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1 HUMANAS INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto a seguir, que servirá de base para as respostas de questões de História, Geografia e Língua Portuguesa. Os sertões A Serra do Mar tem um notável perfil em nossa história. A prumo sobre o Atlântico desdobra-se como a cortina de baluarte desmedido.deencontroàssuasescarpasembatia,fragílima, a ânsia guerreira dos Cavendish e dos Fenton. No alto, volvendo o olhar em cheio para os chapadões, o forasteiro sentia-se em segurança. Estava sobre ameias intransponíveis que o punham do mesmo passo a cavaleiro do invasor e da metrópole. Transposta a montanha arqueada como a precinta de pedra de um continente era um isolador étnico e um isolador histórico. Anulava o apego irreprimível ao litoral, que se exercia ao norte; reduzia-o a estreita faixa de mangues e restingas, ante a qual se amorteciam todas as cobiças, e alteava, sobranceira às frotas, intangível no recesso das matas, a atração misteriosa das minas... Ainda mais o seu relevo especial torna-a um condensador de primeira ordem, no precipitar a evaporação oceânica. Os rios que se derivam pelas suas vertentes nascem de algum modo no mar. Rolam as águas num sentido oposto à costa. Entranham-se no interior, correndo em cheio para os sertões. Dão ao forasteiro a sugestão irresistível das entradas. A terra atrai o homem; chama-o para o seio fecundo; encanta-o pelo aspecto formosíssimo; arrebata-o, afinal, irresistivelmente, na correnteza dos rios. Daí o traçado eloqüentíssimo do Tietê, diretriz preponderante nesse domínio do solo. Enquanto no S. Francisco, no Parnaíba, no Amazonas, e em todos os cursos d água da borda oriental, o acesso para o interior seguia ao arrepio das correntes, ou embatia nas cachoeiras que tombam dos socalcos dos planaltos, ele levava os sertanistas, sem uma remada, para o rio Grande e daí ao Paraná e ao Paranaíba. Era a penetração em Minas, em Goiás, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Mato Grosso, no Brasil inteiro. Segundo estas linhas de menor resistência, que definem os lineamentos mais claros da expansão colonial, não se opunham, como ao norte, renteando o passo às bandeiras, a esterilidade da terra, a barreira intangível dos descampados brutos. Assim é fácil mostrar como esta distinção de ordem física esclarece as anomalias e contrastes entre os sucessos nos dous pontos do país, sobretudo no período agudo da crise colonial, no século XVII. Enquanto o domínio holandês, centralizando-se em Pernambuco, reagia por toda a costa oriental, da Bahia ao Maranhão, e se travavam recontros memoráveis em que, solidárias, enterreiravam o inimigo comum as nossas três raças formadoras, o sulista, absolutamente alheio àquela agitação, revelava, na rebeldia aos decretos da metrópole, completo divórcio com aqueles lutadores. Era quase um inimigo tão perigoso quanto o batavo. Um povo estranho de mestiços levantadiços, expandindo outras tendências, norteado por outros destinos, pisando, resoluto, em demanda de outros rumos, bulas e alvarás entibiadores. Volvia-se em luta aberta com a corte portuguesa, numa reação tenaz contra os jesuítas. Estes, olvidando o holandês e dirigindo-se, com Ruiz de Montoya a Madri e Díaz Taño a Roma, apontavam-no como inimigo mais sério. De feito, enquanto em Pernambuco as tropas de van Schkoppe preparavam o governo de Nassau, em São Paulo se arquitetava o drama sombrio de Guaíra. E quando a restauração em Portugal veio alentar em toda a linha a repulsa ao invasor, congregando de novo os combatentes exaustos, os sulistas frisaram ainda mais esta separação de destinos, aproveitando-se do mesmo fato para estadearem a autonomia franca, no reinado de um minuto de Amador Bueno.

