UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Samira Künzle Tristão Vaz OS EFEITOS DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Samira Künzle Tristão Vaz OS EFEITOS DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE CURITIBA 2011

2 OS EFEITOS DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE CURITIBA 2011

3 Samira Künzle Tristão Vaz OS EFEITOS DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador: Prof. Dra. Julieta Rodrigues Sabóia Cordeiro. CURITIBA 2011

4 TERMO DE APROVAÇÃO Samira Künzle Tristão Vaz OS EFEITOS DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Bacharel em Direito, do Curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, de de Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná Profº Dr. Eduardo de Oliveira Leite Coordenador do Núcleo de Monografias Orientadora: Profª Dra. Julieta Rodrigues Sabóia Cordeiro Profº Membro da Banca Profº Membro da Banca

5 SUMÁRIO RESUMO...: INTRODUÇÃO EVOLUÇÃO LEGISLATIVA RECONHECIMENTO DOS FILHOS CONCEITO MODALIDADES DA FEITURA DO RECONHECIMENTO O reconhecimento voluntário de paternidade O reconhecimento judicial ação de investigação de paternidade OS ATRIBUTOS RELEVANTES E A CLASSIFICAÇÃO DA NATUREZA DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE OS ATRIBUTOS RELEVANTES A NATUREZA DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE OS EFEITOS DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE INTRODUÇÃO ESTADO O NOME RELAÇÕES DE PARENTESCO PODER FAMILIAR ALIMENTOS SUCESSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS...40 REFERÊNCIAS...42

6 RESUMO O objeto deste trabalho consiste em conhecer e entender quais as consequências que advém do reconhecimento de paternidade, o qual possui como objetivo precípuo os efeitos do reconhecimento. Aborda pontos fundamentais atinentes a filiação fora do casamento que vem crescendo na nossa sociedade. Para conseguir obter o resultado, foram realizadas pesquisas bibliográficas de autores de relevante e notório conhecimento do assunto, bem como, quando necessário, foram utilizados artigos pertinentes ao Código Civil de 1916, encontrados na internet, de forma a complementar o tema, além de terem sido utilizadas outras leis, além do Código Civil, as quais foram essenciais e serviram de suporte para a realização deste trabalho. Tem-se por relevante determinado estudo na medida em que se consegue demonstrar porque são tão importantes os efeitos do reconhecimento de paternidade bem como a realização do reconhecimento. Palavras-chave: reconhecimento de paternidade; efeitos do reconhecimento; filiação fora do casamento. ii

7 INTRODUÇÃO O motivo que nos levou à escolha deste tema foi o estágio realizado junto ao Ministério Público do Estado do Paraná, mais especificadamente na Promotoria de Justiça das Comunidades, a qual tem como um dos objetivos obter o reconhecimento de paternidade de crianças ou adolescentes que até então eram reconhecidos apenas por suas mães. O desconhecimento a respeito dos direitos que decorrem da paternidade, muitas vezes constitui motivo suficiente para que a genitora, por não conhecê-los em sua integralidade, fique inerte, esperando, às vezes, que o genitor de seu filho tome a iniciativa de efetivar tais direitos sem que ela necessite buscá-los. No entanto, essa problemática não pode ser assim, pois esses direitos existem e precisam ser efetivados, o pai e a mãe devem ter um conhecimento pleno a respeito deles, para que não pairem dúvidas que possam acabar por prejudicar a criança. Na evolução que se deu a respeito da paternidade e do conceito de família, não é concebível que a obrigação para com o filho, recaia apenas à mãe ou ao pai, ambos devem atuar juntos sempre tendo em vista o melhor para a criança, mesmo que haja entre eles desavenças, até porque essas desavenças existentes entre os pais, geralmente decorre do fato de não terem sido casados, ou não terem tido um relacionamento amoroso sério. Foi por constatar tais fatos pelos genitores ao reconhecerem seus filhos, que eles foram escolhidos, para mostrar que independente de suas vontades, os mesmos tem a obrigação de cumprir com seus deveres para com o filho reconhecido.

8 Deve-se saber que reconhecer alguém como filho vai muito além de apenas mais um nome na certidão de nascimento, mas que deste ato decorrem direitos e deveres e que do reconhecimento, seja ele voluntário ou não, decorrem efeitos; efeitos que não podem ser ignorados pelo simples querer do pai, pois de fato eles existem e são protegidos pelo direito, não se sujeitando a meros caprichos. Foi por conta desses acontecimentos que foi escolhido neste trabalho tratar dos pais, vez que as mães raramente não reconhecem seus filhos ou caso os reconheçam é pouco provável que tentem se eximir de toda e qualquer obrigação no que diz respeito ao seu filho, embora seja válido mencionar que também existem mães assim, embora não seja objeto deste trabalho. A melhor maneira de se chegar aos efeitos do reconhecimento de paternidade foi abordando primeiramente pontos importantes de forma a propiciar um melhor esclarecimento a respeito do reconhecimento de paternidade, antes de se adentrar ao tema principal. No primeiro capítulo serão analisados alguns pontos relevantes a respeito da evolução legislativa, de modo a servir de base para entendermos como eram designados e tratados os filhos oriundos de relações extramatrimoniais e o que mudou com relação a essa designação e tratamento. No segundo capítulo será abordado o reconhecimento dos filhos não oriundos do casamento, conceituando o que é o reconhecimento dos filhos e sendo analisadas as duas formas em que o mesmo pode ser realizado. No terceiro capítulo serão abordados os atributos que possuem maior importância com relação ao reconhecimento de paternidade, além de ser abordada a classificação da natureza do reconhecimento de paternidade, constituindo informação necessária para um melhor clareamento do assunto. 2

9 No quarto e último capítulo, o principal, serão verificados quais os efeitos do reconhecimento de paternidade, os quais serão analisados um a um, de forma que fique evidenciado e de fácil compreensão a extrema importância dos mesmos. Vale reiterar, ainda, que o objetivo principal do trabalho, por óbvio, são os efeitos do reconhecimento de paternidade, e como eles não podem ser vistos sozinhos, outros aspectos, como já foi mencionado, serão analisados, no entanto não de forma extensa com todas as suas especificações, mas de forma que seja suficiente para a compreensão do tema proposto. 3

