DELIBERAÇÃO. identificação do título (n.º e data do alvará). Importa corrigir.

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1 1 P.º n.º R.P. 83/2011 SJC-CT Loteamento parcial. Tradução registal. Caducidade do acto de aprovação da operação de loteamento. Tradução registal. Novo acto de aprovação da operação cujo acto de aprovação prévio se declarou caducado. Tradução registal. Revogação da declaração de caducidade do acto de aprovação. Tradução registal. DELIBERAÇÃO I- Os antecedentes do pedido sub judice. 1. O prédio descrito na ficha... da freguesia de... (doravante, prédio/descrição/ficha...), concelho de..., inscrito na matriz rústica sob o artigo..., foi objecto da operação de loteamento titulada pelo Alvará n.º, de de Dezembro de 1994, emitido nos termos das disposições pertinentes do DL n.º 448/91, de 29-11, e do qual consta que o prédio a lotear tem uma área de ,65 m 2 (diferente da que figurava na descrição, onde a medida se fixava em m 2 ), ocupando o loteamento a superfície de ,315 m 2 (21.271,432 m 2 destinados a 36 lotes e ,883 m 2 a integrar no domínio público do município). O registo do loteamento, promovido a coberto da ap.... de / /, 1 concretizouse na feitura, directamente 2 sobre a descrição, da inscrição de emissão de alvará, e, em sua dependência, na desanexação oficiosa das descrições correspondentes aos lotes (descrições... a ). O averbamento de desanexação foi apenas disso mesmo: nele não se incluiu qualquer elemento de actualização da parte sobejante, é dizer, da parte não loteada. 3 1 De referir que do extracto da inscrição, tal como reproduzido em ficha informática, não consta a identificação do título (n.º e data do alvará). Importa corrigir. 2 Ou seja, sem autonomização da parte abrangida e da(s) parte(s) não abrangida(s) pela operação de loteamento. A descrição... ficou (continuou), assim, a ser a representação última da totalidade do território que desde o início lhe pertencia. 3 No que toca à área, apesar do silêncio que a esse respeito no averbamento de desanexação dos lotes se guardou, lógico seria concluir, a partir do conteúdo da inscrição de emissão do alvará, que se encontraria reduzida a ,685 m 2 (por subtracção dos ,315 m 2 do loteamento aos m 2 mencionados na descrição, sendo certo que se fosse de tomar por base a diferente medida de ,65 m 2 que consta do alvará, a parte sobejante mediria ,233 m 2 ). Contrariando no entanto tal inferência, em 14/09/2001, sob a ap., veio o proprietário inscrito (e loteador) pedir que se rectificasse a descrição no sentido de que a área do prédio se encontrava reduzida a ,932 m 2, em virtude de da área total ( m 2 ) terem sido desanexados ,068 m 2 para fins da emissão do Alvará de Loteamento n.º.... O pedido foi satisfeito

2 2 2. Em.../ /, à descrição, bem como às descrições de todos os lotes, foi efectuada anotação para dizer que O Alvará n.º caducou conforme deliberação camarária de 05/01/05 e comunicada por ofício de 05/02/ No dia / / o presidente da C. M. de... solicitou em requisições sucessivas, a coberto das aps.... e, 1) o cancelamento parcial da referida inscrição de emissão de alvará quanto aos lotes... (descrição..., (descrição... e (descrição ), e 2) o registo, sobre a descrição, da emissão do alvará de loteamento n.º No que toca ao pedido de cancelamento, ele veio instruído com duas certidões, reportando-se, uma, emitida em 26/07/2007, a deliberação da câmara municipal de 19/9/2007, e outra, emitida em 04/10/2007, a deliberação do mesmo órgão tomada em 03/10/2007, rectificativa da anterior, que, conjugadamente, comprovam ter a câmara deliberado, na sequência da caducidade do Alvará de Loteamento n.º..., requerer nos termos do disposto no n.º 3 do art. 79.º do DL n.º 555/99, de 16-12, 4 o cancelamento parcial do registo daquele alvará quanto aos lotes..., e..., mantendo-se as descrições dos lotes restantes A conservatória deu ao pedido a seguinte expressão tabular: -- Na ficha : 1) efectuado averbamento de cancelamento parcial da inscrição de loteamento relativa ao alvará n.º., quanto aos lotes, e ; 2) averbada à descrição a reanexação da área de tais lotes (perfazendo 2054,599 m 2 ), que assim se viu ampliada para ,531 m 2 ; -- Nas fichas... (lote...), (lote... e (lote ): anotada a respectiva inutilização por ter sido integrado no prédio, em virtude do cancelamento [do] lote No que respeita ao pedido de registo do alvará n.º..., ele veio instruído com cópia desse mesmo documento, emitido em 26/09/2007 nos termos do art. 74.º do DL n.º 555/99. De acordo com o que nele se lê, o alvará titula o licenciamento de operação de loteamento sobre o prédio..., e as suas condições praticamente repetem as do Alvará mediante a feitura de averbamento que laconicamente se limitou a afixar a referida área de ,932 m 2. Pela ap. do dia / /, da descrição... (da sua parte não afecta ao loteamento, presume-se) foi depois desanexada parcela de terreno destinada a arredondamento de estremas de prédio confinante. Embora neste último averbamento nada se tenha especificado além do próprio facto da desanexação, vai nele naturalmente implicada uma diminuição do prédio... em medida igual à da parcela destacada (630 m 2 ), pelo que, tabularmente, a sua área passou a ser de ,932 m 2 que, aliás, é a área que na matriz (artigo rústico ) ao prédio ainda hoje se dá (5, ha, para sermos absolutamente rigorosos). 4 Diploma que aprovou o regime jurídico da urbanização e da edificação (RJUE).

