Isaac de Oliveira Seabra
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- Luiza Neves da Fonseca
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1 A NOVA CONTABILIDADE PÚBLICA SOB A PERSPECTIVA DO TCE-PE E JURISDICIONADOS: O Controle do Patrimônio Público: conceitos e procedimentos à Luz das Normas de Contabilidade constantes no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público Isaac de Oliveira Seabra Recife, abril de 2012
2 Créditos Alguns slides foram baseados em transparëncias preparadas pelos seguintes professores: - Aldemir Nunes da Cunha - Antonio Firmino da Silva Neto - Bento Rodrigo Pereira Monteiro - Bruno Ramos Mangualde - Flávia Ferreira de Moura - Henrique Ferreira Souza - Janyluce Rezende Gama - Gisele Gomes
3 Patrimônio PúblicoP
4 NBC TSP 16.2 Patrimônio e Sistemas Contábeis - Patrimônio Público Conceito: Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações. Objeto: Patrimônio Público
5 Visão Patrimonial na Lei 4.320/1964 Lei 4320/64 Título IX Da Contabilidade Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 89. A contabilidade evidenciaráos fatos ligados àadministração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial. Art As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistências ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial. Art A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciaráas alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício.
6 Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público
7 Mensuração de Ativos e Passivos Disponibilidades e Aplicações Financeiras As disponibilidades são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial. As aplicações financeiras de liquidez imediata são mensuradas ou avaliadas pelo valor original, atualizadas até a data do Balanço Patrimonial. As atualizações apuradas são contabilizadas em contas de resultado.
8 Mensuração de Ativos e Passivos Créditos e Obrigações Os direitos, os títulos de créditos e as obrigações são mensurados ou avaliados pelo valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial. Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações prefixadas são ajustados a valor presente. Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações pós-fixadas são ajustados considerando-se todos os encargos incorridos até a data de encerramento do balanço. As atualizações e os ajustes apurados são contabilizados em contas de resultado.
9 Mensuração de Ativos e Passivos Estoques h6 O que são estoques? h5 O que entra no custo do estoque? Os estoques são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição/produção/construção ou b1 valor realizável líquido, dos dois o menor. O método para mensuração e avaliação das saídas dos estoques é o custo médio ponderado, conforme o inciso III, art. 106 da Lei 4.320/64
10 Slide 9 h5 h6 b1 Os custos de estoques devem abranger todos os custos de compra, conversão e outros custos incorridos referentes ao deslocamento, como impostos não recuperáveis, custos de transporte e outros, referente ao processo de produção. Os custos posteriores de armazenagem ou entrega ao cliente não devem ser absorvidos pelos estoques. Os gastos de distribuição, de administração geral e financeiros são considerados como variações patrimoniais diminutivas do período em que ocorrerem e não como custo dos estoques. hfsouza; 21/01/2010 Os estoques são ativos: - Na forma de materiais ou suprimentos a serem usados no processo de produção; - Na forma de materiais ou suprimentos a serem usados ou distribuídos na prestação de serviços; - Mantidos para a venda ou distribuição no curso normal das operações; - Usados no curso normal das operações. hfsouza; 21/01/2010 Ao contrário da área pública, a área privada não especifica qual é o método de mensuração e avaliação das saídas dos estoques. Contudo, as empresas estatais dependentes devem seguir dois normativos: 6404 e A primeira trava o método de avaliação de estoques de almoxarifado; a segunda não. Contudo, até por questões fiscais, é de se presumir que as EED usem também a média ponderada. Ex: EMBRAPA, CONAB, RADIOBRÁS, etc. brunorm; 08/03/2010
11 Mensuração de Ativos e Passivos Investimentos Permanentes As participações em empresas e em consórcios públicos ou público-privados em h7que a administração tenha influência significativa h8 devem ser mensuradas ou avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. As demais participações devem ser mensuradas ou avaliadas de acordo com o custo de aquisição. b2
