RELATÓRIO DE POLÍTICA MONETÁRIA

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1 RELATÓRIO DE POLÍTICA MONETÁRIA (ao abrigo do nº 3 do art.º 18.º da Lei Orgânica do BCV) Abril de 2019 Banco de Cabo Verde

2 RELATÓRIO DE POLÍTICA MONETÁRIA (ao abrigo do n.º 3 do art.º 18º da Lei Orgânica) Banco de Cabo Verde Abril de 2019

3 BANCO DE CABO VERDE Avenida Amílcar Cabral, 27 CP Praia - Cabo Verde Tel: / Fax:

4 Índice Sumário Executivo 3 I. Estado da Economia em Enquadramento Externo da Economia Cabo-Verdiana 6 2. Oferta e Procura Inflação Contas Externas Situação Monetária e Financeira Finanças Públicas 19 II. Perspetivas de Evolução da Economia no Curto Prazo Hipóteses de Enquadramento das Projeções Projeção dos Principais Indicadores Económicos e Financeiros Política Monetária para os Próximos Meses 30 III. Anexo Estatístico 31

5 Sumário Executivo 1 As estatísticas disponíveis para 2018 apontam para um fortalecimento da atividade económica (com o crescimento do PIB real estimado em 5,5 por cento, o que compara a 4,0 por cento de 2017), para a manutenção da taxa de desemprego em 12,2 por cento e para um aumento da inflação média anual de 0,8 para 1,3 por cento. A atividade económica nacional continuou a beneficiar, em boa medida, do efeito da implementação de reformas na administração tributária e de regimes de recuperação de dívidas fiscais, que conferiram espaço orçamental para ajustamentos de salários e benefícios sociais, assim como para a progressão e implementação de carreiras em diversos serviços do Estado. A melhoria consistente das condições nos mercados de trabalho nos principais parceiros do país e a manutenção dos seus custos de financiamento em níveis historicamente baixos continuaram a favorecer, igualmente, as exportações nacionais, as remessas dos emigrantes e a realização de investimentos no país (apesar da redução observada nos influxos de investimento direto estrangeiro). Os efeitos diretos e indiretos do aumento dos preços das matérias primas energéticas nos mercados internacionais, entretanto, a par da redução da produção local de frescos, foram determinantes para o aumento da inflação nacional. As contas externas, por sua vez, melhoraram, com a redução do défice comercial de bens e serviços, com a diminuição dos rendimentos pagos aos investidores não residentes e com a desmobilização de ativos externos pelos bancos nacionais. As reservas internacionais líquidas do país registaram um aumento de cerca de oito milhões de euros, passando a garantir cerca de 5,6 meses de importações de bens e serviços. A oferta monetária moderou, contudo, com a redução das disponibilidades líquidas da economia sobre o exterior e o crescimento modesto do crédito ao sector privado (em 1,9 por cento face a 6,8 por cento de 2017), reflexo, respetivamente, da deterioração das perspetivas de rendibilidade das aplicações no exterior e da liquidação do crédito concedido a um grande promotor turístico através de um sindicato de bancos nacionais. O défice global das contas públicas, por seu turno, reduziu de 3,1 para 2,6 por cento do PIB, devido à diminuição dos investimentos públicos e ao contínuo aumento das receitas fiscais. Em consequência da contenção das necessidades de financiamento do Estado e do crescimento acelerado do PIB nominal (na ordem dos sete por cento), o stock da dívida pública, excluindo os Títulos Consolidados de Mobilização Financeira, reduziu dos 126,6 para 123,4 por cento do PIB. 1 O Relatório foi elaborado com base em estatísticas e indicadores disponíveis a 1 de abril de Banco de Cabo Verde / Abril de

6 Quadro 1: Indicadores Económicos Selecionados Unidade E 2019 P set-18 mar-19 Sector Real PIB real variação em % 1,0 4,7 4,0 5,5 4,7 5,2 Sector Externo Défice Corrente em % do PIB 2,7 3,6 7,0 4,5 5,9 6,6 RIL/Importações meses 6,7 7,1 5,9 5,6 5,8 5,4 Sector Monetário Índice de Preços no Consumidor v.m.a. em % 0,1-1,4 0,8 1,3 1,4 0,9 Ativo Externo Líquido variação em % 13,4 18,6 2,3-6,6 3,9 2,9 Crédito à Economia variação em % 2,7 3,6 7,5 2,8 5,1 5,1 Massa Monetária variação em % 5,9 8,4 6,6 1,7 5,5 6,4 Fonte: Instituto Nacional de Estatística; Banco de Cabo Verde. Nota: E Estimativas; P Projeções; v.m.a. Variação média anual. Os valores do PIB de 2017 correspondem a estimativa das contas nacionais trimestrais produzidas pelo Instituto Nacional de Estatística. Os desenvolvimentos económicos recentes e as expetativas em torno das políticas macroeconómicas favoreceram uma revisão em alta do crescimento económico para Com efeito, o cenário central das projeções atuais do Banco de Cabo Verde aponta para um crescimento do PIB em volume na ordem dos cinco por cento, sustentado numa maior dinâmica dos investimentos (público e privado) e num significativo aumento do consumo público. A taxa média anual de inflação deverá reduzir dos 1,3 por cento para 0,9 por cento, em 2019, traduzindo, em larga medida, as expetativas e os consequentes impactos, nos preços no consumidor, da evolução prevista dos preços das matérias primas energéticas e não energéticas nos mercados internacionais. O crédito à economia deverá crescer em torno de cinco por cento, dissipados os efeitos da liquidação de um grande financiamento em inícios de 2018, em certa medida impulsionado pela implementação de mecanismos públicos de partilha de riscos e de redução do custo de financiamento, num contexto de contínua melhoria da confiança dos agentes económicos. Tendo em consideração a elevada propensão marginal a importar da economia nacional, a evolução prevista da procura agregada implica um agravamento do défice da balança de bens e serviços em A balança de pagamentos deverá permanecer excedentária, não obstante, com o aumento dos desembolsos líquidos da dívida pública, com a contínua desmobilização de aplicações no exterior pelos bancos e com o alargamento do stock da dívida de outros sectores. O contexto de pressões contidas nos preços no consumidor e na balança de pagamentos e de consistente dinâmica da procura agregada, deverá sustentar a manutenção, pelo Banco de Cabo Verde, nos próximos meses, da atual orientação da política monetária. Banco de Cabo Verde / Abril de

