Relatório e Contas 2017

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1 Relatório e Contas 2017

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3 Índice A - Relatório de Gestão (A Empresa) Mensagem do Presidente 9 Quem Somos 12 Missão, objetivos e políticas 12 A Empresa 12 Estrutura acionista, Estrutura Organizacional e Órgãos Sociais 15 Cadeia de Valor 18 Carteira de Participações e Sucursais 19 Síntese de indicadores 19 Destaques do Ano/Principais Acontecimentos 22 B Relatório de Gestão (Negócio) Linhas Estratégicas 26 Enquadramento 30 - Contexto macroeconómico 30 - O Setor a nível mundial 35 - A Água e Saneamento em Portugal 35 - A Regulação 35 O Negócio 40 - Introdução 40 - Água e Saneamento Alta 41 - Outros Negócios 42 Sustentabilidade 42 - Enquadramento 43 - Stakeholders / Partes Interessadas 44 - Gestão do Risco 45 - Atividade Operacional 48 - Gestão do Capital Humano 62 - Financeira 63 - Investigação e Desenvolvimento / Inovação 73 - Eventos Posteriores ao Fecho 75 - Cumprimento das Orientações Legais 76 Relatórios dos administradores não executivos sobre o desempenho dos administradores executivos 94 Perspetivas Futuras 98 Considerações Finais 100 AdVT_Relatório e Contas 2017_3

4 Proposta de Aplicação de Resultados 102 Anexo ao Relatório 104 C - Demonstrações Financeiras do Exercício de 2017 Demonstrações Financeiras 108 Demonstração da posição financeira (euros) 108 Demonstração dos Resultados e do Rendimento Integral (euros) 109 Demonstração das variações do capital próprio (euros) 110 Demonstração dos Fluxos de Caixa (euros) 111 Decomposição de caixa e seus equivalentes (euros) 111 Notas às Demonstrações Financeiras 112 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 178 Certificação Legal das Contas 182 Relatório dos Auditores 188 AdVT_Relatório e Contas 2017_4

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7 A - Relatório de Gestão (A Empresa)

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9 Mensagem do Presidente No âmbito do processo de reorganização do setor de abastecimento de água e saneamento de águas residuais, com a publicação do Decreto-Lei n.º 34/2017, de 24 de março, que promoveu a cisão do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, foram criados dois sistemas multimunicipais de saneamento de águas residuais, o sistema da Grande Lisboa e Oeste e o Sistema da Península de Setúbal, e foi redenominada a sociedade Águas de Lisboa e Vale do Tejo, para Águas do Vale do Tejo, tendo por essa via sido substancialmente alterado o âmbito territorial da empresa. Deste modo, iniciou-se em 2017 uma nova etapa na vida da Empresa, que continuará a prosseguir a missão que lhe foi conferida, e para a qual continua empenhada. O processo de cisão ocorrido em 2017 veio obrigar a que se procedesse a uma nova reorganização da empresa, a qual terá continuidade durante o ano de Com efeito, foi necessário promover a adoção e uniformização das melhores práticas de gestão e operação, atendendo que se verificou uma enorme transformação quer ao nível da área geográfica abrangida da empresa, que passou a estar integralmente sedeada no interior do País, bem como fazer face às saídas de mais de metade dos efetivos afetos à gestão da Águas do Vale do Tejo, por terem ido fazer parte dos quadros das novas empresas cindidas a Águas do Tejo e Atlântico e a Simarsul. Foi ainda um ano em que a gestão continuou a desenvolver todos os esforços para a manutenção do clima de diálogo e abertura que já se tinha verificado em 2016, permitindo assim que cada vez mais se sucedam a resolução de processos e situações pendentes com os municípios servidos pela empresa. A atividade da Águas do Vale do Tejo foi determinantemente marcada pela seca severa e extrema que assolou o nosso País, o e que, apesar do orçamento da empresa não estar preparado para um evento desta envergadura, não impediu que a empresa atravessasse esse período critico com distinção, uma vez que o Conselho de Administração, com apoio de todas as trabalhadoras e trabalhadores, bem como dos Acionistas e da Tutela, entendeu que os objetivos de garantia de saúde pública e de qualidade ambiental não podem, em circunstância alguma, ser colocados em causa. Não podemos deixar de referir que a área de intervenção da Águas do Vale do Tejo foi ainda assolada com o flagelo dos incêndios, que se registou sobretudo na região centro, afetando diversos municípios servidos pela empresa, sendo que graças a um excecional empenho das AdVT_Relatório e Contas 2017_9

10 equipas disponíveis no terreno foi possível assegurar de uma forma quase instantânea a reposição dos serviços afetados. A este propósito, e prosseguindo a sua política de apoio a atividades de cariz solidário, patrocinou a realização o Natal na Aldeia (Castanheira de Pêra), evento com o objetivo de apoiar as vítimas dos incêndios na área de Pedrogão Grande. Mas 2017 também assistiu ao contínuo crescimento da empresa, com a inauguração de diversas infraestruturas, destacando-se a ETAR do Entroncamento, inaugurada com a presença do Secretário de Estado do Ambiente. Esta instalação encontra-se equipada com as mais recentes tecnologias, e vem contribuir para a melhoria das condições socio-ambientais da região, e da qualidade de vida das populações locais. Reconhecimento do trabalho registado, a Águas do Vale do Tejo foi galardoada com o Selo de Qualidade Exemplar de Água para Consumo Humano, através de uma iniciativa da ERSAR em parceria com o Jornal Água e Ambiente, e que visa distinguir e divulgar as boas práticas na prestação dos serviços de abastecimento público de águas e saneamento de águas residuais urbanas. Uma palavra de reconhecimento aos trabalhadores e trabalhadores afetos à empresa, pela excelência do trabalho realizado o qual, com a permanente cooperação dos municípios envolvidos, e com a preciosa ajuda da Entidade Reguladora e da Tutela, nos permitiram alcançar uma melhoria da sustentabilidade e dos indicadores de qualidade de serviço da empresa. AdVT_Relatório e Contas 2017_10

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12 QUEM SOMOS Missão, objetivos e políticas A Águas do Vale do Tejo tem como missão a captação, o tratamento e o abastecimento de água para consumo público e a recolha, o tratamento e a rejeição de efluentes. A empresa tem por objeto social a exploração e gestão, em regime de exclusividade, do sistema multimunicipal de abastecimento de água e saneamento do Vale do Tejo, por um prazo de 30 anos. A gestão do sistema foi delegada na EPAL nos termos previstos no Decreto-Lei de constituição da sociedade, e que o Decreto-Lei n.º 34/2017 manteve. No âmbito da gestão delegada do sistema, a EPAL, S. A., assume, também, a obrigação de gestão das infraestruturas afetas ao sistema em moldes que permitam a respetiva exploração nos termos da legislação aplicável e do contrato de concessão. A gestão da empresa decorre num contexto de procura permanente da sua sustentabilidade económica e financeira, seguindo os princípios da ecoeficiência e da responsabilidade social e ambiental. A preservação da água enquanto recurso estratégico essencial à vida, o equilíbrio e melhoria da qualidade ambiental, a equidade no acesso aos serviços básicos e a promoção do bem-estar através da melhoria da qualidade de vida das pessoas são os valores fundamentais da Águas do Vale do Tejo. A Empresa O Decreto-Lei n.º 94/2015, de 29 de maio, criou um novo sistema multimunicipal, por agregação de sistemas multimunicipais já existentes, e constituiu a respetiva entidade gestora, a Águas de Lisboa e Vale do Tejo, S. A. (AdLVT), atribuindo-lhe a exploração e a gestão concessionada daqueles sistemas. Este sistema abrangia a captação, o tratamento e o abastecimento de água para consumo público e a recolha, o tratamento e a rejeição de efluentes domésticos, de efluentes que resultem da mistura de efluentes domésticos com efluentes industriais ou pluviais, designados por efluentes urbanos, e a receção de efluentes provenientes de limpeza de fossas séticas, que cumpram o disposto no regulamento de exploração e serviço relativo à atividade de saneamento de águas residuais em vigor no sistema, os respetivos tratamento e rejeição. O sistema em apreço havia resultado da agregação de oito sistemas multimunicipais, que se extinguiram no dia da constituição do novo sistema, nomeadamente: Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Norte Alentejano, criado pelo Decreto-Lei n.º 128/2000, de 6 de julho e gerido pela Águas do Norte Alentejano, SA (AdNA); Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Alto Zêzere e Côa, criado pelo Decreto-Lei n.º 121/2000, de 4 de julho e gerido pela Águas do Zêzere e Côa, SA (AdZC); Sistema multimunicipal de saneamento da Costa do Estoril, criado pelo Decreto-Lei n.º 142/1995, de 14 de junho e gerido pela SANEST, SA; AdVT_Relatório e Contas 2017_12

13 Sistema multimunicipal de saneamento de águas residuais da península de Setúbal, criado pelo Decreto-Lei n.º 286/2003, de 8 de novembro e gerido pela SIMARSUL, SA; Sistema multimunicipal de saneamento do Tejo e Trancão, criado pelo Decreto-Lei n.º 288-A/2001, de 10 de novembro e gerido pela SIMTEJO, SA; Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Raia, Zêzere e Nabão, criado pelo Decreto-Lei n.º 197-A/2001, de 30 de junho e gerido pela Águas do Centro, SA (AdC); Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Oeste, criado pelo Decreto-Lei n.º 305-A/2000, de 24 de novembro e gerido pela Águas do Oeste, SA (AdO); e do Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Centro Alentejo, criado pelo Decreto-Lei n.º 130/2002, de 11 de maio e gerido pela Águas do Centro Alentejo, SA (AdCA). Integrava como utilizadores no abastecimento de água e saneamento de águas residuais setenta municípios e apenas na componente de saneamento de águas residuais dezasseis municípios. A população residente abrangida pelo sistema era de 1,1 milhões de habitantes na atividade de abastecimento de água e cerca de 3,7 milhões habitantes na atividade de saneamento de águas residuais. No âmbito do processo de reorganização do setor de abastecimento de água e saneamento de águas residuais e na sequência da publicação do Decreto-Lei n.º 34/2017, de 24 de março, que promoveu a cisão do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, foram criados dois sistemas multimunicipais de saneamento de águas residuais: o sistema da Grande Lisboa e Oeste e o Sistema da Península de Setúbal, e foi redenominada a sociedade Águas de Lisboa e Vale do Tejo, S. A., para Águas do Vale do Tejo, S.A (AdVT), tendo por essa via sido substancialmente alterado o seu âmbito territorial. Com efeito, dos anteriores oito sistemas agregados mantêm-se na AdVT apenas cinco, sendo que um deles apenas na atividade de abastecimento. Os sistemas de saneamento anteriormente geridos pela Sanest, Simtejo e Águas do Oeste passaram, com a cisão em apreço, a ser da responsabilidade da Águas do Tejo e Atlântico, e o sistema de saneamento anteriormente gerido pela Simarsul passou a ser gerido pela nova Simarsul. O sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Vale do Tejo, resultante de cisão do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, abrange agora os seguintes municípios: No abastecimento de água e saneamento de águas residuais, os municípios de Aguiar da Beira, Alandroal, Almeida, Alter do Chão, Alvaiázere, Arronches, Avis, Belmonte, Borba, Campo Maior, Castanheira de Pêra, Castelo Branco, Castelo de Vide, Celorico da Beira, Crato, Entroncamento, Elvas, Évora, Ferreira do Zêzere, Figueira de Castelo Rodrigo, Figueiró dos Vinhos, Fornos de Algodres, Fronteira, Fundão, Gavião, Gouveia, Guarda, Idanha-a-Nova, Mação, Manteigas, Marvão, Meda, Monforte, Mourão, Nisa, Oleiros, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penamacor, Pinhel, Ponte de Sor, Portalegre, Portel, Proença-a-Nova, Redondo, Reguengos, Sabugal, Sardoal, Seia, Sousel, Sertã, Tomar, Vila Nova da Barquinha e Vila Velha de Ródão; Apenas na componente de abastecimento de água, os municípios de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Mafra, Nazaré, Óbidos, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras. AdVT_Relatório e Contas 2017_13

14 A EPAL manteve, em regime de exclusividade, a gestão do sistema de abastecimento de água da região Oeste iniciada em A operação, manutenção e exploração do sistema é assegurada pela EPAL, que entrega a água aos clientes da AdVT nos pontos de entrega desta aos municípios Municípios servidos pela AdVT - Abastecimento de Água Municípios servidos pela AdVT - Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais AdVT_Relatório e Contas 2017_14

15 O Decreto-Lei n.º 94/2015 atribuiu à EPAL a gestão delegada do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, tendo o Decreto-Lei n.º 34/2017 mantido essa mesma atribuição. No âmbito da gestão delegada desse sistema, a EPAL assumiu, não só a gestão das infraestruturas afetas ao sistema, bem como todas as demais obrigações inerentes à sua gestão, designadamente construção das infraestruturas, a aquisição, manutenção e renovação das instalações e equipamentos, o controlo dos parâmetros de qualidade da água para abastecimento público e dos parâmetros sanitários das águas residuais recolhidas, a faturação dos serviços de fornecimento e de recolha, a elaboração da contabilidade da sociedade e a gestão de recursos humanos, incluindo a contratação de pessoal, a gestão financeira e controlo de gestão, o apoio jurídico, a logística, a comunicação, a gestão de sistemas de informação e o suporte e apoio à atividade. A EPAL assumiu, ainda, a posição contratual da sociedade nos contratos de trabalho e acordos de cedência de pessoal, ou seja, os trabalhadores das empresas agregadas em 2015 foram integrados na estrutura orgânica da EPAL, enquanto durasse a gestão delegada. Com a cisão ocorrida em 2017, e conforme preconizado no Decreto-Lei n.º 34/2017, de 24 de março, verificou-se a saída de trabalhadores para as novas entidades gestoras Águas do Tejo Atlântico e Simarsul, tenho os restantes mantido a integração na estrutura orgânica da EPAL. Assim, a 31 de dezembro de 2017 a Águas do Vale do Tejo (AdVT) continua a não ter qualquer colaborador nos seus quadros de pessoal. Atendendo às atribuições de gestão delegadas na EPAL e à transferência dos trabalhadores das empresas agregadas para a EPAL, foi mantida uma estrutura organizacional na EPAL que reflete a gestão conjunta dos Sistemas da EPAL e da AdVT. Estrutura acionista, Estrutura Organizacional e Órgãos Sociais Estrutura Acionista A Águas do Vale do Tejo é uma sociedade anónima de capitais públicos, com um capital social de euros, que se encontra integralmente realizado. Este capital social corresponde já ao capital pós cisão, conforme consta do Decreto-Lei n.º 34/2017, de 24 de março. Aproveitando a faculdade que lhes era concedida pelo Decreto-Lei n.º 94/2015, alguns dos acionistas optaram por exercer o direito de alienação à sociedade da totalidade das suas participações sociais, correspondentes às ações de que ficaram titulares no momento da constituição da sociedade, bem como o direito à remuneração acionista em divida à data de 30 de junho de Esta alienação foi efetuada nos termos dos artigos 39.º e 40.º do referido Decreto-Lei. Ainda em 2015 concretizaram-se as aquisições das participações relativas aos municípios de Mafra (titular de ações de categoria A, no valor nominal de 1 euro cada ação, correspondente a uma participação de 0,81% do capital social) e Reguengos de Monsaraz (titular de ações de categoria A, no valor nominal de 1 Euro cada ação, correspondente a uma participação de 0,13% do capital social). Já no início de 2016 ocorreram as aquisições referentes ao município de Borba (titular de ações de categoria A, no valor nominal de 1 euro cada ação, correspondente a uma participação de 0,16% do capital social) e à Associação de Municípios da Cova da Beira (titular de ações de categoria A, no valor nominal de 1 euro cada ação, correspondente a uma participação de 0,06% do capital social). Na esfera da sociedade estas ações configuraram-se em ações próprias. Conforme disposto no artigo 41.º do Decreto-Lei n.º 94/2015, após a concretização da venda das participações sociais dos municípios à LVT, nos termos dos artigos 39.º e 40.º, esta deverá alienar a totalidade das participações sociais adquiridas, dispondo, para o efeito, do direito de alienação à AdP Águas de Portugal, SGPS, S. A., de cada uma das referidas participações no seu capital social, pelo respetivo preço de aquisição. Com o processo de cisão as ações próprias anteriormente pertencentes ao município de Mafra transitaram para a Águas do Tejo Atlântico, e em outubro de 2017 foram adquiridas pela AdP SGPS as ações próprias originárias do município de Borba. Deste modo, no final de 2017, as ações próprias totalizavam euros, correspondentes às participações AdVT_Relatório e Contas 2017_15

16 originárias do município de Reguengos de Monsaraz (as quais à data do presente relatório também já foram adquiridas pela AdP SGPS, SA), e da Associação de Municípios da Cova da Beira. No final do exercício de 2017 o Capital da sociedade estava repartido da seguinte forma: Acionista Eur % Accionista Eur % Águas de Portugal, SGPS, SA ,35% Guarda ,51% Aguiar da Beira ,13% Idanha -a -Nova ,49% Alandroal ,18% Lourinhã ,08% Alcobaça ,76% Manteigas ,12% Alenquer ,57% Marvão ,13% Almeida ,15% Mêda ,10% Alter do Chão ,14% Monforte ,12% Alvaiázere ,33% Mourão ,07% Arronches ,12% Nazaré ,23% Arruda dos Vinhos ,46% Nisa ,31% Com. Intermunicipal Oeste ,00% Óbidos ,44% Avis ,19% Oleiros ,14% Azambuja ,72% Oliveira do Hospital ,55% Belmonte ,08% Pampilhosa da Serra ,15% Bombarral ,42% Pedrogão Grande ,29% Cadaval ,41% Penamacor ,11% Caldas da Rainha ,52% Peniche ,33% Campo Maior ,30% Pinhel ,20% Castanheira de Pêra ,14% Ponte de Sor ,59% Castelo Branco ,93% Portalegre ,87% Castelo de Vide ,14% Proença -a -Nova ,39% Crato ,16% Redondo ,18% EDIA ,30% Rio Maior ,72% Elvas ,84% Sabugal ,18% Évora ,60% Seia ,75% Ferreira do Zêzere ,37% Sertã ,36% Figueira de Castelo Rodrigo ,11% Sobral de Monte Agraço ,32% Figueiró dos Vinhos ,18% Sousel ,19% Fornos de Algodres ,14% Tomar ,67% Fronteira ,13% Torres Vedras ,09% Fundão ,33% Vila Velha de Ródão ,15% Gavião ,18% AdVT - (ações próprias) ,38% Gouveia ,39% ,00% Estrutura Organizacional Conforme já referido, o Decreto-Lei n.º 94/2015, de 29 de maio, que criou a sociedade Águas de Lisboa e Vale do Tejo, S.A. atribuiu à EPAL a gestão delegada do Sistema, tendo o Decreto-Lei n.º 34/2017, de 24 de março, mantido essa atribuição. A estrutura organizativa da EPAL que assegura a gestão delegada do Sistema Multimunicipal de Abastecimento e de Saneamento do Vale do Tejo é a seguinte: AdVT_Relatório e Contas 2017_16

17 Conselho de Administração Administrativa e Financeira Recursos Humanos Contabilidade Sustentabilidade Empresarial Planeamento e Controlo de Gestão Investigação e Desenvolvimento Comunicação e Educação Ambiental. Sistemas de Informação Compras e Logística Jurídico-legal Museu da Água Gestão de Ativos Engenharia Laboratórios e Controlo da Qualidade da Água Operações de Abastecimento de Água Operações de Saneamento Manutenção Comercial Direções com funções de suporte Direções com funções técnicas e operacionais Orgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Presidente Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Dr. Álvaro dos Santos Amaro Vice-presidente Dr. Paulo Manuel Marques Fernandes Secretária Dra. Ana Cristina Rebelo Pereira Conselho De Administração Presidente Executivo Eng.º José Manuel Leitão Sardinha Vogal Executivo Dra. Luísa Maria Branco dos Santos Mota Delgado Vogal Executivo Dr. Rui Manuel Gonçalves Lourenço Vogal Executivo Eng.º Barnabé Francisco Primo Pisco Vogal Não Executivo Representante da Câmara Municipal do Crato, Dr. José Correia da Luz Vogal Não Executivo Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, Dr. José Gabriel Calixto Vogal Não Executivo Presidente da Câmara Municipal de Entroncamento, Dr. Jorge Manuel Alves de Faria AdVT_Relatório e Contas 2017_17

18 Conselho Fiscal Presidente Dra. Saskia Márcia Ferreira Lopes Vogal Efetivo Dr. Luis Miguel Barros Martins Damas Vogal Efetivo Dra. Maria do Carmo dos Reis e Silva Mendes Vogal Suplente Dr. José Manuel de Almeida Revisor Oficial De Contas SROC Esteves Pinho e Associados, SROC, Lda., membro independente da BKR International ROC Efetivo Dr. Rui Manuel Correia de Pinho ROC Suplente Dr. Luís Manuel Moura Esteves Comissão de Vencimentos Presidente Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Dr. Paulo Inácio Vogal Efetivo Dr. Duarte de Almada Cardoso Veiga da Cunha Vogal Efetivo Dr. Paulo Jorge Pinto da Silva Cadeia de Valor Na representação gráfica que a seguir se apresenta expõe-se a visão sistémica da cadeia de valor do negócio, individualizada para a atividade de abastecimento e para a atividade de saneamento, bem como a especificação das atividades de operação. AdVT_Relatório e Contas 2017_18

19 Carteira de Participações e Sucursais No final do exercício de 2017, a Águas do Vale do Tejo não detinha participações sociais em nenhuma sociedade, e não dispõe de qualquer sucursal. Síntese de indicadores Indicadores Financeiros Em resultado da cisão verificada em 2017, como consequência da publicação do Decreto-lei n.º 34/2017, de 24 de março, o exercício de 2017 não permite a comparabilidade com os períodos homólogos. Apesar da cisão operacional apenas ter ocorrido no final do 1.º semestre do ano, o diploma legal referido previu que os efeitos contabilísticos e fiscais retroagiam a 1 de janeiro de Por esse facto, os valores respeitantes ao ano em apreço refletem a atividade isolada e independente da Águas do Vale do Tejo, não sendo possível proceder a qualquer análise comparativa com o exercício de 2016, o qual refletiu a atividade agregada e conjunta dos sistemas que se mantiveram na Águas do Vale do Tejo e dos que saíram para a esfera de competência da Águas do Tejo Atlântico e Simarsul. AdVT_Relatório e Contas 2017_19

20 Volume de Negócios 10 6 EUR 241,8 193,0 90,2 Volume de Negócios (sem Rendimentos de Construção e DRG) 10 6 EUR 157,8 167,9 74,5 Valor unitário médio abastecimento EUR/m 3 0,6231 0,6225 0,5776 Valor unitário médio saneamento EUR/m 3 0,4624 0,4619 0,5233 Resultado Líquido do Exercício 10 6 EUR 15,1 15,8 6,9 EBITDA (ajustado) 10 6 EUR 68,2 75,3 26,6 Margem EBITDA (ajustada) % 43,2 44,9 35,7 Endividamento Bancário 10 6 EUR 809,6 747,5 444,1 Net Debt - Endividamento líquido 10 6 EUR 751,2 715,8 435,2 Endividamento líquido / EBITDA (ajustado) n.º 11,0 9,5 16,4 Investimento 10 6 EUR 37,0 12,1 4,9 Dívida de Clientes 10 6 EUR 204,2 183,0 145,5 PMR* dias PMP* dias Ativo total 10 6 EUR 1.998, , ,2 Capital Próprio 10 6 EUR 342,2 357,4 193,8 Passivo Total 10 6 EUR 1.656, ,4 874,4 * Indicadores calculados para o ano de 2017 com base nos valores do 2.º semestre de 2017 Indicadores de Atividade Abastecimento Volume de água captado 10 6 m 3 54,6 53,3 54,6 Volume de água adquirido a terceiros 10 6 m 3 26,6 28,2 30,4 Volume de água fornecido 10 6 m 3 77,2 76,4 79,8 Volume de água faturado 10 6 m 3 78,3 76,4 79,9 População residente abrangida 10 6 hab 1,1 1,1 1,0 População residente servida 10 6 hab 0,9 0,9 0,9 Municípios abrangidos n.º Saneamento Volume de efluente recolhido 10 6 m 3 244,1 287,9 39,3 Volume de efluente tratado 10 6 m 3 239,8 282,5 38,7 Volume de efluente faturado 10 6 m 3 241,1 246,5 33,0 População residente abrangida 10 6 hab 3,7 3,7 0,6 População residente servida 10 6 hab 3,2 3,2 0,5 Municípios abrangidos n.º AdVT_Relatório e Contas 2017_20

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22 DESTAQUES DO ANO/PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS Nos dias 17 de abril e 28 de abril de 2017, o Estado Português atribuiu respetivamente, às empresas Simarsul - Saneamento da Península de Setúbal, S.A. e Águas do Tejo Atlântico, S.A., a concessão da gestão e exploração do Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais da Península de Setúbal e Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais da Grande Lisboa e Oeste, respetivamente. Os novos sistemas e as respetivas empresas gestoras foram criadas pelo Decreto-Lei n.º 34/2017, de 24 de março, com a concordância dos municípios envolvidos e de acordo com o preconizado no programa do XXI Governo Constitucional. Os novos sistemas multimunicipais e as novas entidades gestoras foram criados, respetivamente, por cisão do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, resultantes das agregações efetuadas em Em virtude destas cisões, a empresa Águas do Vale do Tejo irá beneficiar de duas novas componentes de receita: uma Componente Tarifária Acrescida (CTA), que representa a solidariedade específica dos utilizadores dos sistemas multimunicipais que agora são autonomizados na vertente de abastecimento de água; e uma dotação do Fundo Ambiental. Este modelo, que combina solidariedade e coesão nacionais, introduz incentivos à eficiência, assegura a sustentabilidade empresarial da Águas do Vale do Tejo e das novas empresas, e garante o acesso e a qualidade dos serviços públicos de abastecimento de água e de saneamento. Mantendo-se a gestão delegada da EPAL no sistema multimunicipal do Vale do Tejo, e na prossecução da sua missão, procurou-se assegurar a gestão delegada do novo sistema num quadro de eficiência e sustentabilidade ambiental, económica, social e cultural, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e para o desenvolvimento socioeconómico das regiões onde atua. Mantiveram-se em 2017 as duas premissas fundamentais que nortearam a atuação da empresa, por um lado melhorar o nível de serviço ao cliente e por outro promover uma cultura de cooperação entre a empresa e os municípios utilizadores do sistema, permitindo resolver alguns diferendos pendentes e recuperar saldos em dívida com antiguidade relevante que tinham transitado das empresas agregadas. A esse propósito, verificou-se que os recebimentos totais em 2017 atingiram o montante total de 74 milhões de euros, apresentando um rácio de cobrabilidade superior a 100%, atendendo que a faturação do ano ascendeu a 73,2 milhões de euros. Este indicador, apesar de não permitir no imediato a recuperação dos valores em divida, indicia uma nova filosofia no relacionamento entre a empresa e os seus clientes, que permite antever um futuro mais promissor. Em termos operacionais, continuou-se no ano de 2017 a implementar as melhores práticas existentes no universo das empresas agregadas, otimizando o funcionamento das infraestruturas por forma a reduzir os inerentes gastos de exploração das mesmas, e assegurar a continuidade do serviço aos utilizadores do sistema sem quaisquer interrupções. O ano de 2017 ficou determinantemente marcado pelos efeitos nefastos decorrentes da seca severa e extrema que assolou o País, havendo necessidade do recurso a soluções de contingência para fazer face às dificuldades apresentadas de um modo geral em todas as regiões em que a empresa opera, mas sobretudo nos volumes disponíveis em diversas albufeiras, bem como nas captações subterrâneas do Alentejo. A empresa ultrapassou AdVT_Relatório e Contas 2017_22

23 estas dificuldades desenvolvendo implementando planos de contingência, que passaram por ligações alternativas, novos furos, descargas de albufeiras para reforço de captação, abastecimento emergencial via auto tanques, bem como melhorias de ligações, o que, apesar de não estar previsto no orçamento da empresa, não deixou de ser executado uma vez que o Conselho de Administração, com o apoio dos Acionistas e da Tutela, entendeu que os objetivos de garantia de saúde pública e de qualidade ambiental não podem, em circunstância alguma, ser colocados em causa. Outra ocorrência que com forte impacto em 2017 foi a vaga de incêndios que se registou sobretudo na região centro do País, afetando diversos municípios servidos pela Águas do Vale do Tejo, sendo que face à ausência de energia e inacessibilidades incidências, mas que as equipas no terreno conseguiram repor os serviços num prazo reduzido de tempo. Importa ressalvar que esta catástrofe que se verificou poderá trazer consequências nefastas no futuro, devido sobretudo ao arrastamento de cinzas, potenciando o risco de degradação da qualidade da água nas origens. Para minimizar esses efeitos, a empresa desenvolveu de imediato diversos planos de ação, os quais visam identificar as albufeiras mais críticas face à localização dos incêndios, de modo a implementar procedimentos que minimizem eventuais impactos na qualidade da água. Ao nível dos investimentos, foram lançados diversos procedimentos de contratação, através de concursos públicos, sempre salvaguardando a desejada proximidade de gestão a cada uma das regiões onde incidem os serviços. Destacam-se, em particular, a construção do sistema de abastecimento e completamento do sistema de águas residuais do Entroncamento, a conceção e construção da ampliação e remodelação da ETAR da Sertã, a reabilitação de diversos reservatórios, de forma a assegurar o seu adequado estado de conservação e funcionamento, com efetiva redução de perdas e melhoria da qualidade do serviço, entre outros. Dando continuidade às atividades iniciadas no ano anterior, e com o objetivo de promover o equilíbrio entre a vida pessoal, familiar e profissional, foi mantida a ação de oferta de um Cabaz Nascimento, com produtos diversos para bebé, a todas as crianças nascidas durante o ano de Em 2017 registaram-se ainda diversos eventos e inaugurações, tais como a inauguração da ETAR do Entroncamento e das ETAR de Amieira e Alqueva, e as assinaturas dos contratos de conceção e construção da ETAR de Canha, da empreitada de beneficiação da ETAR de Oliveira do Hospital, e das empreitadas das ETAR de S. Vicente e Barbacena, em Elvas. Regista-se por fim com agrado o facto da Águas do Vale do Tejo ter sido galardoada com o Selo de Qualidade Exemplar de Água para Consumo Humano, através de uma iniciativa da ERSAR em parceria com o Jornal Água e Ambiente, e que visa distinguir e divulgar as boas práticas na prestação dos serviços de abastecimento público de águas e saneamento de águas residuais urbanas. AdVT_Relatório e Contas 2017_23

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25 B - Relatório de Gestão (Negócio)

26 LINHAS ESTRATÉGICAS A Águas do Vale do Tejo é uma empresa do setor empresarial do Estado, e que integra o Grupo Águas de Portugal (Grupo AdP). Os objetivos do Grupo AdP são determinados pelas políticas governamentais para o setor, através de orientações vertidas nos planos estratégicos aplicáveis às suas áreas de atuação, de orientações emanadas através de despacho ministerial e por orientações específicas dos acionistas. As orientações da tutela setorial ao Grupo AdP devem ser igualmente replicadas, com as devidas adaptações, às empresas que o integram, como é o caso da Águas do Vale do Tejo. Neste sentido, as orientações estratégicas e os indicadores de gestão respeitantes aos contratos de gestão, previstos no art.º 18.º do Estatuto do Gestor Público, aprovado pelo Decreto-lei n.º 71/2007, de 27 de março, foram aprovados na Assembleia Geral de acionistas de 4 de agosto de Deveres e Responsabilidades da Administração O exercício das funções do Conselho de Administração terá em conta o previsto na legislação em vigor, designadamente no Estatuto do Gestor Público, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27 de março, que relativamente em especial ao exercício de funções executivas, prevê as seguintes obrigações: Cumprir os objetivos da empresa definidos em Assembleia Geral ou, quando existam, em contratos de gestão; Assegurar a concretização das orientações definidas nos termos da lei, no contrato de gestão e a realização da estratégia da empresa; Acompanhar, verificar e controlar a evolução das atividades e dos negócios da empresa em todas as suas componentes; Avaliar e gerir os riscos inerentes à atividade da empresa; Assegurar a suficiência, a veracidade e a fiabilidade das informações relativas à empresa, bem como a sua confidencialidade; Guardar sigilo profissional sobre os factos e documentos cujo conhecimento resulte do exercício das suas funções e não divulgar ou utilizar, seja qual for a finalidade, em proveito próprio ou alheio, diretamente ou por interposta pessoa, o conhecimento que advenha de tais factos ou documentos; Assegurar o tratamento equitativo dos acionistas. No exercício das suas funções, os membros do Conselho de Administração devem ainda promover a elaboração de propostas de ações que se revelem apropriadas para o desenvolvimento do setor e do Grupo AdP. Os gestores públicos que integram o Conselho de Administração estão sujeitos às normas de ética aceites no setor de atividade, estando ainda sujeitos ao cumprimento das boas práticas de governação societária e de AdVT_Relatório e Contas 2017_26

27 gestão empresarial, designadamente em matéria de transparência, prevenção da corrupção, padrões de ética e conduta, responsabilidade social, política de recursos humanos, promoção da igualdade, prevenção de conflitos de interesse e respeito pela concorrência e agentes do mercado. Orientações Estratégicas Gerais Para além do cumprimento de outras orientações que vierem a ser determinadas nos termos do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro, o Conselho de Administração da Águas do Vale do Tejo, sem prejuízo da sua autonomia de gestão, deve, na medida das suas competências: Cumpra a sua missão e exerça a sua atividade em articulação com as políticas estratégicas setoriais definidas pelo Governo, num quadro de racionalidade empresarial, otimização permanente dos seus níveis de eficiência, qualidade do serviço prestado, respeito por elevados padrões de qualidade e segurança; Seja socialmente responsável, prosseguindo na sua atuação objetivos sociais e ambientais e promovendo a competitividade no mercado, a proteção dos consumidores, o investimento na valorização profissional e pessoal, a promoção da igualdade, a proteção do ambiente e o respeito por princípios éticos; Desenvolva ações de sensibilização ambiental, promovendo a utilização eficiente e a proteção dos recursos hídricos; Promova o equilíbrio adequado entre os níveis quantitativos e qualitativos de serviço público a prestar, tendo em vista a satisfação dos utentes e a respetiva comportabilidade e sustentabilidade económica, financeira e ambiental; Adote metodologias que permitam promover a melhoria contínua da qualidade do serviço prestado e o grau de satisfação dos clientes; Conceba e implemente políticas de recursos humanos orientadas para a valorização do individuo, para o fortalecimento da motivação e para o estimulo ao aumento da produtividade e satisfação dos colaboradores, num quadro de equilíbrio e rigoroso controlo dos encargos que lhes estão associados, compatível com a respetiva dimensão; Implemente planos de ação, tendentes a promover a igualdade de tratamento e de oportunidades de género, a eliminar as discriminações e a permitir a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional (promoção da igualdade); Implemente políticas de inovação científica e de tecnologia consistente, promovendo e estimulando a investigação de novas ideias, novos produtos, novos processos e novas abordagens de mercado, em benefício do cumprimento da sua missão e da satisfação das necessidades coletivas e orientadas para a sustentabilidade económica, financeira, social e ambiental (politica de inovação e sustentabilidade); Adote sistemas de informação e de controlo interno adequados à sua dimensão e complexidade, que cubram todos os riscos relevantes suscetíveis de auditoria permanente por entidades competentes para o efeito. A administração da Águas do Vale do Tejo, na qualidade de empresa do setor empresarial do Estado, deverá ainda adotar as melhores práticas de gestão, segundo os princípios de bom governo das empresas do Setor empresarial do Estado. Está igualmente obrigada ao cumprimento dos deveres de informação, nos termos e prazos fixados, junto da Inspeção Geral de Finanças, Direção Geral do Tesouro e Finanças, Tribunal de Contas, e outros, para efeitos de acompanhamento e monitorização. AdVT_Relatório e Contas 2017_27

28 Orientações Estratégicas Específicas O Conselho de Administração deverá ainda assegurar que a empresa, após o importante esforço de investimento em infraestruturas e o conjunto de alterações mais recentes, em linha com a política para o setor, implemente uma agenda de medidas orientadas para a consolidação e recentrar da sua atuação, designadamente em: Aprofundar a colaboração com os Municípios, através nomeadamente da: i. Promoção da constituição de parcerias integrando sistemas municipais, privilegiando a promoção da gestão do ciclo integral da água; ii. Identificação de outras alternativas de colaboração que permitam colocar as competências empresariais públicas ao serviço dos parceiros municipais; iii. Adoção de medidas conducentes a uma efetiva participação dos parceiros municípios nas principais decisões, designadamente de investimento, alargamento ou diminuição do âmbito da atividade, revisão de tarifas e instrumentos de planeamento; Promover o desenvolvimento regional, na linha da opção política para o setor da água, compatibilizando-o com a elevação da eficiência e a sua natureza empresarial, designadamente: i. Na concretização dos destaques de sistemas multimunicipais; ii. Nas políticas de contratação de bens e serviços que promovam também o desenvolvimento das atividades económicas regionais; iii. Na constituição de centros de competência regionais em rede, em ambiente de interação, descentralizado e colaborativo, ajustado às realidades territoriais; iv. Na reorganização das áreas corporativas, incluindo a redistribuição de recursos de acordo com as efetivas necessidades das empresas do Grupo AdP, a criação de comités e/ou bancos de competências especializados e de inovação com as entidades regionais, com a consequente reavaliação de instalações; Assegurar elevados níveis de eficiência, a partir do reforço da sua natureza empresarial e incentivo aos seus quadros e alinhando-o com os desafios do setor, designadamente: i. Sistematização e otimização das rotinas operacionais, contribuindo também para um melhor conhecimento das diferentes afetações de recursos, através da elaboração ou revisão de planos de operação numa base comparável e consistente; ii. Otimização do sistema de contabilidade de gestão e de indicadores de desempenho de atividades e entidades comparáveis, refletindo também a imputação decorrente dos planos de operação; iii. Realização e participação em exercícios de avaliação e comparação de desempenho; iv. Realização e implementação de plano de gestão de energia com certificação pela norma NP EN ISO 50001; Assegurar uma efetiva e participada gestão de mudança, atentos os antecedentes e os desafios de mudança em presença, designadamente de natureza estrutural e cultural; AdVT_Relatório e Contas 2017_28

29 Assegurar a gestão das infraestruturas de acordo com as boas práticas de gestão de ativos, tendo como referência a norma ISO 55001, conciliando um esforço de otimização com os desafios de preservação e resposta aos desafios das alterações climáticas e segurança, através designadamente: i. Definição da política de gestão de infraestruturas; ii. Integração organizacional das funções de conceção, construção e manutenção nas empresas operacionais; iii. Consolidação do conhecimento das infraestruturas; iv. Consolidação dos sistemas de informação e avaliação; v. Integração com práticas de gestão de risco e de resposta às alterações climáticas; vi. Integração consistente e coerente nos exercícios de planeamento económico e financeiro; Assegurar um efetivo envolvimento do Grupo AdP na implementação de medidas de proteção ambiental multissetoriais, nomeadamente as medidas necessárias para a resolução dos problemas dos efluentes agropecuários e agroindustriais; Capitalizar as competências e capacidades disponíveis no Grupo AdP para a implementação de projetos nacionais e para a internacionalização, neste caso, privilegiando operações de reduzido envolvimento financeiro. AdVT_Relatório e Contas 2017_29

30 ENQUADRAMENTO - Contexto macroeconómico Global O crescimento mundial para 2017 terá sido de aproximadamente 3,7% (vs. 3,2% no ano anterior e abaixo dos níveis de crescimento pré-crise financeira internacional) e resulta do crescimento verificado na Europa e na Ásia. O crescimento verificado no quarto trimestre de 2017 foi superior ao projetado no Outono desse ano, principalmente na Alemanha, Japão, Coreia e Estados Unidos da América. Os mercados emergentes contribuíram igualmente para este crescimento, a salientar Brasil, China e África do Sul. O comércio mundial cresceu fortemente nos últimos meses do ano 2017, apoiado por uma recuperação do investimento, particularmente entre as economias avançadas, e o aumento da produção industrial na Ásia no início do lançamento de novos modelos de smartphones. A atividade industrial tem-se mantido estável, sendo consistente com o forte nível de confiança dos consumidores, apontando para uma procura final sustentada. O sentimento nos mercados financeiros permaneceu forte nas economias avançadas, verificando-se ganhos nos mercados acionistas e uma nova diminuição da volatilidade. Nas economias emergentes, as taxas de juro baixaram, contribuindo para uma diminuição modesta da restritividade das condições financeiras, ao passo que as entradas de capital regressaram a níveis inéditos desde A taxa de inflação acelerou na zona da OCDE de 1,1% em 2016 para 2,25% em 2017, refletindo o aumento nos preços da energia e dos bens alimentares. Zona Euro O crescimento do Produto Interno Bruto ( PIB ) na zona Euro foi de 2,4% em 2017 (vs. 1,8% em 2016) impulsionado pelos contributos fortes da procura interna e, em especial, das despesas de investimento fixo. As condições no mercado de trabalho continuaram a melhorar nos últimos meses de 2017, a um ritmo ainda mais rápido do que o anteriormente esperado, tendo a taxa de desemprego descido para 9,0% no terceiro trimestre de 2017, o seu nível mais baixo desde finais de A taxa de inflação da zona Euro continua sem evidenciar sinais de retoma, tendo o índice de preços ao consumidor, excluindo energia e alimentação, situado em 0,9% a.a (1,4% a.a. no total). Contudo, as projeções apontam para uma subida gradual da inflação nos próximos anos, suportada pela política monetária do Banco Central Europeu, um contínuo crescimento económico, a correspondente absorção da folga económica e um aumento salarial. Taxas de juro A política monetária da zona Euro permaneceu expansionista, tendo o Banco Central Europeu reduzido a taxa diretora em março de 2016 para -0,4% e alargado o programa de compra de ativos para um valor mensal de 60 biliões de euros, o qual reduzirá em 2018 para um valor mensal de 30 biliões de euros. AdVT_Relatório e Contas 2017_30

31 As taxas de juro de longo prazo, medidas pela taxa de rendibilidade da divida pública a 10 anos, aumentaram em 2017 face a 2016, reflexo do crescimento económico verificado em As yields das Obrigações do Tesouro português ( OT ) a 10 anos desceram no mercado secundário entre o final de 2016 e o final de 2017, de 3,76% para 1,93%, com descida acentuada no segundo semestre de O diferencial das taxas das obrigações portuguesas face às alemãs é de cerca de 150 pontos base. Portugal De acordo com as previsões do Instituto Nacional de Estatística ( INE ) e do Banco de Portugal, o PIB português terá aumentado 2,5% em 2017 para um valor total, a preços constantes, próximo do de Esta evolução que configura uma aceleração em comparação com o desempenho económico em 2016 (1,5%), foi suportada pelo crescimento do consumo privado em 2,5% (essencialmente na procura de bens não duradouros) e do investimento em 10% (essencialmente em equipamento de transporte, outras máquinas, equipamentos e sistemas de armamento), o que contrastou com um crescimento de apenas 0,2% no consumo público. O mercado do trabalho tem recuperado gradualmente e a taxa de desemprego diminuiu de 11,1% em 2016 para 8,9% em 2017, ficando abaixo da zona euro (9,1%). A taxa de inflação em Portugal registou um acentuado aumento. Em 2017, o Índice de Preços no Consumidor ( IPC ) registou uma taxa de variação média anual de 1,47% (vs. 0,6% em 2016). Excluindo do IPC a energia e os bens alimentares não transformados, a taxa de variação média anual situou-se em 1,18% (0,7% em 2016). O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor ( IHPC ) português registou uma taxa de variação média anual de 1,6% em 2017 (vs. 0,6% em 2016). A evolução demográfica em Portugal continua a caracterizar-se pela redução da população residente, em particular nas zonas do interior. Este declínio, que se mantém desde 2010 com um valor aproximado de menos 50 mil pessoas por ano, resulta da redução do número de nascimentos e do balanço negativo dos fluxos migratórios. O envelhecimento da população é outra variável que tem caracterizado a demografia em Portugal. Ao nível das contas públicas, o défice das Administrações Públicas fixou-se em 2,6 mil milhões de euros no conjunto de 2017 (3,8 mil milhões de euros em 2016), o que corresponderá a 1,4% do PIB esperado para 2017 e traduz o aumento das receitas fiscais e das contribuições para a segurança social resultante da dinâmica do mercado, não obstante o aumento controlado do investimento público e da despesa corrente. Não obstante a redução significativa do valor do défice das Administrações Publicas, em 2017 verificou-se um ligeiro aumento da dívida pública (243 mil milhões de euros em 2017 e 236 mil milhões de euros em 2016), estimando-se que a dívida pública em 2017 represente aproximadamente, 126% do PIB (130% do PIB em 2016). A evolução da dívida pública teve um comportamento distinto ao longo de 2017, com fortes subidas nos primeiros meses e descidas na reta final do ano. Em Agosto superou pela primeira vez a fasquia dos 250 mil milhões de euros, acumulando uma subida de 9,4 mil milhões de euros desde o início do ano. Nos quatro meses seguintes registou uma queda de 7,8 mil milhões de euros, que apesar de não travar o crescimento do valor em termos nominais, terá sido suficiente para colocar o peso da dívida no PIB a descer. Perspetivas para De acordo com as projeções do Banco de Portugal, o processo de expansão da economia portuguesa deverá manter-se nos próximos anos. Após um aumento de 2,6% em 2017, a atividade económica continuará a apresentar um perfil de AdVT_Relatório e Contas 2017_31

32 crescimento ao longo do horizonte de projeção, embora a um ritmo progressivamente menor (2,3%, 1,9% e 1,7%, respetivamente em 2018, 2019 e 2020). No final do horizonte de projeção, o PIB deverá situar-se cerca de 4% acima do nível registado antes da crise financeira internacional. As taxas de crescimento projetadas são superiores à média das estimativas do crescimento potencial da economia portuguesa e deverão traduzir-se num hiato do produto positivo nos próximos anos. O crescimento do PIB em Portugal será muito próximo do da média da zona euro ao longo do horizonte de projeção. Em termos do PIB per capita, a convergência real face à zona euro deverá continuar nos próximos anos de forma ligeira, em parte refletindo a redução da população em Portugal. Como tal, esta evolução será insuficiente para compensar a divergência real acumulada até As projeções assentam num cenário de aceleração do consumo privado e desaceleração da formação bruta em capital fixo, num contexto de aumento do rendimento disponível, da melhoria progressiva das condições de trabalho e de condições favoráveis ao financiamento. Durante o período em análise, o Banco de Portugal antecipa uma estabilização da taxa de inflação em 1,5% entre 2018 e No que respeita às taxas de juro, o Banco Central Europeu prevê a manutenção de taxas diretoras negativas até 2019 e o aumento da média ponderada das taxas de rendibilidade nominais das obrigações de divida pública a 10 anos, para 1,1% em 2018, 1,4% em 2019 e 1,7% em O Banco de Portugal prevê a estabilidade da taxa de juro implícita da dívida portuguesa em 3%. - O Setor a nível mundial A água é um bem essencial para o desenvolvimento económico e social encontrando-se no centro do desenvolvimento humano - saúde, produção de alimentos, produção de energia, proteção do ambiente e criação de emprego. A disponibilidade e a gestão da água são determinantes para a salubridade das cidades e na forma como as diferentes sociedades, das mais desenvolvidas às mais pobres, lidam com os impactos das catástrofes naturais, nomeadamente as resultantes das alterações climáticas, de inundações e de secas. De acordo com o Banco Mundial, a segurança hídrica continua a constituir um dos principais riscos mundiais em termos de impacto no desenvolvimento, sendo um aspeto fundamental na consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ( ODS ). Na Cimeira da Organização das Nações Unidas ( ONU ), realizada em 2015 em Nova Iorque, foi aprovada a agenda de ação até 2030, constituída por 17 (ODS) tendo como objetivo a criação de um modelo global para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar de todos, proteger o ambiente e combater as alterações climáticas. No âmbito específico do ODS 6, as metas a alcançar são: (i) o acesso universal e equitativo à água potável, melhorando a sua qualidade; (ii) a redução das águas residuais não tratadas; e (iii) o aumento da eficiência no uso da água em todos os setores, promovendo a reciclagem e reutilização de água e combatendo a sua escassez a nível global. Os problemas mundiais do desenvolvimento sustentável do século XXI desenvolvimento humano, cidades habitáveis, alterações climáticas, segurança alimentar e segurança energética não se resolverão a menos que se melhore a gestão de recursos hídricos e se garanta o acesso a serviços de qualidade de abastecimento de água e de saneamento. Em novembro de 2017 a Assembleia Geral da ONU relançou o diálogo sobre a gestão global da água na COP23 (Cities and local governments for climate action) em Bonn. Com o objetivo de traduzir os objetivos do Acordo de Paris em fluxos de investimento e financiamento, a estratégia do Banco Mundial levou à criação, em 2017, do Global Water Security & Sanitation Partnership (GWSP) para ajudar os países a alcançar a meta da segurança hídrica universal, baseando-se nos seguintes princípios orientadores: (i) garantir que o desenvolvimento dos serviços hídricos se realize num contexto de gestão sustentável dos recursos; (ii) garantir a acessibilidade à população mais pobre; (iii) gerar conhecimento tecnológico de ponta e inovação (iv) garantir financiamento sustentável para o setor da água; (v) estabelecer alianças mundiais no setor da água. AdVT_Relatório e Contas 2017_32