2 história 2 Não temos contraste maior na nossa história. Está nele a sua feição verdadeiramente nacional. Fora disto mal a vislumbramos nas cortes espetaculosas dos governadores, na Bahia, onde imperava a Companhia de Jesus com o privilégio da conquista das almas, eufemismo casuístico disfarçando o monopólio do braço indígena. (EUCLIDES DA CUNHA. Os sertões. Edição crítica de Walnice Nogueira Galvão. 2 ed. São Paulo: Editora Ática, 2001, p ) Questão 1 Por que Euclides da Cunha considera o rio Tietê fundamental para a exploração colonial e qual é a sua situação nos tempos atuais, em seu trecho paulistano? Para Euclides da Cunha, o rio Tietê possui um papel fundamental para a exploração colonial, uma vez que "ele levava os sertanistas, sem uma remada, para o rio Grande e daí ao Paraná e ao Paranaíba". São Paulo era, na primeira metade do século XVII, uma vila muito pobre, grande parte de sua população vivia isolada e na pobreza; sendo assim, buscavam aliviar sua situação partindo em expedições para o interior, que buscavam, no apresamento de indígenas e na pesquisa mineral, alternativas econômicas de sobrevivência. Durante os séculos XVII e XVIII, as Bandeiras dilataram o território português para o Sul e Centro-Sul do Brasil; os bandeirantes destruíram as missões espanholas na bacia do rio Paraná (Tape, Itatim e Guaíra), realizando o apresamento de rebanhos, e fundaram núcleos de povoamento (Laguna e Curitiba). A partir do final do século XVII, descobriram em Minas Gerais (1693), Mato Grosso (1718) e Goiás (1725) as primeiras jazidas rentáveis de ouro do Brasil. A descoberta do ouro em Cuiabá (MT) provocou o início de monções, expedições realizadas ao longo do século XVIII, que, partindo de Porto Feliz (SP), seguiam pelos cursos do rio Tietê, Paraná e Paraguai até chegarem ao Mato Grosso. Nos tempos atuais, o rio Tietê, no seu trecho que corta a cidade de São Paulo (Alto Tietê), passa por um processo de degradação ambiental, fruto principalmente da poluição industrial e do esgoto doméstico da área metropolitana. Pode-se citar a existência do Projeto Tietê, que no trecho paulistano realizaram-se obras de aprofundamento da calha do rio, do plantio de vegetação ciliar em suas margens e um melhor controle e tratamento dos dejetos industriais e domésticos. Questão 2 Segundo o texto de Euclides da Cunha, houve duas colonizações portuguesas no Brasil, diferentes e contrastantes. Escreva sobre as diferenças apresentadas pelo texto entre a colonizaçãodonorteeadosul,noqueserefere à relação dos colonos com a metrópole portuguesa. O texto destaca os condicionamentos físicos das duas regiões. O sul, com as escarpas da Serra do Mar e com um litoral estreito e alagadiço, tornava difícil a ocupação litorânea e, ao mesmo tempo, transpor as escarpas em direção ao planalto se constituía em obstáculo para possíveis invasores; ao mesmo tempo, os primeiros povoadores, uma vez no planalto, eram convidados a desbravar o interior, pois o rio Tietê corria nesta direção ao interior. Essas características deram, por sua vez, origem a uma sociabilidade distinta, de homens rudes que viviam de subsistência, estavam de certa forma isolados da metrópole e tiveram que tomar iniciativa própria para garantir sua sobrevivência. Episódios externos, como o domínio espanhol, propiciaram condições de desbravamento do interior para muito além do meridiano de Tordesilhas. Ao desbravar os sertões do interior, enfrentaram os jesuítas para apresar indígenas, buscaram e acharam metais preciosos, e, em sua luta pela sobrevivência, vieram a ter um papel decisivo na exploração, conquista e ocupação do território que um dia viria a se constituir no Brasil atual. Já o Norte, por contraste, com litoral mais extenso, propício ao plantio da cana-de-açúcar, por sua vez, veio a dar origem a uma outra sociabilidade. Houve uma maior integração com a economia metropolitana, quer como mercado fornecedor, quer como mercado consumidor de produtos da metrópole. Como estava por esta via integrada ao circuito das grandes linhas do comércio internacional, foi objeto de cobiça dos franceses, ingleses e holandeses, sendo que estes últimos vieram a se estabelecer na Bahia por um curto período ( ) e por um período mais extenso em Pernambuco ( ). Nesta região, os colonos lutaram contra o domínio holandês e, ao mesmo tempo, formaram uma elite local poderosa, proprietária de terras e escravos, que a partir

