos à análise de variância e comparadas pelo teste de Tukey (P 0,0) (SPSS Inc., Chicago, IL, U.S.A.). Os dados de sobrevivência de adultos de C. capitata foram transformados em percentual de controle através da equação proposta por Abbott. 9 0 RESULTADOS. Tempo Letal (TL0) de iscas tóxicas A isca tóxica de pronto uso Gelsura (.000 e.000 mg.l - de alfa-cipermetrina), Anamed e melaço de cana-de-açúcar associados à malationa foram as iscas que apresentaram menor tempo letal médio (TL0) sobre adultos de C. capitata, com valores de,,,,,,,9 horas, respectivamente. A isca tóxica Success 0,0CB propiciou aos adultos de C. capitata tempo letal médio (TL0) de, horas, valor similar ao observado com as iscas tóxicas Anamed, Biofruit e Flyral associados ao espinosade (,,, e,0 horas, respectivamente). O atrativo Biofruit associado à malationa ocasionou um maior TL0, com, horas (Tabela ) Efeito residual de iscas tóxicas sobre Ceratitis capitata Na ausência de precipitação, de maneira geral as iscas tóxicas não apresentaram diferença na mortalidade de machos em relação às fêmeas. As iscas tóxicas Biofruit e Flyral associadas ao espinosade apresentaram maior mortalidade de fêmeas aos dias após a aplicação (DAA) (P <0,0) enquanto que o melaço de cana-de-açúcar associado à malationa ou espinosade causaram maior mortalidade de machos em relação às fêmeas em zero e DAA, respectivamente.

60 0 9 0 Na ausência de precipitação, considerando-se a mortalidade média de fêmeas e machos agrupada, todas as formulações de iscas tóxicas avaliadas causaram mortalidade semelhante entre zero e dias após a aplicação (DAA) em avaliação realizada 9 horas após a oferta aos insetos (0 DAA: F=,; P<0,000; DAA: F=,; P<0,000; DAA: F=,9; P<0,000 e DAA: F=,; P<0,00) (Tabela ). O atrativo alimentar Flyral associado ao espinosade apresentou redução no percentual de mortalidade de adultos de C. capitata aos dias (% de mortalidade) enquanto que os atrativos Anamed, Biofruit e o melaço de cana-de-açúcar associados ao espinosade mantiveram a eficiência superior a 0% até DAA, dado observado também para a isca tóxica de pronto uso Gelsura.000 mg.l - e Success 0,0CB com percentual de mortalidade acima de 0% até DAA. O atrativo alimentar Anamed contendo malationa mg.l - apresentou resposta diferete ao observado com as demais iscas tóxicas, com aumento do percentual de mortalidade com o envelhecimento da isca tóxica (F=,; P<0,0) Efeito residual de iscas tóxicas sobre C. capitata com chuva simulada Sob condições de chuva simulada, de acordo com a análise univariada (R = 0,), foi observada influência da formulação de isca tóxica na mortalidade de adultos de C. capitata (F = 9,; P < 0,00) com interação entre as iscas tóxicas e a lâmina de chuva aplicada (F =,9; P < 0,00) (Tabela ). Na ausência de precipitação (0mm), as formulações de iscas tóxicas Gelsura (.000 e.000mg.l - ), Success 0,0CB, e os atrativos Anamed + espinosade, Biofruit, Flyral e melaço de cana-de-açúcar acrescidos de espinosade ou malationa causaram mortalidade superior a %, superiores (F=,; P<0,000) ao atrativo Anamed contenho malationa (Tabela ).

61 As formulações contendo Anamed associado aos inseticidas malationa e espinosade, além da isca tóxica Gelsura nas duas concentrações de alfa-cipermetrina avaliadas apresentaram mortalidade de adultos de C. capitata superior a 0% após uma lâmina de chuva de mm (Tabela ), resultado similar (F=,0; P<0,000) às iscas tóxicas Success 0,0CB e as formulações Biofruit contendo espinosade e melaço de cana-de-açúcar contendo malationa apresentaram menor eficiência de controle, com, e % de mortalidade, respectivamente. Já as iscas tóxicas Flyral e melaço de canade-açúcar contendo espinosade e Flyral e Biofruit contendo malationa tiveram sua mortalidade reduzida em comparação às anteriores quando foi aplicada lâmina de mm, com percentual de mortalidade de C. capitata de, 0, e 0%, respectivamente (Tabela ). Sob lâmina de chuva de mm, o atrativo alimentar Anamed associado à malationa ou ao espinosade apresentou percentuais de mortalidade superiores a 90%, diferindo das demais iscas tóxicas (F=,; P<0,000) (Tabela ), sendo superiores às iscas tóxicas Gelsura (.000 e.000 mg.l - ), Biofruit, Flyral e melaço de cana-deaçúcar acrescidos de malationa e espinosade, com eficiência de controle entre e %. Com chuva de mm, a isca tóxica Success apresentou % de mortalidade. Com a aplicação de lâmina de chuva de 0 mm, Anamed contendo malationa e espinosade apresentaram as maiores mortalidades (, %, respectivamente), não difereindo (F=,9; P<0,000) da isca tóxica e Gelsura (.000 mg.l - ) (%), mas foram superiores às demais iscas tóxicas avaliadas (Tabela ). Com precipitação de mm, as formulações de iscas tóxicas contendo proteínas hirtolisadas e o melaço de cana-de-açúcar acrescidos de malationa ou espinosade e a isca tóxica Success 0,0CB apresentam redução considerável no percentual de mortalidade em comparação à não ocorrência de chuva (0mm) (F=,0; P<0,000 Biofruit +

62 malationa; F=9,9; P<0,000 Biofruit + espinosade; F=,9; P<0,000 Flyral + malationa; F=9,; P<0,000 Flyral + espinosade; F=9,09; P<0,000 melaço de cana-de-açúcar + malationa; F=,; P<0,000 melaço de cana-de-açúcar + espinosade). A isca tóxica Gelsura (.000mg.L - ) não diminui a eficiência após chuva de mm (F=,9; P<0,000), enquanto que Gelsura (.000mg.L - ) e Anamed acrescido de malationa ou espinosade mantem a eficiência após chuvas de até mm (F=,; P<0,00; F=,; P<0,000; F=,99; P<0,000, respectivamente) DISCUSSÃO O emprego de iscas tóxicas tem sido uma importante ferramenta para o manejo de populações da mosca-do-mediterrâneo em diferentes regiões produtoras de frutas,,,,9. Nesse trabalho, observou-se a elevada mortalidade de adultos da espécie quando expostos às formulações de iscas tóxicas contendo os agentes letais alfa-cipermetrina, espinosade e malationa sendo possível a rotação desses grupos químicos para o manejo da espécie. Os dados de mortalidade revelaram que o inseticida espinosade provocou elevada mortalidade de adultos de C. capitata, principalmente quando foi associado em formulações de iscas tóxicas contendo os atrativos alimentares à base de proteína hidrolisada de origem animal (Flyral ) e vegetal (Biofruit), apresentando efeito residual de até dias na ausência de chuva, assim como o melaço de cana-de-açúcar, que confere elevada mortalidade de adultos de C. capitata quando associado ao espinosade ou malationa. Na comparação de formulações de iscas tóxicas com o mesmo ingrediente ativo (i.a.), a formulação com melaço de cana-de-açúcar apresenta uma mortalidade mais rápida dos adultos de C. capitata em relação às proteínas hidrolisadas. Trabalhos anteriores demonstraram haver elevada mortalidade de C. capitata utilizando iscas tóxicas à base de proteína hidrolisada ou melaço de cana-de-açúcar contendo malationa