33 Os benefícios do investimento estratégico na segurança do recurso água e do seu abastecimento às populações são elevados, e de mais-valia significativa para as populações. No entanto, o seu financiamento, em termos de disponibilidade e de custo, terá que ser assegurado. Para alcançar o acesso universal e equitativo a água potável e saneamento adequado até 2030, o Banco Mundial estima que o investimento em ativos tenha que triplicar para atingir US $ 1,7 trilião. Porém, a segurança hídrica ainda representa um desafio para muitos países com problemas complexos neste âmbito, transversal a todos os setores económicos. O crescimento demográfico e económico exerce uma pressão sem precedentes sobre os recursos hídricos e segundo as estimativas, até ao final de 2030, mantendo as práticas atuais, o mundo enfrentará um défice de 40% entre a procura de água e a quantidade de água disponível. De acordo com dados do Banco Mundial, atualmente 70% da água que se extrai destina-se à agricultura. No ano de 2050 para alimentar milhões de pessoas será necessário que a produção agrícola aumente em 60% e a extração de água em 15%. Mais de metade da população mundial vive em zonas urbanas. Os recursos subterrâneos de água esgotam-se mais rápido do que se conseguem regenerar, estimando-se que em 2025, cerca de 1800 milhões de pessoas viverão em países ou regiões com escassez absoluta de água. Apesar dos importantes avanços das últimas décadas no acesso aos serviços de abastecimento de água e saneamento, mais de milhões de pessoas ainda não têm acesso a serviços de saneamento de qualidade e pelo menos 663 milhões de pessoas não têm acesso a água potável. Fonte: A Água e Saneamento em Portugal O setor do abastecimento de água e saneamento de águas residuais, reconhecidamente um grande contribuinte para o desenvolvimento económico, social e ambiental, tem uma evolução positiva nos últimos anos em Portugal, destacando-se a excelência da monitorização e da qualidade da água, conforme atestam os dados mais recentes da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos ( ERSAR ). Tendo por objetivo promover junto das populações o acesso a um serviço público de água e saneamento de qualidade e adequado às suas necessidades, com custos socialmente aceitáveis, e no quadro legal comunitário e nacional e da política europeia em inovação para o setor, está em curso o Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais para Portugal continental no período , com a designação: PENSAAR 2020 Uma nova estratégia para o setor de abastecimento de águas e saneamento de águas residuais. Esta estratégia setorial para o horizonte 2020 está focada na gestão eficiente dos recursos e centrada em temas como a restruturação do setor e os recursos financeiros a mobilizar, orientando a política pública para a prestação de serviços de qualidade a um preço sustentável, em articulação com um pacote de instrumentos financeiros alinhado com o crescimento verde e num quadro regulatório adequado. Em finais de 2016 foi apresentado o 1.º Relatório do Grupo de Apoio à Gestão do PENSAAR 2020 ( GAG ) onde, embora destacando a trajetória positiva do setor da água, se assinalam situações de desempenho mais fraco no âmbito da sustentabilidade das entidades gestoras e da eficiência dos serviços, designadamente na redução de perdas de água, na otimização dos custos operacionais e no equilíbrio dos orçamentos. No que respeita à Garantia do direito humano de acesso aos serviços de águas, a informação reportada pela ERSAR no referido relatório revela que a acessibilidade económica do serviço está garantida através de tarifários acessíveis. Já o relatório relativo à avaliação da aplicação da legislação ambiental da UE divulgado pela Comissão Europeia no início de fevereiro de 2017 confirma que Portugal enfrenta ainda problemas consideráveis nos domínios da gestão dos recursos hídricos e dos resíduos, da qualidade do ar e da conservação da natureza. Não obstante, apresenta aspetos de excelência do desempenho de Portugal, com destaque para as melhorias da qualidade dos sistemas de abastecimento de água potável registadas na última década. AdVT_Relatório e Contas 2017_33

34 No que respeita aos planos de gestão, há a destacar, em 2016, a aprovação dos Planos de Gestão de Região Hidrográfica ( PGRH ) de Portugal continental (2º Ciclo) para o período Estes planos abrangem as bacias hidrográficas e as águas costeiras integradas em 8 regiões hidrográficas e constituem a base de suporte à gestão, à proteção e à valorização social e económica das águas. Foram igualmente aprovados os Planos de Gestão de Riscos de Inundações (PGRI) para o período , para 7 regiões hidrográficas, com o objetivo de reduzir as consequências associadas às inundações através da diminuição das potenciais consequências prejudiciais para o ambiente, as atividades económicas, a saúde humana, o património cultural e as infraestruturas. Já em novembro de 2016, foi aprovado o novo Plano Nacional da Água ( PNA ) no qual se definem as grandes opções estratégicas da política nacional da água, a aplicar em particular pelos planos de gestão de região hidrográfica para um período de dez anos. O PNA antecipa também grandes linhas prospetivas daquela política para o período , que corresponde ao 3.º ciclo de planeamento da Diretiva-Quadro da Água. Simultaneamente foi criada a Comissão Interministerial de Coordenação da Água que deverá assumir-se como a entidade privilegiada para a coordenação das políticas de água. A destacar também a criação do Fundo Ambiental que veio extinguir o Fundo Português de Carbono, o Fundo de Intervenção Ambiental, o Fundo de Proteção dos Recursos Hídricos e o Fundo para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade, que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2017, tendo o Ministério do Ambiente anunciado a disponibilização de 154 milhões de euros para apoiar o investimento na área do ambiente em 2017, dos quais 5 milhões para o Grupo AdP destinados a cumprir objetivos de uniformidade tarifária, e garantir o cumprimento dos objetivos assumidos a nível internacional em matéria de desenvolvimento sustentável e alterações climáticas. A Resolução do Conselho de Ministros n.º 80/2017, de 7 de junho, criou a Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca. De destacar também a publicação em Diário da República do Despacho nº 2054/2017 de constituição do grupo de trabalho interministerial responsável pela revisão da ENEAPAI Estratégia Nacional para os Efluentes Agropecuários e Agroindustriais e atribuição da sua coordenação ao Grupo AdP. Decorridos mais de nove anos desde a aprovação da ENEAPAI, esta iniciativa tem por objetivo fazer o balanço da implementação e consequente atualização da Estratégia dedicada à gestão adequada dos efluentes agropecuários e agroindustriais. Fonte: Resolução do Conselho de Ministros n.º 51/2016, de 20 de setembro, republicada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 22-B/2016, de 18 de novembro; Resolução do Conselho de Ministros n.º 52/2016, de 20 de setembro, republicada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 22-A/2016, de 18 de novembro; Decreto-lei n.º 76/2016, de 9 de novembro Decreto-lei n.º 42-A/2016, de 12 de agosto O Grupo AdP Decorrente do PENSAAR 2020 e do Programa do XXI Governo Constitucional, iniciaram-se os estudos de reavaliação dos processos de agregação dos sistemas multimunicipais de abastecimento de água e saneamento ocorridos em 2015, e conversações com os diversos stakeholders, dos quais resultaram, por aprovação largamente maioritária dos acionistas, a criação de 4 novas empresas por cisão da Águas do Norte e da Águas e Lisboa e Vale do Tejo. Foram publicados os decretos-lei: (i) n.º 72/2016, de 4 de novembro, que procede à primeira alteração do Decreto-Lei n.º 92/2013, de 11 de julho, e permitiu a criação de sistemas multimunicipais de captação, tratamento e distribuição de água para consumo público e de recolha, tratamento e rejeição de efluentes, mediante a cisão dos sistemas multimunicipais criados por agregação; (ii) n.º 16/2017 de 1 de fevereiro, que procede à criação do sistema multimunicipal de abastecimento de água do sul do Grande Porto, S. A. e da Águas do Douro e Paiva, S.A. enquanto concessionária e entidade gestora, e do sistema multimunicipal de saneamento do Grande Porto e da Simdouro Saneamento do Grande Porto, S.A. enquanto concessionária e entidade gestora; e (iii) n.º 34/2017 de 24 de março, que procede à criação do sistema multimunicipal de saneamento da Grande Lisboa e Oeste e da Águas do Tejo Atlântico, S. A. Enquanto concessionária e entidade gestora e do sistema multimunicipal da Península de Setúbal e da Simarsul Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal, S. A.. A solução encontrada visa garantir um equilíbrio entre todos os parceiros e utilizadores envolvidos, seguindo os princípios de contenção tarifária, solidariedade, equidade, incentivo à eficiência e estabilidade. AdVT_Relatório e Contas 2017_34

35 Quanto aos sistemas em baixa, o Grupo AdP está também a colaborar no apoio à reorganização dos serviços em baixa, em linha com os objetivos de aumento de escala e eficiência preconizados pelo Governo para este setor, nomeadamente através da disponibilização de informação técnica relevante baseada em estudos técnicos e na experiência do Grupo na gestão de redes em baixa (Lisboa, Aveiro e região Noroeste). O Grupo AdP tem vindo, nos últimos anos, a transitar de um ciclo de investimentos em novas infraestruturas para um conjunto de investimentos de substituição e manutenção com enfoque na sustentabilidade dos sistemas. Ao nível da gestão dos aproveitamentos hidráulicos, destaca-se a criação de um grupo de trabalho para a gestão de barragens que visa desenvolver um modelo sustentável de integração da gestão destes ativos (atualmente geridos pela Agência Portuguesa do Ambiente) nas atividades das diversas empresas subsidiárias. O Grupo AdP encontra-se também a desenvolver ações que visam a redução das emissões de carbono da sua atividade, nomeadamente através da atuação ao nível da eficiência energética e produção de energia através de recursos endógenos ou naturais (biogás, fotovoltaica, eólica). Em matéria de gestão de ativos, tem-se desenvolvido uma abordagem baseada na inteligência de informação tendo a inventariação e cadastro de infraestruturas sido prioritárias. No que respeita à inovação e desenvolvimento de metodologias, tecnologias e produtos, estão em curso diversos projetos de cooperação internacional, que assumem um papel de dinamização e captação de recursos financeiros europeus para dinamização desta área. Destaca-se ainda a assinatura em 12 de setembro, na Sede do Grupo AdP em Lisboa, da primeira tranche do empréstimo concedido pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) à Águas de Portugal (AdP) e às suas empresas participadas. O empréstimo tem um valor de 420 milhões de EUR, sendo a primeira tranche de 220 milhões de EUR, e destina-se a financiar investimentos em infraestruturas de água e saneamento. Esta operação conta com a garantia do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), elemento central do Plano de Investimento para a Europa. No âmbito das medidas previstas no Plano de Prevenção, Monitorização e Contingência para Situações de Seca aprovado pela Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca, foi lançada uma campanha de sensibilização para a seca e para a importância do uso racional da água, numa ação do Grupo AdP, e com a envolvência da Agência Portuguesa do Ambiente e da ERSAR. Foi adjudicada durante o ano de 2017 a aquisição de veículos 100% elétricos na frota automóvel operacional das empresas do Grupo AdP. A introdução de veículos de baixas emissões é uma das medidas previstas no PEPE Plano de Eficiência de Energia Elétrica 2020, apresentado publicamente em maio de 2017, abrangendo a aquisição de 127 veículos ligeiros (76 de passageiros e 51 de mercadorias) e a instalação de 134 pontos de carregamento de norte a sul do País. Também no âmbito do PEPE, deu-se início à ação de formação de auditores internos especialistas em energia no âmbito da gestão ciclo urbano da água, através da Academia EPAL e com o envolvimento de entidades externas, nomeadamente a ADENE e a Faculdade de Economia e a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. - A Regulação Enquadramento regulatório O Grupo AdP presta serviços no setor da água (que inclui o abastecimento público de água e do saneamento de águas residuais), em alta e em baixa em regime de exclusividade através das suas subsidiárias (Entidades Gestoras). Estas Entidades Gestoras por sua vez desenvolvem as suas atividades num setor regulado, estando por isso sujeitas à intervenção da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) nos termos definidos pelos respetivos estatutos, aprovados pela Lei n.º 10/2014, de 6 de março. AdVT_Relatório e Contas 2017_35

36 Os serviços prestados pelas Entidades Gestoras assentam nos princípios da prossecução do interesse público, do caráter integrado dos sistemas, da eficiência produtiva e da prevalência da gestão empresarial, alinhados com as políticas públicas e os planos estratégicos setoriais nacionais. As Entidades Gestoras em alta e em baixa são exercidas: (i) pelos sistemas multimunicipais (SMM), em regime de Concessão ou de Parcerias entre o Estado, as Autarquias e as Entidades Gestoras; e (ii) pela Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A. (EPAL) e pela Águas de Santo André, S.A. (AdSA), respetivamente, em regime de Gestão Delegada e de Concessão entre o Estado e a Entidade Gestora. Adicionalmente, as Entidades Gestoras estão sujeitas à regulação ambiental por parte da Agência Portuguesa do Ambiente. Regulação económica As Entidades Gestoras estão sujeitas à regulação económica por parte da ERSAR, nos termos dos estatutos desta entidade, e pelo disposto nos diplomas legais de constituição ou estatutários que estabelecem os contratos de concessão, de parceria ou de gestão delegada, e nos quais são descritas as obrigações mínimas do serviço publico, o plano de investimentos e a remuneração acionista. A intervenção da ERSAR em matéria económica perante as Entidades Gestoras encontra-se delimitado consoante se trate de atividade em alta ou em baixa e pelo respetivo regime destas entidades. Para os SMM, EPAL e AdSA, a ERSAR detém o poder de fixar as tarifas e rendimentos tarifários, assim como supervisionar outros aspetos económicos e financeiros das respetivas Entidades Gestoras, nomeadamente emitindo pareceres, propostas e recomendações. Para os sistemas de titularidade estatal que consubstanciam Parcerias Estado-Autarquias, a ERSAR detém o poder de regulamentar, avaliar e auditar a fixação e aplicação de tarifas, sendo as propostas tarifárias submetidas a parecer da ERSAR mas fixadas pelas Comissões de Parceria constituídas pelo Estado e os Municípios, nos termos dos respetivos contratos. Nos termos dos estatutos de ERSAR, foram constituídos 2 órgãos de consulta específicos (Conselho Consultivo e Conselho Tarifário) nos quais o Grupo AdP se encontra representado. O Grupo AdP integra também o grupo de trabalho de apoio ao Conselho Tarifário. Em 2017, não se verificaram desenvolvimentos relativos à proposta de Regulamento Tarifário dos Serviços de Águas (RTA), a qual está sujeita a parecer do Conselho Tarifário e a consulta pública de interessados. Não obstante, em novembro de 2017, na 12ª Expo Conferência da Água, a ERSAR tenha apresentado as principais linhas orientadoras do futuro RTA. A Entidade Gestora AdVT, que se constitui SMM, exerce, através de contrato de concessão celebrado com o Estado, as atividades de abastecimento público de água e de saneamento de águas residuais em alta. As tarifas em alta praticadas por este SMM são fixadas pela ERSAR, nos termos dos seus estatutos e são calculadas com base nos encargos eficientes previstos no contrato de concessão, aceites pela ERSAR para esse efeito, repartidos pelos volumes estimados. Encontram-se estabelecidas nos Decreto-lei e contrato de concessão, as tarifas, a preços constantes, a vigorar nos períodos tarifários definidos no respetivo contrato de concessão. Decorre por isso que a ERSAR aprova a atualização das tarifas, com base apenas na taxa de inflação (IHPC) para o segundo período tarifário, designado de período de convergência tarifária, para a AdVT, até que este contrato de concessão seja revisto. No caso da AdVT, a ERSAR aprovou em 2 de outubro de 2017 a atualização das tarifas a aplicar em O Decreto-Lei n.º 94/2015, de 29 de maio alterado pelo Decreto-lei n.º 34/2017, de 24 de março, define um regime de uniformidade tarifária entre o sistema gerido pela AdVT e a EPAL, que determina a uniformidade da tarifa a aplicar em alta entre as duas AdVT_Relatório e Contas 2017_36

37 entidades gestoras para cada período quinquenal. Deste regime decorre uma componente tarifária acrescida (CTA) a entregar pela EPAL ao sistema gerido pela AdVT, No Decreto-Lei n.º 34/2017, de 24 de março, ficou estabelecida a CTA, a preços constantes, que acresce aos rendimentos tarifários praticados pela Águas do Tejo Atlântico, em alta e que é repercutida nos utilizadores da empresa. Esta CTA é entregue pela Águas do Tejo Atlântico ao sistema gerido pela AdVT. Nos termos do contrato de concessão, são considerados encargos a recuperar por via tarifária os gastos operacionais, incluindo as amortizações de investimento líquidas de subsídios, os gastos financeiros, líquidos de rendimentos financeiros, os impostos sobre o rendimento e a remuneração acionista, em que os desvios de recuperação de gastos são contabilizados como um ativo e são recuperados através das tarifas enquanto encargo tarifário. O contrato de concessão determina que a rendibilidade dos capitais próprios a recuperar por via tarifária, resulte da remuneração do capital social e da reserva legal, a uma taxa equivalente às OT a 10 anos acrescida de uma margem de 3%, e da remuneração acionista em dívida, a uma taxa equivalente às OT a 10 anos. O Decreto-Lei n.º 94/2015, de 29 de maio, que cria a AdVT estabeleceu a metodologia de cálculo, de registo e de recuperação dos Desvios de Recuperação de Gastos (DRG) gerados ao longo dos vários períodos tarifários. Esta metodologia também ficou consagrada no contrato de concessão, o qual estabelece, ainda, a aprovação explícita em fevereiro do ano subsequente ao do exercício do valor anual dos DRG por parte da ERSAR, tendo como referência um cenário de eficiência produtiva, definido previamente. Os desvios de recuperação de gastos podem ter natureza deficitária, quando se verifica uma insuficiência de resultados face ao que decorreria da aplicação das regras estipuladas para o cálculo das tarifas nos termos do contrato de concessão e natureza superavitária, quando se verifica um excesso de resultados face ao que decorreria da aplicação das regras estipuladas para o cálculo das tarifas nos termos do contrato de concessão. Para a AdVT, os desvios de recuperação de gastos registados com a assinatura do contrato de concessão e os gerados até 2025, são aprovados pela ERSAR, nos termos do contrato de concessão, após apresentação da proposta pela Entidade Gestora, devendo ser recuperados por via tarifária até O exercício de 2017 foi o segundo em que a ERSAR procedeu à análise e aprovação dos desvios de recuperação de gastos referentes ao ano de 2016 dos SMM criados por agregação de sistemas. Tendo por base os desvios de recuperação de gastos brutos determinados pela ERSAR em março de 2017, verificaram-se 2,7 milhões de Euros não aceites por parte desta Entidade Reguladora. Em 31 de dezembro de 2017 estavam registados nas contas da AdVT, cerca de 218,9 milhões de euros de desvios de recuperação de gastos de natureza deficitária decorrentes das atividades do SMM. Regulação da qualidade do serviço As Entidades Gestoras estão também sujeitas à intervenção da ERSAR em matéria de qualidade de serviço Anualmente, os resultados da avaliação efetuada pela Entidade Reguladora são parte integrante do Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal ( RASARP ), de acesso público. Em dezembro de 2017 foi publicado e divulgado o Volume 1 do RASARP com os resultados do sistema de avaliação da qualidade de serviço prestado pelas Entidades Gestoras com os dados referenciados a 31 de dezembro de Regulação da qualidade da água para consumo humano As Entidades Gestoras de abastecimento público de água estão incumbidas, essencialmente, de garantir, sob a fiscalização das entidades competentes, o controlo da qualidade da água para consumo humano, de acordo com os parâmetros legais e regulamentares aplicáveis. AdVT_Relatório e Contas 2017_37

38 Compete à ERSAR, nos termos dos seus estatutos, exercer as funções de autoridade competente para a qualidade da água para consumo humano junto das Entidades Gestoras de abastecimento público de água, promovendo a melhoria da sua qualidade e universalidade, avaliando o desempenho dessas entidades. Nos termos do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho e do Decreto-Lei n.º 23/2016, de 3 de junho, as Entidades Gestoras devem elaborar e submeter anualmente para aprovação da ERSAR o Programa de Controlo da Qualidade da Água (PCQA) cabendo àquela Entidade Reguladora efetuar ações de fiscalização à respetiva implementação. No cumprimento da legislação vigente, as Entidades Gestoras implementam o PCQA aprovado pela Entidade Reguladora, sendo as situações de incumprimento dos valores paramétricos comunicadas às respetivas competentes. O PCQA de 2017 da AdVT foi aprovado em 29 de dezembro de 2016 pela ERSAR. No âmbito do PCQA aprovado, em 2017 foram efetuadas análises, sendo que foram detetados 19 incumprimentos aos valores paramétricos, o que evidencia um bom desempenho, com uma percentagem de cumprimento de 99,84%. Anualmente, os resultados do controlo da qualidade da água nos pontos de entrega e na torneira do consumidor realizado pelas Entidades Gestoras são também parte integrante do RASARP. Em dezembro de 2017 foi publicado e divulgado o Volume 2 do RASARP com os resultados da qualidade da água para consumo humano referenciados a 31 de dezembro de Outras matérias regulatórias Em 2017, o Grupo AdP manteve ativamente a sua participação na elaboração de sugestões no âmbito das consultas públicas que a ERSAR promoveu. Consulta pública n.º 03/2016 relativa ao Regulamento de Procedimentos Regulatórios; Consulta pública n.º 04/2016 relativa ao Regulamento de Relações Comercias; Consulta pública n.º 02/2017 relativa à recomendação para Inspeção, limpeza e higienização de reservatórios destinados ao armazenamento de água para consumo humano. No final de 2017, iniciou-se a consulta pública n.º 06/2017 relativa à definição dos valores de água não faturada para efeitos de repercussão da taxa de recursos hídricos para O período de consulta pública terminou no decorrer de 2018 (15 de janeiro de 2018) e no qual o Grupo AdP participou. A proposta da ERSAR para a definição dos valores de água não faturada para efeitos de repercussão da taxa de recursos hídricos para 2018 aos seus utilizadores tem como limite 5% para o volume de água faturada em alta e 20% para a baixa, sendo eventuais valores superiores aos volumes suportados pelas Entidades Gestoras como incentivo à redução de perdas. AdVT_Relatório e Contas 2017_38

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40 O NEGÓCIO - Introdução A Águas do Vale do Tejo, S.A., é uma empresa multimunicipal de Abastecimento de Água para Consumo Humano e de Saneamento de Águas Residuais, que resulta da cisão da Águas de Lisboa e Vale do Tejo, empresa que em 2015 havia agregado oito sistemas multimunicipais. O sistema multimunicipal do Vale do Tejo compreende a exploração e a gestão dos serviços de águas e saneamento de águas residuais abrangidos pelos extintos sistemas multimunicipais da Águas do Centro, Águas do Zêzere e Côa, Águas do Centro Alentejo, Águas do Norte Alentejano e Águas do Oeste (apenas na componente de abastecimento de água), correspondente a um total de 70 Municípios abrangidos. Estima-se que a população residente abrangida pelo sistema seja atualmente de, cerca de, 1,0 milhões de habitantes na atividade de abastecimento de água e cerca de 0,6 milhões habitantes na atividade de saneamento de águas residuais. A gestão da operação do sistema multimunicipal da Águas do Vale do Tejo encontra-se delegada na EPAL, S.A., empresa do Grupo Águas de Portugal. No âmbito da gestão delegada do sistema, a EPAL, assume, também, a obrigação de gestão das infraestruturas afetas ao sistema em termos que permitam a respetiva exploração nos termos da legislação aplicável e do contrato de concessão. - Água e Saneamento Alta O sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e Saneamento do Vale do Tejo é caracterizado da seguinte forma: Abastecimento de Água Engloba 70 Municípios: Aguiar da Beira, Alandroal, Alcobaça, Alenquer, Almeida, Alter do Chão, Alvaiázere, Arronches, Arruda dos Vinhos, Avis, Azambuja, Belmonte, Bombarral, Borba, Caldas da Rainha, Campo Maior, Castanheira de Pêra, Castelo Branco, Castelo de Vide, Celorico da Beira, Cadaval, Crato, Entroncamento, Elvas, Évora, Ferreira do Zêzere, Figueira de Castelo Rodrigo, Figueiró dos Vinhos, Fornos de Algodres, Fronteira, Fundão, Gavião, Gouveia, Guarda, Idanha-a-Nova, Lourinhã, Mação, Mafra, Manteigas, Marvão, Mêda, Monforte, Mourão, Nazaré, Nisa, Óbidos, Oleiros, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penamacor, Peniche, Pinhel, Ponte de Sor, Portalegre, Portel, Proença-a-Nova, Redondo, Reguengos, Rio Maior, Sabugal, Sardoal, Seia, Sousel, Sertã, Sobral de Monte Agraço, Tomar, Torres Vedras, Vila Nova da Barquinha e Vila Velha de Ródão; A população abrangida é de 1,0 milhões de habitantes. AdVT_Relatório e Contas 2017_40

41 Saneamento de Águas Residuais: Engloba 55 Municípios: Aguiar da Beira, Alandroal, Almeida, Alter do Chão, Alvaiázere, Arronches, Avis, Belmonte, Borba, Campo Maior, Castanheira de Pêra, Castelo Branco, Castelo de Vide, Celorico da Beira, Crato, Entroncamento, Elvas, Évora, Ferreira do Zêzere, Figueira de Castelo Rodrigo, Figueiró dos Vinhos, Fornos de Algodres, Fronteira, Fundão, Gavião, Gouveia, Guarda, Idanha-a-Nova, Mação, Manteigas, Marvão, Meda, Monforte, Mourão, Nisa, Oleiros, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penamacor, Pinhel, Ponte de Sor, Portalegre, Portel, Proença-a- Nova, Redondo, Reguengos, Sabugal, Sardoal, Seia, Sousel, Sertã, Tomar, Vila Nova da Barquinha e Vila Velha de Ródão A população abrangida é de 0,6 milhões habitantes. - Outros Negócios A Águas do Vale do Tejo desenvolve ainda um conjunto de atividades acessórias e complementares, que lhe foram transmitidas nos termos do número 3 do Artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 94/2015, e nos números 2 e 3 da cláusula 1.ª do Contrato de Concessão. AdVT_Relatório e Contas 2017_41

42 SUSTENTABILIDADE - Enquadramento No ano de 2017 a empresa continuou a contribuir de forma relevante para a promoção de um futuro sustentável, aliando o crescimento económico com a responsabilidade ambiental, a justiça social e a qualidade de vida das populações de hoje e das gerações futuras. Caminhámos com afinco no combate às alterações climáticas, na concretização da economia circular e no cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). A AdVT enquanto empresa pertencente ao universo AdP, grupo que desempenha uma função ativa na sociedade e no ambiente, desenvolve uma gestão adequada dos seus recursos, de forma a promover uma operação mais eficiente, que garanta uma melhor qualidade do serviço prestado, a melhores tarifas para a comunidade. A estratégia de sustentabilidade do Grupo AdP resulta da análise das orientações de gestão e da estratégia de negócio, do plano setorial PENSAAR, da reflexão sobre as expetativas dos stakeholders, da consolidação das melhores práticas existentes, dos compromissos assumidos com a subscrição do Global Compact no âmbito das Nações Unidas e com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Neste enquadramento, e tendo por base a premissa de que a sustentabilidade se consegue criando relações simbióticas com o ambiente, com os acionistas e colaboradores, com a comunidade e com as demais partes interessadas, identificaram-se os principais desafios do grupo em matéria de sustentabilidade e definiram-se os Princípios e Compromissos da Estratégia de Sustentabilidade do Grupo AdP. Estratégia de Sustentabilidade Simbiose com Ambiente Princípio: Gerimos o ciclo urbano da água em equilíbrio com os ciclos da natureza Compromissos: Conservar e valorizar as massas de água Minimizar a produção de resíduos e valorizar os subprodutos Conservar a biodiversidade e promover os serviços de ecossistemas Apostar na Investigação e Desenvolvimento Princípio: Contribuímos para o combate às alterações climáticas Compromisso: Garantir a ecoeficiência do Grupo AdVT_Relatório e Contas 2017_42

43 Simbiose com os Acionistas e Clientes Princípio: Garantimos a prossecução das políticas setoriais consolidando um Grupo empresarial de referência no setor do ambiente Compromissos: Garantir a sustentabilidade económico-financeira do Grupo, criando valor para os acionistas e demais partes interessadas Garantir a credibilidade, transparência e rigor do modelo de gestão do Grupo Contribuir para o desenvolvimento de uma economia local responsável Princípio: Prestamos um serviço público de excelência, com impacto direto na melhoria da qualidade de vida Compromissos: Garantir a acessibilidade aos serviços de água e saneamento, assegurando justiça social e qualidade de vida das populações Garantir a eficiência, fiabilidade e a qualidade do serviço e segurança do produto Personalizar, simplificar e inovar na relação com o cliente, com base numa maior proximidade Simbiose com os Colaboradores Princípio: Valorizamos a relação com os colaboradores, garantindo o crescente know-how do Grupo Compromissos: Investir no desenvolvimento dos colaboradores Garantir a igualdade de oportunidades Garantir a segurança e saúde no trabalho Promover o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal Garantir uma comunicação interna transversal e eficaz Simbiose com a Comunidade Princípio: Promovemos a aproximação crescente à comunidade Compromissos: Promover a utilização sustentável dos serviços essenciais de água e saneamento Adotar um papel ativo no envolvimento com a população para as questões sociais Partilhar o conhecimento através de projetos de cooperação, capacitação e apoio técnico Investir na relação e na partilha de valores na cadeia de fornecimento AdVT_Relatório e Contas 2017_43

44 - Stakeholders/Partes Interessadas Por stakeholder entende-se uma pessoa ou grupo que podem afetar e/ou são afetados pelos resultados estratégicos obtidos e que têm reivindicações aplicáveis, respeitantes ao desempenho da empresa. O relacionamento da empresa com estas partes interessadas é um procedimento intrínseco ao desenvolvimento da gestão da sustentabilidade da empresa na sua vivência diária. A envolvência dos stakeholders na atividade do Grupo AdP, onde a AdVT se insere, passa por um exercício de partilha e transparência da empresa na sua relação com a sociedade e, em particular, com as entidades que têm impacto ou são impactadas pelas empresas do Grupo. Deveres especiais de prestação de informação A AdVT cumpre todas as obrigações legais, estatutárias e contratuais em matéria de divulgação de informação, sempre assente no princípio da transparência e assegurando os deveres inerentes ao adequado relacionamento com o universo de stakeholders. AdVT_Relatório e Contas 2017_44

45 - Gestão do Risco A existência de um modelo de gestão do risco empresarial possibilita uma avaliação integrada do risco na empresa e um amadurecimento da sua cultura de risco, permitindo criar uma linguagem comum na definição e conceito de cada risco, a par do alinhamento dos objetivos com os riscos e respetivos controlos em vigor na empresa, por forma a proteger os investimentos e ativos. A adequabilidade do sistema de controlo interno na empresa e nomeadamente a eficácia e eficiência dos controlos existentes, encontra-se alinhada com o modelo de gestão do risco existente, sendo ajustada sempre que, através da avaliação de risco, sejam identificados riscos enquadráveis num patamar considerado não aceitável, ou detetadas insuficiências ou falhas na análise dos controlos que lhe está subjacente. No modelo de gestão do risco empresarial implementado no Grupo AdP, os riscos encontram-se organizados de acordo com uma estrutura de classes e categorias definidas de acordo com a metodologia COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission), a qual apresentamos na página seguinte: Classes Governação Estratégia e Planeamento Operacional/ Infraestrutura Conformidade Reporte Governação Corporativa Responsabilidade Social e Sustentabilidade Ativos Conformidade Reporte Ética Fatores Externos Gestão Financeira Estratégia Recursos Humanos Categorias Planeamento Tecnologias de Informação Legal Desenvolvimento de Produtos e Serviços Marketing, Vendas e Comunicação Supply Chain A avaliação dos riscos é efetuada na perspetiva da probabilidade de ocorrência e do impacto, considerando os respetivos riscos inerente e residual. Deste modo, procura-se aferir a eficácia do sistema de controlo interno instituído para manter o nível de risco num patamar considerado aceitável, em conformidade com a seguinte matriz. AdVT_Relatório e Contas 2017_45

46 PROBABLIDADE Muito Elevada Elevada Média Não aceitável Tolerável Baixa Aceitável Muito Baixa Muito Baixo Baixo Médio Elevado Muito Elevado IMPACTO A avaliação dos riscos na perspetiva do impacto contempla as seguintes dimensões de análise: Financeira; Reputação; Legal ou regulamentar; e Nível de alinhamento com os objetivos de negócio. A perspetiva da probabilidade de ocorrência do risco é avaliada considerando igualmente um conjunto alargado de fatores, nomeadamente: Existência e eficácia de controlos; Ocorrência anterior do risco; Complexidade do risco; e Capacidade instalada para gerir o risco (pessoas, processos, sistemas). Sempre que a avaliação de um risco se enquadre num patamar tolerável ou não aceitável, são definidos e implementados Planos de Tratamento do Risco, como medidas que visam a sua mitigação. A Auditoria Interna e Controlo de Risco (AICR) é a Direção da AdP SGPS que tem por missão a identificação dos riscos inerentes aos negócios da empresa, a caraterização dos elementos-chave de controlo necessários para minimizar ou eliminar o seu impacto, a execução de testes de conformidade para avaliar os resultados e a realização de auditorias internas à empresa. A AICR, enquanto elemento supervisor no processo de avaliação de risco e da eficácia e eficiência dos sistemas de controlo interno da empresa, reporta diretamente ao Conselho de Administração da AdP SGPS, encontrando-se dotada de um adequado grau de autonomia na realização dos trabalhos, otimizando os recursos disponíveis e evitando a duplicação de estruturas. A abordagem dos riscos é assegurada pelas estruturas existentes de acompanhamento e controlo da atividade na empresa, as quais têm como responsabilidade identificar e gerir os principais riscos. O Conselho de Administração instituiu ações de monitorização periódicas sobre os principais riscos identificados, de forma a acompanhar a sua evolução e aferir o nível de controlo, estando as mesmas a ser realizadas conforme previsto. Para além da AICR, outras áreas funcionais da empresa desenvolvem competências no controlo de risco, designadamente o Secretário da Sociedade, a Direção Jurídico-Legal, a Direção Financeira e a Direção de Comunicação, em áreas como a Legal, Financeira e Reputacional. AdVT_Relatório e Contas 2017_46

47 No contexto atual, atendendo que a EPAL é que detém a gestão delegada do sistema de abastecimento de água e saneamento de águas residuais da Águas do Vale do Tejo, os principais riscos a que a AdVT está exposta na sua atividade, resultantes da avaliação conjunta efetuada a ambas as entidades, são os seguintes: Infiltrações de saneamento em alta Risco de infiltrações ao longo da cadeia de saneamento em alta, com consequente diminuição da capacidade de tratamento e perdas financeiras, decorrente de avarias e falhas não detetadas atempadamente, envelhecimento da infraestrutura e ausência de redes separativas Gestão das participações sociais Risco de uma inadequada definição ou implementação da estratégia do Grupo, nomeadamente quando aos seus investimentos (aquisições e alienações), que impeçam a obtenção de ganhos financeiros, de organização e viabilidade do negócio Gestão da dispersão geográfica Risco de incapacidade ou dificuldade na potencialização de ganhos de escala e na gestão dos recursos humanos, materiais e tecnológicos, devido a dispersão geográfica do negócio. Impacto ambiental Risco de uma ineficiente utilização dos recursos ambientais ou contaminação dos mesmos, decorrente direta ou indiretamente da atividade da empresa ou do incumprimento da legislação / regulamentação ambiental vigente. Tecnologias de informação Risco de incapacidade ou dificuldade na resposta às necessidades do negócio, devido a inexistência ou desalinhamento do planeamento estratégico das Tecnologias de Informação (equipamentos, infraestruturas, software), face a estratégia da Organização. A definição do modelo de gestão do risco empresarial no Grupo AdP, contemplou a definição e aprovação de uma Matriz de Riscos aplicável ao universo das suas empresas, assente na metodologia COSO, na qual os riscos se encontram definidos e são revistos periodicamente, considerando a realidade operacional e empresarial existente. Anualmente, a empresa procede à avaliação do seu risco, através da autoavaliação realizada pelas direções, aos riscos que lhe sejam aplicáveis, tendo por base uma análise do risco inerente e residual, atendendo ao sistema de controlo interno existente e à eficácia e eficiência dos controlos implementados. Quando, na avaliação de risco anual da empresa, são identificados riscos enquadrados num patamar acima do considerado aceitável para o Grupo AdP, é definido por risco um Plano de Tratamento, aprovado pela Administração, identificando-se para o efeito qual a(s) ação(ões) corretiva(s) a desenvolver, a estratégia de tratamento que esta(s) consubstancia(m) (evitar, aceitar, reduzir ou partilhar o risco), a periodicidade de tratamento associada, o responsável e respetivo plano de implementação. Consoante a duração do período de tratamento definido, poderão ser definidas datas de monitorização e os respetivos responsáveis, sendo o impacto das ações desenvolvidas aferido na avaliação subsequente efetuada. Decorrente da análise à avaliação do risco efetuada pela empresa no final de 2017, o Conselho de Administração irá avaliar a necessidade de identificar e/ou implementar ações corretivas, as quais sendo identificadas, serão incorporadas nos Planos de Tratamento do Risco, que deverão ser monitorizados periodicamente, de forma a acompanhar a sua implementação, o impacto na mitigação dos riscos identificados e aferir o respetivo nível de controlo. AdVT_Relatório e Contas 2017_47

48 - Atividade Operacional A atividade da AdVT durante o ano foi determinantemente influenciada pelo processo de cisão da empresa que, operacionalmente, apenas ocorreu em 30 de junho de 2017, pelo que a atividade no primeiro semestre do ano contemplou ainda a gestão dos sistemas que transitaram para a Águas do Tejo Atlântico e para a Simarsul. Atualmente a AdVT tem a seguinte estrutura: Água N.º de Utilizadores: 70 Municípios N.º de Municípios Servidos: 69 Municípios População Residente Abrangida: 1 milhão de Habitantes Ativos: 354 captações 48 Estações de Tratamento 697 Reservatórios 192 Estações Elevatórias Saneamento N.º de Utilizadores: 55 Municípios N.º de Utilizadores Servidos: 55 Municípios População Residente Abrangida: 0,6 milhões de Habitantes Ativos: 396 Estações de Tratamento 293 Estações Elevatórias Tendo-se verificado em 2017, em resultado da cisão operada, uma diminuição significativa da área abrangida, a atual distribuição geográfica do Sistema é a seguinte: Municípios servidos pela AdVT - Abastecimento de Água Municípios servidos pela AdVT - Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais AdVT_Relatório e Contas 2017_48

49 Nos termos e montantes definidos no anexo VII ao Decreto-Lei n.º 34/2017, passaram a partir de 2017 a constituir rendimentos da Águas do Vale do Tejo, as receitas extraordinárias adicionais sob a forma de apoio do Fundo Ambiental, previstas na alínea c) do n.º 4 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 42-A/2016, de 12 de agosto. Para o ano de 2017 o valor atribuído foi de 2,5 milhões de euros. Abastecimento de Água (AA) Volumes: O volume de água entrado no sistema, em 2017, foi de 85,0 milhões de m 3, dos quais 54,6 milhões de m 3 referente a captações próprias e 30,4 milhões de m 3 relativos a água adquirida a outros operadores. Volume de água entrada no Sistema 2017 Captações Próprias 64% Adquirida a terceiros 36% A aquisição de volumes de água teve a seguinte distribuição: Para água tratada: À EPAL para os municípios do Oeste 27,4 Mm 3 ; À EPAL para os municípios do Entroncamento e Vila Nova da Barquinha (subsistemas da Beira Baixa) 1,1 Mm 3 e 0,5 Mm 3, respetivamente; Ao subsistema de Cabeça Gorda para o município de Abrantes (Subsistema da Beira Baixa) 0,9 Mm 3 ; À Águas Públicas do Alentejo para o município de Portel (subsistema do Centro Alentejo) 0,4 Mm 3 ; A Cabril (Verejeira) para o Município de Pedrógão Grande (subsistema da Beira Baixa) 11,1mm 3 ; À Aguas do Norte para o Município da Mêda (subsistema da Beira Alta) - 28,4mm 3. Incluída na água captada está a aquisição: À Associação Beneficiários da Vigia para o município do Redondo (subsistema do Centro Alentejo) 0,2 Mm 3 ; À Associação Beneficiários do Caia para o município de Elvas (subsistema do Norte Alentejo) 2,4 Mm 3 ; Existe ainda o reforço de água na Albufeira de Monte Novo através de uma EE da EDIA (proveniente da Albufeira de Alqueva), para os municípios de Évora, Reguengos de Monsaraz e Mourão (subsistema do Centro Alentejo) O volume faturado aos clientes foi de 79,9 milhões de m 3, verificando-se um aumento global de faturação em todos os subsistemas A repartição deste volumes pelos diferentes subsistemas foi a seguinte: Oeste 27,4 milhões de m 3 Raia, Zêzere e Nabão 17,3 milhões de m 3 Alto Zêzere e Côa 15,9 milhões de m 3 Norte Alentejo 9,0 milhões de m 3 Centro Alentejo 8,2 milhões de m 3 Não municipais 2,1 milhões de m 3 AdVT_Relatório e Contas 2017_49

50 Tarifas: As tarifas a aplicar aos utilizadores municipais durante o período de convergência tarifária da concessão (de 2015 a 2020) são as que constam nos anexos II e III do Decreto-Lei n.º 94/2015. Para o ano de 2017, a atualização das tarifas foi objeto de proposta à ERSAR, de acordo com as disposições previstas no contrato de Concessão, tendo sido ratificada em 15 de setembro de Conforme previsto no Contrato de Concessão da LVT, e que se manteve para o ano de 2017, atendendo que o Contrato de Concessão se mantêm em vigor até à sua atualização, a tarifa do sistema de abastecimento da AdVT é única para todos os utilizadores, tendo sido fixada em 0,5816 euros/ m 3 em 2017, valor que corresponde ao previsto no Contrato de Concessão - 0,5696 euros/m 3 - a preços de 2015, atualizada com a variação do índice de preços. Durante o período de convergência tarifária da concessão (primeiro período quinquenal da concessão, conforme o n.º 1 do artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 94/2015), o regime de uniformidade tarifária entre a AdVT e a EPAL, tem em vista uma aproximação entre as tarifas da atividade de abastecimento praticadas no sistema da AdVT e as tarifas a aplicar pela EPAL. O regime da uniformidade tarifária entre o sistema da AdVT e a EPAL encontra-se previsto no capítulo V do Decreto-Lei n.º 94/2015, e traduz a fórmula de contribuição pela EPAL para o esforço de sustentabilidade económica e financeira dos sistemas em Alta em Portugal. Assim, as tarifas a aplicar pela EPAL durante o período de convergência tarifária da concessão, nas atividades em Alta são as que constam do anexo IV ao Decreto-Lei n.º 94/2015, acrescidas da componente tarifária prevista no referido anexo. Os clientes da EPAL não se encontram por conseguinte sujeitos neste período à aplicação da tarifa uniforme, mas prevê-se todavia uma componente tarifária relativa à uniformidade que acresce ao respetivo preço contratual. Nos termos do n.º 6 do artigo 36.º do Decreto-lei n.º 94/2015 o produto entre o valor unitário da componente tarifária e volume de água faturado e cobrado trimestralmente pela EPAL no seu negócio em Alta (fornecimento aos municípios e fornecimento em Alta para a sua atividade de distribuição domiciliária no município de Lisboa), constitui assim receita própria da AdVT. A atualização do valor da componente tarifária para 2017 foi aprovada pela ERSAR, no âmbito da proposta de atualização tarifária da EPAL, sendo o valor unitário de 0,0425 euros/m 3. Operação do Sistema de Abastecimento: Apesar do processo de cisão ocorrido em 2017, o sistema de abastecimento de água do Oeste manteve pela EPAL a sua exploração e gestão. Atendendo que as novas empresas apenas operam na atividade de águas residuais, a atividade de abastecimento da AdVT manteve todas as suas infraestruturas e atividade. O ano de 2017 ficou determinantemente marcado pelos efeitos nefastos decorrentes da seca severa e extrema que assolou o nosso País, havendo necessidade do recurso a soluções de contingência para fazer face às dificuldades apresentadas de um modo geral em todas as regiões em que a empresa opera, mas sobretudo: Nos volumes disponíveis nas albufeiras da Vigia (Redondo), Monte Novo (Évora, Reguengos de Monsaraz e Mourão), Caldeirão (Guarda) e Fumadinha (Aguiar da Beira); Nos níveis e volumes disponíveis nas captações subterrâneas do Alentejo, mais precisamente em Borba, Alandroal, Avis, Nisa e Gavião, da Beira Baixa (Oleiros) e Beira Alta (Gouveia/Curral do Negro). Assim, foram desenvolvidos e implementados planos de contingência, que passaram por ligações alternativas, novos furos, descargas de albufeiras para reforço de captação, abastecimento emergencial via auto tanques, bem como melhorias de ligações. Outra ocorrência que afetou determinantemente a atividade em 2017 foi a vaga de incêndios que se registou sobretudo na região centro, afetando diversos municípios servidos pela AdVT, sendo que face à ausência de energia e inacessibilidades ocorreram algumas falhas de água tendo, contudo, sido possível repor o serviço em menos de 24 horas, graças a um excecional empenho das equipas de operação e manutenção disponíveis no terreno. Esta catástrofe que se verificou poderá trazer consequências nefastas no futuro, devido sobretudo ao arrastamento de cinzas, potenciando o risco de degradação da qualidade da água nas origens. Contudo, a AdVT desenvolveu desde logo planos de ação que AdVT_Relatório e Contas 2017_50

51 visam identificar as albufeiras mais críticas face à localização dos incêndios, de modo a implementar procedimentos que minimizem eventuais impactos na qualidade da água. Contribuindo para a melhoria dos serviços prestados, iniciou-se em 2017 o arranque da captação da Fonte do Freixo, em Borba. Para fazer face à indisponibilidade de água detetada nos níveis de captação nas origens subterrâneas em Borba (furos da Fonte do Freixo), decorrente da situação de seca extrema, foi necessária a realização dos trabalhos de pesquisa de novas origens de água, tendo-se construído um novo furo. Durante o período preparatório da entrada em exploração do referido furo, recorreu-se à implementação de uma importante campanha logística de abastecimento via autotanques de transporte de água, para fazer face aos consumos verificados. Ao longo do ano verificaram-se os seguintes aspetos relevantes em termos da atividade: Na ETA de Alandroal, como medida de precaução à ocorrência de picos de turvação que poderiam condicionar o sistema de tratamento e o fornecimento de água à população, foram instalados dois filtros de areia; Realização dos trabalhos que permitiram a ligação direta da conduta da Associação de Beneficiários da Obra da Vigia a uma das condutas elevatórias de água para tratamento na ETA da Vigia. A intervenção assegurou a transferência direta de água da Albufeira de Alqueva para a ETA da Vigia, alterando assim a origem de água a tratar; Preparação da conduta do sistema Monte Novo para auxílio ao sistema Vigia, através de processo de lavagem por Air Scouring; Melhoria do sistema de cloragem ao break-point para remoção do azoto amoniacal, quando existente em elevadas concentrações na água captada na ETA de Monte Novo; Operacionalização do ponto de fornecimento de água no sistema de adução de água do Caia para efeitos de transporte de água em situações de emergência; De acordo com plano de contingência para mitigação dos efeitos da seca, foi efetuada a libertação de caudal na albufeira do Caldeirão para reforço das captações de Santo António do Rio /Celorico da Beira e Ponte de Juncais/Fornos de Algodres; Conceção e implementação do plano de contingência Reservas de Água em origens subterrâneas e superficiais Beira Alta ; Colocação em funcionamento de jangada de emergência no açude de Ponte de Juncais, de forma a garantir o abastecimento público à população servida pelo Subsistema de Ponte de Juncais; Operacionalização do ponto de fornecimento de água no sistema de adução da Senhora do Desterro, para efeitos de transporte de água em situações de emergência para o Município de Oliveira do Hospital; Colocação em funcionamento da conduta adutora km 88 para o reservatório da Carragosela, auxiliando a diminuição do valor das perdas no Sistema da Senhora do Desterro; Substituição de diversos troços de conduta para otimização dos sistemas de adução na Beira Alta (Lobatos (Subsistema Caldeirão), Soito, Sortelha, Vale Sr.ª da Póvoa, (Subsistema Sabugal), Telhado, Alcaria e Alcaide, (Subsistema Capinha), Vermiosa (Subsistema Sabugal/Sta. Maria de Aguiar); Melhoria no tratamento da ETA da Arrochela, com instalação de sistema de doseamento de carvão ativado e desinfeção final na cisterna de água tratada; Conceção e implementação do plano de contingência Reserva de água insuficiente em origem de água superficial, Albufeira da Vigia, Alentejo ; Conclusão do projeto GestAqua pertencente ao programa Adapt, cujo objetivo foi o desenvolvimento e implementação de estratégias de adaptação às alterações climáticas no setor dos recursos hídricos, tendo comos casos de estudo as albufeiras de Monte Novo e Vigia, localizadas no Alentejo; AdVT_Relatório e Contas 2017_51

