II PRÊMIO CONCILIAR É LEGAL CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ. Prática apresentada:
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- Anna Covalski Furtado
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1 II PRÊMIO CONCILIAR É LEGAL CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ Conciliação com usuários freqüentes (grandes litigantes) e/ ou grandes casos Prática apresentada: Conciliação em execução fiscal na fase de leilão judicial O caso CELSP/ULBRA Guilherme Pinho Machado Juiz Federal
2 I. APRESENTAÇÃO A prática conciliatória que aqui se apresenta foi efetivada no período de abril de 2009 até fevereiro de 2010, com conseqüências em relação às entidades envolvidas - a executada CELSP/ULBRA e a exeqüente Fazenda Nacional-, até o presente momento. Visou-se, no caso que se vai apresentar, não apenas efetivar uma mera conciliação em execução fiscal - o que não tem sido incomum na Justiça Federal, especialmente quando os credores são os conselhos de classe-, mas sim realizar um acordo que permitisse manter em funcionamento uma das maiores entidades de ensino privada do Brasil 1, a Universidade Luterana do Brasil ULBRA-. A entidade esteve envolvida em uma série de escândalos que teriam sido protagonizados por sua anterior direção, resultando no ajuizamento de diversas ações executórias, tendo grande parte de seus bens sido penhorados, e na época da conciliação prontos para serem levados para leilão judicial. Não se tratou apenas de um acordo com a apresentação de uma proposta de pagamento de débito parcelado, ou mesmo com algum desconto o que, aliás, não seria possível ser realizado pela Fazenda Nacional sem lei que amparasse. A CELSP Comunidade Evangélica Luterana São Paulo-, mantenedora da ULBRA, se tornou uma das 5 (cinco) maiores devedoras fiscais federais do Brasil, sem qualquer possibilidade de parcelar sua dívida, atingindo as execuções fiscais que tramitavam à época na 1a Vara Federal do município de Canoas - sede da entidade-, o valor de quase R$ 2 bilhões. A situação acabou por paralisar totalmente o ensino da entidade, e suspendeu as atividades dos 3 (três) hospitais da CELSP (um referência em Canoas e dois situados em Porto Alegre), além de iniciar um greve de professores das universidades e das escolas da 1 A ULBRA chegou a ter em seus campi espalhados pelo Brasil (cento e vinte e seis mil e trezentos e cinqüenta e três alunos), sem contar as redes escolares de ensino médio e fundamental.
3 CELSP, com constantes bloqueios bancários, chegando-se até penhora dos bens da entidade. Desta forma, a única solução que se apresentava pela letra fria da lei seria a designação dos leilões judiciais, o que terminaria com a entidade, e criaria um déficit social enorme, deixando milhares de alunos sem ensino, e mais de (sete mil) professores desempregados, isso sem falar na perda de leitos no âmbito da saúde. A busca conciliatória do magistrado responsável pelo processo acabou se mostrando como uma solução inovadora, nunca antes aplicada no Brasil, não prevista, mas também não vedada em lei, e que possibilitou, ao mesmo tempo, a venda em leilão judicial de milhões de reais em bens da entidade (considerados não essenciais para as atividades de ensino e saúde). Solveu-se, assim, parte da dívida fiscal, e permitiu-se a volta do normal funcionamento da instituição de ensino, paralisada pela greve dos professores que não recebiam seus salários havia 6 (seis) meses. Posteriormente o hospital Universitário de Canoas voltou a funcionar. Verificou-se que nos últimos anos o anterior Reitor da Universidade - hoje indiciado em vários inquéritos policiais pela prática dos mais diversos crimes-, havia amealhado para CELSP um patrimônio de quase R$ 100 milhões, em bens que nenhuma relação tinham com as atividades fins da entidade. Desta feita, ao invés de simplesmente vender estes bens, fazendo com que apenas cerca de 5% da dívida fiscal fosse coberta, propôs o juiz às partes que fosse respeitada a lei de execuções fiscais, com a venda judicial destes móveis e imóveis, mas trabalhando estes valores de forma positiva para as duas litigantes. A proposta foi a de que os valores arrecadados nos leilões voltassem ao fluxo da CELSP/ULBRA, para a utilização da sua nova administração, mas unicamente para as dívidas urgentes trabalhistas e com fornecedores -. Esta se responsabilizaria a, de forma parcelada, devolver as quantias obtidas nos leilões ao credor. Com isso, no momento em que os primeiros leilões foram efetivados, a Ulbra pagou seus professores e demais débitos que impediam o retorno de seus alunos para as aulas, voltando a funcionar e a receber o respectivo pagamento das mensalidades, com incremento