63 ou espinosade, sendo que o atrativo à base de proteína hidrolisada apresentou atratividade superior a adultos de C. capitata em comparação ao melaço de cana-de-açúcar,. Com base nos resultados do presente trabalho, a utilização de atrativos contendo proteínas hidrolisadas, a exemplo do Biofruit e do Flyral em iscas tóxicas com espinosade podem oferecer vantagem pela possibilidade de utilização em concentrações menores do que o melaço de cana-de-açúcar. No entanto, nas condições brasileiras onde o custo do melaço de cana-de-açúcar é inferior às proteínas hidrolisadas, esse atrativo ainda é amplamente empregado pelos agricultores. As iscas tóxicas Gelsura e Anamed, Biofruit e melaço de cana-de-açúcar contendo espinosade, apresentaram elevada mortalidade de adultos até dias da sua aplicação sem a ocorrência de chuvas. As iscas proteicas contendo espinosade ou malationa apresentam eficácia no controle de C. capitata até seis dias após a aplicação. Observa-se que, independentemente do atrativo alimentar utilizado, as formulações contendo alfa-cipermetrina, espinosade e/ou malationa apresentam efeito residual sobre adultos de C. capitata quando não há ocorrência de precipitação. Ao considerar que o trabalho foi realizado em condições de semi-campo, a eficiência de iscas tóxicas pode variar em razão da diminuição dos efeitos ambientais sobre as moléculas presentes nas iscas tóxicas, tais como a redução na irradiação solar ultravioleta, a ausência de precipitação, além de alterações na umidade relativa do ar e do vento no interior da casa de vegetação. Os efeitos destes fatores climáticos sobre piretroides e organofosforados estão relacionados às taxas de transformações fotoquímicas e a diminuição da circulação do ar no interior de casas de vegetação reduzem a volatilização dos inseticidas aplicados em superfícies foliares, alterando a resposta conforme a cultura na qual foi aplicada. Sendo assim, no caso de iscas tóxicas, a inclusão de protetores solares, ceras ou polímeros possibilitam um aumento na eficiência

64 de controle por um período prolongado. O emprego do Anamed, que tem como base a tecnologia SPLAT, possibilita a manutenção da eficiência de iscas tóxicas por um período de tempo prolongado em comparação a outras iscas tóxicas que não possuem tal tecnologia, devido à sua constituição (emulsão de óleos e ceras com proteínas e essências de frutas, conservantes e emulsificantes), fato já constatado em C. capitata. Estudos realizados com diferentes formulações mostraram que as iscas tóxicas à base de Anamed associado ao espinosade, Biofruit associado à malationa e Success 0,0CB foram eficientes no controle de A. fraterculus até dias da sua aplicação em ambiente protegido. Esse resultado foi similar ao observado nesse experimento com C. capitata o que corrobora aos resultados do GF-0NF (=Success 0,0CB) na concentração de 0 mg.l - sobre Anastrepha ludens Loew, (0 dias) e dias para as espécies Rhagoletis indifferens Curran, 9 e Anastrepha spp.,. A precipitação pode influenciar a eficiência das iscas tóxicas no controle de C. capitata devido à perda do agente letal pela lavagem da superfície foliar. Nesse trabalho, lâminas de chuva de mm aplicadas a uma intensidade de 0 mm.h - causaram a lavagem de formulações à base de proteína hidrolisada e do melaço de cana-de-açúcar, diminuindo a eficiência sobre adultos da mosca-do-mediterrâneo. Por outro lado, as formulações contendo o atrativo Anamed acrescido de malationa ou espinosade e Gelsura com.000 mg.l - de alfa-cipermetrina mostraram-se resistentes às lâminas de chuva de até mm, sendo que o atrativo Anamed acrescido de malationa ou espinosade apresentou menor variação com o incremento da lâmina de chuva utilizada. Em condições de precipitação de até mm, pode-se utilizar a isca tóxica Gelsura (.000 mg.l - ). Geralmente, quando há a ocorrência de precipitação, iscas tóxicas à base de proteínas e açúcares, tais como Success 0,0CB, Biofruit, Flyral e melaço de cana-deaçúcar perdem a eficácia devido à sua lavagem 9. Em trabalho avaliando eficácia de iscas

65 tóxicas sobre A. fraterculus foi observado redução da eficácia de Success 0,0CB e formulações de iscas tóxicas contendo os atrativos Biofruit e melaço de cana-de-açúcar contendo os ingredientes ativos espinosade e malationa após chuva de, mm em condições de campo 0. Uma das principais limitações do emprego destes tipos de formulações de iscas tóxicas é a baixa persistência das formulações no campo, principalmente em regiões onde há ocorrência frequente de chuva, como em regiões subtropicais. Nestas situações, há uma correlação inversa entre a ocorrência de chuva e a eficiência da isca tóxica, conforme demonstrado em trabalhos realizados com a mosca-do-melão Bactrocera cucurbitae (Coquillett, 9),. A utilização de formulações como o Anamed e o Gelsura permitem uma maior resistência à lavagem pela chuva e, consequentemente, maior eficiência no controle de moscas-das-frutas por um período prolongado, possibilitando a redução do número de aplicações de iscas tóxicas ao longo da safra. Nesse trabalho, foi observado que o Gelsura nas duas concentrações, melaço de cana-de-açúcar e Anamed associados à malationa proporcionaram TL0 quatro vezes menor que os atrativos Flyral e Biofruit associados a malationa. Tal efeito pode estar associado principalmente ao efeito knock-down dos piretroides e/ou ao efeito dos componentes fagoestimulantes (açúcares e voláteis frutados) presentes nestas formulações contendo malationa, induzindo os insetos a alimentarem-se por um período maior e ingerindo maior quantidade de agente letal. Já as iscas tóxicas a base de espinosade não apresentaram variações quanto ao tempo letal (TL0), independente da formulação, com Biofruit, Flyral, Anamed ou a isca tóxica de pronto uso Success 0,0CB, com valores entre,0 e, horas. Contudo, em estudo anterior foi observado tempo letal do espinosade sobre adultos de C. capitata menor que os registrados no presente trabalho. No entanto, quando comparado com o efeito das

66 formulações contendo inseticidas organofosforados e piretroides, este período de tempo é maior devido ao modo de ação do espinosade, enquanto que a malationa e a alfacipermetrina apresentam rápida ação sobre adultos de moscas-das-frutas, tanto por ingestão quanto por contato 0,,. As formulações a base de espinosade (Success 0,0CB, Anamed, Biofruit, Flyral e melaço de cana-de-açúcar) e a base de alfa-cipermetrina (Gelsura ) proporcionam mortalidade de adultos de C. capitata em laboratório na ausência de chuvas por até dias. Desta forma, o inseticida espinosade (9 mg.l - de i.a) e a alfacipermetrina são alternativas aos organofosforados para o manejo da espécie, podendo ser utilizado tanto através das formulações comerciais Success 0,0CB e Gelsura ou associado (espinosade) aos atrativos alimentares Biofruit, Flyral e melaço de cana-deaçúcar. O Success 0,0CB tem sido usado com sucesso no controle de várias espécies de moscas-das-frutas no mundo, sendo a isca tóxica padrão utilizada em programas de erradicação de moscas-das-frutas,,. No entanto, a sua utilização no Brasil tem sido limitada devido a ocorrência de fitotoxicidade em alguns cultivos, tais como macieira, pessegueiro e videira, dificuldade de aplicação em ultra baixo volume, além de possuir custo considerado elevado em relação às demais proteínas hidrolisadas disponíveis. No entanto, o Anamed também causa fitotoxicidade quando aplicada sobre folhas ou frutos de macieira e videira, similar ao observado com o Success 0,0CB, sendo recomendado sua aplicação em troncos e palanques de sustentação para ambas formulações. Por outro lado, os produtores podem empregar diferentes formulações atrativas e ingredientes ativos conforme as condições climáticas, utilizando as proteínas hidrolisadas Biofruit e Flyral, o melaço de cana-de-açúcar e o Success 0,0CB quando não há previsão de chuvas. A utilização do Anamed associado a um inseticida, malationa ou