7 Estado da Economia em 2018 Banco de Cabo Verde / Novembro de

8 1. Enquadramento Externo da Economia Cabo-Verdiana O contexto externo continuou, em 2018, a favorecer a procura dirigida à economia nacional e os investimentos no país, pese embora o abrandamento do ritmo de crescimento económico da Área do Euro e do Reino Unido. As estimativas preliminares do Eurostat sugerem que a economia da Área do Euro cresceu 1,8 por cento em 2018, que compara ao crescimento de 2,4 por cento estimado para A moderação do crescimento do principal parceiro do país refletiu, em larga medida, a redução dos contributos das exportações e da formação bruta de capital fixo, numa conjuntura de arrefecimento do comércio global (em boa medida resultado da política comercial atual dos EUA) e de condicionamento da produção industrial (devido a condições meteorológicas adversas no primeiro semestre do ano, ocorrência de numerosas greves em diversos países, introdução de novas normas de emissões de poluentes para os veículos automóveis, que afetou particularmente a produção alemã, e incertezas geradas por impasses na negociação da saída do Reino Unido da União Europeia). O enfraquecimento da procura interna no espaço da moeda única europeia terá sido ampliado pela deterioração do sentimento económico e da confiança dos consumidores, apesar das políticas macroeconómicas, em particular a monetária, terem mantido uma orientação acomodatícia e da contínua melhoria das condições no mercado de trabalho. De notar que a taxa de desemprego na Área do Euro reduziu para 7,9 por cento em dezembro de 2018, valor mais baixo desde outubro de Refira-se ainda que, não obstante ter mantido as suas taxas de referência inalteradas desde 2016, o Banco Central Europeu deu sequência, ao longo do ano passado, à sua política de redução gradual das aquisições mensais de títulos do seu segundo programa de quantitative easing, que ficou concluído, conforme programado, em dezembro. No que se refere à política orçamental, os esforços de consolidação orçamental por Estados sobreendividados foram mantidos ou reforçados com maior arrecadação de receitas fiscais, enquanto outros Estados, em Figura 1: Produto Interno Bruto e Desemprego nos Principais Parceiros Económicos do País Produto Interno Bruto (t.v.h. em %) 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 EUA Área do Euro Cabo Verde (eixo dto.) Reino Unido mar-14 jun-14 set-14 dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15 mar-16 jun-16 set-16 dez-16 mar-17 jun-17 set-17 dez-17 mar-18 jun-18 set-18 dez-18 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0-1,0-2,0 Produto Interno Bruto (t.v.h. em %) Desemprego (em % da população ativa) 13,0 11,0 9,0 7,0 5,0 3,0 EUA Área do Euro Reino Unido jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15 jan-16 abr-16 jul-16 out-16 jan-17 abr-17 jul-17 out-17 jan-18 abr-18 jul-18 out-18 Fonte: Eurostat; US Department of Labor; Officer for National Statistic; Instituto Nacional de Estatística. Nota: t.v.h. taxa de variação homóloga. Banco de Cabo Verde / Abril de

9 melhor situação financeira, puderam estimular a sua economia. A performance económica dos EUA, outro importante parceiro do país, foi, por seu turno, mais consistente. O crescimento do PIB acelerou de 2,2 para 2,9 por cento, em larga medida estimulado por políticas orçamental e comercial em curso, que se consubstanciaram na redução de impostos sobre os rendimentos de pessoas coletivas e singulares (respetivamente, de 35 para 21 por cento e em média em dois pontos percentuais), no aumento, entre outros gastos discricionários, de gastos na defesa na ordem dos 3,4 por cento, e de direitos aduaneiros, principalmente sobre importações da China. 2 Os estímulos orçamentais e comerciais terão impulsionado, por um lado, a formação bruta de capital fixo e as exportações e, por outro, traduziram-se num agravamento do défice orçamental para 3,8 por cento do PIB (3,4 por cento em 2017). Os estímulos comerciais foram, contudo, insuficientes para conter a deterioração do défice comercial em 7,9 mil milhões para 59,8 mil milhões de dólares, nível mais elevado desde A política monetária dos EUA, ao contrário da orçamental, manteve uma orientação anti-cíclica em 2018, numa conjuntura de crescimento sustentado do emprego e de aumento de pressões inflacionistas. Prosseguindo a normalização da política monetária, o Federal Reserve (FED) aumentou a fed funds rate em quatro momentos ao longo do ano, fixando-a, em dezembro, no intervalo 2,25-2,50 por cento e reduziu o limite de reinvestimento nos títulos adquiridos no quadro do seu segundo programa de quantitative easing. O desempenho do principal mercado emissor de turistas para Cabo Verde foi o pior do grupo das economias parceiras do país. Penalizado por impasses nas negociações e incertezas que envolvem o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, o crescimento do PIB do Reino Unido abrandou Figura 2: Taxas de Juro de Referência dos Principais Parceiros e Taxa Euribor e de Câmbio EUR/USD Taxas de Juro (em %) 2,6 2,2 1,8 1,4 1,0 0,6 0,2 taxa diretora (BCV) (eixo dto.) bank rate (BoE) fed funds rate (FED) refi rate (BCE) 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 Taxas de Juro (em %) Ta xa s de Juro (média mensal e m %) 0,60 0,40 0,20 0,00-0,20-0,40 Câmbio Euro/Dólar (eixo dto.) Euribor 3 meses 1,40 1,30 1,20-0,2 0,0 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15 jan-16 abr-16 jul-16 out-16 jan-17 abr-17 jul-17 out-17 jan-18 abr-18 jul-18 out-18 1,10 Euro (média mensal) -0,60 1,00 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15 jan-16 abr-16 jul-16 out-16 jan-17 abr-17 jul-17 out-17 jan-18 abr-18 jul-18 out-18 Fonte: Eurostat; Federal Reserve; Bank of England. 2 Refira-se que em abril de 2018 os EUA impuseram tarifas sobre o aço, alumínio e outros produtos (clínicos, de tecnologia industrial e transporte) importados da China, num montante que ascendia a 60 mil milhões de USD. As tarifas foram agravadas para 267 mil milhões de USD, em setembro, após a retaliação da China, que também impôs tarifas à importação de produtos agrícolas dos EUA. Em dezembro, os dois países acordaram uma trégua comercial de 90 dias, que devia vigorar até março de Banco de Cabo Verde / Abril de