4 de seu fluxo de caixa. Com o tempo as quantias acumuladas permitiram a gradativa volta em funcionamento do hospital da entidade em Canoas. Desta maneira, a Fazenda Nacional não deixou de receber as quantias referentes aos leilões e, ao mesmo tempo, a devedora voltou a prestar seus serviços para a comunidade. A conciliação entre a Fazenda Nacional e a CELSP/ULBRA foi fruto de uma série de audiências, e culminou com um acordo nos moldes que a seguir são apresentados. Este permitiu que a ULBRA não só voltasse a funcionar como esteja hoje em dia com os impostos federais posteriores à conciliação. O restante da dívida foi coberto em grande parte pela adjudicação judicial pela UNIÃO dos dois hospitais que eram de propriedade da CELSP em Porto Alegre 2. Foi levado em conta, assim, o caráter social desta entidade, como tantas outras devedoras que são voltadas a atividades essenciais estatais - assim como as grandes empresas privadas que geram milhares de empregos-. Deixou-se de apenas vender o patrimônio e extinguir a empresa, evitando-se a falência da entidade, considerada patrimônio da região, sem qualquer burla a lei de execuções, aplicando-se, unicamente, as técnicas de conciliação, graças à boa vontade de todas as partes, e o empenho dos servidores da 1a Vara Federal de Canoas 3, onde o juiz Guilherme Pinho jurisdicionava na época. A seguir, pretendemos explicar melhor os termos deste acordo, e como ele pode ser aplicado pela Fazenda Nacional em relação a tantas outras grandes devedoras, cuja mera execução de seus bens ao mesmo tempo em que pode acabar por solver um débito tributário, é capaz de criar uma dívida social muitas vezes com valor ainda maior. 2 Matéria das páginas 36/37, da Revista Via Lega do CJF, n. 10/ Hoje Vara Federal Previdenciária e de Execuções Fiscais
5 1. A CELSP/ULBRA A Comunidade Evangélica Luterana São Paulo é uma instituição religiosa criada no município de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, há mais de 100 anos. Em 1911 fundou a sua primeira escola. A ascensão da entidade se iniciou em 1971, quando Ruben Eugen Becker assumiu os projetos educacionais da CELSP, criando o Colégio Cristo Redentor em Canoas, na grande Porto Alegre. A partir daí Ruben Becker criou diversas escolas, e a Universidade Canoense, que depois se tornou Universidade Luterana do Brasil, entidade em que foi Reitor desde sua criação em 1988, até a data em que se afastou do cargo em 17 de abril de A CELSP conta hoje com hoje com 18 (dezoito) colégios, espalhados no Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins, Pará, Rondônia e Amazônia, e com a Universidade Luterana do Brasil Ulbra, que possui 15 (quinze) campi nestes mesmos estados da federação. 2. O ENDIVIDAMENTO DA ENTIDADE Nos últimos anos a CELSP começou a expandir as suas atividades. A entidade passou a dirigir 3 (três) hospitais, uma rede de televisão, outra de rádio, passou a competir em alto nível nas mais diversas práticas esportivas, assim como formou um museu com mais de 700 veículos importados. Em que pese o crescente endividamento, as execuções fiscais começaram a se avolumar quando a CELSP perdeu o caráter de entidade filantrópica em Isso ocorreu a partir da deflagração pela Polícia Federal da chamada Operação Fariseu, que investigou a compra de certificados de entidades filantrópicas perante o Conselho Nacional de Assistência Social CNAS 4. 4 Conversas comprometem pró-reitor da Ulbra Relatório reservado da PF sobre a Operação Fariseu indica que pareceres de integrantes do CNAS sobre concessão de título de filantropia podem ter sido vendidos por até R$ 8 mil. Esses certificados podem render milhões em isenções fiscais para determinadas instituições privadas. O documento mostra ainda comprometedoras conversas de conselheiros, advogados e até de religiosas sobre vinhos, viagens e manipulação de resultados.