3 história 3 de um determinado momento teve condições de perceber as vantagens do livre-comércio quando comparado ao regime de monopólios imposto pela metrópole. É no interior dessas elites que vêm a se formar quadros suficientemente politizados, com um papel decisivo no processo de rompimento de laços políticos com a metrópole. Questão 3 Sobre o domínio holandês citado por Euclides da Cunha, explique os interesses econômicos em jogo e identifique os grupos sociais envolvidos nos choques memoráveis travados no período dessa ocupação. Companhia das Índias Ocidentais, iniciaram a Insurreição Pernambucana, que resultou na expulsão dos holandeses de Pernambuco. Portanto, em relação ao contexto interno, a luta estava tanto associada a um sentimento nativista, que exigia a expulsão do invasor holandês, quanto à situação de endividamento dos proprietários de engenhos com os holandeses. A insurreição teve início em um engenho de propriedade de João Fernandes Vieira, que era o segundo grande devedor da Companhia (o primeiro era seu sogro). Alguns autores falam de uma união das etnias que formam o povo brasileiro na luta contra os holandeses, fazendo referência à participação dos negros como Henrique Dias e de índios como Filipe e Clara Camarão. Portugal e os Países Baixos, antes do domínio espanhol ( ), mantinham um intenso intercâmbio comercial. Os navios holandeses traziam, do norte da Europa para os portos portugueses, trigo, madeira, metais, manufaturas diversas e produtos de sua própria indústria, e levavam, dos portos portugueses, sal de Setúbal, vinhos, especiarias, drogas do Oriente e da África e açúcar e madeiras do Brasil. Na medida em que se desenvolve a economia açucareira no Brasil, de maneira geral, as tarefas de produção do açúcar estão ligadas a capitais portugueses, enquanto o transporte, o refino e a distribuição do açúcar no mercado europeu eram realizados pelos holandeses, chegando a haver registros de financiamento de engenhos por seus capitais. Nessa época, os Países Baixos faziam parte dos domínios dos Habsburgos espanhóis, e disputas econômicas e religiosas levaram à guerra de independência dos Países Baixos contra a Espanha ( ). Por outro lado, em pleno período da guerra entre a Espanha e os Países Baixos, em 1580, Portugal passa ao domínio espanhol. O governo espanhol passa a estabelecer embargos aos navios holandeses que atracavam nos portos portugueses. Em 1621, foi fundada em Amsterdã (Holanda) a Companhia das Índias Ocidentais, que irá organizar os ataques holandeses ao Brasil. A primeira ação de envergadura da Companhia foi o ataque à Bahia em Os holandeses ocuparam Salvador durante um ano até serem expulsos em Em 1630 teve início um segundo ataque, desta vez contra a capitania de Pernambuco, onde os holandeses permaneceram por vinte e quatro anos, sendo expulsos em Na luta contra os holandeses, destacaram-se os senhores de engenho que, endividados com a Questão 4 Processos de colonização distintos, como os apresentados pelo texto, dificultaram a integração econômica do vasto território brasileiro. Qual foi a contribuição da exploração de metais preciosos, no século XVIII, e a da industrialização, no século XX, para uma maior integração econômica e territorial do país? A mineração era uma atividade altamente especializada; o metal precioso era o ouro de aluvião, o que propiciou a organização da atividade econômica em grandes, médias e pequenas unidades de produção, por esta via levando a uma utilização mais extensiva da mão-de-obra por um vasto território e uma maior distribuição da renda quando comparada à economia açucareira nordestina. As características da mineração levaram à expansão do setor de subsistência e criaram condições para a formação de uma economia de mercado interno. Formaram-se centros urbanos na região mineradora, que se tornaram importantes mercados de consumo. Houve um grande afluxo populacional para aquela região de tal forma que se tornou um centro ao qual produtos dos longínquos espaços da Colônia eram encaminhados para o consumo, integrando por esta via o território que viria a ser o Brasil. A industrialização concentrou-se inicialmente no Sudeste, especialmente no eixo Rio São Paulo. A integração econômica realizou-se de várias maneiras; entretanto, merece um destaque especial

