Novas Tecnologias para o Setor de Transporte

Transcrição

1 Novas Tecnologias para o Setor de Transporte

2 Apresentação Os veículos de hoje trazem consigo muito estudo e pesquisa, com os objetivos principais de aumentar a segurança e o conforto, e reduzir a poluição ambiental. É fundamental para o profissional do transporte manter-se atualizado em relação às novas tecnologias, identificar aquelas que mais auxiliem em seu trabalho e buscar incorporá-las ao veículo, na medida do possível.

3 Inovação e Tecnologia Os novos recursos instalados nos veículos não são difíceis de operar, mas podem representar uma barreira para aqueles que nunca tiveram contato com equipamentos modernos e não conhecem a terminologia utilizada. Para auxiliá-los nesse desafio, o SEST SENAT traz nesta cartilha informações sobre as principais tecnologias existentes nos veículos brasileiros atuais.! SAIBA MAIS Inovação é o processo de criação de algo novo ou de melhoramento de algo existente.

4 Inovação e Tecnologia É comum associarmos inovação à tecnologia, mas não são sinônimos. A inovação pode ocorrer em um produto ou em uma forma de trabalho. No caso dos veículos de transporte de cargas e passageiros, a inovação acontece principalmente com a instalação de itens novos, fruto de estudos e pesquisas que comprovam seus benefícios. Isso é fundamental no desenvolvimento de novos veículos para torná-los mais seguros, confortáveis e adequados às necessidades do setor.

5 Inovação e Tecnologia Vamos entender o que é tecnologia. A forma mais simples é nos imaginarmos sem ela. Isto é, sem computador, internet, celular, vacinas, exames modernos, micro-ondas, voto eletrônico, direção hidráulica, freios pneumáticos... A lista é interminável e demonstra que a tecnologia está presente em todos os lugares. Tecnologia é a transformação de estudos e pesquisas em produtos, técnicas e serviços inovadores.

6 Inovação e Tecnologia A tecnologia utilizada hoje nos veículos, principalmente no transporte de carga, é surpreendente. Em geral, as primeiras pesquisas e aplicações são feitas nos carros de competição, na Fórmula 1 ou Fórmula Indy. Depois, as inovações passam para os veículos de luxo e esportivos de alto desempenho e, por fim, são incorporadas aos carros de passeio e aos caminhões.

7 Gerenciamento de Riscos Também conhecido como Gestão de Riscos, é a atuação de prevenção de acidentes, de ações criminosas e de outros problemas no planejamento da frota. Contempla, também, o Plano Contingencial (Plano de Emergência), identificando as providências a serem tomadas caso ocorra algum problema ou acidente. Em síntese, é um conjunto de ações baseadas em conceitos de inteligência. Estuda-se toda a operação, faz-se o mapeamento das variáveis envolvidas e trabalha-se para eliminar ou minimizar os fatores de riscos.

8 Gerenciamento de Riscos Normalmente, a Gestão de Riscos envolve: Instalação de sistema de rastreamento da frota; Capacitação permanente dos condutores; Atuação mediante roteirização; Controle; Avaliação de avarias. Tudo isso de forma sistematizada e formalizada em documentos. Além das ações citadas, o Gerenciamento de Riscos pode incluir a escolta da frota e a contratação de seguros para o veículo, carga e motorista.

9 Sistemas de Posicionamento Em qualquer parte do planeta, com um receptor de GPS é possível medir a distância do veículo em relação a quatro satélites artificiais que estão na órbita terrestre. E, com isso, calcular, com ótima precisão, a sua posição, sem qualquer interferência, inclusive de condições climáticas. O maior problema é a dificuldade de acesso em áreas cobertas.? CURIOSIDADE Grande parte da tecnologia que temos hoje foi idealizada inicialmente para o uso militar ou para o uso em estações espaciais. O GPS, por exemplo, foi desenvolvido pelo Departamento de Defesa de Governo dos Estados Unidos para ser o principal sistema de navegação das tropas americanas.

10 Sistemas de Posicionamento É com esta tecnologia que as empresas rastreiam seus veículos, tornando possível adotar uma série de medidas de controle de segurança para o motorista, sua carga e o caminhão. Mais à frente veremos algumas dessas tecnologias.

