7. INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS DADOS

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1 7. INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS DADOS Os materiais geológicos analisados quimicamente neste trabalho são sedimentos. Para auxiliar a interpretação dos resultados foi realizada uma comparação com os valores médios do País em sedimentos de corrente, obtidos no trabalho executado por Ferreira (2000). Apenas se utilizaram os valores obtidos por este autor para a Zona Centro Ibérica (ZCI), para as rochas graníticas (RG) e para as rochas metassedimentares (RM), uma vez que as áreas seleccionadas se localizam na ZCI e os sedimentos amostrados são provenientes de áreas com estas litologias. No trabalho de Ferreira (2000) foram apresentados resultados relativos a 653 amostras de sedimentos de corrente que cobriram toda a área de Portugal Continental. Os teores das amostras foram determinados na fracção < 180 µm de sedimentos de corrente. Cada amostra foi classificada quanto ao tipo litológico dominante existente na respectiva sub-bacia, bem como quanto à sua localização em termos de zonas geo-estruturais. É de realçar que algumas das diferenças observadas nesta comparação poderão ser devidas aos diferentes contextos em que se efectuaram as amostragens. No trabalho de Ferreira (2000), a amostragem foi efectuada em sedimentos de correntes actuais, enquanto que neste trabalho, a amostragem foi efectuada em sedimentos que sofreram uma evolução em meio sedimentar, durante um período variável até cerca de anos. Estes sedimentos sofreram a intervenção de factores naturais e/ou de factores antrópicos. A análise comparativa foi efectuada, sempre que possível, entre os resultados obtidos e os resultados apresentados por Ferreira (2000) dos elementos principais (Quadro 7.1.) e dos elementos vestigiais (Quadro 7.2.) estudados. Foram ainda comparados com os trabalhos de índole mais regional (Dias, 1987; Pereira, 1989, 1992; Alves, 1995). 133

2 Quadro 7.1. Comparação dos valores de elementos principais (mg/kg) obtidos nas amostras estudadas com os valores do País em sedimentos de corrente: ZCI = Zona Centro Ibérica, RG = Rochas Graníticas, RM = Rochas Metassedimentares (adaptado de Ferreira, 2000). Elemento Áreas/Rochas Mínimo Média Máximo ZCI RG Alumínio RM (mg/kg) Bertiandos Donim Bitarados ZCI RG Cálcio RM (mg/kg) Bertiandos Donim Bitarados ZCI RG Ferro RM (mg/kg) Bertiandos Donim Bitarados ZCI RG Fósforo RM (mg/kg) Bertiandos Donim Bitarados ZCI n.d. n.d. n.d. RG n.d. n.d. n.d. Sílicio RM n.d. n.d. n.d. (mg/kg) Bertiandos Donim Bitarados

3 Alumínio (Al) Os valores de alumínio obtidos nos sedimentos das áreas amostradas são superiores aos valores obtidos em sedimentos de corrente na Zona Centro Ibérica (ZCI), nas rochas graníticas (RG) e nas rochas metassedimentares (RM) (Ferreira, 2000). Verifica-se que os valores máximos obtidos para as amostras estudadas são muito superiores aos valores máximos obtidos por Ferreira (2000) em qualquer dos grupos considerados (Quadro 7.1.). Observa-se também que nas amostras de Bertiandos e de Donim os valores mínimos obtidos ultrapassam os valores máximos de Ferreira (2000). Os estudos efectuados por Ferreira (2000) revelaram que no Maciço Hespérico destacase um padrão de valores elevados no Minho (NW de Portugal), onde dominam granitóides genericamente de características aluminosas. Cálcio (Ca) Os valores médios de cálcio obtidos nos sedimentos das áreas de Bertiandos e Donim são superiores aos valores médios obtidos em sedimentos de corrente na ZCI, nas RG e nas RM (Ferreira, 2000), enquanto que os sedimentos da área de Bitarados apresentam valores médios inferiores (Quadro 7.1.). No entanto, embora os valores obtidos nos sedimentos das áreas estudadas se enquadrem entre os valores mínimo e máximo apresentados no trabalho de Ferreira (2000), verifica-se que os valores mínimos obtidos ultrapassam muito os mínimos de Ferreira (2000) e os máximos obtidos não atingem os valores máximos encontrados por este autor (Quadro 7.1.). Ferro (Fe) Os valores médios de ferro obtidos nos sedimentos das áreas amostradas são idênticos aos valores médios obtidos em sedimentos de corrente na ZCI (Ferreira, 2000), excepto na área de Bitarados que são inferiores (Quadro 7.1.). No entanto, os valores mínimos obtidos nos sedimentos de Bertiandos e de Donim são muito superiores aos valores mínimos obtidos por Ferreira (2000). O valor mínimo obtido em Bitarados é próximo dos mínimos relativos à ZCI e às RG daquele autor (op. cit.). Verifica-se ainda que as amostras das três áreas estudadas apresentam valores inferiores aos máximos obtidos por Ferreira (2000). 135

4 Fósforo (P) Os valores mínimos e os valores médios de fósforo (quadro 7.1.) obtidos nos sedimentos das áreas amostradas são superiores aos correspondentes obtidos em sedimentos de corrente na ZCI, nas RG e nas RM (Ferreira, 2000). Nas amostras de Bertiandos o valor máximo obtido é próximo do da ZCI e do das RG, e superior ao valor das RM (op. cit.). Os valores máximos obtidos nas amostras de Donim e Bitarados ultrapassam os valores máximos apresentados por aquele autor (op. cit.). Segundo Ferreira (2000), os sedimentos fluviais de Portugal que exibem valores mais elevados em fósforo aparecem predominantemente na Zona Centro Ibérica, estando associados a rochas graníticas (média = 800 mg/kg). Devido à grande concentração de fósforo na biosfera, à acumulação nos esgotos de origem orgânica, bem como à sua forte utilização na agricultura, é possível que a grande parte dos valores elevados de fósforo que surgem um pouco por todo o país tenham uma justificação antropogénica. Silício (Si) Os valores médios de silício obtidos nos sedimentos das áreas amostradas (Quadro 7.1.) apresentam uma ordem de grandeza idêntica aos valores médios característicos da crusta continental (28,80 %) (Quadro 4.26., item ). O silício não foi determinado no estudo efectuado por Ferreira (2000). 136

