Histopathology of dairy cows hooves with signs of naturally acquired laminitis

Transcrição

1 Universidade Federal de Pelotas UFPel Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel Departamento de Zootecnia Histopathology of dairy cows hooves with signs of naturally acquired laminitis Mestrando: Nicolas Conter Tavares Orientador : Charles Ferreira Martins Capão do Leão

2 Variação da incidência de algumas doenças de produção em vacas leiteiras Doenças Ingvartsen et al. (2003) Kelton et al Febre do leite 4,6% (0,2-8,9%) n=17 6,5% (0,03-22,3%) n=33 Cetose 4,1% (1,6-10%) n=17 4,8% (1,3-18,3%) n=36 Doenças dos cascos 14,7% (1,8-60%) n=7 7,0% (1,8-30%) n=39 Retenção de placenta 7,8% (3,1-13%) n=13 8,6% (1,3-39,2%) n=50 Infecções uterinas 10,8% (2,2-43,8%) n=16 10,1% (2,2-37,3) n=43 Mastite 17,6% (2,8-39%) n=25 14,2% (1,7-54,6%) n=62

3 Quais as consequências destas afecções podais?

4 Consequências das afecções podais Ingestão Produção de leite Peso corporal Reprodução Sistema imune Bem-estar Perdas econômicas

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6 Clima Hereditariedade Superlotação Higiene Idade Produção Traumatismos Fatores de risco Instalações Época do ano Genética Umidade Alimentação Casqueamento Fase de Lactação

7 FI=0,362

8 Laminite (Nocek 1997) (Flor & Tadich 2008, Silveira et al. 2009) (Ferreira 2003) (Warnick et al. 2001)

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10 Laminite

11 Condições experimentais Acidose ruminal Resposta Inflamatória

12 OLIGOFRUTOSE PAMPs Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) Alterações Histológicas Inflamação Alteração de células epidermais Alteração da MB

13 Quais alterações ocorrem em animais naturalmente afetados em reais condições de manejo? Animais com laminite naturalmente adquirida tem lesões semelhantes a animais com laminite induzida?

14 Proposta Detectar e comparar danos histológicos na junção derme-epiderme da sola, das regiões dorsal e axial do casco de vacas leiteiras de descarte com e sem sinais clínicos de laminite naturalmente adquirida.

15 39 vacas de descarte Mesmo rebanho 10 a 12 semanas Alimentação 83:17 13kg silagem de milho 10kg cana de açúcar 4 kg ração comercial 800g caroço de algodão

16 Exame clínico de 15 a 40 dias antes do abate Lesões associadas à laminite 01 Hemorragia de sola 07 Alargamento da linha branca 13 Sola macia e amarelada 02 Hemorragia na linha branca 08 Fissuras na linha branca 14 Sola dupla 03 Hemorragia na parede do casco 09 Doença da linha branca 15 Fenda na muralha 04 Hemorragia no talão 10 Abscesso de sola 16 Casco em tesoura 05 Úlceras de sola 11 Abscesso de talão 17 Casco em saca rolha 06 Úlceras de pinça 12 Abscesso de linha branca 18 Linhas de estresse (NOCEK, 1997; MÜLLING, 2002; FERREIRA, 2003; NICOLETTI, 2004; GREENOUGH, 2007) G1 Sem lesões Sem claudicação N=9 G2 Com lesões Sem claudicação N=23 G3 Com lesões Com claudicação N=7

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20 Avaliação da estrutura celular e tecidual Congestão Hemorragia Infiltrado inflamatório Sola e regiões axial e dorsal Escore Infiltrado Inflamatório 0 ausente 1 discreto 2 leve 3 moderado 4 marcado

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22 Avaliação da membrana basal e lâmina epidérmica Células epidermais avaliadas no terço médio da lâmina. Membrana basal examinada ao longo do seu comprimento em três regiões. Escore Células Epidermais 0 Núcleo ovalado perpendicular a base da MB. 1 50% com núcleo ovalado perpendicular a base da membrana e 50% com núcleo arredondado. 2 Predominância de núcleos arredondados. 3 Predominância de núcleos achatados e alongados ou ausência de núcleo. Irregularidades da MB 0 ausente 1 discreto 2 leve 3 moderado 4 marcado

23 Análise estatística: Comparação entre os grupos: Teste de Kruskal-Wallis. Comparação entre regiões de cada grupo: Teste de Friedmann. Ambas analises foram seguidas do teste de Dunn. Para todos os testes o nível de significância foi considerado como P<0.05.