3 3 n.º, maxime no que toca à definição dos lotes e área de cedência. Ressaltam duas diferenças: ao prédio loteado é atribuída a área de m 2, igual à que primitivamente figurava na descrição (e já não ,65 m 2, segundo o alvará anterior); e para a execução das obras de urbanização é fixado o prazo de 6 meses (era de 3 anos no alvará anterior). No verso da folha onde se imprimiu o Alvará, já depois das assinaturas do presidente da câmara e do chefe de secção que o encerram, foi em 09/11/2007 aposto aditamento, assinado pelo chefe de secção, do seguinte teor: Nos termos do despacho do Sr. Presidente de 2007/11/09, destina-se este aditamento a repor a situação inicial prevista no Alvará de loteamento n.º..., emitido em 19 de Dezembro de 1994, anulando o cancelamento dos lotes n.ºs, e A conservatória deu ao pedido o seguinte tratamento: -- Na ficha : 1) efectuada inscrição de emissão de alvará de loteamento, em cujo extracto se mencionou ter sido autorizada a constituição de 3 lotes, com os n.ºs,... e, com as áreas ( ), reportando-se em tudo o resto ao Alvará de loteamento n.º... de 19 de Dezembro, nomeadamente quanto às áreas de implantação, construção e de cedência ao domínio público ( ). ; 2) efectuado averbamento de (re)desanexação dos lotes, e, que ficaram descritos nas fichas, e... (restabelecendo-se na descrição a área sobrante de ,932 m 2 ); -- Nas fichas dos lotes preexistentes: efectuada anotação à descrição informando ter sido dada sem efeito a declaração de caducidade anotada em 10/03/2005. A inscrição de loteamento foi reproduzida nas novas fichas..., e ; nas dos restantes lotes (exceptuados do pedido de cancelamento), não se lhe fez referência alguma. 4. Em 16/09/2008, à descrição, bem como às descrições,... e, foi efectuada anotação para dizer que O Alvará n.º... caducou conforme deliberações camarárias de 16/04/08 e 04/06/2008, comunicadas por ofício em 09/09/ Também nesse mesmo dia 16/09/2008, a coberto da ap...., veio o município de... requisitar o cancelamento parcial do alvará n.º... quanto aos lotes, e O pedido foi instruído com três certidões camarárias, que entre si comprovam ter a câmara deliberado 1) declarar a caducidade do Alvará n.º... (em reunião de 16/04/2008?), 2) proceder à respectiva cassação (em reunião de 04/06/2008?), e 3) requerer na conservatória o cancelamento parcial do registo que com base nesse alvará se efectuara relativamente aos lotes..., e... (em reunião de 16/07/2008). 5 5 O teor destas certidões não se distingue propriamente pela clareza. Em especial no que toca às duas que se reportam às deliberações de caducidade e de cassação (que se crê serem as mesmas referenciadas na

4 A conservatória tratou o pedido de cancelamento da seguinte maneira: -- Na ficha... 1) efectuado averbamento de cancelamento da inscrição de loteamento relativa ao alvará n.º..., quanto aos lotes, e...; 2) averbada à descrição a reanexação da área de tais lotes, passando em consequência a mencionar-se nela, uma vez mais, a área de ,531 m 2 ); -- Nas fichas... (lote...),... (lote...) e... (lote...): anotada a respectiva inutilização por ter sido integrado no prédio, em virtude do cancelamento [do] lote. II O pedido de registo sub judice. 1. No dia 02/02/2011, através da ap., a recorrente pediu o registo de actualização da inscrição da operação de loteamento referente ao alvará n.º... (cfr. ap.... de 20/11/2007), apresentando para o efeito certidão de deliberação da câmara municipal de 11/08/2010 com o seguinte teor: ( ) Foi presente informação do Gabinete Jurídico, datado de 23/07/2010, no qual se propõe que seja revogada a deliberação do executivo municipal em reunião de 03/10/2007, em que se procedia ao cancelamento parcial do alvará de loteamento n.º..., por caducidade e requerer ao registo predial a reposição dos lotes cancelados em vigor. ( ) Face ao exposto, a Câmara deliberou, por unanimidade, revogar a deliberação do executivo municipal em reunião de 03/10/2007, repondo a situação fundiária existente antes do cancelamento, por lapso [,] dos referidos lotes, mantendo em vigor o loteamento..., como está espelhado na ap.... de 20/11/2007, requerendo para tal, na Conservatória do Registo Predial, o acto que se mostre necessário a esse fim. 2. Mas a sra. conservadora, entendendo que o registo, nos termos requeridos, não estava em condições de ser efectuado, decidiu instaurar processo de suprimento de deficiências, concretizando as suas objecções em despacho, devidamente notificado, do seguinte teor: No dia 02 de Janeiro 6 de 2011, foi apresentado ( ) o pedido de registo de actualização da inscrição da Ap...., pela Ap.... Acontece que aquele pedido não está titulado na Certidão apresentada, emitida pelo Município de...; anotação às descrições do dia 16/9), fica-se com a ideia de que há entre elas, digamos, algum cruzamento de texto (cfr. a inconsistência entre as epígrafes constantes das actas transcritas, de um lado, e o conteúdo das deliberações propriamente ditas, do outro à epígrafe cassação liga-se a deliberação de caducidade; à epígrafe caducidade liga-se a deliberação de cassação). Ademais, quanto à justificação legal da declaração de caducidade, é a factualidade que a desencadeou enquadrada no art. 71.º, n.º 2, al. a), do RJUE mas o n.º 2 do art. 71.º não tem quaisquer alíneas. Ao que cremos, seria o art. 72.º, n.º 3, al. a), que se teria em vista invocar. 6 Trata-se evidentemente de lapso de escrita; era Fevereiro que se queria dizer.