5 Quadro 7.2. Comparação dos valores de elementos vestigiais (mg/kg) obtidos nas amostras estudadas com os valores do País em sedimentos de corrente: ZCI = Zona Centro Ibérica, RG = Rochas Graníticas, RM = Rochas Metassedimentares (adaptado de Ferreira, 2000). Elemento Áreas/Rochas Mínimo Média Máximo ZCI RG < Arsénio RM < (mg/kg) Bertiandos Donim ZCI < RG < Antimónio RM < (mg/kg) Bertiandos < 0,67 < 0,67 0,85 Donim < 0,67 < 0,67 < 0,67 ZCI < 0,2 0,3 5,3 RG < 0,2 < 0,2 1,4 Cádmio RM < 0,2 0,3 5,3 (mg/kg) Bertiandos < 3,0 < 3,0 < 3,0 Donim < 3,0 < 3,0 < 3,0 ZCI RG Chumbo RM (mg/kg) Bertiandos Donim ZCI RG Cobalto RM (mg/kg) Bertiandos Donim ZCI RG Cobre RM (mg/kg) Bertiandos Donim < Bitarados < ZCI RG Crómio RM (mg/kg) Bertiandos Donim ZCI RG Níquel RM (mg/kg) Bertiandos Donim < ZCI n.d. n.d. n.d. RG n.d. n.d. n.d. Estanho RM n.d. n.d. n.d. (mg/kg) Bertiandos < 33 < 33 < 33 Donim < 33 < 33 < 33 ZCI RG Zinco RM (mg/kg) Bertiandos Donim Bitarados

6 Arsénio (As) O valor médio obtido para o arsénio em sedimentos de corrente na ZCI é de 30 mg/kg, sendo idêntico à média dos valores encontrados nos sedimentos analisados nas áreas em estudo (Quadro 7.2.). Os valores obtidos nos sedimentos das áreas estudadas enquadram-se entre os valores mínimo e máximo obtidos para sedimentos de corrente na ZCI, nas RG e nas RM, mas são muito inferiores aos valores máximos apresentados no trabalho de Ferreira (2000). Os estudos efectuados por Ferreira (2000) mostraram que os valores mais elevados de arsénio no Maciço Hespérico estão, de forma persistente, espacialmente relacionados com antigas actividades mineiras e/ou ocorrências minerais. Antimónio (Al) O valor médio obtido para o antimónio em sedimentos de corrente na ZCI, nas RG e nas RM é de 2 mg/kg, sendo superior aos valores máximos encontrados nos sedimentos analisados nas áreas em estudo (Quadro 7.2.). Segundo o estudo efectuado por Ferreira (2000), verifica-se que na parte norte de Portugal, mais especificamente na Zona Centro Ibérica, existe um grande número de amostras com teores acima deste valor. Cádmio (Cd) O LQ (3 mg/kg) obtido para o cádmio, por ICP, apresenta uma ordem de grandeza superior aos valores médios característicos das rochas da crusta (0,04-0,25 mg/kg) (Quadro 4. 8., item ). Segundo o estudo efectuado por Ferreira (2000), o valor médio obtido para o cádmio em sedimentos de corrente na ZCI e nas RM é de 0,3 mg/kg (Quadro 7.2.). Observando-se a existência de amostras com valores elevados distribuídas de forma aleatória por todo o país, as quais coincidem espacialmente com ocorrências minerais e/ou antigas explorações mineiras de elementos como o zinco, o chumbo, o ouro, a prata, o antimónio, o tungsténio, o estanho e o titânio. Assim sendo, não é de estranhar que as amostras em estudo apresentem valores inferiores ao LQ. Este aspecto impossibilita a caracterização das áreas em estudo em relação à concentração de cádmio. 138

7 Chumbo (Pb) O valor médio obtido para o chumbo em sedimentos de corrente na ZCI é de 30 mg/kg e de 36 mg/kg em sedimentos de RM, sendo os valores médios nos sedimentos analisados muito superiores a estes últimos (Quadro 7.2.). Os valores obtidos nos sedimentos das áreas estudadas enquadram-se entre os valores mínimo e máximo obtidos para sedimentos de corrente na ZCI, nas RG e nas RM apresentados no trabalho de Ferreira (2000). No entanto, as amostras estudadas apresentam valores máximos muito inferiores aos da ZCI e RM de Ferreira (2000), não atingindo o máximo obtido em RG (op. cit.). No estudo de Ferreira (2000) verifica-se que os valores médios mais elevados nos sedimentos fluviais se observam na Zona Sul Portuguesa (média = 40 mg/kg). Os restantes valores elevados que se encontram poderão estar associados a aspectos geogénios, relacionados com a existência de ocorrências minerais e/ou escombreiras de explorações mineiras e a aspectos antropogénicos, predominantes nas zonas densamente povoadas e industrializadas, com grande tráfego automóvel. Cobalto (Co) O valor médio obtido para o cobalto em sedimentos de corrente na ZCI é de 9 mg/kg, sendo idêntico à média dos valores encontrados nos sedimentos analisados nas áreas em estudo (Quadro 7.2.). Os valores obtidos nos sedimentos das áreas estudadas enquadram-se entre os valores mínimo e máximo obtidos para sedimentos de corrente na ZCI, nas RG e nas RM, mas são muito inferiores aos valores máximos apresentados no trabalho de Ferreira (2000). Segundo Ferreira (2000), verifica-se que os valores de cobalto nos sedimentos fluviais de Portugal Continental apresentam um controlo eminentemente geogénico. Observando-se que as amostras colhidas sobre rochas metassedimentares exibem valores elevados, ao contrário das amostras colhidas nas áreas dominadas por rochas graníticas. Cobre (Cu) O valor médio obtido para o cobre em sedimentos de corrente na ZCI é de 32 mg/kg, sendo muito superior à média dos valores encontrados nos sedimentos analisados nas áreas em estudo (Quadro 7.2.). Os valores máximos obtidos nos sedimentos das áreas estudadas são 139