10 4 1 EVOLUÇÃO LEGISLATIVA Neste primeiro capítulo pretende-se abordar de forma sintética a evolução legislativa do tratamento prestado aos filhos não oriundos do casamento e como este tratamento veio a ser alterado, de forma a conhecer alguns pontos importantes para uma melhor compreensão do tema proposto. De acordo com WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO e REGINA BEATRIZ TAVARES DA SILVA (2011), o Código Civil de 1916 distinguia os filhos legítimos dos ilegítimos, sendo os legítimos aqueles oriundos de relações matrimoniais e ilegítimos os oriundos de relações extramatrimoniais. Afirmam ainda, os mesmos autores, que os filhos ilegítimos podiam ser denominados como naturais e espúrios, estes quando nascidos de relações nas quais existia algum impedimento para o homem e a mulher se casarem (que poderia ocorrer tendo em vista um parentesco próximo entre os genitores ou de afinidade, sendo os filhos denominados incestuosos, ou caso o impedimento decorresse de existência de casamento de um dos genitores com outrem, eram designados adulterinos) e os primeiros quando seus nascimentos ocorriam de relação entre homem e mulher não impedidos de se casarem. Conforme SÍLVIO DE SALVO VENOSA (2010), o artigo 358 do referido Código excluía o reconhecimento dos filhos incestuosos e adulterinos. Faz-se importante conhecer o que preceituava referido dispositivo: Art. 358 Os filhos incestuosos e os adulterinos não podem ser reconhecidos. Deste modo era visível perceber que tais filhos sofriam uma carência jurídica, uma vez que sobre eles recaía a carga de serem punidos por ato que fora praticado por seus pais.

11 No entanto, a Lei nº 7841/89 veio a revogar esse dispositivo (VENOSA, ). O autor ainda destaca que foi com o advento da Lei nº 4737/42 que passou a ser admissível o reconhecimento do filho havido de relação extramatrimonial, de forma voluntária ou não (forma coativa), mas somente após o desquite (separação judicial), interpretação esta que se estendeu aos filhos adulterinos em geral. É ainda mencionado pelo mesmo autor a Lei nº 883/49 (Reconhecimento dos filhos ilegítimos), como sendo um marco na história de filiação no nosso País. Conforme o próprio VENOSA: A Lei nº 883/49, um marco no direito de filiação entre nós, permitiu o reconhecimento do filho adulterino, após a dissolução da sociedade conjugal, atribuindo-lhe direito sucessório mitigado (2010, p. 248). É importante conhecer o artigo 2 da referida Lei, que dispunha sobre o direito sucessório mitigado, referido pelo autor: Art. 2º O filho reconhecido na forma desta Lei, para efeitos econômicos, terá o direito, a título de amparo social, à metade da herança que vier a receber o filho legítimo ou legitimado. Como lembra CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA: Este artigo foi alterado. O direito do filho passa a constituir herança, em igualdade de condições com os legítimos (2006, p. 46). Esse dispositivo ganhou alteração com a Lei nº 6515/77 (VENOSA, 2010). No entanto, a problemática recaia ainda aos filhos incestuosos, uma vez que a eles não era admissível a possibilidade de serem reconhecidos (MONTEIRO e DA SILVA, 2011). Porém, tendo em vista que todos os filhos sendo oriundos ou não do casamento, por merecerem igualdade de tratamento e não devendo ser discutido

12 sua origem é que se derrogam todos os dispositivos discriminatórios relativos à filiação (VENOSA, 2010). Ressalta VENOSA: Assim, por exemplo, no art. 363, do velho Código, que se referia à possibilidade de os filhos ilegítimos demandarem o reconhecimento de filiação, não se admitia mais a restrição aos incestuosos, que na redação original estavam impossibilitados de ingressar com a ação (2010, p. 249). Nada mais justo que se desse por terra toda e qualquer situação que de alguma forma discriminasse a natureza dos filhos, vez que estes não podem ser responsabilizados por ações praticadas por seus pais. Assim, a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 227, 6º, proibiu discriminações relativas à filiação, atribuindo-lhes aos filhos iguais direitos (MONTEIRO e DA SILVA, 2011). É possível notar que a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 227, 6º, procurou acabar com o preconceito existente em relação aos filhos havidos fora do casamento, quando atribuiu a estes os mesmos direitos pertencentes aos filhos provenientes do casamento. O Código Civil de 2002 consagrou o disposto no referido artigo constitucional ao estabelecer no artigo 1596 a mesma redação daquela contida na Constituição Federal de 1988 (MONTEIRO e DA SILVA, 2011). Fica assim evidenciado com o artigo 1596 do Código Civil a preocupação do legislador em frisar que são proibidas quaisquer formas de discriminação relativas à filiação oriundas ou não do casamento, ressaltando, deste modo, que todos os filhos devem igualmente ser respeitados, atendendo, desta forma, o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana. 6

13 7 2 RECONHECIMENTO DOS FILHOS Neste capítulo serão analisados o que é o reconhecimento de paternidade, e quais modos como o mesmo pode ser realizado para uma melhor compreensão. 2.1 CONCEITO Menciona PAULO NADER (2009) que o Código Civil ao tratar do reconhecimento dos filhos, refere-se aos filhos oriundos de relações extramatrimoniais, uma vez que para os filhos oriundos do casamento há a presunção pater is est. Ainda, conceituando sobre o reconhecimento dos filhos, NADER afirma que: Reconhecimento, também denominado perfilhação, é o ato pelo qual alguém declara a sua condição de pai ou de mãe de pessoa nascida fora do casamento. Para alguém reconhecer a paternidade é condição necessária que não conste o nome do pai no assento civil (2009, p. 283). Desta forma, pode-se entender claramente que o reconhecimento dos filhos, não compreende os filhos oriundos do casamento, uma vez que para estes existe a presunção de paternidade, a presunção pater is est, sendo então o ato de reconhecer os filhos para aqueles oriundos das relações fora do casamento. Conforme SILVIO RODRIGUES: O que juridicamente estabelece o parentesco entre pai, mãe e o filho assim concebido é o reconhecimento (2008, p. 318). Ou seja, sem o ato do reconhecimento da paternidade, não há como haver um vínculo juridicamente reconhecido e protegido entre pai e filho.