52 Conceção e implementação do plano de contingência Resposta aos efeitos dos incêndios na qualidade da água para abastecimento público. O referido plano contemplou a adoção de medidas nos subsistemas de abastecimento do Rio Fundeiro, Cabril, Santa Águeda e Pisco. Qualidade da Água: Controlo da Qualidade da Água O controlo da qualidade da água no sistema de abastecimento de AdVT é assegurado, maioritariamente através da execução do Plano de Controlo da Qualidade da Água no Sistema de Abastecimento de AdVT (PCQA-AdVT). O PCQA-AdVT compreende o controlo legal definido pelo Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto e pelo Decreto-Lei n.º 152/2017, de 7 de dezembro, o Controlo operacional/vigilância da qualidade da água para consumo humano e das origens no Sistema de Abastecimento de AdVT e o controlo dos processos de tratamento realizados nas Estações de Tratamento de Água. O sistema de abastecimento de água de AdVT garante o fornecimento de água em alta a 56 entidades gestoras de sistemas de abastecimento de água, abrangendo 70 municípios, através de 157 subsistemas de abastecimento de água. Em 2017 a EPAL/Direção de Laboratórios e Controlo da Qualidade da Água manteve a execução da amostragem e das análises realizadas no controlo da qualidade da água dos subsistemas das regiões do Alentejo Norte, as análises realizadas no controlo da qualidade da água dos subsistemas da região da Beira Baixa (zona Raia) e as análises efetuadas no âmbito do cumprimento de Contratos de Concessão de captações superficiais utilizadas por AdVT para produção de água destinada ao consumo humano. Mantiveram-se ainda a ser garantidas por parte da Direção de Laboratórios e Controlo da Qualidade da Água as seguintes atividades: Centralização das contratações de ensaios de amostragem no âmbito do cumprimento de Contratos de Concessão de captações superficiais utilizadas por AdVT para produção de água destinada ao consumo humano; Centralização das contratações de ensaios para cumprimento do PCQA, dos subsistemas da Beira Alta, Beira Baixa (zonas do Médio Zêzere a do Baixo Zêzere e Nabão) e Centro Alentejo. Avaliação da Qualidade da Água Em termos da avaliação da Qualidade da Água nas Origens, há a referir: O esquema de tratamento instalado e a mistura de água proveniente das diferentes origens elencadas anteriormente, com a(s) água(s) tratada(s) proveniente das ETA associadas a origens superficiais permite garantir a qualidade da água fornecida de acordo com a legislação em vigor. Captações superficiais: O sistema de abastecimento água de AdVT inclui 23 origens superficiais. Na avaliação da qualidade da água das origens superficiais, teve-se por base os requisitos de qualidade das águas doces superficiais destinadas à produção de água para consumo humano definidos no Anexo I, do Decreto-Lei n.º 236/98. Captações superficiais - Alentejo Centro Albufeira do Monte Novo A qualidade da água na Albufeira do Monte Novo integra-se na Classe >A3 para o parâmetros ph e Carência química de oxigénio, na Classe A3 para os Fenóis, na Classe A2 para os parâmetros Azoto amoniacal, Azoto Kjeldahl, Carência bioquímica de oxigénio, Cor, Estreptococos fecais, Coliformes totais e Manganês e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. AdVT_Relatório e Contas 2017_52

53 Albufeira da Vigia A qualidade da água na Albufeira da Vigia integra-se na Classe >A3 para o parâmetros ph, Carência química de oxigénio e Manganês, na Classe A3 para a Carência bioquímica de oxigénio, na Classe A2 para os parâmetros Cor, Fosfatos, Azoto amoniacal, Azoto Kjeldahl, Coliformes totais e Estreptococos fecais e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Captações superficiais Alentejo Norte Albufeira da Apartadura A qualidade da água na Albufeira da Apartadura integra-se na Classe A2 para os parâmetros Azoto Kjeldahl e Coliformes totais e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira do Caia A qualidade da água na Albufeira do Caia integra-se na Classe >A3 para o parâmetros Azoto amoniacal, Oxigénio dissolvido e ph, na Classe A3 para o Azoto Kjeldahl, Fosfatos e Manganês, na Classe A2 para o parâmetro Cor e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira de Póvoa e Meadas A qualidade da água na Albufeira de Póvoa e Meadas integra-se na Classe >A3 para os parâmetros Carência química de oxigénio, Coliformes totais, Oxigénio dissolvido e Temperatura, na Classe A3 para o Azoto amoniacal, Azoto kjeldahl, Manganês e ph, na Classe A2 para o parâmetro Cor e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Os valores da Temperatura superiores aos valores limite para as Classes A1/A2/A3 são consequência do clima habitual para o nosso país, não sendo considerada por si só um indicador de contaminação das águas. Captações superficiais Beira Baixa Albufeira do Cabril A qualidade da água na Albufeira do Cabril integra-se na Classe A3 para o parâmetro Carência bioquímica de oxigénio, na Classe A2 para os parâmetros Coliformes fecais e Coliformes totais e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira de Corgas A qualidade da água na Albufeira de Corgas integra-se na Classe A2 para os parâmetros Carência bioquímica de oxigénio, Coliformes fecais, Coliformes totais e Estreptococos fecais e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira de Penha Garcia A qualidade da água na Albufeira de Penha Garcia integra-se na integra-se na Classe A3 para os parâmetros Fenóis e Manganês, na Classe A2 para os parâmetros Coliformes fecais, Coliformes totais e Estreptococos fecais e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira do Pisco A qualidade da água na Albufeira do Pisco integra-se na integra-se na Classe A3 para o parâmetro Fenóis, na Classe A2 para os parâmetros Coliformes fecais, Coliformes totais, Estreptococos fecais e Manganês e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira de Santa Águeda A qualidade da água na Albufeira de Santa Águeda integra-se na Classe A3 para os parâmetros Coliformes totais e Fenóis, na Classe A2 para os parâmetros Azoto Kjeldahl, Coliformes fecais e Estreptococos fecais e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. AdVT_Relatório e Contas 2017_53

54 Albufeira de Santa Luzia A qualidade da água na Albufeira de Santa Luzia integra-se na Classe >A3 para o parâmetro Substâncias tensioativas, na Classe A2 para os parâmetros Coliformes fecais, Coliformes totais, Estreptococos fecais e Hidrocarbonetos dissolvidos ou emulsionados e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Rio Fundeiro A qualidade da água no Rio Fundeiro integra-se na Classe A2 para os parâmetros Azoto Kjeldahl, Coliformes fecais e Coliformes totais e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Captações superficiais Beira Alta Açude de Beságueda A qualidade da água no Açude de Beságueda integra-se na Classe A3 para os parâmetros Fenóis e Manganês, na Classe A2 para os parâmetros Coliformes fecais, Coliformes totais, Cor e Ferro dissolvido e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira do Caldeirão A qualidade da água na Albufeira do Caldeirão integra-se na Classe >A3 para o parâmetro Substâncias extraíveis com clorofórmio, na Classe A3 para o parâmetro Carência bioquímica de oxigénio, na Classe A2 para os parâmetros Coliformes fecais, Coliformes totais e Manganês e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira da Capinha A qualidade da água na Albufeira da Capinha integra-se na Classe >A3 para o parâmetro Carência bioquímica de oxigénio, na Classe A3 para o parâmetro Manganês, na Classe A2 para os parâmetros Coliformes fecais, Coliformes totais, Cor e Estreptococos fecais e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira do Carvalhal do Eiro A qualidade da água na Albufeira do Carvalhal do Eiro integra-se na Classe >A3 para os parâmetros Carência bioquímica de oxigénio e Substâncias extraíveis com clorofórmio, na Classe A3 para o parâmetro Manganês, na Classe A2 para os parâmetros Coliformes fecais, Coliformes totais, Cor, Estreptococos fecais, Ferro dissolvido e Hidrocarbonetos dissolvidos ou emulsionados e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira da Fumadinha A qualidade da água na Albufeira da Fumadinha integra-se na Classe >A3 para os parâmetros Carência bioquímica de oxigénio e Substâncias extraíveis com clorofórmio, na Classe A2 para os parâmetros Coliformes fecais, Coliformes totais, e Estreptococos fecais e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira de Meimoa A qualidade da água na Albufeira de Meimoa integra-se na Classe >A3 para os parâmetros Carência bioquímica de oxigénio e Fenóis, na Classe A2 para o parâmetro Coliformes fecais e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira de Ranhados A qualidade da água na Albufeira de Ranhados integra-se na Classe >A3 para o parâmetro Carência bioquímica de oxigénio, na Classe A3 para o parâmetro Manganês, na Classe A2 para os parâmetros Coliformes fecais e Coliformes totais, e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira de Santa Maria de Aguiar A qualidade da água na Albufeira de Santa Maria de Aguiar integra-se na Classe >A3 para o parâmetro Manganês, na Classe A3 para o parâmetro Cor, na Classe A2 para os parâmetros Coliformes fecais, Coliformes totais e Estreptococos fecais, e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. AdVT_Relatório e Contas 2017_54

55 Albufeira do Sabugal A qualidade da água na Albufeira do Sabugal integra-se na Classe >A3 para o parâmetro Carência bioquímica de oxigénio, na Classe A2 para o parâmetro Manganês e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira/Açude da Senhora do Desterro A qualidade da água na Albufeira/açude da Senhora do Desterro integra-se na na Classe A2 para o parâmetro ph e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. Albufeira do Vascoveiro A qualidade da água na Albufeira do Vascoveiro integra-se na Classe >A3 para o parâmetro Carência bioquímica de oxigénio, na Classe A3 para o parâmetro Manganês, na Classe A2 para os parâmetros Coliformes fecais, Coliformes totais, Cor e Estreptococos fecais, e para os restantes parâmetros controlados, na Classe A1. As origens subterrâneas utilizadas pela AdVT para produção de água destinada ao consumo humano, num total de 195 (18 no Norte Alentejo, 26 no Alentejo Centro, 70 na Beira Baixa e 81 na Beira Alta), destinam-se a garantir o fornecimento a pequenos aglomerados populacionais e/ou suprir necessidades pontuais de consumo do sistema de abastecimento da Empresa. Estas origens cumprem, na generalidade, os requisitos definidos no Decreto-Lei n.º 236/98 de qualidade das águas subterrâneas destinadas à produção de água para consumo humano, ou seja, apresentam qualidade superior ou igual à da Categoria A1 das águas doces superficiais quando utilizadas para o mesmo fim. As suas caraterísticas variam em função da sua localização geográfica, profundidade de captação, geologias dos solos, atividades antropogénicas existentes nos seus perímetros de proteção, etc.. No que concerne à Qualidade da Água Fornecida/Distribuída a Entidades Gestoras, nas determinações efetuadas em amostras colhidas nos pontos de entrega, registou-se 0,13% de valores não conformes (19 incumprimentos). A distribuição de uma água com qualidade e segura é uma preocupação da gestão da AdVT, na medida em que constitui um fator da maior relevância para a sustentabilidade e para a qualidade do serviço da empresa. Trimestralmente, são enviados às entidades gestoras de sistemas de distribuição de água os mapas estatísticos obtidos nas análises de demonstração de conformidade efetuadas nos respetivos pontos de entrega. Com a frequência instituída nos contrato de concessão de origens superficiais e licenças de utilização de origens subterrâneas utilizadas pela AdVT na produção de água destinada ao consumo humano, são enviados para a Agência Portuguesa do Ambiente mapas com as análises da qualidade obtidas nas respetivas origens. Saneamento de Águas Residuais (AR) Volumes: O volume de efluente recolhido em 2017 foi de 39,3 milhões de m 3, representando um decréscimo de 24% face ao ano anterior, comparando apenas as instalações que se mantiveram na esfera de gestão da AdVT. Ao nível global, a redução é muito superior (cerca de 82%), pois em 2016 a AdVT tinha sob sua gestão as infraestruturas agora da responsabilidade da AdTA e Simarsul. A Águas do Vale do Tejo, em 2017, tratou nas suas instalações, cerca de 38,7 milhões m 3 de águas residuais, o que corresponde a uma média diária de cerca de 106 mil m 3. Comparativamente com o ano anterior, o principal motivo para a diminuição verificada foi a menor pluviosidade registada em O volume faturado aos clientes foi de 33,0 milhões de m 3, apresentando a seguinte distribuição por subsistemas: Alto Zêzere e Côa 10,7 milhões de m 3 Raia, Zêzere e Nabão 9,0 milhões de m 3 AdVT_Relatório e Contas 2017_55

56 Norte Alentejo 6,1 milhões de m 3 Centro Alentejo 6,8 milhões de m 3 Todos os subsistemas, face a 2016, e devido à menor pluviosidade registada, registaram uma acentuada redução de faturação. Tarifas: Como já indicado, as tarifas a aplicar aos utilizadores municipais durante o período de convergência tarifária da concessão (de 2015 a 2020) são as que constam nos anexos II e III do Decreto-Lei n.º 94/2015. Para o ano de 2017, a atualização das tarifas foi objeto de proposta à ERSAR, de acordo com as disposições previstas no contrato de Concessão, tendo sido ratificada em 15 de setembro de No ano de 2017 a tarifa da atividade de saneamento de águas residuais foi de 0,5215 euros/m 3. O Decreto-Lei n.º 34/2017 veio igualmente prever um mecanismo de solidariedade tarifária, ao criar uma componente tarifária acrescida (CTA) que acresce à tarifa ou rendimento tarifário, quando aplicável, com vista a contribuir para a sustentabilidade do sistema da Águas do Vale do Tejo (artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 34/2017). No anexo III ao referido Decreto-Lei são definidos os termos de aplicação da CTA, a qual até ao ano de 2026, se aplica apenas aos municípios que eram utilizadores originários do sistema multimunicipal de saneamento da Costa do Estoril e do sistema multimunicipal de saneamento do Tejo e Trancão, não abrangendo assim municípios que eram utilizadores originários, na vertente de saneamento, do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Oeste. O valor da CTA faturado pela Águas do Tejo Atlântico aos seus utilizadores municipais constitui receita da Águas do Vale do Tejo, S. A., sendo o valor unitário para 2017 de 0,0077 euros/m 3. Operação do Sistema de Saneamento: Com a cisão da AdLVT ocorrida em 2017, verificou-se uma substancial redução da atividade, atendendo que as infraestruturas afetas aos sistemas da Águas do Tejo e Atlântico, e à Simarsul, pela sua dimensão, representavam a maioria do volume tratado e faturado. Assim como referido na atividade de abastecimento, a atividade relacionada com o saneamento foi afetada com a vaga de incêndios ocorrida sobretudo na região centro, que afetou 5 municípios servidos pela AdVT, e 86 instalações. Nesta atividade foi onde o nível de serviço foi mais afetado, sobretudo devido a macrófitas e telas queimadas, bem como com períodos mais longos sem energia elétrica nas instalações afetadas. Contribuindo para a melhoria dos serviços prestados, iniciou-se a exploração das seguintes infraestruturas na Águas do Vale do Tejo: Arranque da ETAR de Vale do Arco/Monte Novo, que permitiu servir as localidades de Vale do Arco, no concelho de Ponte de Sor, e a localidade de Monte Novo, no concelho do Gavião; Arranque da ETAR de Proença-a-Nova, que foi alvo de remodelação com aumento do nível de tratamento para remoção de nutrientes, para cumprimento dos requisitos legais de descarga no meio recetor, classificado como zona sensível. Ao longo do ano verificaram-se os seguintes aspetos relevantes em termos da atividade de exploração: Substituição das bombas de elevação da EE de Nisa e início dos trabalhos de aumento de potência do fornecimento energético; Conclusão dos trabalhos de remoção de lamas e areias da primeira lagoa da ETAR de Nisa; Reabilitação dos leitos de secagem da ETAR de Martinho tendo em conta a significativa degradação do meio de enchimento; AdVT_Relatório e Contas 2017_56

57 Reabilitação e alteração dos braços distribuidores do leito percolador da ETAR de Santo António das Areias, de modo a melhorar o processo de tratamento; Inspeção por CCTV do emissário de Alpalhão e início dos trabalhos de reabilitação do mesmo; Integração da ETAR de Portalegre no Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE). Procedeu-se ainda à reabilitação da unidade de receção de limpa-fossas, e construi-se o parque de resíduos; Remoção de lamas da ETAR de Campo Maior B, com recurso a jangada instalada na lagoa anaeróbia, sendo a lama encaminhada para geotubo já instalado na ETAR; Reabilitação dos leitos de secagem na ETAR de Arronches, com colocação de meio de enchimento adequado e substituição dos drenos; Instalação de tamisador no canal de recurso da obra de entrada da ETAR de Elvas; Requalificação da ETAR da Vendinha que incluiu o corte de macrófitas, desobstrução total de todas as tubagens/drenos e limpeza profunda de todas as caixas; Na ETAR de Oriola procedeu-se à implementação das alterações necessárias no tratamento para iniciar o funcionamento da desinfeção. Foi igualmente implementada uma solução de recurso para desidratação de lamas, com a criação uma zona devidamente impermeabilizada para implementação de um geotubo; Levantamento aprofundado e pormenorizado com criação de matriz de levantamento das condições de todas as caixas dos emissários de Évora; Limpeza da lagoa anaeróbia da ETAR de Guadalupe e das lagoas anaeróbia e facultativa da ETAR de Boa Fé; Adaptação dos leitos de secagem da ETAR de Nossa Senhora de Machede, com grelha de enrelvamento para limpeza mais eficaz; Criação de instruções de trabalho sobre pontos de recolha e técnicas de amostragem para as ETAR de São Vicente de Valongo e Vendinha; Instalação de novo decantador secundário na ETAR de Vale de Açor, complementando as melhorias realizadas anteriormente (novo soprador e aumento da linha de difusores, nos dois tanques de arejamento) e colocação de nova bomba de recirculação; Limpeza calendarizada das lamas da lagoa anaeróbia da ETAR de Avis durante o ano, contribuindo para o aumento da sua capacidade de tratamento; Limpeza dos leitos de secagem das ETAR de Lamas Ativadas dos centros operacionais de Évora, Elvas, Ponte de Sor e Portalegre; Limpeza da ribeira de Vale de Açor, desmatação dos taludes e remoção de detritos acumulados na linha e água, numa extensão de cerca de m, contribuindo para a melhoria da qualidade de água no ribeiro, assim como o escoamento adequado; Limpeza da ribeira de Fronteira, desmatação dos taludes e remoção de detritos acumulados na linha e água, numa extensão de cerca de 150 m, contribuindo a melhoria da qualidade de água no ribeiro, assim como o escoamento adequado; Internalização da operação das estações elevatórias e da ETAR de Castelo Branco; Utilização de águas residuais tratadas para rega de vinhas (logo Wines); Remodelação da ETAR Figueira de Castelo Rodrigo, Meda e Vila Franca da Beira; AdVT_Relatório e Contas 2017_57

58 Início das obras de remodelação da ETAR Oliveira do Hospital; Alteração de processo de operação na ETAR Valhelhas, para apenas uma vala de oxidação, com vista ao aumento da eficiência energética dadas as condições de afluências verificadas; Qualidade dos Efluentes: O controlo da qualidade da água no sistema de saneamento de AdVT é assegurado, maioritariamente através da execução do Plano de Controlo da Qualidade da Água Residual no Sistema de Saneamento de AdVT (PCQAR-AdVT). O PCQAR-AdVT compreende o controlo definido nas licenças de descarga das ETAR, o controlo dos meios recetores, o controlo de águas reutilizadas, o controlo de lamas, biogás e emissões gasosas e o controlo operacional das instalações de tratamento dos sistemas de saneamento de AdVT. Em 2017 a EPAL/Direção de Laboratórios e Controlo da Qualidade da Água manteve a centralização das contratações de ensaios para cumprimento do PCQAR, dos diversos subsistemas de saneamento de AdVT. População Servida com Tratamento Satisfatório: A população servida com tratamento satisfatório atingiu os habitantes equivalentes, correspondendo a 94% do total. Clientes A Águas de Lisboa e Vale do Tejo tinha 86 municípios utilizadores do sistema, sendo que 70 deles eram clientes simultaneamente no serviço de abastecimento de água e no serviço de saneamento de águas residuais. Com a cisão, a Águas do Vale do Tejo passou a abranger um universo de 70 municípios, dos quais 15 apenas na vertente de abastecimento. A dívida dos utilizadores do sistema (municípios) decompõe-se da seguinte forma: Unid: euros Faturação Corrente (AA e AR) 57,1 45,3 13,6 Acordos de Pagamento 44,5 38,8 29,1 Injunções 84,5 80,9 88,5 Juros Mora 18,1 8,0 14,3 204,2 183,0 145,5 No final do ano o valor da dívida abrangida por acordos de pagamento ascendia a 29,1 milhões de euros. Ao longo do ano foram recebidos cerca de 17 milhões de euros referentes a acordos. Durante o ano de 2017 foram celebrados diversos acordos para regularização de dívidas com os seguintes utilizadores do sistema: Évora, Figueira de Castelo Rodrigo e Reguengos de Monsaraz no valor global de 13,7 milhões de euros. Para evitar a prescrição de dívida foram interpostas diversas ações administrativas comuns. No decurso do ano foram interpostas ações administrativas comuns aos municípios de Belmonte, Castelo Branco, Évora, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Guarda, Óbidos, Pinhel, Reguengos de Monsaraz, Rio Maior, Sabugal e Sousel, no valor global de 21,6 milhões de euros. No final de 2017, cerca de 88,5 milhões de euros do valor total em dívida tinham sido alvo de injunção. AdVT_Relatório e Contas 2017_58

59 Investimento O Investimento da Águas do Vale do Tejo no ano de 2017 ascendeu a 4,9 milhões de euros. Foram investidos 2,2 milhões de euros na atividade de saneamento, 1,6 milhões de euros na atividade de abastecimento e 1,1 milhões de euros respeitam a estrutura. Investimento 2017 milhões de euros Saneamento 2,2 Abastecimento 1,6 Estrutura 1,1 TOTAL 4,9 Em termos dos investimentos realizados, destacam-se os seguintes: Execução de nova captação no Sistema de Abastecimento de Borba e a adjudicação da reabilitação da captação em Alandroal, ações que permitem fazer face aos períodos de seca que possam vir a afetar a região; A adjudicação e construção de ETAR e Sistemas Intercetores nos concelhos de Avis, Borba, Elvas, Ponte de Sor, Portalegre e Portel, cuja concretização permitirá ampliar a percentagem de população com tratamento de águas residuais, conduzindo, assim, à melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem nestas regiões; Lançamento da empreitada para a construção / reabilitação do Subsistema de recolha, transporte e tratamento de águas residuais da localidade de Ortiga (Mação), que permitirá a eliminação de duas pequenas instalações com funcionamento deficitário; Em consequência dos devastadores incêndios que ocorreram na área da concessão das Beiras, após levantamento dos danos causados nas instalações da AdVT, foi preparada e lançada uma empreitada para assegurar as obras de reabilitação das infraestruturas afetadas, complementando as intervenções urgentes asseguradas pela manutenção. A empreitada, cujo concurso foi lançado no final de 2017, abrange os municípios de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos; Face ao considerável número de infraestruturas integradas dos municípios e que necessitam de reabilitações significativas, estão a ser preparadas empreitadas de reabilitação de reservatórios, de forma a assegurar o seu adequado estado de conservação e funcionamento, com efetiva redução de perdas e melhoria da qualidade do serviço. Ao longo do ano de 2017 foram adjudicadas 15 empreitadas no valor global de 4 milhões de euros, nomeadamente: Construção das ETAR de Barbacena e S. Vicente; Execução de uma Captação Subterrânea no Sistema de abastecimento de Borba; Construção do Sistema Intercetor de Águas Residuais I das Galveias; Execução do circuito de ligação da unidade de Receção de Limpa fossas à fase sólida da ETAR de Évora; Beneficiação da ETAR de Portalegre com a construção do Parque de Materiais; Beneficiação do módulo compacto da ETAR Vale de Arco; Execução da Conduta de abastecimento na Rua da Adega Sra. Almas (Oliveira do Hospital); Remodelação da Adutora a Penamacor (1ª Fase); AdVT_Relatório e Contas 2017_59

60 Abastecimento de água a Coruche (Aguiar da Beira) e à Vela (Guarda); Melhoria das condições de segurança na ETA do Vascoveiro (Fase 1); Correção de defeitos em Sistemas de Saneamento do Mondego Superior Concursos A1, B1 e B2, e reparação de Condutas em Castanheira de Pêra; Colocação em Serviço de Adutora em Aguiar da Beira Linha Açores e Gradiz; Remodelação da ETAR do Torrão; Execução do Sistema Elevatório de Nespereira 2 e do Emissário da ZI de Gouveia; Empreitada de ligações técnicas de abastecimento de água e águas residuais da Guarda Fase 1. Em 2017 foram aprovadas/lançadas a concurso, 27 empreitadas no valor global de 21,3 milhões de euros, designadamente: Reabilitação de Reservatórios; Execução dos emissários e elevatórias de Rio de Moinhos e Barro Branco; Conceção-construção da ETAR de Rio de Moinhos; Construção da Adutora Elvas/Monforte, Construção do Reservatório de Vila Boim, e das Estações Elevatórias de Boa Fé, da Amoreira e da Calçadinha; Conceção/Construção das ETAR de Carreiras, Figueira e Barros, Valongo, Esperança e Alagoa - Lote 1; Conceção/Construção das ETAR de ETAR de Monte do Trigo, Santana, Vera Cruz e São Bartolomeu do Outeiro - Lote II; Reabilitação do Furo existente do Algar das Morenas no Alandroal; Execução do circuito de Ligação da unidade de Receção de Limpa fossas à Fase sólida da ETAR de Évora; Execução de uma Captação Subterrânea no Sistema de Borba; Beneficiação do módulo compacto da ETAR Vale de Arco; Construção do Sistema Intercetor de Águas Residuais I de Galveias; Construção de estação elevatória e respetiva conduta elevatória, em Vila Nova da Barquinha; Beneficiação dos sistemas autónomos para garantia da qualidade da água - Sistema de Ortiga (Município de Mação); Reparação/reposição das infraestruturas danificadas pelo incêndio nos concelhos de Pedrógão Grande e limítrofes; Conceção/construção da ETAR de Ortiga; Fornecimento e Montagem de Equipamentos para Substituição de Cloro Gasoso por Hipoclorito de Sódio Liquido na ETA da Mendacha; AdVT_Relatório e Contas 2017_60

61 Conceção Construção da ETAR de Castanheira de Pêra; Execução dos Postos de Recloragem nos Concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Rodão; Conceção Construção da Ampliação e Remodelação da ETAR da Sertã; Execução das Estações Elevatórias de Póvoa de Rio de Moinhos, Sobral do Campo e Pisco e Recloragem da EE de Carvalhos; Construção do Sistema de Abastecimento e Completamento do Sistema de Águas Residuais do Entroncamento; Execução de ligações técnicas de abastecimento de água e águas residuais da Guarda Fase 1; Remodelação da ETAR do Torrão; Colocação em Serviço de Adutora em Aguiar da Beira Linha Açores e Gradiz; Correção de Defeitos em Sistemas Saneamento Mondego Superior Concursos A1, B1 e B2, e Reparação de Condutas em Castanheira de Pêra; Melhoria das Condições de Segurança ETA do Vascoveiro (Fase 1). AdVT_Relatório e Contas 2017_61

62 - Gestão do Capital Humano No âmbito da gestão delegada da Águas de Lisboa e Vale do Tejo, agora redonominada para Águas do Vale do Tejo, e nos temos do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 94/2015, de 29 de maio, a EPAL assumiu em junho de 2015 a posição contratual da sociedade nos contratos de trabalho e acordos de cedência de pessoal, isto é, os trabalhadores da sociedade foram integrados na estrutura orgânica da EPAL, passando esta última a contratar, em nome próprio, o pessoal necessário a gestão do sistema. Mantendo-se esta situação, a 31 de dezembro de 2017, a Águas do Vale do Tejo não tinha qualquer trabalhador nos seus quadros de pessoal. AdVT_Relatório e Contas 2017_62

63 - Financeira Estando o setor de atividade em constante reorganização, com efeitos diretos na Águas do Vale do Tejo, SA, o Programa do XXI Governo Constitucional preconizou a reversão das agregações realizadas pelo anterior Governo, em 2015, nas empresas de águas, considerando que este processo - que visou a criação de novos sistemas multimunicipais e das novas entidades gestoras dos mesmos - foi então unilateralmente imposto aos municípios. Para isso, o Governo considerou que a melhor solução passaria pela concretização de cisões nos referidos sistemas multimunicipais e na criação de novas entidades gestoras. Assim através do Decreto-Lei n.º 72/2016, de 4 de novembro, foi clarificada essa mesma intenção, referindo-se que a criação de sistemas multimunicipais pode ser efetuada mediante cisão, tanto dos referidos sistemas multimunicipais, como das entidades gestoras resultantes das agregações. Conforme já referido, a Águas do Vale do Tejo, a partir de 1 de janeiro de 2017, é o resultado da cisão da Águas de Lisboa e Vale do Tejo, pelo que o exercício de 2016 e anteriores apresenta uma estrutura financeira e económica que não permite a comparabilidade para o exercício em apreço e subsequentes. Efetivamente, os valores de 2015 e 2016 não são comparáveis com os apresentados para o exercício de 2017, pois refletem realidades distintas, sendo que os dois primeiros refletem a atividade da Águas de Lisboa e Vale do Tejo (que incluem a atividade das agora três empresas distintas AdVT, AdTA e Simarsul), e os do exercício de 2017 apenas a quota-parte resultante da cisão que deu origem à Águas do Vale do Tejo. Do ponto de vista contabilístico e fiscal, as operações das sociedades cindidas reportam os seus efeitos a 1 de janeiro de 2017, conforme preconizado no diploma legal que criou as novas empresas, apesar de ao nível operacional a cisão ter tido efeitos práticos apenas em 1 de julho de Desta forma torna-se inviável qualquer comparação com os períodos homólogos. Ressalva-se ainda que se manteve o disposto no Decreto-Lei n.º 94/2015, o qual passou a considerar os desvios de recuperação de gastos (DRG) como uma componente das demonstrações financeiras da empresa, estando previsto no seu artigo 16.º o respetivo enquadramento legal, que se encontra igualmente previsto na cláusula 20.ª do Contrato de Concessão da LVT. De acordo com o Decreto-Lei e com o Contrato de Concessão, a concessionária deve registar nas suas contas os desvios de recuperação de gastos que se verificarem anualmente até ao termo do primeiro subperíodo do terceiro período tarifário, registando ainda nas suas contas, em simultâneo com a celebração do contrato de concessão, os desvios de recuperação de gastos existentes ou determinados nas sociedades concessionárias extintas, incluindo a remuneração acionista em dívida capitalizada com a taxa correspondente às Obrigações de Tesouro Portuguesas a 10 anos, acrescida de 3 (três) pontos percentuais até à data de entrada em vigor do presente contrato, com base nas respetivas contas individuais, de acordo com o previsto no n.º 3 do artigo 16.º do Decreto- Lei n.º 94/2015. A AdVT aplica ainda o disposto na IFRIC 12, no que concerne ao rédito e gastos da construção. Sinteticamente, e atendendo que os Contratos de Concessão preveem que as empresas concessionárias prestem serviços de construção e operação de infraestruturas, deverá ser reconhecido o rendimento associado a cada uma das naturezas dos serviços, pelo que a AdVT passará a reconhecer o rédito e gastos relacionados com a construção e modernização das suas infraestruturas, pois os serviços de operação das mesmas já eram reconhecidos. Desta forma, o rédito reconhecido concorrerá para o volume de negócios da empresa (numa rubrica de Rendimentos de Construção de Ativos Concessionados ), sendo que os gastos totais associados, de idêntico montante, e portanto com impacto nulo no resultado líquido do exercício, serão registados da seguinte forma: as aquisições ao exterior numa conta específica de gastos em CMVMC (Gastos de Construção de Ativos Concessionados), e os gastos incorridos internamente considerados nas respetivas contas, consoante a natureza dos mesmos (CMVMC, FSE e Gastos Financeiros). As duas componentes referidas concorrem para o apuramento do volume de negócios da Empresa, sendo que face às suas essências introduzem volatilidade na análise comparativa desta rubrica. AdVT_Relatório e Contas 2017_63

64 Principais Indicadores Volume de Negócios 10 6 EUR 241,8 193,0 90,2 Volume de água faturada 10 6 m 3 78,3 76,4 79,9 Volume de efluente faturado 10 6 m 3 241,1 246,5 33,0 Desvio de recuperação de gastos 10 6 EUR 47,2 14,1 11,1 Rend. Construção Ativos Concessionados 10 6 EUR 36,9 11,1 4,6 Resultado Líquido do Exercício 10 6 EUR 15,1 15,8 6,9 EBITDA (ajustado) 10 6 EUR 68,2 75,3 26,6 Endividamento 10 6 EUR 809,6 747,5 444,1 Net Debt - Endividamento líquido 10 6 EUR 751,2 715,8 435,2 Net Debt to EBITDA n.º 11,0 9,5 16,4 Ativo total 10 6 EUR 1.998, , ,2 Capital Próprio 10 6 EUR 342,2 357,4 193,8 Passivo Total 10 6 EUR 1.656, ,4 874,4 Resultado Líquido O resultado líquido de 2017 ascendeu a 6,9 milhões de euros, que corresponde à remuneração garantida ao capital acionista investido, no montante de 8,9 milhões de euros, deduzida do ajustamento efetuado pela ERSAR ao DRG 2016 (de 2,0 milhões de euros), cuja decisão apenas foi comunicada após o fecho de contas de 2016, sendo assim apenas refletida em Remuneração acionista 10 6 EUR 8,9 Ajuste DRG EUR -2,0 Resultado Líquido do Exercício 10 6 EUR 6,9 O resultado líquido do exercício de 2017 foi gerado da seguinte forma: Rendimentos totais 10 6 EUR 278,1 221,1 110,0 Gastos totais 10 6 EUR 245,0 198,3 102,5 Imposto 10 6 EUR 18,0 7,0 0,5 Resultado Líquido 10 6 EUR 15,1 15,8 6,9 Nos termos definido no contrato de concessão e na legislação, os acionistas da AdVT têm direito a uma remuneração garantida do capital investido Assim, anualmente, é efetuado o cálculo da diferença entre o resultado gerado pelas operações e a remuneração garantida ao capital acionista investido, sendo o valor bruto registado numa conta de rendimentos desvios de recuperação de gastos e o imposto induzido por estes numa conta de imposto diferido, por contrapartida de balanço, à luz do reconhecimento de ativos e passivos regulatórios. O valor do desvio de recuperação de gastos corresponde à correção a fazer ao rendimento das atividades reguladas, para que estes sejam os necessários ao cumprimento do disposto contratualmente, relativamente à recuperação integral dos gastos, incluindo impostos sobre o rendimento (IRC) e remuneração anual garantida. AdVT_Relatório e Contas 2017_64

65 Em 2017 o valor efetivo do desvio de recuperação de gastos apurado foi de 13,8 milhões de euros, com base nas regras consagradas no Contrato de Concessão, ao qual foi deduzida a correção do desvio de recuperação de gastos de 2016, no montante de 2,7 milhões de euros, pelo que o valor final que concorre para o apuramento do desvio de recuperação de gastos acumulado é de 11,1 milhões de euros. Importa ainda salientar que o resultado gerado pelas operações (antes do efeito do desvio de recuperação de gastos) apresenta um valor negativo de 1,3 milhões de euros. Rendimentos Totais Volume de negócios 10 6 EUR 241,8 193,0 90,2 Subsídios ao investimento 10 6 EUR 18,5 16,7 10,5 Reversão de Provisões e ajustamentos 10 6 EUR 0,0 0,6 0,1 Outros rendimentos e ganhos operacionais 10 6 EUR 2,6 1,2 1,5 Juros e rendimentos similares 10 6 EUR 15,2 9,6 7,8 Rendimentos totais 10 6 EUR 278,1 221,1 110,0 Os rendimentos totais em 2017 ascenderam a 110,0 milhões de euros, sendo que o volume de negócios tem um peso de cerca de 82% no valor total dos rendimentos. Volume de Negócios Vendas 10 6 EUR 47,5 54,0 55,2 Prestações de Serviços 10 6 EUR 110,2 113,9 19,3 Rend. Construção Ativos Concessionados 10 6 EUR 36,9 11,1 4,6 Desvio de recuperação de gastos 10 6 EUR 47,2 14,1 11,1 Volume de negócios 10 6 EUR 241,8 193,0 90,2 O Volume de Negócios no exercício de 2017 ascendeu a 90,2 milhões de euros. Constata-se que decorrente da cisão a atividade da empresa, e ao contrário do que se verificava em anos anteriores, passou a ser predominantemente de abastecimento, com um peso de cerca de 60% no total do volume de negócios, sendo que a atividade de saneamento passa a ter um peso de cerca de 21%. Venda de Água Venda de água 106 EUR 47,5 54,0 55,2 Volume de água faturada 10 6 m 3 78,3 76,4 79,9 Os rendimentos de venda de água ascenderam a 55,2 milhões de euros, que resultam: da aplicação da tarifa aprovada para o ano de 2017 (0,5816 euros/m 3 ) aos volumes fornecidos aos utilizadores do sistema (79,9 milhões de m 3 ); dos 9,1 milhões de euros referentes à componente tarifária acrescida (0,0425 euros/m 3 faturado pela EPAL aos seus clientes do negócio em Alta); de 0,2 milhões de euros relativos às penalidades contratuais devido ao incumprimento da obrigação de ligação ao sistema e à violação do direito de a concessionária de exercer a atividade concessionada em regime de exclusivo, conforme previsto no contrato de concessão. AdVT_Relatório e Contas 2017_65

66 Prestação de serviços de recolha e tratamento de efluentes Prest. Serviços Recolha Efluentes 10 6 EUR 110,2 113,9 19,3 Volume de efluentes faturados 10 6 m 3 241,1 246,5 33,0 Os rendimentos relativos a prestações de serviços ascenderam a 19,3 milhões de euros, que resultam: da aplicação da tarifa aprovada para o ano de 2017 (0, 5215 euros/m 3 ) aos volumes fornecidos aos utilizadores do sistema (33,0 milhões de m 3 ); dos 1,2 milhões de euros referentes à componente tarifária acrescida (0,0077 euros/m 3 faturado pela Águas do Tejo Atlântico aos seus clientes); de 2,5 milhões de euros referentes à contribuição do Fundo Ambiental; do crédito de 1,7 milhões de euros relativos à emissão de créditos a alguns municípios, resultantes de as antigas concessões os terem faturado indevidamente, após o término do primeiro terço das respetivas concessões. De facto, e nos termos do disposto no n.º 4 e 5 da base XXVII do anexo ao Decreto-Lei n.º 195/2009, de 20 de agosto, apenas são devidos valores mínimos garantidos até ao termo do primeiro terço do prazo de concessão, sendo que após esse período, só são exigíveis por motivo imputável ao utilizador. Tendo a AdVT constatado que existiam alguns municípios nessas condições e, após aprovação do Concedente e Regulador, procedeu-se no início de 2017 às devidas correções, mediante a emissão de notas de crédito, que totalizaram 1,7 milhões de euros; de 0,1 milhões de euros relativos às penalidades contratuais devido ao incumprimento da obrigação de ligação ao sistema e à violação do direito de a concessionária de exercer a atividade concessionada em regime de exclusivo, conforme previsto no contrato de concessão. Rendimentos de Construção de Ativos Concessionados A AdVT aplica o disposto na IFRIC 12 sendo assim reconhecido o rédito e os gastos relacionados com a construção e modernização das suas infraestruturas, não havendo contudo qualquer impacto no resultado líquido do exercício. Para o ano de 2017 o valor apurado foi de 4,6 milhões de euros, correspondente aos aumentos efetivos do DUI Direito de Utilização de Infraestruturas. Desvio de recuperação de gastos Conforme já foi referido, os acionistas da AdVT têm direito a uma remuneração garantida do capital investido. Em termos de rendimentos do exercício, e a concorrer para o volume de negócios, foi reconhecido um desvio de recuperação de gastos de 13,8 milhões de euros em termos brutos. Concorre ainda para o resultado deste exercício a correção do desvio de recuperação de gastos de 2016, conforme definido pela ERSAR no processo de aprovação do desvio de recuperação de gastos de 2016, no montante total de 2,7 milhões de euros, atendendo que as contas do exercício já estavam encerradas aquando da finalização do processo. Esta correção não afetará contudo o valor da remuneração acionista do ano de Assim, o valor no final do exercício é de 11,1 milhões de euros. Importa ainda referir que a taxa de imposto considerada no cálculo do Desvio de Recuperação de Gastos Bruto é a taxa de imposto correspondente à taxa utilizada no cálculo do imposto da empresa para o ano de Corresponde à taxa nominal de imposto (21%), acrescida da Derrama Municipal (1,0% - dado que a AdVT tem a sua sede social na Guarda, está sujeita à derrama prevista para esse município) e do efeito das demais correções previstas na legislação fiscal em sede de Imposto sobre o Rendimento (IRC), predominantemente a Derrama Estadual 3,25%. AdVT_Relatório e Contas 2017_66

67 Para o ano de 2017, a taxa efetiva de imposto considerada é de 25,25%, a qual representa uma diminuição face a 2016 de 1,00%. Esta variação, de acordo com as regras contabilísticas e fiscais, será aplicada aos impostos diferidos não só do corrente ano de 2017, mas igualmente às variações das restantes rubricas que se encontravam registadas à taxa de 2016, e que por essa via terão um reflexo positivo no exercício de Gastos Totais Custo merc. vendidas e mat. consumidas 10 6 EUR 15,7 19,2 18,5 Gastos Construção Ativos Concessionados 10 6 EUR 34,1 8,4 3,2 Fornecimento e serviços externos 10 6 EUR 52,9 52,9 22,4 Gastos com o pessoal 10 6 EUR 22,9 21,7 9,2 Depreciações 10 6 EUR 63,5 63,2 34,8 Perdas por imparidade 10 6 EUR 20,6 0,5 0,1 Provisões 10 6 EUR 0,1 1,1 0,6 Outros gastos operacionais 10 6 EUR 2,5 1,8 0,8 Juros e gastos similares 10 6 EUR 32,7 29,3 12,9 Gastos totais 10 6 EUR 245,0 198,3 102,5 Imparidades ex. AdZC 10 6 EUR (19,6) - - Gastos totais ajustados 10 6 EUR 225,4 198,3 102,5 Gastos Construção Ativos Concessionados 10 6 EUR (34,1) (8,4) (3,2) Gastos totais ajustados 10 6 EUR 191,3 189,8 99,4 Os gastos totais ascenderam a 102,5 milhões de euros, os quais incluem 3,2 milhões de euros relativos a gastos de Construção de Ativos Concessionados, que correspondem aos rendimentos de construção de ativos concessionados e líquidos de capitalizações de encargos. A rubrica de depreciações é aquela que tem um maior peso nos gastos totais da empresa, com cerca de 34% do valor total, seguida dos fornecimentos e serviços externos, com 22%, e da rubrica de aquisição de água e de reagentes, com cerca de 18%. O somatório destas três rubricas atinge cerca de ¾ dos gastos totais da empresa. Nos quadros seguintes apresenta-se o detalhe de cada uma das rubricas que integram os gastos totais, para as quais será efetuada uma análise individual mais detalhada: CMVMC Aquisição de água 10 6 EUR 9,8 13,9 15,8 Reagentes 10 6 EUR 5,6 5,3 2,7 Materiais e outros ativos em curso 10 6 EUR 0,2 0,0 0,0 CMVMC 10 6 EUR 15,7 19,2 18,5 A rubrica de Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas totaliza 18,5 milhões de euros, sendo que a aquisição de água concorre decisivamente para o valor total da conta, com um peso de cerca de 85% do valor global. O ano de 2017, em que todo o país atravessou um período de seca severa e extrema levou a que a empresa tivesse necessidade de proceder ao aumento de aquisição de água, comparativamente com a situação normal e habitual na empresa. AdVT_Relatório e Contas 2017_67

68 Gastos Construção dos Ativos Concessionados Gastos Construção Ativos Concessionados 10 6 EUR 34,1 8,4 3,2 Nos termos da IFRIC 12, os aumentos do DUI correspondentes às aquisições de bens e serviços, em 2017 ascenderam em a 3,2 milhões de euros. Fornecimentos e Serviços Externos Energia 10 6 EUR 19,0 18,7 8,6 Manutenção 10 6 EUR 9,6 12,9 4,4 Trabalhos Especializados 10 6 EUR 14,1 12,3 4,6 Outros fornecimentos e serviços 10 6 EUR 19,0 18,7 4,7 Fornecimentos e Serviços Externos 10 6 EUR 52,9 52,9 22,4 Os Gastos com Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) ascenderam a 22,4 milhões de euros, representando os gastos com energia, no valor de 8,6 milhões de euros, a rubrica com maior peso em termos de FSE, sendo que as rubricas de manutenção e trabalhos especializados, com 4,4 milhões de euros e 4,6 milhões de euros, respetivamente, concorrem para que estas três contas representem cerca de 79% do total dos fornecimentos e serviços externos. Gastos com Órgãos Sociais e Pessoal afeto à Concessão Gastos com os Órgãos Sociais 10 6 EUR 0,7 0,1 0,1 Gastos com o Pessoal afeto à Concessão 10 6 EUR 20,8 20,0 7,9 Gastos Constr. Ativos Concessionados 10 6 EUR 1,3 1,7 1,2 Gastos com o Pessoal 10 6 EUR 22,9 21,7 9,2 Os Gastos com Órgãos Sociais e o Pessoal afeto à Concessão ascendem a 9,2 milhões de euros. À semelhança do que sucedeu nos anos anteriores, a AdVT não dispõe de trabalhadores no seu quadro de pessoal, atendendo que a gestão delegada da empresa encontra-se atribuída à EPAL. A remuneração dos órgãos sociais é apenas composta pelos valores atribuídos aos órgãos de fiscalização da empresa, pois o Conselho de Administração, comum à EPAL, não recebe qualquer remuneração por parte da AdVT. Depreciações Amortizações e depreciações 10 6 EUR 63,5 63,2 34,8 As depreciações em 2017 ascenderam a 34,8 milhões de euros. A empresa adota o método da depleção (caudais) para o cálculo das amortizações do exercício, ou seja, reconhece as amortizações do investimento realizado e a quota-parte anual do investimento a realizar ao abrigo do contrato de concessão e das regras regulatórias, de acordo com o volume de caudais previsto para o prazo da concessão e os caudais reais do exercício. Tendo sido mantido o período da Concessão, iniciada em 2015, as amortizações foram calculadas e registadas de acordo com o prazo de 30 anos, e respetivas afetações do direito de utilização de infraestruturas (DUI) às correspondentes taxas de depleção associadas a cada atividade (abastecimento, saneamento e estrutura). AdVT_Relatório e Contas 2017_68

