3 GEOLOGIA, GEOMORFOLOGIA E SOLOS

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1 3 GEOLOGIA, GEOMORFOLOGIA E SOLOS 3.1 EMBASAMENTO ROCHOSO Panorama Geológico Regional A região do Norte Fluminense é constituída por rochas cristalinas do embasamento Pré-Cambriano, sedimentos cenozóicos associados à Planície Costeira do rio Paraíba do Sul, representados pela Formação Barreiras do período Terciário e por depósitos colúvio-aluvionares, depósitos praiais eólicos, marinhos e lagunares e depósitos flúvio-lagunares do período Quaternário (Mapa 3.1-1). VI. 3-1/67

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3 Distrito Industrial de São João da Barra e Corredor Logístico Fevereiro, 2011 Rev. 00 MAPA 3.1-1: GEOLOGIA REGIONA 3.2-3/67

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5 A Planície Costeira do rio Paraíba do Sul, conhecida por Baixada dos Goytacazes ou Baixada Campista, que domina a região, é formada principalmente por sedimentos marinhos/transicionais (terraços marinhos pleistocênicos e holocênicos), continentais fluviais e lagunares (MARTIN et. al., 1997, apud TERNIUM/ECOLOGUS, 2010). A Figura 3.1-1, a seguir, mostra as nove unidades distintas desta planície. A Área de Influência abrange cinco destas unidades: sedimentos lagunares; terraço pleistocênico; alinhamentos de cristas de praia holocênicos; alinhamentos de cristas de praia pleistocênicos; e paleocanais fluviais. FIGURA 3.1-1: MAPA GEOLÓGICO DA PLANÍCIE COSTEIRA DO RIO PARAÍBA DO SUL - (1) TERRAÇO MARINHO HOLOCÊNICO; (2) SEDIMENTOS LAGUNARES; (3) SEDIMENTOS FLUVIAIS (DELTA INTRALAGUNAR); (4) TERRAÇO PLEISTOCÊNICO; (5) FORMAÇÃO BARREIRAS; (6) EMBASAMENTO CRISTALINO PRÉ-CAMBRIANO; (7) ALINHAMENTOS DE CRISTAS DE PRAIA HOLOCÊNICOS; (8) ALINHAMENTOS DE CRISTAS DE PRAIA PLEISTOCÊNICOS; (9) PALEOCANAIS FLUVIAIS. FONTE: MARTINS ET. AL. (1997, APUD TERNIUM/ECOLOGUS 2010). VI. 3-5/67

6 A planície costeira do rio Paraíba do Sul é composta por terrenos arenosos de terraços marinhos, cordões arenosos e campos de dunas. Suas superfícies são subhorizontais, com microrrelevo ondulado de amplitudes topográficas inferiores a 20 m, geradas por processos de sedimentação marinha e/ou eólica. A drenagem apresenta padrão paralelo e acompanha as depressões intercordões. A litologia, formada por sedimentos holocênicos, propiciou o afloramento de unidades geológicas denominadas Depósitos Praias Eólicas, Marinhos e Lagunares e Depósitos Flúvio-Lagunares, ambas formadas também no Quaternário, conforme pode ser visualizado no Mapa (CPRM, 2001). Na Área de Influência Direta do Distrito Industrial predomina a unidade geológica Depósitos Praias Eólicas, Marinhos e Lagunares, enquanto que a Área de Influência Indireta é constituída em sua maioria por Depósitos Flúvio-Lagunares (os quais estão relacionados a episódios distintos de progradação fluvial sobre um ambiente transicional e marinho raso). Os Depósitos Flúvio-Lagunares correspondem a terrenos argilosos orgânicos de paleolagunas colmatadas, sendo representados por areias e argilas, sobrejacentes a camadas de areias biodetríticas e sedimentos lamosos de fundo lagunar. Em alguns locais observa-se a presença de turfas. Nos depósitos associados ao canal fluvial (depósitos residuais de canais) ocorrem areia e cascalho (MPX/CRA, 2009). Os Depósitos Praias Eólicas, Marinhos e Lagunares têm seu desenvolvimento associado a áreas costeiras e são constituídos por areias quartzosas esbranquiçadas, finas a médias, bem selecionadas, recobertas por areias eólicas na forma de depósitos mantiformes ou dunas transgressivas, apresentando estratificações cruzadas de pequeno e médio porte nas fácies eólicas (OSX/CRA, 2010). Porém, alguns Depósitos Praiais Marinhos apresentam estratificação plano-paralela com mergulho suave em direção ao mar. Os depósitos eólicos que recobrem os sedimentos praiais são constituídos por areias com características semelhantes, de granulometria mais fina e que se apresentam na forma de depósitos eólicos mantiformes, quando ocorrem nas proximidades da linha de costa, ou na forma de dunas transgressivas, quando mais interiorizadas (MPX/CRA, 2009). Podem apresentar grandes quantidades de conchas e exibem alinhamentos de cristas praiais mais contínuos e pouco espaçados, podendo atingir vários quilômetros de largura próximos a desembocaduras fluviais mais significativas, como as associadas ao rio Paraíba do Sul. Os depósitos praiais lagunares, ocorrentes na região de retro barreira, são formados pela sedimentação subaérea que margeia os corpos aquosos costeiros. São constituídos por sedimentos arenosos com boa maturidade textural e mineralógica e estão interdigitados com depósitos fluviais ou depósitos de fundo lagunar (OSX/CRA, 2010). Segundo CPRM (2001), os sistemas lagunares holocênicos ocorrem nas zonas baixas, separando terraços arenosos pleistocênicos e holocênicos ou nos cursos inferiores de grandes vales não- VI. 3-6/67

7 preenchidos por sedimentos fluviais, sendo constituídos por sedimentos sílticos e/ou areno-argilosos ricos em matéria orgânica, podendo frequentemente conter grande quantidade de conchas de moluscos de ambientes lagunares. As fácies paludiais do sistema lagunar holocênico, que englobam turfeiras, pântanos e alagadiços, têm sua origem associada ao processo natural de colmatação de corpos aquosos costeiros, que vão sendo progressivamente recobertos por vegetação à medida que suas lâminas d água diminuem, devido ao abaixamento do nível relativo do mar (MPX/CRA, 2009) Geologia das Áreas de Influência Indireta e Direta Estratigrafia A área é composta de embasamento rochoso e sedimentos formados em diferentes períodos geológicos, conforme pode ser observado no Quadro Ocorrem tanto sedimentos cenozóicos, constituídos por depósitos sedimentares terciários (Formação Barreiras) e quaternários (Depósitos Colúvio-Aluvionares; Depósitos Praiais Eólicos, Marinhos e/ou Lagunares; e Depósitos Flúvio- Lagunares), quanto rochas do embasamento cristalino, representadas pelos Granitóides Pós-Tectônicos, do paleozóico, e por granitos e gnaisses do Complexo Paraíba do Sul, da Suíte Angelim, da Suíte Bela Joana e da Suíte Desengano, do pré-cambriano. No contexto dos Sedimentos Cenozóicos, ocorrem a Formação Barreiras e os depósitos sedimentares quaternários holocênicos, representados pelos Depósitos de Praias Eólicos, Marinhos e/ou Lagunares e pelos Depósitos Flúvio-Lagunares. As formações são apresentadas a seguir de acordo com o período geológico de suas constituições. VI. 3-7/67