5 5 A inscrição referida não pode ser objecto de actualização porque se encontra cancelada, assim como os seus lotes se encontram inutilizados, pelo que, deverá o interessado proceder a tal suprimento, no prazo de cinco dias, sob pena de o registo ser recusado. 3. O despacho de deficiências é do dia 04/02/2011. No dia 15/02/2011, como delas não houvesse sanação, 7 a sra. conservadora proferiu decisão de recusa louvando-se justamente, e sem mais no insucesso do suprimento (no que vai implicada uma directa remissão para o conteúdo daquele transcrito despacho). 8 Contra a qual oportunamente se interpôs o presente recurso, cuja petição aqui se dá por integralmente reproduzida. Foi proferido despacho de sustentação, cujo teor igualmente damos por reproduzido. ***** Expostas as posições em confronto e não se suscitando questões prévias ou prejudiciais que a isso obstem, cumpre conhecer do mérito. Fazemo-lo adoptando a seguinte DELIBERAÇÃO 1.ª A operação de transformação fundiária resultante de loteamento cuja área de intervenção não abranja a totalidade do prédio ( loteamento parcial ), introduz um corte definitivo no estatuto e destino jurídicos entre a parte do solo que dessa operação é objecto, de um lado, e a parte que por ela não é abrangida, do outro, pelo que, à imagem da realidade substantiva, demanda o registo de tal operação que se tenha que proceder à autonomização dessas partes separadas, representando-as em descrições distintas. 9 7 A sra. notária apresentante reagiu à notificação do despacho de suprimento de deficiências interpondo contra ele recurso hierárquico. Trata-se de um desenvolvimento cuja apreciação não faz parte do objecto do presente recurso hierárquico, que se interpôs, este, nos termos dos arts. 140.º e ss. do CRP. 8 A anotação de notificação da recusa indica como data da sua efectivação o dia 15/02/2011, que, além de ser a do próprio despacho de recusa, é também a do registo postal do ofício por meio do qual se comunicou. Repete-se o que repetidamente, processo após processo, se vem lembrando: que ao ponto se aplica o disposto no art. 254.º/3 do CPC (cfr. o ponto II do Despacho n.º 71/2008). Em conformidade, a notificação deve ter-se por realizada no dia 18/02/ Demorámo-nos no relato dos antecedentes jurídico-tabulares do prédio... porquanto se nos afigurou haver interesse em dar conta de práticas, com os entendimentos que parece deixarem entrever, sobre cuja bondade talvez valha a pena reflectir um pouco, reconhecendo embora que, ao fazê-lo, nos estamos a desviar