14 8 2.2 MODALIDADES DA FEITURA DO RECONHECIMENTO O reconhecimento dos filhos oriundos fora do casamento ocorre de duas formas: voluntariamente e judicialmente ou coercitivamente, pela investigação de paternidade, a qual neste trabalho será vista de forma resumida, vez que não compreende objeto maior do trabalho em questão O reconhecimento voluntário de paternidade Expõe MARIA BERENICE DIAS: O reconhecimento voluntário de paternidade independe de prova da origem genética (2010, p. 369). Ou seja, pode-se entender tal reconhecimento como aquele em que o homem (pai) reconhece determinada criança/adolescente como sendo seu filho, sem necessitar para tanto, de meios que comprovem determinada paternidade, ou em outras palavras, ele entende de forma livre que determinada pessoa é seu filho. Explica EDUARDO DE OLIVEIRA LEITE (2005) que a Lei nº 8560/92 (Lei da Averiguação Oficiosa de Paternidade) em seu artigo 1º estabeleceu quatro formas pelas quais pode ser realizado o reconhecimento dos filhos oriundos de relações extramatrimoniais, sendo que essas quatro formas foram inteiramente adotadas pelo Código Civil de 2002 em seu artigo Afirma VENOSA: Essas modalidades de reconhecimento referem-se ao pai e à mãe, embora sua utilidade mais frequente seja para o pai (2010, p. 252). Para RODRIGUES (2008), as circunstâncias fazem certa a maternidade, uma vez que é difícil a mãe fugir do reconhecimento do filho, tendo em vista a

15 abertura do assento de nascimento da criança o qual consta normalmente o nome da mãe. Nas palavras de RODRIGUES: 9 Aliás, a própria lei distingue o caso do homem e o da mulher, ao determinar, no art. 59 da Lei de Registros Públicos (Lei n. 6015/73), que, sendo o filho havido fora do casamento, não será declarado o nome do pai sem que este expressamente autorize e compareça, por si ou por procurador especial, para reconhecê-lo, assinar, ou, não sabendo ou não podendo, mandar assinar a seu rogo o respectivo assento com duas testemunhas. Tal restrição não é imposta à mãe. (2008, p. 319). Tendo em vista a sua maior utilização pelo pai é que essas modalidades, tendo em vista o foco principal do trabalho, serão vistas sob essa ótica, embora seja válido saber que as mesmas também podem ser utilizadas pelas mães e em algumas modalidades as mesmas também serão citadas. As modalidades, a saber, são: No registro de nascimento; Por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório; Por testamento, ainda que incidentalmente manifestado; Por manifestação expressa e direta perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém. Desse modo, passaremos a analisá-las: No registro de nascimento: é aquele que pode ser feito tanto pelo pai como pela mãe, os quais manifestam perante o oficial do registro que reconhecem determinada pessoa como sendo seu filho (LEITE, 2005).

16 Como ainda alude o referido autor, este reconhecimento, pode ser realizado pela mãe em um momento, podendo o pai posteriormente declarar ao oficial do registro que reconhece a paternidade da criança, podendo assim, tal reconhecimento ser realizado conjuntamente ou individualmente. Conforme PAULO LÔBO (2009), a Lei nº 8560/92 prevê a situação a qual apenas há o nome da mãe no registro de nascimento da criança, e sabendo a mãe atribuir a paternidade de seu filho, esta será objeto de investigação oficiosa, a qual será determinada pelo juiz sendo cumprida por meio de um oficial de justiça e após a notificação do suposto pai, este deverá dizer se reconhece ou não a paternidade que lhe é atribuída, e, caso a reconheça, será feita lavratura do termo de reconhecimento, sendo após remetido ao oficial para que seja incluído o nome do pai na certidão, e realizada a averbação. Menciona ainda o autor, que esta hipótese possui essência de reconhecimento voluntário, embora haja a participação do juiz. Agora, caso haja a recusa por parte do suposto pai, será promovida pelo Ministério Público ou pelo filho, a ação de investigação de paternidade. Como ainda alude o referido autor, do registro de nascimento da criança, não constará que foi realizada por meio de reconhecimento voluntário e nem a respeito do estado civil dos pais. Nada mais justo que fosse assim, uma vez que não haveria cabimento que no registro de nascimento constasse, por exemplo, que a criança é filha de mãe solteira e de pai casado, pois a mesma poderia ser vítima de preconceitos, tendo em vista que ficaria claro que a mesma resultou de relação adulterina. Por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório: esta segunda modalidade de reconhecimento voluntário, é tida como sendo indireta vez 10

17 que não fora manifestada de forma imediata no registro de nascimento da criança (LÔBO, 2009). Como declara LEITE: No caso de escritura pública, o ato pode ser especificamente elaborado com esta finalidade, ou ato com outro objetivo (ex., escritura de doação, venda, etc.). No caso de documento particular, consiste em declaração específica do genitor com vistas ao reconhecimento (2005, p. 229). Segundo CARLOS ROBERTO GONÇALVES (2010), tendo em vista que a lei não detalha a respeito da espécie de documento, ou escrito particular, entende-se que o reconhecimento pode ser realizado por declaração escrita, carta, podendo de igual maneira até ser feito em mensagem eletrônica, desde que não existam dúvidas atinentes à sua autoria e autenticidade. PEREIRA (2009) expõe que determinado reconhecimento pode ser feito diretamente pelo pai ou por procurador com instrumentos especiais. Por testamento, ainda que incidentalmente manifestado: esta terceira modalidade não impõe que haja um testamento específico para que seja realizado o reconhecimento, bastando apenas que o testador expressa e diretamente declare que determinada pessoa é seu filho, sendo que esta passará a ser herdeira para com os bens deixados pelo testador (LÔBO, 2009). Quaisquer que sejam as hipóteses de reconhecimento, o mesmo é irrevogável, até mesmo quando feito por testamento, tendo esta situação sido prevista no artigo 1610 e artigo 1609 caput ambos do Código Civil (LÔBO, 2009). Com relação à eventuais modificações que possam haver no testamento, as mesmas não atingem o reconhecimento, vez que o testamento é apenas um apoio que serve de instrumento para o reconhecimento, o qual não se sujeita à mudanças daquele instrumento (LEITE, 2005). 11

