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1 Relatório & Contas 09

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3 Índice Principais Indicadores Órgãos Sociais Relatório de Gestão - Síntese da Actividade - Enquadramento Macroeconómico - Mercado Automóvel - Modelo de Negócio - Evolução do Negócio - Gestão do Risco de Crédito - Análise Financeira - Gestão de Riscos - Balanço Social - Perspectivas para Proposta de Aplicação de Resultados - Notas Finais Demonstrações Financeiras - Demonstrações Financeiras - Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2009 Anexos - Certificação Legal das Contas - Relatório e Parecer do Fiscal Único - Política de Remuneração dos Órgãos de Administração

4 Principais Indicadores O Conselho de Administração da BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. no cumprimento das suas obrigações legais e estatutárias de informação, vem apresentar à Assembleia Geral, relativamente ao exercício de 2009, o seu relatório sobre as actividades e resultados da Sociedade, bem como as contas, acompanhadas do Parecer do Fiscal Único e da Certificação Legal de Contas. 4

5 Relatório & Contas 09 Principais Indicadores Valores em milhares de euros Principais indicadores Variação Activo líquido ,5% Crédito sobre clientes ,5% Situação líquida ,5% Capital financiado no ano ,5% Produto bancário ,8% Custos operacionais ,5% Resultado líquido ,4% Rácio de eficiência 56,9% 48,7% Rácio de adequação de fundos próprios de base 11,00% 10,10% ROA 0,49% 0,63% ROE 5,20% 7,21% Crédito com incumprimento 1 1,40% 2,55% Rácio de cobertura 176% 141% Número de efectivos Crédito com incumprimento: inclui o crédito vencido há mais de 90 dias e o crédito de cobrança duvidosa nos termos da Carta Circular n.º 99/03 do Banco de Portugal. 5

6 Órgãos Sociais 6

7 Relatório & Contas 09 Órgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Presidente Abílio José Ruas da Silva Resende Secretário Lia Navarro Azriel Menéres Pimentel Conselho de Administração Presidente Gonzalo José Toraño Vallina Vogais Abílio José Ruas da Silva Resende Juan Maria de Lapuerta Montoya Fiscal Único Deloitte & Associados SROC, S.A. Suplente Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro, ROC 7

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9 Relatório & Contas 09 Relatório de Gestão - Síntese da Actividade - Enquadramento Macroeconómico - Mercado Automóvel - Modelo de Negócio - Evolução do Negócio - Gestão do Risco de Crédito - Análise Financeira - Gestão de Riscos - Balanço Social - Perspectivas para Proposta de Aplicação de Resultados - Notas Finais 9

10 Relatório de Gestão Síntese da Actividade O ano 2009 caracterizou-se por ser extraordinariamente complexo, tendo ficado marcado pela contracção geral da actividade económica e por alterações legislativas com relevância para o sector do crédito especializado. A transposição da Directiva n.º 2008/48/CE de 23 de Abril, relativa a contratos de crédito a consumidores, através do Decreto-Lei n.º 133/2009 de 2 de Junho, que entrou em vigor a 1 de Julho de 2009, veio a introduzir alterações significativas no regime jurídico do crédito ao consumo vigente em Portugal desde 1991 (Decreto-Lei n.º 359/91 de 21 de Setembro), as quais, na sua maioria, tiveram impacto relevante na operativa e modelo de negócio subjacentes à respectiva actividade. Por outro lado, a degradação da situação económico-financeira das famílias e das empresas, como resultado da conjuntura adversa, teve como principal impacto para o sector uma clara degradação da qualidade do risco de crédito ao longo do ano, quer no segmento das empresas, quer no dos particulares. Conforme dados divulgados pelo Banco de Portugal, para a totalidade do sistema financeiro, o crédito de cobrança duvidosa às sociedades não financeiras atingiu um valor de milhões de euros, representando um crescimento homólogo de 82,7%. O ano 2009 ficou marcado pela contracção geral da actividade económica e por alterações legislativas com relevância para o sector do crédito especializado. No segmento dos particulares, o crédito de cobrança duvidosa total teve um crescimento anual de 27,2%, tendo atingido o valor de milhões de euros (incluindo credito à habitação). O subsegmento do crédito ao consumo a particulares teve, contudo, um comportamento claramente mais desfavorável, tendo o crédito de cobrança duvidosa atingido o valor de milhões de euros, registando um crescimento homólogo de 35,9%. Neste contexto adverso da actividade, a Sociedade adoptou medidas de maior disciplina na gestão do crédito concedido e dos canais de distribuição. 10

11 Relatório & Contas 09 A nível de seguimento do risco, destaca-se a implementação do Comité de Seguimento de Fornecedores, que reúne mensalmente com o objectivo de acompanhar a evolução do incumprimento por canal de distribuição e área de negócio, decidindo pela continuação, restrição ou inactivação dos diferentes canais de distribuição, de acordo com critérios pré-definidos para cada área de negócio. Os circuitos de recuperação sofreram também alterações profundas, tendo sido reforçado o esforço ao nível das várias plataformas de recuperação telefónica e presencial. Foi ainda criada uma fase de pré-contencioso, visando uma gestão mais directa e atempada do universo de clientes em incumprimento. Em 2009, foi criada a área de Prevenção de Fraude, integrada no departamento de Risco e Recuperações, que, com base num conjunto de procedimentos totalmente integrados no circuito de admissão de propostas, realiza a validação dos dados das operações, antes da sua formalização. 11