67 espinosade, é adequado em qualquer situação climática, tanto em períodos sem ocorrência de chuvas ou em períodos chuvosos, com precipitação de até mm. Um ponto importante a ser considerado é a possibilidade de utilizar inseticidas de diferentes grupos químicos aliando diferentes fontes alimentares e/ou iscas tóxicas de pronto uso, permitindo fazer rotação de ingredientes ativos numa estratégia proativa de manejo da resistência à inseticidas. A confirmação destes resultados em pomares comerciais é fundamental para validar um plano de manejo adequado da mosca-do-mediterrâneo C. capitata em áreas de produção de frutíferas no Brasil através do emprego de iscas tóxicas. 9 0 AGRADECIMENTOS Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela bolsa de doutorado do primeiro autor pelo financiamento da pesquisa. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) pela cedência dos laboratórios e equipamentos para o uso durante os experimentos. Aos colegas Joel Pasinato e Morgana M. Baldin, pela ajuda no desenvolvimento dos experimentos de laboratório. 9 0 REFERÊNCIAS Urbaneja A, Chueca P, Monton H, Pascual-Ruiz S, Dembilio O, Vanaclocha P, Abam- Moyano R, Pina T, Castañera P. Chemical alternatives to malathion for controlling Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae), and their side effects on natural enemies in Spanish citrus orchards. J Econo Entomol 0:- (009). McQuate GT, Liquido NJ. Host Plants of Invasive Tephritid Fruit Fly Species of Economic Importance. Int. J. Plant Biol. Res :0 (0).

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73 Diachasmimorpha longicaudata (Hymenoptera: Braconidae). Biolog Control : 9-0 (00).

74 TABELAS Tabela. Tempo letal (TL0) de formulações de iscas tóxicas sobre adultos de Ceratitis capitata em laboratório (Temperatura ± o C, umidade relativa 0 ± 0% e fotofase horas). Tratamento Dose (mg.l - ) Coeficiente angular (±EP) h TL0 (IC 9%) GL Gelsura.000 0,9±0,0 0,, (,-,) Gelsura.000 0,±0,0 0,, (,0-,) Success 0,0CB 9,±0, 0,, (0,-,) 9 Anamed + malationa 0.000,±0,0 0,, (,-,) Anamed + espinosade 9,0±0,,0, (,0-,) Biofruit % + malationa.000,0±0, 0,, (,-9,) 9 Biofruit % + espinosade 9,0±0, 0,, (,9-,) Flyral,% + malationa.000,±0,09 0,, (,-,) 0 Flyral,% + espinosade 9,0±0, 0,9,0 (0,-,) Melaço-de-cana % + malationa.000,0±0,0 0,0,9 (,-,9) 0 Melaço-de-cana % + espinosade 9,±0,9 0,9,9 (,-,) *(h): heterogeneidade; (IC 9%): Intervalos de Confiança; (GL): Graus de Liberdade.

75 Tabela. Número de insetos vivos (N±EP) e percentual de mortalidade de Ceratitis capitata após 9 horas de exposição a resíduos de iscas tóxicas aos 0,, e dias após a aplicação (DAA), na ausência de chuva. Tratamento Dose 0 DAA DAA DAA DAA (mg.l - ) N±EP M% N±EP M% N±EP M% N±EP M% Gelsura.000,±0, BCa,±0, BCDa,±0,0 BCa,±0, BCa Gelsura.000,±0, BCa,±0, BCDa,±0, BCa,±0, BCDa Success 0,0CB 9 0,0±0,00 Ca 00 0,9±0, BCDa 9,±0, BCab,±, Bb 0 Anamed + malationa 0.000,±0,9 Bb,±0,9 BC ab 0,±0, BCab 9 0,0±0,00 Da 00 Anamed + espinosade 9 0,±0, BCa 9 0,±0, BCDa 9 0,±0, Ca 9 0,±0, CDa 9 Biofruit % + malationa.000 0,9±0, BCa 90,±0, BCDab,±0, BCab,±0, BCb Biofruit % + espinosade 9 0,±0, Ca 9 0,±0,0 CDa 99 0,±0,0 Ca 9,±0, BCDb Flyral,% + malationa.000,±0, BCa,±0, Ba,±0,9 Ba,±0,99 BCa Flyral,% + espinosade 9 0,±0, Ca 9 0,±0, BCDa 9,±0, BCa,±0, Bb Melaço-de-cana % + malationa.000 0,±0, Ca 9 0,±0, BCDa 9,±0, BCa,±0, BCDa Melaço-de-cana % + espinosade 9 0,0±0,00 Ca 00 0,0±0,00 Da 00 0,±0, BCa 9,±0, BCDb Água - 9,±0, Aa - 9,9 ±0,0 Ab - 9,±0, Aab - 9,±0, Aab - Médias seguidas de letras maiúsculas na coluna e minúsculas na linha não diferem entre si pelo teste de Tukey a % de significância. Dados transformado pela equação de Abbott (9).

76 Tabela. Número de adultos (N±EP) de Ceratitis capitata vivos e percentual de mortalidade após 9 h de exposição a resíduos de iscas tóxicas expostas às lâminas de chuva simulada de 0,, e 0mm na intensidade de 0 mm.h - (T=± C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h). Lâminas de chuva (mm) Tratamento Dose 0 0 (mg.l - ) N±EP M% N±EP M% N±EP M% N±EP M% Gelsura.000,±0, BCa,±0, EFa,±0,9 BCb,±0,0 ABb Gelsura.000,±0, BCa,9±0, EFa 9,±0, Cab,±0, BCDb Success 0,0CB 9 0,0±0,00 Ca 00,±0, CDEFb,±0, Abc,±0,0 ABc Anamed + malationa 0.000,±0,9 Bb 0,±0, Fa 9 0,±0, Da 9,±,0 Db Anamed + espinosade 9 0,±0, BCab 9,±0,0 EFb 0,±0,0 Da 99,0±0,0 CDc Biofruit % + malationa.000 0,9±0, BCa 90,±0,9 ABbc 0,±0, Cb,±0, ABc Biofruit % + espinosade 9 0,±0, Ca 9,9±0,9 CDEFb,±0,0 BCc,±0, ABc Flyral,% + malationa.000,±0, BCa,0±0, BCDEb,±0, BCbc,±0, ABc Flyral,% + espinosade 9 0,±0, Ca 9,0±0, BCDb,9±0, Cb,±0, ABCb 9 Melaço-de-cana % + malationa.000 0,±0, Ca 9,±0,0 DEFb,0±0, BCc,±0, ABc 9 Melaço-de-cana % + espinosade 9 0,0±0,00 Ca 00,±0, ABCb 0,±0, BCb 0,±0,0 ABb Água - 9,±0, Aa - 9,±0, Aa - 9,±0,0 Aa - 9,±0, Aa - Médias seguidas de letras maiúsculas na coluna e minúsculas na linha não diferem entre si pelo teste de Tukey a % de significância. Dados transformados pela equação de Abbott (9).