10 de 1,8 por cento em 2017 para 1,4 por cento em Para o desempenho menos conseguido contribuíram, em larga medida, a diminuição dos contributos do investimento, das exportações e do consumo privado, num contexto de aumento de estímulos orçamentais, de redução do desemprego de 4,4 para 4,0 por cento entre dezembro de 2017 e dezembro de 2018 e, no entanto, de deterioração da confiança dos empresários e consumidores. As pressões inflacionistas e cambiais, que se mantiveram globalmente crescentes até meados do terceiro trimestre do ano, obrigaram o Banco de Inglaterra a elevar as taxas de juro de referência em 0,25 pontos percentuais em agosto. A política pró-cíclica foi compensada parcialmente, entretanto, pelo alargamento do programa Asset Purchase Facility do banco central, que passou a contemplar, além da compra da dívida pública até 435 mil milhões de libra, a aquisição de obrigações empresariais até 10 mil milhões de libra. A melhoria consistente das condições nos mercados de trabalho nos principais parceiros de Cabo Verde e a manutenção dos seus custos de financiamento em níveis historicamente baixos favoreceram a procura externa e a realização de investimentos no país. Contudo, os efeitos diretos e indiretos do aumento dos preços das matérias primas energéticas nos mercados internacionais (nomeadamente na inflação no produtor e consumidor dos principais fornecedores do país) foram determinantes para o aumento da inflação nacional. O preço de barril do petróleo de referência para Cabo Verde (brent) aumentou cerca de 26,4 por cento em 2018 para o valor médio anual de 69,9 dólares dos EUA, impulsionado sobretudo pelo corte acima do programado da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros, pelo anúncio e posterior efetivação de sanções ao Irão pelos EUA e pela redução da produção pela Venezuela. Ao contrário das matérias-primas energéticas, a evolução dos preços das commodities alimentares atenuaram as pressões inflacionistas domésticas decorrentes da redução da produção interna de Figura 3: Preços das Matérias-primas nos Mercados Internacionais e Preços no Consumidor dos EUA, Área do Euro e Cabo Verde Preço de Matérias-Primas (t.v.h. em %) 60,0 45,0 30,0 15,0 0,0-15,0-30,0-45,0-60,0 Brent FAO Food Price Index jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15 jan-16 abr-16 jul-16 out-16 jan-17 abr-17 jul-17 out-17 jan-18 abr-18 jul-18 out-18 Taxa de Inflação Homóloga (em %) 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0-1,0-2,0-3,0 Área do Euro EUA Cabo Verde jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15 jan-16 abr-16 jul-16 out-16 jan-17 abr-17 jul-17 out-17 jan-18 abr-18 jul-18 out-18 Fonte: FAO; Bloomberg; Eurostat; US Department of Labor e Instituto Nacional de Estatística. Nota: t.v.h. taxa de variação homóloga. Banco de Cabo Verde / Abril de

11 frescos devido à severa seca de Com efeito, os preços de bens alimentares que compõem o food price index da FAO contraíram 3,5 por cento em 2018, depois de terem aumentado 8,1 por cento em 2017, pressionados pela elevada disponibilidade, para exportação, de carnes, produtos lácteos, açúcar e óleos vegetais. Pese embora o perfil ascendente, a inflação nacional foi menor que a dos seus principais parceiros comerciais, possibilitando ao país ganhos de competitividade-preço, que, em alguma medida, terão contribuído para o aumento da quota de mercado das exportações nacionais (de 1,7 para 3,9 por cento). 3 3 A quota de mercado das exportações é o quociente entre o crescimento das exportações em volume e o crescimento da procura externa. Sendo a Área do Euro o principal parceiro comercial de Cabo Verde, o crescimento real das suas importações é considerado como representativo (proxy) da procura externa dirigida à economia nacional. Banco de Cabo Verde / Abril de

12 2. Oferta e Procura As estatísticas disponíveis apontam para um fortalecimento da atividade económica em De acordo com as estimativas das contas nacionais trimestrais do Instituto Nacional de Estatística (INE), a economia nacional registou um crescimento em volume de 5,5 por cento, depois de ter registado, em 2017, um abrandamento de 4,7 para 4,0 por cento. O crescimento económico foi determinado, sobretudo, pela dinâmica do sector público (impostos líquidos de subsídios e administração pública) e pelos desempenhos positivos do comércio, indústria transformadora, imobiliária e outros serviços e eletricidade e água. De notar ainda uma recuperação assinalável da construção e uma redução do contributo positivo de alojamento e restauração. Os sectores da agricultura, telecomunicações, transportes e serviços às empresas foram os únicos cuja performance negativa, devido à seca e aos desafios na estratégia operacionais e na estratégia de investimento, condicionou o melhor desempenho da economia nacional. 4 Do lado da procura, as exportações, o investimento e o consumo privado foram os principais impulsionadores do crescimento. O contributo positivo do consumo privado reduziu, entretanto, de 7,0 para 1,0 ponto percentual, com o abrandamento do crescimento do valor excecional registado em 2017 (11 por cento) para 1,5 por cento, num contexto de diminuição da taxa de ocupação da população ativa (de 51,9 para 48,8 por cento). A atividade económica nacional continuou a beneficiar, em boa medida, dos efeitos da implementação de reformas na administração tributária (nomeadamente, da consolidação do processo de declaração eletrónica e dos sistemas de informação) e de regimes de recuperação de dívidas fiscais, que conferiram espaço orçamental para ajustamentos de salários e benefícios sociais, assim como para a Figura 4: Contributos para o Crescimento Económico Contributos para a variação homóloga do PIB real (pontos percentuais) 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0-2,0-4,0 Agricultura, Pesca e Extração Construção Indústrias Transformadoras Serviços Impostos Líquidos de Subsídios PIB (var. tri. em volume) (eixo dto.) 15,0 10,0 5,0 0,0-5,0 em percentagem Contributos para a variação homóloga do PIB real (pontos percentuais) 50,0 30,0 10,0-10,0-30,0 Consumo Privado Consumo Público Investimento Exportações Importações PIB (var. tri. em volume) (eixo dto.) 15,0 10,0 5,0 0,0-5,0 1ºT 14 3ºT 14 1ºT 15 3ºT 15 1ºT 16 3ºT 16 1ºT 17 3ºT 17 1ºT 18 3ºT 18 1ºT 14 2ºT 14 3ºT 14 4ºT 14 1ºT 15 2ºT 15 3ºT 15 4ºT 15 1ºT 16 2ºT 16 3ºT 16 4ºT 16 1ºT 17 2ºT 17 3ºT 17 4ºT 17 1ºT 18 2ºT 18 3ºT 18 em percentagem Fonte: Instituto Nacional de Estatística; Direção Nacional de Receitas do Estado. Cálculos do Banco de Cabo Verde. 4 Refira-se que o sector das telecomunicações continuou a ressentir-se do uso massivo e crescente pelos utilizadores de serviços de comunicação e multimédia designados over the top media services com base em internet e que o desempenho do sector dos transportes foi igualmente constrangido pelo período que a Cabo Verde Airlines esteve sem efetuar voos devido a atrasos no processo de certificação de aeronaves. Banco de Cabo Verde / Abril de