8 Proterozóico Pré-Cambriano Paleozóico Cambriano Terciário Cenozóico Quaternário QUADRO 3.1-1: ESTRATIGRAFIA GERAL E PRINCIPAIS LITOTIPOS DA AID PERÍODO UNIDADES DESCRIÇÃO DOS LITOTIPOS Depósito Praias Eólicos, Marinhos e/ou Lagunares Depósito Flúvio-Lagunares Depósito Praiais Marinhos e/ou Lagunares Depósitos Colúvio-Aluvionares Areias quartzosas. Areias, argilas e ocorrências de turfas. Areias quartzosas marinhas e/ou lagunares Cascalhos, areias e lamas. Formação Barreiras Depósitos detríticos com granulometria cascalho, areia argilo-arenosas e argilas geralmente contendo horizontes lateríticos. Fonte: Adaptado de CPRM (2001). Granitóides Pós-Tectônicos Granito Itaoca Granitóides Pós-Tectônicos Granito Morro do Côco Suíte Angelim Suíte Bela Joana Suíte Desengano Complexo Paraíba do Sul (Hornblenda)-biotita granitóides do tipo-i Granitóides com fabric planar e minerais máficos Granito tipo C, charnockito, associado a enderbito e norito. Granito tipo S com granada, muscovita e biotita. Gnaisses, quartzito frequentes, xistos grafitosos, rocha calcissilicática, metacarbonática, mármores Embasamento Cristalino As rochas do embasamento cristalino são predominantemente Granitóides Pós- Tectônicos e granitos e gnaisses do Complexo Região dos Lagos, Complexo Paraíba do Sul, do Complexo Búzios, da Suíte Desengano, da Suíte Bela Joana e da Suíte Angelim. Embora a maioria dos Granitóides Pós-Tectônicos esteja representada por (hornblenda)-biotita granitos s.s., também ocorre uma ampla variedade de rochas com composições variadas: sienogranítica, monzogranítica (adamelítica), granodiorítica, tonalítica e quartzo diorítica. Allanita, titanita, apatita, opacos e zircão são minerais acessórios comuns. O Complexo Região dos Lagos, de idade paleoproterozóica, é composto por ortognaisses bandados, dobrados, cinzentos, com abundantes paleodiques anfibolíticos deformados. Várias fases de granitóides intrusivos não deformados cortam os gnaisses. As rochas do Complexo Paraíba do Sul, de idade mesoproterozóica, são representadas pela Unidade São Fidélis, constituída, predominantemente por VI. 3-8/67

9 granada-biotita-sillimanita gnaisses quartzo-feldspáticos (metagrauvacas). Frequentemente ocorrem intercalações de gnaisse calcissilicático e quartzito. Também se observam rochas calcissilicáticas e metacarbonáticas; e pela Unidade Italva, caracterizada principalmente pela presença de mármores. Encontram-se tectonicamente imbricados com granada-biotita-sillimanita gnaisses quartzofeldspáticos, a quartzo-anfibólio-clinopiroxênio gnaisses (rochas calcissilicáticas). O Complexo Búzios, de idade mesoproterozóica é constituído por associações metapelíticas (xistos, gnaisses e quartzitos), calcissilicáticas (com níveis boudinados de até 20 cm de espessura e níveis de biotita-diopsídio gnaisse, com espessura de no máximo seis metros) e anfibolíticas (anfibolitos e gnaisses), sendo esta última constituída por intercalações das duas associações anteriores (metapelítica e anfibolítica), apresentando níveis de biotita-diopsídio gnaisse (CPRM, 2001). De acordo com o RADAMBRASIL (1983), a Suíte do Desengano, de idade neoproterozóica, é representada por rochas cristalinas como o granito tipo-s com granada, muscovita e biotita. Localmente podem ser observados domínios e manchas charnockíticas portadoras de granada e ortopiroxênio. Xenólitos e restitos de paragnaisses parcialmente fundidos (migmatitos de injeção) ocorrem com frequência. A Suíte Bela Joana, de idade Neoproterozóica, compreende granitos tipo C, granada-hornblenda-clinopiroxênio-ortopiroxênio charnockito associado à enderbito e norito, apresentando coloração cinza escura a esverdeada. Já a Suíte Angelim é caracterizada por granitóides com fabric planar, marcada pelo alinhamento de pórfiros esbranquiçados de feldspato e pelos minerais máficos. Muitas vezes apresentam-se milonitizados, particularmente nos contatos com o Complexo Paraíba do Sul Sedimentos Cenozóicos Predominam sedimentos do período Terciário e Quaternário. Na área do empreendimento ocorrem os sedimentos terciários da Formação Barreiras e os sedimentos quaternários representados por depósitos praiais, eólicos, marinhos e lagunares; depósitos flúvio-lagunares; depósitos praiais marinhos e lagunares; e depósitos colúvio-aluvionares. Na região costeira ocorre uma série de ambientes de sedimentação quaternária, associados a sistemas deposicionais de origem continental e transicional/marinho. Esses depósitos estão relacionados aos processos costeiros associados aos eventos de transgressão e regressão marinhas. Registram-se pelo menos dois máximos transgressivos associados a períodos interglaciais: a penúltima transgressão, datada de aproximadamente anos (Pleistoceno Superior), e a última, datada de aproximadamente anos (Holoceno) (MARTIN et. al., 1997 apud LLX/CRA, 2009). Essas VI. 3-9/67

