3.4 ANÁLISE DEMOGRÁFICA REVISÃO DO PDM DE FERREIRA DO ALENTEJO 3. CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO MUNCIPAL ABRIL 2010

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1 DE FERREIRA DO ALENTEJO 3. CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO MUNCIPAL ABRIL ASPECTOS GLOBAIS DA POPULAÇÃO RESIDENTE DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: CARACTERIZAÇÃO DO POVOAMENTO TENDENCIAS EVOLUTIVAS EVOLUÇÃO DOS VOLUMES, RITMOS DE CRESCIMENTO E COMPONENTES DEMOGRÁFICAS CENÁRIOS PROSPECTIVOS DA EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA DA POPULAÇÃO ESTRUTURA POPULACIONAL EVOLUÇÃO DOS GRANDES GRUPOS DE IDADE E ÍNDICES DE RESUMO ESTRUTURA ETÁRIA POR GRUPOS QUINQUENAIS E SEXO ASPECTOS SÓCIO ECONÓMICOS DA POPULAÇÃO RESIDENTE CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ACTIVA ESCOLARIDADE E QUALIFICAÇÃO ACADÉMICA SÍNTESE CONCLUSIVA ANEXO: QUADROS SÍNTESE

2 ABRIL ASPECTOS GLOBAIS DA POPULAÇÃO RESIDENTE Neste ponto irá ser efectuada uma análise temporal e espacial da população residente do Concelho numa perspectiva quer de volumes globais populacionais quer de uma avaliação da estrutura demográfica tendo como ponto de comparação os censos de 1981, último recenseamento observado aquando da realização do PDM de Ferreira do Alentejo em vigor, sendo os dados do recenseamento de 1991 provisórios nessa altura. De acordo com os censos de 2001 Concelho de Ferreira do Alentejo, com 646,84 km2 de área, registava 9010 hab.s e uma densidade populacional de 13,9 Hab/km2, Este valor é inferior aos valores encontrados para a NUT do Alentejo (24,6 Hab./km2) e embora mais próximos aos da sub-região do baixo Alentejo, são ainda inferiores (15,8 hab./km2). As maiores freguesias são Ferreira do Alentejo com 228Km2 e Figueira dos Cavaleiros. Em 2001 existiam baixas densidades populacionais por todo o Concelho, sempre inferiores a 21 hab/km2. As densidades mais elevadas registam-se na freguesia sede do Concelho, Ferreira do Alentejo e Alfundão com densidades entre os 15 e os 21 hab. por km2. (Q3.4.4 e 3.4.5). As densidades mais elevadas do Concelho, como se encontra expresso na figura anterior, acima dos 50 hab./ha encontram-se apenas nos lugares de Ferreira do Alentejo e Alfundão, a densidade mais elevada fica na subsecção do centro do lugar de Ferreira do Alentejo com uma densidade de 142 habitantes por hectare

3 3.4.2

4 3.4.3

5 3.4.2 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA CARACTERIZAÇÃO DO POVOAMENTO O povoamento do Concelho de Ferreira do Alentejo, caracteriza-se por uma forte concentração populacional nos lugares sedes de freguesia, principalmente na sede de Concelho que se prende com factos históricos de povoamento e de divisão da propriedade, característicos desta região. Em 2001 cerca de 40% da população habitava na sede do Concelho, tendo esta proporção vindo a ser reforçada ao longo das últimas décadas. A restante população divide-se sobretudo pelos restantes lugares sedes de freguesias, cerca de 40%, enquanto apenas cerca de 20% reside em lugares fora das sedes de Concelho e isolados. Numa análise distributiva por classes de dimensão de lugares, verifica-se que o Concelho apresenta apenas um lugar com mais de 2000 habitantes que corresponde ao lugar de Ferreira do Alentejo com 3554 habitantes. A Vila de Ferreira do Alentejo que em 1960 atingia perto de 5000 hab., desde 1960 tem vindo a acompanhar o ritmo de redução populacional do Concelho, decrescendo em todos os recenseamentos observados até 2001, embora com ritmos de decréscimo sucessivamente menores. Gradualmente tem vindo a representar uma maior proporção da população urbana, resultado da deslocação dos residentes nos outros lugares, reforçando a sua posição na hierarquia do sistema urbano, aliado às funções administrativas e económicas de lugar sede de Concelho (Qs e A). Na classe entre os 1000 e os 2000 habitantes encontra-se apenas o lugar de Figueira de Cavaleiros com 1050 habitantes, enquanto na classe , existiam dois lugares (Alfundão com 977 habitantes e Odivelas com 614 habitantes). Verificou-se um reforço da classe de 200 a 500 habitantes com 4 lugares, representando cerca de 17% da população em Por último os lugares de muito reduzida dimensão abaixo dos 200 Habitantes e isolados representam cerca de 15% da população residente do Concelho.(Q )

6 Evolução da Proporção da População Residente por Dimensão de Lugares 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 32,8 16,9 20,1 10,5 0,0 10,0 9,8 36,3 21,9 17,4 8,7 1,4 2,5 11, ,5 22,3 13,4 13,9 3,6 0,9 8,3 39,4 11,8 17,7 16,9 3,0 2,6 8,6 > Hab. Isolados Fonte: INE, Censos 2001 O fenómeno de redução populacional que se tem verificado desde a década de 60 teve como consequência o reforço do peso da população que habita em lugares de habitantes e 200 a 500 hab. em detrimento da classe dos 1000 aos 2000 hab. que passaram de 13,4 e 13,9%, respectivamente em 1991 para 17,7 e 17% em O número de lugares decresceu de 1960 para 1981, passando para cerca de 1/3, acompanhando o esvaziamento dos montes tradicionais e o êxodo populacional destes últimos 40 anos. Assim, na década de 90 deu-se uma redução da população isolada e dos lugares com menos de 200 habitantes de 20 para 15%, reforçando o processo de concentração da população urbana (Qs e Q A). Na década de 1991/2001 todos os lugares perdem população, contudo se se analisarem as últimas duas décadas anteriores ao censo de 2001 (81/2001), registam-se dois lugares com algum dinamismo no recenseamento de 1981, Fortes Novos e Santa Margarida. Em síntese, uma rede de lugares de número e dimensão reduzidas variando predominantemente entre os 200 os 3500 hab que correspondem predominantemente às sedes de freguesia. Destaca-se nesta hierarquia a sede de Concelho associada aos fenómenos de urbanização crescente da população, cada vez mais ligada aso sectores secundário e, sobretudo, terciário, e a uma maior oferta de funções urbanas que aí se concentram