4 história 4 o deslocamento de populações das mais remotas regiões para os centros industriais, em busca de emprego. Outra forma de integração foi por intermédio do estabelecimento de relações entre regiões agrícolas, de extração mineral e vegetal, como fontes de matérias-primas insumos para a produção industrial. Em ambos os casos ocorreu um importante estímulo para o estabelecimento de vias de comunicação marítima, ferroviária e rodoviária entre aquelas regiões e o centro industrial. A demanda por insumos, bens e serviços do centro industrial acabou por estimular a formação de frentes pioneiras em espaços que ainda não haviam sido devidamente ocupados e explorados; portanto, favoreceu a maior integração econômica e territorial do país. Questão 5 Os territórios da América colonial, onde foram encontradas grandes jazidas de metais preciosos, pertenciam à Espanha e a Portugal. Apesar dessas riquezas, Espanha e Portugal não se industrializaram no século XVIII, como a Inglaterra. Caracterize a relação entre exploração colonial, baixo desenvolvimento industrial dos países ibéricos e industrialização da Inglaterra. Como é sabido, os países ibéricos construíram vastos impérios coloniais em quase todos os continentes na época do Antigo Sistema Colonial da época mercantilista. Portugal destacou-se na exploração da costa africana, na conquista da Índia e da América. A Espanha, para além das posições na Ásia e África, controlou as regiões produtoras de metais preciosos na América. Não obstante o pioneirismo ibérico e os vastos territórios sob seu controle, é igualmente sabido que, do ponto de vista econômico, quando comparados a outras potências européias na época, Portugal e Espanha tiveram um papel marginal e ficaram entre os estados menos dinâmicos e mais atrasados da Europa, enquanto a Inglaterra, por exemplo, com muito menos recursos, veio a se tornar a pioneira da Revolução Industrial e ficara conhecida como o empório do mundo inconteste entre meados do século XVIII e a primeira década do século XIX, quando outros estados se industrializam e instaura-se uma brutal concorrência entre potências industriais. Portugal e Espanha, por sua vez, permaneceram no atraso. Até hoje, economistas e historiadores debatem sobre as razões desse descompasso sem existir uma unanimidade. O que se segue são alguns dos argumentos que se utilizam para procurar uma resposta a tal questão. Há uma vertente que destaca diferenças culturais entre países de cultura católica, como os países ibéricos, mais conservadores, e os de cultura protestante, que valorizariam a livre iniciativa, o individualismo e o empreendedorismo, características da empresa capitalista. Outra vertente destaca a rede de relações e hierarquias que se estabelecem a partir destas, especialmente no âmbito do comércio e navegação internacionais. Neste contexto, os países ibéricos teriam ficado com o ônus da organização e controle do sistema produtivo, enquanto os Países Baixos e, em seguida, a Inglaterra teriam se apropriado das etapas de logística, ou seja, o transporte, armazenamento, beneficiamento e distribuição dos produtos no mercado internacional, auferindo assim os melhores frutos da exploração colonial. Outra vertente ainda acentua a questão dos termos de intercâmbio entre bens manufaturados que eram produzidos na Inglaterra e matérias-primas produzidas nas colônias ibéricas. Cada aumento geral da renda obtido não significa uma ampliação em igual proporção de produtos primários, especialmente alimentos; ou seja, haveria limites na demanda de produtos primários, enquanto se nota uma tendência de que um acréscimo da renda leve a um aumento cada vez maior do consumo de produtos manufaturados e de serviços em geral, de tal forma que na troca entre produtores de bens primários e produtores de bens manufaturados e serviços, há uma nítida vantagem para estes últimos. Assim, a Inglaterra, produtora de manufaturas, por intermédio de uma poderosa Marinha, teria auferido para si os melhores frutos da exploração colonial. Portugal e Espanha teriam ficado como intermediários entre as colônias e o dinamismo econômico britânico. Para além disso, a supremacia inglesa garantiu-lhes a imposição de tratados de comércio com os países ibéricos, que eram nitidamente favoráveis à potência manufatureira, como, por exemplo, o caso do Tratado de Methuen com Portugal, em Enfim, os recursos das potências ibéricas eram canalizados para o controle e manutenção de suas colônias enquanto a Inglaterra tratava de transformar seus recursos em acumulação de capitais, modernização de instituições e de sistemas produtivos, que estão nas origens da Revolução Industrial.