6 Com isso a Receita Federal passou a apurar os débitos da CELSP no período não atingido pela prescrição, e iniciou-se em Canoas o ajuizamento de execuções fiscais, num valor total de R$ 2 bilhões. Em face da situação, este juiz iniciou o processo de constrição judicial do patrimônio da Ulbra determinando, a pedido da Fazenda Nacional, a penhora de 5% do faturamento mensal da entidade, o que seria controlado pela empresa de Auditoria Junemann Associados. No período, o Reitor da Ulbra Ruben Becker, que também geria a CELSP por meio de procuração, não efetuou o pagamento dos percentuais exigidos, assim como deixou de pagar os salários de professores e demais funcionários. Iniciou-se, de, forma concomitante, uma operação policial tendo como alvo o Sr. Becker, o Vice-Reitor Leandro Becker (filho de Ruben), contadores e uma série de outros gestores da entidade, tudo culminando com a mudança da reitoria no inicio de Entre as conversas estão alguns diálogos entre o pró-reitor da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), Pedro Menegat, e o advogado Luiz Vicente Dutra. Num deles, de 31 de outubro de 2006, Menegat e Dutra acertam pagar entre R$ 5 mil e R$ 8 mil ao conselheiro Misael Barreto por um parecer. - Vê aquele assunto que eu tinha lhe proposto do conselheiro Misael fazer o parecer do desmembramento, aquilo eu acho importante porque ele é a figura lá que trata da parte jurídica, é o único conselheiro que lida com essas questões - diz Dutra. Menegat concorda: - Me dá uma sugestão. Dentro do critério ali, de sempre. - Eu vou ver cinco mil, cinco ou oito mil - diz o advogado. Num diálogo de 18 de outubro de 2006, Menegat e Dutra já tinham conversado sobre a compra do parecer de Barreto. - Evidentemente que, depois, temos que acertar uma remuneração, que pode até ser pago por meu intermédio - afirma Dutra. O pró-reitor da Ulbra negou a compra de parecer: - Nunca, em momento algum, foi proposto isso (pagamento a Misael). Me é estranha totalmente (a conversa com Dutra). Sempre encaminhei qualquer processo via consultor. Nem sei quem é esse tal de Misael. O CNAS também comunicou que a União Brasileira de Cegos substituiu a sua representação no Conselho, fato que, na avaliação da nova presidente, "deveria ser feito pelos demais conselheiros que estão sob investigação, para o bom funcionamento do colegiado". Simone Albuquerque informa que cancelou a reunião plenária mensal que ocorreria na semana que vem. Até a próxima reunião, marcada para abril, ela pretende revisar os processos que foram julgados e deferidos na reunião do mês de fevereiro, cujos certificados não tenham sido assinados. Ela também determinou que a equipe de análise de processos solicite informações junto à Receita Federal para instrução dos processos que serão julgados nos próximos meses. A nova presidente do CNAS disse também que apóia às investigações que estão sendo feitas pela Polícia Federal e que está contribuindo com todas as informações necessárias ao processo. Em ncia_do_conselho_nacional_de_assistencia_social asp. Visitado em