7 3.4.6

8 3.4.3 TENDENCIAS EVOLUTIVAS EVOLUÇÃO DOS VOLUMES, RITMOS DE CRESCIMENTO E COMPONENTES DEMOGRÁFICAS a EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE O Concelho de Ferreira do Alentejo apresenta dois períodos distintos de comportamento evolutivo do volume populacional. Um período de crescimento populacional até à década de sessenta, altura em que atingiu o seu máximo com habitantes. A partir daí iniciou um período de declínio populacional que se mantém até 2006, altura em que se estima que tenha atingido o valor de 8354 habitantes, quase cerca de metade da população neste período (Q ). Evolução da População Residente no Concelho de Ferreira do Alentejo Fonte: Ine Censos, Estatísticas Demográficas 2006 Dados mais recentes, recolhidos junto ao INE, mstram a continuidade deste decréscimo, estimando-se, em 2008, a existência de residentes. População do Concelho de Ferreira do Alentejo ( )

9 Numa análise geográfica por freguesias verifica-se em 2001 que a freguesia que contribui com um maior quantitativo populacional para o total do Concelho é a freguesia de Ferreira do Alentejo no centro do Concelho, com cerca de 5000 Habitantes (4866), seguida das freguesias de Figueira dos Cavaleiros e Alfundão a Noroeste e a Nordeste, respectivamente com cerca 1500 e 1000 Habitantes b TAXAS DE CRESCIMENTO MÉDIO ANUAL E VARIAÇÕES PERCENTUAIS O fenómeno de declínio populacional observado a partir de 1960 é numa perspectiva generalizada comum a todas as freguesias, em nenhuma freguesia do Concelho se registam taxas de crescimento populacionais positivas. No período de 1981 para 1991 o Concelho perde 10,4% da sua população a uma taxa de 1,1% ao ano verificando-se, contudo, uma desaceleração desse ritmo de decréscimo. A taxa de crescimento médio anual desceu de -1,3% ao ano nas duas décadas anteriores (1960/81) para -1,1% ao ano. Foi na zona Oriental do Concelho que se registaram os decréscimos mais significativos - Peroguarda, seguida de Alfundão e Ferreira do Alentejo, respectivamente, - 17,7%,--13,4% e -13,3%. Pelo facto de nesta década, ter sido criada a freguesia de Canhestros a partir da freguesia de Figueira dos Cavaleiros, foi considerado o seu somatório, tendo sido a sudoeste que se registou a menor perda de população. No período de 1991 para 2001 o Concelho mantém a tendência de quebra populacional, a um ritmo semelhante à década anterior. O Concelho perde mais 10% da sua população a uma taxa de decréscimo médio anual de -1,1%. O êxodo populacional é generalizado por todo o Concelho, nesta década a freguesia de Canhestros regista o maior êxodo populacional, perto de 20%, logo seguida das freguesias de Odivelas e Peroguarda, enquanto as freguesias que registaram menor êxodo populacional correspondem às que detêm maior quantitativo demográfico. Nestes últimos 20 anos, o Concelho perde cerca de 20% da sua população. O ritmo de declínio populacional foi mais acentuado nas freguesias de Peroguarda e Odivelas, respectivamente, de 32% e 22,8%. Foi o Sudoeste do Concelho que nestes 20 anos perdeu menos população, - 16% (considerando o somatório das duas freguesias) (quadro e 3.4.3)

10 Nos últimos 5 anos segundo estimativas do INE, o Concelho perdeu mais cerca de 7% da sua população

11 c EVOLUÇÃO DO CRESCIMENTO NATURAL E DO CRESCIMENTO MIGRATÓRIO Para explicar a evolução dos quantitativos populacionais terão que forçosamente ser analisadas duas componentes demográficas, a evolução do crescimento natural e a evolução do crescimento migratório. A componente migratória é estimada através da equação de concordância. Desde finais da década de 1980 que o crescimento natural negativo contribui para o decréscimo populacional observado passando o número de óbitos a ser superior ao número de nados vivos (Q.3.4.6). O crescimento natural diminui essencialmente à custa do declínio da natalidade, principalmente até meados dos anos 90. A curva da natalidade tem vindo sempre a decrescer, situando-se a média de nascimentos dos 3 anos próximos dos censos de 1981, de 1991 e de 2001, respectivamente de 165, 93 e 71 nados vivos, uma diminuição de mais de metade nos últimos 20 anos, tendendo recentemente, a partir de meados dos anos 90 para a estabilidade desta curva. O número de óbitos manifesta uma tendência globalmente crescente até finais de 90, tem contudo registado desde aí, menos oscilações, com um comportamento com tendência também para a estabilização. Evolução do Nº de Nados Vivos e Óbitos Número de Indivíduos Nados Vivos Óbitos Obitos <1 ano Anos Fonte: INE, Estatísticas Demográficos 1980 a A análise das taxas de natalidade e de mortalidade calculadas para os anos dos recenseamentos revelam tendências de comportamento contrárias a partir de 1960, o declínio da taxa da natalidade e o progressivo aumento da taxa de mortalidade

12 A taxa de natalidade, decrescente, regista em ,4 nascimentos por mil habitantes o seu valor mais baixo desde 1960 (16,8). Este valor é inferior à NUT do Alentejo 8,9, e ainda inferior à NUT do Baixo Alentejo 8,5, ficando muito aquém da média nacional, 10,9. A taxa de mortalidade, crescente, a partir dos censos de 1991 ultrapassou o valor da taxa de natalidade e estima-se em 2006 o seu valor mais elevado 16,7 óbitos por mil habitantes, cerca do dobro da taxa de natalidade estimada nesse ano (Q ). Em 2006, o elevado registo da taxa de mortalidade revela-se sobretudo grave se comparado com a média Nacional de 9,6, é ainda superior aos valores obtidos para a NUT do Alentejo (13), e embora ainda superior, aproxima-se aos valores encontrados na área do Baixo Alentejo, 15,1. As estatísticas demográficas anuais depois de 2000 apontam para uma ligeira recuperação em 2006 dos valores das taxas de natalidade, (8,7%o), relativa ao censos de 2001 (7,4%o) e mesmo se comparadas nesse ano com a NUT do Baixo Alentejo e mesmo da região do Alentejo (8,4) (Q.3.4.8). Se observarmos a taxa de mortalidade infantil desde 1989, analisando os anos dos recenseamentos de 1991 e 2001 e o ano de 2006, registam-se valores respectivamente de 10,31 e 0,0 e 13,59 (permilagem), valores bastante baixos.(q.3.4.9). taxa de mortalidade infantil 40 Permilagem Anos Taxa de Mortalidade Infantil Fonte: INE, Estatísticas Demográficos 1989 a