5 história 5 Questão 6 A palavra colonização deriva do verbo latino colo, com significado de morar e ocupar a terra. Nesse sentido geral, o termo colonização aplica-se a deslocamentos populacionais que visam ocupar e explorar novas terras. Nos séculos VIII e VII a.c., os gregos fundaram cidades na Ásia Menor, na península itálica, na Sicília, no norte da África. Identifique algumas das características desse processo de colonização que o diferenciam da colonização realizada pelos europeus no continente americano nos séculos XVI ao XIX. Na Antiguidade, as iniciativas colonizadoras tiveram inicialmente um caráter mercantil estrito; os fenícios criaram pelo Mediterrâneo (em seu apogeu, entre os séculos XV-X a.c.) numerosos entrepostos com dupla função trocas com povos locais e reabastecimento das frotas mercantes que, eventualmente, podiam tornar-se poderosos estados, como foi o caso de Cartago. Mais tarde, no mundo grego, a pressão demográfica do Período Arcaico (séculos VIII-VI a.c.) levou ao surgimento de colônias de povoamento, novas pólis espalhadas pelo mar Negro e pelo Mediterrâneo com destaque para o sul da Itália, a Magna Grécia, colônias estas que mantiveram ativo comércio com as cidades do Egeu, mas sem vínculos de subordinação de nenhuma espécie. Por fim, os romanos criaram também colônias nos territórios conquistados por suas legiões, mas o fizeram com claro intuito estratégico: plebeus soldados (em geral da reserva) estabeleciam-se em áreas de fronteira, com suas famílias, em terras cedidas pelo Estado, transformando tais núcleos de pequenos proprietários em guarnições, exércitos de retaguarda nos limites do império. Em síntese, a colonização na Antiguidade voltava-se ao povoamento, com objetivos estratégicos e mercantis associados mas sem uma submissão política ou econômica direta. Já no caso das colônias americanas, evidencia-se um caráter de exploração econômica, subordinando as atividades aqui desenvolvidas aos interesses das metrópoles européias, numa dependência consagrada no conceito de Pacto Colonial. Logo, tudo se encaminhava para uma lógica predatória, extraindo recursos disponíveis (minérios e madeiras, em geral mediante o trabalho compulsório indígena) e produzindo gêneros tropicais lucrativos (açúcar, tabaco, cacau, algodão) tirando proveito de solos, climas e outras vantagens naturais. Nota-se ainda a predominância do meio rural (ao contrário do caráter urbano da Antiguidade) e a ausência de pressões demográficas ao contrário, fez-se necessário mobilizar indígenas e africanos para realizar as metas de lucro pretendidas. Nesse contexto, a colonização na América constituiu-se como uma grande empresa mercantil, parte de um processo de expansão com motivações econômicas, subordinando plenamente os novos territórios aos seus fundadores (na verdade, conquistadores). Questão 7 Observe a fotografia dos habitantes de Canudos aprisionados pelas tropas federais em Caracterize as circunstâncias sociais da formação do arraial de Canudos e o contexto histórico de sua destruição. A Revolta de Canudos ( ), liderada pelo beato Antônio Conselheiro, no sertão da Bahia, é considerada um exemplo de "movimento social de caráter messiânico", em que o líder promete a instauração do paraíso terrestre. Entre os fatores da revolta, destacamos o abandono social e econômico em que vivia aquela população no interior da Bahia, onde a ação do governo federal e estadual era nula. Dessa maneira, Antônio Conselheiro e seus seguidores fundam uma comunidade no sertão baiano, visando à construção de uma vida melhor. Canudos, por atrair uma população cada vez maior, provocava uma falta de mão-de-obra nos latifúndios da região e um enfraquecimento do poder e da influência da Igreja Católica, que tinha cada vez menos fiéis. As constantes queixas ao governo estadual resultaram no envio de forças policiais para a região, visando dispersar a população de Canudos; no entanto, essas forças não obtêm sucesso. A intervenção na região passou a ser feita por forças federais do Exército, que nas três primeiras expedições fracassaram foram derrotadas mili-