8 muito inferiores aos valores máximos obtidos para sedimentos de corrente na ZCI, nas RG e nas RM apresentados no trabalho de Ferreira (2000). Nos estudos efectuados por Ferreira (2000) verifica-se que as amostras colhidas sobre as rochas metassedimentares apresentam valores médios elevados (média=36 mg/kg). Os valores mais elevados de cobre estão espacialmente relacionados com ocorrências minerais e/ou escombreiras de antigas explorações minerais de Cu, Pb, W-Sn, Sn-Ti. Existem certas zonas em que os valores elevados poderão ter uma explicação antropogénica, causada pela intensa actividade agrícola ou pela existência de diversos tipos de indústria. Crómio (Cr) O valor médio obtido para o crómio em sedimentos de corrente na ZCI é de 25 mg/kg, sendo idêntico à média dos valores encontrados nos sedimentos analisados nas áreas em estudo (Quadro 7.2.). Os valores obtidos nos sedimentos das áreas estudadas são superiores aos valores mínimos obtidos para sedimentos de corrente na ZCI, nas RG e nas RM, mas são muito inferiores aos correspondentes valores máximos (Ferreira, 2000). Segundo Ferreira (2000) observa-se que os sedimentos fluviais originados a partir de rochas metassedimentares apresentam valores médios elevados em crómio. Verifica-se, também, que existem amostras com valores elevados distribuídas de forma aleatória em algumas zonas do país (a Sul de Braga, junto ao Porto e a Sul deste, entre outras), os quais podem ser devidos em parte a acções antropogénicas, de origem industrial, embora possam nalguns casos ter uma contribuição relacionada com antigas explorações mineiras. Níquel (Ni) O valor médio obtido para o níquel em sedimentos de corrente na ZCI é de 21 mg/kg, sendo superior à média dos valores encontrados nos sedimentos analisados nas áreas em estudo (Quadro 7.2.). Os valores obtidos nos sedimentos das áreas estudadas enquadram-se entre os valores mínimo e máximo obtidos para sedimentos de corrente na ZCI, nas RG e nas RM, mas são muito inferiores aos valores máximos apresentados no trabalho de Ferreira (2000). Os valores de níquel nos sedimentos fluviais de Portugal Continental, segundo Ferreira (2000), apresentam um controlo eminentemente geogénico e têm uma imagem idêntica à do 140

9 cobalto. As amostras colhidas sobre rochas graníticas apresentam valores baixos, ao contrário das amostras colhidas nas áreas dominadas por rochas metassedimentares. Estanho (Sn) O LQ (33 mg/kg) obtido para o estanho por ICP é excessivamente elevado. Deveria ser mais baixo, para possibilitar a determinação de eventuais valores acima dos valores típicos das rochas da crusta (0,3 5,0 mg/kg) (Reimann & Caritat, 1998). Não foi possível analisar o estanho por GFAAS. Este aspecto impossibilitou a caracterização das áreas em estudo em relação à concentração deste elememto. O estanho não foi determinado no estudo efectuado por Ferreira (2000). Zinco (Zn) O valor médio obtido para o zinco em sedimentos de corrente na ZCI é de 111 mg/kg (Quadro 7.2.). Os valores obtidos nos sedimentos das áreas estudadas enquadram-se entre os valores mínimo e máximo obtidos para sedimentos de corrente na ZCI, nas RG e nas RM, mas são muito superiores aos valores mínimos e muito inferiores aos valores máximos apresentados por Ferreira (2000). Segundo o estudo efectuado por Ferreira (2000), os sedimentos fluviais de Portugal exibem valores elevados em zinco na Zona Centro Ibérica. Estes valores poderão estar associados quer a aspectos geogénicos, que se relacionam com a existência de ocorrências minerais e/ou escombreiras de antigas explorações mineiras, quer a aspectos antropogénicos, que dominam nas zonas densamente povoadas e industrializadas, com grande tráfego automóvel. 141

10 Em seguida, foi efectuada a análise da distribuição dos elementos químicos por área: Bertiandos (Figuras 7.1. e 7.2.), Donim (Figuras 7.3. e 7.4.) e Bitarados (Figuras 7.5. e 7.6.). Na área de Bertiandos foi efectuada a comparação dos valores obtidos, para os diferentes elementos, nas amostras recolhidas ao longo da sondagem RPM.3. A sua interpretação baseou-se na análise dos valores obtidos ao longo da sondagem (Figuras 7.1. e 7.2.). Os valores de PR mostram tendência para aumentar desde a profundidade de 11,60 m até aproximadamente 5 m, onde atingem quase 17 %, ou seja, o triplo do valor da base (Fig. 7.1.). Nos 5 m superiores os valores diminuem, de um modo geral, gradualmente para 5 % (amostra 5), aumentando para o dobro nas amostras a partir dos 0,50 m superficiais. A maioria das amostras apresenta valores de SiO 2 entre 44 % e 65 % (Fig. 7.1.). Deste intervalo destacam-se as amostras 92 e 96, possuidoras de valores mais elevados de SiO 2 (76,44 % e 77,98 %, respectivamente). Este enriquecimento em sílica deve-se às suas características minerais. Nesta sondagem, as referidas amostras são mais arenosas e quartzosas que as restantes (M.I. Caetano Alves, informação oral). Verifica-se que as amostras com menos sílica (41 % a 48 %) se distribuem na sondagem entre a profundidade de 3,20 m e 7,40 m. Nos metros superiores, a sílica aumenta desde cerca de 55 % atingindo em algumas amostras aproximadamente 64 %. Os valores de Al 2 O 3 variam entre 12 % e 23 %, aumentando, de um modo geral, da base para a superfície da sondagem (Fig. 7.1.). A amostra 100 (recolhida entre 11,50-11,60 m) apresenta o menor valor de Al 2 O 3 (12,02 %) e a amostra 47 (recolhida entre 4,90-5,00 m) o valor mais elevado de Al 2 O 3 (22,91 %) obtido neste grupo de amostras. Os sedimentos apresentam valores desde 0,13 % de CaO (amostra 96) a 0,59 % de CaO (amostra 7). A distribuição dos valores de CaO segue, de um modo geral, o comportamento dos valores de Al 2 O 3 ao longo da sondagem, diminuindo com a profundidade (Fig. 7.1.). Detectam-se, no entanto, algumas diferenças. As amostras 7 e 9 possuem os valores mais elevados de CaO, mas relativamente ao Al 2 O 3 as mesmas correspondem a uma diminuição na curva de distribuição. Os valores de CaO formam três conjuntos. O primeiro corresponde às amostras de 1 a 26 (recolhidas até à profundidade de 2,70 m), mais ricas em CaO, com valores entre 0,40% e 0,60 %. As quais correspondem também às amostras mais ricas em SiO 2. O segundo corresponde ao conjunto de amostras entre a 26 e a 64 (recolhida entre 6,80-6,90 m), as quais apresentam valores muito idênticos de CaO, variando entre 0,37 % e 0,45 %. Deste conjunto, a amostra 47 (recolhida entre 4,90-5,00 m) apresenta 0,45 % de CaO, a qual corresponde ao valor mais elevado obtido em Al 2 O 3 e também pertence ao conjunto de 142