11 Sistemas de Comunicação Uma vez captadas as informações sobre a localização com o auxílio do GPS, os dados podem ser transmitidos a uma central. Para isso, existem algumas opções no mercado, cada qual com suas vantagens e desvantagens. Rádio Satélite Celular

12 Sistemas de Bloqueio, Localização e Rastreamento

13 Sistemas de Comunicação Bloqueadores São dispositivos acionados automaticamente para bloquear o veículo (motor) na tentativa de furto ou quando a vítima ou testemunha liga para a central e solicita o bloqueio, que é feito por sinal de radiofrequência. Localizadores Os localizadores também têm a função de bloqueio, porém permitem uma localização aproximada do veículo (região onde ocorreu o fato), usando tecnologias de transmissão e recepção por radiofrequência ou celular. Rastreadores Os sistemas de rastreamento são mais completos porque, além de possibilitarem o bloqueio, permitem saber a localização do veículo de forma mais precisa, pelo uso do GPS. Possibilitam, também, o seu monitoramento em tempo real, informando velocidade, rotas realizadas, distância percorrida, cálculo do tempo até o destino, entre outros relatórios.

14 Sistemas de Comunicação Com a utilização do sistema de rastreamento, torna-se possível empregar recursos como: cerca eletrônica, botão de pânico, trava da quinta roda, entre outros itens monitorados por sensores instalados no veículo. Veremos mais detalhes logo à frente.? VOCÊ SABIA As seguradoras costumam oferecer preços especiais aos clientes que contam com sistemas de rastreamento instalados. Quanto mais completa a solução, maior poderá ser o desconto oferecido, pois irá aumentar muito a chance de localização e recuperação do veículo.

15 Roteirização O termo roteirização é utilizado para designar o processo de determinação do trajeto e das paradas a serem cumpridas por um veículo ou por uma frota inteira. O objetivo da roteirização é determinar o melhor percurso possível, levando-se em consideração o menor custo (consumo de combustível, desgaste do veículo, pedágios etc.), em um menor tempo, e, ainda, garantir maior segurança para o condutor, passageiros, veículos e cargas.! IMPORTANTE Bons processos de roteirização dentro do gerenciamento logístico são um importante diferencial competitivo para empresas de transportes, tornando-se cada dia mais indispensáveis.

16 Roteirização Existem no mercado diversos sistemas digitais que oferecem soluções para realizar o planejamento das rotas. Eles consideram todas as variáveis existentes no processo de coleta e distribuição de cargas e os itinerários, no caso do transporte de passageiros.

17 Roteirização Os benefícios da utilização dos conceitos de roteirização para empresas de transporte de cargas e passageiros são: Otimização das rotas; Redução da distância percorrida; Redução no tempo de atendimento; Melhoria do nível de serviço aos clientes; Aumento da segurança; Redução do custo. A roteirização, utilizando cerca eletrônica, é fundamental para o serviço de monitoramento e rastreamento. Isso porque, tendo a rota previamente definida, caso o veículo saia do programado, a central pode tomar as providências necessárias.

18 Tecnologia Embarcada Agora que já entendemos o conceito e vimos exemplos de inovação e tecnologia, vamos uni-las utilizando o termo tecnologia embarcada para o transporte rodoviário, ao nos referirmos aos equipamentos e soluções criados para uso no transporte por via terrestre. OBJETIVO DA TECNOLOGIA EMBARCADA AUMENTA CONFORTO SEGURANÇA PRODUTIVIDADE REDUZ POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA FURTOS E ASSALTOS CONSUMO DE COMBUSTÍVEL

19 Tecnologia Embarcada Equipamentos de segurança ativa e de segurança passiva. Qual é a diferença? Segurança Ativa - são os dispositivos e tecnologias instalados para evitar acidentes. Segurança Passiva - são os recursos para reduzir as consequências, caso o acidente ocorra. Além de itens voltados diretamente à segurança, a tecnologia embarcada inclui outros que visam ao conforto e bem-estar do condutor. Há também as tecnologias desenvolvidas para melhorar a gestão do frotista, à distância, e para diminuir o consumo de combustível.