6 6 do estrito campo do objecto do recurso. A primeira questão que queremos abordar é a da operação de loteamento que somente abranja parte de prédio, ou, dizendo pela negativa, que não consuma toda a área do prédio o chamado loteamento parcial. Sobre a licitude dum loteamento deste tipo, no domínio da legislação anterior, chegou alguma doutrina a exprimir as suas reservas, que, hoje, depois da redefinição do conceito legal de operação de loteamento introduzida no RJUE (cfr. art. 2.º/-i) pela Lei n.º 60/2007, de 4-9, parecem abandonadas (cfr. FERNANDA PAULA OLIVEIRA et al., Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, 2.ª ed., 2009, p. 55; F. ALVES CORREIA, Manual de Direito do Urbanismo, III, 2010, p. 92). Com esta dimensão substantiva do problema, relevando ela do controlo dos requisitos de legalidade urbanístico-administrativa do loteamento, nunca porém teve o conservador que se preocupar com o que este se tem que preocupar, sendo-lhe presente alvará respeitante a loteamento parcial, é sim com o modo adequado técnica e juridicamente de tabularmente traduzir esse seu carácter não esgotante. Que, para nós, claramente não é o que foi seguido no registo do loteamento titulado pelo Alvará n.º..., e que, como tivemos oportunidade de assinalar, consistiu em manter a descrição... como sede unitária tanto da área integrada no loteamento como da área dele excluída, a correntemente designada área sobrante. Na verdade, a eficácia do acto de aprovação dum tal loteamento provoca a ruptura jurídica do prédio inicial em partes distintas quanto à zona não loteada, ela passará a constituir uma unidade predial a se, enquanto singular objecto de relações jurídicas (mas não necessariamente uma unidade apenas; tudo depende do concreto recorte da intervenção urbanística); quanto à zona loteada, nela, com sentido de conjunto, dando expressão a um coerente e integrado projecto de ocupação urbanística do solo, nascerão lotes, arruamentos, espaços verdes, etc., tudo submetido a uma complexa e densa teia normativa e regulamentar onde confluem e se cruzam os planos jurídico-civil e jurídico-administrativo. Ora, devendo cada descrição corresponder à representação formal de seu distinto prédio (CRP, art. 79.º/2), isso não parece que ocorra (que se assegure) quando tais partes, sujeitas a estatutos jurídicos tão marcadamente divergentes, continuem tabularmente unidas sob uma mesma descrição. A preservação, nos indicados moldes, da unidade descritiva, além de juridicamente pouco conforme, constitui outrossim fonte de permanente perturbação na clareza (e qualidade) da informação jurídica divulgada, visto que, relativamente a cada acto de registo que sucessivamente se peticione, se imporá sempre deslindar sobre qual daquelas partes os seus efeitos se projectam, tarefa tanto mais dificultada quanto menos cuidado houver, na própria redacção dos registos, na delimitação do seu âmbito de incidência (sirva de exemplo o averbamento de desanexação do prédio descrito na ficha...). O correcto modo de fazer é outro: aquele que já no P. 48/87 RP3 (in Pareceres do Conselho Técnico, I, 1991, p. 189 e ss. ) se defendia. Se o prédio não é objecto de loteamento na sua totalidade, escreveu-se então, há que desanexar a parte respectiva, mediante a abertura de uma nova descrição, fazendo nesta o registo de autorização do loteamento. Sobre este prédio assim autonomizado, incide essa inscrição e a partir dele se procede à desanexação dos lotes. Cremos que ainda não será tarde para que na descrição... se desfaça a dita indevida unidade, que logo deveria ter cessado no contexto da feitura do registo de loteamento titulado pelo alvará n.º..., através da desanexação da área loteada. Nesta adiantada fase, tendo em conta a longevidade do quadro tabular relativo à parte loteada, e a maior complexidade do seu privativo regime, quer-nos parecer, numa perspectiva eminentemente pragmática, que a propugnada separação descritiva se apresentará como mais natural se se fizer pelo lado da parte não loteada, ou seja, desanexando da descrição... a dita parte sobrante, que corresponderá, tudo o indica, ao terreno com ,932 m 2 inscrito na matriz sob o artigo rústico... Uma tal desanexação, caso se faça, deverá naturalmente ser acompanhada da actualização da descrição... no sentido de dizer que fica a representar a parte do primitivo prédio que foi objecto da operação de loteamento licenciada pelos alvarás n.º... e n.º, a qual abrangeu a área total de ,315 m 2, ,432 m 2 dos quais se