13 Figura 5: Indicadores de Confiança e Constrangimentos à Realização de Negócios (ranking em 190 posições) s.r.e. mm índice de difusão (em pontos) Resolução de Insolvência Cumprimento de Contratos Custos do Comércio Transfronteiriço Pagamento de Impostos Proteção dos Pequenos Empresários Acesso ao Financiamento Registo de Propriedade Acesso à Eletricidade mar-16 jun-16 set-16 dez-16 mar-17 jun-17 set-17 dez-17 mar-18 jun-18 set-18 dez-18 Clima Económico Confiança dos Consumidores Índice de Oferta de Crédito a Empresas Acesso a Licenças de Construção Iniciar um Negócio posição Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Banco Mundial, Banco de Cabo Verde. Cálculos do Banco de Cabo Verde. Nota: (1) O índice de difusão de oferta de crédito às empresas agrega as respostas dos bancos ao Inquérito sobre o Mercado de Crédito, ponderadas pela sua quota de mercado, assumindo valores entre -100 e 100. Valores entre 0 e +/- 50 representam um ligeiro aumento/redução da oferta, enquanto valores entre +/-50 e +/-100 representam um aumento/redução considerável da sua perspetiva de oferta. (2) O ranking do Doing Business vai de 1 a 190, sendo 1 a melhor posição. progressão e implementação de carreiras em diversos serviços do Estado (com destaque para o sector da saúde). A contínua recuperação dos rendimentos empresariais e salariais no país e nas economias parceiras, a melhoria da confiança dos operadores económicos nacionais e das condições de financiamento externo dos investimentos no país, a eliminação de constrangimentos à exportação de mercadorias para o mercado europeu, bem como os incentivos orçamentais (particularmente para promover o financiamento de projetos empresariais e compensar os efeitos da seca), refletiram-se, igualmente, na dinâmica da atividade económica em Apesar do melhor desempenho, a atividade económica nacional continuou a ser condicionada por constrangimentos infraestruturais importantes ao ambiente de negócios, de acordo com o Banco Mundial (Doing Business 2019-Training for Reform). Ainda, atendendo ao alargamento do spread bancário (diferencial entre as taxas de juro ativas e passivas) e ao crescimento do crédito ao sector privado aquém do esperado, infere-se que o legado do malparado no balanço dos bancos, pese embora a sua tendência descendente, terá igualmente condicionado o financiamento e a performance da economia, numa conjuntura de aumento de estímulos orçamentais e implementação de mecanismos de partilha de riscos de crédito pelo Estado, através, nomeadamente, da assinatura do Protocolo do Ecossistema com os bancos e criação da Pró- Garante. 6 5 Recorde-se que as exportações de mercadorias foram em 2016 e no primeiro semestre de 2017 grandemente afetadas pelo atraso na derrogação da cláusula de origem do acordo de pesca que o país mantém com a União Europeia. O aumento das remessas dos emigrantes em cerca de sete por cento também contribuiu para o crescimento do rendimento disponível das famílias cabo-verdianas em A Pró-Garante foi criada enquanto empresa pública, com um fundo de 10 milhões de dólares, para garantir até 80 por cento Banco de Cabo Verde / Abril de

14 do valor dos investimentos de projetos elegíveis de valor até 40 milhões de escudos. No quadro do Protocolo de Ecossistema foi criada uma linha de crédito com todos os bancos comerciais do sistema no montante cinco mil milhões de escudos, para financiamento mais favorável de micro, pequenas e médias empresas. No quadro do Protocolo, os investidores beneficiarão de uma taxa de juros inferior à estabelecida no quadro da análise de risco pelos bancos em um ponto percentual e beneficiarão de um desconto de 25 por cento no valor das comissões e outras despesas com o crédito. O Estado ainda garantirá 50 por cento do valor do crédito e bonificará os juros em 50 por cento. Banco de Cabo Verde / Abril de

15 3. Inflação A inflação média anual, mantendo a tendência ascendente iniciada em fevereiro de 2017, fixou-se em 1,3 por cento em dezembro de O comportamento dos preços no consumidor, ao longo do ano de 2018, refletiu em larga medida a inflação da componente energética e dos bens alimentares não transformados do índice de preços no consumidor (IPC), consequência dos impactos diretos e indiretos do aumento dos preços do petróleo nos mercados internacionais e da redução da produção local de frescos. Com efeito, a inflação média anual das classes de rendas de habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis, de transportes e de produtos alimentares e bebidas não alcoólicas fixou-se, no final do ano, respetivamente, em 2,4, 4,0 e 0,4 por cento, que compara às taxas de 1,7, 1,7 e -0,2 por cento observadas em A inflação da componente energética do índice de preços, por conseguinte, refletiu sobretudo a transmissão da tendência dos preços internacionais de petróleo e seus derivados aos preços administrados de combustíveis e eletricidade, que aumentaram em termos médios anuais 10,1 e 5,1 por cento, depois de terem crescido e decrescido, respetivamente, 9,7 e 6,8 por cento em Paralelamente, os preços administrados de fornecimento de água e transporte coletivo urbano de passageiros foram aumentados em 4,0 e 2,2 por cento, respetivamente (que compara aos ajustamentos de 5,4 e -3,1 de 2017). Quadro 2: Índice de Preços no Consumidor Mar Jun Set Dez Índice de Preços no Consumidor Taxa de variação homóloga -0,3 0,3 0,9 1,0 1,6 1,1 0,9 Taxa de variação média dos últimos 12 meses -1,4 0,8 1,3 1,0 1,1 1,1 1,3 Principais Agregados do IPC (t.v.h.) Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas -0,6-0,2 0,4 1,1 0,2-0,5 0,7 Bebidas alcoólicas e tabaco 0,8 1,9 1,7 2,1 1,3 1,5 1,4 Vestuário e calçado -0,4 1,4-1,3-0,6-1,0-1,5-0,1 Rendas de hab., água, eletricidade, gás e outros combustíveis -8,3 1,7 2,4 1,9 2,9 2,2-0,2 Acessórios, equip. doméstico e manutenção corrente da hab. 2,4 0,5 1,3 0,2 0,6 2,1 2,2 Saúde 2,0 2,9 1,9 2,1 2,1 1,9 1,7 Transportes -3,2 1,7 4,0-0,4 8,5 5,6 4,0 Comunicações 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,4 0,4 Lazer, recreação e cultura 2,0 1,7 1,5 1,7 0,6 1,8 1,6 Ensino 0,0 1,8 2,0 2,5 2,5 1,7 0,8 Hotéis, restaurantes, cafés e similares 2,2 0,7 1,3 1,2 0,9 1,5 1,6 Bens e serviços diversos 2,5 2,3 1,9 2,4 1,9 2,0-0,4 Por Memória (t.v.h.) Bens Administrados -8,3 3,6 3,7 2,2 6,0 3,3 0,3 Bens Não Administrados 0,1 0,2 0,8 0,8 0,7 0,7 1,2 Fonte: Instituto Nacional de Estatística. Cálculos do Banco de Cabo Verde. Nota: t.v.h. taxa de variação homóloga. Os valores das variações correspondem às taxas dos meses de referência. As variações homólogas dos anos correspondem às taxas de variação homólogas de dezembro do referido ano. Banco de Cabo Verde / Abril de