20 Tecnologia Embarcada Veja alguns exemplos de tecnologias existentes: Controle de estabilidade - ESP; Sistema de freio eletrônico - EBS; Tacógrafo digital; Botão de pânico; Computador de bordo; Módulo de integração.

21 Tecnologia Embarcada Há dois sensores que auxiliam na dirigibilidade do veículo: Sensor de aproximação, que monitora o tráfego e ajusta a velocidade do veículo, mantendo sempre uma distância segura para evitar acidentes. Sensor de mudança de faixa, que, por meio de câmeras, permite saber se o condutor toca alguma faixa de rodagem com o pneu e, nesse caso, emite um sinal sonoro para alertar o motorista sobre o descuido. Há, ainda, uma série de travas e sensores que contribuem com a segurança do veículo e, consequentemente, dos motoristas.

22 Tecnologia Embarcada Veja outros dispositivos: Trava das portas do baú Sistema de trava da quinta roda Sensores de abertura das portas da cabine Sensor de ignição Sensor de velocidade Sensor de violação do sistema Impede a abertura manual da porta do baú, dependendo da liberação da central de monitoramento e dificultando, assim, o roubo de cargas. Impede o desengate da carreta sem a intervenção da central. Com a instalação de um sensor é possível saber quando a carreta é engatada e desengatada. Faz o controle dos horários de abertura e fechamento das portas da cabine. É importante principalmente para saber se a porta do carona foi aberta sem que essa situação estivesse prevista. Sensor que indica se o motor está ligado ou não. Sensor que faz a leitura da velocidade real do veículo. Caso o sistema seja violado (interrompido), a bateria de back up (reserva) entra em funcionamento e o seu sensor informa o fato à central de rastreamento.

23 Tecnologia Embarcada Todos esses benefícios podem ser monitorados a distância, pelo uso da telemetria. A tradução literal desse recurso seria medição a distância. No caso específico dos veículos, trata-se da tecnologia de transmissão de dados de forma remota.

24 Etiquetas Inteligentes RFID Sigla do inglês Radio-Frequency Identification, em português: identificação por radiofrequência. É um método de identificação automática de objetos, por meio do qual um equipamento leitor pode enxergar dispositivos RFID a distâncias curtas, enviando um sinal de rádio com os dados da mercadoria.

25 Etiquetas Inteligentes Há várias aplicações para as etiquetas RFID, entre elas: a localização de objetos, como uma bagagem ou uma caixa de carga fracionada; em corridas, para controlar com precisão o tempo de cada atleta; em pedágios ou estacionamentos, para identificar carros com etiquetas colocadas nos para-brisas; controle de abastecimento de veículos de frotas e os próprios cartões utilizados na bilhetagem eletrônica dos ônibus coletivos.? CURIOSIDADE Espera-se que, em um futuro não tão distante, os seres humanos tenham implantadas sob a pele etiquetas RFID que tragam seu histórico médico, como doenças pré-existentes, vacinas tomadas, alergias, tipo sanguíneo, entre outras informações pessoais que trariam agilidade e segurança em caso de necessidade de um atendimento de emergência.

26 Etiquetas Inteligentes O objetivo é criar um padrão único de identificação, rastreamento e autenticação de mercadorias em produção e circulação pelo Brasil, visando a unificar, integrar, simplificar e acelerar o processo de produção, logística e fiscalização de mercadorias pelo país, associando-o também às normas internacionais.

27 Sistema de Controle de Tráfego e Bilhetagem Eletrônica no Transporte de Passageiros O sistema de controle de tráfego no transporte de passageiros utiliza os mesmos princípios do sistema de rastreamento. Ou seja, pode ter um GPS instalado e se comunicar com uma base de controle, aproveitando inúmeros recursos já comuns no setor de cargas. Com isso, é possível prever com muita precisão o tempo de chegada em cada destino: rodoviária, ponto de ônibus etc. Já o sistema de bilhetagem eletrônica é bem mais comum e está instalado nas frotas de centenas de cidades brasileiras.