69 As amortizações do ano de 2017 têm por base apenas os ativos da AdVT e o novo valor do investimento da concessão previsto no EVEF revisto. Perdas por imparidade Perdas por imparidade 10 6 EUR 20,6 0,3 0,1 Imparidades ex. AdZC 10 6 EUR (19,6) - - Perdas por imparidade (comparável) 10 6 EUR 1,0 0,3 0,1 As perdas por imparidade totalizam 0,1 milhões de euros em Regista-se, por ser expressivo, que em 2015 procedeu-se à constituição de uma imparidade, no montante de 19,6 milhões de euros, em resultado da assinatura de um memorando de entendimento entre a Águas de Portugal, a ex-águas do Zêzere e Côa e os Municípios que integram o Sistema da Águas do Zêzere e Côa, que prevê uma revisão em baixa de tarifas praticadas e faturadas em exercícios anteriores e compensação de juros. Esta revisão de tarifas e de juros tem como fundamento a compensação do Estado aos municípios utilizadores do sistema em virtude da decisão do concedente de desafetação do Município da Covilhã no Sistema Multimunicipal de Água e de Saneamento do Alto do Zêzere e Côa, contrariamente ao inicialmente previsto. A desafetação do Município da Covilhã de acordo com o aditamento ao Contrato de Concessão e respetivo Estudo de Viabilidade representou a perda de cerca de 28,5% do caudal de saneamento, tendo implicado a sua saída um desequilíbrio económico no sistema e respetivos utilizadores. A efetivação do acordo previsto depende, no entanto, da eventual homologação da Tutela, a qual não sucedeu ainda durante o ano de Margem Operacional Volume de negócios 10 6 EUR 241,8 193,0 90,2 Outros rendimentos operacionais 10 6 EUR 21,1 18,5 12,0 Rendimentos Operacionais 10 6 EUR 262,9 211,5 102,2 Custo das vendas 10 6 EUR 15,7 19,2 18,5 Gastos Construção Ativos Concessionados 10 6 EUR 34,1 8,4 3,2 Fornecimentos e serviços externos 10 6 EUR 52,9 52,9 22,4 Gastos com o pessoal 10 6 EUR 22,9 21,7 9,2 Perdas de imparidade 10 6 EUR 20,6 0,5 0,1 Provisões 10 6 EUR 0,1 1,1 0,6 Outros gastos operacionais 10 6 EUR 2,5 1,8 0,8 Gastos Operacionais 10 6 EUR 148,8 105,8 54,8 Depreciações e imparidades de ativos 10 6 EUR 63,5 63,2 34,8 Cash flow operacional 10 6 EUR 50,6 42,6 12,6 Desvio de recuperação de gastos 10 6 EUR 47,2 14,1 11,1 IFRIC12 (Gast. Financ) 10 6 EUR 0,9 0,7 0,0 Imparidades 10 6 EUR (19,6) - 1,0 CF operacional ajustado 10 6 EUR 22,1 27,8 0,6 O resultado operacional em 2017 ascendeu a 12,6 milhões de euros. Se excluirmos o efeito dos desvios de recuperação de gastos e das imparidades do exercício, o valor do resultado operacional ajustado atinge um valor final de 0,6 milhões de euros. O EBITDA totalizou 48,1 milhões de euros. Contudo, e atendendo que os efeitos dos desvios de recuperação de gastos, rédito e gastos de construção de ativos concessionados e subsídios ao investimento concorrem para o apuramento desse indicador, não estando diretamente relacionados com a atividade operacional da Empresa, procedeu-se aos necessários ajustamentos, verificandose assim uma redução do EBITDA para 26,6 milhões de euros. AdVT_Relatório e Contas 2017_69

70 Resultado Operacional 10 6 EUR 50,6 42,6 12,1 Depreciações 10 6 EUR 63,5 63,2 34,8 Perdas por imparidade 10 6 EUR 20,6 0,5 0,3 Provisões 10 6 EUR 0,1 1,1 0,9 EBITDA 10 6 EUR 134,8 107,3 48,1 Desvio de recuperação de gastos 10 6 EUR 47,2 14,1 11,1 IFRIC12 (Gastos Financeiros) 10 6 EUR 0,9 0,7 0,0 Subsídios ao investimento 10 6 EUR 18,5 16,7 10,5 Reversão de Provisões e ajustamentos 10 6 EUR 0,0 0,6 0,0 EBITDA Ajustado 10 6 EUR 68,2 75,3 26,6 A margem EBITDA ajustada é de 35,7% EBITDA ajustado 10 6 EUR 68,2 75,3 26,6 Volume de negócios ajustado 10 6 EUR 157,8 167,9 74,5 Margem EBITDA ajustada % 43,2 44,9 35,7 Margem EBITDA = EBITDA / Volume de negócios Volume de negócios ajustado exclui efeito DRG e Rédito da construção Resultados Financeiros Rendimentos financeiros 10 6 EUR 15,2 9,6 7,8 Gastos financeiros 10 6 EUR 32,7 29,3 12,9 Resultado financeiro 10 6 EUR (17,5) (19,7) (5,2) Os rendimentos financeiros são compostos por juros de mora respeitantes ao atraso no pagamento dos clientes, no montante de 6,4 milhões de euros. Concorre ainda para o valor dos rendimentos financeiros os juros de aplicações financeiras, de cerca de 0,8 milhões de euros. Os juros incorridos com os financiamentos da empresa representam cerca de 84% dos gastos totais financeiros da AdVT, sendo que as comissões de garantia com os financiamentos contratados junto do BEI apresentam a quase totalidade do valor remanescente, de cerca de 16,% O indicador Net Debt to EBITDA é determinantemente influenciado pelo valor do EBITDA apurado no exercício de 2017, bem como pelo valor do financiamento que permaneceu na empresa aquando da cisão ocorrida Net Debt - Endividamento líquido 10 6 EUR 751,2 715,8 435,2 Net Debt to EBITDA n.º 11,0 9,5 16,4 AdVT_Relatório e Contas 2017_70

71 Posição Financeira Ativo não corrente 10 6 EUR 1.790, ,9 926,4 Ativo corrente 10 6 EUR 208,0 186,8 141,8 Total do ativo 10 6 EUR 1.998, , ,2 Capital próprio 10 6 EUR 342,2 357,4 193,8 Passivo não corrente 10 6 EUR 1.527, ,6 790,9 Passivo corrente 10 6 EUR 128,9 75,8 83,5 Total do passivo 10 6 EUR 1.656, ,4 874,4 Total do capital próprio e passivo 10 6 EUR 1.998, , ,2 O total do ativo era, no final de 2017, de milhões de euros. Verifica-se que o ativo não corrente representa cerca de 87% do valor total do ativo. De igual forma, o passivo não corrente apresenta um peso de cerca de 90% do passivo total da empresa. Endividamento Em 2017 registou-se uma alteração da política de tesouraria da empresa, em resultado das medidas implementadas no Grupo AdP, com uma política integrada de gestão de tesouraria. Desse modo a AdVT deixou de recorrer a financiamentos junto da banca comercial, passando numa primeira instância a utilizar suprimentos e apoios de tesouraria disponibilizados pela AdP SGPS, SA, BEI(1) 682,7 667,1 315,5 Suprimentos e Apoios Tesouraria 81,9 67,5 127,5 Banca Comercial e Outros 44,9 12,9 1,1 Endividamento Bruto 809,6 747,5 444,1 (1) Inclui gastos com comissões a reconhecer Verifica-se ainda que o valor líquido da exposição financeira apresenta um valor final de 435,2 milhões de euros Endividamento 809,6 747,5 444,1 Disponibilidades 16,2 5,0 4,2 Fundo Reconstituição Capital Social 42,3 26,6 4,7 Endividamento Líquido 751,2 715,8 435,2 Dívidas de Clientes Unid: euros Divida Vencida 69,1 47,7 18,4 Divida Não Vencida 135,1 135,3 127,1 Dívida Total 204,2 183,0 145,5 Os valores não incluem imparidades nem valores de cobrança duvidosa. AdVT_Relatório e Contas 2017_71

72 Decompondo por tipologia de faturação constata-se o peso significativo das injunções interpostas pela empresa, bem como o valor dos acordos de pagamento estabelecidos com os clientes. Unid: euros Faturação Corrente (AA e AR) 57,1 45,3 13,6 Acordos de Pagamento 44,5 38,8 29,1 Injunções 84,5 80,9 88,5 Juros Mora 18,1 18,0 14,3 Dívida (total) 204,2 183,0 145,5 Os valores não incluem imparidades nem valores de cobrança duvidosa. AdVT_Relatório e Contas 2017_72

73 - Investigação e Desenvolvimento / Inovação A Águas do Vale do Tejo, tendo como gestão delegada a EPAL, integrou ativamente os projetos que transversalmente nesta se desenvolveram e concomitantemente manteve a sua própria identidade inovadora, mantendo o desenvolvimento, coordenação e promoção de projetos de Investigação e Desenvolvimento (I&D) com entidades externas nacionais e internacionais. Assim, a sua participação em projetos de I&D teve especial enfoque nos relacionados com novas tecnologias de tratamento de água e águas residuais, otimização da gestão operacional, uso sustentável da água, integração de novos sistemas de informação e implementação de sistemas inovadores de apoio à decisão. Para alcançar tais objetivos, a I&D aposta no envolvimento de todos os colaboradores como potencial génese de criação de inovação, através da geração de ideias que posteriormente são analisadas e capitalizadas em benefício da eficácia e eficiência das Águas do Vale do Tejo. Dando sequência à estratégia de I&D e na componente de inovação, no ano de 2017 a Águas do Vale do Tejo participou na 5.ª edição do Prémio EPAL in, concurso de inovação que pretende ser catalisador do envolvimento dos colaboradores da EPAL e da AdVT. Na presente edição foram apresentadas 7 candidaturas, revelando uma participação ativa do capital humano neste processo. Como valorização da apresentação dos projetos, foi atribuído o prémio vencedor a dois projetos em ex aequo, bem como atribuídas 2 menções honrosas. Realça-se a transversalidade dos projetos ao nível das áreas funcionais, bem como o potencial dos projetos para a criação de novos produtos e serviços. Na componente de Desenvolvimento, a procura de parcerias com centros de conhecimento técnico representados por entidades de ensino profissional, embora iniciada em 2016 foi consagrada em abril de 2017, com a celebração de protocolos de cooperação com 13 entidades públicas e privadas de ensino profissional. Estes protocolos pretendem ser o meio privilegiado para o desenvolvimento da cooperação entre o meio académico e o meio empresarial, tendo como objetivo promover, incentivar e desenvolver ações como a promoção de formação, o intercâmbio de recursos entre as duas entidades e a troca de experiências entre todos os intervenientes, aproveitando as potencialidades de cada uma. Como resultados imediatos, estagiaram na AdVT três formandos, representando entidades de ensino nas áreas geográficas de Castelo Branco e de Sicó, nas áreas da instrumentação, automação, manutenção industrial e serviços gerais. Na componente de projetos de investigação, mantiveram-se em desenvolvimento o Projeto LIFE IMPETUS, o Projeto EnviHealth&Co, o Projeto Artica, o Projeto LIFE SWSS, o Projeto RESCCUE e o Projeto IDIAQUA, os quais se detalha o âmbito nas caixas seguintes. Projecto Europeu LIFE IMPETUS, com a referência LIFE14 ENV/PT/000379: Improving current barriers for controlling pharmaceutical compounds in urban wastewater treatment plants. Este projecto tem como participante a EPAL Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A., através da sua Direcção Laboratórios e de Controlo de Qualidade da Água. Os outros beneficiários deste projecto europeu são as seguintes entidades: Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que coordena o projecto, Águas do Algarve, S.A., Environment and Regional Development Consulting, Lda. (EHS), Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL), Universidade do Algarve (UAlg). Este projecto tem a duração de 4 anos e iniciou-se em Projecto Europeu ARTICA A candidatura do projeto A multivariable advanced control product for sustainable performance of nutrient removal urban WWTPs (ARTICA), para demonstração da aplicação da tecnologia ARTICA na ETAR de Chelas, ao programa de financiamento Eco-Innovation foi aprovada, tendo-se dado início à realização do projeto ( O projeto ARTICA tem como objetivo a demonstração da aplicação de um controlador inteligente para ETAR de lamas ativadas com remoção de azoto, tendo em vista a otimização em tempo real da recirculação de lamas, nitratos e caudal de ar de processo, para respetiva redução de custos energéticos. AdVT_Relatório e Contas 2017_73

74 Prevê-se igualmente a demonstração da solução na ETAR de Castelo Branco, tendo-se iniciado em 2015 os trabalhos relacionados com diagnóstico e especificações locais da instalação. Projecto Europeu LIFE SWSS Projecto Europeu LIFE (SWSS) com a referência LIFE14 ENV/PT/000508, Smart Water Supply Systems. LIFE SWSS - Smart Water Supply Systems é a designação do projeto de I&D que tem por principal objetivo a criação de uma plataforma de apoio à decisão e gestão operacional das entidades gestoras tendo em vista diminuir o consumo de energia e consequentemente as emissões de gases com efeito de estufa. O projeto LIFE SWSS conta com os seguintes parceiros, ISQ (coordenador), AdP, Hidromod, AdA e EPAL. Quando o projeto foi submetido à União Europeia em 2014, as empresas Ex-Águas do Oeste e Ex-Águas do Centro integraram o consórcio da candidatura. Projecto Europeu RESCCUE (H2020): RESCCUE tem como objetivo o desenvolvimento de ferramentas que visam o aumento de resiliência, capacidade de planeamento e otimização da gestão nas cidades em cenários de fenómenos climáticos extremos. Projecto Interreg IDIAQUA O IDIAQUA tem como objetivo a potenciação da investigação, inovação e desenvolvimento na temáticas do tratamento de águas residuais em pequenos aglomerados populacionais urbanos, através da aplicação de tecnologias sustentáveis que permitam reduzir os consumos energéticos das ETAR, bem como a quantidade de tratamento secundário, do desenvolvimento de melhorias nos sistemas de tratamento de águas residuais leitos de macrófitas associados à reutilização da água e a tratamentos de baixo custo de microcontaminantes, do desenvolvimento e aplicação de sistemas modelados de controlo e otimização da operação em ETAR, como o objetivo de aumentar a previsibilidade dos sistemas e como ferramenta para a tomada de decisão e da adoção de sistemas solares inovadores e de baixo custo para a secagem de lamas, mediante a utilização de materiais ecológicos. Ao nível das instalações da AdVT, foram consideradas as seguintes instalações: ETAR de Meimão; ETAR de Vila Fernando; ETAR da Malcata; O projeto arrancou em novembro de 2017 e deverá ter o seu término em AdVT_Relatório e Contas 2017_74

75 - Eventos Posteriores ao Fecho Até à data da elaboração do presente relatório não se registaram quaisquer eventos ou acontecimentos relevantes que afetem o conteúdo do descrito no Relatório e Contas da Águas do Vale do Tejo, SA. AdVT_Relatório e Contas 2017_75

76 - Cumprimento das Orientações Legais 1) Objetivos de gestão (artigo 38º do RJSPE) e Plano de Atividades e Orçamento Objetivos de gestão (artigo 38º do RJSPE) Nos termos do disposto no Estatuto do Gestor Público, nas empresas que prestem serviços de interesse geral é obrigatória a definição de orientações estratégicas e objetivos de gestão aplicáveis aos respetivos gestores. As orientações estratégicas e os indicadores de gestão respeitantes aos contratos de gestão, previstos no art.º 18.º do Estatuto do Gestor Público, aprovado pelo Decreto-lei n.º 71/2007, de 27 de março, foram aprovados na Assembleia Geral de acionistas, em 4 de agosto de Os contratos de gestão prevêem que para o mandato passam a vigorar as orientações estratégicas, objetivos e indicadores de gestão, constantes de documento anexo que constitui parte integrante do Contrato em apreço. Sem prejuízo da aferição da prossecução das orientações estratégicas determinadas, a avaliação a realizar pelos titulares da função acionista terá por referência os objetivos e indicadores de desempenho anuais para o período do mandato, bem como a fórmula de cálculo do respetivo grau de concretização. A avaliação é realizada em função do grau de concretização dos objetivos, conforme quadro seguinte: Grau de Concretização Avaliação Global GC < 1,8 Objetivos não Cumpridos 1,8 GC < 2,5 Objetivos Cumpridos GC 2,5 Objetivos Superados A avaliação far-se-á pelo arredondamento a uma casa decimal do somatório do atingimento de cada indicador determinado nos termos descritos no quadro de indicadores e metas que igualmente se indica de seguida: AdVT - Águas do Vale do Tejo Modo de avaliação Não atingido Atingido Superado Ponderação 1. Objetivos financeiros, de eficiência e sustentabilidade 1.1.Eficiência de gestão (PRC=GV+FSE+GP)/VN) PRC < 0% 0% PRC < 3% PRC 3% 12,5% 1.2.Limite ao endividamento Dívida > 444,5 M 431,2 M < Dívida 444,5 M Dívida 431,2 M 12,5% 1.3.Dívida comercial (vencida) de devedores municipais DCDMA > 105% 95% DCDMA 105% DCDMA < 95% 12,5% 1.4.Degradação da tesouraria de exploração (DTE) DTE > 100% 85% < DTE 100% DTE 85% 5,0% 1.5. Rentabilidade do capital investido (RCI) RCI < 95% RCI % RCI 2015 RCI < 110% RCI 2015 RCI > 110% RCI ,5% 2. Objetivos Ambientais 2.1. Qualidade da Água Fornecida AQA < 99,5% 99,5% AQA < 100,0% AQA 100,0% 12,5% 2.2. Qualidade das Águas Residuais Tratadas AQAR < 97,5% 97,5% AQAR < 100,0% AQAR 100,0% 12,5% 3. Objetivos Setoriais 3.1.EVEF - Data de conclusão dos trabalhos Data > final de jul-2017 < Data final de 2017 Data 31-jul ,5% 3.2. Destaque dos SMM da área metropolitana de Lisboa N.º = 0 até final de 2016 N.º = 2 até final de 2016 N.º = 2 até final de 2016 c/ arranque atividade no início de ,5% 4. Objetivos de Reporte 4.1. Grau de cumprimento dos prazos de reporte (GCPR) GCPR > 0 dias -1 dia AQA 0 dias GCPR < -1 dia 5,0% AdVT_Relatório e Contas 2017_76

77 Os resultados verificados no ano de 2017 foram os seguintes: Resultado Avaliação Ponderação Inicial Ponderação Ajustada Atingimento 1. Objetivos financeiros, de eficiência e sustentabilidade 1.1.Eficiência de gestão (PRC=GV+FSE+GP)/VN) -1,5% Não atingido 12,5% 13,2% Limite ao endividamento 444,1 Atingido 12,5% 13,2% Dívida comercial (vencida) de devedores municipais 97,0% Atingido 12,5% 13,2% Degradação da tesouraria de exploração (DTE) 92,3% Atingido 5,0% 5,3% Rentabilidade do capital investido (RCI) 50,2% Não atingido 12,5% 13,2% 1 2. Objetivos Ambientais 2.1. Qualidade da Água Fornecida 99,9% Atingido 12,5% 13,2% Qualidade das Águas Residuais Tratadas 106,0% Superado 12,5% 13,2% 3 3. Objetivos Setoriais 3.1.EVEF - Data de conclusão dos trabalhos 7-jul-17 Superado 7,5% 7,9% Destaque dos SMM da área metropolitana de Lisboa 2 Superado 7,5% 7,9% 3 4. Objetivos de Reporte 4.1. Grau de cumprimento dos prazos de reporte (GCPR) - Não Avaliado 5,0% 0,0% - Avaliação Global Objetivos Cumpridos 2,0 O indicador 1.4 Degradação da tesouraria de exploração (DTE) foi avaliado em 2017 de forma agregada entre as empresas cindidas (AdVT, AdTA e Simarsul), devido à cisão ocorrida. A avaliação global do ano foi de 2,0 considerando-se assim uma avaliação global de OBJETIVOS CUMPRIDOS. Atendendo à avaliação registada, nos objetivos que não foram atingidos, o Conselho de Administração analisou os motivos pelos quais ocorreram, tendo sido identificado que a principal causa teve a ver com o comparativo utilizado, o qual decorreu do estudo de viabilidade económico e financeiro inicial para a AdVT. Sendo esse documento um planeamento a médio e longo prazo, o primeiro ano de projeção (base de avaliação do ano de 2017), enferma de limitações de comparabilidade que influenciaram os resultados atingidos. Para 2018, e sobretudo esses indicadores, serão monitorizados autonomamente, e caso aplicável serão tomadas medidas de correção aos resultados periódicos, de modo a que a empresa possa melhorar o desempenho nestes indicadores. Plano de Atividades e Orçamento O Plano de Atividades e Orçamento (PAO) para 2017, enviado para aprovação por parte da Tutela, não teve despacho até à presente data. Não obstante, e no que respeita ao cumprimento do Plano de Atividades e Orçamento (PAO) para 2017, encontram-se indicadas no quadro do final do presente capítulo as respetivas execuções, tendo por base o documento submetido. Da análise dos resultados da execução do ano de 2017 verifica-se: Princípio Financeiros de Referência a Empresa adotou e cumpriu os princípios de referência considerados no seu Plano de Atividades e Orçamento para 2017; Investimento - execução de 52,1% do plano de investimentos previsto no planeamento anual para o exercício de 2017; Endividamento cumprimento integral do previsto para o atingimento do endividamento bruto no final do exercício, apresentando um desvio positivo de 1%; EBITDA aumento do EBITDA em 4,2%, tendo sido expurgados os gastos não recorrentes e extraordinários decorrentes da seca extrema e severa; AdVT_Relatório e Contas 2017_77

78 Plano de Redução de Gastos (PRC) aumento completamente imaterial do peso dos gastos operacionais no volume de negócios em apenas 0,6 p.p.; Gastos com Frota Automóvel atingimento do valor das viaturas consideradas face ao previsto no orçamento, tendo sido expurgados da análise as viaturas de aluguer pontual. Os gastos com viaturas comparáveis com o previsto no PAQ 2017 apresentam um cumprimento total, tendo sido expurgados da análise, para ser devidamente comparável, os valores registados e estimados, numa base de prudência e cautela, relacionados com os encargos de recondicionamento de viaturas, na sequência da renovação do parque automóvel que se irá verificar em 2018, aquando da efetiva substituição. Atendendo ao número de viaturas consideradas, o valor em causa é de cerca de 146 mil euros. Foi ainda considerado um ajustamento no orçamento respeitante aos gastos com viaturas pontuais, de modo a serem comparáveis com os valores registados em 2017; Gastos com Pessoal expurgando os efeitos da alteração do preço contratual dos seguros pessoais, em virtude do concurso público lançado e adjudicado em 2017, verifica-se uma redução de 0,4% face ao valor previsto no PAO ) Gestão do risco financeiro A atividade da empresa está exposta a uma diversidade de riscos financeiros, nomeadamente risco de mercado, risco de crédito, risco da contraparte e o risco de liquidez. A política de gestão dos riscos financeiros procura minimizar eventuais efeitos adversos decorrentes da imprevisibilidade dos mercados financeiros. Adotando uma posição conservadora e tendo em atenção as características de longo prazo dos ativos tem sido privilegiada a obtenção de financiamentos de longo prazo, com particular ênfase no BEI. Relativamente ao risco de crédito associado ao fornecimento de serviços e produtos a crédito, este depende do tipo de clientes a que os produtos da empresa se destinam. No caso da AdVT, o produto é disponibilizado por grosso (atividade em alta) encontrandose o risco assumido relacionado com o rating dos clientes municipais, pelo que, considerando que estes são entidades públicas administrativas, o risco existente será mais associado com a dilação do prazo do que com a cobrabilidade deste. Os excedentes financeiros decorrentes da atividade da empresa é, primeiramente, utilizado para o financiamento das empresas do grupo numa lógica de gestão centralizada de tesouraria, e em relação ao restante, são aplicados junto à Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), sendo que o risco associado ao IGCP enquanto detentor dos excedentes financeiros da AdVT é reduzido, se atendermos que é o banco responsável pela gestão da tesouraria do Estado, acionista último do Grupo AdP. Apresenta-se a evolução da taxa média de financiamento (incluindo encargos associados aos empréstimos, tais como garantias) dos últimos 3 anos (embora não sendo comparável devido à cisão ocorrida). Anos Encargos Financeiros ( ) Taxa média de financiamento (%) 2,8% 3,6% 3,7% A taxa média de financiamento (incluindo juros e outros encargos associados, tais como comissões de garantia) em 2017 foi de 2,8%. 3) Limite de crescimento do endividamento (n.º 1 do art.º 45.º da Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro (LOE 2017) Passivo remunerado Variação 2017/2016 Valores ( ) Valor % Financiamentos obtidos (correntes e não correntes) n.a. n.a. n.a. - dos quais concedidos pela DGFT n.a. n.a. n.a. Aumentos de capital por dotação n.a. n.a. n.a. Aumentos de capital por conversão de créditos n.a. n.a. n.a. Endividamento ajustado n.a. n.a. n.a. AdVT_Relatório e Contas 2017_78

79 No ano de 2017 os financiamentos obtidos pela AdVT eram compostos por empréstimos junto do BEI, apoios de tesouraria concedidos pelo acionista maioritário (AdP SGPS, SA) e o leasing da sede da empresa na Guarda. 4) Evolução do prazo médio de pagamento (PMP) a fornecedores (RCM nº 34/2008, de 22 fevereiro, com a alteração introduzida pelo Despacho n.º 9870/2009, de 13 abril) e divulgação dos atrasos nos pagamentos ( arrears ), conforme definido no Decreto-Lei n.º 65-A/2011, de 17 de maio, bem como a estratégia adotada para a sua diminuição Em virtude da cisão ocorrida em 2017 que, apesar de ter efeitos a 1 de janeiro, apenas se verificou operacionalmente em 1 de julho de 2017, o indicador do prazo médio de pagamento a fornecedores foi calculado com base nos movimentos do 2.º semestre de PMP Variação 2017/2016 Valor % Prazo (dias) n.a. n.a. Os atrasos nos pagamentos apresentam a seguinte distribuição, sendo que os valores vencidos a mais de 90 dias respeitam essencialmente a serviços e bens cuja respetiva prestação não se encontra ainda formalmente concluída e/ou prestada ou, em alguns casos, com processos de resolução pendentes: Dívidas Vencidas Valor ( ) Valor dívidas vencidas de acordo com o art. 1.º DL 65-A/2011 ( ) 0-90 dias dias dias dias >360 dias Aquisição de Bens e Serviços Aquisição de Investimentos Total ) Recomendações do acionista Não foram feitas recomendações por parte do acionista para o ano de 2017 aquando da aprovação das contas do exercício de Foi dado integral cumprimento às instruções recebidas no contexto do acompanhamento feito à gestão e atividade da empresa. 6) Determinações sobre remunerações Foram cumpridas todas as orientações sobre a política remuneratória, constantes da legislação em vigor aplicável ao Setor Empresarial do Estado, nomeadamente: Estatuto do Gestor Público, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27 de março, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 8/2012, de 18 de janeiro, retificado pela Declaração de Retificação n.º 2/2012, de 25 de janeiro; Lei n.º 12 -A/2010, de 30 de junho; Resolução do Conselho de Ministros n.º 16/2012, de 14 de fevereiro; Resolução do Conselho de Ministros n.º 36/2012, de 26 de março; Despacho SET 764/2012, de 25 de maio; AdVT_Relatório e Contas 2017_79

80 Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro; Lei n.º 159-A/2015, de 30 de dezembro; Lei n.º 159-D/2015, de 30 de dezembro; Decreto-Lei n.º 254-A/2015, de 31 de dezembro; Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março; Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro; Decreto-Lei n.º 25/2017, de 3 de março. As reduções remuneratórias são as indicadas no quadro constante no final do presente capítulo, sendo que se apresenta de seguinte a restante informação aplicável, conforme disposto no apêndice 1 das instruções sobre o processo de prestação de contas referente a 2017 Ofício Circular n.º 588, de 7 de fevereiro de a) Órgãos Sociais Foram aplicadas na Águas do Vale do Tejo, SA todas as orientações relativas às remunerações vigentes em (1) Mesa da Assembleia Geral Mandato Cargo Nome Valor da Senha Fixado ( ) Valor Bruto Auferido ( ) (Início - Fim) Presidente Presidente da Câmara Municipal da Guarda, Dr. Álvaro dos Santos Amaro Vice-Presidente Dr. Paulo Manuel Marques Fernandes Secretário Dr.ª Ana Cristina Rebelo Pereira (2) Conselho de Administração Mandato Designação OPRLO (2) (Início - Fim) Cargo Nome Forma (1) Data Sim/Não Entidade de Origem Entidade Pagadora (O/D) N.º de Mandatos Presidente José Manuel Leitão Sardinha Assembleia Geral 30 de junho de 2015 Não AdP SGPS, SA EPAL Vogal Luísa Maria Branco dos Santos Mota Delgado Assembleia Geral 30 de junho de 2015 Não AdP SGPS, SA EPAL Vogal Barnabé Francisco Primo Pisco Assembleia Geral 22 de junho de 2016 Não EPAL EPAL Vogal Rui Manuel Gonçalves Lourenço Assembleia Geral 22 de junho de 2016 Não SIMAS de Oeiras e Amadora EPAL Vogal não executivo Presidente da Câmara Municipal do Crato, Dr. José Correia da Luz Assembleia Geral 22 de junho de 2016 Não Aposentado Vogal não executivo Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, Dr. José Gabriel Paixão Calixto Assembleia Geral 22 de junho de 2016 Não C.M. Reguengos Monsaraz C.M. Reguengos Monsaraz Vogal não executivo Presidente da Câmara Municipal do Entroncamento, Dr. Jorge Manuel Alves Faria Assembleia Geral 22 de junho de 2016 Não C.M. Entroncamento C.M. Entroncamento 1 AdVT_Relatório e Contas 2017_80

81 Acumulação de Funções Membro do CA Entidade Função Regime José Manuel Leitão Sardinha AdP SGPS, SA Vogal Executivo do Conselho de Administração Público AdP, Serviços Ambientais, SA Vogal Executivo do Conselho de Administração Público EPAL, SA Presidente Executivo do Conselho de Administração Público Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Professor convidado Público Luísa Maria Branco dos Santos Mota Delgado EPAL, SA Vogal Executivo do Conselho de Administração Público Barnabé Francisco Primo Pisco EPAL, SA Vogal Executivo do Conselho de Administração Público Rui Manuel Gonçalves Lourenço EPAL, SA Vogal Executivo do Conselho de Administração Público José Gabriel Paixão Calixto Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz Presidente Público ADRAL Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo Presidente Público RECEVIN Rede Europeia de Cidades do Vinho Presidente do Conselho Diretivo Público AENOTUR Associação Internacional de Enoturismo Vice-presidente Público ATLA - Associação Transfronteiriça Lago Alqueva Vice-presidente Público Conselho Mundial das Cidades e Governos Locais Unidos Membro Efetivo em representação de Portugal Público CIMAC - Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central Vice-presidente do Conselho Diretivo Público ANMP - Associação de Municípios Portugueses do Vinho Membro do Conselho Geral Público Fundação Alentejo Presidente do Conselho Fiscal Público Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz Presidente da Direção Público Federação de Bombeiros Voluntários do Distrito de Évora Presidente da Mesa da Assembleia Geral Público Jorge Manuel Alves de Faria Câmara Municipal do Entroncamento Presidente Público Fundação Museu Nacional Ferroviário Membro do Conselho de Administração Público Apesar de o Conselho de Administração da AdVT não ser remunerado por ter optado pela remuneração no local de origem, apresentam-se em seguida os dados das remunerações suportadas pela EPAL com os membros executivos do Conselho de Administração da AdVT. EGP Fixado Classificação Remuneração mensal bruta ( ) Membro do CA (Nome) [S/N] [A/B/C] Vencimento mensal Despesas Representação José Manuel Leitão Sardinha Sim A 5 722, ,10 Luísa Maria Branco dos Santos Mota Delgado Sim A 4 578, ,28 Barnabé Francisco Primo Pisco Sim A 4 578, ,28 Rui Manuel Gonçalves Lourenço Sim A 4 578, ,28 Remuneração Anual ( ) Valor Bruto Reduções Valor Bruto Final Membro do CA (Nome) Fixa (1) Variável (2) (3)=(1)+(2) Remuneratórias (4) (5) = (3)-(4) José Manuel Leitão Sardinha ,70 n.a , , ,50 Luísa Maria Branco dos Santos Mota Delgado ,16 n.a , , ,76 Barnabé Francisco Primo Pisco ,16 n.a , , ,76 Rui Manuel Gonçalves Lourenço ,16 n.a , , , , , ,78 (1) O valor da remuneração Fixa corresponde ao vencimento+despesas de representação (sem reduções). (4) redução prevista no artigo 12.º da Lei n.º 12-A/2010, de 30 de junho. AdVT_Relatório e Contas 2017_81

82 Membro do CA (Nome) Subsídio de Refeição Valor / Dia Montante pago Ano Benefícios Sociais ( ) Regime de Proteção Social Encargo Encargo Anual Seguro Encargo Anual Seguro Outros Identificar Anual de Saúde de Vida Identificar Valor José Manuel Leitão Sardinha 4,52 781,96 Seg. Social , , , ,84 Luísa Maria Branco dos Santos Mota Delgado 4,52 908,52 CGA/ /ADSE , , ,22 Comunicações, Gastos com 8 999,19 Barnabé Francisco Primo Pisco 4,52 795,52 Seg. Social ,86 464,49 0,00 Deslocações e Encargos com ,16 Rui Manuel Gonçalves Lourenço 4,52 754,84 Seg. Social , , ,22 viaturas ,52 4, , , , , ,71 Celebração de contrato Valor de referência da viatura Encargos com Viaturas Valor da Renda Mensal Gasto Anual com Rendas Prestações Contratuais Remanescentes Viatura Modalidade Ano Ano Membro do CA (Nome) atribuída (1) Início Termo José Manuel Leitão Sardinha Sim Sim ,75 AOV , ,84 0 Sim Sim ,40 AOV , ,44 0 Luísa Maria Branco dos Santos Mota Delgado Barnabé Francisco Primo Pisco Sim Sim ,37 AOV , ,08 0 Rui Manuel Gonçalves Lourenço Sim Sim ,07 AOV , ,04 0 Gastos anuais associados a Deslocações em Serviço ( ) Membro do CA Deslocações Custo Outras Gasto total (Nome) em Serviço com Alojamento Ajudas de custo Identificar Valor com viagens ( ) José Manuel Leitão Sardinha 110,04 0,00 0,00-0,00 110,04 Luísa Maria Branco dos Santos 0,00 0,00 0,00-0,00 0,00 Mota Delgado Barnabé Francisco Primo Pisco 389,29 858,00 250,20-0, ,49 Rui Manuel Gonçalves Lourenço 16,00 338,00 0,00-0,00 354, ,53 (3) Fiscalização Conselho Fiscal Designação Estatuto Mandato Remuneratório N.º de Forma (1) Data (Início - Fim) Cargo Nome Fixado Mensal ( ) Mandatos Presidente Dra. Saskia Márcia Ferreira Lopes Assembleia Geral 30 de junho de ,37 EUR Vogal Efetivo Dr. Luís Miguel Barros Martins Damas Assembleia Geral 30 de junho de ,78 EUR Vogal Efetivo Dra. Maria do Carmo dos Reis e Silva Mendes Assembleia Geral 30 de junho de ,78 EUR Vogal Efetivo Dr. José Manuel de Almeida Assembleia Geral 30 de junho de 2015 n.a. 1 (1) Indicar AG/DUE/Despacho. Nome Remuneração Anual ( ) "Bruto (1)" Reduções Remuneratórias (2) "Valor Final (3) = (1)-(2)" Dra. Saskia Márcia Ferreira Lopes , , ,24 Dr. Luís Miguel Barros Martins Damas ,92 841, ,47 Dra. Maria do Carmo dos Reis e Silva Mendes ,92 841, ,47 Dr. José Manuel de Almeida n.a. n.a. n.a ,18 AdVT_Relatório e Contas 2017_82

83 Revisor Oficial de Contas Mandato (Início - Fim) Cargo Identificação SROC/ROC Nº de inscrição Nome na OROC Designação Nº Registo na CMVM Forma (1) Data Data do Contrato Nº de anos de funções exercidas no grupo Nº de anos de funções exercidas na sociedade SROC Esteves Pinho e Associados, SROC, Lda., membro independente da BKR International Assembleia Geral 30 de junho de de outubro de ROC Efetivo Dr. Rui Manuel Correia de Pinho Assembleia Geral 30 de junho de de outubro de ROC Suplente Dr. Luís Manuel Moura Esteves Assembleia Geral 30 de junho de de outubro de Valor Anual do Contrato de Prestação de Serviços ( ) Valor Anual de Serviços Adicionais ( ) Nome ROC/FU Valor (1) Reduções (2) "Valor Final (3) = (1)-(2)" Identificação do Serviço Valor (1) Reduções (2) "Valor Final (3) = (1)-(2)" Esteves Pinho e Associados, SROC, Lda., membro independente da BKR International ,00 0, ,00 Parecer PAO 3 200,00 0, ,00 A remuneração bruta foi a apresentada na Proposta de Prestação de Serviços e já incorpora (e incorporou) a redução remuneratória (prevista na altura da apresentação da mesma). b) Auditor Externo Foram aplicadas na Águas do Vale do Tejo, SA todas as orientações vigentes em 2017 relativas às remunerações Identificação do Auditor Externo Nome Auditor Externo Nº OROC Nº CMVM Data da Contratação Duração do Contrato Nº de anos de funções exercidas no grupo Nº de anos de funções exercidas na sociedade Ernst & Young Audit & Associados SROC SA /08/ (anos) 9 2 ROC: Dr. Rui Manuel da Cunha Vieira /08/ (anos) 9 2 Nome Auditor Externo Valor Anual do Contrato de Prestação de Serviços ( ) Valor Anual de Serviços Adicionais ( ) Valor (1) Reduções (2) "Valor Final (3) = (1)-(2)" Identificação do Serviço Valor (1) Reduções (2) "Valor Final (3) = (1)-(2)" Ernst & Young Audit & Associados SROC SA ,00 0, ,00 Parecer Informação Prospetiva ,00 0, ,00 c) Restantes Trabalhadores A Águas do Vale do Tejo não dispõe de pessoal afeto ao seu quadro de pessoal, sendo a gestão delegada efetuada pela EPAL. Foram aplicadas na EPAL - Empresa Portuguesa das Águas Livres, SA todas as orientações vigentes em 2017 relativas às remunerações. 7) Aplicação do disposto nos artigos 32º e 33.º do Estatuto do Gestor Público Os membros do Conselho de Administração da empresa são remunerados pela EPAL - Empresa Portuguesa das Águas Livres, SA. Não obstante, foi dado cumprimento integral ao disposto nos artigos 32.º e 33.º do Estatuto do Gestor Público, conforme republicado pelo Decreto-Lei n.º 8/2012, de 18 de janeiro, no que se refere, designadamente: a) À não utilização de cartões de crédito e outros instrumentos de pagamento por gestores públicos, tendo por objeto a realização de despesas ao serviço da Empresa; b) Ao não reembolso a gestores públicos de quaisquer despesas que caiam no âmbito do conceito de despesas de representação pessoal; c) Ao valor das despesas associadas a comunicações, que incluem telefone móvel, telefone domiciliário e internet, que se encontram sintetizadas no quadro seguinte: AdVT_Relatório e Contas 2017_83

84 Plafond mensal definido Gastos com Comunicações ( ) Valor anual Observações José Manuel Leitão Sardinha 80,00 201,68 Valor suportado pela EPAL Luísa Maria Branco dos Santos Mota Delgado 80,00 381,00 Valor suportado pela EPAL Barnabé Francisco Primo Pisco 80,00 387,37 Valor suportado pela EPAL Rui Manuel Gonçalves Lourenço 80,00 314,78 Valor suportado pela EPAL 1.284,83 d) Ao valor de combustível e portagens afeto mensalmente às viaturas de serviço: Plafond mensal combustível e portagens Gastos anuais associados a viaturas ( ) Combustível Portagens Total Observações José Manuel Leitão Sardinha 572, , , ,82 Valor suportado pela EPAL Luísa Maria Branco dos Santos Mota Delgado 457, , , ,51 Valor suportado pela EPAL Barnabé Francisco Primo Pisco 457, , , ,54 Valor suportado pela EPAL Rui Manuel Gonçalves Lourenço 457, ,18 943, ,67 Valor suportado pela EPAL ,64 8) Despesas não documentadas ou confidenciais (aplicação do disposto no n.º 2 do artigo 16.º do RJSPE e do artigo 11.º do EGP) A empresa dá integral cumprimento ao disposto no n.º 2 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro, e ao artigo 11.º do Estatuto do Gestor Público, não aceitando despesas não documentadas ou confidenciais. 9) Relatório sobre remunerações pagas a homens e mulheres (n.º 2 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 18/2014, de 7 de março) A Águas do Vale do Tejo não tem trabalhadores no seu quadro de pessoal. Os dados referentes aos trabalhadores da EPAL afetos à gestão delegada da AdVT, e dando cumprimento ao previsto no n.º 2 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 18/2014, de 7 de março, e no seguimento dos procedimentos implementados no Grupo AdP, são divulgados internamente e disponibilizados no sítio da internet, inseridos no seu relatório anual de Sustentabilidade, a informação relativa às remunerações pagas a mulheres e homens, tendo em vista o diagnóstico e a prevenção de diferenças injustificadas naquelas remunerações. 10) Relatório anual sobre a Prevenção da Corrupção (n.º 1 do artigo 46.º do RJSPE) Dando cumprimento ao previsto no n.º1 do artigo n.º 46 do Decreto-Lei n.º133/2013, de 3 de outubro, e no seguimento dos procedimentos implementados no Grupo AdP, a Águas do Vale do Tejo, SA, procede à avaliação anual do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas em vigor na empresa, elaborando um relatório onde se incluem as conclusões sobre as AdVT_Relatório e Contas 2017_84

85 ocorrências identificadas ou, risco de ocorrências e outros factos mencionados na alínea a) do n.º1 do artigo n.º2 da Lei n.º 54/2008 de 4 de setembro, nomeadamente: a) informações relativas à prevenção da ocorrência de factos de corrupção ativa ou passiva, de criminalidade económica e financeira, de branqueamento de capitais, de tráfico de influência, de apropriação ilegítima de bens públicos, de administração danosa, de peculato, de participação económica em negócio, de abuso de poder ou violação de dever de segredo, bem como de aquisições de imóveis ou valores mobiliários em consequência da obtenção ou utilização ilícitas de informação privilegiada no exercício de funções na Administração Pública ou no sector público empresarial. Por forma a garantir o cumprimento do definido no n.º2 do n.º 46 do Decreto-Lei n.º133/2013, de 3 de outubro, o relatório anual foi publicitado no sítio de Internet da AdVT (cujo link para o sitio da internet se encontra no quadro inicial do presente capítulo) e remetido à Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial (UTAM), por correio eletrónico e disponibilizado na plataforma SIRIEF. 11) Contratação pública a) Modo como foram aplicadas as normas de contratação pública vigentes em 2017 O Grupo AdP dispõe de uma unidade da AdP Águas de Portugal Serviços Ambientais, S.A., que funciona como estrutura operacional de centralização, otimização e racionalização da aquisição de bens e serviços, no âmbito das atividades a que se dedicam as empresas que integram o Grupo. Neste quadro, foi estabelecido um modelo relacional no âmbito do qual se encontra listado um conjunto diferenciado de bens e serviços cuja contratação se opera através da Direção de Compras Centralizadas da AdP Serviços, que funciona como central de compras do Grupo. A existência desta estrutura interna do Grupo justifica-se na medida em que permite tirar partido da escala e sinergias angariadas pelo universo do Grupo e com isso obter condições contratuais mais atrativas para este conjunto de empresas, ao mesmo tempo que as liberta da necessidade de tramitarem procedimentos de contratação autónomos, com a inerente carga administrativa e financeira associada, acrescentando valor à sua atividade. Acresce que boa parte dos bens e serviços de que as empresas participadas necessitam para desenvolver as suas atividades se revestem de particularidades específicas e relevantes, designadamente os reagentes químicos e os materiais de laboratório usados pelos segmentos de tratamento de água/ efluentes, encontrando-se implícita à respetiva contratação um elevado nível de especialização dos intervenientes nos processos. De entre o universo das categorias contratadas é de destacar a energia elétrica, com um conjunto vasto de instalações incluídas na Alta Tensão, Média Tensão, Baixa Tensão Normal e Baixa Tensão Especial, onde a escala proporcionada pelo universo do Grupo tem permitido a obtenção de sinergias muito significativas, que têm produzido excelentes resultados ao nível da centralização de aquisições. Outra das categorias relevantes é a relativa à contratação da carteira de seguros do Grupo, adaptada à realidade e às necessidades de um conjunto muito vasto de empresas, com grande número de instalações e com riscos específicos decorrentes da sua atividade, que no contrato agregado são diluídos em resultado da diversificação operada. Neste campo, a solução agregada para a cobertura da responsabilidade ambiental constitui um bom exemplo das vantagens decorrentes da contratação centralizada. b) Procedimentos instituídos para a contratação de bens e serviços A empresa dispõe de um procedimento que regula a contratação de bens e serviços, que tem como objetivo definir a metodologia de cumprimento do estabelecido no código dos contratos públicos, e cujo âmbito de aplicação versa sobre todas as propostas de aquisição e locação de bens móveis, serviços e empreitadas. O procedimento foi revisto em 2017, atentas que foram as recomendações do Tribunal de Contas constantes no Relatório de Auditoria 7/2017, e em alinhamento com as instruções emanadas pela AdP SGPS, SA, para todas as empresas do Grupo Águas de Portugal. c) Os atos ou contratos celebrados com valor superior a 5 milhões de euros, e se os mesmos foram sujeitos a visto prévio do Tribunal de Contas conforme determina o artigo 47.º da Lei de Organização e Processo do Tribunal de Contas (LOPTC) AdVT_Relatório e Contas 2017_85

86 Não foram celebrados contratos de valor superior a 5 milhões de euros, pelo que não houve quaisquer contratos sujeitos a visto prévio do Tribunal de Contas. 12) Medidas tomadas ao nível da adesão da empresa ao Sistema Nacional de Compras Públicas (SNCP) As empresas que integram o Grupo AdP aderiram ao Sistema Nacional de Compras Públicas (SNCP) a 3 de março de 2014, na qualidade de entidades compradoras voluntárias. Desde então foram conduzidos procedimentos de contratação pública, com recurso ao SNCP abrangendo diferentes acordos quadro, nomeadamente: Papel e economato; Vigilância e segurança; Combustíveis rodoviários; Veículos automóveis e motociclos; Licenciamento de software e serviços conexos; Higiene e Limpeza. Recorreu-se a este figurino, quando validada a aderência entre as necessidades aquisitivas do Grupo AdP, agregadas pela AdP Serviços, e a doutrina dos respetivos cadernos de encargos, perspetivando-se a captura de valor não só pela alavancagem da procura resultante da escala, mas também pela simplificação e rapidez que caracterizam esta modalidade, permitindo assim à AdP Serviços uma gestão mais eficiente dos seus recursos. 13) Medidas de redução de gastos operacionais (previstas no artigo 124.º do DLEO 2017) Embora não podendo ser comparável devido à cisão ocorrida em 2017, o quadro seguinte apresenta a execução de 2017 e dos períodos anteriores homólogos: 2017 Exec Exec Exec. 2017/2016 PRC Absol. Var. % (0) EBITDA (ajustado) n.a. - (1) CMVMC n.a. - (2) FSE n.a. - (3) Gastos com o pessoal corrigidos dos encargos i), ii) e iii) n.a. - (3.i) Indemnizações pagas por rescisão n.a. n.a. n.a. n.a. - (3.ii) Impacto da reversão das reduções remuneratórias n.a. n.a. n.a. n.a. - (3.iii) Impacto da aplicação dos artigos 20.º e 21.º da LOE 2017 n.a. n.a. n.a. n.a. - (4) Gastos Operacionaisa) = (1)+(2)+(3) n.a. - (5) Volume de negócios (VN)b) n.a. - (6) Peso dos Gastos/VN = (4)/(5) 63,6% 55,9% 58,0% n.a. - (i) Gastos com Comunicações (FSE) n.a. - (ii) Gastos com Deslocações e Alojamento (FSE) n.a. - (iii) Gastos com Ajudas de custo (G c/ Pessoal) n.a. - (iv) Gastos com as viaturasc) n.a. - Total = (i) + (ii) + (iii) + (iv) n.a. - Número Total de RH (OS+CD+Trabalhadores) n.a. - N.º Órgãos Sociais (OS) n.a. - N.º Cargos de Direção (CD) n.a. n.a. n.a. n.a. - N.º Trabalhadores (sem OS e sem CD) n.a. n.a. n.a. n.a. - N.º Trabalhadores/N.º CD n.a. n.a. n.a. n.a. - N.º de viaturas n.a. - AdVT_Relatório e Contas 2017_86