16 Figura 6: Preços no Consumidor em % 3,0 2,0 1,0 0,0-1,0-2,0-3,0 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15 jan-16 abr-16 jul-16 out-16 jan-17 abr-17 jul-17 out-17 jan-18 abr-18 jul-18 out-18 Taxa de Variação Homóloga do IPC Taxa de Variação Média de 12 Meses do IPC IPC Excluindo Energia e Bens Alimentares Não Transformados (t.v.h.) variação média anual (em %) 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0-1,0-2,0 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15 jan-16 abr-16 jul-16 out-16 jan-17 abr-17 jul-17 out-17 jan-18 abr-18 jul-18 out-18 IPC de Bens Transacionáveis IPC de Bens Não Transacionáveis IPC Global Fonte: Instituto Nacional de Estatística; Banco de Cabo Verde. Cálculos do Banco de Cabo Verde. Nota: IPC Índice de Preços no Consumidor; t.v.h. taxa de variação homóloga. Em consequência, o IPC administrado teve um maior contributo (58 por cento) que o IPC não administrado para a inflação nacional em A inflação dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas reforçou as pressões ascendentes sobre o IPC, tendo se situado, no final do ano, em 0,4 por cento (-0,2 por cento em dezembro de 2017). Em consequência da severa seca de 2017 e da ocorrência de fracas precipitações em 2018, a produção interna de bens alimentares frescos reduziu, elevando a inflação dos bens alimentares não transformados de -0,8 por cento, em 2017, para de 3,8 por cento, em Os bens alimentares e bebidas transformados, essencialmente importados, por outro lado, registaram uma deflação de 1,2 por cento, que compara à inflação de 0,3 por cento de As restantes classes do IPC, com exceção da classe de vestuário e calçado que registou a partir de abril um perfil deflacionário, apresentaram uma inflação positiva, embora inferior às taxas do ano anterior. A taxa média anual do núcleo da inflação (que expurga a tendência das componentes mais voláteis do IPC, designadamente, os bens alimentares não transformados e energia) fixou-se nos 0,2 por cento em dezembro de 2018, 0,5 pontos percentuais abaixo do valor registado em período homólogo. O perfil descendente da inflação subjacente observado em 2018 corrobora a tendência de alguma contenção de pressões inflacionistas mais associadas ao comportamento (de moderação) da procura interna, pese embora o aumento dos rendimentos salariais (nomeadamente, do salário mínimo nacional), das remessas dos emigrantes e benefícios sociais. 7 O atual mecanismo de atualização dos preços administrados (mensal para os combustíveis e anual para eletricidade, água e transportes coletivos) possibilita uma transmissão mais oportuna da inflação importada aos preços nacionais e suaviza o impacto dos ajustamentos sequentes dos preços no produtor e consumidor no rendimento disponível das famílias. 8 A inflação média anual dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas transacionáveis (na sua maioria importados) e não transacionáveis fixaram-se em -0,7 e 2,2 por cento, respetivamente, face a -0,1 e 0,2 por cento de dezembro de A componente transacionável (essencialmente, importada) do cabaz de consumo dos cabo-verdianos ascende a 50,9 por cento do total. Banco de Cabo Verde / Abril de

17 4. Contas Externas As contas externas registaram um comportamento favorável em As reservas internacionais líquidas do país registaram um aumento de cerca de oito milhões de euros, passando a garantir cerca de 5,6 meses de importações de bens e serviços. A redução do défice da balança corrente, na ordem dos 27 por cento, foi determinante para o comportamento positivo das contas externas. A melhoria do défice corrente resultou da diminuição de rendimentos expatriados, do aumento das exportações de serviços (pese embora o crescimento em desaceleração das receitas de viagens) e da redução ligeira do défice da balança de bens (devido à dinâmica excecional das exportações). Com efeito, o défice da balança comercial (de bens e serviços) reduziu 3,7 por cento em 2018 (depois de ter aumentado 32,3 por cento em 2017), em função do crescimento das exportações e reexportações de mercadorias e víveres nos portos e aeroportos do país, em termos agregados em 38,4 por cento, e das exportações de serviços de transporte (principalmente aeroportuários) e de viagens, em 28,5 e 3,5 por cento, respetivamente. As importações de bens e de serviços (sobretudo de transporte e em boa medida relacionado às despesas com irregularidades de voos da Cabo Verde Airlines no terceiro trimestre) aumentaram 8,5 e 6,7 por cento, respetivamente. O défice da balança de rendimentos primários diminuiu cerca de 32 por cento, em resultado da redução dos juros pagos pelos bancos por passivos constituídos junto a não residentes, entre os quais os depósitos dos emigrantes, em cerca de 25 por cento, e da diminuição dos dividendos distribuídos aos investidores externos, em 27,7 por cento, em larga medida associada à dissipação do efeito de repatriamento de reservas constituídas por investidores em anos anteriores. Em 2017, os juros pagos pelos bancos por seus passivos externos e os dividendos distribuídos aos investidores externos aumentaram e diminuíram, respetivamente, 13 e 11 por cento. Ao contrário das balanças de bens, serviços e rendimento primário, a balança de rendimento secundário teve um contributo nulo para o desempenho da balança corrente. A queda dos donativos oficiais na ordem dos 22 por cento, em larga medida explicada pelo efeito de base dos desembolsos efetuados em 2017, nomeadamente pela União Europeia para apoiar a reconstrução de infraestruturas danificadas pelas chuvas torrenciais de 2016, foi compensada pelo aumento das remessas de migrantes, em nove por cento. De notar que, as remessas dos emigrantes aumentaram 7,3 por cento (9,5 por cento em 2017), sobretudo impulsionadas pelo crescimento das remessas em divisas provenientes de Portugal, França e EUA. As remessas dos imigrantes, por seu turno, estabilizaram-se em torno de três mil milhões de escudos, depois de terem registado um aumento de 28 por cento em A redução do défice da balança corrente traduziu-se na diminuição das necessidades de financiamento da economia, medidas pelo défice conjunto das balanças corrente e de capital, de 5,7 para 3,7 por cento do PIB, porquanto o excedente da balança de capital, devido ao término da execução dos Banco de Cabo Verde / Abril de

