IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO

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Sabrina Pinhal
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1 IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO PARA AVES ESTEPÁRIAS LILIANA BAROSA, BIÓLOGA SEMINÁRIO CONSERVAÇÃO DAS ESTEPES CEREALÍFERAS" CASTRO VERDE, 7 E 8 DE NOVEMBRO DE 2012

2 OBJETIVO: Especialização de um Centro de Recuperação no tratamento e recuperação de aves estepárias, contribuindo para a redução da mortalidade nestas espécies Reunir, pela primeira vez em Portugal, num centro de recuperação de fauna, as competências técnicas e as instalações adaptadas ao acolhimento, tratamento e recuperação de aves estepárias, que possuem especificidades de recuperação mais exigentes que outras espécies. 2

3 AS ESPÉCIES-ALVO - ESPECIFICIDADES DE RECUPERAÇÃO - Abetarda & Sisão Peneireiro-das-torres Stress/Miopatia de captura Tamanho (abetarda) Comportamento e habitat Peneirar Crias: risco de domesticação ou imprinting Alimentação 3

4 CENTROS DE RECUPERAÇÃO - ESPECIFICIDADES - Instalações adaptadas: colocação de caixas-ninho adaptação do solo das câmaras de muda recursos alimentares disponíveis barreiras visuais Técnicas: crias de F. naumanni agrupadas por idades uso de marionetes Formação de técnicos: técnicas de captura, manuseamento e contenção técnicas clínico-veterinárias 4

5 OS CENTROS DE RECUPERAÇÃO: CARAS Centro de Acolhimento e Recuperação de Animais Selvagens RIAS Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens 5

120 120 100 80 60 40 20 0 58 42 20 1 1 1 2 1

6 RESULTADOS FINAIS - POR ESPÉCIE - Nº de indíviduos recolhidos para recuperação (entre 2009 e 2012) Peneireiro-das-torres Abetarda Sisão

7 RESULTADOS FINAIS - POR ESPÉCIE - Total de indivíduos recolhidos para recuperação (entre 2009 e 2012) 2; 1% 4; 2% Peneireiro-das-torres Abetarda 240; 97% Sisão 7

8 RESULTADOS FINAIS - POR DATA DE ENTRADA - Ingressos de aves estepárias por mês (total entre 2009 e 2012)

9 RESULTADOS FINAIS - POR CAUSA DE ENTRADA - Abetardas (2): colisão com vedação e trauma provocado por ceifeira Sisões (4): trauma de origem desconhecida, colisão com máquina agrícola, debilidade (cria e adulto) Peneireiros (240): adultos (4), crias (236) cativeiro ilegal (5), debilidade (70), doença/suspeita de osteodistrofia secundária (127), trauma de origem desconhecida (8) e outras (30) 9

10 RESULTADOS FINAIS - POR LOCAL DE ORIGEM - (ZPE de S. Vicente) ZPE Mourão/Moura/Barrancos (ZPE Cuba) ZPE Castro Verde ZPE Vale do Guadiana ZPE Piçarras 10

11 RESULTADOS FINAIS - POR DESTINO FINAL- Destino das crias de peneireiros-das-torres recolhidas para recuperação (total entre 2009 e 2012) 5; 2% 96; 40% 121; 50% 18; 8% Libertados Irrecuperáveis Óbitos Em recuperação 11

RESULTADOS FINAIS - POR CAUSA DE ENTRADA VS.

35 30 25 20 15 10 5 0 1 4 Destino dos francelhos de acordo com

12 RESULTADOS FINAIS - POR CAUSA DE ENTRADA VS. DESTINO FINAL - Dados 2012 Diagnóstico clínico dos peneireiros-das-torres 49; 41% 3; 2% 68; 57% Doença (osteodistrofia) Debilidade Trauma de origem desconhecida Destino dos francelhos de acordo com o diagnóstico clínico 40 Osteodistrofia Debilidade Trauma de origem desconhecida 12

13 CONCLUSÕES: A origem das aves é maioritariamente da ZPE de Castro Verde; O pico de entrada de aves corresponde aos meses de Junho e Julho, associado à época de reprodução; Doença e debilidade foram os principais diagnósticos clínicos das aves recolhidas para recuperação, seguidas de trauma por razões variadas; O número de entradas de animais para recuperação, e particularmente de crias de Francelho, varia inter-anualmente, devido a fatores como condições climatéricas e esforço de vigilância; A grande maioria das aves estepárias que entram para recuperação pertencem à espécie Falco naumanni; 13

14 CONCLUSÕES: Os peneireiros-das-torres que ingressam por debilidade apresentam uma maior probabilidade de recuperação em relação aos que ingressam com indícios de osteodistrofia; A monitorização e vigilância das colónias de Falco naumanni facilita a recolha e encaminhamento destas aves para os Centros de Recuperação; O baixo número de ingressos de Sisão e Abetarda deverá estar relacionado com a maior dispersão territorial dos indivíduos destas espécies (comparativamente com espécies coloniais, como é o caso do Peneireiro-das-torres), dificultando ações de vigilância dirigida; 14

15 CONCLUSÕES: Para a Abetarda e Sisão existe um período crítico com maior propensão de acidentes, que ocorre durante a realização dos fenos; A taxa de libertação total é de 49,2%; A especialização de um centro de recuperação de aves estepárias é de extrema importância; A notificação de anilhas/outras marcas observadas e o seguimento de aves recuperadas são os meios de avaliação do sucesso de recuperação. 15

A Mamã Peneireira agradece, em nome de todos os seus filhotes, a todos quantos

do CEAVG, às equipas do CARAS e do RIAS, aos voluntários e estagiários, ao

as instalações Transportando Vigiando & anilhando Muito obrigada!

16 A Mamã Peneireira agradece, em nome de todos os seus filhotes, a todos quantos colaboraram na recuperação destas aves, particularmente aos colegas LIFEanos e do CEAVG, às equipas do CARAS e do RIAS, aos voluntários e estagiários, ao PNVG e à Inês Catry, que: Recolhendo Alimentando Tratando Limpando Preparando as instalações Transportando Vigiando & anilhando Muito obrigada! a qualquer hora, durante semanas, incansável e dedicadamente, tornaram esta ação possível. 16

17 MUITO OBRIGADA PELA VOSSA ATENÇÃO! 17

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