CASUÍSTICA DAS LEISHMANIOSES NO ESTADO DO PARÁ COM ÊNFASE À MICRORREGIÃO DE CASTANHAL: Um levantamento das notificações no período de 2007 a 2011.

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1 CASUÍSTICA DAS LEISHMANIOSES NO ESTADO DO PARÁ COM ÊNFASE À MICRORREGIÃO DE CASTANHAL: Um levantamento das notificações no período de 2007 a SANTOS, Thiago Vasconcelos 1. RESUMO Descreve-se a casuística da Leishmaniose Visceral (LV) e Tegumentar Americana (LTA) no estado do Pará, com enfoque aos municípios de Bujaru, Castanhal, Inhangapi, Santa Isabel do Pará e Santo Antônio do Tauá, pertencentes à microrregião de Castanhal. Foram utilizados tabulações de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) durante o período de 2007 a 2011 relativos aos agravos em questão e organização dos mesmos em tabelas e gráficos para interpretação e análise. Constatou-se que a microrregião de Castanhal possui baixa casuística para LTA e LV quando comparada à todo o estado do Pará. Entretanto os municípios de Bujaru e Castanhal merecem especial atenção quando comparados com os outros da microrregião, pois apresentam um número elevado de notificações de LV e LTA, respectivamente. Conclui-se que estudos mais detalhados sobre o perfil epidemiológico dos casos notificados nos municípios que mereceram especial atenção no presente trabalho auxiliem no esclarecimento dos agravos. Palavras-chave: Leishmanioses. Notificação. Microrregião. Castanhal. 1. INTRODUÇÃO O temo Leishmanioses é assim pluralizado por compreender um complexo de entidades mórbidas transmitidas em condições ecológicas propícias, como a presença do vetor flebotomíneo e de mamíferos silvestres que atuam como reservatórios naturais da doença humana. Dividida em um pólo dermotrópico (Leishmaniose Tegumentar Americana) e outro viscerotrópico (Leishmaniose Visceral), as Leishmanioses são consideradas pela Organização Mundial da Saúde como umas das cinco doenças infecto-parasitárias endêmicas de maior relevância e um problema de saúde pública mundial (WHO, 2004). 1 Possui graduação em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará (2007), especialização em Saúde Pública pela FACINTER/IBPEX (2010), mestrado em doenças tropicais pelo Núcleo de Medicina Tropical /UFPA (2010). Atualmente é Tecnologista em Pesquisa e Investigação Biomédica do Instituto Evandro Chagas (IEC) e Professor Adjunto I da Universidade da Amazônia (UNAMA). Atua nos seguintes temas: Entomoepidemiologia das Leishmanioses (IEC), Fundamentos de Enfermagem e Parasitologia (UNAMA). Amazônia em Foco, Castanhal, v. 2, n.2, p , jan./jun.,

2 Nesse contexto, são expressivos os estudos sobre a doença na Amazônia, em especial no estado do Pará em vista aos mais de 30 anos de pesquisas realizadas no Instituto Evandro Chagas em colaboração com Wellcome Trust levando ao pioneirismo nas técnicas de diagnóstico clínico e etiológico, bem como o avanço no conhecimento vetorial (LAINSON, 2010). O Estado do Pará possui excepcionais características para o desenvolvimento da pecuária e expansão de fronteiras agrícolas (Braga Filho et al, 2010). Entretanto este avanço requer numerosa frente de trabalho e abertura de grandes áreas florestais, favorecendo o aparecimento de diversos agravos infecciosos ou não, decorrente da expansão dessas fronteiras e conseqüente ocupação desordenada em ambientes propícios a surtos epidêmicos, como é o caso das Leishmanioses (FNS, 2000). Dentre as diversas microrregiões do estado do Pará, destaca-se a de Castanhal pelo seu intenso fluxo migratório e atividade agropecuária. Pertence à mesorregião Metropolitana de Belém e possui população estimada em habitantes distribuída em uma área total de 3.760,738 km² (IBGE, 2006). É compreendida de cinco municípios: Bujaru, Castanhal, Inhangapi, Santa Isabel do Pará e Santo Antônio do Tauá. No que tange à saúde, essa microrregião é coberta pelo 2º e 3º Centro Regional de Saúde (CRS) da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (SESPA, 2013). Destaca-se entre os diversos objetivos do Programa de Controle das Leishmanioses, a notificação dos casos por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sinan (BRASIL, 2006, 2007). Este sistema é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (BRASIL, 2011). Embora de acesso livre, a tabulação dos dados pode ser considerada uma tarefa laboriosa e fontes secundárias de informações, como relatórios técnicos e artigos de revisão podem ser mais acessíveis ao público interessado. Deste modo, o presente trabalho objetivou apresentar e discutir a casuística das Leishmanioses Visceral e Tegumentar na microrregião de Castanhal. 2 METODOLOGIA Trata-se de um estudo observacional, descritivo com abordagem quantitativa em que foram utilizados como fonte de dados as tabulações disponibilizadas no Portal da Saúde Ministério da Saúde (MS), mediante acesso ao link da homepage do Sistema de Informação Amazônia em Foco, Castanhal, v. 2, n.2, p , jan./jun.,