10 variações do nível do mar marcaram períodos cíclicos de erosão e sedimentação dos depósitos continentais e marinhos, que forjaram a atual morfologia da região. A partir de anos, foram geradas ilhas-barreira que isolaram extensos corpos lagunares com características distintas (AMADOR, 1985 apud LLX/CRA,2009) e delinearam a configuração atual das baixadas, marcadas por intensa sedimentação flúvio-marinha, flúvio-lagunar e flúvio-deltáica, resultante do período de regressão marinha subsequente ao máximo transgressivo holocênico. O litoral é caracterizado pelo sucessivo empilhamento/truncamento de cristas de cordões arenosos e, na retaguarda desses cordões, por uma extensa planície flúvio-lagunar, resultante do ressecamento da lagoa Feia sendo recoberta, em parte, por uma extensa baixada flúvio-deltáica Terciário Os depósitos da Formação Barreiras caracterizam-se por sedimentos continentais areno-argilosos e argilo-arenosos inconsolidados que, de acordo com RAMALHO (2005) ao serem limonitizados, formam concreções ou crostas ferruginosas, que podem aflorar na forma de matacões. Esse pacote sedimentar é constituído de três unidades: Areias grossas a conglomeráticas, com matriz caulínitica e estruturas de estratificação cruzada planar na base do pacote; Interlaminações de areias grossas quartzosas com matriz areno-argilosa e argilas arroxeadas levemente arenosas; e No topo do pacote, um nível de argilas de cores vermelha e branca (FERRARI et. al., 1981 apud LLX/CRA, 2009) As flutuações do nível do mar e as alterações paleoclimáticas foram as principais causas da formação das planícies litorâneas brasileiras (MARTIN et al., 1997, op. cit.). No modelo de evolução paleogeográfica e paleoclimática proposto por MARTIN et. al. (op. cit.), para o litoral norte do Estado do Rio de Janeiro, a sedimentação Barreiras ocorreu provavelmente durante o Plioceno, quando o clima era semi-árido, sujeito a chuvas esporádicas torrenciais. Dessa forma, teriam formado amplas faixas de leques aluviais no sopé das encostas constituídas pelas rochas do embasamento (GHIGNONE, 1979). Nessa época o nível do mar era mais baixo que o atual, e os sedimentos da Formação Barreiras entulharam a plataforma continental (BIGARELLA & ANDRADE, 1964). A sedimentação Barreiras foi interrompida quando o clima passou a ser mais úmido (VILAS-BOAS et. al., 1979), e, no Pleistoceno, uma transgressão marinha começou a erodir a porção mais externa da Formação Barreiras, formando as falésias que ocorrem no Nordeste do Brasil. O Quadro apresenta as fácies sedimentares da Formação Barreiras que nos permite verificar as condições em que se realizaram os depósitos. VI. 3-10/67

11 QUADRO 3.1-2: FÁCIES SEDIMENTARES ENCONTRADAS NA FORMAÇÃO BARREIRAS. FÁCIES CÓDIGO DESCRIÇÃO CARACTERÍSTICAS INTERPRETAÇÃO Cascalho Cch Ccp Cascalhos sustentados pelos clastos, com estratificação horizontal pouco definida e clastos comumente imbricados Cascalhos sustentados pelos clastos, com estratificação cruzada Ocorrem em camadas com geometria lenticular a lenticular extensa, apresentando seixos e blocos arredondados a subarredondados, com cerca de até 10 a 15 cm de eixo maior. Os clastos são predominantemente quartzosos, ocorrendo em menor quantidade clastos de feldspato e de litoclastos alterados Clastos predominantemente quartzosos, arredondados a subarredondados, com tamanho médio variando de 10 a 15 cm de eixo maior Barras longitudinais; depósitos residuais Migração de barras transversais de cascalhos Arenosas Cmm Aca Ah Cascalho sustentado pela matriz, maciços Areias com estratificação cruzada acanalada de baixo ângulo Areias com estratificação horizontal Cascalhos maciços, polimíticos, sustentados pela matriz. O tamanho de seus clastos varia desde 10 a 20 cm (em média) até 1 m de eixo maior; suas camadas podem apresentar uma geometria subtabular a lenticular. Estes depósitos apresentam matriz de composição areno-argilosa e feldspática. Areias grossas a muito grossas, pouco selecionadas, quartzosas e feldspáticas, com estratificações cruzadas acanaladas de ângulo baixo. Pode apresentar concentrações de cascalho na base das camadas e, por vezes, observa-se a presença de intraciastos de argila. Apresenta-se, geralmente, bastante ferruginizada, com cores predominantemente avermelhadas. Areias grossas a muito grossas, quartzosas e feldspáticas, com estratificação horizontal. Por vezes, nota-se que a estratificação é determinada por alinhamento pouco definido de seixos. Apresenta cores avermelhadas, relacionadas à intensa ferruginização. Intraclastos de argila podem estar associados a esta fácies. Fluxo de detritos de alta energia Migração de megaondulações de crista sinuosa Migrações de forma de leito plano Am Areias maciças ou sem estrutura aparente Areias médias a grossas, macças ou sem estrutura aparente, com grãos angulosos e subangulosos, mal selecionados, quartzosos e feldspáticos. Geralmente possui matriz caulínica, apresentando, em algumas situações, seixos de quartzo, feldspato e, por vezes, litoclastos dispersos. Estes seixos frequentemente ocorrem localizados em camadas delgadas ou na base das camadas. A cor é frequentemente cinza esbranquiçada a arroxeada, devido à ferruginização. Depósitos de fluxos gravitacionais de sedimentos; modificações pós-deposicionais; intensa decantação de areia em suspensão Lamosas La1 La2 Lamitos argilosos Lamitos arenosos Fonte: Adaptado de MORAIS et. al. (2006, apud OSX/CRA, 2010). Lamitos argilosos, maciços, de cores variando de branca acinzentada a arroxeada, devido à ferruginização. Ocorrem grânulos e pequenos seixos de quartzo dispersos em meio à matriz caulínica. Lamitos arenosos, maciços, com grânulos e seixos de quartzo e feldspato alterado dispersos na matriz caulínica. Apresenta, geralmente, forte mosqueamento, por ferruginização, e as mesmas cores dos sedimentos da fácies La1 Decantação de finos ou fluxos gravitacionais de sedimentos Fluxos gravitacionais de sedimentos VI. 3-11/67

12 Quaternário Pleistoceno A - Depósitos Colúvio-Aluvionares Os depósitos colúvio-aluvionares são constituídos por cascalhos, areias e lamas resultantes da ação de processos de fluxos gravitacionais e aluviais de transporte de material de alteração das vertentes. Apresentam espessura, extensão e granulometria variadas, de argila até blocos de rocha e matacões provenientes do embasamento. Nas regiões de baixa declividade e ao longo das drenagens ocorrem sedimentos arenosos e lamosos, eventualmente com cascalheiras. Estes depósitos podem ocorrer interdigitados com depósitos deltáicos, lagunares ou praiais marinhos e são subdivididos em: Depósitos de fundo de canal, constituídos por areias e cascalhos; Depósitos de planície de inundação, caracterizados por sedimentação lamosa; Depósitos de rompimento de diques marginais, compostos por areia e lama; e Depósitos de meandro, caracterizando sedimentação essencialmente arenosa. B - Depósitos Praias Marinhos e Lagunares Os depósitos praiais marinhos e lagunares relacionam-se ao evento transgressivo marinho ocorrido durante o Pleistoceno (123 mil anos). São depósitos arenosos, de origem praial marinha e/ou lagunar, recobertos por areias eólicas. As fácies praiais são compostas por areias quartzosas, médias até muito finas, de coloração amarelo-clara até acastanhada, eventualmente contendo estruturas sedimentares do tipo estratificação cruzada acanalada e tubos fósseis de Callichirus major, quando de origem marinha. As fácies eólicas são compostas por areias quartzosas, de granulometria fina e coloração amarelo-acastanhado até avermelhado, muitas vezes enriquecidas em matriz secundária, composta por argilas e óxidos de ferro. A presença de cristas praiais na superfície dos depósitos arenosos indica que esses terraços não foram submersos durante a última transgressão. Estes depósitos apresentam cicatrizes características das antigas drenagens que estavam ativas quando o nível de base era inferior ao atual. VI. 3-12/67