24 Comparação entre grupos na mesma região do casco (Derme) Hemorragia > G3 Lesões encontradas em todas as regiões (exceto hemorragia na região axial) Infiltrado inflamatório encontrado na derme de todas as regiões, de todos os grupos inclusive G1.

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26 Comparação entre grupos com relação ás diferentes lesões Não foram constatadas diferenças em G1 A congestão foi maior na derme solear em G2 Em G3 a hemorragia foi maior na derme solear Não houve diferença estatística em relação ao infiltrado inflamatório

27 Irregularidades na membrana basal As irregularidades da MB foram mais pronunciadas no terço basal das duas regiões (axial e dorsal) em todos os grupos estudados.

28 Invaginações Não Logo, foi correspondem não possivel foi possível / evaginações correlacionar ao reconhecer colapso as de irregularidades a MB importância deste da MB achado com nas fisiopatologia demais alterações das alterações histológicas. do casco.

29 Leucócitos infiltrados foram encontrados na derme de todas as vacas. Animais com laminite induzida não tinham infiltrado leucocitário significante mas demonstravam dor indicando possivelmente presença de mediadores inflamatórios mesmo na ausência de infiltrado. (Danscher et al. 2010) 44% dos animais sadios tiveram leucócitos intravasculares e apenas 2% de leucócitos infiltrados. 48% dos animais com laminite induzida tiveram leucócitos intravasculares e 10% de leucócitos infiltrados (Thoefner et al. 2005)

30 Animais do grupo G1 apresentaram infiltrado inflamatório e congestão na mesma intensidade que G2 e G3. Vacas no periparto tiveram modificação na expressão do Sugere-se a presença colágeno e desvio do eixo de de uma fase queratinização da lâmina prodrômica na laminite epidermal na ausência de bovina semelhante ao lesões no casco que são causas que ocorre nos de doenças no tecido córneo. equinos. (Tarlton et al. 2002) (Pollitt 2007)

31 Macrófagos e linfócitos tem sido detectados no tecido laminar de equinos sem laminite. O aumento de monócitos ocorreu em equinos com laminite induzida. (Faleiros et al. 2011a) Animais do grupo G1 tiveram infiltrado leucocitário na junção derme-epiderme indicando condição inflamatória mais pronunciada do que outros estudos. (Nilsson 1963, Thoefner et al. 2005, Mills et al. 2008, Danscher et al. 2010) Acredita-se que a imunidade celular tem um papel importante na fisiopatologia das lesões associadas a laminite naturalmente adquirida.

32 Técnicas básicas de coloração foram usadas para avaliar o tecido. Estudos com marcadores celulares imunohistoquímicos poderão ser utilizados para classificar as células no infiltrado inflamatório

33 Importância da derme Quando sujeito à tensão o local mais comum de separação é a derme. (Danscher et al. 2010) A derme provém os nutrientes necessários ao processo de queratinização. (Tomlinson et al. 2004) O crescimento dos queratinócitos no casco depende dos fibroblastos e na sua ausência os queratinócitos não crescem. (Mills et al. 2009a).

34 As lesões dermais observadas nesse estudo podem ter afetado a interação entre os fibroblastos e queratinocitos alterando a homeostase da epiderme do casco resultando em lesões macroscópicas associadas a laminite. Sem um aporte sanguíneo adequado é gerado um tecido córneo de baixa qualidade aumentando a susceptibilidade do animal a danos químicos, físicos ou biológicos do ambiente. (Tomlinson et al. 2004).

35 Conclusão Vacas leiteiras podem apresentar inflamação dermal e alterações nas células epidermais da sola regiões axial e dorsal mesmo na ausência de sinais macroscópicos de laminite A MB de vacas com e sem lesões associadas a laminite tiveram irregularidades ao longo do seu comprimento caracterizadas por invaginações seguidas de evaginações que não correspondem as alterações de MB que já foram descritas como laminite até o momento. Mais estudos são necessários para elucidar o papel dos eventos inflamatórios e das alterações morfológicas da MB na laminite bovina.

36 Trabalhos do Nupeec

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