7 3. O INICIO DA FASE CONCILIATÒRIA As nova gestão da CELSP/ ULBRA assumiu em um momento de absoluta crise. As aulas estavam paralisadas e os professores em greve. Iniciou-se, então, um processo de diálogo intermediado pelo juiz Guilherme Pinho Machado, com os novos dirigentes da devedora e a Fazenda Nacional, representada pelo seu procurador Chefe no Rio Grande do Sul, Diogo Cyrilo, e pelo Procurador Chefe de Seção de Grandes Devedores, Christian Obrador Chaves. Neste momento, já havia se verificado que milhões de reais haviam sido gastos pela antiga gestão da CELSP em bens que nenhuma relação tinham com a entidade, como veículos de luxo, apart hotel Brasília, apartamentos no litoral, loteamentos e etc., todos devidamente penhorados e prontos para irem a leilão. 4. A PRÁTICA CONCILIATÓRIA Após diversas reuniões, no dia 22 de maio de 2009, em audiência pública e com presença maciça da imprensa, os representantes da Fazenda Nacional e da devedora aceitaram a proposta de acordo apresentada pela Justiça Federal nos seguintes termos: a) no prazo de 60 (sessenta) dias a CELSP/ULBRA apresentaria a lista de todos os bens que possuía, salvo os campi, colégios e bens essenciais ao funcionamento destes; b) os bens seriam devidamente avaliados pelos Oficias de Justiça em caráter emergencial; c) o juiz federal de Canoas elaboraria um cronograma de venda judicial de todos estes bens - sujeito à aprovação das partes-, seguindo os
8 leilões as regras do CPC e da Lei de Execuções Fiscais, permitindo-se a venda direta de alguns deles, se expressamente aceito pelas partes, quando se mostrasse mais vantajoso; d) os bens não poderiam ser vendidos num segundo leilão com valor inferior a 90% da avaliação; e) os leiloeiros 5 receberiam as suas comissões a partir de tabela escalonada, que elaborada pelos juízes e partes, variando de 10% (dez por cento) para bens vendidos abaixo de R$ 150 mil, até 3% (três por cento) para os bens vendidos acima de R$ 1,5 milhão; f) No momento de cada venda, 90% da quantia arrecadada seria entregue a CELSP/ULBRA, e 10% para a Fazenda Nacional. A cada mês a CELSP pagaria 5% (cinco por cento ) do valor arrecadado no mês anterior de volta a credora, até devolver, no período de 18 (dezoito) meses, o total conquistado com as vendas. g) Todas as vendas, e a utilização das quantias pela devedora, assim como a devolução dos valores, seriam controlados por uma empresa de auditoria independente, e pela equipe técnica da Fazenda Nacional h) Ficaram suspensos os bloqueios nas contas da CELSP. termos: A ata final da audiência de conciliação teve os seguintes 5 11 leiloeiros realizaram as vendas
9 TERMO DE AUDIÊNCIA EXECUÇÃO FISCAL Nº /RS EXEQUENTE - UNIÃO - FAZENDA NACIONAL EXECUTADO -COMUNIDADE EVANGELICA LUTERANA SAO PAULO APENSO(S) e Aos vinte e sete dias do mês de abril do ano de 2009, às 15h, na sala de audiência da Vara Federal Cível da Subseção Judiciária de Canoas, Seção Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul, presentes o MM. Juiz Federal, Dr. Guilherme Pinho Machado, e: I - Pela parte executada: a) o Magnífico Reitor da Ulbra, Sr. Marcos Ziemer; b) o Procurador Jonas Osmar Dietrich; c) o Pro-Reitor de Administração, Ricardo Muller. II - Pela parte exeqüente: a) o Procurador Christian Frau Obrador Chaves; b) o Procurador José Diogo Cyrillo da Silva; c) o Procurador Rafael Degani. Aberta a Audiência, o Juiz Federal fez uma explanação dos acontecimentos que envolveram os processos de execução fiscal, e as dificuldades criadas pelos ex-dirigentes da Entidade, criando um clima de falta de credibilidade que impedia o estabelecimento de qualquer tipo de conciliação com a parte credora. Após, afirmou que recebeu recentemente a visita do novo representante da entidade, constatando a possibilidade de realização de acordos relativos a certos pontos, que possam permitir o funcionamento normal da Entidade, sem ferir as garantias judiciais da parte credora. Devidos aos documentos apresentados pela equipe de Auditoria do Juízo, e pelo Juízo da 2ª Vara do Trabalho de Canoas, determinou o Juiz Guilherme Pinho Machado fosse dada abertura a investigação criminal, em relação a Sirlei Dias Gomes, Milton Machado e o Escritório Contábil Dilkin e Penteado
