2 - Proponente: Ministério Público: 3ª. (terceira) Promotoria de Justiça de Valença -BA
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- Júlio César de Mendonça do Amaral
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1 1 - Projeto: Conhecendo e Protegendo os nossos Manguezais 2 - Proponente: Ministério Público: 3ª. (terceira) Promotoria de Justiça de Valença -BA 3 - Órgão Executor: Nome: IDEIA Instituto de Defesa, Estudo e Integração Ambiental CNPJ: / Endereço: Rua Barão do Triunfo, 58 Centro Valença - BA Coordenação da Área Temática Educação e Comunicação Ambiental: Carlos Eduardo Alves da Rocha Passos. 4 Parcerias: CODEMA Prefeitura Municipal de Valença/Secretaria de Educação UNEB Campus - Valença 5 Público Alvo: Professores da rede municipal- ensino fundamental. 6 - Justificativa: Os manguezais são considerados ecossistemas-chave devido a sua riqueza em recursos naturais e aos serviços ambientais que oferecem. São ecossistemas de características únicas, de transição, não completamente terrestres ou aquáticos, mas ambos, uma vez que são influenciados pela dinâmica complexa das marés. O Brasil possui extensas áreas de manguezais ao longo de sua região costeira,
2 cobrindo de forma estimada entre 10,000 a 25,000 km2. A maior parte foi classificada como de importância mundial, e de alta prioridade para a conservação da biodiversidade na América Latina e região do Caribe. Os manguezais no Brasil são igualmente importantes para o sustento de populações locais, que dependem da abundância dos recursos ecossistêmicos para sua subsistência. Em conjunto, os manguezais ocupam áreas predominantemente de livre acesso, e são utilizados por diversos atores sociais. (1) Apresenta elevados teores de sais, sódio e compostos de enxofre. As áreas de mangue são mal drenadas. Formam-se em regiões alagadas onde a matéria orgânica provém da decomposição das espécies que compõem a vegetação típica de mangue. A formação de manguezais depende de características edafohidrológicas, aportes sedimentares, temperatura ambiente, salinidade, marés, aporte de água doce e energia do mar promovida por ondas e marés (Abrahão 1998). A temperatura é considerada como um dos fatores principais para o desenvolvimento dos manguezais. Estes não se desenvolvem satisfatoriamente em regiões onde a temperatura média anual seja menor que 19 ºC e normalmente, não toleram flutuações de temperatura que excedam a 10 ºC. São responsáveis pela manutenção da linha de costa, retenção de sedimentos e nutrientes, pela renovação dos estoques pesqueiros, bem como servem com áreas de abrigo, e nidificação de aves. Os bosques de mangue, além do valor para as populações locais como fonte de alimentação e sustento econômico, constituem patrimônio paisagístico e bioecológico considerável. O monitoramento do ambiente e do estoque dos recursos biológicos em manguezais deve ser realizado de forma constante e sistemática, a fim de conciliar a exploração econômica e a conservação ambiental (Almeida 1996). Existem poucas espécies vegetais que conseguem se adaptar ao ambiente característico de ocorrência da flora do Manguezal, ao contrário da fauna, que é extremamente diversificada. Existem no mundo 39 espécies vegetais de mangue, distribuídos em apenas 13 gêneros. Na Região do Baixo Sul encontram-se três espécies arbóreas, quais sejam: a Avicenia shaueriana (siriúba, mangue preto), Laguncularia racemosa (mangue branco) e Rhizophora mangle (mangue vermelho) (Foto 6). Associados a essas espécies, Bostrychietum, juntamente com os prados