6 história 6 tarmente. Somente na quarta expedição Canudos foi destruído, e os seguidores de Conselheiro, na maioria, dizimados. O episódio de Canudos ocorreu no momento inicial da República; portanto, não faltou quem o associasse a um movimento de restauração monárquica. Observe-se que Antônio Conselheiro condenava a República nos seus discursos, embora isso não significasse um posicionamento consciente a favor da Monarquia. Além disso, na época, observam-se críticas que eram feitas ao Exército, que apesar de recentemente ter sido vitorioso no Paraguai contra López, era vencido sucessivamente por jagunços mal armados, o que demonstraria a ineficiência do governo civil do presidente Prudente de Moraes ( ), muito criticado por setores do oficialato do Exército, que defendiam um governo de militares. Outro aspecto relevante nesse episódio foi a maneira como o governo federal tratava as questões sociais, combatendo Canudos com grande atrocidade e exterminando o arraial do Conselheiro. Essa solução violenta no trato das questões sociais era entendida por alguns como necessária para a consolidação da jovem República. Para além dessas questões, registra-se o alto custo dessas operações militares na compra de equipamentos, aprofundando a crise econômica que se desenvolvia desde o início do regime republicano. Questão 8 Observeocartaz. Desde o final do século XIX, o sertão tem sido tema de diversas obras literárias, cinematográficas, musicais e plásticas, de que são exemplos Os sertões, de Euclides da Cunha, Deus e o diabo na terra do sol, deglauber Rocha, Romaria, de Renato Teixeira e, em certa medida, Abaporu, de Tarsila do Amaral. Indique duas obras, além das citadas, alusivas à figura do sertanejo, e descreva seus conteúdos. Dentre as obras que poderiam ser mencionadas pelos candidatos, destacamos: No campo literário, Vidas secas (Graciliano Ramos), que retrata o drama de uma família de retirantes em busca de um refúgio da seca cruel seca esta refletida na própria linguagem concisa e dura do próprio autor, e Grande sertão: veredas (Guimarães Rosa), que utiliza a figura do vaqueiro do interior de Minas Gerais para retratar a cultura sertaneja, seus "causos" narrados com o vocabulário e a sintaxe característicos do sertão, vertidos com genialidade pelo escritor. No campo cinematográfico, Terra em transe (do mesmo Glauber Rocha) constitui uma vigorosa crítica social à realidade sertaneja mandonismo, latifúndio, fanatismo messiânico que se extrapola para o conjunto da América Latina; mais recente e fora de qualquer comparação quanto à profundidade, O auto da compadecida (Guel Arraes, baseado no texto de Ariano Suassuna) retrata em tom de comédia os malabarismos do sertanejo para sobreviver num meio hostil tanto físico quanto humano envolto numa religiosidade popular que se prolonga num tempo infinito. No campo musical, entre várias referências eruditas como Villa-Lobos e Alberto Nepomuceno destaca-se a "Canção sertaneja" (Camargo Guarnieri), melodia que combina lirismo com dureza, como a própria realidade do sertão; e a grande referência popular, sem dúvida, é a "Asa Branca" (Luiz Gonzaga), extraordinário melodista, criador do baião, que atenua a cruel realidade da seca com um lirismo esperançoso prova do vínculo indestrutível do homem com a terra. No campo das artes plásticas, as gravuras de Aldemir Martins retratam a inclemência da paisagem o sol abrasador, a vegetação seca, o chão gretado e nelas insere um sertanejo que é um verdadeiro titã (não na forma mirrada, mas no espírito indômito, capaz de enfrentar esse meio brutal); obviamente, não se pode pensar nessa temática sem se lembrar dos Retirantes (Portinari), pintura com figuras esquálidas, cadáveres ressequidos, símbolos da miséria do povo em meio à secura da terra.