77 Artigo Crop Protection Versão em português Inseticidas alternativos aos organofosforados para o controle de Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae). Baronio CA, Schutze IX, Baldin, MM, Machota-Jr R, Garcia FRM, Botton M

78 Inseticidas alternativos aos organofosforados para o controle de Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) Cléber Antonio Baronio (), Inana Xavier Schutze (), Morgana Mattiello Baldin (), Ruben Machota Jr (), Flávio Roberto de Mello Garcia () e Marcos Botton () Resumo - A mosca-do-mediterrâneo é uma das principais pragas da fruticultura mundial. O emprego de inseticidas é uma das principais alternativas para o manejo do inseto nos diferentes cultivos. Neste trabalho, os ingredientes ativos [nome comercial; g de i.a.00l - de água]: abamectin [Vertimec EC;,], acetamiprido [Mospilan ; ], tiametoxam [Actara 0WG;,], acetamiprido + etofenproxi [Eleitto; 0 + ], etofenproxi [Safety; ], chlorantraniliprole [Altacor;,9], ciantraniliprole [Benevia ; 0], clorfenapir [Pirate; ], alfa-cipermetrina [Fastac 00SC; ]; deltametrina [Decis EC;,0], lambda-cialotrina [Karate Zeon 0CS;,], azadiractina [Azamax ;,], espinetoram [Delegate 0WG;,], espinosade [Tracer ; 9,] e flupyradifurone [Sivanto 00SL; 0] foram avaliados em adultos e larvas de Ceratitis capitata em laboratório, sendo comparado com os organofosforados clorpirifós [Lorsban 0BR; 9], fosmete [Imidan 00WP;00] e malationa [Malation 000EC; 00]. Os inseticidas foram pulverizados em Torre de Potter (efeito de contato), ofertados na forma de isca tóxica em mistura com a proteína hidrolisada Biofruit a % (ingestão) e sobre larvas presentes em frutos de maçã 'Gala' (profundidade) quatro dias após a oviposição. Os inseticidas espinetoram, espinosade e alfa-cipermetrina causaram mortalidade de adultos de C. capitata acima de 0%, em aplicação tópica e por ingestão. Etofenproxi e etofenproxi + () Departamento de Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, CEP: 900-0, Pelotas, RS, Brasil. cleber.baronio@hotmail.com; morgana.baldin@gmail.com; flaviormg@hotmail.com. () Laboratório de Entomologia, Embrapa Uva e Vinho, CEP: 90-00, Bento Gonçalves, RS, Brasil. ruben_soad@yahoo.com.br; marcos.botton@embrapa.br. () Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo. CEP: -900, Piracicaba, SP, Brasil. i_schutze@hotmail.com.

79 9 acetamiprido apresentaram tal efeito somente em aplicação tópica enquanto que o ciantraniliprole atuou somente por ingestão. Os fosforados apresentaram elevada mortalidade (>90%), tanto por contato como por ingestão. Apenas clorfenapir, espinetoram e clorpirifós apresentaram efeitos significativos sobre larvas no interior dos frutos com, e % de controle de larvas por fruto, respectivamente, em comparação ao tratamento controle (,±,). O maior potencial de manejo de C. capitata utilizando inseticidas alternativos aos fosforados é através do controle de adultos. 9 Termos para indexação: Controle químico, isca tóxica, mosca-do-mediterrâneo, maçã. 0 Alternative insecticides to organophosphorus for the Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) control. 9 0 Abstract Mediterranean fruit fly is one of the main fruit pests of the world. The use of insecticides is one of the main alternatives for the management of this insect. In this work, the insecticides [commercial name; g of a.i.00l - ] abamectin [Vertimec EC;.], acetamiprid [Mospilan ; ], thiamethoxam [Actara 0WG;.], acetamiprid + ethofenprox [Eleitto ; 0 + ], ethofenprox [Safety ; ], chlorantraniliprole [Altacor;.9], cyantraniliprole [Benevia ; 0], clorfenapyr [Pirate ; ], alpha-cypermethrin [Fastac 00SC; ]; deltamethrin [Decis EC;.], lambda-cyhalothrin [Karate Zeon 0CS;.], azadirachtin [Azamax ;.], spinetoram [Delegate 0WG;.], spinosad [Tracer ; 9.] and flupyradifurone [Sivanto 00SL; 0] were evaluated on adults and larvae of Ceratitis capitata as alternative to use of insecticides organophosphorus chlorpyrifos [Lorsban 0BR; 9], phosmet [Imidan 00WP; 00] and malathion [Malation 000EC; 00]. The insecticides were sprayed in Potter s Tower (contact effect), offered as a toxic bait in mixture with the hydrolyzed protein Biofruit at %

80 0 (ingestion) and to larvae present inside of apple fruits 'Gala'. Spinetoram, Spinosad and alphacypermethrin insecticides killed more than 0% of the C. capitata adults, on topical and ingestion trials. Ethofenproxy and ethofenproxy + acetamiprid was effective only on topical tests whereas cyantraniliprole acted upon ingestion. All these insecticides provided equivalent mortality to organophosphates in the ingestion tests. Only chlorfenapyr, spinetoram and chlorpyrifos showed toxic effect on larvae inside the apple fruits with, and % control of larvae. The greatest potential for control of C. capitata using the new chemical groups is through adult management. 9 0 Keywords: Chemical Control, toxic bait, mediterranean-fruit-fly, apple. 9 0 INTRODUÇÃO A mosca-do-mediterrâneo Ceratitis capitata (Wiedmann, ) (Diptera: Tephritidae) é uma espécie polífaga (Liquido et al., 99, 0; McQuate e Liquido, 0) e cosmopolita, sendo considerada uma das principais espécies de mosca-das-frutas praga da fruticultura mundial (Joachim-Bravo et al., 00; Vera et al., 00; Papadopoulos et al., 0; Shelly et al., 0). Nas principais regiões produtoras de frutíferas do mundo, o manejo de C. capitata tem sido realizado com a integração de diferentes estratégias de controle, com destaque para o emprego de inseticidas na forma de pulverizações em cobertura e principalmente como isca tóxica (Chueca et al., 00; Mangan e Moreno, 00; Urbaneja et al., 009; Epsky et al., 0; Navarro-Llopis et al., 0). Historicamente, os inseticidas organofosforados foram os mais empregados no controle da praga por apresentarem efeito sobre adultos e larvas (Rahman e Broughton, 0). No Brasil, até o ano de 00, os inseticidas fentiona (Lebaycid ) e triclorfon (Dipterex ) eram os principais inseticidas empregados no controle de moscas-das-frutas nas

81 principais frutíferas cultivadas no país (Scoz et al., 00; Paranhos e Barbosa, 00; Paranhos et al., 00; Botton et al., 0). Por apresentar elevada toxicidade, baixa seletividade aos inimigos naturais e longo período de carência, esses produtos foram retirados do mercado (Anvisa RDC /00; Botton et al., 0). Atualmente, para o manejo de moscas-das-frutas nas diferentes frutíferas são utilizados principalmente os organofosforados fosmete e malationa por ainda serem aceitos no mercado Europeu, quando as frutas são destinadas à exportação (EFSA, 0, 0; ANVISA, 0). Após a remoção dos principais organofosforados utilizados no controle das espécies de mosca-das-frutas, os produtores têm utilizado piretroides (Raga, 00), neonicotinoides (Raga e Sato, 0; Morelli et al., 0; Araujo et al., 0) e extratos de plantas (Alvarenga et al., 0; Silva et al., 0; 0) como alternativas de manejo da mosca-do-mediterrâneo. Contudo, a utilização de organofosforados e piretroides tem sido questionada devido aos efeitos sobre polinizadores e ao desequilíbrio nos pomares resultando no incremento de ácaros e cochonilhas (Devine e Furlong, 00; Nava e Botton, 00; Pettis, 0). Outro fator importante é que devido ao uso contínuo de inseticidas pertencentes a poucos grupos químicos, existe a possibilidade de selecionar populações resistentes (Magaña et al., 00; Couso-Ferrer et al., 0; Arouri et al., 0; Demant, 0). Além disso, é fundamental avaliar novos inseticidas com curto período de carência, que possam ser utilizados no período de pré-colheita das frutas (Scoz et al., 00; Botton et al., 0). Uma alternativa para o manejo do inseto tem sido o emprego de tecnologias atrai e mata através da aplicação de iscas tóxicas (Mangan e Moreno, 00; Urbaneja et al., 009; Epsky et al., 0; Navarro-Llopis et al., 0). As iscas tóxicas têm como base um atrativo alimentar (carboidrato ou proteína hidrolisada) associado a um inseticida como agente letal (Raga e Sato, 00; Mangan, 00; Vargas e Prokopy, 00; Chueca et al., 00; Urbaneja et al., 009; Manrakhan et al., 0). Esta estratégia é considerada menos nociva aos insetos