3 de Halodule e algas filamentosas como Polyssiphonia sp., desenvolvem-se nos canais estuarinos. A maior parte da fauna do manguezal é proveniente do ambiente marinho, sendo encontrado dentre outros, grandes quantidades de moluscos (berbigão Anomalocardia brasiliana, ostra Cassostrea rhizophorae, mexilhão Mytella falcata, entre outros), crustáceos (camarões Penaeus brasiliensis, siris Callinectes Sapidus, caranguejo Goniopsis cruenata, entre outros) e aves marinhas (garças, mergulhões, gaivotas). Do ambiente terrestre provém répteis (cágados e jacarés), anfíbios (sapos e rãs), mamíferos (morcegos, ratos, macacos, guaxinins, capivaras e lontras) e insetos (mosquitos, mutucas e abelhas). Os peixes podem passar sua vida nos manguezais, alguma fase de sua vida ou ainda períodos do dia ou do ano. Para as aves, os répteis e para os mamíferos, este ecossistema serve de refúgio natural, reprodução, desenvolvimento (berçário) e também para alimentação. Muitos peixes de importância comercial (curimãs, robalo Centropomus undecimalis, tainha Mugil brasiliensis, sardinha, bagre Arius spixi, carapeba Diapterus rhombeus, anchovas, linguado, entre outros) utilizam de alguma forma esta região durante sua vida. Embora se tenha um grande acervo de espécies animais e vegetais catalogadas na Região do Baixo Sul da Bahia, nos seus mais diversos ecossistemas, considera-se que ainda existe pouco conhecimento acerca da distribuição de algumas espécies animais e vegetais nessa região. Poucas localidades foram inventariadas de forma satisfatória, havendo consideráveis lacunas no conhecimento taxonômico ebiogeográfico da maioria dos gêneros e espécies da região, de forma que novas espécies e novas localidades de ocorrências são identificadas a cada novo estudo.(2) Diante de sua importância ecossistêmica e de sua biodiversidade, os manguezais possuem proteção legal conferida pelo SNUC, e pelo Código Florestal, amparado pela Constituição Federal, atribuindo a eles a condição de Áreas de Preservação Permanente (APP). Entretanto, os manguezais no Brasil têm sofrido impactos significativos devido ao desenvolvimento da região costeira e crescimento das atividades econômicas. Aproximadamente 60% da população do Brasil vivem em áreas costeiras ao lado
4 de algumas das mais extensivas atividades econômicas do país. A carcinicultura desordenada e ilegal, a expansão de áreas urbanas, turismo, pesca predatória, exploração de petróleo, e corte de madeira de árvores de mangue têm resultado na crescente depleção de habitats dos manguezais e na poluição de águas costeiras, afetando espécies dependentes desse ecossistema. Os desequilíbrios ecológicos causados por essas atividades têm afetado também espécies de fauna ameaçadas que transitam pelos manguezais. No aspecto sócio-ambiental, a depleção de manguezais e ecossistemas associados vem comprometendo os meios de vida das populações tradicionais que dependem desses recursos ambientais para sua subsistência. (1) Da exposição acima se observa que as causas de depleção dos manguezais e ecossistemas associados são variadas e complexas. As quais precisam serem avaliadas para identificação de estratégias para a sua proteção. Nesta proposta de trabalho pretende-se aproximar atores sociais da localidade, com as pessoas que têm intervenção direta com este ecossistema, numa abordagem ao comportamento sócio-ambiental. Com efeito, não raro, ouvem-se dizeres das pessoas que o mangue é sujo, que ele tem mal cheiro em uma clara manifestação do desconhecimento de sua importância. Atento a isto, acredita-se que a sensibilização para conhecimento de seu significado ambiental seja uma ação inicial para a sua proteção no cenário local. Dentre os atores sociais, que têm influência direta com as pessoas deste ecossistema, aponta-se o professor, como agentes de multiplicação de um conhecimento capaz de afetar comportamentos. Ora, através da Educação Ambiental, pode-se promover o entendimento das relações das pessoas o com o seu espaço, enfatizando como ela afeta e é afetada pelo ecossistema que o cerca. A aprendizagem será mais significativa se a atividade desenvolvida estiver adaptada concretamente às situações da vida real de cada comunidade. Entende-se, assim, como especial a ação do Educador como um dos principais agentes formadores da geração futura. O que vem integrar um complexo de ações