11 amostras com elevada PR. Nas restantes amostras, mais profundas, os valores em CaO são inferiores e diminuem com o aumento da profundidade até valores inferiores a 0,20 %. As amostras apresentam valores de Fe 2 O 3 que variam entre 3 % e 4 % (Fig. 7.1.). A sua distribuição ao longo da sondagem apresenta um comportamento particular. Um dos valores de Fe 2 O 3 mais baixos pertence à amostra 100 (2,84 %) e o valor mais elevado à amostra 96 (4,28 %). O conteúdo de Fe 2 O 3 diminui desde a amostra 96 até à amostra 51 (2,83 %). Na amostra 47 aumenta para 3,84 % e a partir da amostra 40 tende a diminuir, com a aproximação da superfície, até à amostra 5 (3,03 %). Nas duas restantes amostras mais superficiais, o Fe 2 O 3 aumenta novamente, para cerca de 4,0 %. Os valores de P 2 O 5 variam de forma significativa ao longo da sondagem (Fig. 7.1.). Verifica-se que nas amostras recolhidas na base, abaixo de 9,50 m, os valores de P 2 O 5 são os mais baixos (inferiores a 0,20 %) detectados. A partir de 9,50 m, estes valores sofrem um aumento para 0,54 % de P 2 O 5 (amostra 64), o valor mais elevado obtido nas amostras de Bertiandos, tendendo a diminuir para 0,18 % de P 2 O 5 na amostra 5, a 0,50 m de profundidade. Nos 0,50 m mais superficiais, os valores de P 2 O 5 tendem a aumentar. No intervalo entre 4,90-7,40 m, os valores de P 2 O 5 são os mais elevados, entre 0,34 % e 0,54 %. Em Bertiandos os valores de Zn variam entre 166 mg/kg e 91 mg/kg (Fig. 7.1.). A amostra 100 (recolhida entre 11,50-11,60 m) apresenta 158 mg/kg de Zn, valor que diminui para 91 mg/kg entre 10,70-10,80 m (amostra 92). Segue-se um aumento até 5,70 m de profundidade, onde atinge o valor mais elevado, 166 mg/kg (amostra 55). Estes valores diminuem gradualmente até 0,50 m de profundidade (98 mg/kg, na amostra 5), aumentando para a superfície (111 mg/kg, na amostra 1). Os valores de Cu variam de 4,9 mg/kg até 21,3 mg/kg (Fig. 7.1.). A distribuição do Cu ao longo da sondagem é irregular. No entanto, verifica-se que os valores de Cu tendem a aumentar com a profundidade, principalmente a partir dos 3 m. Destacam-se as amostras 92 e 96 com os valores mais baixos (7,3 mg/kg e 4,9 mg/kg, respectivamente). Nos 0,50 m mais superficiais da sondagem, os valores aumentam de 7,7 mg/kg (amostra 3) para 21,3 mg/kg (amostra 1). A análise de Co, Cr, Ni, Sn, Pb, Cd, Sb e As foi efectuada em sete amostras. Cinco foram recolhidas no primeiro metro da sondagem, uma a 4,50 4,60 m (amostra 43) e outra a 8,20 8,30 m (amostra 75) de profundidade. Os valores de Co variam entre 7,7 mg/kg e 10,6 mg/kg (Fig. 7.2.). As duas amostras mais profundas, a 43 e a 75, apresentam valores de Co de 10,3 mg/kg e 10,6 mg/kg, 143

12 respectivamente. Comparando estes valores com os valores das amostras mais superficiais não se verifica qualquer enriquecimento neste elemento. O Cr está presente nas amostras mais superficiais (amostras 1, 3, 5, 7 e 9) com valores entre 22,3 mg/kg e 30,9 mg/kg, semelhantes ao valor obtido na amostra 43 (27,3 mg/kg) e inferiores ao valor obtido na amostra 75 (44,6 mg/kg), ainda mais profunda que a anterior (Fig. 7.2.). O Ni ocorre praticamente com a mesma abundância quer na amostra 43 (6,7 mg/kg) quer nas amostras mais superficiais, excepto na amostra 1 (Fig. 7.2.). Observa-se um ligeiro decréscimo dos valores com a proximidade da superfície, mais precisamente da amostra 43 para a amostra 3 (4,7 mg/kg). A amostra 1, mais superficial, apresenta o valor mais elevado (52,9 mg/kg), sendo muito superior às anteriores e até ao valor obtido na amostra 75 (12,3 mg/kg), a mais profunda analisada neste elemento. Os valores de Pb variam desde 43,3 mg/kg na amostra 75 (colhida a 8,20-8,30 m de profundidade) até 84,3 mg/kg na amostra mais superficial (amostra 1) (Fig. 7.2.). Os valores obtidos formam dois conjuntos: as amostras 5, 9, 43 e 75, que apresentam valores inferiores a 50 mg/kg e as restantes amostras, 1, 3 e 7, que possuem valores de Pb superiores a 70 mg/kg. Esta distribuição parece indicar uma tendência para um enriquecimento em Pb nas camadas mais superficiais. O valor mais elevado de As foi obtido na amostra 75 (40,7 mg/kg), amostra mais profunda. A amostra 43 (recolhida a 4,50-4,60 m de profundidade) apresenta um valor mais baixo, 24,1 mg/kg, diminuindo o valor de As nas amostras 9, 7 e 5, para 18,5 mg/kg nesta última. As amostras dos 0,50 m mais superficiais mostram um enriquecimento de As, tendo sido obtido na amostra 1 o valor de 38,3 mg/kg (Fig. 7.2.) Os valores obtidos para o Cd e Sn são inferiores ao LQ, impossibilitando a interpretação da variação destes elementos ao longo da sondagem. Os valores obtidos para o Sb são inferiores ao LQ, com excepção da amostra 1, colhida a 0,10 0,20 m da superfície, a qual apresenta o valor de 0,85 mg/kg de Sb. 144

13 Além da análise comparativa com os trabalhos de Ferreira (2000), anteriormente apresentada, compara-se agora com alguns dos estudos realizados na região por Dias (1987), Pereira (1989, 1992) e Alves (1995). Existe um grande número de amostras, a maioria no conjunto desde a amostra 30 até à amostra 69 (correspondendo na sondagem à profundidade entre 3,20 m e 7,40 m), que possuem valores inferiores a 50 % SiO 2. Estes valores são idênticos aos apresentados no trabalho de Alves (1995), referentes aos solos sobre áreas graníticas, quer sobre o granito da Serra de Antelas quer de outros na região próxima (granito da Serra de Nora e granito de Refoios do Lima). Na maioria destas amostras de Bertiandos os valores de PR (10 % a 15 %) são mais elevados, do que em grande parte das restantes, e semelhantes ao encontrado nos solos (op. cit.). Ainda relativamente ao SiO 2, verifica-se que nas restantes amostras da sondagem (com excepção da 92 e 96 já anteriormente comentadas) o conteúdo é maior, mas não atinge os valores obtidos em amostras de rocha sã das rochas graníticas da região (Dias, 1987; Pereira, 1992; Alves, 1995). Este comentário aplica-se também aos valores obtidos, no conjunto de todas as amostras desta sondagem, relativamente ao Al 2 O 3 e Fe 2 O 3. Os valores de CaO e P 2 O 5 variam dentro do intervalo de valores encontrados nas rochas graníticas da região (op. cit.). A distribuição do SiO 2, Al 2 O 3, CaO e PR exprimem a variedade da composição mineral dos sedimentos transportados para o local, sendo possível detectar ao longo da coluna algumas dessas variações. Por exemplo, a quantidade de CaO indica claramente um aumento, para a superfície, em minerais com cálcio, possivelmente feldspatos mais cálcicos. Os valores médios obtidos nos restantes elementos comparados com a média dos teores apresentados por Pereira (1992), e tendo em consideração o tipo de rochas existentes não só no local da sondagem como na região em sentido alargado, permitiu algumas considerações que se apresentam nos parágrafos seguintes. Os valores de Zn em Bertiandos variam de 91 mg/kg a 166 mg/kg, sendo o valor médio de 130 mg/kg, muito superior à média encontrada para o grupo de granitos de duas micas onde se inserem o granito da Serra de Antelas, granito da Serra de Nora, e até para o grupo dos granitóides biotíticos, a que pertence o granito de Refoios do Lima e granito de Ponte da Barca, com valores médios entre 68 mg/kg e 73 mg/kg. O valor médio do Cu é ligeiramente superior aos das rochas graníticas da região. O elemento Co nas amostras estudadas varia de 8 mg/kg a 11 mg/kg, cujo valor médio de 9 mg/kg está acima do valor médio (5,2 mg/kg) obtido no grupo de rochas graníticas a que 145