3 Casuística das Leishmanioses no Estado do Pará com ênfase à Microrregião de Castanhal: Um levantamento das notificações no período de 2007 a de Agravos de Notificação SinanWeb, disponível em: O intervalo selecionado compreendeu de 2007 a Optou- se por este período devido ser o mais recente disponibilizado pelo sistema SinanWeb até a finalização deste manuscrito. Devido a variável microrregião não estar disponível em período anterior a 2007, este estudo limitou-se ao intervalo de 4 anos. Deste modo, as variáveis eleitas a serem investigadas foram: ano de notificação, mês de notificação, microrregião de notificação e município de notificação. Os resultados foram organizados em tabelas e gráficos de séries históricas com auxílio do software Microsoft Excel 2007, cujas interpretações e discussões serão expostas a seguir. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 CASUÍSTICA DAS LEISHMANIOSES NO ESTADO DO PARÁ ENTRE 2007 A 2011 Para compreender melhor o panorama das leishmanioses na microrregião de Castanhal, optou-se por expor primeiramente os dados da casuística no estado para se ter parâmetros comparativos. Os resultados de Leishmaniose Visceral são expressos na tabela 1. Para a pesquisa da Leishmaniose Tegumentar, a variável mês de notificação não é disponibilizada e deste modo a distribuição dos casos foi tabulada apenas em nível de ano (tabela 2). Tabela 1- Frequência por mês e ano da notificação dos casos de LV notificados no estado do Pará no intervalo de 2007 a Mês ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez total Amazônia em Foco, Castanhal, v. 2, n.2, p , jan./jun.,

4 Na figura 1 pode-se perceber que, tomando como base a média do número de notificações para LV realizadas entre 2007 e 2011 no estado do Pará, o mês de junho (6) apresentou maior valor (39,2) em relação aos demais períodos. Figura 1- Média do número de notificações de LV no estado do Pará (eixo x) por mês (eixo y), durante o período de 2007 a Tabela 2- Distribuição dos casos de LTA notificados no estado do Pará no intervalo de 2007 a Ao comparar os valores totais das tabelas 1 e 2, constata-se imediatamente a diferença entre a casuística da LTA e LV no estado do Pará, corroborando com achados epidemiológicos expressos na literatura oficial em que os casos de LTA superam em mais de 15 vezes os de LV (BRASIL, 2006, 2007). A diversidade de agentes etiológicos e vetores, bem como a maior rapidez diagnóstica pode ser fator condicionante a essa variação. 3.2 CASUÍSTICA DAS LEISHMANIOSES NAS DIVERSAS MICRORREGIÕES DO ESTADO DO PARÁ NO ANO DE 2011 Quando se faz uma comparação com a distribuição de casos de LTA nas microrregiões do Pará, tem se ideia de um ranking liderado pela microrregião de Altamira (Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilância, Pacajá, Senador José Prfírio, Uruará e Vitória do Xingu) com 629 casos notificados em 2011, enquanto a microrregião de Castanhal ocupa a 19ª posição, com Amazônia em Foco, Castanhal, v. 2, n.2, p , jan./jun.,

5 Casuística das Leishmanioses no Estado do Pará com ênfase à Microrregião de Castanhal: Um levantamento das notificações no período de 2007 a casos notificados. Ressalta a importância epidemiológica da microrregião de Altamira no contexto da LTA no Pará devido a multifatores, sendo os principais, elevada área geográfica, já que o município de Altamira é considerado o maior do planeta em extensão territorial e o elevado fluxo migratório e ação antrópica relacionado particularmente à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Na comparação da distribuição de casos de LV, a microrregião de Belém lidera as notificações da doença e a microrregião de Castanhal ocupa a 7ª posição. Deve-se atentar para esta análise o fato de que o que está sendo levado em consideração são os municípios das notificações e não necessariamente o da ocorrência dos casos. Deste modo, a maioria dos casos de LV requerem atendimento especializado, bem como diagnóstico sorológico, muitas vezes disponível nos centros urbanos, levando comumente à notificação na capital. Amazônia em Foco, Castanhal, v. 2, n.2, p , jan./jun.,