7 7 2.ª O efeito da divisão fundiária produzido com a eficácia do acto de aprovação da operação de loteamento não é eliminado pela superveniente declaração de caducidade desse acto permissivo; consequentemente, não decorre do cancelamento do registo da operação de loteamento a que tal declaração dê lugar nem a oficiosa inutilização das descrições dos lotes em relação aos quais a declaração da caducidade surtiu efeito, nem qualquer conexo averbamento de reanexação da área global ocupada por tais lotes à descrição-mãe do loteamento. 10 destinaram a lotes, cujas descrições se desanexaram pelo averbamento efectuado sob a ap.... de 04/05/1995, e ,883 m 2 foram cedidos ao domínio público municipal, destinados a infra-estruturas e espaços verdes. A desanexação poderá fazer-se a pedido do titular inscrito (o loteador), mas não nos repugna que possa ter lugar no âmbito de processo de rectificação oficiosamente promovido pela conservatória. Não nos parece na verdade forçado entender que o actual estado de coisas, tal como o descrevemos, configura uma situação de registo indevidamente lavrado (cfr. CRP, art. 121.º/1) o registo do loteamento decerto não foi lavrado como devia, e o resultado é a anómala situação presente, que se traduz no facto de uma só descrição se oferecer como repositório comum da publicidade atinente a segmentos de território que desde há muito um do outro substantivamente se separaram. Sendo que, neste âmbito e a esta luz isto é, considerando-se a situação tabular como irregular, em resultado de registo de loteamento indevidamente efectuado continua a parecer-nos adequado o remédio que consiste em desanexar a chamada parte sobrante, deixando pois basicamente intocado o complexo descritivo/inscritivo do loteamento. 10 Ainda recentemente, no parecer emitido no P. CP 83/2010 SJC-CT, voltou o tema da declaração de caducidade do acto de aprovação da operação de loteamento (no direito actual, a licença ou a admissão da comunicação prévia cfr. art. 74.º RJUE) a merecer desenvolvido tratamento, quer na vertente da densificação do seu regime, quer ao nível do acolhimento dos seus efeitos pelo registo (cfr. arts. 71.º e 79.º RJUE). Para aí fundamentalmente remetemos, sendo que, por ora, tendo em conta as narradas especificidades da situação dos autos, se impõe particularmente reiterar o entendimento que a essa declaração nega a consequência da destruição do efeito da divisão fundiária originada no loteamento, que o Conselho de modo estável de há longa data vem perfilhando (cfr. os pcs. CP 1/97 DSJ-CT, BRN n.º 11/97, II caderno, p. 35 e ss, RP 18/98 DSJ-CT, BRN n.º 7/98, II caderno, p. 43, CP 40/99 DSJ-CT, BRN n.º 11/99, II caderno, p. 2, e RP 69/2001 DSJ-CT, BRN n.º 10/2001, II caderno, p. 32). Como tem sido salientado, os efeitos da caducidade do alvará de loteamento circunscrevem-se ao âmbito próprio do direito administrativo, aí suspendendo o jus aedificandi nele previsto relativamente aos lotes que não chegaram a ser objecto de licenciamento de construção, mas tais lotes continuam, apesar disso, a constituir, quer física quer juridicamente, prédios autónomos sobre os quais podem ser celebrados quaisquer actos jurídicos permitidos por lei, com excepção daqueles cuja validade esteja condicionada, como formalidade ad substantiam, à subsistência de um alvará em vigor ( ) (conclusões II e I da Deliberação tomada no p. CP 40/99 DSJ-CT, no domínio do DL n.º 448/91, de 29/11). Mas então, se os lotes atingidos pela declaração de caducidade, perdendo embora o estatuto de lote (terreno destinado à edificação urbana), não perdem o estatuto de individualizado prédio, segue-se que, expressando-se registalmente a caducidade no cancelamento, total ou parcial, do registo do licenciamento da operação loteamento, deste cancelamento naturalmente não decorre a concomitante e oficiosa inutilização das descrições dos lotes afectados, nem a concomitante e oficiosa devolução das respectivas áreas à descrição raiz do prédio loteado. Não decorre, mas a verdade é que, na situação dos autos, decorreu: cancelados parcialmente os registos do alvará n.º... e do alvará n.º..., a conservatória nas duas ocasiões procedeu à inutilização das descrições dos lotes...,... e... (descrições..., e /, e...) e à simultânea reanexação das

8 8 3.ª O novo alvará de loteamento que, na sequência da caducidade de alvará anterior, a câmara municipal venha a emitir, seja ao abrigo do art. 72.º, seja ao abrigo do art. 84.º/4, seja ao abrigo do art. 85.º/9, todos do RJUE, respeita à mesma e global operação de transformação fundiária que fundiariamente se consolidou com a eficácia do primeiro acto de licenciamento, e não apenas aos lotes que, atingidos pela caducidade (por não se encontrarem nas condições previstas no art. 71.º/7 RJUE), com o novo acto de licenciamento recuperaram o estatuto de verdadeiros lotes (terrenos para edificação urbana); em conformidade, deve o registo baseado no novo alvará repercutir-se nas fichas de todos os lotes (art. 85.º/2 CRP), e não somente nas dos lotes restaurados. 11 correspondentes áreas à descrição... Este procedimento, legítimo é pensar, suporá da parte da qualificadora um entendimento oposto ao do Conselho no que toca aos efeitos da caducidade sobre a divisão fundiária criada pelo loteamento que afinal se verá retroactivamente desfeita, total ou parcialmente, perdendo os terrenos divididos não só a destinação donde lhes advém a condição de lote, mas, muito mais do que isso, perdendo mesmo a fundante condição de prédio. Mas também podemos admitir que o procedimento adoptado, em vez de significar uma fundamental diferença de opinião sobre os efeitos da caducidade, que afinal não existirá, releve simplesmente duma inadequada apreensão dos efeitos do registo do cancelamento, que dele reflexamente faz derivar (como corolário lógico, que não tanto jurídico) os praticados actos de inutilização (anotação) e reanexação (averbamento). Se for esta a mais prosaica explicação para a eliminação tabular dos lotes..., e, então o que temos, parece-nos, é uma situação de registos indevidamente lavrados, que se nos afigura oficiosamente rectificável nos termos do art. 125.º/1-a), do CRP. A tradução tabular da declaração de caducidade, quanto aos lotes por ela atingidos, esgota-se na feitura de averbamento de cancelamento, mencionando a causa, à inscrição do loteamento; tudo o mais (o mais que se fez) é indevido. Claro que, no presente estádio, já não fará sentido rectificar a inutilização das descrições..., e... e o averbamento de reanexação consequente (ap.... de 20/11/2007); a rectificação, se for caso de ser promovida, deverá centrarse na sanação da actuação equivalente seguida quanto às descrições..., e... (ap.... de 16/09/2008), o que culminará 1) no cancelamento da anotação da sua inutilização, 2) na consequente repristinação e revivescência das mesmas fichas..., e..., ) na efectuação, nelas, do averbamento de cancelamento da inscrição do loteamento licenciado pelo alvará n.º..., e...) no averbamento à descrição... (supondo que permaneça sendo a descrição do loteamento cfr., supra, conclusão 1.ª e respectiva nota) dando sem efeito a reanexação conexa. 11 Não é inteiramente claro o contexto procedimental em que se procedeu à emissão do alvará n.º..., embora tudo aponte (eloquentemente, cremos, a estipulação do prazo de 6 meses para a conclusão das obras de urbanização) para que tenha ocorrido nos termos do art. 72.º RJUE, a requerimento do loteador. Mas, seja a requerimento do titular da licença (ou admissão de comunicação prévia) caducada, seja oficiosamente, nos casos legalmente previstos (e indicados na conclusão), que o novo título é emitido, é à mesma global operação de transformação fundiária permitida pelo acto caducado que esse título respeita, e não como que a uma suboperação incrustada na primeira, de âmbito restrito aos lotes restaurados. O que aliás é bem evidenciado pelo conteúdo do alvará n.º...: as obras de urbanização para cuja conclusão se fixa um novo prazo respeitam e interessam à situação de todos os lotes. Tendo isto em conta, parece que não fará muito sentido deixar de levar às fichas dos lotes que ficaram eximidos dos efeitos da declaração de caducidade, só por causa dessa isenção, a referência à inscrição (se é que não esta mesma inscrição, repetindo a do prédio loteado) efectuada com base no título da ulterior permissão.