13 3.2 EXPLORAÇÃO MINERAL Potencial Mineral Conforme CPRM (2000), o município de São João da Barra (AID e AII), possui substâncias como: calcário, grafita, ilmenita, minerais pesados, monazita, rutilo, turfa e zirconita. Já o Município de Campos (AII) apresenta substâncias como: água mineral, areia, argila, brita, diatomita, feldspato, gipsita, gnaisse, granito, mármore, magmatito, ouro, pegmatito, quartzo, saibro e turfa (CPRM, op. cit.). Na planície aluvial observa-se exploração de argila para a fabricação de cerâmica vermelha e de areia fina para argamassa. Há olarias e cerâmicas nas localidades rurais de Beira do Taí, Espinho, São Sebastião, Saturnino Braga, Mussurepe, Cazumbá e São Bento. A produção da cerâmica vermelha concentra o maior número de empresas e o maior volume de produção no Estado, estando situada no entorno da rodovia RJ 216, que une a cidade de Campos a vila de Farol de São Tomé Processos de Titularidade Minerárias A seguir é procedida uma análise da exploração dos recursos minerais existentes nas Áreas de Influência Direta e Indireta do empreendimento. A partir da consulta ao banco de dados Sistema de Informação Geográfica da Mineração (SIGMINE), disponível no site do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), foram levantados os processos de titularidade minerária existentes nas Áreas de Influência Direta e Indireta do empreendimento, que engloba áreas dos municípios de Campos dos Goytacazes e São João da Barra, apresentados no Mapa VI. 3-13/67

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15 Distrito Industrial de São João da Barra e Corredor Logístico Fevereiro, 2011 Rev. 00 MAPA 3.2-1: MAPA DE TITULARIDADE MINERARI IV. 3-15/67

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17 O SIGMINE contém informações importantes acerca dos processos de titularidade minerária existentes na AII e AID, uma vez que disponibiliza as poligonais das áreas com títulos minerários, bem como o número de seus respectivos processos no DNPM, a fase em que se encontram e os nomes dos requerentes dos processos. A partir desses dados, é possível inferir a disponibilidade mineral. Atualmente, estão em tramitação no DNPM 208 processos de titularidade minerária na AII (Anexo VI.3.2-1) e 15 processos na AID (Anexo VI.3.2-2). Na AII, a maioria dos processos se encontram em fase de licenciamento, requerimento de licenciamento e autorização de pesquisa. Na AII, há 85 processos em fase de licenciamento, o que corresponde a 40 % do número total e 53 processos (ou 26 % do total) em fase de requerimento de licenciamento, como pode-se observar na Figura FIGURA 3.2-1: FASES DOS PROCESSOS DE TITULARIDADE MINERÁRIA NA AII (%). A AID e a AII apresentam cenários diferenciados, uma vez que a maioria dos processos de titularidade minerária da AID encontra-se no estágio de autorização de pesquisa (67%), seguido pelo estágio de requerimento de pesquisa (27%), conforme pode ser visto na Figura VI. 3-17/67

18 FIGURA 3.2-2: FASES DOS PROCESSOS DE TITULARIDADE MINERÁRIA NA AID (%). A substância com maior número de processos de titularidade na AID é a areia, como pode ser visualizado na Figura Dos 15 processos de titularidade minerária, 5 ou 33%, são dessa substância. A areia é seguida pela ilmenita, com 4 processos, e pelo minério de ouro, com 3 processos. Todos os processos de titularidade da areia, substância muito explorada em todo o Estado do Rio de Janeiro, devido à sua grande utilização para construção civil, estão em fase de autorização de pesquisa, enquanto a maior parte dos processos de ilmenita estão em fase de requerimento de pesquisa. FIGURA 3.2-3: NÚMERO DE PROCESSOS DE TITULARIDADE POR SUBSTÂNCIAS NA AID (%). Na AID, têm-se ainda processos relativos à exploração de turfa e granito. A substância turfa possui 2 processos (7% do total) em fase de disponibilidade e autorização de pesquisa, enquanto a exploração de granito é requerida em 1 processo, que se encontra em fase de requerimento de pesquisa. VI. 3-18/67

19 Pode-se observar pela Figura que, na AII, a substância com maior número de processos de titularidade foi a argila com 128 processos ou 65% do total do número de processos, seguida pela areia, que teve 65 processos de extração requeridos (31,5% do total dos processos). Em menores quantidades, foram abertos processos referentes ao minério de ouro, ilmenita, granito, saibro e turfa. Os processos referentes a argila estão em fases distintas. Na fase de licenciamento são 73 requerimentos de licenciamento, 50 de disponibilidade, 4 processos e somente 1 autorização de pesquisa. FIGURA 3.2-4: NÚMERO DE PROCESSOS DE TITULARIDADE POR SUBSTÂNCIAS NA AII (%). Além de ser substância que possui a maior quantidade de processos na AID, a areia também representa a substância com maior área a ser explorada, pois corresponde a 44,4% da área total de todos os processos (99,31 km²), enquanto a área de minério de ouro corresponde a 24% da área total que está em processo (53,27 km²). A ilmenita vem em terceiro lugar com 20,3% da área total (45,06 km²). A turfa possui as menores áreas com 24,62 km² ou 11,1% da área total (Figura 3.2-5). VI. 3-19/67

20 FIGURA 3.2-5: ÁREA DAS SUBSTÂNCIAS NOS PROCESSOS DE TITULARIDADE NA AID(%). Na AII, a substância que possui a maior área é a ilmenita (Figura 3.2-6), com 21,92 km² (33,46%), seguida pela areia, com 16,92 km² (25,84%). A argila tem uma área a ser explorada correspondente a 16,35 km² (24,97%), sendo, portanto, a terceira maior área. Com a quarta maior área está o minério de ouro com 7,3 km² (11,13%). O saibro e a turfa apresentam áreas muito pequenas, inferiores a 1% do total. FIGURA 3.2-6: ÁREA DAS SUBSTÂNCIAS NOS PROCESSOS DE TITULARIDADE NA AII(%). VI. 3-20/67