10 (MERCONSULT CONSULTORIA EMPRESARIAL S/C LTDA). Com a palavra, o Proc. da Fazenda disse da necessidade de se buscar soluções, com a CELSP, de curto, médio e longo prazo, mediante uma relação de transparência por parte da CELSP. Dada a palavra ao Reitor da Ulbra, houve concordância com os apontamentos da Fazenda Nacional. Foi apresentada pelo Juízo a proposta concreta para que, em 60 (sessenta) dias, a Universidade apresente a relação de patrimônio envolvendo veículos e bens imóveis dos quais teria interesse em desfazer, para fim de, com o produto da alienação, garantir/pagar os créditos executados pela Fazenda Nacional. Em troca, a CELSP/Ulbra pagaria inicialmente um percentual de 10% do produto da arrecadação à Fazenda Nacional, e 5% mensais do produto da arrecadação da venda, até atingir a integralidade do produto da venda, para fim de recuperação das garantias, até o valor final ser completado. A venda poderá ser feita por meio de leiloeiro, inclusive mediante venda por iniciativa particular, cujo produto da arrematação não poderá ser inferior a 90% (noventa por cento) da avaliação. A proposta foi aceita pelas partes. Ficou estabelecido que, até 60 (sessenta) dias, ficarão suspensos quaisquer bloqueios judiciais das contas da CELSP/ULBRA e FULBRA - Fundação Ulbra, tão somente. Após, a questão voltará a ser analisada pela Fazenda Nacional. A Fazenda Nacional questionou ao Reitor da Ulbra quando seria informado o novo corpo jurídico da CELSP/ULBRA. Em resposta, informou o Reitor da Ulbra que, até o final da semana, seria atendida tal solicitação. Ficou estabelecido que a equipe de Auditoria nomeada pela Juízo permaneceria prestando regularmente as atividades, junto à Ulbra, e assessorando a Universidade, na realização da sua contabilidade. (...)
11 Nada mais havendo a ser registrado pelo MM. Juiz Federal, foi determinado o encerramento do presente termo, lavrado por mim, Felipe Rippel Braga, Analista Judiciário. Canoas, 27 de abril de Juiz Federal GGuilherme Pinho Machado Criado por [FRB] Versao [6] por FRB Em: 27/04/2009 4:34:00 PM [ ] Verificado em 16:26:48 14/10/11 5. DOS BENS VENDIDOS EM ACORDO E OS VALORES ARRECADADOS A seguir apresentamos a seqüência de leilões realizados: Julho de 2009: -TERRENO NA RUA PERU, EM CANOAS, MATRÍCULAS , 1.044,45.861,33.334, TERRENO NA AVENIDA VICTOR BARRETO CANOAS, MATRÍCULA VEÍCULOS IMPORTADOS ARRECADADOS R$ 8,7 milhões Agosto de TERRENO NA RUA BOQUEIRÃO, EM CANOAS, MATRÍCULA , , UNIDADE 2 EM IMBÉ Morada do Sol, MATRÍCULA UNIDADE 1 EM IMBÉ Morada do Sol, MATRÍCULA TERRENOS NO LOTEAMENTO MONT SERRAT -14 VEICULOS IMPORTADOS
12 ARRECADADOS R$ 680 mil Setembro de TERRENO NA RUA PERU, EM CANOAS, MATRÍCULAS , 1.044,45.861,33.334, CENTRO EXPERIMENTAL ULBRA, CEULBRA, MONTENEGRO, MATRÍCULA 8.705, , BASA FARMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA, CAXIAS DO SUL -13 VEICULOS IMPORTADOS -43 TERRENOS NO LOTEAMENTO MONT SERRAT ARRECADADOS R$ 26 millhões Outubro de CASA NA RUA DOMINGOS MARTINS EM CANOAS, MATRÍCULA LOJAS CONTIGUAS NO CENTRO COMERCIAL CANOAS, MATRÍCULA 4.982, 4.983, SUÍTE 1007 NO BONAPARTE HOTEL RESIDENCE, BRASÍLIA/DF - HOSPITAL IPIRANGA/CASA DO ESTUDANTE, PORTO ALEGRE, MATRÍCULA , , , TERRENOS NO LOTEAMENTO MONT SERRAT ARRECADADOS R$ 6,1 millhões Novembro de TERRENO NO LOTEAMENTO PALMAS, PALMAS/TO, MATRÍCULA TERRENO NO LOTEAMENTO PALMAS, PALMAS/TO, MATRÍCULA TERRENO COM CONSTRUÇÃO NO LOTEAMENTO PALMAS, PALMAS/TO, MATRÍCULA TERRENO COM CONSTRUÇÃO NO LOTEAMENTO PALMAS, PALMAS/TO, MATRÍCULA CLUBE PALMAS 24,2705HA, PALMAS/TO, SEM MATRÍCULA AVALIAÇÃO: R$ ,00