18 Figura 7: Balança Corrente e Balança Financeira 120,0 25,0 8,0 em % do PIB 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 em % do PIB 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 6,0 4,0 2,0 em meses de importação -20, Juros da Dívida (Total) Dividendos do IDE Expatriados Remessas de Emigrantes Receitas de Turismo Importações de Bens e Serviços Balança Corrente -5, Ativos Líquidos de Bancos Dívida Externa Privada Dívida Externa Pública IDE Reservas Internacionais Líquidas (eixo dto.) 0,0 Fonte: Banco de Cabo Verde. Nota: No gráfico foram destacadas as performances de algumas rubricas da Balança de Pagamentos. projetos financiados pelo Millenium Challenge Corporation dos EUA, reduziu de para milhões de escudos. A redução das necessidades de financiamento da economia foi acompanhada por um agravamento do défice da balança financeira. A diminuição dos ativos externos líquidos do país resultou da desmobilização das aplicações externas dos bancos, num contexto de redução das rendibilidades dos depósitos a prazo no exterior e de melhoria das perspetivas macroeconómicas e da perceção do risco de crédito no país. No que se refere a influxos de financiamento dos investimentos do Estado e do sector não financeiro, de notar uma redução dos desembolsos líquidos de dívida externa pública (em milhões de escudos) e privada (em milhões de escudos), bem como uma diminuição dos influxos de investimento direto estrangeiro em ações e outras participações de capital (em 21 por cento, correspondente a milhões de escudos). O comportamento do IDE está associado ao efeito de base relacionado aos investimentos que foram concluídos em 2017 e nos primeiros meses de 2018, em particular no sector do turismo, bem como a uma dinâmica mais fraca de execução de grandes projetos turísticos em curso, em parte devido a constrangimentos no auto-financiamento. A performance da dívida privada também acompanhou a execução aquém das expetativas dos investimentos aprovados e refletiu o efeito do financiamento de um grande projeto pelo Afreximbank em finais de Quanto à divida pública, o seu comportamento foi determinado pela baixa taxa de execução dos investimentos públicos e pela estratégia orçamental de maior recurso ao financiamento interno. O melhor desempenho da balança de pagamentos traduziu-se na redução do défice financeiro do país face ao exterior (da posição de investimento internacional) de 153 para 149 por cento do PIB, em particular na diminuição da posição deficitária da dívida externa da economia de 102 para 98 por cento do PIB (e do governo de 94 para 90 por cento do PIB). Banco de Cabo Verde / Abril de

19 5. Situação Monetária e Financeira A oferta monetária moderou com a redução das disponibilidades líquidas sobre o exterior e o crescimento contido do crédito interno. A oferta monetária expressa pelo crescimento do agregado M2 (constituída por moeda em circulação, depósitos à vista, depósitos a prazo e de poupança e títulos do Tesouro em poder do público) registou, em 2018, um abrandamento de 6,6 para 1,7 por cento, reflexo, em grande medida, da redução dos ativos externos dos bancos comerciais (nomeadamente das aplicações em depósitos a prazo, incluindo flutuação cambial, em milhões de escudos) e da desaceleração do crescimento do crédito ao sector privado dos 6,8 por cento observados em 2017 para 1,9 por cento. Se, por um lado, a evolução das disponibilidades sobre o exterior dos bancos refletiu a sua perspetiva de rentabilização da liquidez disponível (mais favorável para as aplicações na economia nacional), numa conjuntura de melhoria do seu balanço (designadamente da qualidade dos seus ativos) e das perspetivas macroeconómicas, o comportamento do crédito ao sector privado, por outro, traduziu, em larga medida, o efeito da liquidação do crédito concedido a um grande promotor turístico através de um sindicato de bancos nacionais. 9 A moderação do crédito à economia (cresceu 2,8 por cento, o que compara ao crescimento de 7,5 por Quadro 3: Situação Monetária dez-17 dez-18 Saldos em milhões de escudos t.v.h. em % Posição Externa ,3-6,6 Ativos Externos Líquidos do Banco de Cabo Verde ,6 2,2 Reservas Internacionais Líquidas ,3 2,0 Ativos Externos Líquidos dos Bancos Comerciais ,4-145,3 Crédito Interno Líquido ,3 2,9 Crédito Líquido ao SPA ,4 2,9 Crédito Bruto ao Governo Central ,5 10,6 Crédito à Economia ,5 2,8 Crédito às Empresas Públicas N/Financeiras ,2 25,5 Crédito ao Sector Privado ,8 1,9 Massa Monetária ,6 1,7 Base Monetária ,4 2,3 Memo Itens Inflação (var. média anual IPC em %) 0,1-1,4 0,8 1,3 Tx. dos BT (a 91 dias, média em %) 0,99 0,60 0,73 1,00 TRM (14 dias, média em %) 0,35 0,31 1,01 1,50 Fonte: Bancos Comerciais; Banco de Cabo Verde. Notas: SPA Sector Público Administrativo; IPC- Índice de Preços no Consumidor; BT Bilhetes do Tesouro; TRM Título de Regularização Monetária; t.v.h. taxa de variação homóloga. 9 Expurgando o efeito do referido financiamento, o crédito ao sector privado e o crédito à economia cresceram respetivamente, 4,4 e 5,3 por cento em 2018 (4,2 por cento e 5,0 em 2017). Banco de Cabo Verde / Abril de

20 Figura 8. Taxas de juro, Crédito e Depósitos em percentagem 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15 jan-16 abr-16 jul-16 out-16 jan-17 abr-17 jul-17 out-17 jan-18 abr-18 jul-18 out Depósitos Remunerados Totais (eixo dto.) Depósitos de Emigrantes Remunerados (eixo dto.) Taxa de Juro Média Efetiva dos Depósitos Taxa de Juro Média Efetiva dos Depósitos dos Emigrantes 0 em milhões de escudos em percentagem 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 out-15 jan-16 abr-16 jul-16 out-16 jan-17 abr-17 jul-17 out-17 jan-18 abr-18 jul-18 out-18 Crédito à Economia (eixo dto.) Taxa de Juro Média Efetiva do Crédito ao Sector Privado em milhões de escudos Fonte: Banco de Cabo Verde. cento de 2017), por conseguinte, refletiu a redução do financiamento a empresas privadas não financeiras, num contexto de algum desagravamento da restritividade dos critérios de aprovação e dos termos e condições de empréstimos de menor risco, mas de algum aperto nas condições dos empréstimos de maior risco, conforme evidencia o aumento das taxas de juro ativas dos empréstimos até um ano. Note-se que o stock de crédito às empresas públicas e aos particulares aumentaram respetivamente 25,5 e 2,5 por cento, depois de terem crescido 28,2 e 6,4 por cento em O crédito ao sector público administrativo, por sua vez, registou um aumento de 2,9 por cento (2,4 por cento em 2017), alinhado com a tendência das necessidades de financiamento do Estado e explicado pela preferência mais recente do Tesouro pela captação de fundos no mercado interno, através de emissões a prazo mais alargado - obrigações do Tesouro. 10 O crédito bruto ao governo central aumentou, em resultado, cerca de 11 por cento, dois pontos percentuais acima do crescimento de Em termos de componentes, a moderação da oferta monetária reflete o comportamento dos passivos quase monetários, em particular a redução dos depósitos em divisas de residentes e dos depósitos a prazo dos emigrantes em 15,8 e 1,2 por cento, respetivamente. Os depósitos a prazo de residentes, contrariamente, registaram uma recuperação (cresceram 1,1 por cento) face à contração de 2017 (- 3,3 por cento), enquanto o ritmo de constituição dos depósitos de poupança de residentes reduziu dos 13,2 por cento de 2017 para 9,6 por cento. O custo de funding dos bancos continuou a reduzir, tendo a taxa média dos depósitos se fixado em 1,88 por cento em dezembro, que compara a 2,17 por cento do período homólogo). A taxa média de juros aplicada nos depósitos dos emigrantes reduziu de 2,50 por cento, em dezembro de 2017, para 2,09 por cento em dezembro de As emissões do Tesouro junto às instituições bancárias em 2018 ascenderam a 89 milhões de escudos em bilhetes e milhões de escudos em obrigações. Banco de Cabo Verde / Abril de

