Aprendizagem Profissional e os desafios da Portaria MTE nº 723/2012.
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- Therezinha Paixão Martins
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1 Aprendizagem Profissional e os desafios da Portaria MTE nº 723/2012. Rozangela Borota Teixeira III Encontro Nacional de Técnicos da FEBRAEDA Campinas, 24 de agosto de 2012.
2 1 Aprendizagem Profissional PRINCIPAL MARCO REGULATÓRIO Lei nº /2000 Altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de Consolidação das Leis do Trabalho CLT Artigo 429 Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular, nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem, número de aprendizes equivalentes a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento cujas funções demandem formação profissional.
3 Aprendizagem Profissional Artigo 430 Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, a saber: I Escolas Técnicas de Educação; II entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. (...) 3 o O Ministério do Trabalho e Emprego fixará normas para avaliação da competência das entidades mencionadas no inciso II deste artigo. 2
4 3 Aprendizagem Profissional Artigo 431 A contratação do aprendiz poderá ser efetivada pela empresa onde se realizará a aprendizagem ou pelas entidades mencionadas no inciso II do art. 430, caso em que não gera vínculo de emprego com a empresa tomadora dos serviços. Decreto Federal nº 5.598/2005 Artigo 15 A contratação do aprendiz deverá ser efetivada diretamente pelo estabelecimento que se obrigue ao cumprimento da cota de aprendizagem ou, supletivamente, pelas entidades sem fins lucrativos mencionadas no inciso III do art. 8 o deste Decreto.
5 Cotas e Contratações Quantidade Cotas e Contratações 1 Período: Março/2012 UF Quantidade Cotas Contratados (%) Acre ,6 Alagoas ,9 Amazonas ,5 Amapá ,5 Bahia ,7 Ceará ,3 Distrito Federal ,5 Espírito Santo ,0 Goiás ,1 Maranhão ,5 Minas Gerais ,3 Mato Grosso do Sul ,4 Mato Grosso ,7 Pará ,9 Paraíba ,3 Pernambuco ,5 Piauí ,9 Paraná ,1 Rio de Janeiro ,8 Rio Grande do Norte ,8 Rondônia ,2 Roraima ,6 Rio Grande do Sul ,8 Santa Catarina ,8 Sergipe ,1 São Paulo ,5 Tocantins ,2 TOTAL ,4 Brasil População Jovem estimada de 15 a 24 anos: População de 15 a 24 anos desocupada: 38,4% 3 Potencial de Contratação de Aprendizes: Contratos Vigentes: ,4% Participação Efetiva Fonte: 1. Sistema SisAprendiz Março / 2012 Ministério do Trabalho e Emprego 2. Mirante da Aprendizagem Profissional no Estado de São Paulo Dezembro/2010 Núcleo de Programas Sociais da SRTE/SP Ministério do Trabalho e Emprego 3. IBGE Amostra Fevereiro/2011 Data da Consulta: 23/08/2012 4
6 5 Cotas e Contratações Estado de São Paulo População Jovem estimada de 15 a 24 anos: População de 15 a 24 anos desocupada: 38.7% 3 Potencial de Contratação de Aprendizes: Contratos Vigentes: ,5% Participação Efetiva Fonte: 1. Sistema SisAprendiz Março / 2012 Ministério do Trabalho e Emprego 2. Mirante da Aprendizagem Profissional no Estado de São Paulo Dezembro/2010 Núcleo de Programas Sociais da SRTE/SP Ministério do Trabalho e Emprego 3. IBGE Amostra Fevereiro/ Imagem - Sindisan Data da Consulta: 23/08/2012
7 Contratações RMC 0,00% 12,35% 1,43% 4,43% 0,48% 0,00% 2,15% 6,56% 8,25% 37,90% 17,35% 8,20% 5,22% 25,78% 18,70% 20,37% 23,23% 19,76% 11,25% Fonte: 1. Sistema SisAprendiz Março / 2012 Ministério do Trabalho e Emprego 2. Imagem DEPLAN/ SEPLAMA - PMC Data da Consulta: 23/08/2012 6
8 7 Portaria MTE nº 723/2012 PRINCIPAIS INOVAÇÕES Definição das competências da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego SPPE e da Auditoria Fiscal do Trabalho. Sistema S e Escolas Técnicas cadastro de turmas e aprendizes Possibilidade de Integração de base dados MEC e MTE e complementação de informações no Juventude Web. Publicação do Catálogo Nacional de Programas de Aprendizagem Profissional.