13 78 TERRENOS NO LOTEAMENTO MONT SERRAT ARRECADADOS R$ 2,4 millhões Dezembro TERRENO NA RUA BOQUEIRÃO, EM CANOAS, MATRÍCULA TERRENO NO LOTEAMENTO PALMAS, PALMAS/TO, MATRÍCULA TERRENO NO LOTEAMENTO PALMAS, PALMAS/TO, MATRÍCULA AREA RURAL NO LOTEAMENTO FAZENDA SANTA CRUZ DO TOCANTINS II, PALMAS/TO, MATRÍCULA TERRENOS NO LOTEAMENTO MONT SERRAT TERRENO NA RUA BOQUEIRÃO, EM CANOAS ARRECADADOS R$ 22,9 millhões 6. DAS VANTAGENS ALCANÇADAS COM A CONCILIAÇÃO A iniciativa conciliatória aproximou e criou uma relação de confiança entre as partes - A Fazenda Nacional e a nova gestão das CELSP/ULBBRA -. Isso possibilitou que a devedora apresentasse a Justiça Federal de Canoas uma série de bens que haviam sido adquiridos na gestão anterior da CELSP, muitos, inclusive, desconhecidos dos processos judiciais. Assim, a totalidade destes acabou sendo vendida, com a devedora, no período de 6 (seis) meses, arrecadado cerca de R$ 66,7 milhões. A soma destas quantias foi totalmente devolvida à Fazenda Nacional até julho de 2011, propiciando que a entidade funcionasse normalmente desde abril de , realizando uma série de ajustes de gestão que se mostraram necessários. 6 Com a noticia do acordo, os professores aceitaram retornar as aulas, mesmo sem o recebimento integral de seus salários
14 Assim, com a volta das aulas a entidade passou a ter novamente fluxo de caixa necessário ao seu normal funcionamento, inclusive com pagamento de novos tributos. Deste modo, a cidade não perdeu seu maior patrimônio, que gera uma renda paralela para milhares de pessoas, permitindo-se que quantias - mesmo que ainda bem inferiores à dívida totalacabassem por permitir o incremento de valores para as atividades da Administração Pública. II. CONCLUSÂO Em entrevista coletiva após a audiência de conciliação afirmou o Procurador Chefe da Fazenda Nacional no RGS Diogo Cyrilo: É um ponto de partida, algo assim talvez inédito na história da justiça brasileira, fruto de um acordo firmado em abril, que deflagra todo um processo de recuperação (...) 7 No caso, tratou-se de uma ação moderna, com a aplicação da legislação de forma a beneficiar a sociedade, o que não se alcançaria nem com extinção da CELSP, nem com o perdão do débito judicial. As partes foram aproximadas com diversas reuniões realizadas em audiências públicas, tendo uma enorme repercussão em todo o estado do Rio Grande do Sul. com divulgação nos mais diversos meios de comunicação 8. A iniciativa serve como exemplo, até porque se mostrou eficiente. Passados mais de dois anos do início dos trabalhos, a entidade que antes quase fechara as suas portas, está hoje em pleno funcionamento, garantido empregos de professores e demais funcionários e a satisfação de toda uma comunidade Conforme anexo
15 ANEXO REPERCUSSÃO SOCIAL DA PRÁTICA
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28 II PRÊMIO CONCILIAR É LEGAL CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ Conciliação com usuários freqüentes (grandes litigantes) e/ ou grandes casos CATEGORIA JUSTIÇA FEDERAL INSCRITO JUIZ FEDERAL GUI LHERME PINHO MACHADO LOTAÇÃO ATUAL 5º JEF PREVIDENCIÁRIO DE PORTO ALEGRE TRIBUNAL FEDERAL REGIONAL DA 4ª REGIÃO JUSTIÇA FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Dados do inscrito: Guilherme Pinho Machado Brasileiro, divorciado, nascido em , RG , CPF , endereço profissional na Av. Otávio Francisco Caruso da Rocha n. 600, 5º andar, fone
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