21 6. Finanças Públicas As contas públicas melhoraram em 2018, tendo o défice global reduzido de 3,1 para 2,7 por cento do PIB. O melhor desempenho das contas públicas ficou a dever-se à redução dos investimentos públicos e ao contínuo aumento das receitas fiscais. De acordo com o Ministério das Finanças, as receitas orçamentais aumentaram, com efeito, cinco por cento, em boa medida impulsionadas, numa conjuntura macroeconómica favorável, pelos efeitos das reformas que vêm sendo implementadas para aumentar a eficiência e a eficácia na arrecadação de impostos, assim como em resultado dos regimes especiais de regularização de dívidas fiscais em vigor, que se consubstanciaram no crescimento dos tributos pagos sobre o valor acrescentado, rendimentos de pessoas coletivas e transações internacionais em 21,4, 27,5 e 7,0 por cento, respetivamente. As receitas fiscais, por conseguinte, aumentaram 13 por cento, que compara ao crescimento de 11 por cento de O aumento dos rendimentos de propriedades (dividendos distribuídos pelas participadas do Estado) e das vendas de bens e serviços, respetivamente, em 87,5 e 9,4 por cento, também contribuíram para o aumento das receitas orçamentais. Os donativos, contrariamente, decresceram 58 por cento, depois de terem crescido sete por cento em 2017, devido à queda combinada dos donativos diretos, da ajuda orçamental e da ajuda alimentar em 87, 61 e 60 por cento, respetivamente. O comportamento dos donativos em 2018 é explicado, essencialmente, pelo término da execução do segundo compacto do Millenium Challenge Account e pelos efeitos de doações excecionais realizadas em 2017 para fazer face aos estragos das chuvas de 2016 e à seca de As despesas correntes, por sua vez, aumentaram sete por cento, quatro pontos percentuais acima do crescimento registado em 2017, impulsionadas, sobretudo, pelo aumento das despesas com pessoal, de outras despesas correntes, dos benefícios sociais e da aquisição de bens e serviços em 4,5, 27,7, 12,6 e 10,4 por cento, respetivamente. Os encargos acrescidos com a folha salarial traduziram os impactos de novos recrutamentos, de promoções e progressões na carreira com o respetivo pagamento de retroativos, bem como a implementação dos planos de carreira médica, de enfermagem e de docência. O aumento dos benefícios sociais resultou, por seu turno, do alargamento do número de pensionistas (dos regimes contributivo e não contributivo) e aposentados da administração pública e da adesão de funcionários ao regime de reforma antecipada. Entretanto, as outras despesas correntes foram impulsionadas pela regularização das contribuições para a segurança social que se encontravam em atraso, por gastos com o processo de bancarização das estruturas de saúde, pela restituição de impostos sobre valor acrescentado e sobre rendimentos e pelo pagamento de bonificações de empréstimos em atraso. Banco de Cabo Verde / Abril de

22 Quadro 4: Situação Orçamental milhões de escudos Variação em % Receitas de Impostos ,2 13,2 das quais: Imposto s/ Valor Acrescentado ,5 21,4 Cobrado pela DGA ,0 7,4 Cobrado na DGCI ,4 38,0 Imposto sobre o Rendimento ,1 8,5 Pessoas Singulares ,6-2,9 Pessoas Coletivas ,0 27,5 Donativos ,5-58,2 Despesas Correntes ,8 7,4 das quais: Despesas com Pessoal ,9 4,5 Transferências Correntes ,9 6,9 Benefícios Sociais ,6 12,6 Despesas com Aquisição de Ativos não Financeiros ,7-15,2 das quais: Programa de Investimento ,7-16,7 Saldo Global (incluindo Donativos) ,5-9,2 Saldo Primário (incluindo Donativos) ,4 73,4 Fonte: Ministério das Finanças. Notas: Dados provisórios sujeitos a alterações; DGA - Direção Geral das Alfandegas; DGCI Direção Geral das Contribuições e Impostos. Os gastos correntes com a aquisição de bens e serviços ampliaram com a renovação e aumento do parque automóvel, com o correspondente crescimento das despesas com combustíveis, assim como com o aumento das despesas de deslocações e estadias de parlamentares e da liquidação de faturas de serviços de comunicação em atraso. Não obstante ter registado uma taxa de execução acima do orçamentado (107,2 por cento), as despesas com aquisição de ativos não financeiros e, em particular, com a execução do programa plurianual de investimentos públicos diminuíram 15,2 por cento em 2018 (tinham aumentado 91,7 por cento em 2017). A contração do investimento público refletiu, essencialmente, o efeito associado à assunção da gestão pelo governo (central numa primeira etapa e pelos governos locais posteriormente) das habitações de classe A do Programa Casa para Todos, antes retrocedida ao IFH- Imobiliária Fundiária e Habitat, S.A. As despesas de investimento público em 2018 foram canalizadas maioritariamente para projetos de reforço do ambiente de negócios e institucional (entre os quais os programas Reformas Económicas e Estruturais, Cabo Verde Plataforma do Turismo, Recentragem Setorial e Capital Humano) e, em menor proporção, para programas infraestruturais, como sejam Infraestruturas Modernas e Seguras e Transformação da Agricultura. A melhoria das contas públicas resultou na redução das necessidades de financiamento do Estado e, Banco de Cabo Verde / Abril de