18 Por manifestação expressa e direta perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém: Afirma LEITE: Ouvida a manifestação inequívoca de que o manifestante é o pai, o juiz a reduzirá a termo, encaminhando certidão correspondente ao juiz competente das ações relativas a registro público (quando houver), para que se determine a averbação no registro de nascimento do filho (2005, p. 230). É uma situação de fácil entendimento, na qual o pai reconhecendo que determinada pessoa é seu filho, declara perante o juiz voluntariamente a situação, o qual após, mandará que seja averbada a certidão de nascimento da criança para que passe a constar seu nome e sobrenome. Essas foram as quatro modalidades de reconhecimento voluntário de paternidade dos filhos, as quais estão previstas como fora já mencionado, no Código Civil em seu artigo 1609 e na Lei nº 8560/92 em seu artigo 1º. No entanto, é ainda relevante fazer constar que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei nº 8069/90 embora não tenha a mesma redação das leis acima referidas, em seu artigo 26, caput preceitua: Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem de filiação. Redação esta similar às outras, vistas anteriormente, sendo perceptível compreender desta forma a preocupação do legislador em deixar claro a existência de oportunidades para a realização do reconhecimento dos filhos havidos de relações extramatrimoniais, quando se refere a essas formas em mais de uma lei, com vistas a proteger a criança/adolescente, não reconhecidos, ao admitir ao pai mais de um modo para a concretização do reconhecimento, facilitando assim a 12

19 feitura do mesmo com o intuito de diminuir o número de crianças ou adolescentes, não reconhecidos O reconhecimento judicial ação de investigação de paternidade Como já foi visto anteriormente, o reconhecimento pode-se dar da forma voluntária quando o pai reconhece sem maiores problemas ser o pai de determinada criança/adolescente, ou ainda pode ser realizado de forma judicial a ser analisada neste momento. A ação de investigação de paternidade é intentada pelo filho em desfavor do pai ou seus herdeiros com a finalidade de obter o reconhecimento de filiação, sendo a ação de estado inalienável, imprescritível e irrenunciável, alcançando a todos os filhos e não mais vigorando o que constava do artigo 363 do Código Civil de 1916 (VENOSA, 2010). artigo: Para uma melhor compreensão segue abaixo a redação contida no referido Art Os filhos ilegítimos de pessoas que não caibam no art. 183, I a VI, têm ação contra os pais, ou seus herdeiros, para demandar o reconhecimento da filiação: I se ao tempo da concepção a mãe estava concubinada com o pretendido pai; II se a concepção do filho reclamante coincidiu com o rapto da mãe pelo suposto pai, ou suas relações sexuais com ela; III se existir escrito daquele a quem se atribui a paternidade, reconhecendo-a expressamente. Mas, mesmo que a ação seja imprescritível seus efeitos patrimoniais do estado de pessoa não o são, como é o caso da petição de herança que prescreve em dez anos, que se contam do momento em que é reconhecida a paternidade (GONÇALVES, 2010).

20 Tem-se por importante tomar conhecimento da Súmula 149 do Supremo Tribunal Federal, mencionada pelo autor, a qual preceitua: É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança. Menciona ainda, o mesmo autor, que a prescrição não ocorrerá em face de filho não reconhecido. O filho possui legitimidade ativa para a propositura da ação e enquanto menor deve ser representado pela sua mãe, ou tutor, havendo a possibilidade de litisconsórcio ativo facultativo dos filhos da mesma genitora, em face do mesmo suposto pai (GONÇALVES, 2010). Ao nascituro também é conferido demandar a paternidade, conforme artigo 1609 parágrafo único do Código Civil de 2002 (VENOSA, 2010). Caso a mãe do investigante seja menor de idade, relativamente ou absolutamente incapaz, será representada ou assistida por qualquer um dos seus pais, ou ainda por um tutor, a pedido do Ministério Público (GONÇALVES, 2010). Determina o autor NADER (2009) que é possível também além de tutor, um curador. De acordo com VENOSA (2010), o Ministério Público possui legitimidade extraordinária conferida pela Lei nº 8560/92, nos casos em que o suposto pai não responde à notificação no prazo de 30 (trinta) dias ou nega a paternidade. Havendo elementos suficientes para a propositura da ação, o Ministério Público deverá propôla, na figura de substituto processual conforme artigo 6º do Código de Processo Civil, propondo a ação em nome próprio na defesa de interesse do investigante. Como ainda é colocado pelo autor, não há impedimentos se caso o Ministério Público não propor a ação, o façam seus interessados. 14

21 No caso de falecimento do investigante afirma GONÇALVES: Se o filho morrer antes de iniciá-la, seus herdeiros e sucessores ficarão inibidos para o ajuizamento, salvo se ele morrer menor e incapaz (CC, art ). Se já tiver sido iniciada, têm eles legitimação para continuá-la, salvo se julgado extinto o processo (art , parágrafo único) (2010, p. 339). Com relação à legitimidade passiva, a mesma corresponde ao suposto pai ou seus herdeiros, participando a mãe como representante ou assistente do filho. Mas, caso o suposto pai seja falecido e não deixe descendentes ou ascendentes, sua mulher será herdeira figurando no polo passivo da ação, pois caso a sentença seja de procedência, terá reflexos em seu patrimônio (VENOSA, 2010). Nas palavras do próprio VENOSA: Em resumo, qualquer pessoa que possa ser afetada pela sentença de reconhecimento pode figurar no polo passivo, ali colocada na inicial ou pedindo seu ingresso como assistente litisconsorcial (2010, p. 265). A sentença judicial substitui a ausência do reconhecimento voluntário, sendo que sua averbação constará no registro de nascimento do filho igualmente como aconteceria no reconhecimento voluntário (LÔBO, 2009). Geralmente a ação de investigação de paternidade vem cumulada com pedido de alimentos, petição de herança e cancelamento de registro civil (VENOSA, 2010). Tem-se como correta tal cumulação, vez que com os alimentos procura-se atender as necessidades básicas do filho porque há a presunção de urgência pelo filho dos alimentos e até mesmo servindo para evitar uma nova ação para pleitear os alimentos. Igualmente com a petição de herança uma vez que tal criança quando ainda não reconhecida, por óbvio, ficava excluída de receber o que por direito lhe é 15