6 de Tabela 3- Distribuição dos casos de LTA e LV notificados por microrregião do estado do Pará no ano microrregião casos de LTA microrregião Casos de LV Altamira 629 Belém 117 Santarém 421 Cametá 75 Paragominas 398 Tomé-Açu 65 Tomé-Açu 340 Conceição do Araguaia 32 Guamá 267 Guamá 22 Itaituba 264 Arari 15 Tucuruí 256 Castanhal 13 Portel 193 Santarém 11 Parauapebas 170 Tucuruí 8 Almeirim 153 Paragominas 2 Marabá 142 Furos de Breves 1 Óbidos 137 Marabá 1 São Félix do Xingu 104 Redenção 1 Bragantina 90 São Félix do Xingu 1 Cametá 69 Redenção 65 Furos de Breves 45 Conceição do Araguaia 36 Castanhal 29 Salgado 15 Belém 13 Arari 3 TOTAL TOTAL 364 Amazônia em Foco, Castanhal, v. 2, n.2, p , jan./jun.,

7 Casuística das Leishmanioses no Estado do Pará com ênfase à Microrregião de Castanhal: Um levantamento das notificações no período de 2007 a CASUÍSTICA DAS LEISHMANIOSES NA MICRORREGIÃO DE CASTANHAL, ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2007 A 2011 Ao comparar a proporção de casos de LTA com os de LV na microrregião de Castanhal (tabela 5), percebe-se que mesmo a forma dermotrópica sendo mais notificada que a viscerotrópica, essa proporção (1/3) não é tão discrepante quando comparado ao estado do Pará com um todo (1/17). Quando se faz uma análise temporal das notificações dos casos de Leishmanioses durante os anos investigados, não se observa discrepância nos valores, mantendo uma média de 30 notificações/ano para LTA e 11,2 notificações/ano para LV. Tabela 5- Distribuição por ano dos 150 casos de LTA e dos 56 casos de LV notificados na microrregião de Castanhal no período de 2007 a 2011 Ano Total LTA LV CASUÍSTICA DAS LEISHMANIOSES NOS DIFERENTES MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DE CASTANHAL, ESTADO DO PARÁ NO PERÍODO DE 2007 A Estratificando as notificações da microrregião de Castanhal por cada município que a compõe, observa-se que Bujaru (tabela 6, figura 2) é o que mais colabora para a casuística da LV, com 48 notificações no período estudado e média de 9,5 notificações/ano. Este dado vem sendo motivo de sucessivas investigações entomoepidemiológicas do Laboratório de Leishmanioses do Instituto Evandro Chagas, no intuito de esclarecer fatores ecológicos condicionantes ao estabelecimento do ciclo do parasita/ vetor na região, bem como o perfil clínico/ imunológico dos infectados (comunicação pessoal). Figura 2- Distribuição das notificações de LTA e LV por município da microrregião de Castanhal no período de 2007 a Amazônia em Foco, Castanhal, v. 2, n.2, p , jan./jun.,

8 Ainda que o número de notificações neste município seja alto, a proximidade com a capital, em especial a localidade de Traquateua, de fácil acesso via alça viária, pode levar a alguns casos autóctones serem notificados em Belém. Tabela 6- Distribuição por ano de 1 notificação de LTA e 48 notificações de LV notificados no município de Bujaru no período de 2007 a Casos Total LTA LV Na Tabela 7, são apresentados os dados do município de Castanhal. Nota-se elevada casuística de LTA, com 108 notificações entre 2007 a 2011 (figura 2), com média de 21,5 notificações/ano. Acredita-se que o intenso fluxo migratório e exponencial abertura de frentes de trabalho estejam relacionadas a essa liderança na casuística da endemia em relação aos demais municípios da região. Entretanto, como Castanhal é um polo urbano considerável e sede da 10º CRS, muitos pacientes de outros municípios poderiam ser diagnosticados e notificados nesse município, como ocorre com a LV em Belém. Tabela 7- Distribuição por ano dos 108 casos de LTA e 4 casos de LV notificados no município de Castanhal no período de 2007 a Casos Total LTA LV Amazônia em Foco, Castanhal, v. 2, n.2, p , jan./jun.,