23 consequentemente, no crescimento do stock da dívida pública de 219,5 para 228,9 mil milhões de escudos. Em dezembro de 2018, o stock da dívida pública, excluindo os Títulos Consolidados de Mobilização Financeira, fixou-se em 123,4 por cento do PIB, menos 3,2 pontos percentuais do PIB que o montante de Banco de Cabo Verde / Abril de

24 Perspetivas de Evolução da Economia no Curto Prazo

25 7. Hipóteses de Enquadramento das Projeções As atuais projeções do Banco de Cabo Verde para 2019 baseiam-se em pressupostos teóricos e no conhecimento empírico da economia do país que fundamentam o exercício de programação monetária e financeira. Enquadram os desenvolvimentos económicos e financeiros mais recentes, as hipóteses técnicas de evolução do contexto externo, assim como a orientação das políticas orçamental e monetária no horizonte das projeções. No que se refere ao enquadramento externo da economia nacional, as perspetivas para o desempenho da economia dos principais parceiros económicos do país são menos otimistas que as de há seis meses, em larga medida, reflexo de performances menos conseguidas no último semestre de 2018, associadas a fatores idiossincráticos e ao aumento de incertezas e riscos. Por conseguinte, o FMI justifica as suas projeções (corrigidas em baixa em janeiro último) de moderação do crescimento económico da Área do Euro (de 1,8 em 2018 para 1,6 por cento em 2019), principalmente com: os impactos no consumo privado e na produção industrial da Alemanha da introdução de novos limites de emissão de poluentes por automóveis; o aumento dos custos de financiamento e enfraquecimento da procura doméstica em Itália, em consequência do aumento dos riscos orçamentais e financeiros; e os efeitos na procura agregada e produção industrial da França das sucessivas greves e dos prolongados protestos dos coletes amarelos. As incertezas que rodeiam o seu processo de saída da União Europeia continuam a penalizar, por seu turno, as expetativas de desempenho económico do Reino Unido. O FMI manteve inalteradas as suas projeções de crescimento económico para o Reino Unido, entretanto, sustentando-as no alargamento dos estímulos orçamentais, numa conjuntura em que se configura possível a saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo. O FMI também perspetiva uma menor dinâmica da atividade económica dos EUA em 2019, cujo crescimento deverá manter-se, contudo, acima do seu estimado potencial (1,8 por cento). O arrefecimento da economia do importante parceiro do país deverá resultar de alguma dissipação do efeito dos estímulos fiscais de 2018 e do impacto (nos custos de financiamento) da manutenção da fed funds rate acima do seu nível neutral. Apesar das perspetivas de abrandamento do crescimento económico, as expetativas do FMI e dos bancos centrais convergem para uma sólida performance dos mercados de trabalho dos principais parceiros económicos de Cabo Verde e um aumento das suas importações, que deverão sustentar a procura dirigida à economia nacional. Os preços no produtor e consumidor dos principais fornecedores do país deverão crescer moderadamente, favorecendo a contenção de pressões nos preços internos, com a prevista redução dos preços das matérias-primas energéticas e não energéticas. Banco de Cabo Verde / Abril de

26 Os custos de financiamento nos principais investidores no país (na Área do Euro, principalmente) deverão manter-se em níveis historicamente baixos, atendendo às expetativas de manutenção das taxas de juro de referências nos níveis atuais. Refira-se que o Conselho de Governadores do Banco Central Europeu reiterou na sua reunião do passado dia sete de março, que a sua postura deverá manter-se amplamente acomodatícia. O BCE não prevê, com efeito, subir as suas taxas de referência em 2019, devendo continuar a renovar o investimento em títulos adquiridos no quadro do seu último programa de quantitative easing por um longo período após o início do processo de subida dos juros. Adicionalmente, o BCE vai lançar, em setembro próximo (para finalizar em março de 2021), uma nova série de operações trimestrais de refinanciamento de longo prazo, para favorecer as condições de financiamento bancárias e suavizar os impactos da subida futura das taxas de juro. 11 De acrescentar que as perspetivas de evolução das taxas de câmbio dos principais parceiros do país, nomeadamente de estabilização da taxa de câmbio efetiva nominal do Euro, numa conjuntura de manutenção de um diferencial negativo da inflação nacional face à dos pares, favorece a competitividade-preço da economia nacional. Os riscos à materialização das atuais perspetivas para o enquadramento externo da economia nacional estão negativamente enviesados, estando, principalmente, relacionados com: a. os efeitos de uma saída sem acordo do Reino Unido da União Europeia, com impactos importantes no desempenho económico do Reino Unido e da Área do Euro; b. os impactos de uma escalada de tensões comerciais, para além dos já incorporados no cenário central das projeções do FMI, nomeadamente, os relacionados com as disputas entre os EUA e a China e com os processos internos de ratificação do novo acordo de livre comércio assinado entre os EUA, México e Canadá; c. os resultados do agravamento da confiança do mercado financeiro, que poderá resultar da materialização dos riscos acima mencionados (e ampliar os seus efeitos), assim como do aumento do euro-ceticismo, no rescaldo das eleições europeias, e abrandamento além do antecipado do crescimento da China. 11 De notar que a Reserva Federal dos EUA sinalizou uma postura mais contida de subida dos juros de referência em 2019, que na sua perspetiva estão acima do seu valor neutral. O Banco de Inglaterra no seu Relatório de Inflação de fevereiro de 2019 defende uma posição mais avessa à inflação, antecipando subidas de juros para manter as expetativas de inflação ancoradas, caso necessário. 12 O ritmo de crescimento da economia chinesa abrandou em 2018 em resultado, fundamentalmente, do reforço da regulação para conter a atividade bancária paralela e da redução dos investimentos dos governos locais. O FMI antecipa uma contínua desaceleração da atividade económica chinesa em 2019, não obstante as autoridades terem suavizado a regulação financeira e anunciado estímulos orçamentais. O abrandamento do crescimento da economia chinesa poderá ser maior, de acordo com o FMI, se as tensões comerciais com os EUA e outros parceiros aumentarem. 13 Entre outros condicionantes ao desempenho da economia mundial, o FMI aponta, igualmente, as incertezas da agenda política das novas administrações, as tensões geopolíticas no Médio Oriente a Ásia Oriental, os impactos de eventos climáticos extremos, as quais se acrescentam, as tensões sociais na Venezuela e Argélia. Banco de Cabo Verde / Abril de

Resumo do Relatório de Política Monetária

Resumo do Relatório de Política Monetária Resumo do Relatório de Política Monetária Produto Interno Bruto real cresceu 3,9% em 2016. Previsão para 2017 aponta para o intervalo entre 3% e 4%, de acordo com o Relatório de Política Monetária do Banco

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