82 9 0 polinizadores e a parasitoides devido à aplicação ser localizada e ao emprego de reduzida quantidade de inseticida (Vargas et al., 00; Gazit et al., 0; Navarro-Llopis et al., 0; Yee e Alston, 0). Em comparação às pulverizações em cobertura, o uso de iscas tóxicas reduz em até dez vezes a quantidade de ingrediente ativo aplicada no ambiente (Varikou et al., 0; Yee e Alston, 0), além de minimizar a ocorrência de resíduos nos frutos, devido à aplicação ser localizada sem atingir diretamente os frutos (El-Sayed et al., 009; Cabrera-Marín et al., 0). No Brasil, as iscas tóxicas são formuladas com inseticidas misturados a formulações comerciais de proteínas hidrolisadas ou melaço de cana-de-açúcar (Raga e Satto, 00; Morelli et al., 0; Borges et al., 0; Härter et al., 0). Uma das principais formulações de proteína hidrolisada empregadas para o manejo do inseto é o Biofruit (Biocontrole Métodos de controle de Pragas LTDA, Indaiatuba - SP) utilizado em concentração de a % (AGROFIT, 0). Nesse trabalho, foi avaliado o efeito de contato e ingestão de inseticidas de diferentes grupos químicos sobre adultos e larvas de C. capitata, em laboratório, visando selecionar inseticidas alternativos aos organofosforados para o controle do inseto. 9 0 MATERIAL E MÉTODOS. Obtenção dos insetos Para condução dos experimentos foi estabelecida uma criação de C. capitata em dieta artificial no laboratório de Entomologia da Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves, RS. Os insetos utilizados nos experimentos foram coletados de frutos de pessegueiro Prunus persica L., caquizeiro Diospyros kaki L. e araçazeiro Psidium cattleianum Sabine,, localizados no município de Pelotas, RS e infestados naturalmente. A criação de manutenção foi realizada em dieta artificial (Nunes et al., 0), sendo os adultos alimentados com dieta sólida a base de extrato de soja, gérmen de trigo e açúcar mascavo, na proporção ::, respectivamente, e água

83 fornecida em esponjas de poliuretano dispostas em placas de Petri de 9 cm de diâmetro (Machota Jr. et al., 00). Nos experimentos de efeito tópico e por ingestão, foram utilizados insetos com idade de ± dias, sendo que no ensaio de ingestão, os adultos foram privados de alimentação por horas antes do fornecimento das iscas Inseticidas Para os trabalhos de aplicação tópica e efeito de profundidade em frutos de maçã, foram selecionados os inseticidas com base na recomendação técnica do fabricante e registro no MAPA para o manejo das principais espécies de moscas-das-frutas nas espécies frutíferas produzidas comercialmente no Brasil (AGROFIT, 0) (Tabela ). Alguns inseticidas largamente utilizados e com registro para o manejo de moscas-das-frutas no Brasil (acetamiprido, etofenproxi, acetamiprido + etofenproxi, deltametrina, espinetoram, clorpirifós, fosmete e malationa) foram avaliados. Também buscou-se avaliar o efeito de novas moléculas e algumas com registro para controle de outras espécies-praga de frutíferas (abamectin, tiametoxam, chlorantraniliprole, ciantraniliprole, clorfenapir, alfacipermetrina, lambdacialotrina, azadiractina, espinosade e flupyradifurone) no controle de C. capitata (Agrofit, 0). Os inseticidas foram diluídos em água em recipientes plásticos com capacidade de (um) litro e utilizados em pulverização em torre de Potter ou na imersão dos frutos. Para o trabalho de ingestão, iscas tóxicas foram elaboradas a partir da mistura dos inseticidas (Tabela ) com o atrativo alimentar a base de proteína hidrolisada (Biofruit) diluído a %, comparandose o efeito dos inseticidas ao controle (água). Todos os experimentos foram realizados em laboratório (Temperatura: ± C; UR: 0 ± 0% e fotofase de horas).

84 9 0 Tabela. Inseticidas avaliados nos bioensaios com adultos e larvas de Ceratitis capitata em laboratório (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h). Ingrediente Ativo Produto Comercial Grupo químico Dose (ml ou g 00L - de água) i.a. p.c. Abamectin Vertimec EC Avermectina, 0 Acetamiprido Mospilan Neonicotinoide 0 Tiametoxam Actara 0 WG Neonicotinoide, 0 Acetamiprido + Eleitto Neonicotinoide + 0 Etofeproxi Eter-piretroide 0 Etofenproxi Safety Éter-piretroide 0 Chlorantraniliprole Altacor Diamida,9 Ciantraniliprole Benevia Diamida 0 00 Clorfenapir Pirate Análogo de pirazol 00 Alfa cipermetrina Fastac 00SC Piretroide,0 0 Deltametrina Decis EC Piretroide,0 0 Lambda-cialotrina Karate Zeon 0 CS Piretroide, 0 Azadiractina Azamax Tetranotriterpenoide, 00 Espinetoram Delegate 0WG Espinosina, Espinosade Tracer Espinosina 9, 0 Flupyradifurone Sivanto 00SL Butenolides 0 00 Clorpirifós Lorsban 0BR Organofosforado 9 00 Fosmete Imidan 00WP Organofosforado Malationa Malation 000EC Organofosforado Controle Efeito de inseticidas através da aplicação tópica sobre adultos de Ceratitis capitata Para a realização do experimento, grupos de 0 insetos adultos ( fêmeas e machos) foram colocados dentro de tubos de ensaio de vidro (, de diâmetro x cm de comprimento) vedados na parte superior com filme plástico (PVC). No momento da pulverização, os insetos foram previamente sedados com dióxido de carbono (CO) e colocados sobre uma placa de Petri, onde foram pulverizados em uma torre de Potter Potter Precision Laboratory Spray Tower (BurkardScientificUxbridge-UK), aplicando um volume de ml da calda inseticida por repetição contendo 0 insetos, numa pressão de trabalho de 0 lb/pol ou,9 kpa e resultando numa deposição média de resíduo de,0 mg/cm. Posteriormente, os insetos foram mantidos