13 A manutenção dos níveis do número de óbitos consequência do aumento da esperança média de vida e a queda da mortalidade infantil devem-se sobretudo, às alterações dos indicadores de qualidade de vida, ao progresso da medicina, que atingiu um estádio que não introduz alterações significativas a este nível, ao acesso a cuidados primários de saúde, à melhoria gradual dos níveis de bem estar e de conforto que serão analisados no ponto a seguir, etc.. A queda da natalidade tem entre outros factores, sobretudo a ver com as transformações sociais profundas que têm ocorrido nas sociedades como a globalização e a tercearização das sociedades nas últimas décadas. A entrada crescente da mulher no mercado de trabalho, as transformações da dimensão média da família, a família alargada deixa de constituir uma unidade produtiva, e o tipo de famílias diversifica-se com destaque para os casais só e pessoa só, a idade tardia do primeiro filho, o aumento da escolaridade e a maior necessidade de acesso a bens de consumo são alguns dos factores que acompanham as mudanças estruturais ocorridas e que serão analisadas no próximo capítulo. No Concelho de Ferreira do Alentejo. a dimensão média da família continuou a diminuir. De 1991 para 2001 passou de 2,9 para 2,6 pessoas, inferior à média do continente, de 2,.8. por outro lado, assistiu-se a um aumento da proporção de famílias com uma única pessoa com mais de 65 anos que representa em 2001 de cerca de 14% dos agregados familiares, valor superior à média da região e da sub-região (Q ). A introdução da componente das migrações internas e externas é extremamente importante para avaliar a atracção do Concelho e perceber o peso do seu contributo para o decréscimo populacional observado (Q ). De 1981 para 1991 o Concelho perde população a uma taxa anual -1,1 % ao ano essencialmente devido à saída de residentes do Concelho. Nesta década iniciou-se o crescimento natural negativo, contudo a componente migratória, de saída de residentes, contribui com um peso muito elevado, nesta década o saldo migratório foi de enquanto o saldo fisiológico foi apenas de -81 indivíduos. De 1991 para 2001 o Concelho mantém o ritmo de decréscimo anual registado na década anterior, verifica-se contudo uma inversão do peso destas componentes sendo a quebra populacional observada essencialmente à custa do crescimento natural negativo

14 É o período do retorno dos emigrantes e da população em situação de reforma que retorna ao Concelho de origem. As migrações para fora do Concelho quer para outros Concelhos quer para fora do país regista nesta década um forte decréscimo enquanto o crescimento natural, negativo se acentuou. A análise sobre as migrações relativamente aos cinco anos anteriores ao censo de 2001, (relativas a 1995) demonstra o acentuar do fenómeno de imigração ou retorno. Nos cinco anos anteriores ao censos de 2001 cerca de 5,7% (512 indivíduos) da população não residia no Concelho (valor que aumentou relativo a 1991 em que apenas 4,33% dos residentes residiam fora do Concelho nos 5 anos anteriores). Este fenómeno foi comum ao observado para a Região do Baixo Alentejo e à região do Alentejo que foi a que mais se aproximou do padrão nacional, num contexto de atracção de população (Q ). Estes indivíduos, eram maioritariamente provenientes de outros Concelhos (442 indivíduos) embora cerca 14%, (70) estivessem no estrangeiro, em países como França e Alemanha, maioritariamente, mas também nos PALOPs, Venezuela, Brasil, demonstrando que o fenómeno de retorno dos emigrantes de 1ª e 2ª geração ainda não terminou. Está ainda patente que o Concelho atraiu também a imigração recente, acompanhando o fluxo imigratório nacional dos anos 90, cerca de 20% são de naturalidade estrangeira, como é o caso do Brasil, Cabo Verde, entre outros países. (Q ). De 2001 para 2006 estima-se que o decréscimo observado se deu a um ritmo ligeiramente superior ao período anterior essencialmente à custa do crescimento natural negativo, continuando-se a registar-se uma quebra do movimento migratório de saída de residentes do Concelho (Q.3.14) No ano de 2006 o decréscimo estimado foi a um ritmo inferior a 1% em que o peso do saldo fisiológico negativo nesse ano, representou quase 80%. Neste último quinquénio a análise dos ritmos de crescimento anuais estimados confirmam a redução do contributo do peso da emigração para o decréscimo observado em que nalguns anos, 2002 a 2004, se registaram mesmo valores positivos ou nulos da a taxa de crescimento migratório. A confirmar esta tendência, a análise dos pedidos de estatuto de residente de população estrangeira para o Concelho de Ferreira do Alentejo, verifica-se que no primeira metade desta década, registaram-se 30 pedidos de estatuto de residente atingindo um pico em 2004 (Q )