14 pertence o granito da Serra de Antelas, aproximando-se do valor médio do grupo de rochas onde se insere o granito de Refoios do Lima (11,4 mg/kg). O valor médio do Ni obtido nas amostras foi de 13 mg/kg, acima dos teores médios das rochas graníticas da região. O valor máximo em Bertiandos é de 52,9 mg/kg obtido na amostra 1, a mais superficial da sondagem, o que parece ser um indicador de origem antropogénica. No caso do Pb o valor médio das amostras estudadas foi de 60 mg/kg, ultrapassa muito os valores médios encontrados em qualquer dos grupos de rochas graníticas apresentados em Pereira (1992), os quais não ultrapassam 42 mg/kg. Os valores mais elevados do Pb distribuem-se nos 0,80 m mais superficiais da sondagem, atingindo o seu valor máximo na amostra 1, a mais superficial, o que se atribui a um enriquecimento de origem antropogénica. Tendo em consideração a descrição das amostras e outras informações sedimentológicas (M.I. Caetano Alves, comunicação oral), as interpretações geoquímicas sobre PR e os elementos principais (Si, Al, Ca, Fe e P), as comparações com os trabalhos acima citados, e ainda a descrição mineral presente nos terraços fluviais (Alves, 1995) e nos aluviões do rio Lima (Alves, 1996), podemos admitir que os sedimentos estudados na sondagem são uma associação entre minerais primários herdados das rochas da região, predominantemente graníticas, minerais primários transformados e minerais neoformados. As vertentes não forneceram sempre a mesma associação de minerais, possivelmente por diferenças nas condições de meteorização/climáticas a que estiveram sujeitas. As datações de sedimentos desta sondagem indicam que a deposição desta coluna sedimentar decorreu antes e durante o Holocénico. Os resultados apresentados em Alves et al. (2003) e outros ainda não publicados (M.I. Caetano Alves, comunicação oral) disponíveis para a datação dos sedimentos são os seguintes: Amostra 9: ± 45 BP Amostra 21: ± 45 BP Amostra 43: ± 45 BP Amostra 64: ± 70 BP Amostra 85: ± 85 BP 146

15 No conjunto de elementos analisados, nas amostras seleccionadas, função da distribuição vertical e das interpretações apresentadas, distinguem-se quatro zonas na sondagem RPM.3 de Bertiandos, cujos limites são aproximados e referidos pelas referências das amostras: Zona I da amostra 100 até à amostra 85; Zona II da amostra 85 até à amostra 26; Zona III da amostra 26 até à amostra 7; Zona IV da amostra 7 até à amostra 1, a mais superficial. Na zona I salientam-se o elevado conteúdo em SiO 2 e baixos conteúdos em Al 2 O 3, CaO, P 2 O 5, Zn, Cu e PR. A zona II apresenta baixo conteúdo em SiO 2 ; um aumento do CaO, para aproximadamente o dobro; um aumento do Al 2 O 3 ; sendo o troço da sondagem com o maior número de amostras de elevado conteúdo em P 2 O 5, Zn, Cu e PR; o P 2 O 5 e o Zn têm um crescimento rápido e um decréscimo lento; o Cu apresenta muitas oscilações, que se apresentam entre o conjunto de teores mais elevados obtidos nesta sondagem. A zona III é marcada pelo aumento do SiO 2 e do CaO, diminuição do Al 2 O 3, Fe 2 O 3, Zn, Cu, As e PR. A zona IV contém valores elevados de SiO 2, Al 2 O 3, Fe 2 O 3, P 2 O 5, Cu, Ni, Pb, As e PR ou com tendência para aumentar neste grupo de amostras. O CaO tende a diminuir e o Zn tem um ligeiro aumento. Parece ser a zona sujeita a influência antrópica recente, no sentido histórico. A distribuição do Fe 2 O 3 parece ser muito condicionada pelas condições deposicionais e pós deposicionais. A descrição de campo dos materiais sondados refere a presença de concentrações de óxidos de ferro de modo aleatório. Quanto ao P 2 O 5, aumenta nos 0,60 m superficiais, o que parece ser influenciado pela actividade agrícola; a comprovar-se esta relação então os valores igualmente elevados observados nas amostras 30 a 69, que poderão ser indicadores de uma ocupação humana intensa. 147

16 PR % SiO 2 % Al 2 O 3 % CaO % 0 0,2 0,4 0,6 0,8 Fe 2O3 % P2 O5 % 0 0,2 0,4 0,6 Zn mg/kg Cu mg/kg ,10-0,20 / 1 0,30-0,40 / 3 0,50-0,60 / 5 0,70-0,80 / 7 0,90-1,00 / 9 1,50-1,60 / 15 2,10-2,20 / 21 2,60-2,70 / 26 3,20-3,30 / 30 3,80-3,90 / 36 4,20-4,30 / 40 4,50-4,60 / 43 4,90-5,00 / 47 5,30-5,40 / 51 5,70-5,80 / 55 6,30-6,40 / 59 6,80-6,90 / 64 7,30-7,40 / 69 8,20-8,30 / 75 8,70-8,80 / 80 9,20-9,30 / 85 9,50-9,60 / 88 10,70-10,80 / 92 11,10-11,20 / 96 11,50-11,60 / 100 Fig Representação gráfica dos valores de PR e da análise química dos elementos principais, zinco e cobre nas amostras de Bertiandos (Ponte de Lima Bacia do Rio Lima) / Sondagem RPM.3. Coluna da esquerda indica: profundidade (m) / nº da amostra. 148