85 9 0 dentro de gaiolas confeccionadas com copos de plástico transparente (00 ml), invertidos sobre uma placa de Petri ( cm de diâmetro), com uma abertura de cm de diâmetro na parte superior e vedado com tecido voile no topo. Durante o período de duração do experimento, os adultos de C. capitata receberam dieta artificial sólida e água destilada em rolete de algodão dentro de recipientes plásticos de 0mL. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 9 tratamentos e 0 repetições contendo cinco casais por repetição. A mortalidade dos insetos foi avaliada em intervalos de duas horas nas primeiras horas após a exposição aos tratamentos (HAET) e a cada horas no intervalo entre a 9 HAET. Foram considerados mortos os insetos que não apresentavam reação ao toque de um pincel de ponta fina, com os dados corrigidos usando a equação de Abbott (9) Efeito de inseticidas sobre adultos de Ceratitis capitata via ingestão Para os experimentos de ingestão, adultos de C. capitata foram privados da alimentação e água por um período de horas antes do bioensaio. Decorrido este tempo, grupos de 0 adultos ( fêmeas e machos) foram colocados em gaiolas confeccionadas de copos plásticos transparentes (00 ml), invertidos sobre um disco de folha ( cm de diâmetro), com uma abertura de cm de diâmetro vedado com tecido voile no topo. Posteriormente, foi fornecido uma lamínula acrílica de cm² contendo uma gota de 0µL de isca tóxica formulada com inseticida (produto comercial) (Tabela ) e atrativo alimentar (Biofruit) diluído a %, e água em recipiente com capacidade de 0mL. Decorridas quatro horas, as iscas tóxicas foram retiradas e substituídas pela dieta artificial, a qual foi mantida até o final do experimento. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 9 tratamentos e 0 repetições com casais de C. capitata por repetição. A mortalidade dos adultos em cada tratamento foi avaliada em intervalos de duas horas nas primeiras HAET e a cada horas no intervalo

86 entre a 9 HAET. Foram considerados mortos os insetos que não apresentavam reação ao toque de um pincel de ponta fina e os dados corrigidos usando a equação de Abbott (9).. Determinação do tempo letal de inseticidas A partir dos ensaios de ingestão e aplicação tópica, foi determinado o tempo letal (TL0 e TL90) de cada inseticida nas duas formas de aplicação. As avaliações da mortalidade foram realizadas a cada 0 minutos nas primeiras duas horas, a cada duas horas nas primeiras horas e a cada oito horas até 9 horas após o fornecimento das iscas tóxicas Toxicidade de inseticidas sobre larvas de Ceratitis capitata em frutos de macieira Em laboratório, trinta frutos de maçã cv. 'Gala' foram colocados em gaiolas plásticas de criação (, x 0, x 0,cm) contendo 00 casais de C. capitata com 0 a dias de idade por um período de horas. Posteriormente, os frutos foram retirados das gaiolas de criação, distribuídos aleatoriamente e mantidos por quatro dias em sala climatizada, considerando o tempo necessário para a eclosão e início do desenvolvimento das larvas no interior dos frutos (Zanardi et al., 0). Após este período, os frutos de maçã foram imersos em caldas inseticidas dos respectivos tratamentos (Tabela ) por um período de segundos e mantidos sobre folhas de papel filtro por três horas para eliminação do excesso de umidade. Posteriormente, os frutos foram colocados dentro de recipientes plásticos (00 ml) e acondicionados em sala climatizada (Temperatura: ± C; UR: 0 ± 0% e fotofase: h). A avaliação da presença de larvas vivas no interior dos frutos foi realizada dias após a oviposição, dissecando-se os frutos, considerando-se a presença ou ausência de larvas nos frutos e realizando a contagem do número de larvas vivas presentes no interior de cada fruto. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com 9 tratamentos e 0 repetições, sendo cada repetição composta por frutos de maçã. O número de larvas vivas em

87 cada tratamento foi transformado em percentual de controle utilizando a equação de Abbott (9) Análise estatística Para os bioensaios de aplicação tópica e ingestão, os dados de mortalidade foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk (SPSS Inc., Chicago, IL, U.S.A.). Para os resíduos que não apresentaram distribuição normal ou homogeneidade da variância, os dados foram transformados em ( x + 0,). Após a transformação, os dados foram submetidos à análise de variância com as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott (P 0,0). A eficiência de controle dos inseticidas foi determinada pela equação de Abbott (9). Para a determinação do tempo letal de inseticidas sobre adultos de C. capitata nos experimentos de aplicação tópica e ingestão, o número de insetos mortos em cada tratamento e período foram submetidos a análise de Probit através do programa POLO-PC (Leora 00). A partir da curva de resposta foram estimados os tempos letais (TL0) e (TL90). com os respectivos intervalos de confiança (IC 9%), a heterogeneidade (h), os valores de coeficiente angular e os graus de liberdade (GL) de cada tratamento. Os tratamentos foram comparados entre si por meio do tempo letal médio e os intervalos de confiança obtidos em cada formulação de isca tóxica. 9 0 RESULTADOS. Toxicidade de inseticidas em ensaio de aplicação tópica Adultos de C. capitata foram altamente suscetíveis ao espinosade e aos inseticidas organofosforados clorpirifós, fosmete e malationa nas primeiras horas após a exposição aos tratamentos (HAET) (Tabela ) os quais diferiram (F,9 =0,; P <0,0) dos demais inseticidas avaliados. Até 9 HAET, os inseticidas acetamiprido + etofenproxi, alfa-

88 cipermetrina, espinetoram e espinosade apresentaram um incremento significativo na mortalidade de adultos de C. capitata, similar aos fosforados, com mortalidade superior a 0% (F,9 =9,; P <0,0) (Tabela ). Os demais inseticidas avaliados proporcionaram mortalidade entre 0 e 0% (F,9 =9,; P <0,0) (Tabela ) Toxicidade de inseticidas em ensaio de ingestão de isca tóxica No experimento de ingestão utilizando o atrativo alimentar Biofruit (%), adultos de C. capitata apresentaram alta suscetibilidade aos inseticidas espinosade, clorpirifós e malationa nas primeiras HAET (Tabela ). Estes três inseticidas diferiram (F,9 =,; P <0.0) dos demais produtos avaliados. Até 9 HAET, os inseticidas ciantraniliprole, alfa-cipermetrina, espinetoram, espinosade e fosmete mostraram um incremento significativo na mortalidade de adultos de C. capitata, proporcionando mortalidade superior a 0% e equivalente aos organofosforados clorpirifós e malationa (F,9 =9,; P <0.0) (Tabela ). Os demais inseticidas avaliados (abamectina, acetamiprido, acetamiprido + etofenproxi, etofenproxi, azadiractina, chlorantraniliprole, clorfenapir, deltametrina, flupyradifurone, lambda-cialotrina e tiametoxam) proporcionaram mortalidade entre e % (Tabela ).