21 3.3 GEOMORFOLOGIA Panorama Geomorfológico Regional Este Item apresenta as Unidades Morfoestruturais, a Caracterização Topográfica e Geotécnica das Áreas de Influência Direta e Indireta do empreendimento, incluindo: A estratigrafia da Área de Influência do Distrito Industrial; Os Processos Erosivos e a província geomorfológica Planície Quaternária, subdivida em Planícies Flúvio-marinhas (Baixada Campista) e a Planícies Costeiras (Cordões Litorâneos); e A delimitação das unidades geomorfológicas ou morfoesculturais presentes na AID e na AII. Segundo a Avaliação Ambiental Estratégica do Complexo do Açu (LLX, 2009), com relação ao aspecto Dinâmica Costeira, têm-se como principais características, problemas e oportunidades: Processos morfológicos e estabilidade do litoral favorável à implantação do Complexo. A planície costeira em torno do rio Paraíba do Sul é constituída por uma sequência de cordões litorâneos, que vão sendo gradualmente anexados à costa, deixando visíveis relíquias de lagoas e canais intermediários. O Cabo de São Tomé redireciona a linha de costa de norte-sul para nordeste - sudoeste. Esta é uma área de intensa acumulação de areia, oriunda dos dois trechos de costa em direção ao cabo, onde extensos bancos de areia submersos estão localizados. Sua localização é privilegiada, sujeita ao ataque de ondas oriundas tanto do setor Nordeste como de Sudeste, o transporte de sedimentos promovido por ondas, independentemente da época do ano, converge para o cabo. Por essa razão há um enorme banco de areia submerso ao lago do Cabo de São Tomé Unidades Geomorfológicas da AII e AID As unidades geomorfológicas do Estado do Rio de Janeiro encontram-se hierarquizadas, segundo o Estudo Geoambiental do Estado do Rio de Janeiro realizado pela CPRM (2001), em Unidades Morfoestruturais, Unidades Morfoesculturais, Unidades Geomorfológicas e Sistema de Relevo. A geomorfologia da Área de Influência Indireta (AII) é caracterizada por: Planícies Costeiras em área de Depósitos Sedimentares Cenozóicos, com a presença de Formação Barreiras; e VI. 3-21/67

22 Planícies Colúvios-Alúvios Marinhas e Planícies Flúvio-Lagunares nas proximidades das diversas lagunas. Os depósitos sedimentares incluem aluviões compostos por areias, cascalhos, argilas inconsolidadas e sedimentos marinhos, constituindo dunas, restingas, cordões litorâneos, planícies e terraços marinhos, flúvio-marinhos e fluviais, comprovando as ações de processos morfogenéticos recentes e variações do nível do mar. Estes depósitos compreendem morfologias típicas de áreas em processos degradativos e de agradações. As Bacias Sedimentares Cenozóicas são subdivididas nas unidades morfoesculturais Tabuleiros de Bacias Sedimentares; Planícies Flúvio-marinhas (Baixadas) e Planícies Costeiras, estas duas últimas presentes na AII e AID. Essa unidade corresponde a rochas sedimentares, pouco litificadas, de idade eocenozóica, e sedimentos inconsolidados, neocenozóicos. As rochas sedimentares estão armazenadas em bacias tafrogênicas continentais, resultantes da tectônica extensional gerada no início do Cenozóico. Os sedimentos inconsolidados das baixadas e planícies costeiras foram gerados ao longo dos ciclos transgressivos e regressivos da linha de costa durante o Quaternário. A partir do último máximo transgressivo, a atual linha de costa registra um afogamento generalizado do relevo, observado nas atuais rias, baías e lagunas e nas colinas e morros isolados nos recôncavos das baixadas. De acordo com DANTAS (2000), a sedimentação marinha da planície deltaica do rio Paraíba do Sul, a qual a AII e AID encontra-se inserida, é constituída por um empilhamento de feixes de cordões litorâneos de origem marinha, ao sul da desembocadura do rio Paraíba do Sul, ou de origem fluvial e marinha, ao norte da desembocadura. Essa diferenciação do padrão sedimentar nas duas porções da planície deltaica decorre do fato de que ocorre um predomínio no sentido da corrente de deriva litorânea de sul para norte (DANTAS, 2000). As Áreas de Influência estão localizadas sobre as unidades geomorfológicas planícies colúvio-alúvio-marinhas, planícies costeiras e planícies flúvio-lagunares (Mapa 3.3-1), sendo que na Área de Influência Direta há um predomínio da unidade planície costeira, enquanto na Área de Influência Direta a unidade geomorfológica majoritária é a planície colúvio-alúvio-marinha Estas unidades geomorfológicas são descritas a seguir: Planície Colúvio-Aluvionar Marinha Composta por terrenos argilo-arenosos das baixadas. São superfícies subhorizontais, com gradientes extremamente suaves e convergentes à linha de costa, de interface com os sistemas deposicionais continentais (processos fluviais e de encosta) e marinhos. Possuem terrenos mal drenados com padrão de canais meandrante e divagante e presença de superfícies de aplainamento e pequenas colinas ajustadas ao nível de base das Baixadas. VI. 3-22/67

23 Planície Flúvio-Lagunar: Compreende terrenos localizados nas duas margens do rio Paraíba do Sul. Na margem esquerda ocorre ao norte da cidade de Campos, e na margem direita, próximo a localidade de Pipeira e São Sebastião de Campos. Abrange terrenos argilosos orgânicos de paleolagunas colmatadas e superfícies planas, de interface com os Sistemas Deposicionais Continentais e Lagunares. Esta unidade é composta por terrenos muito mal drenados com lençol freático subaflorante. Planície Costeira Composta por terrenos arenosos de terraços marinhos, cordões arenosos e campos de dunas. Apresenta superfícies subhorizontais, com microrrelevo ondulado de amplitudes topográficas inferiores a 20 m, geradas por processos de sedimentação marinha e/ou eólica. Possui terrenos bem drenados com padrão de drenagem paralelo, acompanhando as depressões intercordões. Compreende mais de 90% da área do Distrito Industrial, além do trecho da extremidade leste da AII. VI. 3-23/67

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25 MAPA 3.3-1: GEOMORFOLOGI Distrito Industrial de São João da Barra e Corredor Logístico Fevereiro, 2011 Rev. 00 IV. 3-25/67

