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1 Um modelo unificado da bioética para o mundo lusófono: é possível? M. Patrão Neves Universidade dos Açores

2 Os Encontros Luso-Brasileiros de Bioética I. 2001, Cérebro e Ética Brasil Brasil: : a reflexão e a prática bioéticas estavam ainda numa primeira fase de crescimento, se bem que fosse jáj então evidente que, sobretudo os pensadores brasileiros, rejeitavam um directamente importado modelo principialista norte- americano e procuravam vias próprias prias de desenvolvimento da bioética no pais. Portugal: : a bioética encontrava-se numa fase evolutiva jáj bastante amadurecida, se bem que registando ainda um escasso número n de pessoas com uma formação pós-graduada p especializada. O investimento na formulação e estruturação de modelos europeus alternativos háh muito havia sido encetado.

3 Os Encontros Luso-Brasileiros de Bioética III. 2004, Bioética ou Bioéticas ticas Brasil: a bio : a bioética brasileira havia jáj organizado o seu Congresso Mundial, em 2002, e assim atestado a sua maioridade na capacidade de criar um espaço o próprio prio pelas temáticas ticas emergentes abordadas e pelas perspectivas estruturadas pelo sentido de justiça a social. Portugal: a bio : a bioética portuguesa também m começara a verificar que, não obstante as múltiplas m afinidades histórico rico-culturais culturais entre os dois países irmãos, o diálogo internacional a aproximava sobretudo dos demais países europeus, desde logo pelo seu acompanhamento das orientações ético-jurídicas que iam sendo produzidas e adoptadas a nível n europeu.

4 Os Encontros Luso-Brasileiros de Bioética VI. 2010, A A Bioética no Encontro de Povos e Tempos Um modelo unificado da bioética para o mundo lusófono: é possível? - factores de impossibilidade - condições de possibilidade

5 Acerca dos factores de impossibilidade A Bioética é filha do tempo : situada espácio cio-temporalmente (primeiro na sua origem; depois também m no curso do seu desenvolvimento) permanentemente dinâmica (primeiro animada pelos progressos biotecnológicos; depois também m pela capacidade de intervenção social) diversificação crescente adequando-se às s novas realidades e revelando-se eficaz adquirindo uma identidade própria pria e emancipando-se

6 Acerca dos factores de impossibilidade - progresso científico fico-tecnológico, principais linhas de investigação e domínios de aplicação privilegiados Temas problemáticos - desenvolvimento sócio-económico,, modelos de distribuição dos bens públicos p e concepção de justiça a social Perspectivas de abordagem - estrutura político tico-jurídica,, organização social e suas instituições Contextos de Normalização

7 Acerca dos factores de impossibilidade Temas Portugal impacto social dos desenvolvimentos científico fico- tecnológicos implicações éticas dos desenvolvimentos científico fico- tecnológicos Brasil Perspectivas Normas fundamentação da reflexão, coerência das práticas harmonização entre as normas ético-jurídicas portuguesas e europeias transformação da realidade em prol da justiça a social desequilíbrio entre as práticas preconizadas (políticas) e consentidas (jurídicas)

8 Acerca dos factores de impossibilidade Um modelo unificado da bioética para o mundo lusófono: é possível? O que hoje nos une a língua l e uma história passada não é suficiente para moldar o perfil de uma bioética situada e dinâmica, nem tão pouco para uniformizar diferentes expressões (ou perfis) de bioética, e tudo o que nos separa é mais forte e com maior impacto do que o que nos une. Além m disso, a expansão da Bioética determinou não sós a sua diversificação no espaço o global, e do mesmo modo também m entre Portugal e o Brasil, mas igualmente a um outro nível, n no espaço o interno de cada país, decorrente da sua crescente maturidade. Hoje não podemos dizer que exista apenas uma bioética em Portugal e muito menos no Brasil, o que inevitavelmente será verdade também m para os diferentes países lusófonos africanos em que a bioética de desenvolva, tal como o é já para o continente africano.

9 Acerca das condições de possibilidade Um modelo unificado da bioética para o mundo lusófono: é possível? A evolução da bioética caracteriza-se, nos seus três diferentes níveis geográficos (mundial, entre os nossos dois países ou internacional e no seio de cada um ou nacional), pelo seu crescente estilhaçamento. amento. E, todavia, paradoxalmente mesmo, é este tremendo estilhaçamento amento da bioética e proliferação das bioéticas que vem tornar premente o sentido da unificação, não apenas no mundo lusófono, mas no mundo global.

10 Acerca das condições de possibilidade A unificação exige: a identificação de um núcleo n duro de realidades partilhadas pelas bioéticas ticas, sem o qual caímos num relativismo em que, todas as expressões da bioética valendo o mesmo nenhuma vale nada, para alem do seu domínio próprio. prio. o qual tem de ser trans-geogr geográfico e universal, não podendo ser apenas procurado no seio das diversidades geográficas, mas antes construído pelas muitas "visões do mundo" que co-existem. Em síntese, s porque jáj não interessa hoje perguntar se existe ou não uma bioética global,, apenas importa reflectir sobre o tipo de bioética global que queremos. Teremos então de prosseguir, jáj não numa visão retrospectiva, em que se procuram aspectos comuns ao longo do desenvolvimento da bioética em Portugal e no Brasil mas sim, numa visão prospectiva, em que seja possível construir uma unidade até então não existente.

11 Acerca das condições de possibilidade Um laboratório rio Luso-Brasileiro para ensaiar metodologias de diálogo e de construção de consensos em prol de uma bioética global Um possível ensaio sobre: Questões éticas no princípio pio da vida humana (aborto e procriação medicamente assistida) Discrepância Turismo bioético científico fico-tecnológico sócio-económico político tico-jurídico

12 Acerca dos factores de impossibilidade Aborto Lei , IVG - risco de vida para a mulher - grave doença a incurável do nascituro ou malformação congénita nita (até às s 24 semanas) Portugal - opção da mulher (até às s 10 semanas) - violação (até às s 16 semanas) Brasil Código Penal de estupro - risco de vida para a mulher Procriação Medicamente assistida Lei , 2006, PMA - Sujeita ao princípio pio da subsidiariedade (excepto risco de transmissão de doença) - Casados, de sexo diferente, ou união de facto com mais de 2 anos - mínimo de 18 anos não existe lei específica (apenas resoluções e normativa para uso de embriões excedentes de RHA para pesquisa e o cadastro de embriões excedentes) - clonagem reprodutiva e terapêutica - produção de embriões humanos para pesquisa - comercialização de material biológico, quer seja células c germinativas ou aluguer de útero

13 Um modelo unificado da bioética para o mundo lusófono: é possível? Seria possível, entre nós n s (portugueses e brasileiros), em relação a estes dois temas globalmente controversos (aborto e procriação medicamente assistida), ensaiarmos uma metodologia de diálogo, visando a obtenção de consensos, e construirmos um núcleo duro, trans-geogr geográfico e tendencialmente universal, como contributo para uma verdadeira bioética global?

14 Um modelo unificado da bioética para o mundo lusófono: é possível? A vós v s responder!

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