22 devido em relação aos bens de seu pai e obviamente deve-se cancelar o registro de nascimento anterior para que no novo passe a constar o nome do pai. 16

23 3 OS ATRIBUTOS RELEVANTES E A CLASSIFICAÇÃO DA NATUREZA DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE 17 Neste capítulo, abordaremos sobre os atributos relevantes do reconhecimento de paternidade, vez que estes são qualidades, características do reconhecimento e por conta disto possuem grande importância para complementar de forma fundamental o conhecimento desse ato, bem como será abordado sobre como é classificada a natureza do reconhecimento de paternidade, e porque, antes de adentrarmos ao tema principal. 3.1 OS ATRIBUTOS RELEVANTES DIAS (2010) classifica o reconhecimento voluntário da paternidade como sendo incondicional, irretratável, indisponível, irrevogável e de eficácia erga omnes. Para PEREIRA (2006) tendo o reconhecimento de paternidade sido realizado de forma regular e sendo capaz de produzir efeitos, decorrem disto, alguns atributos que são mencionados pela doutrina e tem aplicabilidade em decisões jurisprudenciais. É importante destacar que o autor ao mencionar esses atributos, os coloca no capítulo referente ao reconhecimento voluntário de paternidade, levando a concluir assim que tais atributos pertencem a esta forma de reconhecimento. Os atributos mencionados pelo autor são: irrevogabilidade ou irretratabilidade, anulabilidade e nulidade, renunciabilidade, validade erga omnes, indivisibilidade, incondicionalidade e retroatividade.

24 Como o autor acima mencionado, coloca de forma mais completa em relação a esses atributos, será analisado um a um para uma melhor compreensão. Irrevogabilidade ou irretratabilidade: para PEREIRA (2009), tendo o pai manifestado sua vontade ao reconhecer o filho, ele não poderá revogar o reconhecimento. Caso o reconhecimento tenho sido feito por procuração, esta permite tão somente o mandatário a realizá-la. Caso cesse o mandato pelos motivos de morte do mandante, revogação (pura e simples) ou até mesmo pela renúncia do mandatário, o instrumento perderá a sua força com relação ao reconhecimento do filho e valerá para instrução de ação de investigação de paternidade. Ao contrário, se a revogação é ocasionada por motivos os quais o mandante poderá contraditar a declaração feita, seja por negar a paternidade ou por alegar que foi induzido a praticar o ato por dolo ou coação (PEREIRA, 2006). A irrevogabilidade não pode ser confundida com a anulabilidade que deve ser arguida pelo pai ou seus herdeiros quando existente algum vício que envolve o ato jurídico (GONÇALVES, 2010). Anulabilidade e nulidade: conforme PEREIRA (2006) é possível questionar a respeito de inexistência de algum dos requisitos pertencentes ao reconhecimento de paternidade, tais como o requisito subjetivo 1, formal 2 ou objetivo 3, até mesmo pode haver a possibilidade de invalidade por motivo de erro, dolo, coação, simulação e até 18 1 Pereira classifica o requisito subjetivo como sendo relacionado com quem pode reconhecer o filho, no caso o ato deve ser praticado pelo pai, até mesmo por ser o reconhecimento um ato personalíssimo. 2 O requisito formal é estrito, relaciona-se com as formas que o reconhecimento pode ser feito, as que constam no artigo 1609 do Código Civil, devendo ser atendidas as exigências para tanto sob pena de não ser válido o reconhecimento. No entanto, coloca o autor, que não é só pelo fato do reconhecimento não atender as formalidades que o mesmo será inválido, vez que se o documento extrajudicial contiver confissão que declara a vontade do confitente, o documento será válido para instruir a ação de investigação de paternidade. 3 O requisito objetivo refere-se ao status que é dado ao filho, devendo constar do ato a vontade expressa de reconhecer alguém como filho.

25 mesmo em casos de fraude. No entanto a incapacidade relativa do agente não gera a anulabilidade do reconhecimento voluntário. Para o autor, o relativamente incapaz caso não possa assinar a escritura pública por motivo de incapacidade e caso não haja alguém para lhe prestar assistência, como por exemplo, um tutor, poderá reconhecer por testamento conforme previsto no artigo 1860 do Código Civil em seu parágrafo único. Afirma ainda o autor, que em relação ao assento de nascimento, caso o declarante seja o pai, é válido o reconhecimento, uma vez que o relativamente incapaz não é proibido de fazê-lo, e, que qualquer que seja o motivo ensejador da invalidação do reconhecimento, é necessário pronunciamento judicial. Destaca ainda, o mesmo autor, a possibilidade de contestar ou anular o reconhecimento em casos de falsidade que tanto pode ser material como ideológica. A falsidade material nas palavras do próprio PEREIRA: Ocorre quando o ato contém declaração sob firma alheia. Será o caso de alguém que se inculca como o pai, e pronuncia, sem o ser, o ato de reconhecimento. Ou a hipótese de forjar o oficial de registro um assento ou certidão falsa (2006, p ). A falsidade ideológica dá se quando o ato é corretamente feito, sem defeitos, mas o conteúdo não é verdadeiro, como por exemplo, no caso em que o declarante diz ser o pai, mas não o é na verdade (PEREIRA, 2006). Tendo o ato contido uma declaração de paternidade que não é verdadeira, o reconhecimento, mesmo atendidas as formalidades, não poderá produzir seus efeitos, ocasionando a anulação do mesmo quando prova-se a falsidade da declaração (PEREIRA, 2006). 19

