E.E.B. Apolônio Ireno Cardoso Disciplina: Geografia Professor: José Carlos Rabello

Transcrição

1 E.E.B. Apolônio Ireno Cardoso Disciplina: Geografia Professor: José Carlos Rabello

2 R i o A r a r a n g u á c o m M o r r o d o s C o n v e n t o s e A r r o i o d o S i l v a a o f u n d o ( F o t o : E n i o F r a s s e t o ) Prof. Carlos

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4 Furacões no planeta

5 O furacão é uma poderosa tempestade que se forma nos oceanos e produz ventos extremamente rápidos causados por uma depressão de forte intensidade. O que é um furacão?

6 Se forma quando nuvens de tempestade no oceano estão sobre águas do mar com temperaturas a partir de 27 C, ocasionando grande evaporação e conseqüentemente aumentando a intensidade e rotação delas. Como se forma?

7 São nuvens abastecidas por muita água do mar que depois, precipitadas sobre o continente na forma de chuvas torrenciais de grande intensidade e num curto intervalo de tempo, podem causar inundações. Denomina-se furacão nas Américas e tufão no sudeste asiático, Oceano Índico e Oceania. Como são suas nuvens?

8 Como se mede a intensidade de um furacão?

9 1 - O que fazer? MEDIDAS DE PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO (Dados da Defesa Civil de Santa Catarina) ANTES: Não deixe qualquer objeto solto ao redor da residência, como: latas de lixo, vassouras, ferramentas, etc; Verifique a consistência do telhado, fortificando-o com parafusos extras, cimento-cola e arames, principalmente nos beirados com telha brasilit; Fortifique todas as janelas e portas com madeiras e pregos extras caso o furacão seja avaliado na escala 2(Saffir-Simpson) em diante (ventos a partir de 153 Km/h); Nas janelas e portas com vidros expostos, trace um X com fita adesiva larga; Verifique se os aparelhos eletro-eletrônicos estão fora das tomadas, assim como o gás de cozinha. Se o botijão de gás for externo, desconecte-o do fogão;

10 Mantenha-se dentro de casa, até receber ordem de evacuação de algum órgão responsável (Bombeiros, Defesa Civil ou Polícia Militar); Fique atento aos noticiários que estão sendo transmitidos no rádio e na televisão; Reúna sua família e passe para todos o número dos telefones de emergência (193 Bombeiros /190-Polícia Militar /199 Defesa Civil); No caso da necessidade de evacuação (F3 >), determine com antecedência uma rota de fuga segura e com, no mínimo, 25 Km do litoral; No caso de evacuação, junte em mochilas seus documentos, telefone celular, produtos de primeiros-socorros, remédios, água e comida não-perecível para 2 dias, roupas impermeáveis, lanterna, pilhas e rádio portátil; Descarte continuar em casa se a Defesa Civil orientou a evacuação, pois é inútil sentir-se seguro ao preservar bens materiais em meio ao caos.

11 Caso você more em um edifício, dirija-se para o primeiro ou segundo andar e se houver, não utilize os elevadores em hipótese alguma; Em casas de dois pisos localizadas a beira-mar ou com risco de inundação, fique de preferência no segundo piso levando seus documentos, radio e lanterna, kit de primeiros socorros e outros utensílios domésticos de importância para o mesmo.

12 DURANTE: Evite ao máximo sair de casa; em casos extremos, evite conduzir veículo em áreas inundadas ou com correnteza; além disso, não atravesse pontes e riachos; Não tente observar a tempestade olhando pra fora por janelas ou frestas, para evitar pânico (o que os olhos não vêem o coração não sente...); Apesar do barulho intenso (telhas batendo e objetos voando) procure manterse calmo(a) e, se possível, com rádio portátil ligado e lanterna a mão; Se perceber o destelhamento de sua casa, ou arrombamento de janelas ou portas pelo vento, leve todos(as) para o banheiro juntamente com as mochilas dos kits diversos relativos a prevenção (conforme o item Antes ). Não saia da sua área de proteção (banheiro) para tentar conter goteiras, água entrando debaixo da porta, etc. Numa ocasião como essa é raro qualquer edificação ficar isenta disto.

13 Saiba que quando o olho do Furacão atinge determinada região, há uma pausa entre 15 a 50 minutos devido a distância que separa os dois lados do vórtice. Não significa, portanto que ele já tenha passado, pois na segunda parte deste vórtice, a tendência é se fortificar. Espere tomar qualquer outra atitude após a tempestade passar.