15 A região do Alentejo, e mesmo a NUT do Baixo Alentejo têm vindo a apresentar ritmos de decréscimo populacionais inferiores ao Concelho de Ferreira do Alentejo, com Taxas de Crescimento Migratório sempre positivas e de valores ligeiramente superiores aos observados no Concelho, contudo, a partir de 2002 houve uma inversão da tendência crescente destes valores que foi comum a ambas acompanhando a conjuntura nacional de redução da imigração nos últimos anos CENÁRIOS PROSPECTIVOS DA EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA DA POPULAÇÃO DE FERREIRA DO ALENTEJO Tendo em consideração as tendências evolutivas da população de Ferreira do Alentejo, apresentam-se duas projecções realizadas para o Concelho: A primeira no âmbito da Carta Educativa (a Escola Superior de Educação de Beja, Novembro 2005), tendo como horizonte 2012 A segunda no âmbito do Plano Director para a criação do Sistema Multimunicipal de baixa de abastecimento de água e de saneamento da Região Sul, relaizado por um consórcio de empresas em2008, com um horizonte que se estende até a HIPÓTESE , CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE FERREIRA DO ALENTEJO A projecção realizada no âmbito da Carta Educativa de Ferreira do Alentejo estabelece cenários para os diversos escalões etários, prevendo uma acentuada diminuição da população mais jovem (0-24 anos) até Todos os grupos de idades perdem efectivos: prevê-se que o número de crianças entre os 0 e 4 anos diminua 13,8% até 2012 registando, no entanto um movimento de recuperação na segunda metade da década. O que permitirá atenuar a regressão. Também o grupo 5-9 perde quase 24,9% da sua população e o grupo perto de 31%, até ao final da década. Assinalando uma previsão para 2006 inferior à estimativa do INE para esse ano (8291 contra os 8354 habitantes estimados pelo INE), aponta para uma população total em 2012 de 7628 hab.s

16 Projecção demográfica realizada para a Carta Educativa de Ferreira do Alentejo Idades HM HM HM Total Fonte: Carta Educativa de Ferreira do Alentejo / Estudalentejo, 2005: Projecções da População para o concelho de Ferreira do Alentejo, b HIPÓTESE DE LONGO PRAZO (2029), ÁGUAS DE PORTUGAL 1 Citando a fonte desta projecção 1 O INE apresentou, em 2005, uma evolução populacional para as NUT III do território nacional ("PROJECÇÕES DE POPULAÇÃO RESIDENTE, PORTUGAL E NUTS III, "). O método utilizado para a execução das projecções foi o método das componentes, procedendo a uma contínua actualização da população de acordo com as hipóteses fixadas em cada uma das componentes: fecundidade, mortalidade e migrações. 1 Plano Director para a Criação de Sistemas Multimunicipais de Baixa do Abastecimento de Água e de Saneamento Básico Região Sul (2008)

17 Com base nos pressupostos de evolução aceites para cada componente demográfica, elaborados pelo INE, constituíram-se três cenários, partindo de diferentes conjugações das hipóteses evolutivas consideradas, designadas por "cenário baixo", "cenário base" e "cenário elevado". Estes cenários serão os utilizados no presente estudo. No documento referente aos critérios de concepção de soluções apresenta-se a metodologia para a evolução da população nos concelhos e nos lugares da área em estudo. Com a aplicação desta metodologia estima-se que a evolução da população residente no município em análise seja a que se apresenta para os três cenários considerados. Cenários evolutivos da população para o Concelho de Ferreira do Alentejo Município Cenário Ferreira do Baixo Alentejo Base Elevado Fonte: Plano Director para a Criação de Sistemas Multimunicipais de Baixa do Abastecimento de Água e de Saneamento Básico Região Sul (2008) Sintese da evolução populacional estimada, por freguesia, para o cenário base demográfica por freguesia, cenário base Freguesia Alfundão Canhestros Ferreira do Alentejo Figueira dos Odivelas Peroguarda Totais c CONCLUSÃO As tendências demográficas fortemente negativas apresentam-se, pois, como factor incontornável no planeamento do Concelho. Não interessará, agora, apostar na inversão desta tendência, mas sim no modo como estabilizar a população, sob pena de se assistir à progressiva desertificação do Concelho

18 3.4.4 ESTRUTURA POPULACIONAL Neste ponto é analisada a composição da população residente em termos de estrutura etária, avaliada por grandes grupos de idade e índices de resumo, e por grupos quinquenais e sexo numa perspectiva temporal e geográfica com enfoque nestas duas últimas décadas EVOLUÇÃO DOS GRANDES GRUPOS DE IDADE E ÍNDICES DE RESUMO A evolução e distribuição da população por grandes grupos de idades e a análise dos índices de resumo permite de uma forma expedita caracterizar a estrutura demográfica de uma população e a sua análise ao longo do tempo, avaliar como esta se poderá perspectivar no futuro. Da análise dos indicadores proporção de jovens, proporção de idosos e proporção de activos, constata-se em 2001 que o grupo que detém maior proporção é o grupo dos activos que representam 62% da população. O grupo dos idosos representa 25% enquanto o grupo dos jovens representa apenas cerca de 13% da população (1156 jovens <15 anos ) (Q ). Numa perspectiva de dinâmica demográfica, a proporção dos idosos desde 1960 tem vindo sempre a aumentar à custa da diminuição da proporção do grupo dos jovens. Em 1960, a proporção dos jovens era cerca do triplo superior à dos idosos respectivamente 25,6 e 7,4%. apresentava-se nesta altura uma população rejuvenescida pela base Em 1991 esta situação inverte-se, o peso do grupo dos idosos ultrapassa o dos jovens. Nestas duas últimas décadas agravou-se a situação de envelhecimento com o aumento da proporção dos idosos que se distância cada vez mais da dos jovens representando em 2001 o dobro do peso dos jovens. Proporção dos Grandes Grupos de Idades % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Pop. +65 Pop Pop. <