17 Co mg/kg Cr mg/kg Ni mg/kg Pb mg/kg As mg/kg ,10-0,20 / 1 0,30-0,40 / 3 0,50-0,60 / 5 0,70-0,80 / 7 0,90-1,00 / 9 4,50-4,60 / 43 8,20-8,30 / 75 Fig Representação gráfica dos valores da análise química dos elementos vestigiais em amostras de Bertiandos (Ponte de Lima Bacia do Rio Lima) / Sondagem RPM.3. Coluna da esquerda indica: profundidade (m) / nº da amostra. 149

18 Na área de Donim foi também efectuada a análise comparativa entre os valores obtidos, para os diferentes elementos, nas amostras recolhidas ao longo da sondagem RPM.4. A sua interpretação baseou-se na análise dos valores obtidos ao longo da sondagem (Figuras 7.3. e 7.4.). Os valores de PR (Fig. 7.3.) variam de 6,46 % (amostra 57) a 15,85 % (amostra 7), sendo visível que as amostras 1 e 3 apresentam valores de PR idênticos às amostras 16 e 57, de um modo geral inferiores a 10,3 %. As amostras com PR mais elevadas são a amostra 7 (recolhida a 0,50-0,55 m de profundidade) e a amostra 11 (recolhida a 0,70-0,75 m de profundidade), ambas com valores próximos de 16 %. Relativamente aos valores de SiO 2 a distribuição é inversa (Fig. 7.3.), comparativamente à da PR. Isto é, as amostras 7 e 11 apresentam os valores de SiO 2 mais baixos (52,86 % e 54,98 %, respectivamente), aumentando os valores quer com a profundidade (69,41 %, amostra 57) quer para a superfície, onde é atingido o valor máximo de 74,56 % (amostra 1), para as amostras desta sondagem. A distribuição dos valores de Al 2 O 3 tem um comportamento quase inverso ao do SiO 2 (Fig. 7.3.). As amostras 7, 11 e 16 apresentam valores muito semelhantes (20,95 %, 19,94 % e 20,80 %, respectivamente). Os valores de Al 2 O 3 diminuem para a superfície, 16,67 % na amostra 1. O valor mais baixo (16,36 %) é obtido na amostra mais profunda (amostra 57). O valor mais baixo em CaO (0,41 %) é apresentado na amostra 7 (Fig. 7.3.), uma das amostras mais ricas em Al 2 O 3 e com o menor valor em SiO 2. Nas restantes amostras os valores de CaO aumentam ligeiramente para a superfície (0,52 %, na amostra 1) e mais notoriamente com a profundidade até à amostra 16, possuidora do valor máximo de CaO (0,86 %). A amostra 57, mais profunda, apresenta 0,68 % de CaO, valor semelhante ao da amostra 11 (0,64 %). Os valores de Fe 2 O 3, Zn e Cr aumentam da base (amostra 57) e o As da amostra 16 até à amostra 7, recolhida a 0,50-0,55 m, diminuindo a partir desta profundidade até à superfície (Fig e Fig. 7.4.). O As não foi determinado na amostra recolhida a 3,25 m, pois não existia amostra suficiente para efectuar esta análise. As amostras com valores de Fe 2 O 3 mais baixos, cerca de 3 %, são a amostra 1 (3,01 %) e a amostra 57 (3,12 %). Nas restantes amostras os valores são superiores, atingindo o valor máximo de 5,19 % de Fe 2 O 3 na amostra 7 (Fig. 7.3.). Os valores mais baixos obtidos para o Zn foram 84 mg/kg e 85 mg/kg, nas amostras 1 e 57, respectivamente. O Zn aumenta nas restantes amostras, atingindo um valor máximo de 126 mg/kg na amostra 7 (Fig. 7.4.). 150

19 Os valores de Cr são semelhantes na amostra 1 (13,9 mg/kg) e na amostra 57 (15,8 mg/kg), aumentando até ao valor máximo de 26,9 mg/kg na amostra 7 (Fig. 7.4.). O As varia de 16,9 mg/kg, na amostra 1 até 43,8 mg/kg, na amostra 7. A partir de 0,50-0,55 m, os valores de As diminuem com a profundidade, atingindo o valor de 23,3 mg/kg na amostra 16 (Fig. 7.4.). Os valores de P 2 O 5 e Co aumentam da amostra 57 à amostra 11 e diminuem até ao topo da sondagem (Fig 7.3. e Fig. 7.4.). As amostras mais superficiais (amostras 1 e 3) e a amostra 57 apresentam os valores mais baixos de P 2 O 5 (0,31 %, 0,37 % e 0,41 %, respectivamente). O valor máximo P 2 O 5 é obtido na amostra 11 (0,72 %) (Fig. 7.3.). Também com o Co são as amostras mais superficiais (amostras 1 e 3) as que possuem menores valores (3,9 mg/kg e 5,3 mg/kg, respectivamente), seguidas da amostra 57 (6,8 mg/kg). As restantes amostras possuem valores muito semelhantes, cerca de 8 % (Fig. 7.4.). O Cu na base da sondagem, a 3,25 m, apresenta um valor inferior ao LQ (< 3 mg/kg). A partir de 1,00 m, verifica-se um aumento dos valores de Cu, desde a amostra 16 (recolhida a 0,95-1,00 m de profundidade) até à amostra 11, variando de 8 mg/kg a 13,9 mg/kg, respectivamente, mantendo-se os valores muito semelhantes nas restantes amostras até à superfície (Fig. 7.4.). A quantificação de Ni só foi possível nas amostras 7 e 11 (Fig. 7.4.), representando o intervalo de 0,50-0,75m de profundidade, tendo sido obtido o mesmo valor de Ni nas duas amostras (6,3 mg/kg). As restantes amostras analisadas apresentam um valor inferior ao LQ (< 3 mg/kg). Os valores obtidos para o Cd, Sb e Sn são inferiores ao LQ, impossibilitando a interpretação da variação destes elementos ao longo da sondagem. Os valores de Pb aumentam desde a base até ao topo da sondagem (Fig. 7.4.). O valor mínimo obtido é de 48,4 mg/kg, na amostra mais profunda (amostra 57). Os valores de Pb têm um aumento significativo da amostra 57 para a amostra 16 (82 mg/kg), colhida a 0,95-1,00 m, aumentando gradualmente desde esta profundidade até à superfície, onde atinge o valor máximo de 100,2 mg/kg (amostra 1). Os resultados apresentados mostram que os valores de PR, Al 2 O 3 e Pb obtidos na amostra 57 (recolhida a 3,25 m de profundidade) são inferiores aos valores obtidos para as restantes amostras. 151