9 9 4.ª A declaração de caducidade do acto permissivo de loteamento proferida pela câmara municipal, consubstanciando ela própria a prática de acto administrativo, é susceptível de ulterior acto secundário de revogação que provoque a cessação dos seus efeitos, o que, a acontecer, registalmente se traduzirá na feitura de averbamento de cancelamento (com menção da causa: a revogação) do averbamento de cancelamento (fundado na declaração de caducidade) da inscrição de transformação fundiária ª Título para o cancelamento referido na conclusão anterior será a declaração de revogação proferida pelo órgão competente, contanto que dela inequivocamente resulte identificado o acto permissivo que tem por objecto; não está nessas circunstâncias a declaração de revogação que, em vez de se referir à deliberação de 12 De acordo com FERNANDA PAULA OLIVEIRA et al., op. cit., a declaração de caducidade da licença ou da admissão de comunicação prévia da operação de loteamento tem natureza constitutiva e não meramente declarativa, tendo em consideração a margem de discricionariedade de que dispõe a Administração na apreciação da caducidade ( ) (p. 465), salientando-se que está em causa uma caducidade-sanção ou por incumprimento que supõe, além da verificação de um pressuposto objectivo, traduzido no decurso de um prazo, a conduta do destinatário do acto ou titular do direito. (p ). A caducidade é declarada pela câmara municipal (art. 71.º/5 RJUE); quanto à cassação do título da permissão caducada e à promoção dos actos de registo consequentes (anotação da cassação e cancelamento do registo da operação de loteamento), essa é uma competência própria do presidente da câmara, que este, mais do que poder, deve efectivamente exercer, sem dependência nem necessidade de qualquer específica e adicional deliberação camarária adrede tomada (art. 79.º RJUE). No que se refere ao cancelamento do registo, em particular, o presidente deve requerê-lo nos termos normais, com base directamente na deliberação de declaração de caducidade e não com base numa sucessiva deliberação que, pressupondo aquela primeira, decida os termos do pedido de registo do cancelamento (cfr., exemplificativamente, a deliberação de 19/09/2007, rectificada pela deliberação de 03/10/2007). Sucede porém que o acto de declaração de caducidade, como acto administrativo de pleno direito que é, pode ele próprio vir a ser objecto de actos administrativos secundários, que o visem a ele directamente, dentre os quais avulta a revogação. A categoria dos actos revogatórios vem regulada nos arts. 138.º a 146.º do CPA, e a doutrina distingue a revogação propriamente dita, consistente na extinção de todos ou parte dos efeitos de um acto administrativo, provocada por um novo acto administrativo que se pratica ( ) com fundamento em inoportunidade ou inconveniência do primeiro, da revogação anulatória (ou anulação administrativa), à qual se refere o art. 141.º CPA, cuja função é a de destruir ( ) os efeitos de uma anterior decisão administrativa inválida (rectius, anulável) (MÁRIO ESTEVES DE OLIVEIRA et al.,código do Procedimento Administrativo, 2.ª ed., 2006, p. 667). Incidindo sobre a declaração de caducidade da permissão do loteamento, e seja qual for a espécie de revogação de que se trate, crê-se que a sua tradução tabular adequada, extinguindo os efeitos da declaração da caducidade, traduzida esta no cancelamento do registo do loteamento, consistirá na feitura de averbamento de cancelamento deste cancelamento (CRP, art. 13.º), aqui também com menção da causa. Não se disputará, cremos, a sujeição a registo da revogação da declaração de caducidade que deu origem ao cancelamento da inscrição de loteamento, que decorrerá da própria registabilidade, via cancelamento, da declaração de caducidade.