5 necessárias à salvaguarda dos recursos ambientais da região, em destaque, os mangues, objeto deste projeto. Portanto, tem-se na pessoa do educador o início de uma caminhada para atingir a comunidade, que envolvida a um conhecimento aplicado, poderá despertar para a importância do mangue, bem como também tornar-se responsável pela salvaguarda do ecossistema em apreço e de sua biodiversidade, revendo seus hábitos e costumes. 7- Objetivos 7.1. Objetivo Geral: Sensibilizar os educadores como agentes multiplicadores do conhecimento para a necessidade de trabalhar com a Educação Ambiental, com vistas modificar atitudes de seus alunos e consequentemente da comunidade para o respeito e proteção dos manguezais Objetivos Específicos: Possibilitar os educadores à oportunidade de: Reconhecer-se como parte do meio ambiente; Estimular o desejo de participar do cuidado para com o meio ambiente; Perceber-se como agente de importância especial para despertar a comunidade sobre a questão ambiental. Fornecer aos educadores ferramentas específicas para trabalhar com a educação ambiental para a salvaguarda dos manguezais. 8 - Metodologia I - Oficinas de Sensibilização e/ou Oficinas de Capacitação Cada oficina teve a duração de 08 horas, das 08:00 às 12:00 h e das 14:00 às 18:00 h, com 02 módulos de 04 horas cada um, totalizando 16 horas/aula. II Os Recursos Pedagógicos: vídeos/filmes; Cartilhas explicativas, aulas expositivas e atividades lúdicas, assim idealizados:
6 Para cada aluno da rede pública: Cartilha Toinzinho e o Manguezal ; Para cada escola: um CD, contendo inúmeros textos informativos, como base bibliográfica e uma apresentação em Power-Point para multiplicação do conhecimento em sala de aula; apoio pedagógico aos professores para facilitá-los na divulgação do conhecimento junto aos seus alunos. 9 - Resultados Esperados: 9.1. Resultado Geral Ter disponibilizado e democratizado informações suficientes par a sensibilização dos educadores, com vistas a modificar atitudes de seus alunos para o respeito e proteção dos manguezais Resultados Específicos Ter despertado nos educadores: I. sua valorização como sujeito de multiplicação e de conhecimentos para sua melhor participação individual, social e coletiva, visando a salvaguarda do mangue e de sua biodiversidade; II. suas habilidades para melhor desempenho de suas atuação ambiental e educativa; III. suas competências para transformá-lo num agente multiplicador e de intervenção positiva nos hábitos ambientais diretamente em seus alunos atingindo a comunidade que intervém diretamente no mangue.
7 Bibliografia: (1) Fundo para o Meio Ambiente Mundial /Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento /Governo do Brasil /Seção 1 : Documento do Projeto/ Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade de Manguezais em Áreas Protegidas no Brasil /BRA/05/G41/1G/A/01/PIMS 3280, pg. 04/05. (2) Projeto Cidadania Ambiental, elaborado pelos técnicos do IDEIA, com respaldo bibliográfico colacionado na versão escrita e original do projeto. Isabel Cristina Ligeiro Coordenadora Técnica Rua Barão do Triunfo, 58 Valença BA Tel: (75) isabel@ideiaweb.org
Nome: IDEIA Instituto de Defesa, Estudo e Integração Ambiental CNPJ: 05.206.333/0001-95 Endereço: Rua Barão do Triunfo, 58 Centro Valença - BA
1 - Projeto: O Meio Ambiente do Trabalho dos GARIS1. 2 - Proponente: Razão Social: Fazenda Viva Serviços Ltda CNPJ: 04.765.030/0001-40 Endereço: Rua Marechal Deodoro, 376 Centro Valença - BA Representante
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