87 a) Para aferir o grau de cumprimento das medidas de redução de gastos operacionais (CMCMC + FSE + Gastos com pessoal) não são considerados os gastos com as indemnizações por rescisão, o efeito da reversão das reduções remuneratórias, nem o efeito do disposto nos artigos 20.º e 21.º da LOE b) O volume de negócios é corrigido dos subsídios à exploração e das indemnizações compensatórias. c) Os gastos com as viaturas deverão incluir: rendas/amortizações, inspeções, seguros, portagens, combustíveis, manutenção, reparação, pneumáticos, taxas e impostos. Ressalvam-se os seguintes aspetos: (0) EBITDA foram expurgados do indicador os gastos incorridos advenientes da seca severa e extrema que ocorreu em 2017; (6) Gastos Operacionais / Volume de Negócios à semelhança do cálculo do EBITDA, para este efeito, expurgaram-se das respetivas rubricas os gastos não recorrentes que resultam sobretudo do período de seca severa e extrema verificada em 2017 (Gastos com comunicações, deslocações e alojamento, ajudas de custo e encargos com a frota automóvel) No que respeita aos encargos com a frota automóvel, e de modo a ser comparável, não se considerou os encargos estimados com as despesas de recondicionamento que irão ser registadas em 2018, devido à renovação do parque automóvel (cerca de 146 mil euros). (Recursos Humanos) a empresa apenas dispõe dos órgãos de fiscalização, atendendo que os trabalhadores pertencem à EPAL, que detém a gestão delegada da AdVT (Número de viaturas) não foram consideradas as viaturas cujo aluguer foi feito pontualmente para fazer face a necessidades operacionais 14) Princípio da Unidade de Tesouraria (artigo 28.º do RJSPE e artigo 111.º da Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro e artigo 90.º do DLEO 2017) A AdP SGPS, no âmbito do definido no seu objeto social, assumiu-se como um instrumento flexível e eficiente que permite a gestão centralizada e especializada das participações sociais que constam do seu portefólio. Em conformidade, além das orientações estratégicas emanadas para os gestores que a representam e da prestação de serviços técnicos de administração e gestão, constituise como um elemento crucial na função financeira das participadas em relação de domínio (a totalidade das participações detidas). O universo das empresas do Grupo abrange num conjunto de participações no setor do ambiente em diferentes fases de maturidade, pelo que a AdP SGPS tomou a responsabilidade de coordenar e obter os financiamentos necessários para fazer face às respetivas necessidades destas sociedades, tendo sempre presente, como objetivo final, o da manutenção do equilíbrio da estrutura de financiamento numa perspetiva consolidada. Nesse sentido: acompanhou as empresas na sua relação com o Fundo de Coesão de forma a facilitar o acesso a estes apoios comunitários; encetou negociações, com o BEI com o objetivo de financiar os projetos associados à primeira e segunda fase, tendo concretizado uma linha de 167 milhões de euros e milhões de euros, respetivamente; Em 2017 assinou uma linha de financiamento com o BEI de 220 milhões de euros a 25 anos para fazer face a investimentos a efetuar nas empresas existentes, a decorrer até 2021, sem o suporte de uma garantia, seja do Estado seja do sistema bancário. Dado que as linhas do BEI e o apoio do Fundo de Coesão não se revelavam suficientes para o financiamento da totalidade da carteira de projetos, a AdP SGPS iniciou um processo de acesso aos mercados externos em 2003, concretizando uma colocação privada de dívida a 10 anos no Japão em 2005 e procedendo a três emissões de obrigações com colocação privada em 2007 a 15 e 20 anos e, em 2016, a uma emissão obrigacionista a 12 anos, num total de 675 milhões de euros; Todos estes fundos decorrentes de operações de longo prazo têm como destino o financiamento dos sistemas multimunicipais e parcerias na componente relativa ao investimento e fundo de maneio dos primeiros anos de operação. A centralização de parte significativa de fundos na AdP SGPS tem permitido gerir de forma coesa e coerente as necessidades financeiras do Grupo, tendo-se evitado ruturas de tesouraria e problemas de insolvência, apesar dos graves problemas financeiros AdVT_Relatório e Contas 2017_87

88 que o País atravessou. Complementando este enquadramento de médio e longo prazo, a AdP SGPS centralizou também a negociação com o sistema bancário para obtenção dos financiamentos de curto prazo, reduzindo a capacidade dos bancos individualmente poderem penalizar alguma das participadas, quer em termos de custos quer em termos de crédito. O facto da AdP SGPS gerir centralizadamente a negociação de linhas e de, periodicamente, verificar a existência de alguns excedentes temporários tem permitido manter uma saúde financeira a níveis satisfatórios e com reduzidos impactos na atividade de exploração do Grupo. Na sequência de instruções por parte do Governo, o Grupo aplicou os seus excedentes de tesouraria, líquidos das necessidades, junto da IGCP, bem como tem vindo a transferir a atividade operacional do sistema bancário para o IGCP. À data de 31 de dezembro de 2017, as disponibilidades da AdVT centralizadas no IGCP eram de euros. Acresce a este valor euros referentes aos depósitos a título de Fundo de Reconstituição do Capital Social. Ressalva-se contudo que alguns montantes indicados no quadro seguinte, respeitantes aos saldos finais em cada trimestre, poderão encontrar-se inflacionados por depósitos de valores efetuados pelos clientes no último dia útil de cada período que, pelo facto do IGCP não dispor de balcões de atendimento ao público, tiveram que ser depositados na banca comercial e, transferidos no dia útil seguinte, para a conta da AdVT junto do IGCP. Princípio da Unidade de Tesouraria do Estado Banca Comercial* 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre CGD (1) ( ) ( ) BPI ( ) ( ) BBVA ( ) ( ) ( ) Santander BCP Novo Banco ( ) ( ) Banco Popular Montepio Bankinter Total ( ) ( ) ( ) Juros auferidos** * - Identificar a Instituição junto da qual se encontram as disponibilidades e/ou aplicações financeiras, acrescentando as linhas necessárias. ** - Identificar os juros auferidos (em termos acumulados, desde ) de todas as aplicações financeiras que se encontram junto da BC (1) Contas onde se encontravam domiciliados os recebimentos de clientes. Referem-se essencialmente a movimentos de final do mês e que não foi possivel em tempo util transferir para o IGCP 15) Recomendações dirigidas à empresa resultantes de auditorias conduzidas pelo Tribunal de Contas nos últimos três anos (2014 a 2017) Através do Relatório de Auditoria n.º 7/2017, de 27 de abril de 2017, tendo por incidência os ajustes diretos realizados pelas empresas do Grupo Águas de Portugal no período compreendido entre 2012 e o 1.º semestre de 2014, foram realizadas as seguintes recomendações aos Conselhos de Administração: No recurso ao ajuste direto devem ser aplicadas, com todo o rigor devido, as normas do CCP tendo designadamente em atenção a jurisprudência deste Tribunal de Contas; AdVT_Relatório e Contas 2017_88

89 Planeamento da contratação em função das necessidades historicamente recorrentes e realização, sempre que possível, de procedimentos de contratação pública concorrenciais (incluindo acordos quadro periódicos, se necessários). Tendo em vista o cumprimento da obrigação de reporte prevista no ponto 159 do Relatório n.º 7/2017 do Tribunal de Contas, foram implementadas as seguintes medidas para cumprimento das recomendações constantes do citado relatório, as quais contribuíram para o reforço da garantia do cumprimento do regime previsto no Código dos Contratos Públicos e para a monitorização da execução contratual. Medidas Aprovação de uma minuta-tipo de informação para início de procedimentos de contratação pública Declarações individualizadas de inexistência de conflitos de interesse Designação de gestor do procedimento Designação de gestor do contrato Implementação das orientações internas em matéria de número de entidades a convidar em função dos tipos de procedimento Definição de novas orientações internas em matéria de avaliação do cumprimento do regime previsto no artigo 113.º, n.º 2, do CCP Emissão de orientações internas relativas à utilização de critérios materiais em procedimentos de ajuste direto Medida Implementada (Sim/Não) Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Objetivos - Uniformização de procedimentos ao nível das empresas do grupo AdP - Garantia de observância de requisitos legais inerentes à abertura de procedimentos - Reforço da fundamentação de facto e de direito subjacente à promoção de procedimentos de contratação - Modelo de declaração anexo à minuta-tipo de informação para início de procedimentos de contratação - Aumento de transparência dos procedimentos de contratação pública - Cumprimento do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção ou Infrações Conexas - Acomodação de obrigação legal prevista na revisão do Código dos Contratos Públicos - Definição de um responsável pelo acompanhamento da tramitação dos procedimentos de contratação, desde a data da decisão de contratar até à assinatura do contrato, com funções determinadas - Acomodação de obrigação legal prevista na revisão do Código dos Contratos Públicos - Definição de um responsável pelo acompanhamento da execução dos contratos, com funções determinadas que abrangem a verificação do cumprimento dos termos contratuais, a validação de faturas e a elaboração do relatório de execução - Acomodação de obrigação legal prevista na revisão do Código dos Contratos Públicos - Definição do número de entidades a convidar nos procedimentos de contratação das empresas do grupo AdP, incluindo os promovidos ao abrigo dos setores especiais - Fixação do 5.º dígito do CPV como referência para aferição de contratos cujo objeto seja constituído por prestações do mesmo tipo ou idênticas no ano económico em curso e nos dois anos anteriores - Garantia de observância de requisitos legais inerentes à abertura de procedimentos - Uniformização de práticas ao nível das empresas do grupo AdP - Uniformização de procedimentos ao nível das empresas do grupo AdP - Garantia de observância de requisitos legais inerentes à abertura de procedimentos - Reforço da fundamentação de facto e de direito subjacente à promoção de procedimentos de contratação AdVT_Relatório e Contas 2017_89

90 Medidas Existência de assessoria jurídica especializada em contratação em cada empresa do grupo AdP Monitorização de procedimentos de contratação Criação de unidade de compras responsável pela promoção de procedimentos de contratação pública, em todas as empresas do grupo AdP Aprovação do Plano Anual de Compras em todas as empresas do grupo AdP Realização de ações de formação de âmbito geral e especializado Revisão das minutas-tipo de peças dos procedimentos de contratação pública Arquivo de procedimentos de contratação pública Medida Implementada (Sim/Não) Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Objetivos - Garantia de observância de requisitos legais inerentes à abertura de procedimentos - Reforço da fundamentação de direito subjacente à promoção de procedimentos de contratação - Análise e concertação periódica sobre questões de contratação pública em grupo de trabalho especializado - Assegurar a implementação das orientações internas em matéria de contratação - Definição de unidade orgânica no âmbito da AdP SGPS responsável pelo acompanhamento dos termos de realização de procedimentos de contratação através de informação registada no ERP para controlo da legalidade dos procedimentos - Realização de auditorias internas em áreas e matérias identificadas pela AdP SGPS - Uniformização de práticas ao nível das empresas do grupo AdP - Uniformização de procedimentos ao nível das empresas do grupo AdP - Coordenação interna da tramitação de procedimentos de contratação relativos a aquisições/locações de bens e serviços, bem como a respetiva monitorização e reporte - Definição de unidade orgânica responsável pela informação prestada para efeitos de aferição do cumprimento do regime do artigo 113.º, n.º 2, do CCP - Identificação de necessidades em matéria de empreitadas e aquisições/ locações de bens e serviços em cada ciclo anual - Melhorar o planeamento da realização de procedimentos de contratação e identificar necessidades transversais que possam ser contratadas globalmente para redução de encargos - Promover a divulgação de anúncios de pré-informação nos termos do CCP - Articulação com o orçamento das empresas - Carregamento do Plano Anual de Compras no ERP para monitorização de execução - Preparação dos gestores e técnicos das empresas do grupo AdP para revisão do Código dos Contratos Públicos - Garantia de observância de requisitos legais e relativos a procedimentos de contratação pública - Uniformização de procedimentos ao nível das empresas do grupo AdP - Adaptação das minutas-tipo de peças dos procedimentos de contratação pública inerentes à realização de investimentos (empreitadas, aquisições de serviços de fiscalização e projeto, etc.) - Instituição de arquivo digital por procedimento de contratação pública, da responsabilidade do gestor do procedimento - Diminuição do suporte físico dos procedimentos de contratação pública - Agilização de disponibilização de informação em sede de consulta interna, auditorias e ações inspetivas AdVT_Relatório e Contas 2017_90

91 16) Quadro com informação a constar no site do SEE Conforme orientações da DGTF a empresa não divulga informação no sítio do SEE na internet, em virtude de não ser participada diretamente pelo Estado. Para efeitos de sistematização da informação quanto ao cumprimento das orientações legais referidas, apresenta-se o quadro seguinte: Cumprimento das Orientações Legais Cumprimento S N NA Quantificação/ Identificação Justificação/ Referência ao ponto do Relatório Objetivos de Gestão 1. Objetivos financeiros, de eficiência e sustentabilidade Ponto 1 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Eficiência de gestão (PRC=GV+FSE+GP)/VN) x -1,5% Objetivo Não atingido Limite ao endividamento x 444,1 Objetivo Atingido Dívida comercial (vencida) de devedores municipais x 97,0% Objetivo Atingido Degradação da tesouraria de exploração (DTE) x 100,0% Objetivo Atingido Rentabilidade do capital investido (RCI) x 50,2% Objetivo Não atingido 2. Objetivos ambientais Qualidade da água fornecida x 99,9% Objetivo Atingido Qualidade das Águas Residuais Tratadas x 106,0% Objetivo Superado 3. Objetivos setoriais EVEF - Data de conclusão dos trabalhos x 07/07/2017 Objetivo Superado Destaque dos SMM da área metropolitana de Lisboa x 2 Objetivo Superado 4. Objetivos de reporte Grau de cumprimento dos prazos de reporte (GCPR) x - Objetivo não avaliado Metas a atingir constantes no PAO 2017 Comparação entre os valores de 2017 e as previsões constantes do PAO Princípios Financeiros de Referência x - Ponto 1 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Investimento x 52,1% Ponto 1 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Endividamento x 1% Ponto 1 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" EBITDA x 4,2% Ponto 1 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Plano de Redução de Gastos (PRC) x 0,6 p.p. Ponto 1 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Gastos com Frota Automóvel - Ponto 1 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" N.º viaturas x 0 Ponto 1 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Gastos com viaturas x -0,1% Ponto 1 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Gastos com Pessoal x -0,4% Ponto 1 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Grau de execução do orçamento carregado no SIGO/SOE x - Gestão do Risco Financeiro x 2,8% Ponto 2 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Limites de Crescimento do Endividamento x n.a. Variação do endividamento face a 2016 (não comparável) Evolução do PMP a fornecedores x 79 Ponto 4 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Atrasos nos Pagamentos (Arrears) x EUR Ponto 4 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Recomendações do Acionista na aprovação de contas x - Não foram emitidas recomendações Remunerações: Não atribuição de prémios de gestão x x - - CA - reduções e reversões remuneratórias vigentes em 2017 x x - - Fiscalização - redução e reversões remuneratória vigentes em 2017 x - - Auditor Externo - redução e reversões remuneratória vigentes em 2017 x - - Restantes trabalhadores - proibição de valorizações remuneratórias, nos termos do art.º 38.º da Lei 82-B/2014, prorrogada para 2017 pelo artigo 19.º da Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro. x x - A AdVT não dispoe de trabalhadores afetos ao seu quadro de pessoal EGP - artigo 32º e 33.º do EGP Não utilização de cartões de crédito x - Os membros do CA não dispõem de cartões de credito Não reembolso de despesas de representação pessoal x - A empresa não reembolsou qualquer despesa de representação pessoal Valor máximo das despesas associadas a comunicações x - Ponto 7 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Valor máximo de combustível e portagens afeto mensalmente às viaturas de serviço x - Ponto 7 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" AdVT_Relatório e Contas 2017_91

92 Cumprimento das Orientações Legais Cumprimento S N NA Quantificação/ Identificação Justificação/ Referência ao ponto do Relatório Despesas não documentadas - n.º 2 do artigo 16º do RSJP e do art.º 11.º do EGP Proibição de realização de despesas não documentadas ou confidenciais Promoção da igualdade salarial entre homens e mulheres n.º 2 da RCM n.º 18/2014 x - A empresa não realizou qualquer despesa não documentado ou confidencial Elaboração e divulgação do relatório sobre remunerações pagas a homens e mulheres x - Ponto 9 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Prevenção da Corrupção n.º 1 do artigo 46º do RJSPE Elaboração e divulgação de relatório anual sobre prevenção da corrupção Contratação Pública x - Aplicação das Normas de contratação pública pela empresa x Ponto 11 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Aplicação das normas de contratação pública pelas participadas x - Ponto 11 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Contratos submetidos a visto prévio do TC x - Ponto 11 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Auditorias do Tribunal de Contas No recurso ao ajuste direto devem ser aplicadas, com todo o rigor devido, as normas do CCP tendo designadamente em atenção a jurisprudência deste Tribunal de Contas; x - Ponto 15 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Planeamento da contratação em função das necessidades historicamente recorrentes e realização, sempre que possível, de procedimentos de contratação pública concorrenciais x - Ponto 15 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Parque Automóvel Nº de viaturas x n.a. A variação resultou da transferencia das viaturas no ambito da cisão ocorrida em 2017 Gastos Operacionais das Empresas Públicas x - Ponto 13 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" Princípio da Unidade de Tesouraria (artigo 28.º do DL 133/2013) Disponibilidades e aplicações centralizadas no IGCP x EUR Saldo a 31/12/2017 Disponibilidades e aplicações na Banca Comercial x EUR Saldo a 31/12/2017 Juros auferidos em incumprimento da UTE e entregues em Receita do Estado x - Ponto 14 do capitulo "Cumprimento das Orientações Legais" AdVT_Relatório e Contas 2017_92

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94 Relatórios dos Administradores Não Executivos sobre o Desempenho dos Administradores Executivos AdVT_Relatório e Contas 2017_94

95 AdVT_Relatório e Contas 2017_95

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98 PERSPETIVAS FUTURAS O exercício de 2018 ficará marcado pela consolidação das atividades da empresa, assinalando-se uma esperada reestruturação organizacional com vista a melhorar processos e procedimentos para a gestão e exploração das infraestruturas, e sistemas pelos quais é responsável, constituindo, por conseguinte, um enorme desafio que, estamos seguros, será superado com a reconhecida competência e profissionalismo dos trabalhadores e trabalhadoras da empresa. Neste contexto importa salientar a continuação do reforço da sustentabilidade económica e financeira da empresa que, pela sua expressão, é um fator relevante na sustentabilidade do próprio setor da água. A racionalização dos gastos também assumirá um papel relevante na atividade da empresa em 2018, reforçando-se a cultura de diálogo e de cooperação com os municípios envolvidos e demais entidades parceiras. Importa ainda salientar que se procurará reforçar os índices de investimento, com particular relevo no que respeita ao reforço da preparação da empresa face às alterações climáticas e, ainda, aumentar a eficiência das operações, promovendo a adoção das melhores práticas em todos os espaços da empresa. A qualificação e o necessário reforço do quadro de recursos humanos afeto às atividades exercidas pela empresa merecem particular atenção, esperando-se evoluções positivas durante o exercício de 2018 o que é essencial para podermos melhorar a qualidade dos serviços prestados, tanto na área do abastecimento como na do saneamento. AdVT_Relatório e Contas 2017_98

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100 CONSIDERAÇÕES FINAIS É com satisfação que o Conselho de Administração encerra mais um ano de atividade de uma empresa pública que gera valor para o País e que sabe cumprir os seus objetivos e honra os seus compromissos para com o seu acionista, para com a Tutela, para com a Entidade Reguladora e, também, para com os seus clientes. Foi um ano muito importante, pois o processo de cisão que a empresa sofreu decorreu de uma forma simples e serena, tendo sido alcançados os objetivos que se encontravam delineados. Um agradecimento especial aos trabalhadores e trabalhadoras que, ao longo do ano de 2017 trabalharam na EPAL que, com o seu empenho e profissionalismo, souberam dar sempre o melhor de si, contribuindo decisivamente para a excelência dos resultados alcançados. Justifica-se, ainda, nesta circunstância, um agradecimento a todos quantos, direta ou indiretamente, contribuíram para que a AdVT honre a sua missão e cumpra os seus objetivos de bem servir. À EPAL, entidade em quem foi delegada a gestão do sistema multimunicipal do Vale do Tejo, e a todas as suas trabalhadoras e trabalhadores, pela dedicação e esforço de trabalho desenvolvido em prol da qualidade e segurança dos serviços prestados nas áreas do abastecimento de água e do saneamento. Aos membros dos órgãos sociais pelo espírito de colaboração evidenciado nas suas atividades próprias e no acompanhamento da gestão da empresa. À Tutela Governamental, pela acessibilidade dos contatos, interesse e empenho postos no acompanhamento das atividades da empresa e pelo clima de confiança mantido. Aos acionistas, Municípios e Águas de Portugal, que mantiveram o acompanhamento permanente e empenhado das atividades e evolução da AdVT. A ERSAR, enquanto entidade reguladora do setor, a APA Agência Portuguesa do Ambiente, bem como os diversos organismos e serviços da Administração Pública, são igualmente credores de reconhecimento pelo interesse e disponibilidade evidenciados nas relações estabelecidas. Um agradecimento às instituições bancárias e seguradoras e aos fornecedores e prestadores de serviços à AdVT, pela qualidade das suas respostas às necessidades da empresa. Aos utilizadores do sistema, o registo do nosso apreço pela compreensão, pelo diálogo e pela confiança demonstrados, sem esquecer a permanente cooperação que estabelecemos, sem a qual não teríamos alcançado os resultados e objetivos. Finalmente, aos trabalhadores e trabalhadoras da EPAL que, por força do processo de cisão ocorrida, transitaram para as novas empresas, o Conselho de Administração, agradece o contributo que prestaram no âmbito das atividades da EPAL e da AdVT, e aproveita para desejar as maiores felicidades para o desempenho das novas missões assumidas em empresas do grupo Águas de Portugal. AdVT_Relatório e Contas 2017_100

101 [página em branco] AdVT_Relatório e Contas 2017_101

102 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Nos termos do disposto no artigo 30.º dos Estatutos da Águas do Vale do Tejo, S.A., o Conselho de Administração propõe que o Resultado Líquido do Exercício de 2017, no montante de ,64 euros (seis milhões, novecentos e quarenta e sete mil, seiscentos e trinta euros, e sessenta e quatro cêntimos), tenha a seguinte distribuição: ,53 euros (trezentos e quarenta e sete mil, trezentos e oitenta e um euros e cinquenta e três cêntimos) para constituição da Reserva Legal; ,11 euros (seis milhões, seiscentos mil, duzentos e quarenta e nove euros e onze cêntimos) para Resultados Transitados. AdVT_Relatório e Contas 2017_102

103 [página em branco] AdVT_Relatório e Contas 2017_103

104 ANEXO AO RELATÓRIO Nos termos do n.º4 do artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais apresenta-se a lista de acionistas à data de 31 de dezembro de 2017: N. Ações subscritas Capital Subscrito Capital Social % Total do Capital Capital Realizado Total de Açoes Subscritas Subscrito Social Subscrito Águas de Portugal, SGPS, SA ,35% Aguiar da Beira ,13% Alandroal ,18% Alcobaça ,76% Alenquer ,57% Almeida ,15% Alter do Chão ,14% Alvaiázere ,33% Arronches ,12% Arruda dos Vinhos ,46% Com. Intermunicipal Oeste ,00% Avis ,19% Azambuja ,72% Belmonte ,08% Bombarral ,42% Cadaval ,41% Caldas da Rainha ,52% Campo Maior ,30% Castanheira de Pêra ,14% Castelo Branco ,93% Castelo de Vide ,14% Crato ,16% EDIA ,30% Elvas ,84% Évora ,60% Ferreira do Zêzere ,37% Figueira de Castelo Rodrigo ,11% Figueiró dos Vinhos ,18% Fornos de Algodres ,14% Fronteira ,13% Fundão ,33% Gavião ,18% Gouveia ,39% Guarda ,51% AdVT_Relatório e Contas 2017_104

105 N. Ações subscritas Capital Subscrito Total de Açoes Subscritas Capital Social Subscrito % Total do Capital Social Subscrito Capital Realizado Idanha -a -Nova ,49% Lourinhã ,08% Manteigas ,12% Marvão ,13% Mêda ,10% Monforte ,12% Mourão ,07% Nazaré ,23% Nisa ,31% Óbidos ,44% Oleiros ,14% Oliveira do Hospital ,55% Pampilhosa da Serra ,15% Pedrogão Grande ,29% Penamacor ,11% Peniche ,33% Pinhel ,20% Ponte de Sor ,59% Portalegre ,87% Proença -a -Nova ,39% Redondo ,18% Rio Maior ,72% Sabugal ,18% Seia ,75% Sertã ,36% Sobral de Monte Agraço ,32% Sousel ,19% Tomar ,67% Torres Vedras ,09% Vila Velha de Ródão ,15% AdVT - (ações próprias) ,38% ,00% AdVT_Relatório e Contas 2017_105

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107 C - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO DE 2017

108 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Demonstração da posição financeira (euros) ATIVO Notas Ativos Não Correntes Ativos intangíveis Ativos fixos tangíveis Investimentos financeiros Impostos diferidos ativos Desvio de Recuperação de Gastos Clientes e outros ativos não correntes Total dos Ativos não correntes Ativos Correntes Inventários Clientes Estado e outros entes públicos Imposto sobre o rendimento do exercício Outros ativos correntes Caixa e seus equivalentes Total dos Ativos correntes Total do Ativo Capital Próprio dos Acionistas maioritários Capital Social Ações próprias e direitos 14 ( ) ( ) Reservas e outros ajustamentos Resultados transitados Resultado líquido do exercício Total dos Capitais Próprios Passivos Não Correntes Provisões Empréstimos Fornecedores e outros passivos não correntes Impostos Diferidos Passivos Acréscimos de Custos de Investimento Contratual Subsidios ao Investimento Total dos Passivos não Correntes Passivos Correntes Empréstimos Fornecedores Outros passivos correntes Estado e outros entes públicos Imposto sobre o rendimento do exercício Total dos Passivos Correntes Total do Passivo Total do Passivo e do Capital Próprio O Diretor Financeiro e Contabilista Certificado Marcos Levi Santinho de Faria Miguel O Conselho de Administração José Manuel Leitão Sardinha Luísa Maria Branco dos Santos Mota Delgado Barnabé Francisco Primo Pisco Rui Manuel Gonçalves Lourenço José Correia da Luz José Gabriel Paixão Calixto Jorge Manuel Alves de Faria AdVT_Relatório e Contas 2017_108

109 Demonstração dos Resultados e do Rendimento Integral (euros) Rendimentos e Gastos Notas Vendas Prestação de serviços Rédito de serviços construção ativos concessionados Desvio de Recuperação de Gastos Volume de negócios Custo das vendas 23 ( ) ( ) Gastos de serviços construção ativos concessionados 23 ( ) ( ) Margem bruta Fornecimentos e serviços externos 24 ( ) ( ) Gastos com os Órgãos Sociais 25 (81 075) (77 937) Gastos com o Pessoal afetos à Concessão 26 ( ) ( ) Amortizações, Depreciações e Reversões 27 ( ) ( ) Provisões, Ajustamentos e Reversões 37 ( ) ( ) Perdas por Imparidade e Reversões 10 (96 054) ( ) Subsídios ao Investimento Outros gastos e perdas operacionais 28 ( ) ( ) Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais Resultados operacionais Gastos financeiros 30 ( ) ( ) Rendimentos financeiros Resultados financeiros ( ) ( ) Resultados antes de impostos Imposto do exercício 21 ( ) ( ) Imposto diferido 8 e Resultado Líquido do Exercício Rendimento Integral Resultado por Ação (básico e diluído) 14 0,08 0,09 Rendimento Integral por Ação (básico e diluído) 14 0,08 0,09 O Diretor Financeiro e Contabilista Certificado Marcos Levi Santinho de Faria Miguel O Conselho de Administração José Manuel Leitão Sardinha Luísa Maria Branco dos Santos Mota Delgado Barnabé Francisco Primo Pisco Rui Manuel Gonçalves Lourenço José Correia da Luz José Gabriel Paixão Calixto Jorge Manuel Alves de Faria AdVT_Relatório e Contas 2017_109

110 Demonstração das variações do capital próprio (euros) Capital Social Ações Próprias Reserva Legal Reserva Reavaliação Outras Reservas Resultados Transitados Resultado Líquido do Exercício Saldo a 31 de dezembro de ( ) Aplicação dos resultados 2016 Aplicação do resultado ( ) - Cisão (nos termos do DL n.º 34/2017) Cisão (nos termos do DL n.º 34/2017) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Pagamento de Dividendos Pagamento de dividendos Ações Próprias e Direitos Alienação de ações (Borba) Direitos (Borba) Resultado líquido de Saldo a 31 de dezembro de ( ) Total O Diretor Financeiro e Contabilista Certificado Marcos Levi Santinho de Faria Miguel O Conselho de Administração José Manuel Leitão Sardinha Luísa Maria Branco dos Santos Mota Delgado Barnabé Francisco Primo Pisco Rui Manuel Gonçalves Lourenço José Correia da Luz José Gabriel Paixão Calixto Jorge Manuel Alves de Faria AdVT_Relatório e Contas 2017_110

111 Demonstração dos Fluxos de Caixa (euros) Fluxos de Caixa das Atividades operacionais Recebimentos de Clientes Pagamentos a Fornecedores ( ) ( ) Pagamentos ao pessoal (74 019) ( ) Pagamento de IRC ( ) ( ) Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional ( ) ( ) ( ) Fluxos de Caixa das Atividades de investimento Recebimentos de Investimentos Financeiros Recebimentos de Ativos Fixos Intangíveis Recebimentos de juros e rendimentos similares Recebimentos de Subsídios de Investimento ( ) Pagamentos de Ativos Fixos Intangíveis ( ) ( ) Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento Recebimentos de empréstimos obtidos Recebimentos de realizações de capital Recebimentos de juros e gastos similares Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio ( ) Pagamentos de empréstimos obtidos ( ) ( ) Pagamentos de juros e gastos similares ( ) ( ) ( ) Variação de Caixa e seus Equivalentes Caixa e seus equivalentes no início do período ( ) ( ) Caixa e seus equivalentes no fim do período ( ) Decomposição de Caixa e seus equivalentes Caixa Depósitos à ordem Depósitos a prazo Descobertos Bancários 0 ( ) ( ) O Diretor Financeiro e Contabilista Certificado Marcos Levi Santinho de Faria Miguel O Conselho de Administração José Manuel Leitão Sardinha Luísa Maria Branco dos Santos Mota Delgado Barnabé Francisco Primo Pisco Rui Manuel Gonçalves Lourenço José Correia da Luz José Gabriel Paixão Calixto Jorge Manuel Alves de Faria AdVT_Relatório e Contas 2017_111

112 Notas às Demonstrações Financeiras 1. Atividade económica da Águas do Vale do Tejo, S.A. 1.1 Introdução A Águas do Vale do Tejo, S.A. (adiante designada também por Águas do Vale do Tejo ou AdVT ou Empresa ou Sociedade) com um capital social de euros, e sede social na Guarda, foi criada através do Decreto-Lei n.º 94/2015, de 29 de maio, o qual lhe atribuiu a exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, cuja concessão lhe foi atribuída, pelo prazo de 30 anos. Este sistema abrangia a captação, o tratamento e o abastecimento de água para consumo público e a recolha, o tratamento e a rejeição de efluentes domésticos, de efluentes que resultem da mistura de efluentes domésticos com efluentes industriais ou pluviais, designados por efluentes urbanos, e a receção de efluentes provenientes de limpeza de fossas séticas, que cumpram o disposto no regulamento de exploração e serviço relativo à atividade de saneamento de águas residuais em vigor no sistema, os respetivos tratamento e rejeição. O sistema em apreço havia resultado da agregação de oito sistemas multimunicipais, que se extinguiram no dia da constituição do novo sistema, nomeadamente: Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Norte Alentejano, criado pelo Decreto-Lei n.º 128/2000, de 6 de julho e gerido pela Águas do Norte Alentejano, SA (AdNA); Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Alto Zêzere e Côa, criado pelo Decreto-Lei n.º 121/2000, de 4 de julho e gerido pela Águas do Zêzere e Côa, SA (AdZC); Sistema multimunicipal de saneamento da Costa do Estoril, criado pelo Decreto-Lei n.º 142/1995, de 14 de junho e gerido pela SANEST, SA; Sistema multimunicipal de saneamento de águas residuais da península de Setúbal, criado pelo Decreto-Lei n.º 286/2003, de 8 de novembro e gerido pela SIMARSUL, SA; Sistema multimunicipal de saneamento do Tejo e Trancão, criado pelo Decreto-Lei n.º 288-A/2001, de 10 de novembro e gerido pela SIMTEJO, SA; Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Raia, Zêzere e Nabão, criado pelo Decreto-Lei n.º 197- A/2001, de 30 de junho e gerido pela Águas do Centro, SA (AdC); Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Oeste, criado pelo Decreto-Lei n.º 305-A/2000, de 24 de novembro e gerido pela Águas do Oeste, SA (AdO); e do Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Centro Alentejo, criado pelo Decreto-Lei n.º 130/2002, de 11 de maio e gerido pela Águas do Centro Alentejo, SA (AdCA). No âmbito do processo de reorganização do setor de abastecimento de água e saneamento de águas residuais e na sequência da publicação do Decreto-Lei nº 34/2017, de 24 de março, que promoveu a cisão do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, foram criados dois sistemas multimunicipais de saneamento de águas residuais: o sistema da Grande Lisboa e Oeste e o Sistema da Península de Setúbal, e foi redenominada a sociedade Águas de Lisboa e Vale do Tejo, S. A., para Águas do Vale do Tejo, S.A (AdVT), tendo por essa via sido substancialmente alterado o seu âmbito territorial. Com efeito, dos anteriores oito sistemas agregados mantêm-se na AdVT apenas cinco, sendo que um deles apenas na atividade de abastecimento. Os sistemas de saneamento anteriormente geridos pela Sanest, Simtejo e Águas do Oeste passaram, com a cisão em AdVT_Relatório e Contas 2017_112

113 apreço, a ser da responsabilidade da Águas do Tejo Atlântico, e o sistema de saneamento anteriormente gerido pela Simarsul passou a ser gerido pela nova Simarsul. 1.2 Atividade A AdVT tem como atividade principal a captação, o tratamento e o abastecimento de água para consumo público e a recolha, o tratamento, a rejeição de efluentes, tendo a gestão do sistema sido delegada na EPAL Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A., nos termos previstos no Decreto-Lei de constituição da sociedade e reiterada pelo Decreto-Lei n.º 34/2017. A AdLVT integrava como utilizadores no abastecimento de água e saneamento de águas residuais setenta municípios e apenas na componente de saneamento de águas residuais dezasseis municípios. A população residente abrangida pelo sistema era de 1,1 milhões de habitantes na atividade de abastecimento de água e cerca de 3,7 milhões habitantes na atividade de saneamento de águas residuais. O sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Vale do Tejo, resultante de cisão do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, abrange agora os seguintes municípios: No abastecimento de água e saneamento de águas residuais, os municípios de Aguiar da Beira, Alandroal, Almeida, Alter do Chão, Alvaiázere, Arronches, Avis, Belmonte, Borba, Campo Maior, Castanheira de Pêra, Castelo Branco, Castelo de Vide, Celorico da Beira, Crato, Entroncamento, Elvas, Évora, Ferreira do Zêzere, Figueira de Castelo Rodrigo, Figueiró dos Vinhos, Fornos de Algodres, Fronteira, Fundão, Gavião, Gouveia, Guarda, Idanha-a-Nova, Mação, Manteigas, Marvão, Meda, Monforte, Mourão, Nisa, Oleiros, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penamacor, Pinhel, Ponte de Sor, Portalegre, Portel, Proençaa-Nova, Redondo, Reguengos, Sabugal, Sardoal, Seia, Sousel, Sertã, Tomar, Vila Nova da Barquinha e Vila Velha de Ródão; Apenas na componente de abastecimento de água, os municípios de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Mafra, Nazaré, Óbidos, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras. Em 2016, a EPAL iniciou, em regime de exclusividade, a gestão do sistema de abastecimento de água da região Oeste. A operação, manutenção e exploração do sistema é assegurada pela EPAL, que entrega a água aos clientes da AdVT nos pontos de entrega desta aos municípios De acordo com o previsto no Decreto-Lei n.º 34/2017, enquanto não for assinado um novo contrato de concessão para a AdVT mantém-se em vigor o contrato de concessão da AdLVT e as respetivas regras. Não obstante, as demonstrações financeiras foram preparadas com base na informação mais atualizada sobre a concessão (investimentos e caudais), constante no EVEF revisto, que ainda não se encontra aprovado pela ERSAR e Concedente. Assim, a atividade da AdVT vigorará por um período de 30 anos, período definido para a concessão que termina no último dia civil do trigésimo ano, i.e. 31 de dezembro de A atividade é regulada pelo contrato de concessão outorgado entre o Estado Português e a Águas de Lisboa e Vale do Tejo, S.A., à data de 30 de junho de Este contrato previsto no decreto-lei da constituição da sociedade, integra um estudo de viabilidade económica e financeira que fixa um conjunto de pressupostos relevantes, entre os quais se destacam as regras e os valores definidos para as tarifas e o cálculo dos desvios de recuperação de gastos, correspondendo estes à diferença existente, à data da extinção das concessionárias dos sistemas extintos, entre os resultados líquidos da concessionária advenientes da exploração e gestão do sistema e o valor a que a concessionária tenha contratualmente direito a título de remuneração do capital investido, bem como à diferença verificada, anualmente, entre o resultado líquido obtido pela concessionária adveniente da exploração e gestão do sistema e o resultado líquido que resultaria da aplicação das regras de determinação das tarifas que permitissem a cobertura integral dos gastos das atividades em cenário de eficiência produtiva e a remuneração adequada dos capitais próprios da concessionária. De acordo com o contrato de concessão, o valor do desvio de recuperação de gastos a reconhecer anualmente fica sujeito a aprovação pela Entidade Reguladora do Setor (ERSAR) até ao final de fevereiro do ano seguinte a que respeita. Em 23 de maio de 2017 ficou concluído o processo relativo à aprovação dos desvios de recuperação de gastos referentes ao exercício de 2016, tendo a ERSAR definido um ajustamento ao valor bruto do desvio de euros, ajustamento esse que foi refletido nas demonstrações financeiras de 2017, tendo influenciado o resultado líquido do período por via da dedução do ajustamento ao valor da remuneração garantida apurada. AdVT_Relatório e Contas 2017_113

114 Apesar de nesta data não terem sido formalmente aprovados os desvios de recuperação de gastos por parte da ERSAR, referentes ao exercício de 2017, tendentes a refletir os eventuais excessos ou insuficiências das tarifas e preços, já foi informada a Empresa da análise e decisão do Regulador, considerando a AdVT não haver necessidade de efetuar quaisquer ajustamentos decorrentes da análise efetuada. 1.3 Acionistas A Águas do Vale do Tejo, S.A. é uma sociedade anónima de capitais públicos, com um Capital Social de euros, integralmente realizado, capital que já reflete os efeitos da cisão ocorrida em 2017 e que consta do Anexo VI ao Decreto-Lei n.º 34/2017, de 24 de março. Aproveitando a faculdade que lhes foi concedida pelo Decreto-Lei n.º 94/2015, alguns dos acionistas optaram por exercer o direito de alienação à LVT da totalidade das suas participações sociais, correspondentes às ações de que ficam titulares no momento da constituição da sociedade. Esta alienação foi efetuada nos termos dos artigos 39.º e 40.º do referido Decreto-Lei. Em 2015 ocorreu a aquisição da participação referente ao município de Reguengos de Monsaraz (titular de ações da categoria A, no valor nominal de 1 euro cada ação, correspondente a uma participação de 0,13% do capital social) e em 2016 concretizaram-se as aquisições das participações relativas à Associação de Municípios de Cova da Beira (titular de ações da categoria A, no valor nominal de 1 euro cada ação, correspondente a uma participação de 0,06% do capital social) e ao município de Borba (titular de ações de categoria A, no valor nominal de 1 euro cada ação, correspondente a uma participação de 0,16% do capital social), as quais, na esfera da LVT, passaram a configurar como ações próprias. Conforme disposto no artigo 41.º do Decreto-Lei 94/2015, após a concretização da venda das participações sociais dos municípios à LVT, nos termos dos artigos 39.º e 40.º, esta deve alienar a totalidade das participações sociais adquiridas, dispondo, para o efeito, do direito de alienação à AdP Águas de Portugal, SGPS, S.A., de cada uma das referidas participações no seu capital social, pelo respetivo preço de aquisição. Em 2017, onde ao abrigo do disposto no artigo 41.º do Decreto-lei n.º 94/2015, de 29 de maio, a AdVT alienou à AdP, SGPS, SA, a participação social adquirida ao município de Borba, pelo respetivo preço de aquisição pela sociedade, com a consequente redução das ações próprias da AdVT e o aumento da participação do acionista maioritário. A 31 de dezembro de 2017 eram acionistas da Águas do Vale do Tejo, S.A.: Acionista Eur % Acionista Eur % Águas de Portugal, SGPS, SA ,35% Guarda ,51% Aguiar da Beira ,13% Idanha -a -Nova ,49% Alandroal ,18% Lourinhã ,08% Alcobaça ,76% Manteigas ,12% Alenquer ,57% Marvão ,13% Almeida ,15% Mêda ,10% Alter do Chão ,14% Monforte ,12% Alvaiázere ,33% Mourão ,07% Arronches ,12% Nazaré ,23% Arruda dos Vinhos ,46% Nisa ,31% Com. Intermunicipal Oeste ,00% Óbidos ,44% Avis ,19% Oleiros ,14% Azambuja ,72% Oliveira do Hospital ,55% Belmonte ,08% Pampilhosa da Serra ,15% Bombarral ,42% Pedrogão Grande ,29% Cadaval ,41% Penamacor ,11% Caldas da Rainha ,52% Peniche ,33% AdVT_Relatório e Contas 2017_114

115 Acionista Eur % Acionista Eur % Campo Maior ,30% Pinhel ,20% Castanheira de Pêra ,14% Ponte de Sor ,59% Castelo Branco ,93% Portalegre ,87% Castelo de Vide ,14% Proença -a -Nova ,39% Crato ,16% Redondo ,18% EDIA ,30% Rio Maior ,72% Elvas ,84% Sabugal ,18% Évora ,60% Seia ,75% Ferreira do Zêzere ,37% Sertã ,36% Figueira de Castelo Rodrigo ,11% Sobral de Monte Agraço ,32% Figueiró dos Vinhos ,18% Sousel ,19% Fornos de Algodres ,14% Tomar ,67% Fronteira ,13% Torres Vedras ,09% Fundão ,33% Vila Velha de Ródão ,15% Gavião ,18% AdVT - (ações próprias) ,38% Gouveia ,39% ,00% 1.4 Aprovação das Demonstrações financeiras As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em euros e foram aprovadas pelo Conselho de Administração, na reunião de 28 de fevereiro de Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal. O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras refletem de forma verdadeira e apropriada as operações da Empresa, bem como a sua posição e desempenho financeiros e fluxos de caixa. 1.5 Cisão ocorrida na atividade em 2017 e comparabilidade das demonstrações financeiras Nos dias 17 de abril e 28 de abril de 2017, o Estado Português atribuiu respetivamente, às empresas Simarsul - Saneamento da Península de Setúbal, S.A. e Águas do Tejo Atlântico, S.A., a concessão da gestão e exploração do Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais da Península de Setúbal e Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais da Grande Lisboa e Oeste. Os novos sistemas e as respetivas empresas gestoras foram criadas pelo Decreto-Lei n.º 34/2017, de 24 de março, com a concordância dos municípios envolvidos e de acordo com o preconizado no programa do XXI Governo Constitucional. Os novos sistemas multimunicipais e as novas entidades gestoras foram criados, respetivamente, por cisão do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, resultantes das agregações efetuadas em Em virtude destas cisões, a empresa Águas do Vale do Tejo irá beneficiar de duas novas componentes de receita: uma Componente Tarifária Acrescida (CTA), que representa a solidariedade específica dos utilizadores dos sistemas multimunicipais que agora são autonomizados na vertente de saneamento de águas residuais; e uma dotação do Fundo Ambiental. Este modelo, que combina solidariedade e coesão nacionais, introduz incentivos à eficiência, assegura a sustentabilidade empresarial da Águas do Vale do Tejo e das novas empresas e garante o acesso e a qualidade dos serviços públicos de abastecimento de água e de saneamento. A cisão teve efeitos contabilísticos e fiscais a partir de 1 de janeiro de Consequentemente, as demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 não são comparáveis. Os principais impactos da cisão detalham-se como segue: AdVT_Relatório e Contas 2017_115

116 i) Impacto a 1 de janeiro de 2017 Os impactos da cisão nos saldos da demonstração da posição financeira em 1 de janeiro de 2017 foram os seguintes: LVT (dez 2016) Ajustamentos (Capital Próprio) LVT Ajustado (dez 2016) AdTA Simarsul AdVT Ativos Não Correntes Ativos intangíveis ( ) ( ) Ativos fixos tangíveis Investimentos financeiros ( ) ( ) Impostos diferidos ativos ( ) ( ) Desvio de Recuperação de Gastos ( ) ( ) Clientes e outros ativos não correntes ( ) ( ) Total dos Ativos não correntes ( ) ( ) Ativos Correntes Inventários Clientes ( ) ( ) Estado e outros entes públicos Imposto sobre o rendimento do exercício Outros ativos correntes ( ) ( ) Caixa e seus equivalentes (14 158) (2 000) Total dos Ativos correntes ( ) ( ) Total do Ativo ( ) ( ) Capital Próprio dos Acionistas maioritários Capital Social ( ) ( ) Ações próprias e direitos ( ) ( ) ( ) Reservas e outros ajustamentos ( ) ( ) Resultados transitados ( ) ( ) Resultado líquido do exercício ( ) Total dos Capitais Próprios ( ) ( ) Passivos Não Correntes Provisões ( ) Empréstimos ( ) ( ) Fornecedores e outros passivos não correntes ( ) ( ) Impostos Diferidos Passivos ( ) ( ) Acréscimos de Custos de Investimento Contratual ( ) ( ) Subsidios ao Investimento ( ) ( ) Total dos Passivos não Correntes ( ) ( ) Passivos Correntes Empréstimos ( ) ( ) Fornecedores ( ) ( ) Outros passivos correntes ( ) ( ) Estado e outros entes públicos (5 675) Imposto sobre o rendimento do exercício Total dos Passivos Correntes ( ) ( ) Total do Passivo ( ) ( ) Total do Passivo e do Capital Próprio ( ) ( ) A demonstração da posição financeira em 1 de janeiro de 2017 resultante do Processo de Cisão da Águas de Lisboa e Vale do Tejo, S.A. foi aprovada pelo Conselho de Administração em 8 de fevereiro de Os principais pressupostos assumidos na determinação dos saldos cindidos para cada uma das rubricas de balanço foram: i. Ativos Intangíveis e Ativos Fixos Tangíveis: Distribuição individual de cada bem (tangível e intangível) pelas empresas de origem (quer os existentes à data da agregação, quer os adquiridos posteriormente). O imobilizado em curso foi alocado tendo em conta a empresa de origem de cada um dos projetos de investimento em execução. AdVT_Relatório e Contas 2017_116