9 8 Portaria MTE nº 723/2012 PRINCIPAIS INOVAÇÕES Alteração da carga horária teórica de 25% para 30% do total do programa. 80 (oitenta) horas iniciais no ambiente da formadora. Redução do tempo de contrato de aprendizagem profissional. Exigência de corpo técnico-docente próprio. Necessidade de identificação dos mecanismos de contratação e permanência de educadores no quadro profissional, com especificação do profissional da entidade responsável pelo acompanhamento das atividades práticas dos aprendizes na empresa.
10 Portaria MTE nº 723/2012 PRINCIPAIS INOVAÇÕES Parceria limitada a 02 entidades qualificadoras. Atuação de entidades qualificadoras em município diverso à sua sede. Aprendizagem Semipresencial. Estabelecimento de prazo para adequações à nova legislação: 120 dias contados a partir da publicação. PRORROGAÇÃO 30/11/2012 PORTARIA MTE nº 1.343/2012 9
11 Portaria MTE nº 723/2012 Sobre o Cadastramento da Entidade Público Alvo: 14 a 18 anos Registro da Entidade no CMDCA Preenchimento do Formulário no Sistema Juventude Web Protocolo do Coordenador de Fiscalização da Aprendizagem na SRTE Entrega de Termo de Compromisso na GRTE Local / SRTE + cópia e original do Registro da Entidade no CMDCA Fonte: FNAP / MTE / SPPE / CGPI 10
12 11 Portaria MTE nº 723/2012 Sobre o Cadastramento da Entidade Público Alvo: 18 a 24 anos Preenchimento do Formulário no Sistema Juventude Web Entrega de Termo de Compromisso na GRTE Local / SRTE + Documentação (Artigo 4º, 2º) Fonte: FNAP / MTE / SPPE / CGPI Protocolo do Coordenador de Fiscalização da Aprendizagem na SRTE
13 12 Portaria MTE nº 723/2012 Artigo 4º, 2º Quando a entidade atender exclusivamente a público maior de dezoito anos, o Termo de Compromisso da Entidade deve ser entregue acompanhado de cópia e original para conferência de: I - ata de fundação; II - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica CNPJ; III - estatuto da entidade e suas respectivas alterações, registrado em cartório; IV - carteira de identidade RG, Cadastro de Pessoa Física CPF e certidão negativa de antecedentes criminais de seu representante legal; V - plano de trabalho atual; e VI - demonstrativo anual de receitas e despesas.
14 Portaria MTE nº 723/2012 Sobre o Cadastramento do Programa Consulta ao Anexo I CONAP e Informativo CGPI 003/2012 Preenchimento do Formulário no Juventude Web INSERÇÃO NO CNAP - VALIDAÇÃO Avaliação CGPI Protocolo do Coordenador de Fiscalização da Aprendizagem na SRTE Entrega do Termo de Compromisso do Programa na GRTE local / SRTE + Documentação (Art. 4º, 3º) 13
15 14 Portaria MTE nº 723/2012 Artigo 4º, 3º O Termo de Compromisso do Programa de Aprendizagem deve ser entregue acompanhado de comprovação de: I - adequação da proposta pedagógica aos princípios e diretrizes desta Portaria; II - existência de quadro técnico-docente próprio, na localidade em que se desenvolverá o programa, devidamente qualificado; e III - estrutura física e equipamentos disponíveis condizentes com os objetivos da formação profissional.