19 A análise dos diversos índices demográficos vêm confirmar o duplo envelhecimento populacional quer no topo quer na base como resultado do forte decréscimo do peso da população jovem e do aumento do peso da população idosa. Considerando os Índices de Resumo e observando a evolução do índice de envelhecimento, que traduz o número de idosos por cada 100 jovens, este indicador tem vindo a acentuar-se ao longo das décadas. No Concelho de Ferreira do Alentejo, em 1991, o número de idosos ultrapassou o de jovens, por cada 100 jovens passou a haver 106 idosos. Esta situação agravou-se com a duplicação deste indicador nos últimos anos passando de 106,4 em 1991 para 194% em 2001, (Q ). A análise da Relação de Dependência que traduz o número de dependentes, jovens e idosos por cada 100 indivíduos em idade activa, revela um crescimento do número de dependentes até 2001, 61%. Interessa decompor este indicador na avaliação da Dependência dos Jovens e dos Idosos face à população em idade activa sendo que em 2001, o peso era sobretudo de idosos, cerca 40% e 20% de jovens, o que significa que por cada 100 activos, existem cerca de 60 dependentes, 40 idosos e 20 jovens dependentes, ao longo dos anos uma inversão do peso destas duas componentes. Em 2006, estes indicadores mantém praticamente os valores de 2001, estimando-se apenas um ligeiro aumento, do índice de envelhecimento, confirmando a quebra do aumento deste indicador, que se traduz também numa atenuação das taxas de dependência total essencialmente à custa duma ligeira diminuição do peso dos idosos, apontando para um ligeiro fortalecimento do peso do grupo dos activos, já anteriormente referido, facto relacionado com os fenómenos migratórios analisados (Q ). Foi contudo, já na década de 90 que a situação do envelhecimento populacional se acentuou, em 1991 a proporção de jovens do Concelho era ainda superior aos valores encontrados para o Baixo Alentejo e mesmo para o Alentejo, para em 2001 embora acompanhando também o comportamento de envelhecimento comum à região quer à sub-região onde se insere, apresentar uma situação mais grave. Os valores estimados para os anos posteriores a 2001, nomeadamente 2006, e para os Índices de envelhecimento e de Dependência de Idosos são valores para o primeiro indicador superior à média da NUT do Alentejo 171,6% e, embora se aproxime dos valores encontrados para o Baixo Alentejo, 178% é ainda superior

20 Relativamente à média nacional estimada, em 2006, representa perto do dobro deste valor 114,2%. Para o Índice de Dependência de Idosos os valores encontrados aproximam-se dos da NUT do Baixo Alentejo e reflectindo uma ligeira melhoria relativa deste indicador. (Q ). A distribuição geográfica destes indicadores por freguesia revela que as freguesias com maior proporção de idosos e superior à média do Concelho são as freguesias de Canhestros, Ferreira do Alentejo. A freguesia que detém maior proporção de jovens é a de Alfundão,14,3% proporção superior à média do Concelho, à média da sub-região e mesmo da média do Alentejo (13,73%)(Qs , e ). Através do índice de envelhecimento destaca-se na proporção de idosos jovens a freguesia que detinha a posição mais grave em 2001 era a de Canhestros 256,7,% seguida de Ferreira do Alentejo, ambas com valores superiores à média do Concelho, 194,2%. Os Indicadores de Dependência confirmam o envelhecimento mais acentuado nestas freguesias, a sul do Concelho, Canhestros detém a situação de dependência mais elevada, com 65 dependentes por cada 100 indivíduos em idade activa dos quais 47 são idosos. A freguesia imediatamente a seguir na posição é Ferreira do Alentejo, com cerca do dobro dos idosos relativamente aos jovens

21

22 3.4.21

23 3.4.22

24 ESTRUTURA ETÁRIA POR GRUPOS QUINQUENAIS E SEXO A evolução da população por grupos quinquenais e sexo permite-nos avaliar também com maior rigor o envelhecimento populacional na base e no topo. Nos anos 60, a pirâmide etária assumia ainda uma forma tradicional com a base mais larga com o progressivo estreitamento em direcção ao topo, para os estratos etários mais idosos significado de uma população ainda jovem, embora se manifestassem alguns sinais de início de envelhecimento, já se verificava a retracção dos grupo etários com menos de 9 anos resultado do início do fenómeno da quebra da natalidade (vd. PDM de Ferreira do Alentejo). A consolidação destes fenómenos associado a fenómenos conjunturais como a guerra colonial nas décadas de 60 e 70, e a urbanização da população nos grandes centros urbanos e a emigração para o estrangeiro deu lugar, em 1981, a início da inversão da pirâmide com o estreitamento da base, o progressivo alargamento do topo, a proporção de idosos duplicou nestes 20 anos, e a retracção da população em idade activa jovem, dos 20 aos 44 anos. (vd. PDM de Ferreira do Alentejo). Em 1991, acentua-se a inversão da pirâmide com a continuação da retracção da base face à década de 1981, resultado sobretudo da forte quebra da natalidade que se verificou nesta década, e que se tem vindo a verificar desde os anos 60, uma acentuada concavidade dos 20 aos 54 anos, sobretudo nos estratos etários em idade activa dos 35 aos 49 anos e sobretudo nos homens, que não atingem os 3%, da população total do Concelho, resultado da saída das duas décadas anteriores dos activos jovens. Verifica-se o alargamento da população dos 55 aos 69 anos que passa a representar a maior proporção relativamente aos restantes estratos etários que traduz em parte o fenómeno de retorno da população em idade de reforma e a população activa menos jovem que permaneceu no Concelho nas décadas anteriores (Q ). Em 2001 embora se detecte sinais de recuperação da população, principalmente em idade activa mais jovem dos 25 aos 34 anos, resultado da forte quebra da emigração verifica-se a continuação da retracção da base da pirâmide nos estratos mais jovens, inferior a 19 anos, e o reforço dos estratos etários acima dos 65 anos até aos 79 anos, contudo há uma ligeira retracção da importância dos grandes idosos com 80 e mais anos. (Q )

25 Grupo Etário > Percentagem de População Residente por Grupos Quinquenais e Sexo HOMENS MULHERES 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 (%) Grupo Etário > Percentagem de População Residente por Grupos Quinquenais e Sexo HOMENS MULHERES 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 (%) Percentagem de População Residente por Grupos Quinquenais e Sexo /2001 Grupo Etário > HOMENS MULHERES HOMENS 1991 MULHERES1991 6,00 4,00 2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 (%)