117 ii. Investimentos Financeiros: Os investimentos financeiros correspondem essencialmente aos valores do fundo de reconstituição do capital social que transitaram das antigas empresas, e que se encontram depositados junto do IGCP. Tal como decorre dos artigos 28.º e 56.º do Decreto-Lei n.º 34/2017, de 24 de março, os montantes ainda não utilizados desses fundos são transferidos para as sociedades extintas que os constituíram. No caso da aplicação ainda ativa proveniente das ex-águas do Oeste, esta foi repartida entre a AdVT e a AdTA com base na percentagem de repartição do capital social original da empresa. Nesta rubrica existia ainda uma participação da Simarsul que transita para a empresa de origem. iii. Impostos Diferidos Ativos: Os impostos diferidos ativos respeitam essencialmente ao valor das provisões constituídas e que foram alocadas nos balanços de cada uma das empresas, consoante a origem dos processos judiciais que as originaram, e ao valor reconhecido respeitante às amortizações e subsídios de investimentos firmes e futuros (diferencial entre o valor contabilístico e fiscal). Para a repartição inicial do balanço considerou-se a quota-parte da contribuição de cada empresa agregada para o valor global. No caso do Oeste a repartição teve por base os ativos, principal rubrica que contribui para a geração do imposto diferido. iv. Desvio de Recuperação de Gastos (DRG): Nesta rubrica de ativo está reconhecido o desvio de recuperação de gasto bruto (mais o efeito de imposto diferido). Em termos de desvio de recuperação de gastos verificam-se duas situações: a) O desvio inicial à data de 30 de junho de 2015, o qual se encontra perfeitamente identificado por cada uma das empresas que para ele contribuiu. Este valor, corrigido das variações de taxa de imposto entretanto ocorridas, foi repartido tendo em conta o valor apurado em cada uma das empresas agregadas. Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 34/2017, de 24 de março, para a AdTA concorreu apenas o desvio da atividade de saneamento do Oeste, o qual resulta da aplicação da proporção do capital social inicial. b) O desvio gerado na esfera da LVT (de 1 de julho de 2015 a 31 de dezembro de 2016), que foi repartido com base na diferença entre a remuneração acionista calculada nos termos do contrato e o resultado gerado pelas operações. v. Clientes e Outros Ativos não correntes: Os clientes não correntes referem-se exclusivamente às parcelas com vencimento a mais de um ano dos acordos celebrados com os clientes, sendo que se assumiu a repartição com base nas empresas de origem. Os outros ativos não correntes serão distribuídos de acordo com a empresa de origem. vi. Inventários: Na rubrica de inventários consta o valor de stocks de matérias-primas e subsidiárias (essencialmente reagentes). Por motivos relacionados com o funcionamento do programa de gestão das empresas, à data de 1 de janeiro de 2017 os valores constantes nesta rubrica manter-se-ão na AdVT. Atendendo à especificidade própria da atividade e ao facto de as empresas não suspenderem a sua atividade, o movimento de transferência dos inventários para as novas empresas ocorreu em julho de vii. Clientes: Os saldos em dívida de clientes serão repartidos com base na empresa de origem que prestou o serviço que deu origem a essa faturação. viii. Estado e Outros Entes Públicos: O saldo ativo de balanço de Estado e outros entes públicos respeita integralmente a IVA e ficará no balanço da AdVT. ix. Outros Ativos Correntes: Na rubrica de outros ativos correntes estão reconhecidos valores a receber de terceiros (que não clientes), adiantamentos por conta de imobilizado, acréscimos de rendimentos e gastos a reconhecer. Em regra, e sem prejuízo de alguns saldos que respeitam a períodos anteriores à agregação, os saldos a terceiros permaneceram na AdVT, pois resultam de valores a receber gerados no período de gestão da mesma. Os adiantamentos por conta de imobilizado foram alocados às empresas de origem, seguindo a mesma regra do imobilizado em curso (projetos de investimento subjacentes). AdVT_Relatório e Contas 2017_117

118 x. Caixa e seus equivalentes: No que respeita às contas de caixa, foram repartidas tendo por base os locais a que se encontram adstritas. Os saldos das contas bancárias permanecerão na AdVT, visto que as contas bancárias não transitarão para as novas empresas, sendo que a aplicação a prazo existente será alocada à empresa de origem. xi. Capital Próprio: O capital próprio das empresas ficou definido pelo Decreto-Lei n.º 34/2017, de 24 de março. Atendendo ao disposto no diploma, houve a necessidade de proceder a ajustamentos iniciais antes da repartição entre empresas, nomeadamente 1) a aplicação do resultado do exercício de 2016, e 2) às transferências entre as rubricas de capital próprio que permitissem constituir o capital social inicial das Águas do Tejo e Atlântico, conforme disposto no diploma de constituição da empresa. xii. Capital Social: O Decreto-Lei n.º 34/2017 fixa nos Anexos I, IV e VI o capital social da AdTA, Simarsul e AdVT, respetivamente. No caso da Simarsul corresponde na íntegra ao capital social antes da agregação (25 milhões de euros). Na AdTA e de acordo com o disposto no Decreto-Lei (artigos 4.º e 7.º), a participação dos acionistas é igual ao Capital Próprio total, o qual é constituído por valores que na LVT se encontravam registados em várias rubricas. Assim, o capital social da AdTA incorpora não só a quotaparte que o mesmo representava no capital social da LVT, mas igualmente valores contabilizados nas rubricas de reservas e resultados transitados. No balanço inicial considerou-se assim os valores de capital social constante do Decreto-Lei, sendo que no caso da AdTA este representa um acréscimo de 47,8 milhões de euros face ao capital antes da cisão, e na AdVT de 6,7 milhões de euros. Atendendo a que o valor global do Capital Próprio que resulta da cisão será igual ao que a LVT tinha a 31 de dezembro de 2016, estes ajustamentos no capital social foram efetuados por contrapartida de outras rubricas de capital, tais como reservas e resultados transitados. xiii. Ações Próprias: À semelhança do Capital Social, as ações próprias estão definidas nos Anexos I e VI, para a AdTA e AdVT. xiv. Reservas e outros ajustamentos: Esta rubrica inclui as reservas legais, contratuais, livres e de reavaliação. Inclui os valores que transitaram das empresas à data da agregação (perfeitamente identificáveis por empresa de origem), e os movimentos na vigência da LVT, sendo que estes últimos se referem às reservas de reavaliação (da antiga Sanest, atribuíveis pois à AdTA) e à constituição da reserva legal (em 2015 e 2016). Sendo a reserva legal uma percentagem do capital social, foi aplicado idêntico critério para repartir os valores por empresa. Tal como referido no ponto do Capital Social, no caso da AdTA os valores destas rubricas foram considerados como Capital Social. xv. Resultados Transitados: Incluem-se aqui os resultados transitados gerados nas empresas agregadas na LVT anteriores à data da agregação, o resultado transitado decorrente do registo do desvio de recuperação de gastos acumulado a dezembro de 2014, e os resultados transitados gerados na esfera da LVT. Os dois primeiros são facilmente identificáveis por empresa, em relação ao último foi repartido em função da remuneração acionista do período (2º semestre de 2015 e ano de 2016). No caso da AdTA, os valores referentes a esta rubrica foram considerados como Capital Social. xvi. Provisões: os valores foram repartidos com base nas empresas de origem do litígio. xvii. Empréstimos não correntes: Os empréstimos não correntes incluem os financiamentos BEI, os suprimentos e apoios de tesouraria do acionista maioritário, e o leasing da Sede da empresa na Guarda. Os financiamentos BEI ativos transitaram todos das empresas agregadas, pois na vigência da LVT não foi efetuado qualquer desembolso. Assim cada parcela será alocada à empresa que efetuou o respetivo desembolso, sendo que no caso da ex-ado a repartição entre a AdTA e a AdVT foi efetuada em função da distribuição do capital social inicial. Os suprimentos acionistas foram integralmente considerados na AdVT, visto que a gestão efetuada no seio da LVT não permite proceder a qualquer outra alocação. O leasing por se tratar de uma situação específica de uma das antigas empresas que se manterá na AdVT, foi considerado na AdVT. AdVT_Relatório e Contas 2017_118

119 xviii. Fornecedores e Outros Passivos não correntes: A rubrica de fornecedores e outros passivos não correntes inclui os valores a liquidar a terceiros a médio e longo prazo (mais de um ano). Em relação aos fornecedores, e sem prejuízo de alguns saldos que respeitam a períodos anteriores à agregação, e que serão alocados a cada uma das empresas, os saldos de terceiros permanecerão na AdVT, pois trata-se de valores a pagar gerados no período de gestão desta. Os saldos respeitantes a integração de infraestruturas municipais e cauções a terceiros foram repartidos pelas empresas de origem. xix. Impostos Diferidos Passivos: Os impostos diferidos passivos respeitam essencialmente ao desvio de recuperação de gastos acumulado, ao valor reconhecido respeitante às amortizações e subsídios de investimentos firmes e futuros (diferencial entre o valor contabilístico e fiscal), e às reservas de reavaliação. Para a repartição inicial do balanço considerou-se a quota-parte da contribuição de cada empresa agregada para o valor global. No caso do Oeste a repartição entre a AdTA e a AdVT teve por base os ativos, principal rubrica que contribui para a geração do imposto diferido. xx. Acréscimo de custos de investimento contratual: A rubrica de acréscimo de custos de investimento contratual inclui o valor das amortizações do investimento futuro já reconhecidas como gastos em exercícios anteriores. O critério de repartição adotado teve por base a proporção dos valores que transitaram das empresas agregadas na LVT. xxi. Subsídios ao investimento: Nesta rubrica estão incluídos os subsídios comunitários (os já recebidos e os referentes às candidaturas aprovadas e ainda não recebidos), o valor recebido da EPAL referente ao direito de exclusividade do sistema de abastecimento do Oeste, e os valores relativos a integração de património. Os subsídios já recebidos foram alocados por empresa tendo por base os ativos que os mesmos financiaram. No que concerne às candidaturas já aprovadas (subsídios de investimento ainda não realizado), são também identificáveis por empresa (com base no projeto de investimento que têm subjacente). O valor referente ao direito de exclusividade do sistema de abastecimento do Oeste que está a ser reconhecido ao longo do período da concessão permaneceu na AdVT, pois refere-se ao negócio de abastecimento do Oeste. Os valores de integração de património, devidamente repartidos por município, foram alocados por empresa de origem. xxii. Empréstimos correntes: Os empréstimos correntes englobam a parcela de curto prazo (vencimento a menos de 1 ano) dos financiamentos mencionados no ponto xvii. (BEI), para os quais foram consideradas as mesmas regras de repartição. Adicionalmente inclui os financiamentos junto da banca comercial (descobertos bancários) que ficarão na AdVT, pois a gestão integrada existente desde a agregação não permite qualquer alocação entre empresas, e um outro empréstimo que se considerou na empresa de origem, ficando alocado à AdVT. xxiii. Fornecedores correntes: Na rubrica de fornecedores estão reconhecidos os valores a liquidar a terceiros (exploração e investimento) a curto prazo (menos de um ano). Foi utilizado critério idêntico ao dos fornecedores não correntes. xxiv. Outros passivos correntes: Nos outros passivos correntes estão considerados os acréscimos de gastos, os credores diversos, cauções e os rendimentos a reconhecer. Por defeito os saldos de terceiros e acréscimos ficaram na AdVT, pois trata-se de valores a pagar gerados no período de gestão da LVT. Os saldos respeitantes a cauções de terceiros bem como os valores de integração de património (rendas vencidas não liquidadas) foram repartidos pelas empresas de origem. Os rendimentos a reconhecer foram distribuídos tendo por base a empresa de origem dos movimentos. xxv. Estado e Outros Entes Públicos: Os valores credores da rubrica de Estado e outros entes públicos respeitam a retenções de imposto e à TRH a entregar à APA, em Estes valores foram imputados integralmente à AdVT, visto respeitarem à atividade gerada no período de gestão da LVT. xxvi. Imposto sobre o Rendimento: Os valores de imposto (IRC) foram alocados integralmente ao balanço da AdVT, visto respeitarem à atividade gerada no período de gestão da LVT. AdVT_Relatório e Contas 2017_119

120 ii) Impacto a 31 de dezembro de 2017 Além da redução dos saldos da demonstração da posição financeira em 31 de dezembro de 2017, essencialmente explicados no ponto i) acima, a cisão implicou variações nos saldos das demonstrações dos resultados e dos fluxos de caixa, em 31 de dezembro de 2017, comparativamente a 31 de dezembro de Os principais impactos foram: a) Demonstração dos resultados e do rendimento integral Componente Tarifária Acrescida (CTA), na componente de saneamento Conforme já referido, o Decreto-Lei n.º 34/2017, de 24 de março, veio igualmente prever um mecanismo de solidariedade tarifária, ao criar uma componente tarifária acrescida (CTA), na vertente de saneamento, que acresce à tarifa ou rendimento tarifário, quando aplicável, com vista a contribuir para a sustentabilidade do sistema da Águas do Vale do Tejo (artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 34/2017). No anexo III ao referido Decreto-Lei são definidos os termos de aplicação da CTA, a qual até ao ano de 2026, se aplica apenas aos municípios que eram utilizadores originários do sistema multimunicipal de saneamento da Costa do Estoril e do sistema multimunicipal de saneamento do Tejo e Trancão, não abrangendo, assim, municípios que eram utilizadores originários, na vertente de saneamento, do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento do Oeste. O valor da CTA faturado pela Águas do Tejo Atlântico aos seus utilizadores municipais constitui receita da Águas do Vale do Tejo, S. A., sendo o valor unitário para 2017 de 0,0077 euros/m 3. Em 2017 registou-se um rendimento de cerca de 1,2 milhões de euros. Apoio do Fundo Ambiental O Fundo Ambiental tem por finalidade apoiar políticas ambientais para a prossecução dos objetivos do desenvolvimento sustentável, contribuindo para o cumprimento dos objetivos e compromissos nacionais e internacionais, designadamente os relativos às alterações climáticas, aos recursos hídricos, aos resíduos e à conservação da natureza e biodiversidade. Nos termos e montantes definidos no anexo VII ao Decreto-Lei n.º 34/2017, passaram a partir de 2017, inclusive, a constituir rendimento da empresa as receitas extraordinárias adicionais sob a forma de apoio do Fundo Ambiental, previstas na alínea c) do n.º 4 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 42-A/2016, de 12 de agosto, tendo o valor de 2017 sido de 2, 5 milhões de euros Prestação de serviços respeitante ao saneamento de águas residuais Com a cisão do sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de Lisboa e Vale do Tejo, e tendo sido constituídos dois sistemas multimunicipais de saneamento de águas residuais (o sistema da Grande Lisboa e Oeste e o Sistema da Península de Setúbal), verificou-se a saída de 30 utilizadores para as empresas Águas do Tejo Atlântico, SA, e Simarsul, SA., conduzindo a uma redução bastante significativa no volume de negócios da AdVT (em 2016 o peso percentual da faturação desses utilizadores no total da atividade de saneamento da empresa representava cerca de 80%). Amortizações e subsídios ao investimento Tendo o disposto legal previsto que o património que integrava as antigas empresas agregadas em 2015 na Águas do Vale do Tejo, deveriam ser transferidas para as novas sociedades, assim como todos os restantes que se encontrassem na esfera da Águas do Vale do Tejo, e afetos, direta ou indiretamente, às infraestruturas pertencentes às empresas cindidas, tal consubstanciou em 2017 uma alteração na rubrica de amortizações do exercício, com os correspondentes impactos nos subsídios ao investimento a reconhecer na mesma cadência com que se registam os valores das amortizações, sobretudo a dois níveis: o Redução dos valores dos ativos intangíveis, em resultado da transferência para as novas empresas do património em apreço, resultando na diminuição do valor das amortizações e subsídios ao investimento. O valor dos ativos líquidos transferidos representou 49% do valor total à data de 31 de dezembro de 2016; e o Alteração do investimento contratual da Concessão, de 2,6 mil milhões de euros para 1,2 mil milhões, o qual implicará um menor reconhecimento de gastos respeitantes à amortização de investimentos futuros, comparativamente com o valor considerado AdVT_Relatório e Contas 2017_120

121 até Refira-se que o valor indicado inclui uma revisão do plano de investimentos das antigas empresas que permaneceram na AdVT, pelo que o efeito decorrente da cisão é menor. Resultados Financeiros Ao nível dos rendimentos financeiros, com a repartição pelas empresas dos valores aplicados a título de fundo de reconstituição de capital social das antigas empresas (tendo permanecido na AdVT cerca de 50% do valor total à data de dezembro de 2016), os quais encontram-se a ser remunerados junto do IGCP a taxas bastante superiores às de mercado, representou uma redução dos proveitos financeiros na Águas do Vale do Tejo. No que respeita aos gastos financeiros, o principal impacto tem a ver com a diminuição global dos encargos com os financiamentos incorridos (incluindo os custos das comissões das garantias), pois foram repartidos os financiamentos BEI pelas empresas cindidas (com a saída de cerca de 45% do valor total em dívida à data de 31 de dezembro de 2016) e, em sentido inverso, com a necessidade que a Águas do Vale do Tejo teve em se financiar junto do acionista maioritário, para fazer face às suas responsabilidades junto das empresas cindidas (nomeadamente a Águas do Tejo Atlântico), com um valor de cerca de 46 milhões de euros, decorrentes do processo de cisão. Gastos Operacionais As rubricas de gastos serão todas afetadas pela cisão ocorrida, atendendo que cerca de 80% da atividade de saneamento de águas residuais verificada em 2016 foi transferida para as novas empresas. Os principais impactos são sobretudo ao nível das contas que de seguida se detalham, ressalvando que as proporções que se apresentam foram elaboradas com base na atividade do ano de 2016, a qual inclui as contingências próprias da atividade da empresa, como por exemplo o nível de atividade que influencia determinantemente os consumos e, por conseguinte, os gastos variáveis: o Reagentes utilizados nos processos de tratamento das infraestruturas de saneamento - 55% respeitante às empresas Águas do Tejo Atlântico e Simarsul e 45% à Águas do Vale do Tejo; o Eletricidade - 54% respeitante às empresas Águas do Tejo Atlântico e Simarsul e 46% à Águas do Vale do Tejo; o Manutenção - 72% respeitante às empresas Águas do Tejo Atlântico e Simarsul e 28% à Águas do Vale do Tejo; o Tratamento de Lamas - 94% respeitante às empresas Águas do Tejo Atlântico e Simarsul e 6% à Águas do Vale do Tejo; o Seguros patrimoniais - 58% respeitante às empresas Águas do Tejo Atlântico e Simarsul e 42% à Águas do Vale do Tejo; o Gastos com pessoal afeto à Concessão - 61% respeitante às empresas Águas do Tejo Atlântico e Simarsul e 39% à Águas do Vale do Tejo; Importa ainda salientar que atendendo que a cisão operacional apenas ocorreu em 1 de julho de 2017, foram imputados os gastos incorridos durante o primeiro semestre do ano de 2017, através da seguinte chave de repartição: o Para todas as rubricas diretamente afetas às infraestruturas operacionais, foram imputados a cada uma das empresas os gastos efetivamente incorridos; o Para as restantes rubricas, nomeadamente as relacionadas com as áreas de suporte ao negócio, a repartição efetuou-se com base no critério de afetação pelo volume de negócios imputado a cada uma das empresas b) Demonstração dos fluxos de caixa Também ao nível financeiro as variações ocorridas em 2017, em resultado do processo de cisão, tiveram impactos significativos nas contas da Águas do Vale do Tejo, pois a redução da sua atividade teve repercussões na tesouraria da empresa. AdVT_Relatório e Contas 2017_121

122 Ao nível dos recebimentos de clientes, verificou-se que os clientes que saíram da Águas do Vale do Tejo representaram em 2016 cerca de 56% do volume de negócios total da empresa. Este valor, conjugado com o saldo de clientes que permaneceu na Águas do Vale do Tejo, à data de dezembro de 2016, e que representava cerca de 75% do valor em divida total, permite concluir que os clientes que permaneceram na Águas do Vale do Tejo são aqueles com piores índices de pagamento, afetando dessa forma a atividade corrente em As necessidades de financiamento foram maiores em 2017, não só pela via do menor recebimento de clientes, mas sobretudo pelo efeito decorrente da regularização dos valores a pagar à Águas do Tejo Atlântico, em resultado do processo de cisão. A rubrica de outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional inclui, entre outros, os valores respeitante aos movimentos financeiros com as empresas cindidas (AdTA e Simarsul), decorrentes do processo de cisão. As demais rubricas tiveram as variações inerentes à redução de atividade, como os pagamentos a fornecedores, pessoal e investimentos, e a função financeira (reembolso de empréstimos BEI e encargos financeiros salientando ainda o imposto a pagar, em virtude de a Águas do Vale do Tejo ter feito os pagamentos por conta, na base do resultado do ano de 2016, e que sendo consideravelmente menor em 2017, irá resultar num reembolso do valor pago em excesso. Em conclusão, e decorrente da cisão, verifica-se uma redução significativa nos saldos das demonstrações da posição financeira, dos resultados e dos fluxos de caixa entre 31 de dezembro de 2017 e 2016, pelo que as notas anexas às demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2017, deverão ser lidas atendendo ao descrito na presente Nota. iii) Comparabilidade de balanços (1 de janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2017) Conforme já referido, a cisão teve efeitos contabilísticos e fiscais a 1 de janeiro de Desta forma apresenta-se a demonstração da posição financeira dos períodos de 1 de janeiro de 2017 e 31 de dezembro de Ativo Ativos Não Correntes Ativos intangíveis Ativos fixos tangíveis Investimentos financeiros Impostos diferidos ativos Desvio de Recuperação de Gastos Clientes e outros ativos não correntes Total dos Ativos não correntes Ativos Correntes Inventários Clientes Estado e outros entes públicos Imposto sobre o rendimento do exercício Outros ativos correntes Caixa e seus equivalentes Total dos Ativos correntes Total do Ativo Capital Próprio dos Acionistas maioritários Capital Social Ações próprias e direitos ( ) ( ) Reservas e outros ajustamentos Resultados transitados AdVT_Relatório e Contas 2017_122

123 Ativo Resultado líquido do exercício Total dos Capitais Próprios Passivos Não Correntes Provisões Empréstimos Fornecedores e outros passivos não correntes Impostos Diferidos Passivos Acréscimos de Custos de Investimento Contratual Subsidios ao Investimento Total dos Passivos não Correntes Passivos Correntes Empréstimos Fornecedores Outros passivos correntes Estado e outros entes públicos Imposto sobre o rendimento do exercício Total dos Passivos Correntes Total do Passivo Total do Passivo e do Capital Próprio Políticas contabilísticas As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, em conformidade com o Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, e de acordo com a estrutura conceptual ( Framework for the Preparation and Presentation of Financial Statements ), Normas Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro ( IAS/IFRS ) e normas interpretativas ( SIC/IFRIC ), tal como adotadas pela União Europeia, aplicáveis a 1 de janeiro de As políticas contabilísticas mais significativas utilizadas na preparação destas demonstrações financeiras encontram-se descritas de seguida. Estas políticas foram aplicadas de forma consistente nos períodos comparativos, exceto quando referido em contrário. 2.1 Bases de apresentação As demonstrações financeiras da AdVT foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas pela União Europeia, efetivas para os exercícios económicos iniciados em 1 de janeiro de Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, quer as Normas Internacionais de Relato Financeiro/IFRS-International Financial Accounting Standards emitidas pelo International Accounting Standard Board ( IASB ), quer as Normas Internacionais de Contabilidade ( IAS ), emitidas pelo International Accounting Standards Committee ( IASC ) e respectivas interpretações SIC e IFRIC, emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee ( IFRIC ) e Standing Interpretation Committee ( SIC ). De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas genericamente por IAS/IFRS ou IFRS Alterações voluntárias de políticas contabilísticas Durante o exercício não ocorreram alterações voluntárias de políticas contabilísticas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao exercício anterior apresentada nos comparativos, com exceção da alteração da metodologia de contabilização AdVT_Relatório e Contas 2017_123

124 dos subsídios à exploração recebidos de entidades terceiras, de acordo com o preconizado na norma IAS 20, e que em capítulo específico se detalha (nota 2.12) Novas normas, interpretações e alterações, com data de entrada em vigor a partir de 1 de janeiro de 2017 Entre janeiro de 2017 e fevereiro de 2018 foram emitidos pela União Europeia os seguintes Regulamentos, os quais foram adotados pela Empresa desde 1 de Janeiro de 2017: Regulamento da UE Norma do IASB ou Interpretação do IFRIC adotada pela UE Emitida em Aplicação obrigatória nos exercícios iniciados em ou após Regulamento n.º 1989/2017 IAS 12 Impostos sobre o Rendimento: Reconhecimento de Impostos Diferidos Sobre Perdas Não Realizadas (alterações) 1 janeiro janeiro 2017 Regulamento n.º 1990/2017 IAS 7 Demonstração dos Fluxos de Caixa: Iniciativa de Divulgação (alterações) 1 janeiro janeiro 2017 Regulamento n.º 182/2018 Ciclo de melhorias às normas IFRS: IFRS 12 Divulgações de Interesses em Outras Entidades (alterações) 1 dezembro janeiro 2017 A Empresa adotou as alterações acima referidas, não havendo qualquer impacto significativo nas suas Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de Novas normas, interpretações e alterações adotadas pela União Europeia, mas sem aplicação efetiva aos exercícios iniciados em 1 de janeiro de 2017 e não aplicadas antecipadamente A União Europeia adotou entre janeiro de 2016 e fevereiro 2018 um conjunto de normas e alterações emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), a aplicar em períodos subsequentes: Regulamento da UE Norma do IASB ou Interpretação do IFRIC adotada pela UE Emitida em Aplicação obrigatória nos exercícios iniciados em ou após Regulamento n.º 1905/2016 IFRS 15 Rédito de Contratos com Clientes (nova) 1 maio janeiro 2018 Regulamento n.º 2067/2016 IFRS 9 Instrumentos Financeiros (nova) 1 julho janeiro 2018 Regulamento n.º 1986/2017 IFRS 16 Locações (nova) 1 janeiro janeiro 2019 Regulamento n.º 1987/2017 IFRS 15 Rédito dos Contratos com Clientes: Clarificações (alterações) 1 abril janeiro 2018 Regulamento n.º 1988/2017 IFRS 4 Contratos de Seguro: Aplicação da IFRS 9 Instrumentos Financeiros juntamente com a IFRS 4 Contratos de Seguro 1 setembro janeiro 2018 (alterações) Regulamento n.º 182/2018 Ciclo de melhorias às normas IFRS: IFRS 1 Adoção pela Primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro e IAS 28 Investimentos em Associadas e Entidades Controladas Conjuntamente (alterações) 1 dezembro janeiro 2018 Estas normas e alterações são de aplicação efetiva para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018, e não foram aplicadas na preparação das Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de Não se espera que venham a ter um impacto significativo nas Demonstrações Financeiras da Empresa exceto no que respeita a nova norma IFRS 16 Locações, conforme abaixo detalhado. IFRS 15 Rédito de Contratos com Clientes A nova norma IFRS 15 Rédito de Contratos com Clientes (IFRS15) vem estabelecer um modelo de cinco passos para o reconhecimento de rédito resultante de contratos celebrados com clientes. De acordo com o previsto na norma, o rédito é reconhecido pelo valor que a entidade espera receber do cliente em troca dos bens ou serviços prestados. A aplicação da norma é obrigatória para os exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018, devendo a sua adoção seguir o método retrospetivo pleno ou método retrospetivo modificado. AdVT_Relatório e Contas 2017_124

125 A Empresa adotou esta nova norma a partir de 1 de janeiro de 2018, usando o método retrospetivo modificado, sendo o efeito cumulativo da adoção desta norma reconhecido nos resultados transitados da Empresa a essa data. Durante o ano de 2017, a Empresa procedeu a uma análise do impacto da sua adoção, não sendo esperado qualquer impacto significativo nas Demonstrações Financeiras, mas sim acréscimo das divulgações associadas a Vendas e prestação de serviços. Na preparação da adoção da IFRS 15, a Empresa considerou os seguintes aspetos relevantes: i) Venda de bens e prestação de serviços Na maioria das vendas de bens ou prestação de serviços efetuadas pela Empresa, existe apenas uma obrigação de desempenho ( performance obligation ), pelo que o rédito é reconhecido de imediato, com a entrega dos bens ao cliente. A aplicação da IFRS 15 não irá ter um impacto significativo na forma como a Empresa reconhece atualmente o rédito das vendas de bens e prestação de serviços a clientes. ii) Direitos de devolução Com a aplicação da IFRS 15, nas vendas a clientes deverão ser estimados os bens que poderão ser devolvidos pelos clientes, sendo reconhecida: a) uma responsabilidade de devolução, representada pela obrigação de entregar ao cliente a quantia relativa aos bens devolvidos; e b) um ativo de devolução com ajustamento do custo das vendas pelo direito a receber os bens devolvidos pelo cliente. As devoluções de bens cuja responsabilidade é assumida diretamente pela Empresa, não apresenta materialidade que impacte significativamente as Demonstrações Financeiras da Empresa. IFRS 9 Instrumentos Financeiros A nova norma IFRS 9 Instrumentos Financeiros que substitui a IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, tem como principal enfoque os seguintes aspetos: i) Classificação e mensuração; ii) Imparidade; e iii) Contabilidade de Cobertura. A Empresa adotou esta nova norma em 1 de Janeiro de 2018, data em que se tornou obrigatória a sua aplicação, não havendo lugar a reexpressão da informação comparativa. Durante o ano de 2017, a Empresa analisou o impacto da adoção desta nova norma, sendo que não se espera que venha a ter um impacto significativo nas Demonstrações Financeiras da Empresa. i) Classificação e mensuração A Empresa não antecipa qualquer impacto significativo no seu Balanço ou nos seus Capitais Próprios pela aplicação dos novos requisitos de classificação e mensuração da IFRS 9. ii) Imparidade A IFRS 9 requere que a Empresa reconheça imparidades sobre créditos a receber, com base no modelo de perdas estimadas (quer numa base de perdas esperadas a 12 meses ou perdas esperadas na totalidade da vida dos créditos a receber), em substituição do modelo de perdas incorridas previsto na IAS 39. A Empresa irá aplicar a abordagem simplificada para os créditos comerciais a receber, reconhecendo a estimativa de perdas para a totalidade da vida dos créditos. A atual política contabilística seguida pela Empresa já prevê o reconhecimento de uma imparidade genérica sobre créditos comerciais a receber, atendendo ao histórico de incobrabilidade de cada negócio. A Empresa não antecipa qualquer impacto material nas suas Demonstrações Financeiras pela aplicação deste novo modelo de reconhecimento de imparidades. AdVT_Relatório e Contas 2017_125

126 iii) Contabilidade de cobertura A Empresa determinou que todas as relações de cobertura que são designadas atualmente vão continuar a qualificar como contabilidade de cobertura com a aplicação da IFRS 9. Como a norma não altera os princípios gerais do registo de coberturas eficazes, a aplicação dos requisitos de cobertura da IFRS 9 não terão qualquer impacto significativo nas Demonstrações Financeiras da Empresa. IFRS 16 Locações A nova norma IFRS 16 elimina a classificação das locações entre locações operacionais ou financeiras para as entidades locatárias, conforme previsto na IAS 17. Ao invés, introduz um modelo único de contabilização, muito semelhante ao tratamento atual que é dado às locações financeiras nas contas dos locatários. Este modelo único prevê, para o locatário, o reconhecimento de: i) ativos e passivos no Balanço para todas as locações com termo superior a 12 meses (sendo que os ativos de reduzido valor são excluídos, independentemente do termo da locação); e ii) depreciação e juros na Demonstração dos Resultados de forma separada. O Conselho de Administração está avaliar os impactos que resultarão da adoção desta nova norma, sendo desde já esperado que a sua adoção tenha um impacto significativo nas Demonstrações Financeiras da Empresa, em resultado da incorporação dos ativos que se encontram em locação operacional e das respetivas responsabilidades Novas normas, alterações e interpretações emitidas pelo IASB e IFRIC mas ainda não adotadas pela União Europeia O IASB emitiu, em 2014, 2016 e 2017 as seguintes normas, alterações e interpretações que se encontram ainda em processo de adoção pela União Europeia: Norma do IASB ou Interpretação do IFRIC Emitida em Aplicação obrigatória nos exercícios iniciados em ou após IFRS 14 Desvios Tarifários (nova) 1 janeiro 2014 Data a determinar 1 IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas e IAS 28 Investimentos em Associadas e Entidades Controladas Conjuntamente: Venda ou contribuição de ativos entre um investidor e a sua associada ou joint 1 setembro 2014 Data a determinar 2 venture (alterações) IFRS 2 Pagamento com Base em Ações: Classificação e mensuração das transações (alterações) 1 junho janeiro 2018 IFRIC 22 Transações em moeda estrangeira e pagamentos antecipados (nova) 1 dezembro janeiro 2018 IAS 40 Propriedade de Investimento: Transferências (alterações) 1 dezembro janeiro 2018 IFRS 17 Contratos de Seguro (nova) 1 maio janeiro 2021 IFRIC 23 Incertezas quanto ao tratamento de impostos sobre o rendimento (nova) 1 junho janeiro 2019 IFRS 9 Instrumentos Financeiros: Elementos de pré-pagamento com compensação negativa (alterações) 1 outubro janeiro 2019 IAS 28 Investimentos em Associadas e Entidades Controladas Conjuntamente: Interesses de longo prazo em Associadas e Entidades 1 outubro janeiro 2019 Controladas Conjuntamente (alterações) Ciclo de melhoria às normas IFRS: IFRS 3 Concentração de Atividades Empresariais; IFRS 11 Acordos Conjuntos; IAS 12 Impostos sobre o Rendimento e IAS 23 Custos de Empréstimos (alterações) 1 dezembro janeiro A UE decidiu suspender o processo de aprovação desta norma intercalar e esperar pela norma definitiva. 2 A UE decidiu suspender indefinidamente a aprovação destas alterações, tal como o IASB. AdVT_Relatório e Contas 2017_126

127 O Conselho de Administração está a avaliar o impacto da adoção futura destas novas normas, alterações e interpretações às normas já em vigor, não sendo expetável a esta data um impacto significativo nas Demonstrações Financeiras da Empresa Uso de estimativas A preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IAS/IFRS requer o uso de estimativas, pressupostos e julgamento na aplicação das políticas a adotar, os quais afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de proveitos e custos durante o período de relato. Apesar destas estimativas serem baseadas na experiência da gestão e nas suas melhores expectativas em relação aos eventos e ações correntes e futuras, os resultados atuais e futuros podem, em última instância, diferir destas estimativas. 2.2 Conversão cambial Moeda funcional e de apresentação Os itens incluídos nas demonstrações financeiras da Águas do Vale do Tejo estão mensurados na moeda do ambiente económico em que a entidade opera (moeda funcional). As demonstrações financeiras da Empresa e respetivas notas são apresentadas em euros, salvo indicação explícita em contrário Transações e saldos As transações em moedas diferentes do euro são convertidas na moeda funcional utilizando as taxas de câmbio à data das transações. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes da liquidação das transações bem como da conversão pela taxa à data do balanço, dos ativos e dos passivos monetários denominados em moeda estrangeira, são reconhecidos na demonstração dos resultados, exceto quando respeitam a uma extensão do investimento numa operação estrangeira, situação em que serão diferidos em capital próprio de acordo com o IAS 21. Os elementos não monetários valorizados ao justo valor são atualizados pela taxa de câmbio à data da determinação do mesmo, sendo o efeito da variação cambial registado conjuntamente com a variação registada no justo valor desses mesmos elementos. As diferenças cambiais apuradas são assim registadas em resultados do exercício ou em Outras reservas, consoante o registo apropriado para o reconhecimento de ganhos ou perdas para o elemento não monetário em causa. A conversão em moeda funcional da Águas do Vale do Tejo de elementos não monetários valorizados ao gasto histórico é obtida pela aplicação da taxa de câmbio à data da transação. À data de 31 de dezembro de 2017 a Águas do Vale do Tejo não dispunha de transações em moedas diferentes do euro. 2.3 Atividade regulada Introdução A Águas do Vale do Tejo desenvolve a sua atividade num sector regulado, estando sujeita à intervenção da ERSAR Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (Lei n.º 10/2014, de 6 de março, que aprova os novos estatutos da ERSAR, no quadro das novas atribuições das entidades reguladoras fixadas pela Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto). O principal efeito da regulação sobre a AdVT_Relatório e Contas 2017_127

128 atividade da empresa está no escrutínio que a entidade reguladora faz da tarifa a aplicar aos serviços prestados aos utilizadores, bem como do respetivo orçamento anual. Com a alteração dos estatutos da ERSAR, operada pela Lei n.º 10/2014, de 6 de março, as tarifas aplicadas aos serviços prestados aos utilizadores passaram a ser aprovadas pela entidade reguladora, tendo deixado de estar sujeitas a qualquer intervenção por parte do Concedente. Ainda assim, o Decreto-Lei n.º 94/2015, de 29 de maio, que criou a Águas de Lisboa e Vale do Tejo, estabeleceu as tarifas a aplicar aos utilizadores no primeiro (2º semestre de 2015) e segundo períodos tarifários (2016 a 2020), tarifas essas que são aplicáveis à AdVT. Por via do contrato de concessão, a entidade reguladora, passou ainda a deter o poder de aprovar o valor do desvio de recuperação de gastos que a Empresa pode registar nas suas contas anuais. Este facto confere à entidade reguladora o poder efetivo de determinar os gastos que podem ser recuperados por via tarifária. A AdVT está ainda sujeita à intervenção da entidade reguladora em matéria de qualidade de serviço e em matéria de qualidade da água para consumo humano, aferida por um conjunto de indicadores avaliados anualmente, no âmbito dos poderes da ERSAR enquanto autoridade nacional da água para consumo humano Acréscimos de gastos para investimentos contratuais Em cumprimento do estipulado nos contratos de concessão e gestão de parcerias e com as regras regulatórias, e sempre que aplicável, é registada a quota-parte anual dos gastos estimados para fazer face às responsabilidades em investimentos contratuais (regulados) ou em investimentos de expansão (regulados) da concessão ou da parceria. Estes acréscimos são calculados com base no padrão de benefícios económicos associados ao investimento contratual definido no modelo económico de suporte ao contrato de concessão. No caso da AdVT, os benefícios económicos obtidos são determinados pela regulação económica. Salienta-se que os acréscimos de gastos para investimentos contratuais visam garantir o princípio da especialização dos exercícios e o balanceamento, durante o prazo de vigência dos contratos de concessão com o Estado, dos rendimentos (tarifas) e dos gastos (incorridos e a incorrer) que constituem a sua base de cálculo. Na prática estes acréscimos, correspondem a uma responsabilidade por reembolso a tarifas futuras, permitindo um nível de estabilização das mesmas, bem como o balanceamento, durante o prazo de vigência dos contratos de concessão com o Estado, dos rendimentos (tarifas) e dos gastos (incorridos e a incorrer) referidos anteriormente. Estes acréscimos são reconhecidos em gastos na rubrica amortizações do exercício e no passivo (não corrente), sendo transferido o passivo para amortizações acumuladas aquando da concretização do investimento subjacente. 2.4 Atividade concessionada IFRIC Enquadramento A IFRIC 12 define as regras a observar na contabilização dos contratos de concessão, atendendo aos serviços que presta e ao poder de controlo sobre os ativos da concessão. Nos termos desta norma a AdVT presta dois tipos de serviços: o de construção, modernização e renovação das infraestruturas afeta ao sistema; e o de exploração e gestão (operar e manter) do sistema constituído pelas infraestruturas, necessárias à prestação de serviços aos utilizadores. Deste modo a empresa deve reconhecer e mensurar o rédito (proveito) dos serviços que presta de acordo com o disposto nas IAS 11 Contratos de construção e IAS 18 - Rédito. Se a empresa prestar mais que um serviço (i.e. construção ou modernização dos serviços e operação) ao abrigo de um só contrato de concessão, o valor (preços ou tarifas) a receber deve ser distribuído de acordo com os seus justos valores, quando estes forem individualmente (separadamente) identificáveis. A natureza do preço e da tarifa determina o seu tratamento contabilístico. A empresa deve reconhecer o rédito e os custos relacionados com a construção ou modernização das infraestruturas de acordo com o IAS 11. A empresa deve reconhecer o rédito e os custos relacionados com a operação de acordo com o IAS 18. Adicionalmente, no âmbito do IFRIC 12, a infraestrutura não deve ser reconhecida como ativo tangível do operador (ou concessionária) porque o contrato de concessão não lhe dá o direito de a controlar. O operador tem acesso e opera a infraestrutura para prestar um AdVT_Relatório e Contas 2017_128

129 serviço público em nome do concedente, de acordo com os termos do contrato. Nos termos do contrato de concessão, no âmbito desta norma, o operador (ou concessionária) atua como um prestador de serviços. O operador (ou concessionária) constrói ou moderniza as infraestruturas (construção ou modernização dos serviços) utilizadas para prestar serviços públicos e opera e mantém as infraestruturas (operação) durante um período específico de tempo. Se o operador (ou concessionária) construir ou modernizar as infraestruturas, o valor (tarifa) recebido ou a receber pelo operador deve ser reconhecido pelo seu justo valor, e este corresponde a um valor que se materializa num direito que corresponde a: (a) um ativo financeiro, ou (b) um ativo intangível. O operador (ou concessionária) deve reconhecer um ativo financeiro na medida em que tem um direito contratual de receber dinheiro ou outro ativo financeiro do concedente pelos serviços prestados, que correspondem a montantes específicos ou determináveis. Neste modelo, o concedente dispõe de poucos ou nenhuns poderes discricionários para evitar o pagamento em virtude de o acordo ser em geral legalmente vinculativo (o operador (ou concessionária) tem um direito incondicional de receber dinheiro se o concedente garantir contratualmente esse pagamento ao operador que corresponde a (a) um montante específico, ou (b) à diferença, se existir, entre os montantes recebidos dos utilizadores do serviço público, e outro montante específico, mesmo que o pagamento seja contingente ao facto de a concessionária assegurar que a infraestrutura está de acordo com os requisitos de qualidade e eficiência). O operador (ou concessionária) deve reconhecer um ativo intangível na medida em que recebe um direito (licença) de cobrar os utilizadores por um serviço público. O direito a cobrar aos utilizadores por um serviço público não é um direito incondicional de cobrança, porque os montantes estão condicionados ao facto de os utilizadores utilizarem o serviço. Concessão, prazos e indexantes Atividade Concessão Remuneração acionista Prazo Período Taxa Incidência Água e Saneamento Concessão 30 anos OT 10 anos + 3% OT 10 anos C. Social + Res. Legal Remuneração em dívida Classificação da infraestrutura Atendendo à tipologia do contrato de concessão da Empresa, nomeadamente no que diz respeito ao seu enquadramento legal (direito a cobrar aos utilizadores por um serviço público que é inerente ao facto de os utilizadores utilizarem esse serviço), foi entendimento de que o modelo que se adequa à realidade da empresa é o do intangível. Deste modo, a AdVT como concessionária do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Vale do Tejo classifica as infraestruturas do sistema que explora como Ativos Intangíveis Direito de Utilização de Infraestruturas (DUI). Os ativos intangíveis (direitos de exploração) são registados ao custo de aquisição ou produção, incluindo os gastos e rendimentos (líquidos) diretos e indiretamente relacionados com os projetos de investimento, que são capitalizados em imobilizações em curso. Os gastos que podem ser capitalizados são os relacionados com a realização do investimento. Os gastos operacionais são afetos ao imobilizado em curso através de uma percentagem calculada em função da afetação do pessoal aos respetivos projetos. Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos para financiamento do investimento em curso são capitalizados na sua totalidade até à entrada em exploração do sistema. As despesas com grandes reparações e benfeitorias às infraestruturas da concessão (incluindo bens de substituição), por via da regulação económica da concessão, são especificamente remuneradas na medida em que concorrem igualmente para a formação da tarifa (ou seja têm uma recuperação implícita na aceitação da amortização pelo regulador), são contabilizadas no imobilizado e AdVT_Relatório e Contas 2017_129

130 amortizadas nos mesmos termos do restante imobilizado. As despesas de conservação e manutenção correntes são reconhecidas em resultados nos respetivos exercícios em que ocorrem Amortizações O direito de utilização de infraestruturas é amortizado numa base sistemática de acordo com o padrão de obtenção dos benefícios económicos ao mesmo, e são determinados pela regulação económica e a aceitação dos gastos de amortização na formação anual das tarifas por parte do regulador. As amortizações são calculadas pelo método da soma das unidades, isto é, pela amortização dos investimentos contratuais, tendo como base os caudais (água e efluentes) faturados nesse exercício e os caudais a faturar até ao final da concessão previstos no estudo de viabilidade económico e financeiro revisto. Atividade Total do investimento do contrato de concessão Número de anos do contrato de concessão Taxa média de amortização de 2017 Abastecimento 4,45% Saneamento EUR 30 3,32% Suporte 4,05% Desvios de Recuperação de Gastos (DRG) Consideram-se desvios de recuperação de gastos: (i) à diferença existente, à data da extinção das sociedades concessionárias dos sistemas extintos, entre os resultados líquidos da sociedade advenientes da exploração e gestão do sistema e o valor a que a sociedade tenha contratualmente direito a título de remuneração do capital investido; e (ii) à diferença verificada, anualmente, até ao termo do segundo período quinquenal da concessão entre os resultados líquidos da sociedade advenientes da exploração e gestão do sistema e o valor a que a sociedade tenha direito em resultado da aplicação das regras estipuladas na determinação das tarifas. Os desvios de recuperação de gastos podem assumir natureza deficitária ou superavitária, nos termos definidos no contrato de concessão. A AdVT regista nas suas contas os desvios de recuperação de gastos que se verificarem anualmente até ao termo do segundo período quinquenal, registando, em simultâneo com a celebração do contrato de concessão, os desvios de recuperação de gastos determinados à data da extinção das sociedades concessionárias dos sistemas agregados, incluindo a remuneração acionista em dívida capitalizada com a taxa correspondente às Obrigações de Tesouro Portuguesas a 10 anos, acrescida de três pontos percentuais até à data de entrada em vigor do contrato de concessão, com base nas respetivas contas individuais das sociedades extintas. Os desvios de recuperação de gastos de natureza deficitária e de natureza superavitária existentes à data da extinção das sociedades concessionárias dos sistemas agregados e os gerados na vigência da concessão até ao termo do segundo período quinquenal, capitalizados nos termos definidos no contrato de concessão, devem ser recuperados pela via tarifária ou refletidos nas tarifas, consoante o caso, até ao termo do quinto período quinquenal da concessão. Assim, anualmente é efetuado o cálculo da diferença entre o resultado gerado pelas operações em cenário de eficiência produtiva e a remuneração garantida ao capital acionista investido, sendo o valor bruto registado numa conta de rendimentos desvios de recuperação de gastos e o imposto induzido por estes numa conta de imposto diferido, por contrapartida de balanço, à luz do reconhecimento de ativos e passivos regulatórios. O valor do desvio de recuperação de gastos corresponde à correção (a crédito ou a débito) a fazer ao rédito das atividades reguladas, para que os rendimentos destas sejam os necessários ao cumprimento do disposto contratualmente, relativamente à recuperação integral dos gastos, incluindo impostos sobre o rendimento (IRC) e remuneração anual garantida. AdVT_Relatório e Contas 2017_130

131 2.4.5 Valor Residual Os investimentos adicionais de expansão ou modernização, cuja vida útil se prolongue para além do prazo da concessão, poderão apresentar valor residual que dará lugar a uma indemnização equivalente ao valor não amortizado a essa data. Estes montantes são classificados como ativos financeiros valor a receber Rédito serviços de construção De acordo com o IFRIC 12 Contratos de concessão, a construção da infraestrutura pelo operador constitui um serviço que é prestado ao concedente, distinto do serviço de operação e manutenção, e que, como tal deverá por esta, ser remunerado. O rédito da atividade de construção deve ser reconhecido de acordo com o IAS 11 Contratos de construção. Nesta circunstância são considerados como rédito dos serviços de construção o incremento do exercício do direito de utilização de infraestrutura e, como gasto dos serviços de construção o valor incorporado por terceiros nesta atividade. Os valores correspondentes às capitalizações de gastos efetuadas são considerados nas naturezas respetivas. O quadro seguinte quantifica os respetivos efeitos nos exercícios de 2017 e 2016 na demonstração dos resultados e do rendimento integral: Rendimento de Serviços de Construção Gastos de Serviços de Construção ( ) ( ) Subtotal Serviços de Construção Fornecimentos e Serviços Externos ( ) ( ) Gastos com Pessoal afeto à Concessão ( ) ( ) Gastos Financeiros - ( ) Subtotal Gastos Capitalizados ( ) ( ) Impacto no Resultado Líquido do Período Ativos intangíveis Direitos de utilização de infraestruturas Ver nota Outros ativos intangíveis Os restantes ativos intangíveis (despesas de desenvolvimento de software, as despesas com propriedade intelectual e outros direitos) são contabilisticamente relevados pelo seu valor de gasto líquido de amortizações acumuladas. Estas rubricas são amortizadas pelo método das quotas constantes normalmente por um período de três a dez anos. Investimentos que aumentem a performance dos programas de software para além das suas especificações originais são adicionados ao custo original do software. Os gastos de implementação do software reconhecidos como ativos são amortizados usando o método das quotas constantes sobre as suas vidas úteis, nomeadamente de 3 a 6 anos. 2.6 Ativos e passivos financeiros As compras e vendas destes investimentos são reconhecidos à data da negociação ou da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação. No momento inicial, os investimentos são registados pelo seu AdVT_Relatório e Contas 2017_131