26 Renunciabilidade: este atributo relaciona-se ao contido no artigo 1614 do Código Civil de 2002, estando ligado ao prazo de quatro anos que seguirem à maioridade do filho (PEREIRA, 2009). Tem-se por importante tomar conhecimento da redação do referido artigo mencionado pelo autor: Art O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor pode impugnar o reconhecimento, nos quatro anos que se seguirem à maioridade, ou à emancipação. Validade erga omnes: para PEREIRA (2009), este atributo está presente tanto no reconhecimento voluntário da paternidade, quanto no caso de reconhecimento judicial. Passando a constar do registro de nascimento, o reconhecimento, além de valer para os pais, vale também para todas as outras pessoas incluindo parentes, mesmo que o ato seja privado, uma vez que constando no registro de nascimento ou quando é realizada a averbação no mesmo, seu conteúdo torna-se público. Indivisibilidade: como o reconhecimento tem, além de outros efeitos, o de estado de filiação para com o filho reconhecido e como este estado é indivisível, não admite-se fracionar para abranger o filho reconhecido, devendo ser uma declaração global, assim, não pode-se anuir um reconhecimento parcial ou limitado do pai (PEREIRA, 2006). Incondicionalidade: significa que o reconhecimento não admite condição de qualquer tipo, seja resolutiva ou suspensiva (PEREIRA, 2009). Não é admissível condição ou termo, tendo em vista que o estado das pessoas não pode ser disponível (LEITE, 2005). Retroatividade: é a possibilidade de o reconhecimento retroagir até a data do nascimento do filho ou da sua concepção. Está ligada a natureza declaratória do 20

27 reconhecimento, de sentença que confirma ou nega a paternidade (PEREIRA, 2009) A NATUREZA DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE De acordo com PEREIRA (2006), tendo em vista o que dispõe o artigo 1616 do Código Civil, pelo fato de que tanto a sentença judicial quanto o reconhecimento voluntário de paternidade, produzem os mesmos efeitos, evidencia-se que ambas possuem a mesma natureza. Menciona ainda o autor que independente de sua modalidade (voluntária ou judicial), a mesma é declaratória, uma vez que declara uma situação preexistente e não visa a modificação ou criação de um estado de coisa, constituindo assim, um ato jurídico tendo em vista que seus efeitos decorrem da lei. Para GONÇALVES (2010) independente de ser o reconhecimento voluntário ou judicial é declaratório, pois a paternidade não será criada com o reconhecimento, será apenas declarada. Não só é declaratória para os autores acima mencionados como também o é na opinião de MONTEIRO e DA SILVA (2011), VENOSA (2010), DIAS (2010) e NADER (2009), por exemplo. Denota-se aceitável tal entendimento, vez que o fato de determinada pessoa ser filha de outrem sempre existiu, mesmo quando ela ainda não era reconhecida nesta qualidade para todos os efeitos. Não é a partir do reconhecimento que ela vai passar a ser filha de alguém como se antes deste ela não existisse nesta qualidade (não fosse filha), apenas será declarada a relação preexistente, a relação que existia anteriormente, mas que por algum motivo era ignorada pelo pai.

28 22 4 OS EFEITOS DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE Neste capítulo, núcleo central deste trabalho, serão analisados os efeitos do reconhecimento de paternidade, de modo a esclarecer quais as consequências que advém do reconhecimento de paternidade e porque se revelam de extrema importância, também será analisada a situação dos filhos no Código Civil de 1916 de modo a facilitar e complementar o entendimento do tema. 4.1 INTRODUÇÃO Independentemente da modalidade do reconhecimento (voluntário ou judicial), eles geram as mesmas consequências, dando assim a existência de efeitos do reconhecimento (PEREIRA, 2006). Os direitos subjetivos do filho que são oriundos do parentesco passaram a ser reclamados, juridicamente, com o ato de reconhecimento, por efeito do reconhecimento (PEREIRA, 2006). Menciona ainda o autor que primeiramente com o reconhecimento há para o filho um estado, uma relação de parentesco, uma denominação patronímica e quando menor, o filho submete-se ao poder familiar. Em um segundo momento há com o reconhecimento a exigibilidade de prestação alimentícia e a garantia de direitos sucessórios. Para CARLOS ALBERTO BITTAR (2006) sendo o reconhecimento voluntário ou judicial, decorrem deste ato todos os efeitos comuns da filiação, como o poder familiar, o dever assistencial, o dever alimentício, o direito sucessório, em suma, todas as consequências jurídicas pertencentes a esse estado.

29 RODRIGUES (2008) também afirma que o reconhecimento voluntário possui os mesmos efeitos que o reconhecimento judicial. Nada mais justo que assim o fosse, não haveria cabimento caso, por exemplo, se o reconhecimento que derivasse de uma sentença judicial não produzisse os mesmos efeitos que um reconhecimento que fora realizado livremente pelo pai, uma vez que se ambas as formas de reconhecimento tem como objetivo precípuo declarar a paternidade, ambas por justo devem ter os mesmos efeitos. Por serem de extrema importância os efeitos do reconhecimento é que os mesmos não admitem condição ou termo, conforme consta do artigo 1613 do Código Civil (RODRIGUES, 2008). O reconhecimento gera efeitos patrimoniais e morais, sendo o principal deles a relação de parentesco entre pai e filho (GONÇALVES, 2010). PEREIRA (2006) classifica os efeitos do reconhecimento de paternidade como sendo seis: estado, o nome, relações de parentesco, poder familiar, alimentos e sucessão. Estes efeitos que serão a seguir analisados ESTADO O Direito Civil dá relevante importância ao estado de filiação, que pode derivar de um fato, que é o caso do nascimento ou que pode derivar de um ato jurídico, como é o caso da adoção (PEREIRA, 2006). O estado configura-se como sendo uma realidade objetiva que cada pessoa goza exclusivamente, e por ser objetiva que ligam-se a ele, qualidades peculiares