20 As amostras de Donim têm substrato granítico, não atingido pela sondagem, que é o granito de Guimarães, aflorando na região ainda o granito de Briteiros e o granito de Braga, todos fazendo parte do grupo de granitóides biotíticos com plagioclase, segundo Pereira (1989, 1992). Comparando os valores obtidos nas amostras de Donim com os valores obtidos por Pereira (1992), verifica-se que os valores em Si nas amostras 3 e 57 estão próximos dos valores médios (cerca de 68 % SiO 2 ) apresentados nas rochas graníticas da região. A amostra 1 ultrapassa o teor médio e as restantes apresentam valores inferiores, mas superiores a 50 % de SiO 2. Relativamente ao Al 2 O 3, os valores de todas as amostras estudadas são superiores aos valores médios (cerca de 15 % em Al 2 O 3 ) dos granitos da região (op. cit.) principalmente as amostras 3, 7, 11 e 16 (com aproximadamente 20 % de Al 2 O 3 ). As amostras de Donim possuem menos Ca (sempre inferior a 0,9 % CaO) relativamente aos teores médios entre 1,3 % e 1,6 % de CaO (op. cit.). Relativamente ao Fe os valores das amostras 7, 11 e 16 são ligeiramente mais elevados, e as mesmas amostras possuem P também mais elevado que os teores médios apresentados por Pereira (1992). Quanto aos elementos vestigiais e considerando também a mesma fonte de informação (Pereira, 1992) a comparação é apresentada nos parágrafos seguintes. As amostras de Donim possuem valores de Zn, Cu, Co e Pb superiores ao valor médio nas rochas graníticas da região. Os valores médios de Zn nas rochas variam entre 76 mg/kg e 82 mg/kg, e principalmente nas amostras 3, 7, 11 e 16, os valores são significativamente superiores (valores entre 107 mg/kg e 126 mg/kg). O Cu presente nas rochas entre 8-9 mg/kg, é mais abundante nas amostras mais superficiais, amostras 1, 3, 7 e 11, cujos valores são próximos de 14 mg/kg. O Co é mais elevado nas amostras 7, 11 e 16, cerca de 8 mg/kg, enquanto que o teor médio nas rochas é de 5-6 mg/kg. O Pb merece um comentário especial. O teor médio deste elemento nas rochas varia entre 22 mg/kg e 25 mg/kg (Pereira, 1992), enquanto que em todas as amostras de Donim os valores são muito superiores. A amostra 57 (recolhida entre 3,20 m e 3,25 m de profundidade) tem o dobro de Pb (48,4 mg/kg) e as restantes, valores superiores a 80 mg/kg atingindo 100 mg/kg (amostra 1). 152

21 Os sedimentos de Donim apresentam algumas diferenças relativamente aos da sondagem de Bertiandos. Para amostras com profundidades equivalentes, a distribuição vertical dos valores de PR e dos elementos Si, Al, Ca, Fe, P, Zn, Cr e As das amostras de Donim apresenta tendência inversa à de Bertiandos. O Co tem tendência para uma distribuição semelhante. As semelhanças mais notórias são no comportamento dos elementos Cu e Pb, aumentando para a superfície. Merece também referir que: os valores de Pb e Cr em Donim são mais elevados que em Bertiandos; o valor máximo de Cu é mais baixo e os valores, em geral, de Ni são muito mais baixos que em Bertiandos. Assim, analisando o conjunto de valores obtidos para os elementos estudados, podemos admitir que na área de Donim existe um enriquecimento de Cu e Pb ao longo da sondagem, notório no 1,0 m mais superficial, cuja origem pode estar associada a aspectos antropogénicos. 153

22 PR % SiO2 % Al2O3 % CaO % Fe2O3 % P2O5 % ,2 0,4 0,6 0, ,2 0,4 0,6 0,8 0,00-0,10 / 1 0,20-0,30 / 3 0,50-0,55 / 7 0,70-0,75 / 11 0,95-1,00 / 16 3,20-3,25 / 57 Fig Representação gráfica dos valores de PR e da análise química dos elementos principais nas amostras de Donim (Guimarães Bacia do Rio Ave) / Sondagem RPM.4. Coluna da esquerda indica: profundidade (m) / nº da amostra. 154

23 Zn mg/kg Cu mg/kg Co mg/kg Cr mg/kg Ni mg/kg Pb mg/kg As mg/kg ,00-0,10 / 1 0,20-0,30 / 3 0,50-0,55 / 7 0,70-0,75 / 11 0,95-1,00 / 16 3,20-3,25 / 57 Figura 7.4. Representação gráfica dos valores da análise química dos elementos vestigiais nas amostras de Donim (Guimarães Bacia do Rio Ave) / Sondagem RPM.4. Coluna da esquerda indica: profundidade (m) / nº da amostra. 155

24 Na área de Bitarados foi efectuada a análise comparativa entre os valores obtidos nas amostras, seleccionadas para este estudo, recolhidas nos quadrados H9, G 2 e G2 da escavação arqueológica e no granito do substrato local. Em simultâneo, foi realizada a análise entre amostras do mesmo quadrado. A sua interpretação baseou-se na análise dos valores obtidos desde a camada mais profunda (de maior numeração) até a camada mais superficial (de menor numeração) (Figuras 7.5. e 7.6.). Na amostra de granito, recolhida por sondagem a 4,25 m de profundidade, os valores obtidos para a PR, CaO, P 2 O 5 e Cu são inferiores aos valores obtidos para as amostras dos quadrados, excepto para uma amostra do quadrado H9 (5.255). Esta amostra apresenta valores de PR e de Cu inferiores aos da amostra de granito. Em relação ao valor obtido para Fe 2 O 3 na amostra de granito, verifica-se que este valor é muito superior aos valores encontrados nas amostras da escavação arqueológica. Os valores de SiO 2, Al 2 O 3 e Zn obtidos para a amostra de granito são intermédios dos valores obtidos para as amostras da escavação arqueológica. A amostra de granito analisada, embora recolhida a 4,25 m de profundidade, apresentava algumas evidências de alteração (cor amarelada e óxidos de ferro dispersos). O granito local, substrato do enchimento aluvial onde foi realizada a escavação arqueológica, é o granito de Barcelinhos (Pereira, 1989, 1992). Os valores obtidos na amostra analisada, comparados com os valores médios apresentados por Pereira (1992) para o grupo de granitóides biotíticos com plagioclase cálcica onde se insere o granito de Barcelinhos, são: o valor de SiO 2 é ligeiramente inferior; tem um decréscimo de aproximadamente 2 % em Al 2 O 3 ; quase metade do valor em P 2 O 5 ; o valor de CaO considera-se vestigial (0,09 %) comparado com o valor médio de 0,86 % apresentado por Pereira (1992); maior quantidade de Fe 2 O 3 (cerca de 1 % mais); possui um valor mais elevado de Zn (99 mg/kg) e mais baixo de Cu (3,3 mg/kg) relativamente aos valores médios de 78 mg/kg e 6,3 mg/kg, respectivamente, apresentados por Pereira (1992). Estes valores corroboram a descrição de campo sobre o estado de alteração do granito colhido na amostra RPM No quadrado H9, na passagem da camada 5 (2,55 m) para a camada 3 (2,40 m), verifica-se um aumento nos valores de PR, Al 2 O 3, CaO, Fe 2 O 3, P, Zn e Cu e um decréscimo nos valores de SiO 2. No quadrado G 2 verifica-se que: da amostra da camada 6 para a da 5 (de 3,31 m para 2,85 m): aumentam os valores de PR, P 2 O 5 e Zn e diminuem os valores de SiO 2, Al 2 O 3, CaO e Fe 2 O 3 ; 156