12 Slide 10 h7 h8 Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento é inicialmente registrado a preço de custo e o valor contábil é aumentado ou reduzido conforme o Patrimônio Líquido da investida aumente ou diminua. hfsouza; 21/01/2010 Pelo método do custo, o investimento é registrado no ativo permanente a preço de custo. A entidade investidora somente reconhece o rendimento na medida em que receber as distribuições de lucros do item investido. As distribuições provenientes de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente são reconhecidas como receita patrimonial. hfsouza; 21/01/2010 b2 Macrofunção : Portaria STN 589/2001: II - empresa estatal dependente: empresa controlada pela União, pelo Estado, pelo Distrito Federal ou pelo Município, que tenha, no exercício anterior, recebido recursos financeiros de seu controlador, destinados ao pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, neste último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária, e tenha, no exercício corrente, autorização orçamentária para recebimento de recursos financeiros com idêntica finalidade; Parágrafo único. A partir do exercício de 2003, as empresas estatais dependentes, de que trata esta portaria e para efeitos da consolidação nacional das contas públicas, deverão ser incluídas nos orçamentos fiscal e da seguridade social observando toda a legislação pertinente aplicável às demais entidades. brunorm; 09/03/2010
13 Imobilizado Mensuração de Ativos e Passivos O ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou complementares, é reconhecido inicialmente com base no valor de aquisição, produção ou construção. Quando os elementos do ativo imobilizado tiverem vida útil econômica limitada, ficam sujeitos a depreciação, amortização ou exaustão sistemática durante esse período, sem prejuízo das exceções expressamente consignadas. ativos do imobilizado obtidos a título gratuito h9
14 Slide 11 h9 Quando se tratar de ativos do imobilizado obtidos a título gratuito, devem ser registrados pelo valor justo na data de sua aquisição, sendo que deverá ser considerado o valor resultante da avaliação obtida com base em procedimento técnico ou valor patrimonial definido nos termos da doação. Deve ser evidenciado em notas explicativas o critério de mensuração ou avaliação dos ativos do imobilizado obtidos a título gratuito, bem como a eventual impossibilidade de sua valoração, devidamente justificada. hfsouza; 21/01/2010
15 Procedimentos Patrimoniais Específicos I: Provisões, Reavaliação, Redução ao valor recuperável
16 Característica principal das provisões: Provisões Incertezas: sobre a oportunidade; sobre o valor dos desembolsos futuros requeridos para seu pagamento. Uma provisão deve ser reconhecida quando satisfeitas três condições: entidade tem uma obrigação legal ou não formalizada presente, que resulta de um evento passado, éprovável que para pagamento da obrigação seja necessário a saída de recursos que incorporem benefícios econômicos ou serviços potenciais; e pode ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação Ex: causas trabalhistas O fato gerador da obrigação jáocorreu e háuma estimativa do valor a ser desembolsado
17 Reavaliação Reavaliação:a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil.
18 Procedimentos Patrimoniais Específicos II: Depreciação, Amortização e Exaustão
19 Depreciação, Amortização e Exaustão h10 A depreciaçãoéa redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. Bens Físicos (corpóreos) Direitos incorpóreos A amortizaçãoéa redução do valor aplicado na aquisição de direitos de propriedade e quaisquer outros, inclusive ativos intangíveis, com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado. A exaustão é a redução do valor de investimentos necessários à exploração de recursos minerais, florestais e outros recursos naturais esgotáveis ou de exaurimentodeterminado, bem como do valor de ativos corpóreos utilizados no processo de exploração. Recursos naturais Para se entender a técnica da depreciação, énecessário definir alguns conceitos básicos: -Valor Residual éo valor pelo qual se espera vender um bem no fim de sua vida útil, com razoável segurança, deduzidos os gastos esperados para sua alienação. -Vida Útil éo período de tempo definido ou estimado tecnicamente, durante o qual se espera retorno de um bem.
20 Slide 16 h10 Alguns critérios devem ser observados ao registrar a depreciação: - A depreciação deve ser divulgada em Notas Explicativas para cada classe do Imobilizado nas Demonstrações Contábeis, esclarecendo o método utilizado, a vida útil e a taxa utilizada; - O valor residual e a vida útil de um bem devem ser revisados no final de cada exercício, quando as expectativas diferirem das estimativas anteriores; e - A depreciação deve ser reconhecida até que o valor contábil do ativo seja igual ao valor residual. Vale ressaltar que não se depreciam bens em estoque, que ainda não entraram em uso, porém, a depreciação não cessa quando o ativo torna-se obsoleto ou for retirado temporariamente de operação. hfsouza; 25/01/2010
21 Depreciação, Amortização e Exaustão Qual taxa utilizar pra a depreciação? O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. Cada ente da federação deve desenvolver a sua tabela. Disponível em:
22 Procedimentos Patrimoniais Específicos III: Tombamento, Termo de responsabilidade, movimentações e baixa.
23 Gestão Patrimonial Processos patrimoniais
24 Gestão Patrimonial Bens de consumo: Formas gerais de ingresso: compra; doação; dação em pagamento; adjudicação, permuta; produção; usucapião; desapropriação; disposição testamentária; procriação; apreensão; cessão; locação, etc. Bens Documentos permanentes hábeis: - móveis: Nota Fiscal; nota de empenho; ordem de serviço; fatura; termo de procriação; termo de doação/cessão/permuta; contrato, etc.