7 história 7 Questão 9 Observe as imagens. Juscelino Kubitschek com Garrincha (1958). Pelé com Emílio Garrastazu Médici (1970). Modalidade esportiva importada da Inglaterra, o futebol foi de tal forma incorporado pela sociedade brasileira, que se tornou um acontecimento cultural e político de massa. O filme O ano em que meus pais saíram de férias, ambientado na Copa do Mundo de 1970, tem como tema as múltiplas faces desse fenômeno na cultura brasileira. Compare as figuras acima à luz dos respectivos contextos históricos, observando seus aspectos semelhantes e contrários, e escreva sobre o significado cultural e político do futebol para a história da sociedade brasileira. A vitória do Brasil na Suécia, em 1958, recobrou, de acordo com o escritor Nelson Rodrigues, a dignidade nacional, oito anos depois do chamado "maracanaço", quando o Brasil foi derrotado pelo Uruguai no Maracanã (Rio de Janeiro). O governo Juscelino Kubitschek ( ), apesar de um início difícil, quando o marechal Lott, com o chamado "golpe preventivo" (1955), assegurou a posse do candidato eleito e de outras tentativas golpistas durante o período em Aragarças e Jacareacanga, transcorreu num clima democrático, apoiado numa maioria parlamentar (PSD/PTB) e numa política econômica arrojada, nacional-desenvolvimentista, de abertura para o capital externo, simbolizada pela indústria automobilística. A vitória na Suécia foi festejada num país otimista, que vivia seu "American way of life", com novas experiências culturais na música (Bossa Nova), no teatro (Arena) e no cinema (Cinema Novo). Em 1970, durante o governo de Garrastazu Médici, o Brasil obtinha o tricampeonato mundial no México. O otimismo, dessa vez, era com o futebol bem jogado pela Seleção coordenada por Pelé e com o sucesso do milagre econômico. Entretanto, no plano político, as oposições de esquerda, que já vinham colocando a questão da luta armada como possibilidade de tomada do poder desencantadas com a "via pacífica" defendida pelo PCB e influenciadas pela Revolução Cubana (1959) após o AI-5 ( ), tentavam alargar ou implodir o espaço bipartidário (Arena e MDB) delineado pelo regime. No filme O ano em que meus pais saíram de férias, percebe-se, apesar da alegria provocada por uma Seleção vitoriosa, um clima sombrio de prisões e torturas, resultante da chamada Doutrina de Segurança Nacional do período da Guerra Fria. Assim, pode-se entender o futebol como um fator de integração nacional e de identidade cultural, sendo também considerado como um fator de alienação das massas frente aos reais problemas da nação. Questão 10 Onde quer que tenha conquistado o Poder, a burguesia (...) afogou os fervores sagrados do êxtase religioso (...) nas águas geladas do cálculo egoísta. (...) Impelida pela necessidade de mercados sempre novos, a burguesia invade todo o globo (...) Em lugar do antigo isolamento de regiões e nações que se bastavam a si próprias, desenvolvem-se um intercâmbio universal, uma universal interdependência das nações. (Marx e Engels. Manifesto de 1848.) Lakshmi Mittal, presidente de origem indiana da Mittal Steel, a maior siderúrgica do

8 história 8 mundo, provocou um terremoto na Argélia. A empresa argelina (...) rompeu no início do mês um dos tabus mais enraizados na Argélia, o chamado popularmente fim-de-semana islâmico, que inclui a quinta e a sexta-feira. (...) Para as empresas e os órgãos argelinos que mantêm relações com o estrangeiro, a defasagem entre um fim-de-semana [o islâmico] e outro [o universal, no sábado e domingo] é uma tremenda complicação. Eles só têm três dias úteis por semana (segundas, terças e quartas) para trabalhar com o resto do mundo... (El País, ) Escritos em épocas distintas e tendo naturezas distintas, os textos não deixam de manifestar algumas semelhanças de conteúdo. Compare-os e indique essas semelhanças. O texto de Karl Marx destaca que a interdependência entre as nações, expressa nos interesses do capital, destrói os costumes locais, padronizando-os, aprofundando o intercâmbio universal sempre em nome dos interesses de uma expansão burguesa. Em lugar do isolamento, as nações criam uma relação de interdependência. No texto do periódico El País, destaca-se que, nessa expansão do capital, anulam-se os costumes locais, usando como exemplo o fim-de-semana islâmico e a imposição do fim-de-semana universal, provocando conflitos entre os padrões globalizantes e as identidades locais. Entre os dois textos podemos destacar algumas semelhanças: a existência de um intercâmbio universal; uma interdependência entre as nações; a expansão do capitalismo na esfera mundial; o rompimento de costumes locais em função de interesses econômicos.

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