10 10 declaração de caducidade, se reporta expressamente a deliberação que, pressupondo aquela caducidade declarada, decidiu sobre o pedido de cancelamento do registo do loteamento É chegado o momento de nos debruçarmos sobre o concreto pedido de registo cuja qualificação se debate. Começaremos por notar que a tarefa da fixação do sentido e alcance do pedido de registo, arrancando embora da consideração dos dizeres expressamente usados na sua formulação, não deve porém resumir-se e aprisionar-se a esse plano de estrita literalidade. A análise do teor dos documentos apresentados representa um passo igualmente indeclinável desse complexo exercício, e por aí não raras vezes se concluirá com inteira segurança que o que se pretende é afinal coisa algo diferente do que textualmente se pediu. E, quando assim seja, é sobre o real pedido descoberto, que não sobre o imediato e aparente pedido, que o conservador deve formar o seu juízo de viabilidade: o pedido expresso é convolado (corrigido) para o pedido que se queria pedir. Importa porém sublinhar e reconhecer o carácter particularmente melindroso da decisão de convolação dum qualquer pedido de registo, e afirmar muito claramente a sua natureza excepcional: quem pede um registo deve saber encontrar para ele os termos certos, ajustados ao conteúdo dos documentos que apresente. Quando não, não deverá depois surpreender-se com uma decisão de recusa fundada na manifesta não titulação do acto literalmente requerido. Tudo isto, claro, vem a propósito de, tendo-se requisitado a actualização da inscrição da operação de loteamento efectuada com base no alvará n.º..., se haver para o efeito apresentado certidão com o conteúdo transcrito (cfr. supra, p. 5, ponto 1.). Ora, como é lógico, uma inscrição cancelada é uma inscrição cujos efeitos se extinguiram, pelo não há nada nela susceptível de actualização. O que se visou, manifestamente, não foi não pode ter sido isso. O que se quis, revela-o para nós com toda a clareza o texto do documento junto, foi obter a prática do acto de registo que desse sem efeito o cancelamento da inscrição de loteamento efectuada sob a ap.... de 20/11/2007 por modo justamente a repor a situação fundiária existente antes do cancelamento, por lapso, dos referidos lotes, mantendo em vigor o loteamento.... O que se pretendeu o pedido que se descobre debaixo do pedido de actualização foi pois obter o cancelamento do cancelamento da referida inscrição. Cremos que os dados são nesse sentido inequívocos, e que é nesses termos que o pedido devia e deve pois ser correctivamente apreciado. Mas estará titulado o cancelamento do cancelamento? Na nota anterior acentuámos que o título do cancelamento da inscrição de loteamento é a deliberação da câmara municipal que declara a caducidade do acto permissivo do loteamento e não uma qualquer eventual, e legalmente desnecessária, deliberação desse órgão a determinar a promoção do pedido de cancelamento da inscrição do loteamento. Isto significa que, em ordem a obter o resultado tabular pretendido, não é a (supérflua) deliberação de cancelamento que tem que se revogar mas sim a deliberação de declaração de caducidade in casu, a declaração de caducidade respeitante ao licenciamento do alvará n.º..., porquanto é desse que se trata na ap. de 20/11/2007. Mas isto que devia resultar não é de todo o que transparece da certidão camarária apresentada. O que esta comprova é a revogação da deliberação de 03/10/2007, em que se procedia ao cancelamento parcial do alvará de loteamento n.º.... Portanto: não se revogou uma deliberação de declaração de caducidade mas antes uma deliberação pretensamente habilitante do pedido de cancelamento decorrente da caducidade declarada; e também não se revogou o que quer que fosse relacionado com o alvará n.º mas, antes, com o antecedente alvará n.º... (note-se que em 3/10/2007 o alvará n.º... não tinha sequer sido emitido), o que parece denotar alguma incerteza (alguma confusão?) da câmara acerca do estado de licenciamento, digamos assim, da operação de loteamento em causa. E tanto basta para concluirmos que, tomado como pedido de

11 11 Termos em que se propõe o não provimento do recurso. Deliberação aprovada em sessão do Conselho Técnico de 21 de Setembro de António Manuel Fernandes Lopes, relator. Maria Madalena Rodrigues Teixeira, com declaração de voto em anexo. Esta deliberação foi homologada pelo Exmo. Senhor Presidente em cancelamento do cancelamento efectuado sob a ap.... de 16/09/2008, como nos parece devido, o facto a extinção dos efeitos da declaração de caducidade expressa no averbamento de cancelamento agora cancelando não está titulado. O que impõe a recusa (CRP, art. 69.º/1-b). Mais se dirá ainda, acerca do acto de revogação. Como a declaração de caducidade cujos efeitos vise fazer cessar, também a revogação é um acto administrativo, sujeito aos requisitos gerais de legalidade, embora com especificidades. Em nossa opinião, ao conservador não compete sindicar a legalidade da fundamentação invocada na decisão revogatória tem é que haver uma decisão fundamentada, que claramente a reconduza aos quadros da revogação de acto válido, por inconveniência, ou ao da revogação de acto anulável, e com efeitos claramente definidos (cfr. CPA, art. 145.º). Com o que o conservador já tem que se preocupar, parece-nos, é com verificar a competência da autoridade que decidiu a revogação (CPA, art. 142.º).