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27 3.3.3 Topografia, Estratigrafia e Geotecnia do Terreno do DISJB As variações do nível do mar durante o Período Quaternário constituem o principal mecanismo da formação dos sedimentos marinhos das planícies costeiras brasileiras, tendo sido inferidos pelo menos dois ciclos de sedimentação entremeados por eventos erosivos associados a episódios transgressivos de níveis do mar mais elevados que o atual (Figura 3.3-1). FIGURA 3.3-1: VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR NO PERÍODO QUATERNÁRIO. FONTE: TERNIUM/ECOLOGUS (2010). No caso específico da área de estudo há o fato de que a barra do rio Paraíba do Sul sofre bloqueio parcial e intermitente por bancos móveis de areia, tendo a foz sofrido variações morfológicas formando, muitas vezes, lagunas remanescentes. A este complexo processo flúvio-lacustre-marinho acrescentase o mecanismo eólico de formação de dunas, que provoca heterogeneidades no estado de adensamento (pressões de pré-adensamento) das argilas moles (Figura 3.3-2). Os dados das investigações geotécnicas e geofísicas indicam a existência de quatro camadas com litologias distintas. (Quadro 3.3-1) CAMADAS I QUADRO 3.3-1: ESTRATIGRAFIA DO TERRENO DO DISTRITO INDUSTRIAL LITOLOGIA Areia grossa com cores variadas e presença de matéria orgânica ESPESSURA (M) II Areia fina, argilosa ou siltosa, de cor cinza 7 III Argila orgânica, mole, mais ou menos siltosa, cinza escura 6 IV Intercalações de argilas siltosas, argilas arenosas,siltes arenosos e areias finas a médias Fonte: Estudo de Impacto Ambiental Siderúrgica Ternium Brasil (2010) VI. 3-27/67

28 FIGURA 3.3-2: INTERPRETAÇÃO HIPOTÉTICA DA ESTRATIGRAFIA ATRAVÉS DOS DADOS GEOFÍSICOS. FONTE: TERNIUM/ECOLOGUS (2010). A camada superior é composta por areia grossa, de cores variadas, muitas vezes com presença de matéria orgânica. Possui espessuras entre 2 e 7 m, sendo a espessura média representativa em torno de 6 m. Vem a seguir uma camada de areia fina, ora argilosa, ora siltosa, de cor cinza, com espessuras variando entre 3 e 8 m, sendo a espessura representativa em torno de 7 m. Abaixo ocorre uma camada de argila orgânica, mole, mais ou menos siltosa de cor cinza escura, com espessura em torno de 6 m. Por fim ocorre uma camada que alterna argilas siltosas, argilas arenosas e siltes arenosos, intercalados com areias finas a médias. Esta camada possui a maior espessura, da ordem de 20 m. As duas camadas arenosas superficiais compõem um aquífero livre, com alta permeabilidade, onde se concentra o maior volume de fluxo subterrâneo em direção às lagoas e canais. A persistência da camada de argila orgânica abaixo das duas camadas arenosas confere localmente uma condição de confinamento às camadas inferiores Processos Erosivos na AII e AID COSTA (2008), ao determinar a vulnerabilidade ambiental das sub-bacias hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro, apontou para a AII e AID do empreendimento uma variação de baixa a alta, sendo mais baixa conforme se VI. 3-28/67

29 aproxima da linha de costa e mais alta na medida em que se afasta. Este autor, apesar de usar parâmetros relevantes, tais como uso do solo, taxa de escoamento superficial, forma e declividade do terreno, não considerou, em seu estudo, a vulnerabilidade à erosão costeira, eólica e fluvial. Apesar do relevo da área de estudo não ser favorável a ocorrência de movimentos de massa ou ao desenvolvimento de feições erosivas comuns no Estado do Rio de Janeiro, tais como ravinas e voçorocas, feições estas que acarretam numa considerável perda de solo e que são desencadeadas em áreas de declividades superiores a 20, com consequente velocidade do escoamento superficial significativa, a perda de solo se faz presente através da erosão eólica e fluvial. Na AII e AID do empreendimento, a água dos rios apresenta grande erosividade, ou seja, forte capacidade de erodir, sendo comum o desmoronamento das margens dos canais. A textura do solo é um fator relevante para a ocorrência deste tipo de erosão, uma vez que solos muito argilosos, por serem mais coesos, apresentam menor erodibilidade enquanto solos compostos de silte e areia fina possuem maior erodibilidade. A existência de solos secos com consideráveis teores de areia e silte na AII e AID também favorece a erosão eólica, uma vez que eles são mais facilmente carreados pelo vento, através de movimentos de saltação e arraste, uma vez que solos argilosos e úmidos dificilmente são erodidos pela ação do vento, pois são muito coesivos. O material parental dos solos da AII e AID também favorece a erosão eólica, visto que, de acordo por PRESS et. al., (2006), o vento é capaz de carregar grãos de areia desprendidos pelo intemperismo físico de um arenito fracamente cimentado, como ocorre nas áreas constituídas pela Formação Barreiras, mas dificilmente é capaz de erodir um granito ou basalto, feições estas que quase não afloram na área de estudo. A quantidade de material que o vento pode carrear depende da intensidade do vento, do tamanho das partículas e dos materiais superficiais da área sobre a qual ele sopra. Segundo MMX/CAL (2006), o município de São João da Barra possui ventos de velocidade média anual de 2,7 m.s -1, podendo chegar a 4,3 m.s -1. Isto corresponde a 9,72 Km.h -1 de média anual, o que é considerado por TEIXEIRA et. al., (2003) como brisa leve, enquanto a velocidade máxima (15,48 Km.h -1 ) é considerada um vento suave. Apesar dos ventos em São João da Barra não serem considerados fortes, de acordo com os mesmos autores, suas velocidades indicam capacidade de movimentar partículas de quartzo, muito comuns na área de estudo, de cerca de 0,25 mm, o que corresponde a partículas de areia. Dessa forma, pode-se afirmar que o tipo de substrato rochoso presente na AII e AID do empreendimento, a classe e textura do solo associados com a velocidade do vento encontrada na área de estudo é um grande facilitador da erosão eólica observada. A susceptibilidade à erosão eólica foi observada pelo VI. 3-29/67