25 da amostra da camada 5 para a da 4 (de 2,85 m para 2,82 m): aumentam os valores de PR, SiO 2, Al 2 O 3, CaO, Fe 2 O 3, P 2 O 5, Zn e Cu; na camada 4, da amostra mais profunda para a mais superficial (de 2,82 m para 2,59 m): aumenta o valor de Si e diminuem os valores de PR, Al 2 O 3, CaO, Fe 2 O 3, P 2 O 5, Zn e Cu; da amostra da camada 4 para a da 3 (de 2,59 m para 2,49 m): aumentam os valores de PR, SiO 2, Al 2 O 3, CaO, Fe 2 O 3 e Cu e diminuem os valores de P 2 O 5 e Zn; na camada 3, da amostra mais profunda para a mais superficial (de 2,49 m para 2,09 m): diminuem os valores de PR, SiO 2, Al 2 O 3, CaO, Fe 2 O 3, P 2 O 5, Zn e Cu. No quadrado G2 foi seleccionada apenas uma amostra, a 2,04 m, da camada 3. Apresenta-se a seguir a análise da distribuição dos valores no conjunto das amostras, independentemente dos quadrados (Figuras 7.5. e 7.6.). Os valores de PR, com excepção do da amostra H (2,1 %), distribuem-se à direita do valor obtido no granito RPM.6.69 (3,93 %), variando entre 5 % e 10 %. A maioria das amostras possui valores em SiO 2 próximos do valor da amostra de granito estudada (68,17 %), não muito diferentes do valor da rocha sã. Fora deste conjunto estão quatro amostras: a amostra G que possui o valor mais elevado em SiO 2 (77,29 %) e as amostras G (56,51 %), H9.3b.-240 (52,54 %) e G (60,02 %) que apresentam os valores mais baixos em SiO 2 ( 60 %). O Al 2 O 3 varia entre cerca de 11 % e 16 %, excluindo a amostra H com o valor mais baixo em Al 2 O 3 (7,42 %). Os sedimentos apresentam valores entre 0,15 % e 0,24 % de CaO, que são muito superiores ao valor encontrado na amostra de granito RPM.6.69 (0,09 %). Os valores de Fe 2 O 3 nos sedimentos, entre 1,09 % e 2,77 %, são inferiores ao valor do granito RPM As amostras H (0,20 %) e G (0,19 %) têm os valores mais próximos em P 2 O 5 do valor obtido na amostra de granito (0,16 %). Nas restantes amostras, os valores são superiores a 0,40 %, atingindo 0,70 % em P 2 O 5 na amostra G O elemento Zn varia entre 80 mg/kg e 114 mg/kg. Estes valores distribuem-se em redor do valor obtido na amostra de granito RPM.6.69 (99 mg/kg). Os valores do Cu, embora variáveis, têm tendência para aumentar nas camadas mais superiores. Este elemento apresenta na amostra H um valor inferior ao LQ (< 3 mg/kg Cu) e na amostra G um valor muito baixo (3,7 mg/kg Cu) próximo do valor de Cu no 157

26 granito (3,3 mg/kg). Nas restantes amostras foi detectado Cu em quantidades superiores a 5 %, mais precisamente entre 6,7 % e 18,7 %. Durante a escavação foram recolhidos carvões e diversos fragmentos ósseos nas camadas 3 e 4 dos quadrados estudados (Quadro 2.1., Capítulo 2). Estas camadas foram classificadas como sendo camadas com níveis de ocupação / abandono (Bettencourt et al., 2003b). Analisando a distribuição elementar e tendo em consideração o espólio arqueológico recolhido (Quadro 2.1., Capítulo 2) podemos admitir que o elemento Cu parece ser o mais sensível à ocupação humana. A distribuição do CaO parece em termos gerais também seguir a do Cu. O P 2 O 5 também está presente com valores elevados nas amostras das camadas 3 e 4. A amostra H destaca-se das restantes pois apresenta valores mais baixos de PR, Al 2 O 3, CaO, Fe 2 O 3, P 2 O 5 e Zn. Esta amostra pertence a uma camada onde não foi encontrado qualquer tipo de espólio arqueológico (Quadro 2.1., Capítulo 2). Assim, analisando o conjunto de valores obtidos para os elementos estudados, podemos admitir que na área de Bitarados existe um enriquecimento de CaO, P 2 O 5 e Cu nas camadas estudadas dos diferentes quadrados da escavação arqueológica, recolhidas entre 2,04 3,31 m de profundidade, em comparação com a amostra de granito, recolhida a 4,25 m de profundidade. Estes valores poderão estar associados a aspectos antropogénicos relacionados com a ocupação humana no povoado do Calcolítico, descrito em Bettencourt et al. (2003b). 158

27 Prof. (cm) 0 PR % Prof. SiO2 % (cm) Prof. (cm) Al2O3 % Prof. (cm) CaO % 0 0,1 0,2 0,3 Prof. (cm) Fe2O3 % Fig 7.5. Representação gráfica dos valores de PR e da análise química de alguns elementos principais nas amostras de Bitarados (Vila Chã, Esposende Bacia do Ribeiro de Peralta) e do granito do mesmo local (RPM.6.69), função da profundidade de colheita. 159

28 Prof. P2O5 % (cm) 0 0,2 0,4 0,6 0,8 0 Prof. (cm) Zn mg/kg Prof. (cm) Cu mg/kg Fig Representação gráfica dos valores da análise química de fósforo, zinco e cobre nas amostras de Bitarados (Vila Chã, Esposende Bacia do Ribeiro de Peralta) e do granito do mesmo local (RPM.6.69), função da profundidade de colheita. 160

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