João Gomes Cravinho Ministro da Defesa Nacional

Transcrição

1 João Gomes Cravinho Ministro da Defesa Nacional Intervenção do Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, por ocasião da tomada de posse do Vice-Chefe do Estado-Maior da Força Aérea Ministério da Defesa Nacional, Lisboa, 10 de abril de

2 É para mim motivo de enorme satisfação presidir hoje à cerimónia de tomada de posse do novo Vice-Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, aqui no Ministério da Defesa Nacional. Este é, aliás, um momento oportuno para reconhecer publicamente o dinamismo e o elevado sentido de responsabilidade que a Força Aérea tem vindo a demonstrar, em tempos de grandes desafios. A reorganização do dispositivo da Força Aérea adquiriu nos últimos meses uma urgência que deverá continuar a ser extremamente exigente, em particular, se e quando se vier a concretizar a opção de instalação do novo Aeroporto Complementar de Lisboa no Montijo. O esforço que está a ser feito, tanto em relação ao Montijo como para efeitos de libertação de uma parte do saturado espaço aéreo da região de Lisboa, representa a mais importante reorganização do dispositivo da Força Aérea em três décadas, e deve ser considerado mais um contributo da Força Aérea para o desenvolvimento e bem-estar do país. 2

3 No plano humano, prevê-se que cerca de 800 militares, bem como as suas famílias, venham a ser movimentados neste processo, com todas as consequências que daí advirão. Estamos a falar da transferência de 4 esquadras das 10 que compõem o dispositivo da Força Aérea Portuguesa. Seria, sem dúvida, mais cómodo para a Força Aérea que tudo ficasse como está hoje, mas esse imobilismo teria efeitos nocivos que não são compatíveis com o desenvolvimento do país. Foi assim que a Força Aérea assumiu, mais uma vez, que procura sempre fazer parte das soluções e não das dificuldades, e o país reconhece devidamente essa disponibilidade. Em simultâneo com este processo de reorganização do dispositivo, a Força Aérea tem hoje novas e incontornáveis responsabilidades de comando e gestão dos meios aéreos para o DECIR, o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais. Esta decisão, que representa um impacto cumulativo na taxa de esforço da Força Aérea Portuguesa e do próprio EMGFA, repercute-se significativamente na organização da Força Aérea, com novas estruturas e recursos humanos dedicados a esta missão de interesse público nacional. E, nos 3

4 próximos dois a três anos, iremos também lidar com a necessidade de ajustamentos decorrentes do alargamento da frota de meios aéreos do Estado de combate a incêndios, incluindo os processos de aquisição e posicionamento de meios, e os processos de formação de recursos humanos qualificados para os operar. Uma boa e fluente colaboração com as outras entidades participantes deste processo, e nomeadamente o MAI, a ANEPC e a AGIF, serão condições fundamentais para que esta profunda mudança de paradigma dê o resultado que todos desejam: ou seja, soluções rápidas e efetivas que permitam corresponder ao superior interesse público do combate aos incêndios florestais e, ao mesmo tempo, manter bem viva a imagem positiva de que a Força Aérea já desfruta junto dos portugueses. O exigente quadro que acabo de traçar requer um trabalho permanente de explicação e diálogo com a sociedade portuguesa. É importante que os cidadãos conheçam o trabalho de adaptação que está a ser feito às missões das 4

5 Forças Armadas, em particular da Força Aérea, e que conheçam o esforço que isso representa para as instituições. Mais amplamente, é fundamental termos cidadãos informados, cidadãos que conhecem a Instituição Militar, e que entendem a sua função primordial de defesa da soberania, e que compreendem o contributo que ela dá para o nosso progresso social. Ao dar posse ao Vice-Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, aqui no Ministério da Defesa Nacional, quero sublinhar inequivocamente a importância que atribuo ao exercício dos cargos superiores das Forças Armadas. Num contexto de grandes desafios, a liderança que se exige é de grande profissionalismo, dedicação e compromisso valores que são, aliás, marcas características da formação dos nossos militares. Quero aqui assinalar, na presença do Senhor Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Joaquim Borrego, a minha confiança nos caminhos que a Força Aérea Portuguesa tem vindo a trilhar, e que sem dúvida continuará a fazer nestes anos mais próximos. 5

6 Minhas senhoras e meus senhores, Quero, neste momento, dar testemunho público do meu elevado apreço pelo trabalho realizado pelo Senhor Tenente-General Sílvio Sampaio, que transita para a situação de reserva. No momento em que cessa funções como Vice- CEMFA, quero manifestar o meu reconhecimento pela dedicação, competência e profissionalismo com que abraçou todas as funções a que se dedicou ao longo da sua notável carreira militar. O contributo que deu para o prestígio da Força Aérea, das Forças Armadas, da Defesa Nacional e do País é inequívoco. Ao Senhor Tenente-General José Mata, que agora toma posse como Vice- CEMFA, quero sublinhar a confiança que a sua nomeação me mereceu. Estou certo que, nestas novas funções, continuará a dar provas das elevadas qualidades profissionais e humanas que tem demonstrado até aqui. 6

7 O contributo de todos é essencial para a definição das opções que melhor servem Portugal e os portugueses, criando Forças Armadas cada vez mais capazes de dar resposta aos múltiplos desafios que o país enfrenta. Estou certo que a sua atuação, Senhor General, sob a liderança do Senhor Chefe do Estado- Maior da Força Aérea e em conjunto com todos os militares desse ramo, reforçará o traço de rigor e de excelência, que é apanágio das chefias militares nacionais. Pode contar com o meu total apoio na superação dos desafios e na afirmação da Força Aérea com que o país desde sempre contou e com a qual poderá continuar a confiar e a acreditar. Deixo, assim, ao Senhor Vice-CEMFA, os meus votos sinceros de sucesso. Senhores oficiais, Minhas senhoras e meus senhores, As Forças Armadas permanecem um pilar fundamental e estruturante do Estado e da nação portuguesa. A sua função é insubstituível, e de enorme relevância face à incerteza dos nossos tempos. Confiamos plenamente nos homens e mulheres das nossas Forças Armadas para corresponder aos 7

8 complexos desafios do nosso tempo. Numa altura em que somos todos chamados - decisores políticos, chefes militares, militares e sociedade civil - a reforçar os elos fundamentais do contrato de confiança entre as Forças Armadas e o povo português, estou certo que a escolha do senhor Tenente- General José Mata como Vice-Chefe do Estado-Maior da Força Aérea contribuirá plenamente para esse desígnio. Contamos com todos neste processo e renovo os meus votos de agradecimento ao General Sílvio Sampaio e votos de sucesso ao novo Vice-Chefe do Estado- Maior da Força Aérea. Muito obrigado. 8