89 9 Tabela. Número médio de insetos vivos (N ± EP) e porcentagem de mortalidade (%M) de adultos de Ceratitis capitata,, e 9 horas após a exposição dos tratamentos (HAET) com inseticidas em bioensaio de aplicação tópica (contato) e ingestão de isca tóxica, em laboratório (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h). Ingrediente ativo / Produto Comercial Clorpirifós / (Lorsban 0BR) Fosmete / (Imidan 00WP) Malationa / (Malation 000EC) Alfa-cipermetrina / (Fastac 00SC) Espinetoram / (Delegate 0WG) Espinosade (Tracer ) Acetamiprido + Etofenproxi / (Eleitto) Efofenproxi / (Safety) Clorfenapir (Pirate ) Ciantraniliprole (Benevia ) Dose HAET HAET HAET 9 HAET (g ou ml/00 L - ) Aplicação i.a. p.c. N ± SE %M N ± SE %M N ± SE %M N ± SE %M Contato 0,0±0,0 Hb 00 0,0±0,0 Fb 00 0,0±0,0 Gb 00 0,0±0,0 Gb Ingestão 0,0±0,0 Fb 00 0,0±0,0 Gb 00 0,0±0,0 Fb 00 0,0±0,0 Fb , 9, Contato 0,±0, Hb 99 0,±0, Fb 99 0,0±0,0 Gb 00 0,0±0,0 Gb 00 Ingestão,±0, Eab 0,9±0, Fb 90 0,±0, Eb 9 0,±0, Eb 9 Contato 0,0±0,0 Hb 00 0,0±0,0 Fb 00 0,0±0,0 Gb 00 0,0±0,0 Gb 00 Ingestão 0,0±0,0 Fb 00 0,0±0,0 Gb 00 0,0±0,0 Fb 00 0,0±0,0 Fb 00 Contato,±0, Db,±0, Ec 0,9±0, Fc 90 0,9±0, Gc 90 Ingestão,9±0, Db,±0, Ec,±0, Ec,±0, Ec Contato,±0, Eb 0,±0, Fc 99 0,0±0,0 Gc 00 0,±0,0 Gc 00 Ingestão 0,±0, Eb 9 0,±0, Gc 9 0,±0, Fc 9 0,±0, Fc 9 Contato 0,±0, Gb 9 0,0±0,0 Fc 00 0,0±0,0 Gc 00 0,0±0,0 Gc 00 Ingestão 0,0±0,0 Fb 00 0,0±0,0 Gc 00 0,0±0,0 Fc 00 0,0±0,0 Fc 00 Contato,±0, Fb 0,±0, Fc 9 0,±0, Gc 9 0,±0, Gc 9 Ingestão,±0, Ab 9,0±0, Ac,0±0, Ac,0±0, Bc Contato,±0, Eb,±0, Ec,±0, Fc,±0, Fc Ingestão,±0, Bb,±0, Bc 0,0±0, Bc,±0, Cc Contato,0±0, Cb,±0, Cb 0,±0, Cb,0±0, Cb Ingestão,±0, Db,±0, Db,9±0, Db,±0, Db Contato,±0, Bab,±0, Bbc 9,±0, Cc,±0, Cc 9 Ingestão,±0, Da,±0, Fb 0,±0, Ec 9 0,±0, Ec 9 9

90 90 Tabela. Número médio de insetos vivos (N ± EP) e porcentagem de mortalidade (%M) de adultos de Ceratitis capitata,, e 9 horas após a exposição dos tratamentos (HAET) com inseticidas em bioensaio de aplicação tópica (contato) e ingestão de isca tóxica, em laboratório (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h). Ingrediente ativo / Produto Comercial Abamectina / (Vertimec EC) Acetamiprido / (Mospilan) Azadiractina / (Azamax ) Chlorantraniliprole / (Altacor ) Deltametrina / (Decis EC) Flupyradifurone / (Sivanto 00SL) Lambda-cialotrina / (Karate Zeon 0 CS) Tiametoxam / (Actara 0 WG) Dose HAET HAET HAET 9 HAET (g ou ml/00 L - ) Aplicação i.a. p.c. N ± SE %M N ± SE %M N ± SE %M N ± SE %M Contato,±0, Ba,±0, Cb,±0, Dc,±0, Ec 9, 0 Ingestão,±0, Ba,0±0, Bb,±0, Cc,±0, Cc 0 0, 00,9, , 0, 0 Controle - - Contato,±0, Bb 9,±0, Bb,±0, Bb,±0, Bb Ingestão,±0, Db,9±0, Db,±0, Db 0,±0, Db 9 Contato 9,±0, Aa 0 9,±0, Aab 0,9±0, Aab 0,±0, Ab Ingestão,9±0, Aa 0,0,±0, Ab,±0, Ab,±0, Bb Contato 9,±0, Aa 0 9,±0, Aa 0,9±0, Aa 0,±0, Aa 0 Ingestão,±0, Ba,0±0, Ba,±0, Ba,±0, Ba 0 Contato,±0, Ca 9,±0, Db,±0, Eb 0,±0, Eb 0 Ingestão,9±0, Cb,9±0, Dc,±0, Dc,±0, Dc Contato 9,±0, Aa,±0, Aab,±0, Bbc,±0, Bc Ingestão,±0, Cab,±0,9 Cb 9,±0,9 Cb,0±0,9 Cb Contato,9±0, Cab,±0, Dbc,9±0, Dc,±0, Dc 9 Ingestão,±0, Bab,±0, Bb,0±0, Bb,±0, Bb Contato,±0, Cb,±0, Cb 0,±0, Cb,0±0, Cb Ingestão,9±0, Bb,±0, Cb 9,9±0, Cb,±0, Cb Contato 9,±0, Aab - 9,0±0, Aab -,±0, Ab -,±0, Ab - Ingestão,9±0, Aa -,9±0, Aa -,9±0, Aa -,±0, Aa - Número médio (N ± EP) de insetos vivos de Ceratitis capitata seguidas de letras maiúsculas iguais nas colunas em cada forma de aplicação (contato ou ingestão) não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (P 0,0) e minúsculas nas linhas não diferem entre si pelo teste de Tukey (P 0,0). Mortalidade corrigida pela fórmula de Abbott (9). Gramas ou ml de ingrediente ativo (i.a.) ou produto comercial (p.c.) por 00 litros de água. 90

91 Tempo Letal (TL0) e (TL90) de inseticidas Com exceção dos inseticidas acetamiprido + etofenproxi e do etofenproxi, todas as formulações apresentaram um menor tempo letal via ingestão em comparação à aplicação tópica (Tabela,). Em aplicação tópica, a mistura acetamiprido + etofenproxi apresentou TL0 inferior ao etofenproxi e ao acetamiprido aplicados de forma isolada (,0,, e 9, horas, respectivamente (Tabela ). Em aplicação tópica, o inseticida clorpirifós apresentou o menor tempo letal (TL0=,9 horas) quando comparado aos demais inseticidas. A mistura acetamiprido + etofenproxi apresentou rápida resposta na mortalidade via aplicação tópica, valor semelhante ao observado para os demais organofosforados avaliados (fosmete e malationa), com TL0 de,0,,9 e,0 horas, respectivamente (Tabela ). Houve um incremento significativo no tempo necessário para a mortalidade de 90% da população (TL90) tanto por ingestão quanto em aplicação tópica (Tabela,). Em aplicação tópica, o inseticida clorpirifós apresentou o menor tempo letal (TL90=,0 horas), quando comparado aos demais inseticidas. A mistura acetamiprido + etofenproxi e os inseticidas espinetoram, espinosade, fosmete e malationa apresentaram TL90 inferiores a 0 horas (Tabela ).

92 9 Tabela. Tempos letais (TL0 e TL90), em horas, de adultos de C. capitata expostos a aplicação tópica de inseticidas (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h). Inseticida (Produto Comercial) i.a. p.c. C.A. (±EP) h TL0 (IC9%) TL0 (IC9%) X (G.L) Abamectin (Vertimec EC), 0,±0, 0,90 9,9 (,-,),0 (-.) Acetamiprido (Mospilan ) 0,±0,,0 9, (,0-,) 90, (90-.0) Acetamiprido + Etofenproxi (Elleito ) 0 / 0,±0, 0,990,0 (,9-9,0), (,9-,) Efofenproxi / (Safety ) 0,±0,0,0, (,-9,),9 (9-,) Alfa-cipermetrina / (Fastac 00SC) 0,0±0,0,09 9,0 (,-,), (9-00) 0 Azadiractina / (Azamax ), 00,±0,9 0,, (-09).90 (.-.) Chlorantraniliprole / (Altacor ),9 0,±0,09 0, 0. **** Ciantraniliprole (Benevia ) 0 00,±0, 0,9,9 (0,-,) 9, (-) Clorfenapir (Pirate ) 00,±0, 0,, (,-,0), (-0) Clorpirifós (Lorsban 0BR) 9 00,±0, 0,,9 (,9-,0),0 (,-,0) 0 Deltametrina (Decis EC),0 0,9±0,,099, (,-,) 0,9 (-) 9 Espinetoram (Delegate 0WG),,±0,,0,0 (0,9-,),9 (,0-,) Espinosade (Tracer ) 9, 0,0±0, 0,9, (,-,0), (,-,) 0 Flupyradifurone (Sivanto 00SL) 0 00,±0,,09 9, (99-).9 (.-0.9) Fosmete (Imidan 00WP) 00 00,±0,,00,9 (,-,), (,9-,) Lambda-cialotrina (Karate Zeon 0 CS), 0,±0,09,, (,-,) 9, (9-.00) Malationa (Malation 000EC) 00 00,00±0,,,00 (,-,9) 9, (,9-,) Tiametoxam (Actara 0 WG), 0,±0,,9,0 (,-9,),9 (-0) Concentração (Gramas ou ml de ingrediente ativo (i.a.) ou produto comercial (p.c.) por 00 litros de água). *(C.A.): Coeficiente Angular; (h): heterogeneidade; (IC 9%): Intervalos de Confiança; (GL): Graus de Liberdade. 9