30 estudo desenvolvido pelo CPRM (2001), o qual apontou para AII e AID do Distrito Industrial a existência de terrenos propícios à ocorrência da erosão eólica quando desmatados. Nesta área, tem-se a presença de dunas migratórias. Nestas, o transporte dos grãos segue inicialmente o ângulo do barlavento, depositando-se, em seguida, no sotavento, onde há forte turbulência, e o deslocamento contínuo causa a migração de todo o corpo da duna (TEIXEIRA et. al., 2003). A migração ocasiona problemas de soterramento e assoreamento das zonas litorâneas de São João da Barra. A migração das pequenas dunas na AII do Distrito Industrial é agravada ainda mais devido à intensa erosão costeira que ocorre em Atafona e a deposição dos sedimentos na direção sul, na praia de Grussaí. FIGUEIREDO JR. et. al., (2006), ao discorrerem sobre a erosão costeira existente em São João da Barra apontam que desde os anos 1950, foram derrubadas 183 construções em 14 quadras de Atafona e Grussaí, destruindo uma igreja, uma escola, um posto de gasolina, diversas casas de comércio, 2 faróis da marinha e moradias. Eles ressaltam que a velocidade da erosão de Atafona, e consequente deposição de sedimentos em Grussaí, varia de acordo com o período do ano, sendo mais intensa entre novembro e março. Além disso, a velocidade de erosão não é uniforme para toda a área, pois áreas mais baixas são erodidas com maior velocidade do que as mais elevadas. GUERRA e BOTELHO (2003) apontam que as classes de solo encontradas na área de estudo não apresentam limitações relevantes no que se refere à suscetibilidade à erosão pluvial, visto que estas situam-se em áreas planas, sem favorecer o escoamento, principalmente no que tange aos neossolos flúvicos e aos espodossolos, que representam quase a totalidade de AID. Para estes autores, os maiores problemas quanto à erosão dos neossolos quartzênicos são quando se encontram desprovidos de cobertura vegetal, agravando a situação de escassez de materiais agregadores (argila e matéria orgânica) e tornando-se expostas também à erosão eólica. O uso de grande parte do solo da AII e AID para pastagem e agricultura, acaba por contribuir para uma maior facilidade de desagregação das partículas de areia, uma vez que a matéria orgânica e a serrapilheira presente em solos com estes usos não é suficiente para garantir a estabilidade e a coesão dos agregados do solo. Nas sondagens manuais e a percussão (Anexo VI e Anexo VI.3.3-2) pode-se observar que boa parte dos solos analisados para este estudo apresentam seus horizontes superficiais com predomínio da fração granulométrica de silte e areia fina (sondagens SPT 01, 02, 03, 04 e SD 01, 02, 03, 04, 06, 09,10,12,13, 14,15,16) e, segundo MORGAN (2005), quanto maior o percentual de silte e de areia fina no solo maior a susceptibilidade dos solos serem erodidos por conta destacabilidade das partículas de silte e areia fina e consequente facilidade de transporte devido ao baixo peso específico destas partículas e a pequena capacidade de agregação que estas frações granulométricas possuem se comparadas à elevada agregação das argilas. VI. 3-30/67

31 Esses resultados corroboram para a vulnerabilidade destes solos à ocorrência de perda por erosão eólica, conforme mencionado anteriormente. A mensuração do ph feita nos perfis coletados com sondagem manual (Quadro 3.3-2) permitiu inferir que, apesar da maioria dos perfis de solo terem apresentado uma faixa básica, com valores entre 6,04 e 6,63, os solos coletados na sondagem SD 01, 04, 08,10,17 e 18 estão com uma maior faixa de acidez, sendo este último o solo com maior alcalinidade (4,81). A acidez encontrada pode estar relacionada com a sazonalidade de chuvas da área de estudo, visto que há um decréscimo relativo do teor de umidade na estação seca, especialmente pela evaporação. Segundo BRADY (1976), tal quadro faz com que a concentração dos sais solúveis se eleve rapidamente na solução do solo e, sob condições de precipitação reduzida e drenagem limitada, as concentrações de sal podem vir a interferir no crescimento vegetal. A ausência de cobertura vegetal, por sua vez, torna o solo ainda mais exposto a erosividade do vento. QUADRO VALORES DE PH ENCONTRADOS NOS POÇOS DE COLETA. POÇO PH PM-01 5,87 PZ-02 6,37 PM-03 6,63 PZ-04 5,74 PM-05 6,35 PZ-06 6,04 PM-07 6,36 PZ-08 5,68 PM-09 6,36 PM-10 5,3 PM-11 6,4 PZ-12 6,51 PZ-13 6,34 PZ-14 6,3 PZ-15 6,28 PZ-16 6,48 PZ-17 5,87 PZ-18 4,81 PZ-19 6,41 PZ-20 6,17 Os cambissolos, encontrados na AII, representam os solos da área de estudo com maior vulnerabilidade à ocorrência de processos erosivos, sendo classificados como solos de susceptibilidade média a alta por SCHAEFER (2000, apud OLSZEVSKI, 2004). Entretanto, de acordo com GUERRA e VI. 3-31/67

32 BOTELHO (2003), o grau de suscetibilidade à erosão dos cambissolos é variável, dependendo da sua profundidade, visto que os mais rasos tendem a ser mais suscetíveis, devido à presença de camada impermeável, representada pelo substrato rochoso mais próximo da superfície; da declividade do terreno; do teor de silte e do gradiente textural. Através das sondagens feitas para este estudo, pode-se observar que os cambissolos são encontrados em área de baixa declividade (sondagens SD-18, SD-19 e SD-20 Anexo VI.3.3-1), inferior a 5%; sendo estes espessos, sendo representados inclusive pelos perfis de maiores profundidades nas sondagens manuais; e com exceção do perfil da sondagem SD-20, apresentam suas camadas superficiais por argila arenosa e areia enquanto a fração silte só é expressiva a partir de 0,60 metros no perfil SD-18 e 3,4 metros no perfil SD-20. Apesar de estes solos serem considerados friáveis, ou seja, com maior facilidade de destacamento, são os solos estudados que apresentam indícios de terem os maiores teores de matéria orgânica, devido a sua coloração marrom e vermelho escuro, o que dificultaria os destacamento das partículas. 3.4 SOLOS Panorama Pedológico Regional De acordo com CPRM (2001) os principais tipos de solos encontrados na região são Espedossolos, Gleissolos, Neossolos Flúvicos, Cambissolos e Organossolos Tiomórficos (Mapa 3.4-1). As classes Gleissolos e Espodossolos distribuem-se, principalmente, em áreas de restingas com intercalação de sedimentos marinhos, lacustres e eólicos, enquanto os Neossolos flúvicos ocorrem predominantemente na calha de rios, como é o caso da zona de deposição do baixo curso do rio Paraíba do Sul, e costumam ser arenosos, selecionados e permeáveis (SEA, 2009). A seguir é feita uma breve descrição destas classes de solo, baseada nas definições estabelecidas pela EMBRAPA (1999), por LEPSCH (2002) e por SILVA et. al. (2003). VI. 3-32/67