26 A evolução do Índice de Juventude da População em Idade Activa e do Índice de Renovação da População em Idade Activa manifesta alguma recuperação da população activa jovem nas duas últimas décadas, sobretudo na década de 90 para valores perto da unidade, e, principalmente em 2001, o Índice de renovação da população activa retoma valores mais próximos aos verificados nos anos 60, por cada 100 potenciais activos que saiam do mercado de trabalho são compensados por 110 activos jovens que entram, proporção esta superior à da região do Baixo Alentejo (Qs , e ). Enquanto que a evolução da peso das crianças com menos de 5 anos por cada 1000 mulheres em período fértil continua ainda a registar uma variação negativa, acompanhado por um índice de potencialidade sempre decrescente desde os anos 60, resultado do declínio da natalidade. O índice de Longevidade regista uma variação sempre positiva desde 1960 confirmando o crescente peso da população com mais de 75 anos no grupo dos idosos(q ). A análise da evolução da relação de Masculinidade revela que desde 1960 que existem no Concelho mais mulheres que homens. Essa diferença foi agravada nas década de 90, como se pôde ver na análise das pirâmides etárias, e reflectiu os sucessivos períodos anteriores de guerra colonial e de emigração, que atingiram principalmente o sexo masculino. Incide também sobretudo nos estratos etários mais elevados como resultado da maior esperança de vida feminina. Contudo no censos de 2001 verificou-se um maior equilíbrio entre os sexos (Q ). As estimativas recentes destes indicadores apontam para uma recuperação do índice de renovação da população activa do Concelho até 2003 acompanhando a conjuntura favorável à imigração que se fez sentir a nível nacional, a partir daí regista-se uma regressão acompanhando provavelmente a conjuntura nacional de imigração associada ao emprego (Q.4.31). A análise destes indicadores num enquadramento regional, revela uma posição do Concelho desfavorável, embora ainda aquém da região do Alentejo aproxima-se da região do Baixo Alentejo. Contudo, quer o Índice de Renovação da População em idade Activa, que se estimam valores próximos à média para o Alentejo, mas inferiores à sub-região, quer o Índice de Potencialidade com a recuperação deste indicador mesmo face à região e sub-região, perspectivam uma melhoria relativa na posição do Concelho

27 3.4.5 ASPECTOS SÓCIO ECONÓMICOS DA POPULAÇÃO RESIDENTE Neste ponto será analisada duma forma muito sucinta alguns aspectos sócio económicos da população residente como uma breve caracterização da população activa e dos níveis de escolaridade que serão aprofundados nos capítulos seguintes com uma avaliação de alguns indicadores de conforto, de qualidade de vida e hábitos de consumo a partir do inquérito elaborado CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ACTIVA A População activa empregada representa em 2001, 3403 habitantes, correspondendo a 37,77% da população total do Concelho de Ferreira do Alentejo. De 1960 para 1981 houve uma redução drástica deste indicador resultado do êxodo populacional que atingiu a população em idade activa. Esta proporção aumentou ligeiramente na década de 91 e manteve-se em 2001 como resultado em parte do declínio da emigração e da entrada crescente das mulheres no mercado de trabalho, representando em 2001 cerca de 33%.(Q e ). A decomposição da população activa empregada por sectores de actividade revela um elevado peso do sector terceário com 52,6%, os sectores secundário e primário distribuem-se com pesos semelhantes respectivamente com 23,4%.e 25%. Nos últimos 40 anos passou-se de um Concelho predominantemente rural com quase 80% da população activa empregada no sector primário, para um Concelho em que o sector terciário detém um peso superior a 50%. O sector secundário registou um aumento significativo nos anos 60 a 80, foi a fase de alguma industrialização do Concelho. Destaca-se a inversão do peso do sector I e do sector III acompanhando o fenómeno global da terciarização das sociedades com maior ênfase nos últimos 20 anos O sector secundário registou um ligeiro reforço de emprego relativo a 1991, atingindo novamente os valores de

28 Evolução da População Residente Activa Empregada por Sectores de Actividade 100% 80% 12,8 9,2 30,4 40,3 52,6 60% 40% 20% 78,0 22,5 47,1 19,1 40,6 22,5 25,0 0% Anos Primário % Secund. % Terciário % Fonte: INE, censos 2001 Relativamente à população activa desempregada verificou-se na última década uma diminuição da taxa de desemprego, contrariando o quadro económico nacional, que passou, de 15,6 para 10,38% em 2001 enquanto que a taxa de actividade no sentido lacto, considerando a população activa (empregada e desempregada) revelou um ligeiro crescimento relativamente à década anterior 42,14%(Q ). Esta taxa de actividade encontra-se muito próxima aos valores encontrados para a região do Baixo Alentejo, mas ligeiramente inferior aos valores da região do Alentejo. Contudo o crescimento da taxa de actividade feminina do Concelho ficou aquém da região e mesmo da sub-região. Contudo, a Taxa de Desemprego regista valores inferiores ao Baixo Alentejo. Numa avaliação territorial constata-se que as freguesias onde existe um maior peso do sector I, é a freguesia de Figueira de Cavaleiros com 41% da população da freguesia empregada neste sector.. As freguesia com menor peso do sector I é a de Ferreira do Alentejo. A freguesia onde o sector II predomina ou detém um peso importante, é a de Odivelas. A freguesia de Ferreira do Alentejo apresenta uma maior importância do sector III, (Q ). As taxas quer de actividade quer de emprego mais elevadas e superiores à média do Concelho encontram-se nas freguesias de Figueira de Cavaleiros e Odivelas, enquanto as taxas de desemprego mais elevadas e superiores à média do Concelho se encontram por ordem decrescente na freguesia de Alfundão, Peroguarda. (Q )

29 3.4.28

30 ESCOLARIDADE E QUALIFICAÇÃO ACADÉMICA Cerca de 35% da população não tem qualquer qualificação académica e se se incluir a população com o primeiro ciclo constata- se que cerca de 65% da população ou não sabe ler ou sabe ler e escrever sem qualquer grau de ensino ou tem apenas o primeiro ciclo, que constitui uma percentagem muito elevada. Apenas cerca de 2% da população detém um curso superior e apenas cerca de 1,5% possui um curso médio ou bacharelato o que se vai repercutir na baixa qualificação da mão de obra do Concelho (Q e Q ). População Residente segundo a Qualificação Académica 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Não Sabe Ler Nem Escrever Sabe ler e escrever sem possuir qualquer grau Ensino Básico- 1º Ciclo Ensino Básico- 2º Ciclo Ensino Básico- 3º Ciclo Ensino Secundário Ensino Médio Bacha-relato Licencia-tura Mestrado Doutora-mento Baixo Alentejo Ferreira do Alentejo Fonte: INE, Censos 2001 Em consequência da implementação e alargamento da escolaridade obrigatória e o maior acesso ao ensino a Taxa de Analfabetismo decaiu de 1991 para 2001 de 24,73 para 20,66%, continuando contudo elevada relativa à região e mesmo ao Baixo Alentejo, e se comparada com a média do continente é de mais do dobro. Nesta década deu-se ainda uma forte redução da Taxa de Abandono Escolar que decresceu de cerca de 10% em 2001 para cerca de 3% muito próxima dos valores para o Baixo Alentejo, mas ainda superiores à média da região que se enquadra já nos valores médios do continente