14 DEPOIS: Ouça no rádio portátil ou Tv (se houver energia) as recomendações dos órgãos responsáveis (Defesa Civil, PM, etc); Priorize auxílio e primeiros socorros as pessoas mais necessitadas próximas a você; Não mova ou mexa nas pessoas seriamente feridas; chame a emergência; Utilize o telefone somente para situações necessárias; Se houve evacuação, só retorne para a sua casa quando as autoridades locais a declararem segura; Entre na sua casa com cuidado, e verifique se não há cobras, aranhas, e outros animais e insetos peçonhentos que podem ter sido trazidos pelas águas; Antes de ligar a energia, gás e água, verifique se não houve danos; caso contrário, comunique o órgão responsável;

15 Se não houve necessidade de evacuação, saia de casa com muito cuidado, pois pode haver árvores, telhas ou objetos prestes a cair, fios eletrizados, animais peçonhentos, etc, ao chão. Não reutilize comidas que tiveram contato com a água da tempestade, também, não utilize esta água para fins domésticos; assim você estará evitando a contaminação e proliferação de doenças; Evite subir no telhado antes de três horas após passado a tempestade, pois a umidade e microorganismos presentes diminuem a aderência causando acidentes;

16 Araranguá Durante Monitoramento do Furacão

17 Monitoramento do Furacão Catarina Observações in loco dos Veículos Blindados da Defesa Civil - SC (27/03/2004) 17:45 - Chegada em Arroio do Silva; 19:50 - Início da chuva, vento sul; 22:48 - Chuva muito forte e vento intenso, provocando destelhamento de algumas edificações; 23:30 - Mar atingiu casas e calçadas situadas na orla; 23:39 h Santa Catarina Rio Grande do Sul Paraná

18 Monitoramento do Furacão Catarina Observações in loco dos Veículos Blindados da Defesa Civil - SC (28/03/2004) 01:15 - Entrada do olho do furacão Catarina, chuvas e ventos cessaram, muitas estrelas, sentiu-se muito calor, moleza no corpo e sensação de bem estar (baixa pressão). Muitas pessoas saíram de suas casas; 02:48 - Início da parte crítica. Ventos norte muito fortes, com rajadas de 180 km/h a 200 km/h; 03:15 - Ventos diminuíram para 150 km/h; 04:30 - Ventos diminuíram para 100 km/h, com rajadas a 120 km/h; 05:30 Ventos de fraco à moderado (até 70 Km/h); 06:30 Vento cessou totalmente.

19 Mapa de abrangência e de Intensidade dos ventos Ventos de até 190 Km/h Ventos de até 165 Km/h Ventos de até 145 Km/h Ventos de até 125 Km/h Ventos de até 115 Km/h Ventos de até 105 Km/h Ventos de até 95 km/h Ventos de até 85 Km/h

20 Após Levantamento dos Danos

21 Edificações (casas, postos de gasolina, galpões, estufas, etc.) Infraestrutura urbana (energia elétrica, telefonia e estradas) Agricultura (arroz, milho e banana) Flora e Fauna (queda de árvores, morte de pássaros, etc.) Danos físicos (feridos e vítimas fatais)

22 Ação dos ventos sobre as edificações (FEMA/USA)

23 Movimentos laterais

25 Tombamento (casas viradas)

27 Tombamento lateral

29 Destelhamento (parcial e total)

30 Tipos de telhados (susceptibilidade)

31 Forma dos telhados (susceptibilidade): varanda frontal

32 Forma dos telhados (susceptibilidade): beirado e varanda

33 Forma dos telhados (susceptibilidade): beirado frontal

34 Forma dos telhados (susceptibilidade): varanda lateral

35 Forma dos telhados (susceptibilidade): beirado lateral

36 Destruição parcial de casas

37 Destruição total de casas

40 Rugosidade urbana

41 Destruição de postos de gasolina

42 Destruição de galpões

43 Destruição de estufas

44 Destruição de silo de arroz

45 Danos Materiais Residências Danificadas ,35 % Residências Totalmente Destruídas 993 0,65 % Edificações Comerciais Danificadas ,48 % Edificações Comerciais Destruídas 472 0,31 % Prédios Públicos Danificados 397 0,26 % Prédios Públicos Destruídos Total de Edificações Afetadas ,05 % Total de Edificações Existente na Área

47 Ação dos ventos sobre a infraestrutura urbana

48 Ação dos ventos sobre a infraestrutura pública

50 Danos na agricultura: arroz

51 Danos na agricultura: milho

52 Danos na agricultura: banana

54 Flora: quebra, queda e ressecamento de árvores

58 Fauna: morte de pássaros - Aves costeiras foram parar nos vales e encostas da Serra Geral; - Grande quantidade de aves mortas e doentes: viroses e alimentação inadequada; - Os entrevistados comentaram que diversos pássaros comuns da região sumiram; - Algumas localidades verificou-se aumento e maior agressividade dos mosquitos; - No interior as vacas mugiram intensamente 1 hora antes do furacão;

60 Danos físicos: feridos e vítimas fatais

61 Danos Humanos Desabrigados Mortos 4 Feridos 518 Desaparecidos 7 TOTAL POPULAÇÃO DA ÁREA AFETADA Fonte: IBGE/DEDC

62 Conclusão: Os órgãos governamentais estavam despreparados quanto a capacidade de medir e mitigar, com eficiência, a potencialidade de um desastre desta magnitude, pois do ponto de vista da intensidade e características deste evento, de fato tivemos mais sorte que juízo, haja visto que o fenômeno ocorreu durante a noite, não causou maremoto na orla e sua força foi relativamente a menor, se analisarmos a escala Saffir-Simpson. Que tenhamos, então, um aprendizado mútuo deste evento e que, socializando os conhecimentos adquiridos com vocês alunos(as), possamos agir de forma devida a uma futura e inevitável situação semelhante. Prof. José Carlos Rabello