25 Gestão Patrimonial Tombamento: Identificação patrimonial, através de plaquetas, para bens de caráter permanente. Lei nº 4.320/64: Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.
26 Gestão Patrimonial Termo de responsabilidade: Documento oficial contendo o agente responsável, descrição e valor do bem, entre outras informações.
27 Gestão Patrimonial Movimentação: Conjunto de procedimentos relativos à troca de responsável, mudança de local, solicitação de recolhimento, transferência, distribuição, remanejamento, saída provisória ou empréstimos a que estão sujeitos no período decorrido entre sua incorporação e desincorporação.
28 Gestão Patrimonial Baixa: Tipos de baixa: alienação; Operação em que o bem patrimonial obsoleto, caso fortuito ou força inutilizado, extraviado, de utilização maior; ou erro recuperação de cadastro; antieconômica, destruído, em desuso outras formas. alienado é excluído do estoque ou do cadastro patrimonial.
29 Controle do Patrimônio: Inventário Patrimonial.
30 Controle do Patrimônio O inventário de bens é o instrumento de controle que tem por finalidade confirmar a existência física, o valor, a localização e a propriedade dos bens, de forma a possibilitar, dentre outros aspectos: atualização do valor dos bens listagem atualizada dos bens vinculados a cada unidade gestora as condições físicas e funcionais dos bens identificação dos agentes responsáveis pelo bem atualização dos registros patrimoniais e contábeis identificação de irregularidades
31 Controle do Patrimônio Plano de ação 1. Composição de comissão de inventário; a. Publicação em instrumento oficial (ex.:portaria); 2. Reunião da comissão para definição de atividades e cronograma; 3. Elaborar e emitir ato administrativo proibindo a movimentação dos bens nos locais inventariados; 4. Levantamento dos bens; 5. Comparação com inventário anterior, caso exista; 6. Valoração dos bens; 7. Atualização/emissão dos termos de responsabilidade; 8. Regularização dos bens (ex.: termos de cessão desatualizados); 9. Elaboração de relatório com as principais informações para subsidiar a Unidade de Patrimônio e Unidade Contábil; 10. Atualização do sistema patrimonial.
32 Controle do Patrimônio Informações importantes: Observe, na escolha dos membros da comissão, o princípio da segregação de funções; Alguns bens devem ser avaliados por pessoal da área. Ex.: equipamentos de informática; Nos casos de inventário inicial (ou que foi feito há bastante tempo): deve-se promover o desfazimento dos bens inservíveis; No caso de ausência de sistema informatizado, fazer uso de planilhas para o controle; Normatizar os procedimentos (inventário, desfazimento, termos de responsabilidade...).
33 Experiência do TCE no controle patrimonial
34 NORMAS INTERNAS PORTARIA Nº. 145/2010 instituindo a sistemática de controle patrimonial de bens móveis e imóveis pertencentes ao patrimônio desta Corte e aprovando o Manual de Patrimônio. Pontos de atenção: O inventário anual de bens permanentes será realizado por uma Comissão de Inventário designada pela Coordenadoria de Administração Geral CAD através de portaria publicada no Diário Oficial do Estado, composta de, no mínimo, seis membros do Tribunal. A alienação de bens, sujeita à existência de interesse público e à autorização da Presidência do TCE-PE, dependerá de avaliação prévia pela Comissão de Avaliação de Bens, e de licitação na modalidade de leilão ou de outra prevista para a Administração Pública. A Comissão de Avaliação de Bens será composta por 03 (três) membros, designada pela Coordenadoria de Administração Geral CAD; A avaliação prévia será feita considerando-se o preço de mercado ou, na impossibilidade de obtê-lo, pelo valor histórico corrigido ou valor atribuído por avaliador competente.
35 V ENCONTRO DE ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA FACULDADE SALESIANA NOVAS NORMAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO Data:19/05/2012 Horário: 09 às 12:00h Inscrição: gratuita Contatos: Kecia Galvão Coordenadora do curso de Ciências Contábeis Fone: (81) keciagalvao@gmail.com
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,
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