31 População Residente segundo a Qualificação Académica por Freguesia 100% Doutora-mento 80% Mestrado Licencia-tura 60% Bacha-relato Ensino Médio 40% Ensino Secundário 20% Ensino Básico- 3º Ciclo Ensino Básico- 2º Ciclo 0% Baixo Alentejo Ferreira do Alentejo Alfundão Ferreira do Alentejo Figueira dos Cavaleiros Odivelas Peroguarda Canhestros Ensino Básico- 1º Ciclo Sabe ler e escrever sem possuir qualquer grau Não Sabe Ler Nem Escrever Fonte: INE, censos 2001 Numa avaliação geográfica verifica-se que é comum a todas as freguesias a predominância do 1º ciclo, a percentagem de população que não sabe ler nem escrever é também elevada em todas as freguesias. O nível da licenciatura é pouco expressivo mas atinge uma maior proporção na freguesia de Ferreira do Alentejo

32 3.4.31

33 3.4.6 SÍNTESE CONCLUSIVA Como conclusão, assiste-se à continuação do fenómeno de desertificação populacional iniciados nos anos 60 embora a um ritmos inferiores aos observados nos primeiros 20 anos, associado à continuação do processo de envelhecimento, no topo e na base. O declínio populacional observado nas duas últimas décadas deixa de ser devido à emigração para ser resultado essencialmente do acentuar da quebra da natalidade nos anos 90, sobretudo pela inversão do saldo fisiológico que passou a ser nesta década francamente negativo, com a redução da taxa de natalidade e com a elevação da taxa de mortalidade, consequência do elevado número de idosos existente. Reforço da concentração do povoamento na sede do Concelho, com a sua supremacia na hierarquia da rede de lugares do Concelho com o declínio da classe de lugares de nível inferior dos habitantes que deram lugar a classes entre os habitantes. Na década de noventa, o declínio populacional atingiu as freguesias de Odivelas, Canhestros e Peroguarda que correspondiam em 1991 a lugares sedes de freguesia de dimensão abaixo dos 1000 hab., portanto às freguesias de menor quantitativo populacional com densidades populacionais inferiores à média do Concelho <= a 10 habitantes por km2 correspondendo no caso de Peroguarda e de Canhestros às que detém também uma proporção de idosos e índices de dependência acima da média do Concelho com índices de envelhecimento muito elevados, com uma percentagem elevada de pessoas com mais de 65 anos a viver só. É também nestas duas freguesias que se encontram as menores taxas de actividade e os sectores de actividade mais representativos são o sector I em Canhestros e o sector II em Peroguarda. A área que registou um menor êxodo populacional e que detém as densidades mais elevadas é a freguesia sede do Concelho que corresponde à que contribui com uma maior quantitativo populacional e Alfundão e que registaram no último recenseamento maior atracção populacional, medida pela maior proporção de pessoas que vieram viver para o Concelho nos 5 anos anteriores ao último recenseamento

34 A área mais envelhecida encontra-se a sul do Concelho, Canhestros, Ferreira do Alentejo e Peroguarda, enquanto que Alfundão e Odivelas correspondem às freguesias mais jovens mas com identificação de problemas distintos, esta última possui um peso importante do sector II e a taxa de actividade mais elevada mas também acompanhada por um elevado abandono escolar enquanto Alfundão apresenta uma elevada taxa de desemprego. O Concelho de Ferreira do Alentejo acompanhou as alterações conjunturais destas duas últimas décadas com o acentuar de fenómenos como a globalização e a terciarização das sociedades, a alteração da dimensão média da família e o tipo de família, melhoria dos cuidados primários de saúde, aumento da escolaridade média, acesso a infra-estruturas básicas, aumento dos níveis de conforto, etc Enquadrando geograficamente o Concelho de Ferreira do Alentejo, foram identificados constrangimentos comuns à região e sub-região onde se insere, revelando contudo uma maior depressão demográfica, económica e social face à região do Baixo Alentejo e esta face à região do Alentejo em 2001: menores densidades populacionais taxa de mortalidade mais elevada taxa de natalidade mais baixa maior proporção de familias de uma única pessoa com mais de 65 anos menor proporção da população que 5 anos antes a 2001 vivia fora do Concelho índice de dependência total mais elevado índice de dependência de jovens mais baixo índice de dependência de idosos mais elevado ritmo de crescimento anual negativo depois de 2000 mais elevado taxas de actividade mais baixa taxa de analfabetismo mais baixa taxa de abandono escolar mais elevada De destacar ainda algumas tendências marcantes, relativamente ao PDM anterior: Constrangimentos: o o Continuação da desertificação populacional; baixas densidades populacionais inferiores mesmo ao Baixo Alentejo;

35 o os recentes fluxos imigratórios quer de retorno quer de entrada de população estrangeira de fraca expressão ainda não compensam os fluxos de emigração, saldo das migrações internas recentes é ainda negativo; o acentuar da forte quebra da natalidade registada nas duas últimas décadas; o progressivo aumento da mortalidade devido ao elevado número de idosos;. o década de noventa do crescimento natural francamente negativo; o reforço da urbanização da população no lugar sede de Concelho elevando a sua posição na hieraquia da rede de lugares do Concelho. o progressivo envelhecimento populacional e elevados índices de dependência principalmente pelo elevado nº de idosos; o continuação da redução da dimensão média da família com destaque para as famílias com pessoas só com mais de 65 anos; o persistência de um elevado peso do sector primário face mesmo à sub-região do Baixo Alentejo; o continuação da terciarização do Concelho que atinge mais de 50% da população empregada activa, principalmente em detrimento do sector I; o reforço do papel da mulher no mercado de trabalho pelo aumento da taxa de actividade feminina, contudo abaixo dos valores identificados na região; o manutenção da baixa escolaridade da população em geral; registando-se contudo esforços recentes na regressão da Taxa de Abandono escolar e na Taxa de Analfabetismo; que se repercute na fraca qualificação da mão de obra; o manifestação de assimetrias concelhias com identificação de áreas mais deprimidas e outras em que a oferta de trabalho permite taxas de actividade superiores à média concelhia; Factores Favoráveis o atenuação dos ritmos de decréscimo populacional; o declínio acentuado da emigração; o melhoria do reequelibrio entre sexos; o melhoria do Índice de renovação da população activa com a recuperação de peso de população activa jovem; o diminuição da taxa de desemprego; As conclusões observadas são comuns aos Concelhos do interior e conduzem à necessidade de definição de políticas sociais e económicas de nível nacional de combate à desertificação e envelhecimento do interior do país