33 MAPA 3.4-1: SOLO Distrito Industrial de São João da Barra e Corredor Logístico Fevereiro, 2011 Rev. 00 IV. 3-33/67

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35 Espodossolos Solos constituídos de material mineral com horizonte B espódico subjacente a horizonte eluvial E (cor varia de cinza a branca) ou A (cor varia de cinza a preta) ou hístico (com menos de 40 cm). São solos de profundidade variável, de textura predominantemente arenosa e drenagem também variável. São solos muito pobres (ácidos, com baixa saturação por bases, podendo ter alto teor de Al extraível) e se desenvolvem principalmente a partir de materiais arenoquartzosos sob condições de umidade elevada, condição esta oferecida pela região da AID e AII do empreendimento onde estes solos são encontrados. Estes solos com húmus ácido e intensa translocação de compostos de ferro, de alumínio e matéria orgânica que se acumulam no horizonte B. Este é formado por processos de dissolução química de compostos de ferro e húmus, nos horizontes A e E, que sofreram translocação e uma precipitação posterior no horizonte B. Este tipo de solo pode produzir húmus ácidos. Tais materiais orgânicos ácidos (resultantes mais da decomposição por fungos do que por bactérias) é que favorecem a dissolução do ferro e do alumínio, presentes nos horizontes mais superficiais Gleissolos São solos hidromórficos, formados pelo processo de gleização, ou seja, de redução de ferro sob condições de excesso de água. Portanto, são saturados por água permanentemente ou periodicamente, exceto quando são drenados artificialmente. Por esta razão, apresentam cores acinzentadas, azuladas e esverdeadas, visto a presença de compostos ferrosos resultantes da escassez de oxigênio. Este encharcamento provoca também a redução e a solubilização do ferro, promovendo translocação e reprecipitação dos seus componentes. Os gleissolos constituem-se por material mineral e, comumente, desenvolvem-se em sedimentos recentes nas proximidades dos cursos d'água e em materiais colúvioaluviais sujeitos a condições de hidromorfia. Dessa forma, ocorrem sob floresta e/ou campos de várzeas com espécies hidrófilas e higrófilas. A saturação do solo, na presença de matéria orgânica, diminui o oxigênio dissolvido e provoca a redução química e dissolução dos óxidos de ferro, que é transformado, e parcialmente removido, o que faz com que surjam cores cinzentas no horizonte subsuperficial. A fertilidade desses solos é bastante variada. Boa parte deles presta-se bem à agricultura, depois que o excesso de água for devidamente equacionado e a acidez for corrigida com calcário. O Quadro 3.4-1, apresenta as principais características morfológicas do perfil de um gleissolo analisado por SILVA et. al. (2003) no município de Campos dos Goytacazes. VI. 3-35/67

36 HORIZONTE Ap Ag Cg 1 Cg 2 Cg 3 Fonte: SILVA et. al,. (2003). QUADRO 3.4-1: DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DE UM GLEISSOLO. DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA 0-15 cm; bruno-acinzentado-escuro (10YR 4/2) com mosqueado abundante, pequeno e médio, distinto amarelado-brunado (10YR 6/6); muito argilosa; granular, moderada, pequena; duro, friável, muito plástico e muito pegajoso, transição plana e abrupta cm; cinzento-escuro (10YR 4/1) com mosqueado comum, pequeno e proeminente, vermelho amarelado (5YR 4/6); muito argilosa; maciça que se desfaz em blocos angulares fracos e pequenos; muito duro, firme, muito plástico e muito pegajoso, transição plana e clara cm; cinzento (10YR 6/1) com mosqueado abundante, pequeno e distinto, bruno-amarelado (10YR 5/6) e pouco, pequeno e proeminente, vermelho (2,5YR 4/6); argila; maciça; extremamente duro, firme, plástico e pegajoso; transição plana e gradual cm; cinzento (10YR 6/1); com mosqueado comum e abundante, médio e distinto, bruno-amarelado-escuro (10YR 4/4) e pouco, pequeno e proeminente vermelho (2,5YR 4/6); argila; maciça; extremamente duro, firme, plástico e pegajoso cm; franco Neossolos Flúvicos São solos pouco evoluídos, seja pela reduzida atuação dos processos pedogenéticos ou pelas características inerentes ao material de origem, originados de sedimentos recentemente depositados pelos rios durante as enchentes, e sem horizonte B diagnóstico. Predominam, portanto, nesses solos, características herdadas do material de origem. Alguns solos podem apresentar horizonte B. Porém este possui fraca expressão dos atributos diagnósticos, não se enquadrando em nenhum tipo de horizonte B diagnóstico. São constituídos por material mineral ou material orgânico pouco espesso, e têm menos de 30 cm de espessura. O horizonte A é assentado diretamente sobre o C, não existindo indícios de formação de um horizonte B, ou mesmo de cores acinzentadas, causadas pela alteração dos compostos de ferro. Esse horizonte C é composto de camadas ou extratos das deposições pouco alteradas de sedimentos com partículas de vários tamanhos, desde argilas até seixos, trazidos pelos rios e sucessivamente depositados próximo às suas margens. No Quadro a seguir é apresentado um exemplo de um Neossolo Flúvico de área adjacente à AII que não apresenta horizonte B. VI. 3-36/67

37 HORIZONTE Ap AC C 1 C 2 C 3 C 4 Fonte: SILVA et. al,. (2003). QUADRO 3.4-2: DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DE UM NEOSSOLO FLÚVICO DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA 0-20 cm; bruno-escuro (10YR 4/3); franco arenosa; granular fraca, pequena; ligeiramente duro, friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição pequena e clara cm; bruno-amarelado-escuro (10YR 4/4), franco argila arenosa; granular fraca e pequena; duro, friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso e pegajoso; transição pequena e clara cm; bruno-amarelado-escuro (10YR 4/6); franco-arenosa; maciça; duro, muito friável, ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição plana e clara cm; bruno-amarelado (10YR 5/6); areia; maciça; ligeiramente duro, muito friável, não plástico e não pegajoso; transição plana e clara 90 a 110 cm; bruno-amarelado (10YR 5/6) com mosqueado comum, médio e distinto bruno-forte (7,5 YR 6/8) e comum, médio e difuso bruno-muito-claro-acinzentado (10YR 7/4); areia; maciça; ligeiramente duro, muito friável, não plástico e não pegajoso; transição plena e clara cm; bruno-amarelado (10YR 5/6); areia; maciça; ligeiramente duro, muito friável, não plástico e não pegajoso Cambissolos Apresentam características similares aos latossolos, mas diferenciam-se por serem menos evoluídos, possuindo, portanto, profundidade inferior a estes e por apresentarem presença de minerais primários não intemperizados. Esta presença de minerais primários não intemperidos está vinculada a uma série de fatores, tais como a atividade da argila ser superior a dos latossolos; a presença de minerais amorfos na fração argila; e pelos teores de silte serem mais elevados. Os Cambissolos são de caráter álico e possuem, ainda, textura média argilosa, sendo geralmente de muito à moderadamente drenados (CPRM, 2000). LEPSCH (2002) os define como solos embriônicos, ou seja, apresentam desenvolvimento de feições (ou horizontes) muito fraco ou moderado quando comparados aos solos bem desenvolvidos. Segundo este autor, os Cambissolos são constituídos predominantemente por materiais minerais com um ou mais horizonte superficial (A, O ou H), que se assenta diretamente sob um horizonte subsuperficial B câmbico. O horizonte subsuperficial B é incipiente, constituídos por material mineral. Este horizonte para que seja diagnóstico precisa apresentar pelo menos 10 cm de espessura, ser de cores brunadas, amareladas e avermelhadas, ou acinzentadas com mosqueados, de textura franco arenosa ou mais fina, entre outras características. Esta classe tem características muito variáveis de um local para o outro. VI. 3-37/67

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