9 Casuística das Leishmanioses no Estado do Pará com ênfase à Microrregião de Castanhal: Um levantamento das notificações no período de 2007 a Nas tabelas 8, 9 e 10 são expressos os resultados referentes aos municípios de Inhangapi, Santa Isabel do Pará e Santo Antônio do Tauá, respectivamente. Em termos gerais, os três municípios são pouco colaborativos para a casuística das leishmanioses, tanto para LTA quanto para LV. Ressalta-se o caso de Santo Antônio do Tauá, que não registra nenhuma notificação de LV no período analisado (2007/2011). Tabela 8- Distribuição por ano dos 24 casos de LTA e 1 caso de LV notificados no município de Inhangapi no período de 2007 a Casos Total LTA LV Ainda assim Inhangapi apresenta 24 casos de LTA notificados nos 4 anos pesquisados. Sobre esse município, estudos recentes sobre a diversidade faunística de Phlebotominae identificaram em comunidades quilombolas potenciais transmissores de LTA (CALDEIRA et al.; 2012). Estudos de investigação da taxa de infecção destes insetos podem auxiliar no esclarecimento da eco-epidemiologia da LTA na região e estão em fase de realização (comunicação pessoal). Tabela 9- Distribuição por ano dos 10 casos de LTA e 3 casos de LV notificados no município de Santa Isabel do Pará no período de 2007 a Casos Total LTA LV Tabela 10- Distribuição por ano dos 7 casos de LTA notificados no município de Santo Antônio do Tauá no período de 2007 a Casos Total LTA Amazônia em Foco, Castanhal, v. 2, n.2, p , jan./jun.,

10 4 CONCLUSÃO Este trabalho demonstrou que, embora em relação ao montante das notificações realizadas em todo estado do Pará a microrregião de Castanhal seja pouco representativa, possui uma casuística considerável e merecedora de investigação, em vista de não haver uma distribuição de casos homogênea em todos os municípios durante o período de 2007 a Ressalta-se neste contexto a elevada casuística de LV em Bujaru e de LTA em Castanhal. Deste modo, reitera-se que estudos que esclareçam mais detalhadamente o perfil epidemiológico dos casos nos municípios da microrregião são necessários para maior entendimento das leishmanioses, bem como a proposição de medidas preventivas. LEISHMANIOSES CASES IN THE STATE OF PARA WITH EMPHASIS ON THE MICROREGION CASTANHAL: A study of notifications in the period ABSTRACT: In this present paper is described a case series of Visceral Leishmaniasis(VL) and cutaneous Leishmaniasis(CL) in the state of Pará, focusing on municipalities Bújaru, Castanhal, Inhangapi, SantaIsabel do Pará and Santo Antonio do Tauá, belonging to microregion of Castanhal. We used tabulations of data from the Information System for Notifiable Diseases (Sinan) during the period from 2007 to 2011for the diseases, and organize the minto tables and graphs for analysis and interpretation. It was found that the micro-region of Castanhal has low sample for LTA and LV compared to the entire state of Pará. However the municipalities of Bujaru and Castanhal deserve special attention when compared with others micro- egion, since they have in this last 4-year period a high number of notifications of VL (48 cases)and LTA (108 cases), respectively. We conclude that more detailed studies on the epidemiological profile of cases reported in the municipalities that received particular attention in this paper assist in resolving the grievances. Keywords: Leishmaniasis. Notification.Micro- region.castanhal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Amazônia em Foco, Castanhal, v. 2, n.2, p , jan./jun.,

11 Casuística das Leishmanioses no Estado do Pará com ênfase à Microrregião de Castanhal: Um levantamento das notificações no período de 2007 a BRASIL, Portaria GM/MS Nº 104, DE 25 de Janeiro de BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral. Brasília: Ministério da Saúde, p BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana, Brasília: Ministério da Saúde, 182p., 2007 BRAGA FILHO, E.; RAMOS, O. S.; FREITAS, J.A. Inquérito sorológico de Toxoplasma gondii em ovinos na microrregião Castanhal, Pará, Brasil. Arquivos do Instituto de Biologia de São Paulo. v.77, n.4, p , CALDEIRA, R. D. et al. Diversidade faunística de flebotomíneos (DIPTERA: PSYCHODIDAE) em comunidades Quilombolas do Município de Inhangapi, Estado do Pará. In: Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária, 17., 2012, São Luís. Anais...São Luís, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores. Disponível em: < 2006>. Acesso em: 02 fev LAINSON, R. Espécies neotropicais de Leishmania: uma breve revisão histórica sobre sua descoberta, ecologia e taxonomia. Revista Pan - Amazônica de Saúde; v.1, n. 2, p.13-32, 2010 FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Manual de controle da leishmaniose tegumentar americana. Brasília: Ministério da Saúde, SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA. Centros Regionais de Saúde SESPA. Disponível em: < Acesso em: 12 fev WORLD HEALTH ORGANIZATION: Special Programme for Research and Training in Tropical Disease. Report on leishmaniasis. (Scientific Working Group). Geneva, Amazônia em Foco, Castanhal, v. 2, n.2, p , jan./jun.,