132 valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transação, exceto para os ativos valorizados ao justo valor através de resultados, em que os gastos de transação são imediatamente reconhecidos nos resultados. Estes ativos não são reconhecidos quando: (i) expiram os direitos contratuais da AdVT quanto ao recebimento dos seus fluxos de caixa; ou (ii) a AdVT tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua posse, ou o controlo sobre os ativos Classificação de ativos financeiros Os ativos financeiros da Águas do Vale do Tejo são classificados nas categorias que abaixo se descrevem. A classificação depende do objetivo de aquisição do investimento e é determinada no momento de reconhecimento inicial (data da negociação trade date) dos investimentos e reavaliada em cada data de relato subsequente. O Conselho de Administração determina a classificação dos seus investimentos à data de aquisição e reavalia essa classificação numa base regular. A Águas do Vale do Tejo classifica os seus ativos financeiros nas seguintes categorias: (i) empréstimos e contas a receber; (ii) investimentos detidos até à maturidade; (iii) investimentos mensurados ao justo valor através de resultados (detido para negociação); (iv) ativos financeiros disponíveis para venda Empréstimos e contas a receber Correspondem a ativos financeiros não derivados, com recebimentos fixos ou determináveis para os quais não existe um mercado de cotações ativo. Estes ativos correspondem a duas naturezas: (i) ativos originados do decurso normal das atividades operacionais no fornecimento de água e outros serviços associados e sobre os quais não existe intenção de negociar; e (ii) investimentos efetuados nas empresas com concessões multimunicipais, que de acordo com as condições particulares dos contratos de concessão subjacentes, qualificam como um empréstimo concedido remunerado a uma taxa contratada. Os empréstimos e contas a receber são registados inicialmente ao justo valor e subsequentemente pelo gasto amortizado, com base na taxa de juro efetiva, deduzidos de eventuais perdas de imparidade. As perdas de imparidade são registadas com base na estimativa e avaliação das perdas associadas aos créditos de cobrança duvidosa, na data do balanço, para que reflitam o seu valor realizável líquido. São registados ajustamentos por imparidade quando existam indicadores objetivos de que a Águas do Vale do Tejo não irá receber todos os montantes que lhe são devidos de acordo com os termos originais dos contratos estabelecidos. Na identificação de situações de imparidade são utilizados indicadores como: análise de incumprimento; incumprimento há mais de 6 meses; dificuldades financeiras do devedor; probabilidade de falência do devedor. Quando os valores a receber de clientes ou outros devedores se encontrem vencidos, e sejam objeto de renegociação dos seus termos, deixam de ser considerados vencidos e passam a ser tratados como novos créditos Investimentos detidos até à maturidade Os investimentos detidos até à maturidade são classificados como investimentos não correntes, exceto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais a Águas do Vale do Tejo tem intenção e capacidade de os manter até essa data. Os investimentos detidos até à maturidade são registados ao gasto amortizado, deduzido de eventuais perdas por imparidade Ativos financeiros mensurados ao justo valor por resultados AdVT_Relatório e Contas 2017_132

133 Esta categoria engloba: (i) os ativos financeiros de negociação que são adquiridos com o objetivo principal de serem transacionados no curto prazo; (ii) os ativos financeiros designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas em resultados. Nesta categoria integram-se os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura. As alterações de justo valor são reconhecidas diretamente em resultados do exercício, na rubrica de proveitos financeiros. Estes ativos são classificados como ativos correntes se forem detidos para venda ou se for expectável a sua realização num período de 12 meses, após a data do balanço Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que: (i) a empresa tem intenção de manter por tempo indeterminado; (ii) são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial; ou (iii) não se enquadram nas categorias acima referidas. São apresentados como ativos não correntes, exceto se houver a intenção de os alienar nos 12 meses seguintes à data de balanço. Após o reconhecimento individual os ativos disponíveis para venda são registados ao justo valor por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a gastos da transação que possam vir a ocorrer até à sua venda, sendo as respetivas variações de justo valor reconhecidas diretamente no capital próprio, na rubrica de Reserva de justo valor, até que os ativos sejam desreconhecidos ou seja identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas é transferido para resultados. No caso dos instrumentos de capital um decréscimo significativo ou prolongado do justo valor abaixo do gasto é determinante para determinar a existência de imparidade. Os instrumentos de capital que não sejam participações em empresas filiais, empreendimentos conjuntos ou associadas, são classificadas como ativos financeiros disponíveis para venda, de acordo com a IAS 39. Caso não exista valor de mercado, estes ativos são mantidos ao custo de aquisição, sujeitos a testes de imparidade Passivos financeiros Os passivos financeiros são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem. O IAS 39 Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração - prevê a classificação dos passivos financeiros em duas categorias: (i) passivos financeiros ao justo valor por via de resultados; (ii) outros passivos financeiros. Os outros passivos financeiros incluem empréstimos obtidos e fornecedores e outras dívidas a pagar Passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados Os passivos financeiros ao justo valor por via de resultados incluem passivos não derivados com o objetivo de vender no curto prazo e os instrumentos financeiros derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura, e sejam classificados desta forma no seu reconhecimento inicial. Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor de passivos mensurados ao justo valor através de resultados são reconhecidos em resultados do período. AdVT_Relatório e Contas 2017_133

134 Empréstimos bancários Os empréstimos são reconhecidos inicialmente ao justo valor deduzidos de gastos de transação incorridos e subsequentemente são mensurados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre o valor de emissão (líquido de gastos de transação incorridos) e o valor nominal é reconhecido em resultados durante o período de existência dos empréstimos de acordo com o método do juro efetivo. Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente, exceto se a Águas do Vale do Tejo possuir um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos 12 meses após a data do balanço, sendo neste caso classificado no passivo não corrente Fornecedores e outras dívidas a pagar Os saldos de fornecedores e outras dívidas a pagar são inicialmente registados pelo seu valor nominal, o qual se entende ser o seu justo valor, e subsequentemente são registados ao custo amortizado, de acordo com o método da taxa de juro efetiva. Os passivos financeiros são desreconhecidos quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo pagamento, são canceladas ou expiram. 2.7 Clientes e outros créditos a receber Os saldos de clientes e outros créditos a receber são valores a receber pela venda de mercadorias ou de serviços prestados pela Águas do Vale do Tejo, no curso normal das suas atividades. São inicialmente registados ao justo valor e subsequentemente são mensurados ao custo amortizado de acordo com o método da taxa de juro efetivo, deduzidos de provisões para perdas de imparidade. Os saldos de clientes com os quais foram estabelecidos acordos de pagamentos são classificados como não correntes, quando esses acordos se estendem por mais de um exercício. O não cumprimento do acordo implica a reclassificação do saldo como dívida corrente, vencida. 2.8 Inventários Os inventários estão valorizados ao mais baixo do custo de aquisição (o qual inclui todas as despesas até à sua entrada em armazém) e do valor realizável líquido. O valor realizável líquido resulta do preço de venda estimado no decurso da atividade normal da empresa, deduzido das despesas variáveis de venda. O método de custeio adotado para a valorização das saídas de armazém é o custo médio. 2.9 Caixa e equivalentes de caixa O caixa e equivalentes de caixa incluem numerário, depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de liquidez elevada e com maturidades iniciais até seis meses e descobertos bancários, sem risco significativo de alteração de valor. Os descobertos bancários são apresentados no Balanço, no passivo corrente, na rubrica Empréstimos curto prazo, os quais são também considerados na elaboração da demonstração dos fluxos de caixa Imparidade Imparidade de ativos financeiros A Empresa analisa a cada data de balanço se existe evidência objetiva que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros se encontra em imparidade. Clientes, devedores e outros ativos financeiros São registados ajustamentos para perdas por imparidade, quando existem indicadores objetivos que a Águas do Vale do Tejo, S.A. não irá receber todos os montantes a que tinha direito de acordo com os termos originais dos contratos estabelecidos. Na identificação AdVT_Relatório e Contas 2017_134

135 de situações de imparidade são utilizados diversos indicadores, tais como: i) o perfil de risco do cliente, consoante se trate de cliente institucional ou empresarial; ii) o prazo médio de recebimento, o qual difere de negócio para negócio; e iii) a condição financeira do cliente. O ajustamento para perdas de imparidade é determinado pela diferença entre o valor recuperável e o valor de balanço do ativo financeiro e é registada por contrapartida de resultados do exercício. O valor de balanço destes ativos é reduzido para o valor recuperável através da utilização de uma conta de ajustamentos. Quando um montante a receber de clientes e devedores é considerado irrecuperável é abatido por utilização da conta de ajustamentos para perdas de imparidade acumuladas. As recuperações subsequentes de montantes que tenham sido abatidos são registadas em resultados. Quando valores a receber de clientes ou a outros devedores que se encontrem vencidos, são objeto de renegociação dos seus termos, deixam de ser considerados como vencidos e passam a ser tratados como novos créditos Imparidade de ativos não financeiros Os ativos da Águas do Vale do Tejo são analisados à data de cada balanço por forma a detetar indícios de eventuais perdas por imparidade. Se esses indícios existirem, o valor recuperável dos ativos é avaliado. Sempre que o valor contabilístico de um ativo, ou da unidade geradora de caixa onde o mesmo se encontra inserido, excede a quantia recuperável, é reduzido até ao montante recuperável sendo esta perda por imparidade reconhecida nos resultados do exercício. Para os ativos intangíveis com vida útil indefinida, o valor recuperável é avaliado anualmente à data do balanço, tendo em conta as premissas dos contratos de concessão. O valor recuperável corresponde ao valor de uso, e este por sua vez corresponde à remuneração garantida (dividendo) em cada um dos anos ao longo do prazo da concessão. Estes montantes são parte integrante do EVEF anexo aos contratos de concessão que são reportados anualmente no orçamento remetido ao regulador do setor. Determinação da quantia recuperável dos ativos: A quantia recuperável de contas a receber de médio e longo prazo corresponde ao valor atual dos futuros recebimentos esperados, utilizando como fator de desconto a taxa de juro efetiva implícita na operação original. Para os restantes ativos, a quantia recuperável é a mais alta do seu preço de venda líquido e do seu valor de uso. Na determinação do valor de uso de um ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados utilizando uma taxa de desconto antes de impostos que reflete as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e os riscos específicos do ativo em questão. A quantia recuperável dos ativos que por si só não geram fluxos de caixa independentes é determinada em conjunto com a unidade geradora de caixa onde os mesmos se encontram inseridos. Reversão de perdas por imparidade Uma perda por imparidade reconhecida num valor a receber de médio e longo prazo só é revertida caso a justificação para o aumento da respetiva quantia recuperável assente num acontecimento com ocorrência após a data do reconhecimento da perda por imparidade. Uma perda por imparidade reconhecida relativa a Goodwill não é revertida. As perdas por imparidade relativas a outros ativos são revertidas sempre que existam alterações nas estimativas usadas para a determinação da respetiva quantia recuperável. As perdas por imparidade são revertidas até ao valor, líquido de amortizações, que o ativo teria caso a perda por imparidade não tivesse sido reconhecida Capital As ações ordinárias são classificadas no capital próprio. Os gastos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são apresentados no capital próprio como uma dedução, líquida de impostos, ao montante emitido. AdVT_Relatório e Contas 2017_135

136 2.12 Subsídios Subsídios para investimento Os subsídios para investimento são reconhecidos quando existe uma segurança razoável que o subsídio será recebido e que a Águas do Vale do Tejo cumprirá as obrigações inerentes ao seu recebimento. Os subsídios para investimento relativos à aquisição e/ou construção de ativos tangíveis e/ou intangíveis são incluídos nos passivos não-correntes e são creditados na demonstração dos resultados com base no mesmo método da amortização dos ativos subjacentes. Subsídios à exploração O IAS 20, no seu parágrafo 29, permite que as entidades optem entre duas políticas de reconhecimento do proveito com subsídios à exploração: i) de forma separada, numa rubrica de outros rendimentos; ou ii) como uma dedução ao gasto associado. Assim, a norma IAS 20, permite que o proveito de subsídios à exploração seja registado como um menos gasto, o que implica que o respetivo gasto seja apresentado pelo seu valor líquido. Com efeitos a 1 de janeiro de 2017, os subsídios à exploração são diferidos e reconhecidos na demonstração dos resultados no mesmo período dos gastos que pretendem compensar, sendo reconhecidos como uma dedução ao gasto, nas rubricas ondes estes são reconhecidos Provisões, ativos e passivos contingentes As provisões apenas são reconhecidas quando existe uma obrigação presente que resulte de eventos passados, para a liquidação da qual seja provável a necessidade de afetação de recursos internos e cujo montante possa ser estimado com razoabilidade. Sempre que um dos critérios não seja cumprido ou a existência da obrigação esteja condicionada à ocorrência (ou não ocorrência) de determinado evento futuro, a Águas do Vale do Tejo divulgará tal facto como um passivo contingente, salvo se a avaliação da exigibilidade da saída de recursos para liquidação do mesmo seja considerada remota. Quando há um número elevado de obrigações similares, a probabilidade de gerar um efluxo de recursos internos é determinada em conjunto. A provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de efluxo de recursos internos relativamente a um elemento incluído na mesma classe de obrigações possa ser reduzida. As provisões são mensuradas ao valor presente, à data do balanço, da melhor estimativa do Conselho de Administração sobre o dispêndio necessário para liquidar a obrigação. A taxa de desconto usada para determinar o valor presente reflete a expectativa atual de mercado para o período do desconto e para o risco da provisão em causa. Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. Ativos e passivos contingentes Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas divulgados nas notas anexas. Nos casos em que seja pouco provável a ocorrência de influxos de benefícios económicos ou a possibilidade de um exfluxo de recursos, os respetivos ativos contingentes ou passivos contingentes não são divulgados Imposto sobre Rendimento O imposto sobre rendimento do período compreende os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre o rendimento são registados na demonstração dos resultados, exceto quando estão relacionados com itens que sejam reconhecidos AdVT_Relatório e Contas 2017_136

137 diretamente nos capitais próprios. O valor de imposto corrente a pagar, é determinado com base no resultado antes de impostos, ajustado de acordo com as regras fiscais. Os impostos diferidos são reconhecidos usando o método do passivo de balanço, considerando-se as diferenças temporárias provenientes da diferença entre a base fiscal de ativos e passivos e os seus valores nas demonstrações financeiras. O imposto diferido que surja pelo reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que não seja uma concentração empresarial, que à data da transação não afeta nem o resultado contabilístico nem o resultado fiscal, não é registado. Os impostos diferidos ativos são reconhecidos na medida em que seja provável que os lucros tributáveis futuros estarão disponíveis para utilização da diferença temporária ou quando se espera a reversão de um imposto diferido ativo para a mesma altura e com a mesma autoridade Os impostos diferidos são calculados com base na taxa de imposto em vigor ou já oficialmente comunicada, à data do balanço e que se estima que seja aplicável na data da realização dos impostos diferidos ativos ou na data do pagamento dos impostos diferidos passivos. As diferenças que possam advir de alterações expectáveis das taxas a que irão reverter as diferenças temporais tributáveis são consideradas na demonstração dos resultados. São reconhecidos impostos diferidos em diferenças temporárias, exceto quando a Águas do Vale do Tejo, não seja capaz de controlar a tempestividade da reversão da diferença temporária e seja provável que a diferença temporária não se reverta no futuro previsível. Os impostos diferidos são registados no resultado líquido ou em Outras reservas consoante o registo da transação ou evento que lhes deu origem Rédito O rédito compreende o justo valor da venda de bens e prestação de serviços, líquido de impostos e descontos e após eliminação das vendas internas. As empresas concessionárias e reguladas, apenas reconhecem o rédito que resulta da aplicação das tarifas aprovadas pelo concedente e escrutinadas pelo regulador. O rédito é reconhecido como segue: Prestação de serviços Atividade regulada - Serviços em alta Saneamento O rédito regista-se pelo valor do produto entre a tarifa aprovada e os consumos medidos e/ou estimados. Atividade complementar A tarifa encontra-se suportada num contrato estabelecido com o cliente, em que o preço se encontra definido Venda de bens Atividade regulada - Serviços em alta Abastecimento de água O rédito regista-se pelo valor do produto entre a tarifa aprovada e os consumos medidos e/ou estimados. Atividade complementar A tarifa encontra-se suportada num contrato estabelecido com o cliente, em que o preço se encontra definido. AdVT_Relatório e Contas 2017_137

138 Componente Tarifária Acrescida (CTA) Nos termos dos artigos 32.º a 36.º, do Decreto-Lei nº 94/2015, de 29 de maio, e do Artigo 12.º, n.º 9 e seguintes, do Decreto-Lei nº 34/2017, de 24 de março, foi definido, respetivamente, que a EPAL Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A. e a Águas do Tejo Atlântico, S.A. na faturação mensal aos seus clientes, faturam uma parcela com a denominação Componente Tarifária Acrescida (CTA), por conta da AdVT Águas do Vale do Tejo, S.A. A cobrança da CTA é efetuada pela EPAL e pela AdTA, sendo entregue/repassada à AdVT mediante faturação trimestral da AdVT à EPAL e à AdTA. A AdVT especializa mensalmente na rubrica Clientes, o rédito da CTA que é faturada pela EPAL e pela AdTA. O rédito é registado nas rubricas Vendas e Prestações de serviços consoante corresponda a abastecimento de água ou a saneamento. O valor efetivamente cobrado em cada trimestre pela EPAL e pela AdTA, é faturado pela AdVT aquelas empresas Fundo Ambiental No âmbito do Programa do XXI Governo Constitucional e do Decreto-Lei nº 72/2016, de 4 de novembro, o Estado decidiu cindir as empresas agregadas em 2015 (através dos Decreto-Lei nº 92/2015, nº 93/2015 e nº 94/2015, todos de 29 de maio) bem como interromper a trajetória de aumento tarifário estabelecida então. Esta decisão foi suportada num estudo de neutralidade das receitas da empresas cindidas, tendo o Estado decidido compensar a perda de receitas das entidades cindidas pela criação de corredores tarifários entre empresas estendendo a aplicação da componente tarifária acrescida ( CTA ) à Águas do Tejo Atlântico e pela transferência de uma receita do Fundo Ambiental. Acresce que, no âmbito dos Contratos de Gestão celebrados entre os gestores da AdP SGPS e AdVT, o Estado entende que as receitas do Fundo Ambiental devem ser tidas em consideração para efeitos do equilíbrio operacional da AdVT. Neste sentido, a receita extraordinária adicional sob a forma de apoio do Fundo Ambiental a receber em cada ano, tem por objetivo compensar o volume de negócios que seria cobrado anualmente através da tarifa e que estava previsto na trajetória de aumento tarifário das empresas cindidas, pelo que, a receita extraordinária adicional sob a forma de apoio do Fundo Ambiental, é registada anualmente como rédito na rubrica Prestação de Serviços Desvio de Recuperação de Gastos Ver nota Contratos de Construção Aplicação IAS 11, conjuntamente com a IFRIC 12 O rédito dos contratos de construção corresponde ao incremento do exercício do direito de utilização de infraestrutura tal como referido na nota De acordo com o IFRIC 12 Contratos de concessão, a construção da infraestrutura pelo operador constitui um serviço que é prestado ao concedente, distinto do serviço de operação e manutenção, e que, como tal deverá por esta, ser remunerado. O rédito da atividade de construção deve ser reconhecido de acordo com o IAS 11 Contratos de construção. Nesta circunstância são considerados como rédito dos serviços de construção o incremento do exercício do direito de utilização de infraestrutura e, como gasto dos serviços de construção o valor incorporado por terceiros nesta atividade. AdVT_Relatório e Contas 2017_138

139 Juros O rendimento de juros é reconhecido com base na taxa de juro efetiva e são registados no período a que respeitam, de acordo com o princípio da especialização do exercício (ou do acréscimo). Quando uma conta a receber é ajustada por imparidade, a AdVT reduz o seu valor contabilístico para o seu valor recuperável, no entanto os cash flow futuros estimados continuam a ser descontados à taxa de juro efetiva inicial (antes da imparidade) e a regularização do desconto a ser considerado como um rendimento de juros Gastos e perdas Os gastos e perdas são registados no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime do acréscimo (especialização do exercício) Eventos subsequentes Os eventos ocorridos após a data de balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais são divulgados nas notas às demonstrações financeiras. 3. Políticas de gestão do risco financeiro 3.1 Fatores de risco As atividades da Águas do Vale do Tejo estão expostas a uma variedade de fatores de risco financeiro: risco de crédito, risco de liquidez e risco de mercado (risco de taxa de juro, risco fluxos de caixa associado à taxa de juro). O Grupo AdP desenvolveu e implementou um programa de gestão do risco que, conjuntamente com a monitorização permanente dos mercados financeiros, procura minimizar os potenciais efeitos adversos na performance financeira da AdP e suas participadas. A gestão do risco é conduzida pelo departamento central de tesouraria com base em políticas aprovadas pela Administração. A tesouraria identifica, avalia e realiza operações com vista à minimização dos riscos financeiros, em estrita cooperação com as unidades operacionais do Grupo AdP. O Conselho de Administração providencia princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco de crédito, o uso de derivados, outros instrumentos não estruturados e o investimento do excesso de liquidez. O Conselho de Administração tem a responsabilidade de definir princípios gerais de gestão de riscos, bem como limites de exposição. Todas as operações realizadas com instrumentos derivados carecem de aprovação prévia do Conselho de Administração, que define os parâmetros de cada operação e aprova documentos formais descritivos dos objetivos das mesmas. 3.2 Risco de crédito O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas obrigações contratuais, resultando uma perda financeira para a empresa. A Águas do Vale do Tejo está sujeita ao risco de crédito nas suas atividades operacionais, de investimento e de tesouraria. O risco de crédito relacionado com créditos de serviços prestados a clientes (fornecimento de água e saneamento). Este risco é, em teoria, reduzido dadas as características do serviço prestado (a entidades estatais - Municípios). No entanto, apesar da situação económica e financeira particular do país nos últimos anos, com consequências diretas junto das autarquias locais, o montante de saldos vencidos diminuiu (ver nota 10 - Clientes) face aos valores provenientes das empresas agregadas. Os ajustamentos de imparidade para contas a receber são calculados considerando: i) o perfil de risco do cliente, consoante se trate de cliente institucional ou empresarial; ii) o prazo médio de recebimento, o qual difere de negócio para negócio; e iii) a condição financeira do cliente. O Grupo AdP tem vindo a alertar o Governo Central para a insustentabilidade da atual situação de mora junto de alguns municípios, no sentido de encontrar alternativas que permitam cobrar os valores em dívida. Os Conselhos de Administração da Águas do Vale do Tejo e da AdP SGPS encontram-se em permanência a avaliar a adoção de medidas que visem assegurar a recuperabilidade dos AdVT_Relatório e Contas 2017_139

140 saldos a receber dos Municípios, entre as quais o acionamento do mecanismo associado ao Privilégio Creditório, o qual incide sobre as dívidas correntes, bem como o estabelecimento de acordos de pagamento. Ainda que atendendo à incerteza existente acerca dos prazos em que os clientes Municípios procederão ao cumprimento das suas obrigações, o Conselho de Administração da Águas do Vale do Tejo continua a entender que sobre esses saldos não existem à data indicadores que conduzam ao reconhecimento de perdas por imparidade, para além dos que se encontram registados. A tabela seguinte representa a exposição máxima da Empresa ao risco de crédito (não incluindo saldos de clientes e de outros devedores) a 31 de dezembro de 2017, sem ter em consideração qualquer colateral detido ou outras melhorias de crédito. Para ativos no balanço, a exposição definida é baseada na sua quantia escriturada como reportada na face do balanço. Ativos financeiros bancários Depósitos à ordem/descobertos ( ) Fundo de reconstituição do capital Rating A- (Moodys) A1 (Moodys) Baa1 (Moodys) Baa3 (Moodys) Ba1 (Moodys) Ba3 (Moodys) B1 (Moodys) ( ) B3 (Moodys) BB- (Moodys) BBB- (Moodys) Caa1 (Moodys) Caa2 (Moodys) ( ) Nota: notação de rating obtida nos sites das instituições financeiras em dezembro 3.3 Risco de liquidez A gestão do risco de liquidez implica a manutenção das disponibilidades a um nível razoável, a viabilidade da consolidação da dívida flutuante através de um montante adequado de facilidades de crédito e a habilidade de liquidar posições de mercado. Em virtude da dinâmica dos negócios subjacentes, a tesouraria da Águas do Vale do Tejo pretende assegurar a flexibilidade da dívida flutuante, mantendo para o efeito as linhas de crédito disponíveis, geridas centralmente pela AdP SGPS, SA, complementares à linha de apoio de tesouraria de que dispõe junto do acionista maioritário. A Empresa efetua a gestão do risco de liquidez através da contratação e manutenção de linhas de crédito e facilidades de financiamento com compromisso de tomada firme junto de instituições financeiras nacionais e internacionais, de elevada notação de crédito, que permitem o acesso imediato a fundos. A tabela abaixo apresenta as responsabilidades da AdVT por intervalos de maturidade residual contratual. Os montantes apresentados na tabela são os fluxos de caixa contratuais, não descontados a pagar no futuro (sem os juros a que estão a ser remunerados estes passivos). AdVT_Relatório e Contas 2017_140

141 < 1 ano 1 a 5 anos > 5 anos Financiamentos Fornecedores e outros passivos A Empresa, não antevê dificuldades no cumprimento das responsabilidades a curto prazo. Particularmente sobre os empréstimos bancários de curto prazo, e apesar de não estarem a ser atualmente utilizados, a Águas do Vale do Tejo, entende estar em condições de assegurar a renovação das suas principais linhas de crédito, não sendo por isso expectável a sua exigibilidade imediata. 3.4 Risco de fluxos de caixa e de justo valor associado à taxa de juro O risco da taxa de juro da Águas do Vale do Tejo advém, essencialmente, da contratação de empréstimos de longo prazo. Neste âmbito, empréstimos obtidos com juros calculados a taxas variáveis expõem a Empresa ao risco de fluxos de caixa e empréstimos obtidos com juros à taxa fixa expõem-na ao risco do justo valor associado à taxa de juro. Igualmente associado à volatilidade das taxas de juro está a remuneração garantida dos contratos de concessão, e consequentemente o desvio de recuperação de gastos. A tabela abaixo apresenta a análise de sensibilidade dos encargos financeiros da Águas do Vale do Tejo: Juros suportados Impacto no resultado líquido: Se as taxas de juro variáveis tivessem sido 1% acima do verificado Se as taxas de juro variáveis tivessem sido 1% abaixo do verificado ( ) ( ) 3.5 Risco de capital O objetivo da Águas do Vale do Tejo em relação à gestão de capital, num conceito mais amplo do que o capital relevado na face do balanço, é manter uma estrutura de capital ótima, através da utilização prudente de dívida que lhe permita reduzir o gasto de capital. O intuito da gestão do risco do capital é salvaguardar a continuidade das operações da Empresa, com uma remuneração adequada aos acionistas e gerando benefícios para todos os terceiros interessados. A política da Águas do Vale do Tejo é contratar empréstimos com entidades financeiras, ao nível da empresa-mãe, a AdP, SGPS, SA (exceção feita aos empréstimos ao investimento), que por sua vez fará empréstimos às suas filiais. Esta política visa a otimização da estrutura de capital com vista a uma maior eficiência fiscal e redução do gasto médio de capital Empréstimos não correntes Empréstimos correntes Disponibilidades ( ) ( ) Dívida Subsídios ao Investimento Total do capital próprio Capital Dívida/ Total do capital 0,94 0,88 O modelo de financiamento da Empresa assenta tipicamente em dois tipos: o financiamento bancário remunerado, com particular incidência nos financiamentos contraídos junto do BEI, e no capital próprio e subsídios ao investimento não reembolsáveis. AdVT_Relatório e Contas 2017_141

142 No último ano verificou-se uma diminuição das utilizações das linhas de financiamento bancário de curto prazo contratadas, em detrimento do aumento da linha de apoio de tesouraria disponível junto da AdP SGPS, SA. 3.6 Risco regulatório A regulação é a mais significativa restrição à rentabilidade das atividades económicas desenvolvidas pela Empresa. O regulador pode tomar medidas com impacto negativo no cash-flow, com todas as consequências adversas que daí resultam. De forma a minimizar estes riscos, a Empresa tem procurado acompanhar mais de perto as atividades do regulador, procurando, assim, antecipar potenciais impactos negativos nas empresas decorrentes das regras emanadas pela ERSAR. Em 6 de março de 2014, foi publicada a Lei n.º 10/2014, que aprovou os novos Estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). Esta publicação vem no decurso da Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, que aprovou a lei-quadro das entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica dos setores privados, público e cooperativo. De acordo com os novos estatutos, a ERSAR viu aumentada a sua independência de atuação (artigoº 2.º), expandido o universo de entidades sujeitas a regulação (artigo 4.º) e reforçados os seus poderes e atribuições sobre as entidades reguladas (artigos 5.º, 9.º, 10.º e 11.º). Em face das alterações em concretização nos setores das águas e dos resíduos, o reforço dos poderes da ERSAR constitui um desafio significativo quer para a entidade reguladora quer para as entidades reguladas. É expetativa da Empresa que, com este reforço de poderes da ERSAR, o setor integre uma agenda consentânea com a fase de desenvolvimento em que se encontra, colocando-se o enfoque na sustentabilidade de forma integrada, nas vertentes económica, social e ambiental. 4. Estimativas e julgamentos As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da Águas do Vale do Tejo são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Conselho de Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados. As estimativas e os julgamentos que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico de ativos e passivos no decurso do exercício seguinte são as que seguem: 4.1 Provisões A Águas do Vale do Tejo analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. A Águas do Vale do Tejo é parte em diversos processos judiciais em curso para os quais, com base na opinião dos seus advogados, efetua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas contingências. Os ajustamentos para contas a receber são calculados essencialmente com base na antiguidade das contas a receber, o perfil de risco dos clientes e a situação financeira dos mesmos. As estimativas relacionadas com os ajustamentos para contas a receber diferem de negócio para negócio. A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de efluxo de recursos internos necessários para a liquidação das obrigações, poderá conduzir a ajustamentos significativos quer por variação daqueles pressupostos quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes. 4.2 Ativos tangíveis e intangíveis A determinação das vidas úteis dos ativos bem como o método de depreciação e amortização são essenciais para a determinar o montante de depreciações e amortizações a reconhecer na demonstração dos resultados. Estes dois parâmetros foram definidos de acordo com a melhor estimativa do Conselho de Administração para os ativos e negócios em questão, considerando que, tratando-se de uma atividade concessionada e regulada, a vida útil dos ativos está associada ao padrão de benefícios económicos obtidos e que são determinados pela regulação económica (e prazo da concessão). AdVT_Relatório e Contas 2017_142

143 4.3 Imparidades A determinação de uma eventual perda por imparidade pode ser despoletada pela ocorrência de diversos eventos, muitos dos quais fora da esfera de influência da Águas do Vale do Tejo, tais como a disponibilidade futura de financiamento, o gasto de capital ou a manutenção da atual estrutura regulatória do mercado, bem como por quaisquer outras alterações, quer internas, quer externas à AdVT. A identificação dos indicadores de imparidade, a estimativa de fluxos de caixa futuros e a determinação do justo valor de ativos (ou de conjunto de ativos) implicam um elevado grau de julgamento por parte da Administração, no que respeita à identificação e avaliação dos diferentes indicadores de imparidade, fluxos de caixa esperados, taxas de desconto aplicáveis, vidas úteis e valores residuais. No caso específico da Águas do Vale do Tejo, os indicadores de imparidade alteram com os crescimentos da rede de infraestruturas assumidos, as alterações de tarifa expectáveis ou as atuais estratégias dos participantes no capital da empresa, que conjuntamente com outros fatores poderão levar a alterações no padrão ou montante dos fluxos de caixa futuros. À data de emissão das demonstrações financeiras da AdVT não é considerada como provável a existência de qualquer situação de imparidade nos ativos reportados. Para além das já refletidas nas demonstrações financeiras, se por efeito da avaliação atualmente em curso for evidenciado qualquer indício de imparidade, o respetivo valor de balanço do ativo será ajustado por contrapartida de resultados do ano. Além das incertezas acima mencionadas, existem ainda algumas áreas de julgamento cujo impacto se reflete nas demonstrações financeiras. Ainda que não seja expectável virem a provocar uma alteração material no exercício subsequente, poderão ainda assim levar a uma alteração de pressupostos ou de avaliação por parte do Conselho de Administração da Empresa. 4.4 Acréscimos de Gastos para investimentos contratuais O acréscimo de gastos para investimentos contratuais, o qual, conforme divulgado na nota 2.3.2, é calculado com base no método da depleção, depende significativamente de estimativas de investimentos a realizar até ao final da concessão, estando as mesmas suportadas pela melhor estimativa da Empresa, a qual se encontra consubstanciada no EVEF revisto que foi entregue à Entidade Reguladora na sequência da cisão. 4.5 Desvio de Recuperação de Gastos O desvio de recuperação de gastos (DRG) é calculado nos termos do Decreto-Lei n. 94/2015, de 29 de maio, e do contrato de concessão que estipulam, para o período regulatório atual, que o desvio de recuperação de gastos resulta da diferença verificada, anualmente, entre o resultado líquido da sociedade adveniente da exploração e gestão do sistema e o resultado líquido que resultaria da aplicação das regras de determinação das tarifas necessárias, que tem como critério a recuperação dos custos de exploração, o investimento e uma remuneração do capital social e reservas legais corresponde à rentabilidade média diária das Obrigações de Tesouro Portuguesas a 10 anos acrescida de três pontos percentuais e da remuneração acionista em dívida à rentabilidade media diária das Obrigações de Tesouro Portuguesas a 10 anos. De acordo com o Contrato de Concessão, o cálculo do DRG não deve incorporar as diferenças entre os custos efetivamente incorridos e os custos admissíveis em cenário de eficiência produtiva, de acordo com critérios previamente definidos pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos ( Critérios de Eficiência Produtiva ). Nos termos dos respetivos Contratos de Concessão, as concessionárias devem enviar à ERSAR, até 31 de janeiro do ano seguinte a que respeita, o cálculo do montante do desvio de recuperação de gastos, para que no âmbito das suas competências aprove o respetivo valor até ao final de fevereiro. A estimativa do desvio de recuperação de gastos é, em cada exercício, determinado com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessa estimativa do DRG. Conforme disposto na IAS 8, alterações a estas estimativas que ocorram posteriormente à data das presentes demonstrações financeiras, são corrigidas em resultados de forma prospetiva. Até à data de aprovação do presente documento embora tenha sido recebida a resposta da ERSAR relativamente à aprovação do Desvio de Recuperação de Gastos do ano de 2017, não se encontra ainda formalmente aprovado o DRG de Contudo, a expetativa da Empresa é que não haverá a necessidade efetuar qualquer ajustamento às contas do exercício. Eventual acerto final do DRG que resulte do contraditório da Empresa refletir-se-á nas contas do exercício subsequente. AdVT_Relatório e Contas 2017_143

144 5. Instrumentos financeiros por categoria Os instrumentos financeiros constantes na Demonstração da posição financeira, em 31 de dezembro de 2017, estão classificados pelas seguintes categorias: Empréstimos e contas a receber Passivos financeiros ao custo amortizado Total Ativos e passivos não classificados como instrumentos financeiros Total de Balanço a Ativos intangíveis Ativos tangíveis Investimentos financeiros Impostos diferidos ativos Desvio tarifário ativo Clientes e outros ativos não correntes Inventários Clientes Estado e outros entes públicos Fundo de Coesão a receber Outros ativos correntes Caixa e seus equivalentes Total do ativo Provisões Empréstimos não correntes Fornecedores e outros passivos não correntes Impostos Diferidos Passivos Amortizações de Investimento Futuro Subsídios ao investimento Empréstimos correntes Fornecedores Outros passivos correntes Imposto sobre o rendimento do exercício Estado e outros entes públicos Total do passivo Ativos intangíveis e tangíveis 6.1 Ativos Intangíveis Despesas de Desenvolvimento Programas de Computador Propriedade industrial e outros direitos Outros Ativos Intangíveis Direitos de Utilização de Infraestruturas Ativos intangíveis em curso No final de 2017 os ativos intangíveis líquidos ascendiam a 648,0 milhões de euros. AdVT_Relatório e Contas 2017_144

145 6.1.1 Movimentos do período Valor Bruto Cisão Aumentos Regularizações Transferências Despesas de Desenvolvimento ( ) Programas de Computador Propriedade industrial e outros direitos (48 695) Outros Ativos Intangíveis ( ) Direitos de Utilização de Infraestruturas ( ) (767) Ativos intangíveis em curso ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Amortizações Acumuladas Cisão Aumentos Regularizações Transferências Despesas de Desenvolvimento ( ) (6 357) ( ) Programas de Computador (9 373) (3) (1 044) (10 420) Propriedade industrial e outros direitos (24 856) (169) (3 553) Outros Ativos Intangíveis ( ) ( ) (6 424) ( ) Direitos de Utilização de Infraestruturas ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Valor líquido ( ) ( ) ( ) ( ) O montante de cerca de 0,4 milhões de euros, registado em transferências para amortizações acumuladas de Direitos de Utilização de Infraestruturas, corresponde ao valor das amortizações dos bens passados a firme durante o exercício de 2017, reconhecido anteriormente na rúbrica de acréscimos de gastos de investimento contratual. Em termos de obras concluídas, no ano de 2017, destacam-se as seguintes: Empreitada de Conceção/Construção para a remodelação/ ampliação do nível de tratamento da ETAR de Proença-a-Nova; Construção de EE e conduta de ligação à Amoreira; Empreitada do Sistema de Saneamento do Concelho de Portel - Conceção, Construção/Reabilitação das ETAR de Portel, Amieira e Alqueva e respetivas EE e Sistemas Intercetores. Em 2017 passaram de imobilizado em curso para firme cerca de 2,0 milhões de euros, sendo que no final de 2017 estava em curso um montante de investimento de 9,3 milhões de euros DUI movimentos do período Direitos de Utilização de Infraestruturas Líquido (saldo inicial) Cisão ( ) Adições Transferências e Abates Amortizações do exercício ( ) Reversões de Amortizações ( ) Direitos de Utilização de Infraestruturas Líquido (saldo final) AdVT_Relatório e Contas 2017_145

146 6.2 Ativos Tangíveis Edifícios Outras Construções Equipamento Básico Outros Ativos Fixos Tangíveis Ativos Fixos Tangíveis em curso 0 0 Perdas Imparidade - Edifícios Outras Construções ( ) ( ) Movimentos do período Valor Bruto Aumentos Diminuições Transferências Edifícios Outras Construções Equipamento Básico Outros Ativos Fixos Tangíveis Valor Bruto Aumentos Diminuições Transferências Edifícios Outras Construções (97 433) (11 481) 0 0 ( ) Equipamento Básico ( ) (19 908) 0 0 ( ) Outros Ativos Fixos Tangíveis ( ) (82) 0 0 ( ) ( ) (31 472) 0 0 ( ) Ativos Fixos Tangíveis em curso Perdas Imparidade - Edifícios Outras Construções ( ) ( ) ( ) ( ) Valor líquido (31 472) Investimentos financeiros Fundo de Reconstituição do Capital Outros ativos financeiros Nos termos dos Contratos de Concessão das empresas agregadas, as sociedades estavam obrigadas a entregar em cada ano, a instituição autorizada, o montante correspondente à anuidade de amortização do capital social para criação de um Fundo de Reconstituição do Capital Social. Na salvaguarda dos interesses dos utilizadores, uma vez que é incorporada na tarifa a margem de remuneração do capital social investido, os rendimentos do fundo seriam em cada ano deduzidos aos gastos e encargos, pelo que as empresas poderiam, a todo o tempo, utilizá-los. AdVT_Relatório e Contas 2017_146

147 Contudo, nos termos do previsto no Decreto-Lei n.º 94/2015, no artigo 38.º, a LVT para além de estar dispensada de manter quaisquer fundos de reconstituição do capital social, pode ainda dispor na sua atividade dos valores acumulados nos fundos constituídos pelas sociedades concessionárias extintas, designadamente para a redução do seu endividamento. Aproveitando esta faculdade, a empresa tem utilizado os montantes das aplicações oportunamente constituídas no momento do seu vencimento para proceder à redução do seu passivo bancário. 8. Impostos diferidos A Águas do Vale do Tejo procede ao reconhecimento de impostos diferidos ativos e passivos que são maioritariamente resultantes dos acréscimos de gastos para investimentos contratuais, das diferenças das depreciações e subsídios dos investimentos realizados reconhecidos contabilisticamente face aos dedutíveis fiscalmente, dos desvios de recuperação de gastos acumulados reconhecidos pela primeira vez na empresa, e dos desvios de recuperação de gastos do período. Para mensuração dos impostos diferidos no final de 2017 foi aplicada a taxa de imposto efetiva que corresponde a uma taxa de IRC de 21%, acrescida da derrama municipal de 1% sobre o lucro tributável e da Derrama Estadual. Atendendo a que a taxa da Derrama Estadual varia em função do valor do lucro tributável, sendo a taxa de 3% aplicada aos lucros tributáveis superiores a 1,5 milhões de euros e inferiores a 7,5 milhões de euros e a taxa de 5% para valores superiores a 7,5 milhões de euros, com a cisão a estimativa do lucro tributável decreceu significativamente, reduzindo pois esta componente do imposto. Em resultado foi considerada uma taxa efetiva de 25,25%, representando uma redução de 1,0% na taxa face ao valor do ano transato, tendo o impacto que se encontra quantificado na coluna correções dos quadros seguintes. Os valores apresentados nos dois quadros seguintes, como Saldo Inicial correspondem ao valor após cisão, ou seja, com referência a 1 de janeiro de Impostos diferidos ativos Saldo Inicial Correcções Dotação Utilização Saldo Final Taxa de IRC 21,00% 0,00% 21,00% 21,00% 21,00% Taxa de Derrama 5,25% -1,00% 4,25% 4,25% 4,25% Ativos por Impostos Diferidos 0 Provisões Efeito IFRIC 12 Efeito IFRIC 12 (transição) - Amortização investimento ( ) Efeito IFRIC 12 (transição) - Subsídio ( ) Efeito IFRC 12 Exercício - Investimento futuro Efeito IFRC 12 Exercício - Amort IFRC 12 vs Fiscal Base de incidência ( ) IRC ( ) Derrama ( ) (40 267) Imposto diferido ativo reconhecido ( ) ( ) AdVT_Relatório e Contas 2017_147

148 Impostos diferidos passivos Saldo Inicial Correcções Dotação Utilização Saldo Final Taxa de IRC 21,00% 0,00% 21,00% 21,00% 21,00% Taxa de Derrama 5,25% -1,00% 4,25% 4,25% 4,25% Passivos por impostos diferidos Desvio de recuperação de gastos ( ) Efeito IFRIC 12 Efeito IFRIC 12 (transição) - Amortização investimento ( ) Efeito IFRIC 12 (transição) - Subsídio Efeito IFRIC 12 (exercício) - Subsídio Base de incidência ( ) ( ) IRC ( ) Derrama ( ) (32 980) Imposto diferido passivo reconhecido ( ) ( ) Até 31 de dezembro de 2009 a contabilização das obrigações contratuais das Concessionárias estava adstrita às instruções emanadas pela Comissão de Normalização Contabilística (CNC) na Diretriz Contabilística n.º 4/91, de 19 de dezembro, tendo sido aprovado pelas Autoridades Fiscais, a pedido da AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A., um entendimento que deu relevância em sede de IRC às instruções emanadas pela CNC na referida Diretriz Contabilística n.º 4/91. A partir de 1 de janeiro de 2010, com a revogação da Diretriz Contabilística n.º 4/91, pelo n.º 2 do artigo 15º do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho, que aprovou o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), a contabilização das obrigações contratuais das Concessionárias passou a ser efetuada supletivamente (uma vez que do SNC não resultou nenhuma norma contabilística sobre os contratos de concessão) pela IFRIC 12, adotada pelo Regulamento (CE) n.º 254/2009 da Comissão, de 25 de março de Em termos gerais, a adoção da política contabilística emanada pela IFRIC 12, para efeitos de IRC, implicou para as empresas agregadas o desreconhecimento do montante das despesas capitalizáveis relativas ao investimento a realizar por via dos resultados transitados e o registo de uma provisão, conforme requerido na IFRIC 12, para as obrigações não regulares de manutenção e reparação de infraestruturas a efetuar no futuro, não sendo esta provisão aceite para efeitos fiscais, por não se encontrar prevista no artigo 39º do Código do IRC. Este entendimento levou a que as empresas agregadas tivessem procedido a ajustamentos com efeitos retroativos, desde o início da concessão, desconsiderando, por via de resultados transitados, as amortizações acumuladas dos investimentos a realizar, bem como a diferença entre as amortizações calculadas pelo prazo de concessão e pela aplicação do método de depleção e correspondente subsídio, aceites fiscalmente até à data da transição, gerando um encargo fiscal. As alterações contabilísticas que resultaram da adoção da IFRIC 12 deverão ser consideradas para efeitos fiscais retrospetivamente, desde o início de concessão, devendo a agora a Águas do Vale do Tejo aplicar o regime transitório previsto no artigo 5º do Decreto-Lei n.º 159/2009, de 13 de julho. O regime transitório prevê que os efeitos nos capitais próprios decorrentes da adoção da IFRIC 12, que sejam considerados fiscalmente relevantes nos termos do Código do IRC e respetiva legislação complementar, concorrem, em partes iguais, para a formação do lucro tributável do primeiro período de tributação (exercício de 2010) e dos quatro períodos de tributação seguintes. Contudo, a AdP Águas de Portugal SGPS, S.A., entendeu que este procedimento coloca em causa o princípio de balanceamento dos proveitos (tarifas) e dos custos (incorridos e a incorrer), na medida em que, durante o prazo de vigência dos contratos de concessão celebrados com o Estado Português, não se justifica que as Concessionárias tenham de pagar impostos nos próximos 5 exercícios respeitantes a períodos de tributação anteriores, dentro de um horizonte temporal que excede claramente os 5 exercícios. Neste contexto, foi entregue uma exposição junto dos Ministérios das Finanças e do Ambiente, solicitando que as correções retroativas decorrentes da alteração das políticas contabilísticas devam concorrer, em partes iguais, para a formação do lucro tributável ao longo do período remanescente da concessão (agora até 2045), uma vez que é esse o período temporal fiscalmente relevante pare efeitos contabilísticos e fiscais, tutelando assim as legítimas expectativas criadas sem pôr em causa a sustentabilidade económica e financeira dos Sistemas Multimunicipais. Desta forma, o valor apresentado pela Águas do Vale do Tejo respeita ao valor de imposto que deverá ser pago até ao final da Concessão. AdVT_Relatório e Contas 2017_148

149 9. Inventários O valor em inventários inclui um conjunto de produtos utilizados para a gestão da atividade corrente, essencialmente reagentes utilizados nos processos de tratamento, sendo a sua decomposição apresentada no quadro abaixo: Montante Bruto Perdas por imparidade acumuladas Montante Líquido Matérias-primas Matérias subsidiárias Anualmente a empresa procede à contagem física dos materiais em stock, onde se incluem os inventários. 10. Clientes Após a cisão a Águas do Vale do Tejo ficou com um universo de 70 clientes, dos quais 55 são clientes simultaneamente no serviço de abastecimento de água e no serviço de saneamento de águas residuais. Os valores em dívida a dezembro eram os seguintes: Clientes municípios - não corrente Clientes municípios - corrente Outros ativos não correntes Clientes outros Perdas por imparidade ( ) ( ) Clientes municípios Clientes municípios Clientes municípios TRH Clientes municípios Acordos - não corrente Clientes municípios Acordos- corrente Clientes municípios injunções Clientes municípios juros de mora Clientes municípios cobrança duvidosa Clientes municípios ajustamento divida ( ) ( ) A Águas do Vale do Tejo tem vindo a desenvolver esforços no sentido de resolver junto dos utilizadores/clientes, a situação das dividas vencidas, procurando estabelecer, em primeiro lugar, acordos de pagamento da divida e, concomitantemente, tem vindo a desencadear os mecanismos legais que asseguram a recuperabilidade dos valores em causa, interpondo ações executivas à medida que os clientes entram em incumprimento. AdVT_Relatório e Contas 2017_149