30 aos bens incorpóreos, como dizer ter o estado de filiação adotiva, vindicar o estado de filiação legítima e reclamar o estado de filiação natural 4 (PEREIRA, 2006). O estado é imprescritível, como é o caso da ação de investigação de paternidade, a qual pode a qualquer momento ser ajuizada em face do pai ou de seus herdeiros, já que pode o filho a qualquer tempo requerer o estado a qual tem direito, portanto a prescrição não o atinge já que tem por objetivo declarar o estado de uma pessoa e não há prazo decadencial para que esta possa requerê-lo (PEREIRA, 2006). Quem foi reconhecido de forma voluntária ou coercitiva, investe-se no estado de filho, assumindo os deveres e adquirindo direitos que lhe são característicos ou que dele decorrem (PEREIRA, 2006). Afirma, também, o mesmo autor que em relação aos filhos extramatrimoniais a lei exige um reconhecimento, seja ele voluntário ou não. Caso não tenha havido um ato espontâneo e formal do pai, ou uma sentença a qual declarou a paternidade, não existe juridicamente a filiação, vez que não há o estado oficial, um status cuja definição consta em lei. Pode-se provar a filiação extramatrimonial pela certidão do termo de nascimento inscrita no registro civil como consta no artigo 1603 do Código Civil, sendo que só será mencionado o nome do pai, caso o mesmo de forma expressa o autorize e compareça, pessoalmente ou por meio de um procurador com poderes especiais, para que quando reconheça, assine ou mande assinar a seu rogo com duas testemunhas (PEREIRA, 2006) Pereira em sua obra adota as terminologias: filiação legítima, ilegítima e adotiva para que seja melhor a compreensão do tema, assim sendo, adotaremos o mesmo método, com o mesmo fim, neste capítulo. No entanto ressalta-se que não mais existem quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.

31 O estado do filho oriundo de relação extramatrimonial ainda pode ser provado na certidão do assento de nascimento, após a averbação da sentença declaratória ou por ato voluntário de reconhecimento realizado pelo pai (PEREIRA, 2006). Estando demonstrado o estado da pessoa legalmente, tem-se com relação aos efeitos, identidade entre eles, ainda que existam antigos preconceitos relacionados ao filho natural, para a lei, os direitos e obrigações derivados da filiação natural se igualam aos que provém de filiação legítima, conforme artigo 227, 6º da Constituição Federal (PEREIRA, 2006). Torna-se clara referida identidade, igualdade entre os efeitos do reconhecimento tanto para os filhos oriundos do casamento, quanto para os filhos não oriundos deste, já que a paternidade independente da forma que passou a existir (se do casamento ou não) é a mesma, os direitos e deveres decorrentes da paternidade não vão ter um caráter diferenciado por causa da forma como surgiu, por isso, justamente, devem ter os mesmos efeitos. O estado configura-se como indivisível e erga omnes. Não se pode imaginar que uma pessoa seja filha de determinado pai e com relação às demais pessoas não o seja (PEREIRA, 2006). Não seria aceitável que o estado não tivesse a característica de ser erga omnes, pois seria uma situação inimaginável que somente para com o pai o filho tivesse essa qualidade e perante as demais pessoas não fosse visto como tal. O estado é um direito moral que perdura independente da forma que foi reconhecido, ou que seja negado por alguns familiares ou terceiro (PEREIRA, 2006). Ou seja, com isso pode-se perceber que sendo o estado uma essência de cada indivíduo, o mesmo não pode ser afastado simplesmente pelo fato de que 25

32 alguém não concorde com o fato existente (que pessoa X é pai do filho Y ), já que ele vai além da vontade e da opinião de outrem O NOME Um dos elementos que constituem e fazem parte da personalidade é o nome, pois é designativo da pessoa e é o fator que a identifica na sociedade, estando ligado intimamente ao estado (PEREIRA, 2006). Está inclusive inserido nos direitos da personalidade como consta do Código Civil em seu artigo 16 quando preceitua que toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendido o prenome e o sobrenome (PEREIRA, 2006). Consegue-se perceber desta forma que o nome possui extrema importância, pois é inerente a todas as pessoas, pois a forma como nos direcionamos a uma pessoa, para chamá-la, é pelo nome, o qual deste modo consegue individualizar alguém. O nome civil possui aspecto público e privado sendo um direito e um dever, o qual envolve um direito subjetivo e um interesse social (PEREIRA, 2006). Nas palavras do próprio PEREIRA: Em relação ao seu aspecto público, o direito ao nome está sempre ligado a um dever, ou seja, o registro civil como uma obrigação que a lei impõe a todo indivíduo. Sob o aspecto individual, assegura-se a toda pessoa a faculdade de se identificar pelo seu próprio nome (2006, p. 250). Afirma ainda o autor que o prenome, de acordo com a lei não está sujeito à mudança, já em relação ao patronímico, excepcionalmente pode ser mudado. Para que ocorram as mudanças do nome, estas deverão ser solicitadas perante o juiz, e apenas por ele elas poderão ter permissão, precedendo justificação, com uma

33 audiência do representante legal do Ministério Público, devendo ser observadas as devidas formalidades processuais. A adoção pelo nome do pai configura para o filho um direito com fundamento nas relações de parentesco, o qual se estabelece com a filiação, sendo um efeito do reconhecimento (PEREIRA, 2006). O direito ao nome é um atributo individual, o qual está ligado ao estado, e quando o mesmo se estabelece, e quando o filho passa a ser incorporado na família do pai, ele poderá usar seu patronímico, mesmo que os demais familiares não estejam de acordo (PEREIRA, 2006). Por óbvio que deve ser assim, o direito ao nome como já fora mencionado, é um direito, e este não submete-se as vontades de determinadas pessoas que por algum motivo não aceitam referida paternidade e são contra a adoção pelo filho, do patronímico de seu pai, até porque o vínculo existente entre eles vai além de um mero capricho. E, no caso do pai, ao reconhecer a paternidade no termo de nascimento mencionar nome diferente do seu, não proíbe que o filho possa adotá-lo depois, vez que o gozo deste direito não está sujeito a prescrição e a própria lei possibilita ao filho, e não só a ele, a mudança do nome desde que não cause transtornos aos apelidos de família, tendo por certo que adotar o nome do pai, consiste em sua conservação (PEREIRA, 2006). Como o direito ao nome é um efeito do reconhecimento, desde que o mesmo seja válido, não há cabimento indagar se o mesmo é oponível a determinadas pessoas porque o mesmo o é a todas (PEREIRA, 2006). 27