93 9 9 0 Quando fornecido via ingestão, o inseticida acetamiprido apresentou TL0 consideravelmente inferior ao etofenproxi e à mistura acetamiprido + etofenproxi (,0,, e 9,, respectivamente) (Tabela ). Os inseticidas organofosforados (clorpirifós, fosmete e malationa) apresentaram TL0 inferiores aos demais inseticidas. No entanto, os inseticidas clorfenapir, espinosade e espinetoram também apresentaram TL0 relativamente curtos em comparação aos demais inseticidas, com,,, e, horas, respectivamente (Tabela ). Quanto à resposta de adultos de C. capitata à oferta de isca tóxica [inseticida + Biofruit (%)], os inseticidas organofosforados clorpirifós e malationa e a espinosina espinosade apresentaram TL90 s inferiores aos demais inseticidas (,9,, e, horas, respectivamente) (Tabela ). Os inseticidas pertencentes aos grupos químicos neonicotinoides, piretroides, diamidas, análogo de pirazol, tetranotriterpeno, e butenolides apresentaram período superior (entre 9 e. horas) para atingir mortalidade de 90% da população.

94 9 Tabela. Tempos letais (TL0 e TL90), em horas, de adultos de C. capitata via ingestão após o fornecimento de uma isca tóxica formulada com o atrativo Biofruit (%) (T = ± o C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h). Inseticida (Produto Comercial) i.a. p.c. C.A. (±EP) h TL0 (IC9%) TL90 (IC9%) X (G.L) Abamectin (Vertimec EC), 0,9±0, 0,99,9 (-) 0, (0-) Acetamiprido (Mospilan ) 0 0,90±0,0,0,0 (0-), (-0) Acetamiprido + Etofenproxi (Elleito ) 0 / 0,0±0,0 0, 9, (-). (.0-.) Efofenproxi / (Safety ) 0,±0,0 0,9, (-), (9-) Alfa-cipermetrina / (Fastac 00SC) 0,±0,0,0,9 (9-), (-) 9 Azadiractina / (Azamax ), 00,±0, 0,, (0-9) 9, (0-) 0 Chlorantraniliprole / (Altacor ),9,±0,0 0, 0,9 (-).90 (-.) Ciantraniliprole (Benevia ) 0 00,±0, 0,0, (-) 9, (-0) 9 Clorfenapir (Pirate ) 00 0,±0, 0,, (,0-0,). (9-.0) Clorpirifós (Lorsban 0BR) 9 00,±0, 0,,0 (,-,),9 (,-,) 0 Deltametrina (Decis EC),0 0,0±0, 0,, (,-,) 9, (0,-) Espinetoram (Delegate 0WG),,±0, 0,9, (,9-,), (,0-,9) 0 Espinosade (Tracer ) 9, 0,±0, 0,9,0 (,9-,), (,-,) 9 Flupyradifurone (Sivanto 00SL) ,99±0, 0,9, (,-,), (-) Fosmete (Imidan 00WP) 00 00,0±0, 0,, (,9-,) 0, (,-,) Lambda-cialotrina (Karate Zeon 0 CS), 0,±0,0 0,0 0,9 (,0-,9) 9, (9-.) Malationa (Malation 000EC) 00 00,±0, 0,, (,9-,), (,9-,) Tiametoxam (Actara 0 WG), 0,±0,0 0,0, (0,-,), (-) Concentração (Gramas ou ml de ingrediente ativo (i.a.) ou produto comercial (p.c.) por 00 litros de água). *(C.A.): Coeficiente Angular; (h): heterogeneidade; (IC 9%): Intervalos de Confiança; (GL): Graus de Liberdade. 9

95 Toxicidade de inseticidas sobre larvas de Ceratitis capitata em maçãs No experimento visando avaliar o efeito de profundidade dos inseticidas em frutos de maçã infestadas com larvas de C. capitata, entre 9 e 00% dos frutos apresentaram dano do inseto (puncturas, galerias e/ou presença de larvas vivas), inclusive os organofosforados. Dos frutos de maçã que não receberam tratamento químico (controle) foi encontrado em média,±, larvas vivas por fruto (Figura ). Dentre os inseticidas avaliados, o que apresentou maior efeito de profundidade foi o clorpirifós, com,±0,9 larvas vivas (% de controle). O espinetoram foi o único inseticida avaliado que apresentou efeito tóxico sobre larvas de C. capitata equivalente ao organofosforado clorpirifós, com média de,0±0,9 larvas vivas (% de controle) por fruto avaliado (F0, =,9; P <0,0) (Figura ). Os inseticidas tiametoxam, clorfenapir, lambda-cialotrina, espinosade e malationa foram os que apresentaram efeito intermediário no controle de larvas presentes no interior de frutos de macieira em comparação ao clorpirifós e ao espinetoram (entre, e,0 larvas vivas por fruto ~ entre e % de controle). Já os inseticidas abamectina, a mistura acetamiprido + etofenproxi, etofenproxi, chlorantraniliprole, ciantraniliprole, alfa-cipermetrina, flupyradifurone e fosmete apresentaram baixo efeito sobre larvas (entre 9, e, larvas vivas por fruto avaliado ~ entre e % de controle ) sendo superiores aos observados pelos tratamentos acetamiprido, azadiractina, deltametrina e controle sem inseticida (superiores a, larvas vivas por fruto avaliado, inferiores a % de eficiência de controle). Desta forma, inseticidas espinetoram e clorpirifós apresentaram os maiores percentuais de controle de larvas em frutos de macieira ( e %, respectivamente) sendo superiores aos demais inseticidas que registraram efeitos de profundidade inferiores a 0% (Figura ).

96 9 Figura. Número médio de larvas de Ceratitis capitata vivas (N± EP) por fruto (barras pretas) e percentual de mortalidade (Abbott, 9) (barras cinzas) doze dias após a imersão (DAI) realizada dias após a oviposição em frutos de maçã cv. 'Gala' em caldas inseticidas em laboratório (T = ± C, UR = 0 ± 0%, fotofase = h). * Médias seguidas de letras iguais nas barras não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (P 0,0). 9 0 DISCUSSÃO O trabalho demonstrou que nenhum dos inseticidas avaliados controlou todas as larvas vivas presentes no interior dos frutos de maçã (Figura ). O resultado pode estar relacionado ao elevado número de adultos presentes na gaiola de criação (média de casais por fruto), provocando elevada pressão de oviposição nos frutos de maçã. No entanto, os inseticidas clorpirifós e espinetoram foram eficientes no controle de larvas, com uma redução de superior a 0% em comparação ao tratamento controle (,±, larvas por fruto). Os demais inseticidas apresentaram baixo efeito de profundidade. Yee e Alston (00) verificaram que os inseticidas espinosade e imidacloprido apresentaram efeitos sobre larvas de Rhagoletis

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