150 Não tendo existido nenhuma evolução durante o ano de 2017, ressalva-se que em junho de 2015 foi reconhecida uma imparidade, no valor total de 19,6 milhões de euros, com origem num memorando de entendimento entre a AdP SGPS, SA, a ex-adzc e os municípios que integravam o sistema da antiga Águas do Zêzere e Côa, que dependerá, para a sua concretização, de homologação do Ministro do Ambiente, pelo que o respetivo valor ainda poderá ser revisto no âmbito das tramitações em curso. Por se tratar de saldos municipais e dada alguma incerteza associada a esta estimativa, não foram registados impostos diferido ativos para o efeito. Este reconhecimento da imparidade no exercício resulta de uma revisão em baixa de tarifas praticadas e faturadas em exercícios anteriores e compensação de juros. A revisão tarifária tem como fundamento a compensação do Estado aos municípios utilizadores do sistema em virtude da decisão do Concedente da desafetação do município da Covilhã no sistema multimunicipal de água e saneamento do Alto Zêzere e Côa, contrariamente ao inicialmente previsto. Esta desafetação, de acordo com o aditamento ao contrato de concessão e respetivo estudo de viabilidade representou a perda de cerca de 28,5% do caudal de saneamento da concessão, tendo implicado a sua saída um desequilíbrio económico no sistema e respetivos utilizadores Clientes municípios total da dívida (corrente e não corrente) Clientes municípios não correntes Clientes municípios correntes Clientes municípios ajustamento divida ( ) ( ) Clientes municípios total da dívida (corrente e não corrente) por vencimento Vencido até 2015 Vencido até 2016 Vencido até 2017 Total vencido Não Vencido Total Águas da Covilhã Aguiar da Beira Alandroal (23.242) Alcobaça Alenquer (Águas de Alenquer) (12) Almeida ( ) Alter do Chão Alvaiázere Ansião (Águas Centro Litoral) Arronches Arruda dos Vinhos Avis (1) (66.258) Azambuja (1.838) Azambuja (Águas da Azambuja) (660) ( ) Belmonte Bombarral Borba Cadaval 78 (667) 0 (589) Caldas da Rainha (SM) Campo Maior Castanheira de Pêra Castelo Branco (SMAS) Castelo de Vide Celorico da Beira Covilhã Crato (1.652) 0 (498) (2.150) Elvas Entroncamento AdVT_Relatório e Contas 2017_150

151 Vencido até 2015 Vencido até 2016 Vencido até 2017 Total vencido Não Vencido Total Évora ( ) Ferreira do Zêzere Figueira de Castelo Rodrigo Figueiró dos Vinhos Fornos de Algodres Fronteira Fundão Gavião 928 (998) Gouveia Guarda (SM) Idanha-a-Nova Lourinhã ( ) Mação Mafra (Be Water) Manteigas (9.699) Marvão 0 0 (354) (354) Mêda Monforte Mourão Nazaré (SMAS) Nisa Óbidos Oleiros Oliveira do Hospital (2.438) Pampilhosa da Serra Pedrogão Grande 0 0 (16.077) (16.077) Penamacor Peniche (SMAS) Pinhel Ponte de Sôr Portalegre Portel Proença-a-Nova Redondo Reguengos de Monsaraz Rio Maior Sabugal Sardoal Seia (459) (459) Sertã SMAT Portalegre Sobral Monte Agraço Sousel Tomar (39.650) Torres Vedras Trancoso Vila Nova da Barquinha (23.257) Vila Velha de Ródão Ajustamento divida ( ) ( ) Dívida total municípios Clientes municípios acordos Durante o ano de 2017 foram celebrados diversos acordos para regularização de dívidas com os seguintes utilizadores do sistema: Évora, Figueira de Castelo Rodrigo e Reguengos de Monsaraz, no valor global de 13,7 milhões de euros. AdVT_Relatório e Contas 2017_151

152 Data do acordo Valor do Acordo Valor em divida a 31/12/2017 nº de prestações Alandroal 12/07/ Alcobaça 16/12/ Alenquer* 30/11/ Alter do Chão 06/07/ Arruda dos Vinhos 24/09/ Avis 04/11/ Azambuja (Águas da Azambuja)* 19/06/ Belmonte 31/10/ Campo Maior 31/05/ Celorico da Beira 08/07/ Celorico da Beira 30/06/ Celorico da Beira 20/12/ Entroncamento 30/04/ Évora 31/08/ Figueira de Castelo Rodrigo 28/01/ Figueira de Castelo Rodrigo 08/09/ Figueiró dos Vinhos 01/07/ Monforte 26/06/ Mourão 30/12/ Penamacor 13/01/ Portalegre 31/07/ Reguengos de Monsaraz 27/12/ Sardoal 05/07/ Sobral Monte Agraço* 30/06/ * Os valores apresentados não incluem a quota-parte referente às Águas do Tejo Atlântico e que globalmente ascende a 2,2 milhões de euros Clientes municípios ações/injunções Alcobaça 0 0 Alcochete Almeida Azambuja (Águas da Azambuja) Barreiro Belmonte Caldas da Rainha (SM) Castelo Branco Celorico da Beira Évora Figueira de Castelo Rodrigo Fornos de Algodres Fronteira Fundão Gouveia Guarda (SM) AdVT_Relatório e Contas 2017_152

153 Lourinhã Nazaré Óbidos Oliveira do Hospital Pinhel Ponte de Sôr Reguengos de Monsaraz Rio Maior Sabugal Seixal Sintra (SMAS) Sousel Tomar Torres Vedras Estado e outros entes públicos Os valores dos ativos e passivos relacionados com o Estado e outros entes públicos são os abaixo apresentados: IVA a receber EOEP activos Retenções - IRS (9.437) (14.695) Retenções - Segurança Social (1.164) (6.903) TRH - Taxa de Recursos Hídricos ( ) ( ) EOEP passivos ( ) ( ) (51.631) ( ) Ao nível do Estado e outros entes públicos destacam-se nos valores a receber (ativos) os reembolsos de IVA, no montante global de 1,5 milhões de euros, e nos valores a pagar a Taxa de Recursos Hídricos a liquidar à Agência Portuguesa do Ambiente e que ascende a 1,5 milhões de euros. As rubricas relacionadas com pagamentos de contribuições e retenções de pessoal referem-se apenas os valores respeitantes aos órgãos sociais (Conselho Fiscal), atendendo que a AdVT não dispõe de nenhum trabalhador no seu quadro de pessoal, em virtude da gestão delegada se encontrar atribuída à EPAL. 12. Outros ativos correntes Adiantamentos a fornecedores de investimentos 0 0 Devedores por acréscimos de rendimentos Diferimento de encargos Outros devedores AdVT_Relatório e Contas 2017_153

154 A rubrica de Devedores por acréscimo de rendimentos, no montante de 17,2 milhões de euros inclui 12,6 milhões de euros de juros por atraso no pagamento de clientes. Os Outros devedores de 12,3 milhões de euros incluem os valores a receber relativos a subsídios. 13. Caixa e bancos As rubricas de disponibilidades do balanço são as seguintes: Caixa Depósitos à Ordem Depósitos a Prazo Verifica-se uma estabilidade no valor das disponibilidades, que no final de 2017 ascendiam a 4,2 milhões de euros. 14. Capital O capital social da AdVT, à data de 31 de dezembro de 2017, encontra-se distribuído da seguinte forma: Nº Ações subscritas por categoria Capital Subscrito % Total do Capital Realizado Capital Social Subscrito Categoria A Categoria B Total de Açoes Subscritas Capital Social Subscrito Águas de Portugal, SGPS, SA ,35% Aguiar da Beira ,13% Alandroal ,18% Alcobaça ,76% Alenquer ,57% Almeida ,15% Alter do Chão ,14% Alvaiázere ,33% Arronches ,12% Arruda dos Vinhos ,46% ,00% Comunidade Intermunicipal do Oeste Avis ,19% Azambuja ,72% Belmonte ,08% Bombarral ,42% Cadaval ,41% Caldas da Rainha ,52% Campo Maior ,30% Castanheira de Pêra ,14% Castelo Branco ,93% Castelo de Vide ,14% Crato ,16% EDIA ,30% Elvas ,84% Évora ,60% Ferreira do Zêzere ,37% Figueira de Castelo Rodrigo ,11% AdVT_Relatório e Contas 2017_154

155 Nº Ações subscritas por categoria Capital Subscrito Capital Realizado % Total do Categoria A Categoria B Total de Açoes Subscritas Capital Social Subscrito Capital Social Subscrito Figueiró dos Vinhos ,18% Fornos de Algodres ,14% Fronteira ,13% Fundão ,33% Gavião ,18% Gouveia ,39% Guarda ,51% Idanha-a-Nova ,49% Lourinhã ,08% Manteigas ,12% Marvão ,13% Mêda ,10% Monforte ,12% Mourão ,07% Nazaré ,23% Nisa ,31% Óbidos ,44% Oleiros ,14% Oliveira do Hospital ,55% Pampilhosa da Serra ,15% Pedrogão Grande ,29% Penamacor ,11% Peniche ,33% Pinhel ,20% Ponte de Sor ,59% Portalegre ,87% Proença-a-Nova ,39% Redondo ,18% Rio Maior ,72% Sabugal ,18% Seia ,75% Sertã ,36% Sobral de Monte Agraço ,32% Sousel ,19% Tomar ,67% Torres Vedras ,09% Vila Velha de Ródão ,15% AdVT - (ações próprias) ,38% ,00% O Capital reflete os efeitos da cisão e a alienação das ações próprias originárias do município de Borba ao acionista maioritário AdP SGPS. Aproveitando a faculdade que lhes foi concedida pelo Decreto-Lei n.º 94/2015, alguns dos acionistas optaram por exercer o direito de alienação à então Águas de Lisboa e Vale do Tejo da totalidade das suas participações sociais, correspondentes às ações de que ficam titulares no momento da constituição da sociedade. Esta alienação foi efetuada nos termos dos artigos 39.º e 40.º do referido Decreto-Lei. AdVT_Relatório e Contas 2017_155

156 No ano de 2015 concretizaram-se as aquisições das participações relativas aos municípios de Mafra (titular de ações de categoria A, no valor nominal de 1 euro cada ação, correspondente a uma participação de 0,81% do capital social) e Reguengos de Monsaraz (titular de ações de categoria A, no valor nominal de 1 Euro cada ação, correspondente a uma participação de 0,13% do capital social). Já no início de 2016 ocorreram as aquisições referentes ao município de Borba (titular de ações de categoria A, no valor nominal de 1 euro cada ação, correspondente a uma participação de 0,16% do capital social) e à Associação de Municípios da Cova da Beira (titular de ações de categoria A, no valor nominal de 1 euro cada ação, correspondente a uma participação de 0,06% do capital social). Na esfera da sociedade estas ações configuraram-se em ações próprias. Conforme disposto no artigo 41.º do Decreto-Lei n.º 94/2015, após a concretização da venda das participações sociais dos municípios à LVT, nos termos dos artigos 39.º e 40.º, esta deverá alienar a totalidade das participações sociais adquiridas, dispondo, para o efeito, do direito de alienação à AdP Águas de Portugal, SGPS, S. A., de cada uma das referidas participações no seu capital social, pelo respetivo preço de aquisição. Com o processo de cisão as ações próprias anteriormente pertencentes ao município de Mafra transitaram para a Águas do Tejo Atlântico, e em outubro de 2017 foram adquiridas pela AdP SGPS as ações próprias originárias do município de Borba. Deste modo, no final de 2017, as ações próprias totalizavam euros, correspondentes às participações originárias do município de Reguengos de Monsaraz (as quais à data do presente relatório também já foram adquiridas pela AdP SGPS, SA), e da Associação de Municípios da Cova da Beira Resultado por ação Resultado líquido Número médio de ações (1,00 EUR/ cada) ,08 0, Movimentos do período Aplic. Res. Alien. Ações Líquido Cisão Dividendos Próprias Res. Líquido Capital Social ( ) Ações próprias ( ) ( ) Reservas e outros ajustamentos ( ) Resultados transitados ( ) Resultado líquido do exercício ( ) ( ) Os movimentos do período refletem: A aplicação dos resultados de 2016 de acordo com a deliberação da Assembleia Geral de acionistas; A cisão operada nos termos do Decreto-Lei n.º 34/2017, de 24 de março; A alienação de ações próprias à AdP SGPS AdVT_Relatório e Contas 2017_156

157 15. Empréstimos A decomposição dos empréstimos da AdVT é a seguinte: Empréstimos Bancários BEI Empréstimos Bancários - banca comercial - - Empréstimos - Locação financeira Empréstimos - Empresa-mãe Comissões de montagem ( ) ( ) Não correntes Empréstimos Bancários BEI Empréstimos Bancários - banca comercial - - Descobertos Bancários Empréstimos - Empresa-mãe Empréstimos - Locação financeira Correntes Total de empréstimos Os empréstimos de médio e longo prazo ascendem a 395,1 milhões de euros no final de 2017, os quais representam 89% do total do endividamento. Em 2017 o acionista maioritário implementou uma nova política de tesouraria, que permite a gestão centralizada e especializada das participações sociais que constam do seu portefólio. Em conformidade, além das orientações estratégicas emanadas para os gestores que a representam e da prestação de serviços técnicos de administração e gestão, constitui-se como um elemento crucial na função financeira das participadas em relação de domínio (a totalidade das participações detidas). O universo das empresas do Grupo abrange num conjunto de participações no setor do ambiente em diferentes fases de maturidade, pelo que a AdP SGPS tomou a responsabilidade de coordenar e obter os financiamentos necessários para fazer face às respetivas necessidades destas sociedades, tendo sempre presente, como objetivo final, o da manutenção do equilíbrio da estrutura de financiamento numa perspetiva consolidada. A centralização de parte significativa de fundos na AdP SGPS tem permitido gerir de forma coesa e coerente as necessidades financeiras do Grupo, tendo-se evitado ruturas de tesouraria. Complementando este enquadramento de médio e longo prazo, a AdP SGPS centralizou também a negociação com o sistema bancário para obtenção dos financiamentos de curto prazo, reduzindo a capacidade dos bancos individualmente poderem penalizar alguma das participadas, quer em termos de custos quer em termos de crédito. O facto da AdP SGPS gerir centralizadamente a negociação de linhas e de, periodicamente, verificar a existência de alguns excedentes temporários tem permitido manter uma saúde financeira a níveis satisfatórios e com reduzidos impactos na atividade de exploração do Grupo. AdVT_Relatório e Contas 2017_157

158 15.1 Empréstimos por intervalos de maturidade Até 1 ano De 1 a 2 anos De 2 a 3 anos De 3 a 4 anos De 4 a 5 anos Superior a 5 anos Empréstimos por tipo de taxa de juro Taxa de Juro variável Até 1 ano De 1 a 2 anos De 2 a 3 anos Superior a 3 anos Taxa de Juro fixa Até 1 ano De 1 a 2 anos De 2 a 3 anos Superior a 3 anos Linhas de crédito contratadas e não utilizadas Expira num ano AdP SGPS BPI BCP CGD - Descoberto Autorizado NOVO BANCO BSANTANDER BBVA - Descoberto Autorizado BANKINTER Expira para lá de 1 ano AdP SGPS AdVT_Relatório e Contas 2017_158

159 15.4 Justo valor dos financiamentos As taxas de juro associadas aos financiamentos são similares às taxas de juro de mercado, pelo que o valor apresentado nas demonstrações financeiras, respeitantes às rúbricas de empréstimos, não difere de forma significativa daqueles que resultariam da aplicação do justo valor Locação Ativos Intangíveis (DUI) - Sede da empresa Futuros pagamentos mínimos Até 1 ano De 1 ano até 5 anos Mais de 5 anos Juros Até 1 ano De 1 ano até 5 anos Mais de 5 anos Valor presente dos pagamentos mínimos Até 1 ano De 1 ano até 5 anos Mais de 5 anos Fornecedores e outros passivos não correntes Fornecedores conta corrente Fornecedores de investimento Dívidas Infraestruturas arrendadas Outras contas a pagar Outros fornecedores -Cauções Os valores registados em fornecedores e outros passivos não correntes respeitam na sua maioria a montantes a liquidar aos municípios cujas infraestruturas foram integradas nos sistemas das empresas agregadas e posteriormente transferidos para a AdVT. Está ainda considerado o reconhecimento da divida à EPAL pela aquisição das infraestruturas, de acordo com o contrato celebrado em 19 de dezembro de 2003 com a Sociedade Águas do Oeste, no valor de euros (considerado em fornecedores de investimento). AdVT_Relatório e Contas 2017_159

160 17. Acréscimos de gastos de investimento contratual Os acréscimos de gastos para investimento contratual estão relacionados com as amortizações de investimentos futuros e apresentam os valores constantes do quadro abaixo: Acréscimos de custos de investimento contratual O movimento ocorrido no ano foi o seguinte: Acréscimos de custos de investimento contratual Saldo a 31 de dezembro de Cisão ( ) Regularizações (1.695) Aumento Transferências ( ) Saldo a 31 de dezembro de As amortizações do exercício são calculadas em função das quantidades faturadas no ano (m 3 ) face às previstas faturar até final da concessão. 18. Subsídios ao investimento Fundo de Coesão Direito exclusividade Oeste Integração de Património e outros subsídios O reconhecimento do subsídio é feito pela aplicação do critério definido ao abrigo dos contratos de concessão e das regras regulatórias, isto é, pela aplicação da taxa de depleção das suas atividades. A empresa adota a mesma metodologia das amortizações para o reconhecimento dos subsídios Movimentos do período Cisão Resultados Fundo de Coesão ( ) ( ) Direito exclusividade Oeste ( ) Integração de Património e outros subsídios ( ) ( ) ( ) ( ) AdVT_Relatório e Contas 2017_160

161 19. Fornecedores correntes A evolução das dívidas a fornecedores correntes apresenta-se da seguinte forma: Fornecedores de investimentos Fornecedores gerais Fornecedores empresas do Grupo Fornecedores faturas em receção e conferência A dívida a fornecedores correntes totalizava 12,7 milhões de euros no final de A rubrica de fornecedores com faturas em receção e conferência respeitam sobretudo à aquisição de água à EPAL. 20. Outros Passivos correntes Empresas do Grupo Outros acréscimos e diferimentos Outros credores A rubrica de outros passivos correntes ascendia a 20,3 milhões de euros no final de Imposto sobre o rendimento Estimativa de imposto a receber Pagamento por Conta Pagamento Especial por Conta Imposto Estimado ( ) ( ) Retenções de Terceiros Estimativa de imposto a (pagar)/ receber ( ) O imposto do exercício, a reconciliação entre a taxa normal e a taxa efetiva de imposto, os prejuízos fiscais e o diferimento fiscal dos efeitos da transição contabilística pelo período da concessão são apresentados nos pontos seguintes Imposto do exercício Imposto corrente Insuficiência de Estimativa de Impostos Excesso de Estimativa para impostos (13.918) Imposto diferido ( ) (28.981) AdVT_Relatório e Contas 2017_161

162 21.2 Reconciliação entre base contabilística e base fiscal Resultados antes de impostos Variações patrimoniais Diferenças permanentes ( ) Diferenças temporárias ( ) Lucro Tributável Prejuízos fiscais dedutíveis Dedução de prejuízos fiscais no exercício - ( ) Matéria coletável (Lucro Tributável) Detalhe do apuramento de Imposto do Exercício Resultados antes de impostos Taxas aplicáveis Taxa(s) de imposto superior euros 21,00% 21,00% (cf.n.º2, artigo 80º CIRC) Taxa(s) de Derrama Municipal 1,00% 1,00% Taxa(s) de Derrama Estadual 2,26% 4,29% Imposto sobre o rendimento Derrama Municipal Derrama Estadual Total Lucro Tributável Dedução de prejuízos fiscais no exercício - ( ) Matéria coletável (Lucro Tributável) Imposto sobre o rendimento Derrama Municipal Derrama Estadual Benefícios Fiscais - - Total Tributações autónomas Insuficiência de Estimativa de Impostos Excesso de Estimativa de Impostos - (13.918) Imposto total Taxa média 26,27% 25,56% 21.4 Prejuízos fiscais No exercício de 2017 a AdVT não utilizou prejuízos fiscais. AdVT_Relatório e Contas 2017_162

163 21.5 Diferimento fiscal dos efeitos da transição contabilística pelo prazo remanescente da concessão No decorrer de um Pedido de Informação Vinculativo (PIV) submetido pelo grupo AdP, foi entendimento das autoridades fiscais que os acréscimos de gastos do investimento contratual deixassem de ser fiscalmente aceites com a extinção do POC, e consequentemente da Diretriz Contabilística n.º 4, e, a sua substituição pelas normas internacionais de contabilidade (IFRS/IAS). Saliente-se que a prática contabilística se mantem inalterada, tendo em conta o enquadramento contabilístico e regulatório a que a Águas do Vale do Tejo está vinculada. As alterações que resultaram do facto anteriormente descrito foram contabilizadas retrospetivamente, conforme preconizado nas normas, tendo as empresas agregadas aplicado o regime transitório previsto no artigo 5º do Decreto-Lei n.º 159/2009, de 13 de julho. O regime transitório prevê que os efeitos nos capitais próprios decorrentes da adoção do novo normativo (IFRS), que sejam considerados fiscalmente relevantes nos termos do Código do IRC e respetiva legislação complementar, concorrem, em partes iguais, para a formação do lucro tributável do primeiro período de tributação (exercício de 2010) e dos quatro períodos de tributação seguintes. Era opinião que este entendimento colocava em causa o princípio de balanceamento dos rendimentos (tarifas) e dos gastos (incorridos e a incorrer), na medida em que, durante o prazo de vigência do contrato de concessão celebrado com o Estado Português, não se justifica que as Concessionárias tenham de pagar impostos nos próximos 5 exercícios respeitantes a períodos de tributação anteriores, dentro de um horizonte temporal que excede claramente os 5 exercícios. Neste contexto, a AdP - Águas de Portugal, SGPS, SA, procedeu à entrega de uma exposição em 5 de abril de 2011 junto da DGCI com conhecimento dos Ministérios das Finanças e do Ambiente, solicitando que as correções retroativas decorrentes dos ajustamentos de transição relacionados com o investimento contratual devam concorrer, em partes iguais, para a formação do lucro tributável ao longo do período remanescente da concessão, uma vez que é esse o período temporal fiscalmente relevante para efeitos contabilísticos e fiscais, tutelando assim as legitimas expectativas criadas sem por em causa a sustentabilidade económica e financeira dos Sistemas Multimunicipais, onde se enquadravam as empresas agregadas. Assim, este foi o procedimento adotado pelas empresas agregadas, nos seus registos contabilísticos dos exercícios de 2010 e 2011, bem como nos Modelo 22 (IRC) de 2010 e No dia 31 de dezembro de 2012 foi aprovada a Lei nº66-b/2012, onde no seu art.º 255, se introduziu um regime transitório nos contratos de concessão de sistemas Multimunicipais, aditando para o efeito ao Decreto-Lei nº159/2009, de 13 de julho o artigo 5º-A. De acordo com o disposto neste artigo 5º-A, para as entidades gestoras de sistemas multimunicipais de abastecimento de água, saneamento ou resíduos urbanos que beneficiaram da dedutibilidade fiscal das amortizações do investimento contratual não realizado até à entrada em vigor do Decreto-Lei nº159/2009, de 13 de julho, o prazo de regularização dos efeitos nos capitais próprios decorrentes na adoção pela primeira vez da NCRF, corresponde aos períodos de tributação remanescentes do contrato de concessão em vigor no final de cada exercício. De acordo ainda com o disposto no nº2 do artigo 5º-A esta alteração ao regime transitório prevista no artigo 5º do Decreto-Lei nº159/2009, de 13 de julho, tem natureza interpretativa, logo retroativa. Assim, a empresa manteve o procedimento dos ajustamentos de transição relacionados com o investimento contratual pelo prazo remanescente da concessão concorram, em partes iguais, para a formação do lucro tributável, com exceção dos ajustamentos relacionados com o investimento já realizado à data da transição, onde estes ajustamentos concorrem para o lucro tributável, tal como está definido no Decreto-Lei nº159/2009, ou seja 5 anos. AdVT_Relatório e Contas 2017_163

164 22. Vendas e prestação de serviços O Volume de Negócios ascendeu a 90,2 milhões de euros, dos quais 55,2 milhões de euros relativos a venda de água, 19,3 milhões de euros relativos a prestações de serviços. Incluem ainda 4,6 milhões de euros de Rédito de serviços construção ativos concessionados e 11,1 milhões de euros referentes ao Desvio de Recuperação de Gastos Vendas Venda de água Componente tarifária acrescida (CTA) Rédito de serviços construção ativos concessionados Os rendimentos de venda de água ascenderam a 55,2 milhões de euros, que resultam: da aplicação da tarifa aprovada para o ano de 2017 (0,5816 euros/m 3 ) aos volumes fornecidos aos utilizadores do sistema (79,9 milhões de m 3 ); dos 9,1 milhões de euros referentes à componente tarifária acrescida (0,0425 euros/m 3 faturado pela EPAL aos seus clientes do negócio em Alta); de 0,2 milhões de euros relativos às penalidades contratuais devido ao incumprimento da obrigação de ligação ao sistema e à violação do direito de a concessionária de exercer a atividade concessionada em regime de exclusivo, conforme previsto no contrato de concessão Prestação de serviços Prestação de serviços de saneamento Fundo Ambiental Componente tarifária acrescida (CTA) Desvio de recuperação de gastos Os rendimentos relativos a prestações de serviços ascenderam a 19,3 milhões de euros, que resultam: da aplicação da tarifa aprovada para o ano de 2017 (0,5215 euros/m 3 ) aos volumes fornecidos aos utilizadores do sistema (33,0 milhões de m 3 ); dos 1,2 milhões de euros referentes à componente tarifária acrescida (0,0077 euros/m 3 faturado pela Águas do Tejo Atlântico aos seus clientes); de 2,5 milhões de euros referentes à contribuição do Fundo Ambiental; AdVT_Relatório e Contas 2017_164

165 do crédito de 1,7 milhões de euros relativos à emissão de créditos a alguns municípios, resultantes de as antigas concessões os terem faturado indevidamente, após o término do primeiro terço das respetivas concessões. De facto, e nos termos do disposto no n.º 4 e 5 da base XXVII do anexo ao Decreto-lei n.º 195/2009, de 20 de agosto, apenas são devidos valores mínimos garantidos até ao termo do primeiro terço do prazo de concessão, sendo que após esse período, só são exigíveis por motivo imputável ao utilizador. Tendo a AdVT constatado que existiam alguns municípios nessas condições e, após aprovação do Concedente e Regulador, procedeu-se no início de 2017 às devidas correções, mediante a emissão de notas de crédito, que totalizaram 1,7 milhões de euros; de 0,1 milhões de euros relativos às penalidades contratuais devido ao incumprimento da obrigação de ligação ao sistema e à violação do direito de a concessionária de exercer a atividade concessionada em regime de exclusivo, conforme previsto no contrato de concessão Rédito de serviços de construção de ativos concessionados A AdVT aplicou o disposto na IFRIC 12 no que concerne ao rédito e gastos da construção. É reconhecido assim o rédito e os gastos relacionados com a construção e modernização das suas infraestruturas, não havendo contudo qualquer impacto em resultados. Para o ano de 2017 o valor apurado foi de 4,6 milhões de euros, correspondente aos aumentos do DUI Direito de Utilização de Infraestruturas Desvio de Recuperação de Gastos A AdVT evidencia nos seus documentos de prestação de contas os desvios de recuperação de gastos (DRG). Considera-se DRG, de acordo com o contrato de concessão: a) A diferença existente, à data da extinção das concessionárias dos sistemas extintos, entre os resultados líquidos da concessionária adveniente da exploração e gestão do sistema e o valor a que a concessionária tenha contratualmente direito a título de remuneração do capital investido; b) A diferença verificada, anualmente, até ao termo do primeiro subperíodo do terceiro período tarifário entre o resultado líquido obtido pela concessionária adveniente da exploração e gestão do sistema e o resultado líquido que resultaria da aplicação das regras de determinação das tarifas estipuladas nos termos do contrato de concessão. O DRG pode ter natureza deficitária, quando se verificar insuficiência de resultados líquidos ou natureza superavitária quando se verificar excesso de resultados líquidos. Nos termos do Contrato de Concessão, o DRG existente à data da extinção das sociedades concessionárias dos sistemas agregados e os gerados na vigência da concessão até ao termo do segundo período quinquenal devem ser recuperados até ao termo do quinto período quinquenal da concessão. À data de 31 de dezembro de 2017 a Águas do Vale do Tejo apresenta no ativo um DRG (de natureza deficitária) no montante 218,9 milhões de euros. Este valor inclui o desvio reconhecido em euros correspondentes ao desvio gerado no ano euros deduzido do ajuste ao desvio de 2016 ( euros) Balanço - Ativo Desvio de recuperação de gastos AdVT_Relatório e Contas 2017_165

166 Na demonstração dos resultados, o valor considerado é o seguinte: Demonstração dos Resultados Desvio de recuperação de gastos Tal como referido na nota 4.5 Desvio de Recuperação de Gastos, até à data de aprovação do presente documento embora tenha sido recebida a resposta da ERSAR relativamente à aprovação do Desvio de Recuperação de Gastos do ano de 2017, não se encontra ainda formalmente aprovado o DRG de Contudo, a expetativa da Empresa é que não haverá a necessidade efetuar qualquer ajustamento às contas do exercício (o ajuste indicado pela ERSAR foi de euros). Eventual acerto final do DRG que resulte do contraditório da Empresa refletir-se-á nas contas do exercício subsequente. 23. Gasto das vendas e dos Serviços de Construção de Ativos Concessionados A rubrica do custo das matérias consumidas teve a seguinte evolução no período: Matérias primas Matérias subsidiárias Total a Saldo Inicial Compras Cisão (789) ( ) ( ) Saldo final CMVMC Gastos de serviços construção ativos concessionados Total Mercadorias Matérias primas Matérias subsidiárias Materiais Diversos Total a Saldo Inicial , Compras Regularizações - ( ) ( ) Saldo final CMVMC Gastos de serviços construção ativos concessionados Total AdVT_Relatório e Contas 2017_166

167 24. Fornecimentos e serviços externos A rubrica de fornecimentos e serviços externos apresenta a seguinte decomposição: Eletricidade Trabalhos especializados Subcontratos Conservação e reparação Rendas e alugueres Seguros Combustíveis Água Comunicações Ferramentas de desgaste rápido Vigilância e segurança Limpeza Honorários Transporte de mercadorias Outros fornecimentos e serviços externos FSE's totais capitalizados ( ) ( ) Serviços de construção (IFRIC 12) Total FSE A rubrica de transporte de mercadorias apresenta um incremento em consequência da seca extrema a que o país esteve sujeito e que obrigou ao recurso a transporte de água em camiões cisterna para assegurar o abastecimento de água às populações. 25. Gastos com órgãos sociais Os gastos com órgãos sociais em 2017 incluem apenas os encargos com os órgãos de fiscalização da empresa (Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas), visto que os membros executivos do Conselho de Administração são remunerados integralmente pela EPAL Remunerações Encargos sociais sobre remunerações AdVT_Relatório e Contas 2017_167

168 26. Gastos com o Pessoal afetos à Concessão A gestão delegada da AdVT na EPAL conduziu à necessidade de implementar um modelo de relacionamento que permitisse a transparência das operações, de modo a assegurar que não haja qualquer subsidiarização cruzada, pois a gestão do sistema por parte da EPAL é feita sem aplicação de qualquer margem. Atendendo que a AdVT não dispõe de pessoal nos seus quadros, sendo que todo o serviço de gestão operacional e administrativa é prestado pela EPAL, foi criada uma rubrica na demonstração dos resultados denominada Gastos com Pessoal afetos à Concessão, a qual em 2017 a 9,1 milhões de euros Subcontratos Gestão delegada EPAL Gastos com pessoal capitalizados ( ) ( ) Serviços de construção IFRIC Quadro de pessoal Nos termos do n.º 9 do artigo 12º do Decreto-Lei n.º 94/2015, no âmbito da gestão delegada do sistema e enquanto a mesma se mantiver, a EPAL assumiu a posição contratual da sociedade nos contratos de trabalho e acordos de cedência de pessoal. Desta forma, e desde a sua criação (em junho de 2015), a agora Águas do Vale do Tejo não dispõe de qualquer colaborador nos seus quadros de pessoal. Número médio de colaboradores durante o período Trabalhadores efetivos e outros 0 0 Número médio de colaboradores a 31 de Dezembro Trabalhadores efetivos e outros Depreciações, amortizações e reversões do exercício A amortização dos Direito de Utilização de Infraestruturas é calculada em função da taxa de depleção e dos investimentos previstos Amortizações de ativos Tangíveis Amortizações de ativos Intangíveis Acréscimos de custos do investimento contratual AdVT_Relatório e Contas 2017_168

169 28. Outros gastos operacionais A rubrica de gastos operacionais tem a seguinte desagregação: Impostos e taxas Donativos Quotizações Perdas em inventários Outros gastos operacionais Os impostos e taxas representam a quase totalidade da rubrica em análise, e respeitam sobretudo às taxas de regulação e de controlo da qualidade da água devidas à ERSAR nos termos da legislação aplicável. 29. Outros rendimentos e ganhos operacionais Os outros rendimentos e ganhos operacionais são decompostos da seguinte forma: Rendimentos suplementares Subsídios à exploração Ganhos em inventários - - Rendimentos e ganhos em investimento Outros rendimentos e ganhos operacionais A rubrica de outros rendimentos e ganhos operacionais inclui os rendimentos relativos ao reconhecimento do rendimento associado à integração de património com base na taxa de depleção, no montante de 0,7 milhões de euros. 30. Gastos financeiros Os gastos financeiros totalizam em 2017 um montante de 12,9 milhões de euros, dos quais 10,8 milhões de euros relativos a juros suportados Juros suportados Comissões bancárias Outros serviços bancários financiamento Outras garantias financiamento Comissões do grupo Outros gastos financeiros Gastos financeiros capitalizados - ( ) Rendimentos dos serviços de construção Em 2017 não se procedeu à capitalização de gastos financeiros, atendendo que não existiram investimentos realizados no ano financiados por empréstimos ativos. AdVT_Relatório e Contas 2017_169

170 31. Rendimentos financeiros Os rendimentos financeiros ascenderam a 7,8 milhões de euros. Os juros de mora relativos a dívidas de clientes foram de 6,4 milhões de euros. Da rubrica de Juros Obtidos Outras Aplicações Financeiras constam os juros com as aplicações do Fundo de Reconstituição do Capital Juros Obtidos Depósitos Juros Obtidos Outras Aplicações Financeiras Juros de mora Outros juros (juros de clientes) Transações com entidades relacionadas As transações com os Municípios acionistas da AdVT resultam da atividade normal da empresa (serviços de abastecimento e saneamento). As transações com outras empresas do Grupo AdP resultam de serviços prestados por estas à Águas do Vale do Tejo, bem como aos suprimentos e apoios de tesouraria concedidos à empresa pela AdP SGPS Rendimentos Gastos Rendimentos Gastos AdP SGPS AdP Serviços AdP Energias Aquasis Epal Águas Públicas Alentejo Águas do Norte Águas do Centro Litoral Municípios Acionistas Municípios Não Acionistas AdVT_Relatório e Contas 2017_170

171 Ativos Passivos Ativos Passivos AdP SGPS AdP Serviços AdP Energias Aquasis EPAL Águas Públicas Alentejo Águas do Norte Águas do Centro Litoral Águas do Tejo Atlântico Simarsul Municípios Acionistas Municípios Não Acionistas Ano 2017 Empresas do Grupo Empresa mãe Municípios acionistas Órgãos Gestão Rendimentos Rédito Dividendos recebidos/atribuídos Gastos Gastos com pessoal Outros gastos Ativos Clientes Empréstimos Outros devedores Passivos Fornecedores/Clientes Outros credores Fluxos de caixa Dividendos pagos / a pagar Compromissos A Empresa possui os seguintes compromissos que não se encontram incluídos no Balanço apresentado: a) Contrato de Concessão Os investimentos reversíveis incluídos no Estudo de Viabilidade Económica e Financeira perfazem cerca de 1,2 mil milhões de euros, dos quais cerca de 0,9 mil milhões de euros já se encontram realizados. AdVT_Relatório e Contas 2017_171

172 b) Contratos de Empreitada e Serviços No que respeita às empreitadas de construção do Sistema explorado pela empresa, bem como outros serviços, foi celebrado todo um conjunto de contratos, constando do quadro seguinte os valores superiores a 100 mil euros: Designação Entidade "Preços do contrato" Valores já faturados por conta da adjudicação Responsabilidade não relevada no Balanço Empreitada de Remodelação da ETAR do Torrão João Tomé Saraiva - Sociedade de Construções, Lda Contrato de Empreitada de ligações técnicas de abastecimento de água e águas residuais da guarda - fase I Empreitada de construção das ETAR de Barbacena e S. Vicente 683-Empreitada de Beneficiação da ETAR de Oliveira do Hospital Aquisição de serviços de fiscalização, gestão da qualidade, coordenação, de segurança em obra, coordenação de gestão ambiental e acompanhamento arqueológico de empreitadas da área de obras das Beiras Empreitada de Construção do Sistema Intercetor de Águas Residuais I das Galveias Aquisição de Floculantes para as ETAR s da LVT, S.A. - LOTE IV Aquisição de serviços de fiscalização, gestão da qualidade, coordenação de segurança em obra, coordenação de gestão ambiental e acompanhamento arqueológico do grupo I de empreitadas da area de obras Alentejo Obra 200B ETAR de Entroncamento Concepção / Construção Empreitada de Execução do sistema Elevatório de Nespereira 2 e do Emissário da ZI de Gouveia Empreitada de Obras Públicas de Abastecimento de Água a Coruche (Aguiar da Beira) e à Vela (Guarda) Prestação de Serviços de controlo da qualidade da água - Postos de recloragem e correcção de PH - Lote I Contrato de Aquisição, Instalação, Inspeção, Certificação e Manutenção de Equipamentos para trabalhos em altura e profundidade - Lote E (LVT-Castelo Branco, Portalegre e Guarda) Aquisição de Serviços para Utilização de Trabalho Temporário "Direção de Operações de Abastecimento - Alentejo" Aquisição de serviços para utilização de trabalho temporário para Direção de Operações de Abastecimento de Água - Beira Baixa Consórcio Externo de Responsabilidade Solidaria A.S.F., LDA &A.T., Lda GR4PT, SA João Tomé Saraiva/Factorp Ripórtico-Engenharia Lda UBERHYDRAULIC, Lda Rivaz Quimica, SA Ripórtico-Engenharia, Lda ESPINA & DELFIN, SL João Tomé Saraiva - Sociedade de Construções, Lda João Tomé Saraiva - Sociedade de Construções, Lda ECOserviços, lda Tecniquitel Intelac Temporária - Empresa de Trabalho Temporário, Lda Multitrab - Trabalho Temporario, Lda Ativos e passivos contingentes 34.1 Garantias prestadas Beneficiário APL ARH CCDR Lisboa e Vale do Tejo EDP Infraestruturas de Portugal Tribunais Diversos proprietários AdVT_Relatório e Contas 2017_172

173 34.2 Processos judiciais A Águas do Vale do Tejo, S.A., com referência à data de 31 de dezembro de 2017, tem os principais seguintes litígios judiciais: Processo 1293/15.4BELSB ação intentada pelo Município de Manteigas pretendendo obter crédito pelo uso da Fonte Paulo Luís Martins, por parte da ex-adzc, quando a reputam de sua (privativa). Em anteriores processos contenciosos sobre esta ação a ex-adzc obteve ganho de causa em todos eles; Processo 228/12.0 BECTB - Ação interposta pelo município de Almeida onde é peticionada uma indemnização por incumprimento contratual no valor de euros. Decisão favorável à AdVT, pendente de recurso; Ação arbitral proposta pelo Município do Fundão, que vem reclamar o pagamento de indemnização no montante de euros. Paralelamente, a LVT reclama do Município do Fundão o pagamento de indemnização no valor de euros. Por acórdão de 29 de outubro de 2010, o Tribunal Arbitral reconheceu apenas parcialmente a pretensão do Município do Fundão, com um quantitativo a fixar em sede de execução de sentença e com um valor limite de euros. Por seu turno, relativamente à LVT, o pedido indemnizatório formulado foi julgado parcialmente procedente, com a atribuição de uma indemnização também a fixar em execução de sentença e com o limite máximo de euros. Ambas as partes recorreram da decisão do Tribunal Arbitral, encontrando-se o processo, neste momento, ainda a aguardar a decisão do Tribunal Central Administrativo Sul; Ação arbitral proposta pelos Municípios de Aguiar da Beira, Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Guarda, Manteigas, Meda, Penamacor, Pinhel e Sabugal contra a LVT. Nessa ação pretendem os municípios o (i) que seja declarada a existência de um acordo entre as partes obtido no sentido de alteração dos critérios de medição do abastecimento de água e do saneamento; o (ii) que, subsidiariamente, seja declarada a existência de uma lacuna nesses contratos que deve ser preenchida nos termos do acordo referido na alínea anterior; o (iii) que a LVT seja condenada a reparar os prejuízos decorrentes da invalidade daquele acordo, se tal invalidade vier a ser declarada pelo Tribunal Arbitral; o (iv) que o Tribunal Arbitral declare a invalidade do contrato de concessão, dos contratos de recolha de efluentes, de abastecimento de água e dos contratos de valorização de infraestruturas; e o (v) que sejam corrigidos os valores das faturas emitidas desde o início da concessão, à luz do acordo referido em (i). Aguarda-se a fase de saneamento do processo arbitral. Os processos interpostos contra os clientes (injunções) estão identificados na nota 10 Clientes. Tanto quanto é do conhecimento da Empresa, os valores registados na rúbrica de Provisões apresentada na Nota 37 são adequados aos riscos financeiros emergentes dos litígios judiciais enunciados e de outros conhecidos que envolvem a Empresa. 35. Informações exigidas por diplomas legais Artº.397º do Código das Sociedades Comerciais Relativamente aos seus administradores, a sociedade Águas do Vale do Tejo, S.A., não lhes concedeu quaisquer empréstimos ou créditos, não efetuou pagamentos por conta deles, não prestou garantias a obrigações por eles contraídas e não lhes facultou quaisquer adiantamentos a remunerações. Também não foram celebrados quaisquer contratos entre a sociedade e os seus administradores, diretamente ou por pessoa interposta. AdVT_Relatório e Contas 2017_173

174 Artº. 324º do Código das Sociedades Comerciais Aproveitando a faculdade que lhes era concedida pelo Decreto-Lei n.º 94/2015, alguns dos acionistas optaram por exercer o direito de alienação à sociedade da totalidade das suas participações sociais, correspondentes às ações de que ficaram titulares no momento da constituição da Empresa. Esta alienação é efetuada nos termos dos artigos 39.º e 40.º do referido Decreto-Lei. Conforme disposto no artigo 41.º do Decreto-Lei n.º 94/2015, após a concretização da venda das participações sociais dos municípios à LVT, nos termos dos artigos 39.º e 40.º, esta deve alienar a totalidade das participações sociais adquiridas, dispondo, para o efeito, do direito de alienação à AdP Águas de Portugal, SGPS, S. A., de cada uma das referidas participações no seu capital social, pelo respetivo preço de aquisição. Em 2017 a Empresa procedeu à alienação das ações originárias do município de Borba e no âmbito da cisão as ações do município de Mafra transitaram para a Águas do Tejo Atlântico. Assim, no final do exercício a AdVT detém ações próprias de categoria A, correspondente a uma participação total no capital social de 0,38%. Art.º 21 do Decreto-Lei nº.411/91 de 17 de setembro Declara-se que não existem dívidas em mora da Empresa ao Setor Público Estatal, nem à Segurança Social, e que os saldos contabilizados em 31 de dezembro de 2017 correspondem à retenção na fonte, descontos e contribuições, referentes a dezembro, e cujo pagamento se efetuará em janeiro do ano seguinte. 36. Rendimento garantido A remuneração adequada dos capitais próprios da Águas do Vale do Tejo corresponde à aplicação, ao capital social realizado, titulado por ações de categoria A e B da sociedade, e à reserva legal, desde as datas da sua realização e constituição, respetivamente, ainda que no âmbito das concessionárias extintas, de uma taxa de remuneração contratual correspondente à rentabilidade média diária das Obrigações do Tesouro Portuguesas a 10 anos ou outra equivalente que venha a substituir por acordo escrito entre o Concedente e a Concessionária, acrescida de três pontos percentuais. A sua liquidação deverá ocorrer, nos termos do Contrato de Concessão, sob a forma de dividendos, quando a tal houver lugar. Valor a remunerar até 31/03/2017 Valor a remunerar de 01/04 a 31/12/2017 Remuneração total de 2017 Capital social realizado OT + 3% Reserva legal OT + 3% Remuneração em dívida OT Remuneração acionista Valor da OT a 10 anos (média dos valores diários arredondados à 2.ª casa decimal) 3,06% Prémio de Risco 3,00% 6,06% No ano de 2017 o resultado líquido não correspondeu à remuneração garantida pois foi necessário deduzir o ajustamento efetuado pela ERSAR ao DRG 2016 (de 2,0 milhões de euros), cuja decisão apenas foi comunicada após o fecho de contas de Remuneração acionista 10 6 EUR 8,9 Ajuste DRG EUR -2,0 Resultado Líquido do Exercício 10 6 EUR 6,9 AdVT_Relatório e Contas 2017_174

175 O valor da remuneração em dívida em 31 de dezembro de 2017 é de euros e compreende a seguinte repartição por acionista: Acionista 2017 Acionista 2017 Águas de Portugal, SGPS, SA Guarda Aguiar da Beira Idanha -a -Nova Alandroal Lourinhã Alcobaça Manteigas Alenquer Marvão Almeida Mêda Alter do Chão Monforte Alvaiázere Mourão Arronches Nazaré Arruda dos Vinhos Nisa Com. Intermunicipal Oeste Óbidos Avis Oleiros Azambuja Oliveira do Hospital Belmonte Pampilhosa da Serra Bombarral Pedrogão Grande Cadaval Penamacor Caldas da Rainha Peniche Campo Maior Pinhel Castanheira de Pêra Ponte de Sor Castelo Branco Portalegre Castelo de Vide Proença -a -Nova Crato Redondo EDIA Rio Maior Elvas Sabugal Évora Seia Ferreira do Zêzere Sertã Figueira de Castelo Rodrigo Sobral de Monte Agraço Figueiró dos Vinhos Sousel Fornos de Algodres Tomar Fronteira Torres Vedras Fundão Vila Velha de Ródão Gavião AdVT - (ações próprias) Gouveia Provisões As provisões ascendem a 1,6 milhões de euros no final de Saldo inicial a Cisão Aumentos Reversões Utilizações Saldo final a Processos judiciais (16 218) (73 364) Outras provisões ( ) ( ) (73 364) AdVT_Relatório e Contas 2017_175

176 Em 2017 verificou-se um aumento de 0,6 milhões de euros, dos quais 0,3 milhões de euros relativos a riscos identificados no âmbito dos processos judiciais movidos contra a AdVT e cerca de 0,3 milhões de euros respeitante a um processo de entrada de novos acionistas na antiga ex- Águas do Centro, com a consequente alteração do contrato de concessão que, em virtude da agregação ocorrida em 2015, não teve ainda posteriores desenvolvimentos. 38. Informação sobre matérias ambientais Em 31 de dezembro de 2017 não se encontram reconhecidas nem divulgadas quaisquer contingências ambientais, por ser convicção da Administração da Empresa que não existem, a esta data, contingências provenientes de acontecimentos passados de que resultem encargos materialmente relevantes para a Empresa. A Administração confirma igualmente que não foram despendidos quaisquer montantes quer para prevenir, quer para reparar qualquer dano de caráter ambiental. 39. Eventos subsequentes A Administração da AdVT, não tem conhecimento, em 28 de fevereiro de 2018, data da aprovação destas contas, de qualquer evento subsequente com impacto significativo nas contas apresentadas. O Diretor Financeiro e Contabilista Certificado Marcos Levi Santinho de Faria Miguel O Conselho de Administração José Manuel Leitão Sardinha Luísa Maria Branco dos Santos Mota Delgado Barnabé Francisco Primo Pisco Rui Manuel Gonçalves Lourenço José Correia da Luz José Gabriel Paixão Calixto Jorge Manuel Alves de Faria AdVT_Relatório e Contas 2017_176

177 [página em branco] AdVT_Relatório e Contas 2017_177

178 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal AdVT_Relatório e Contas 2017_178

179 AdVT_Relatório e Contas 2017_179

180 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal AdVT_Relatório e Contas 2017_180

181 [página em branco] AdVT_Relatório e Contas 2017_181

182 Certificação Legal das Contas AdVT_Relatório e Contas 2017_182

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188 Relatório dos Auditores AdVT_Relatório e Contas 2017_188

189 AdVT_Relatório e Contas 2017_189

190 AdVT_Relatório e Contas 2017_190

191 AdVT_Relatório e Contas 2017_191

192 AdVT_Relatório e Contas 2017_192

2016 RELATÓRIO E CONTAS

2016 RELATÓRIO E CONTAS 2016 RELATÓRIO E CONTAS 2016 RELATÓRIO E CONTAS LVT - Águas de Lisboa e Vale do Tejo -ÍNDICE- A. A EMPRESA Mensagem do Presidente _11 Quem Somos _13 Missão, objetivos e políticas _13 A Empresa _13 Estrutura

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