34 Destaca ainda o autor que há casos em que o filho reconhecido tardiamente, independente da modalidade do reconhecimento, se recusa a adotar o nome patronímico paterno. De fato, a adoção do sobrenome do pai vai depender de algumas circunstâncias, inclusive e principalmente relacionado ao relacionamento afetivo existente entre pai e filho, é claro que se pai e filho não possuem um bom relacionamento, independente do motivo, ou, por exemplo, se não há ou nunca houve um convívio entre eles (até porque o filho tendo sido reconhecido tardiamente não significa que pai e filho nunca tiveram um bom convívio entre si ou um bom relacionamento, ou ainda que nunca se conheceram antes) é compreendido a negação do filho em adotar o patronímico paterno, mas é claro que as circunstâncias devem ser analisadas no caso concreto. De qualquer forma, foi possível observar que o nome é um dos efeitos essenciais do reconhecimento, vez que todas as pessoas, sem exceções, se utilizam dele, pois como é óbvio não há como imaginar alguém inominado, e independente de o mesmo vir acompanhado apenas do sobrenome da mãe ou apenas do sobrenome do pai, fato é que o mesmo possui a peculiaridade de nos individualizar e nos fazer conhecer perante a sociedade RELAÇÕES DE PARENTESCO Como afirmado anteriormente não mais existem quaisquer diferenças entre os filhos oriundos ou não do casamento, bem como em relação aos adotivos, vez que todos possuem os mesmos direitos e qualificações conforme consta no artigo 227, 6º da Constituição Federal (PEREIRA, 2006).

35 PEREIRA (2006) ao discorrer acerca da família oriunda do casamento e da que não é, de modo a explicar como o filho natural era visto na ótica do Código Civil de 1916, destaca: Enquanto a primeira se constitui pela solenidade do casamento, fundandose na livre e recíproca aceitação, a segunda tem início em um estado de fato velado, e permanece desorganizada, porque a falta de casamento dos amantes é como a manifestação implícita de sua intenção de guardar a liberdade. Enquanto da primeira decorrem naturalmente deveres, que lhe são fundamentais, a desorganização da segunda é obstáculo a que a lei estenda sobre ela um manto protetor, por não ser capaz de fazer derivar do amor livre os mesmos deveres que do casamento. Se assim já é quanto à filiação materna, embora em grau mais atenuado, acentua-se no que se refere à filiação paterna, que é duplamente oculta, porque, à incerteza natural da paternidade, acresce a que resulta da ausência do dever de fidelidade da mulher. (2006, p ). 29 É entendido que o filho não oriundo do matrimônio chega a ferir os princípios familiares, encontrando rejeição que o tempo não suaviza (PEREIRA, 2006). Tendo o legislador percebido que este filho seria considerado inferior, que desde seu nascimento a família o deixa de lado, que a sociedade não o considera, tenha procurado diminuir o desprezo social tendo-o integrado na família, tentando conceder-lhe igualdade com relação aos outros, oriundos do casamento. E é isso que o nosso Direito tem feito (PEREIRA, 2006). Foi extremamente correta a intenção do legislador em solucionar este problema equiparando os filhos não oriundos do casamento aos oriundos deste, até porque independente de ser o filho oriundo de pais casados ou não, fato é que este é filho e deve ser tratado como tal, tanto socialmente quanto e principalmente no seio familiar. O que é real é que o filho oriundo de relação extramatrimonial equipara-se ao legítimo, sendo excluídas quaisquer discriminações, desde o surgimento da Constituição de 1988 e seu artigo 227, 6º (PEREIRA, 2006).

36 O reconhecimento judicial ou voluntário atribui ao filho natural o status de filiação, e como não é admitido constar na certidão passada pelo oficial do registro a natureza da filiação, o estado é igual ao do filho oriundo do casamento. Ele adquire o nome do pai, tem direito à alimentos e à herança (PEREIRA, 2006). Destaca ainda o autor que esses efeitos possuem como resultado o de estabelecer ao filho não oriundo do casamento, que este é considerado no nosso Direito um parente, bem como o é considerado o filho oriundo do casamento, não existindo, pois, qualquer impedimento que a ele se estendam as relações de parentesco para com a família de seus pais. Seria ilógico que o filho não oriundo do casamento fosse apenas filho da mãe ou do pai e em relação aos familiares dos pais não houvesse qualquer vínculo parental, mesmo porque discriminar este filho muitas vezes com o intuito de proteger a família proveniente do casamento é irracional, vez que os responsáveis pelo fato foram seus pais. Desse modo, podemos observar que tanto o filho reconhecido judicial quanto voluntariamente, investe-se na condição de parente, tanto para com os familiares de sua mãe quanto de seu pai PODER FAMILIAR A expressão exclusivista pátrio poder deixou de existir tendo em vista a posição de igualdade existente entre os pais no exercício da tutela jurídica, a qual a lei dava preferência ao pai por razões de disciplina, mas não com o intuito de excluir o papel da mãe (PEREIRA, 2006).

37 Se só um dos pais efetuasse o reconhecimento do filho ele seria titular do pátrio poder, e caso os dois o tivessem reconhecido, o pátrio poder cabia ao pai, por força do artigo 360 do Código Civil de 1916 (RODRIGUES, 2008). Menciona ainda o autor que determinada decisão muitas vezes prejudicava o filho, vez que sem se ater as necessidades deste, o legislador retirava da mãe que o havia criado, o pátrio poder, e o transferia ao pai que reconheceu o filho tardiamente. No entanto o Decreto-Lei nº 3200/41 em seu artigo 16 em redação que lhe deu o Decreto-Lei nº 5213/43 veio a acrescentar ao texto do artigo 360 do Código Civil de 1916, que o juiz poderia decidir de forma contrária se atendesse melhor ao interesse da criança. Assim sendo, o pai que procedesse ao reconhecimento do filho não oriundo do casamento, não adquiria de imediato o pátrio poder, vez que o juiz poderia estabelecer este à mãe se atendesse melhor ao interesse do filho (RODRIGUES, 2008). O Código Civil de 2002 adotou a designação poder familiar, manifestando-se no sentido de que não existe mais a superioridade do pai no seio familiar (PEREIRA, 2006). Esclarece ainda o autor que o atual Código institui que cabe aos pais o poder familiar, concedendo assim à figura da mãe iguais poderes que eram conferidos apenas ao pai no Código anterior. Ressalta ainda, o mesmo autor, que os filhos estão sujeitos ao poder familiar até completarem a maioridade, ou seja, 18 (dezoito) anos de idade. Deve-se ressaltar que poder familiar não é a mesma coisa que a guarda, podendo o juiz conferir a um dos pais o poder familiar sem lhe conferir a guarda (RODRIGUES, 2008). 31

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