28 Outras Inovações Pneus inteligentes Os pneus desempenham a importante função de colocar o veículo em contato com o piso e também são objeto da inovação. Há, por exemplo, a possibilidade de instalação de diversos tipos de sensores nos pneus para fornecerem informações como grau de desgaste, pressão, coeficiente de atrito e temperatura. Veículos híbridos O termo veículo híbrido significa que ele funciona com dois ou mais tipos diferentes de produção de energia.

29 Outras Inovações Simuladores de aprendizagem Na capacitação de condutores há situações que não podem ser simuladas livremente nas ruas, por colocarem em risco as pessoas e veículos, bem como o próprio condutor em treinamento e seu instrutor. Por mais que imaginemos um local reservado para isso, ainda assim há situações que não poderão ser criadas para dar ao aluno a oportunidade de praticar. Os simuladores modernos podem apresentar ao aluno todo tipo de situação, inclusive extrema, como capotamentos e incêndios.

30 Outras Inovações? CURIOSIDADE Há simuladores muito modernos, nos quais o aluno sente exatamente como se o veículo estivesse em movimento, percebendo a aceleração, frenagem e força centrífuga. Esses equipamentos são capazes de envolver o aluno de tal forma, que muitos até esquecem que estão em um simulador e se assustam quando sofrem um acidente nas telas. A esse processo dá-se o nome de imersão.

31 Outras Inovações Sensor de fadiga Para os condutores de veículos pesados, que viajam pelas rodovias brasileiras em longas jornadas de trabalho, um dos maiores desafios é manter a concentração e não deixar que o cansaço e a fadiga os levem a se distrair e até a cochilar ao volante. Há um tipo de sensor, colocado na orelha do motorista, que identifica o movimento frequente de inclinação da cabeça para a frente, quando o sono chega. O dispositivo então emite um sinal sonoro para chamar a atenção do motorista.

32 Outras Inovações Existe também no mercado um sensor com sistema eletrônico capaz de fazer a análise de comportamento do motorista no início do trajeto, a partir da pressão aplicada nos pedais, do ângulo de esterçamento do volante e das acelerações lateral e longitudinal do veículo. Caso esse comportamento se altere, o sistema irá alertá-lo. Um terceiro tipo de sensor analisa a ausência de qualquer intervenção no veículo, por parte do condutor, por mais de 20 segundos, servindo, dessa forma, como indicador de possível fadiga. Pelo mesmo princípio, se o condutor começar a dirigir em ziguezague, o alerta também será acionado.

33 Outras Inovações Freio eletrônico automático de emergência O mapeamento do risco é feito por câmeras instaladas na frente do veículo, que controlam a distância segura e o risco real de colisão. Radar inteligente O sistema é interligado a uma central de banco de dados, que fornece informações sobre irregularidades, como licenciamentos vencidos, se o carro é roubado ou, ainda, se está com mandado de busca e apreensão expedido.

34 Outras Inovações Caixa preta Trata-se de um dispositivo que grava e armazena imagens e sons de tudo o que acontece no interior e no exterior do veículo. O equipamento vem com duas câmeras, uma para gravação do ambiente interno e a outra, externa, gravando o que ocorre na frente do veículo. As imagens são armazenadas em um cartão de memória, com data e hora. Alguns equipamentos dispõem de sensor infravermelho, que permite capturar imagens noturnas.

35 Para Relembrar Como vimos, não há limites para o processo de inovação da tecnologia. A cada ano, inúmeros equipamentos são lançados no mercado. E, com tantas opções, pode até ficar complicado escolher os mais adequados para cada caso. O mais importante é saber analisar os benefícios que a tecnologia pode trazer para o aumento da produtividade e para a segurança nas operações de transporte. Para esse propósito, os motoristas podem contar com o apoio do SEST SENAT, por meio de suas Unidades Operacionais distribuídas em todo o território nacional. Na área de desenvolvimento profissional, os condutores encontrarão cursos, palestras, materiais e outros recursos para se manterem atualizados com as inovações do setor.

36 O SEST SENAT está presente em todas as regiões do país, oferecendo cursos presenciais e a distância para os profissionais do setor de transporte Pesquise no site do SEST SENAT ( e entre em contato com uma de nossas Unidades Operacionais. Descubra novas possibilidades de aperfeiçoamento profissional!