16 CONAP Aprendizagem Profissional em Nível de Formação Inicial A carga horária mínima teórica de um programa de aprendizagem é calculada com base na carga horária do curso de nível técnico correspondente. Fonte: Portaria MTE nº 723/2012, Anexo I, p. 2. FNAP / MTE / SSPE / CGPI 15
17 16 CONAP A padronização da carga horária dos programas toma por base o disposto no 3º, art. 10, fixando a parte teórica com mínimo 30 % do total, sem prejuízo de que esse percentual alcance 50%, quando a proposta pedagógica justificar. Fonte: Portaria MTE nº 723/2012, Anexo I, p. 2. FNAP / MTE / SSPE / CGPI
18 Informativo CGPI nº 3/2012 ASSISTENTE ADMINISTRATIVO CBO Modelo B Jornada de 6 horas diárias As 80 (oitenta) horas iniciais serão dedicadas exclusivamente à formação teórica e serão realizadas de forma sequencial em 14 (quatorze) encontros 5 dias por semana e 6 horas diárias por encontro. As 1200 restantes (320 teóricas práticas) serão distribuídas de forma concomitante sendo: Teoria: 6 horas semanais, 24 mensais (240 horas em 10 meses). Para cumprimento das 80 horas restantes serão realizados mais 14 encontros de 6 horas ao longo dos 11 meses. Prática: 6 horas por dia, 24 horas semanais, 96 mensais e 880 horas ao longo dos 11 meses. Total do Programa: 11 meses. Fonte: Informativo CGPI nº 3/2012, p.2. MTE / SSPE 17
19 CONAP Aprendizagem Profissional em Arcos Ocupacionais - FIC As jornadas possíveis de serem adotadas para os programas que utilizarem a metodologia dos arcos ocupacionais poderão ser escolhidas entre os modelos do quadro abaixo. Fonte: Portaria MTE nº 723/2012, Anexo I, p. 3. FNAP / MTE / SSPE / CGPI 18
20 CONAP Aprendizagem Profissional em Nível Técnico A formação teórica segue as diretrizes estabelecidas no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, instituído pela Resolução nº 3, de 9 de julho de 2008, da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, devendo ser acrescidas das horas práticas e distribuídas de acordo com as jornadas previstas no quadro abaixo. Fonte: Portaria MTE nº 723/2012, Anexo I, p. 4. FNAP / MTE / SSPE / CGPI 19
21 INSTRUÇÃO NORMATIVA 97/2012 Faz referência expressa à Portaria MTE nº 723/2012. A fiscalização recairá sobre a empresa, mas também sobre a Entidade sem fins lucrativos (ESFL) inscrita no CNAP. A fiscalização verificará não só a inscrição no CNAP, mas também o cumprimento dos requisitos da Portaria no programa. Em caso de irregularidades, a fiscalização poderá pedir a suspensão/exclusão da ESFL do CNAP. Sem a inscrição no CNAP o contrato de aprendizagem, segundo a IN, será descaracterizado e considerado nulo, assim proporcionará o reconhecimento de vínculo indeterminado com a empresa tomadora. O auditor-fiscal será responsável por dizer se há ou não vagas suficientes no Sistema S, gerando dúvida se a empresa deveria ter, ou não, o parecer do auditor para que possa contratar indiretamente via ESFL. A fiscalização é facilitada pela via indireta por meio de Notificação para Apresentação de Documentos NAD. No procedimento administrativo de fiscalização há previsão de um Termo de Compromisso, parecido com um TAC, que permitirá ao fiscalizado fazer ajustes. 20
22 Aprendizagem Profissional Legislação Específica para Consulta Decreto-Lei nº 5.452/1943 Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) Lei nº 8.069/1990 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei nº /2000 Lei da Aprendizagem Lei nº /2005 Altera o art. 428 da CLT Faixa etária: 14 a 24 anos. Decreto nº 5.598/2005 Regulamenta a contratação de aprendizes. Lei nº /2008 Altera o art. 428 da CLT Matrícula e frequência no Ensino Médio e tempo de contrato relativo à pessoa com deficiência contratada como aprendiz. RBT 21
23 Aprendizagem Profissional Decreto nº 6.481/2008 Dispõe sobre a Lista TIP. Portaria MTE nº 723/2012, alterada pela Portaria MTE nº 1.343/2012 Cria o CNA e regulamenta os cursos de aprendizagem profissional. Instrução Normativa nº 97/2012 Orienta as ações da fiscalização. Portaria MTE nº 1.715/2009 Cria a Matriz de informações das matrículas nos cursos. Portaria MTE nº 2.185/2009, alterada pela Portaria MTE nº 1.681/2011 Disciplina a oferta de aprendizagem de nível técnico. Resoluções do CONANDA, CONDECA e CMDCA Resoluções do CNAS, CONSEAS e CMAS Publicações Informativos CGPI 003/2012 e 004/2012 Manual da Aprendizagem Catálogo Nacional de Cursos Técnicos RBT 22
24 23 MUITO OBRIGADA! Quando você acha que sabe as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas. (Luís Fernando Veríssimo) Dificuldades reais podem ser resolvidas; apenas as imaginárias são insuperáveis.". (Theodore N. Vail)
25 CONTATO Rozangela Borota Teixeira Consultora em Programas de Aprendizagem Profissional Borota Teixeira Sociedade de Advogados (19) /
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