36 O Plano Director Municipal deverá contemplar algumas medidas urgentes para combater o êxodo populacional, incentivar a fixação dos jovens, aumentar a formação da população em geral, criação de emprego, políticas de habitação atractivas, incentivo à natalidade com medidas de apoio à família devendo por outro lado ter em atenção também a oferta de serviços e equipamentos à população idosa

37 ANEXO: QUADROS SÍNTESE Q Evolução da População Residente FREGUESIAS Alfundão Ferreira do Alentejo Figueira dos Cavaleiros Odivelas Peroguarda Canhestros Total Q Variação da População Residente FREGUESIAS 40-60(%) 60-81(%) (%) (%) 81-01(%) Alfundão 9,8-20,8-13,4-6,3-18,9 Ferreira do Alentejo -3,1-25,0-13,3-7,8-20,0 Figueira dos Cavaleiros 14,0-20,6-28,4-13,7-16,1 Odivelas 12,1-27,8-6,6-17,3-22,8 Peroguarda 7,3-35,6-17,7-17,2-31,9 Canhestros ,0 - Total 3,2-24,5-10,4-10,6-19,9 Q Taxas Crescimento Médias Anuais FREGUESIAS 40-60(%) 60/81(%) 81-91(%) 91-01(%) 81-01(%) Alfundão 0,5-1,1-1,4-0,6-1,0 Ferreira do Alentejo -0,2-1,4-1,4-0,8-1,1 Figueira dos Cavaleiros 0,7-1,1-0,1-1,5-0,9 Odivelas 0,6-1,5-0,7-1,9-1,3 Peroguarda 0,4-2,1-1,9-1,9-1,9 Canhestros ,0 - Total 0,2-1,3-1,1-1,1-1,1 Fonte: INE, Censos e Estatísticas Demográficas 2006 Q Densidades Populacionais FREGUESIAS Km Alfundão 52,1 29,8 23,6 20,4 19,2 17,8 Ferreira do Alentejo 228,5 35,5 26,6 23,1 21,3 19,7 Figueira dos Cavaleiros 152,0 20,3 16,1 11,5 10,0 9,2 Odivelas 108,6 11,4 8,2 7,7 6,4 5,9 Peroguarda 36,7 24,8 16,0 13,1 10,9 10,1 Canhestros 68,1 0,0 0,0 9,7 7,9 7,4 Total 646,1 23,1 17,4 15,6 13,9 12,

38 Q Evolução das Densidades Populacionais 1991/01 Local de residência Densidade populacional (N.º/ km²) Continente 110,84 105,29 Alentejo 24,58 24,76 Baixo Alentejo 15,81 16,74 Ferreira do Alentejo 13,94 15,59 Fonte: INE, Censos 1991 e Q Evolução da Natalidade, Mortalidade e Crescimento Natural Concelho de Ferreira do Alentejo Anos Nados Vivos Óbitos Crescimento Natural Fonte: INE, Estatísticas Demográficas

39 Q Evolução das Taxas de Natalidade e Mortalidade Tx. Natalidade Tx. Mortalidade ,8 9, ,8 10, ,3 11, ,4 14, ,4 16, ,7 16,7 Q Evolução das Taxas de Natalidade e Mortalidade e 2006 Continente, Alentejo, Baixo Alentejo e Ferreira do Alentejo Local de residência Taxa bruta de Taxa bruta de mortalidade ( ) natalidade ( ) Continente 9,6 10,2 9,9 10,8 Alentejo 13 13,6 8,4 8,9 Baixo Alentejo 15,1 15,6 8,1 8,5 Ferreira do Alentejo 16,7 16,6 8,7 7,4 Fonte: INE Censos e INE Estatísticas Demográficas e Indicadores Demográficos Anos Q Evolução da Taxa de Mortalidade infantil Nados Vivos Obitos <1 ano Taxa de Mortalidade Infantil Anos Nados Vivos Obitos <1 ano Taxa de Mortalidade Infantil , , , , , , , , , , , , , , , , , ,02 Fonte: INE, Estatísticas Demográficas, 1989 a

40 Local de Residência Q Evolução das Famílias Clássicas em 1991 e 2001 Proporção de núcleos familiares monoparentais Indivíduos nas famílias clássicas Famílias clássicas Proporção de famílias clássicas unipessoais de pessoas com 65 ou mais anos de idade % N.º N.º N.º % % Continente 11, ,87 7,74 Alentejo 9, ,52 10,66 Baixo Alentejo 10, ,63 11,43 Ferreira do Alentejo 10, ,92 10,43 Alfundão 9, ,41 11,26 Ferreira do Alentejo 10, ,72 8,97 Figueira dos Cavaleiros 10, ,78 9,7 Odivelas 8, ,77 12,13 Peroguarda 11, ,46 20 Canhestros 10, ,01 12,35 Fonte: INE, Censos 1991 e 2001(quadro obtido em Anos Q Evolução do Saldo Migratório População Total População Esperada Saldo Migratório Taxa de Saldo Migratório Fonte: INE, Censos e Estimativas Demográficas Q Ev. da Proporção da População Residente que 5 anos antes vivia fora do Concelho - NUT II e NUTIII e Concelho e 2001 Proporção da população residente que 5 anos antes Local de residência residia fora do município (%) Alentejo 6,90 5,23 Baixo Alentejo 6,54 5,18 Ferreira do Alentejo 5,68 4,33 Alfundão 9,02 4,32 Ferreira do Alentejo 6,21 3,90 Figueira dos Cavaleiros 4,10 4,56 Odivelas 5,20 5,38 Peroguarda 1,75 5,59 Canhestros 2,77 4,85 Fonte: INE, Censos 1991 e 2001 (quadro obtido em

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