12 12 Pº R.P. 83/2011 SJC-CT Declaração de voto Acompanho a proposta de improcedência do recurso, aderindo, em geral, à apreciação de mérito propugnada na deliberação, excepto quanto às conclusões 4.ª e 5.ª e respectivas notas, na parte em que se admite a interpretação do pedido como cancelamento do cancelamento e se propõe que a cessação de efeitos do acto administrativo ingresse sob a forma de averbamento de cancelamento do averbamento de cancelamento. *** 1. Em face do disposto no artigo 13.º do CRP, «os registos são cancelados com base na extinção dos direitos, ónus ou encargos neles definidos, em execução de decisão administrativa, nos casos previstos na lei, ou de decisão judicial transitada em julgado» De onde se conclui que: - Dentro do processo de registo a que se refere o Título III do Código do Registo Predial, o averbamento de cancelamento é a figura tabular adequada a traduzir os factos jurídicos que importem a extinção de direitos, ónus ou encargos registados (artigo 2.º/1/x) do CRP), a executar uma decisão judicial que determine o cancelamento do registo como consequência da impugnação procedente do facto registado ou a cumprir a decisão final proferida em acção que tenha por fim, principal ou acessório, a declaração de nulidade ou a anulação de um registo ou do seu cancelamento (artigos 3.º/1/b) e c), e 101.º/4 do CRP); 1.2. E que: - Fora do processo de registo, o averbamento de cancelamento apenas poderá significar a cessação dos efeitos de um registo indevidamente lavrado, nos termos dos artigos 16.º/b) e d) do CRP e por via do disposto no artigo 121.º do mesmo Código.

13 Pelo que só no processo de rectificação de registo, previsto nos artigos 120.º e seguintes do Código do Registo Predial, ou em sede de execução de decisão judicial (declaração de nulidade ou anulação de um registo ou do seu cancelamento), se concebe um averbamento de cancelamento do averbamento de cancelamento; rectius, a eliminação do averbamento de cancelamento indevidamente lavrado Diante dos preceitos legais indicados, do que dispõe o artigo 2.º do CRP, dos princípios que enformam o sistema de registo, designadamente o da prioridade, e da protecção conferida pelo registo, não se vê, com efeito, que a extinção do facto jurídico extintivo do direito, ónus, ou encargo sujeito a registo constitua objecto a se de inscrição ou de averbamento, ou que o registo suprimido através do averbamento de cancelamento possa revigorar sem ser através da declaração judicial do vício de que padeça ou no âmbito do processo de rectificação de registo Antes se afigura que a repristinação ou o renascimento do direito, ónus ou encargo cujo registo se encontre cancelado implica uma nova inscrição do facto jurídico constitutivo reposto e, portanto, a consideração dos direitos dos terceiros que entretanto obtiveram registo a seu favor e daqueles que ao tempo do cancelamento eram já titulares inscritos e passaram a contar com aquela extinção, sendo que mesmo quando a eficácia do registo está para além do efeito consolidativo é essa a solução para que aponta a lei substantiva (artigo 732.º do CC); 1.6. Porém, quando, do ponto de vista legal, tudo se passar como se o acto extintivo não tivesse tido lugar (eficácia retroactiva) e houver reposição do acto constitutivo do direito, ónus ou encargo sujeito a registo, pode a insuficiência do título ser ponderada como causa de invalidade do próprio registo (averbamento de cancelamento), atacandose o averbamento efectuado (no âmbito da acção judicial pressuposta no artigo 17.º/1 do CRP) ou, se for o caso, prevenindo-se a declaração da sua nulidade (por via intrasistemática e através do processo de rectificação previsto e regulado nos artigos 120.º e seguintes do CRP), sem prejuízo do disposto nos artigos 291.º do CC e 17.º/2 e 122.º do CRP. 2. Em suma, entendo que a ineficácia da causa extintiva do direito, ónus ou encargo cujo registo foi cancelado não pode constituir o objecto do pedido de registo a que alude o artigo 41.º do CRP; que neste âmbito, que é o do processo de registo sujeito, entre outros, aos princípios da prioridade, da legalidade e do trato sucessivo, aquela ineficácia implicará a feitura de uma nova inscrição, tendo por objecto o facto jurídico que determinou a constituição, o reconhecimento, a aquisição ou a modificação daquele

14 14 direito, ónus ou encargo e cujos efeitos foram repostos (associando-se, naturalmente, a prova documental atinente às vicissitudes verificadas); e que a revivescência do direito, ónus ou encargo só será de molde a repor a inscrição cancelada quando a ineficácia do facto jurídico extintivo constitua causa de invalidade do registo (do cancelamento) efectuado, mas aqui através da acção judicial a que alude o artigo 17.º/1 do CRP ou mediante o processo de rectificação de registo previsto nos artigos 120.º e seguintes do CRP. 3. No caso em apreço, uma natureza constitutiva da declaração de caducidade, com a margem de discricionariedade que lhe está associada, permitirá equacionar a revogabilidade do acto com fundamento na sua inadequação ao interesse público, a par da revogabilidade para reposição da legalidade violada pelo acto revogado, contudo, fora da previsão contida no artigo 121.º/2 do CRP, ao acto de licenciamento da operação de loteamento que, por repristinação expressa, venha a reviver caberá, apenas, uma nova inscrição e, por conseguinte, uma nova prioridade. A vogal, Maria Madalena Rodrigues Teixeira

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