12 Relatório de Gestão Ao nível da gestão comercial, consolidou-se o modelo de gestão por segmentos de negócio. O reforço da segmentação das equipas comerciais permitiu um melhor acompanhamento de todos os canais de distribuição, criando uma área de Apoio Comercial mais ajustada às necessidades e com capacidade para desempenhar um papel mais activo no relacionamento com os parceiros. No financiamento automóvel destaca-se também a implementação de uma plataforma de conectividade para entrada de propostas e acompanhamento dos processos de crédito com os parceiros (PRM), que garante um maior nível de eficiência e melhorou de forma significativa os tempos de resposta. No financiamento de automóvel destaca-se também a implementação de uma plataforma de conectividade para entrada de propostas e acompanhamento dos processos de crédito com os parceiros (PRM), que garante um maior nível de eficiência e melhorou de forma significativa os tempos de resposta. Ao longo do ano foram sendo acrescentadas novas funcionalidades a essa plataforma, melhorando o controlo dos processos no back-office e garantindo, por outro lado, um elevado nível de automatização em todo o circuito operacional. A Sociedade registou uma forte adesão a esta nova plataforma por parte dos seus parceiros. No último trimestre do ano, 69% das propostas de todo o negócio automóvel eram já originadas via PRM. No âmbito da gestão da política de preços, foi criado um programa de rendibilidade para avaliação das condições praticadas em cada canal de distribuição, de acordo com a tipologia do negócio e a respectiva Perda Esperada (PE). 12

13 Relatório & Contas 09 Enquadramento Macroeconómico O presente enquadramento macroeconómico visa fundamentar as previsões para 2010, que são integradas nos cenários definidos no âmbito do processo de auto-avaliação da adequação do capital interno da Sociedade. Para o efeito, foram consultados o Boletim Económico Inverno de 2009, de Dezembro de 2009, o Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, de Janeiro de 2010, ambos do Banco de Portugal (BdP), o Economic Outlook, de Novembro de 2009, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o World Economic Outlook, de Janeiro de 2010, do Fundo Monetário Internacional (FMI), e o Monthly Bulletin, de Fevereiro de 2010, do Banco Central Europeu (BCE). Apesar da tendência de estabilização, a incerteza quanto à conjuntura económica mundial, com impactos a nível nacional, ditam que as previsões apresentadas no enquadramento macroeconómico poderão sofrer alterações significativas num curto período temporal. De seguida apresentam-se os quadros com os principais indicadores para Portugal e para a Zona Euro. Variação percentual dos principais indicadores macroeconómicos para Portugal Portugal P P 1 BdP FMI BdP OCDE CE FMI BdP OCDE CE FMI Produto Interno Bruto 0,0 0,0-3,5-0,2-3,7-4,1-0,6-0,8-0,5 Consumo privado 1,7 - -0,9-0,2-1, ,6-0,4 - Consumo público 0,5-0,4-0,2 0, ,5 0,2 - Formação bruta de capital fixo -1, ,4-1,2-14, ,5-8,0 - Exportações -0, ,2-0,5-11, ,6-0,1 - Importações 2, ,7-0,9-10, ,3-2,3 - IHPC 2,7 2,6-0,2 1,3-0,3 0,3-1,6 1,7 1 Taxa de desemprego 7,6 7,8-8,5 9,1 9,6-8,8 9,8 11,0 1 P = Previsão. 13

14 Relatório de Gestão Variação percentual dos principais indicadores macroeconómicos para a Zona Euro Zona Euro P P 1 OCDE FMI OCDE CE FMI OCDE CE FMI Produto Interno Bruto 0,7 0,9-4,1-4,0-4,2-0,3-0,1-0,4 Consumo privado 0,4 - -1,3-0,9 - -0,1-0,3 - Consumo público 1,8-1, ,7 1,2 Formação bruta de capital fixo 0,0 - -9,0-10,4 - -2,1-2,7 - IHPC 3,3 3,3 0,6 0,4 0,4 0,7 1,2 0,6 Taxa de desemprego 7,6 7,6 10,1 9,9 10,1 11,7 11,5 11,5 1 P = Previsão. Evolução das taxas de juro e da taxa de câmbio euro/dólar P P 1 OCDE BdP OCDE BdP OCDE BdP Taxa de juro de curto prazo 2 4,7% 4,6% 1,3% 1,8% 0,6% - Taxa de juro de longo prazo 4,3% 4,5% 3,6% 4,4% 3,8% - Taxa de câmbio euro/dólar 3-1,47-1, P = Previsão. 2 Euribor a três meses. 3 Valor médio anual. Enquadramento macroeconómico internacional A actividade económica internacional manteve uma trajectória de crescimento ao longo do quarto trimestre de 2009, delineando-se desempenhos diferenciados entre as diferentes zonas económicas. Com efeito, enquanto nos EUA e na China os indicadores preliminares assinalaram um reforço do ritmo de crescimento, no Japão e na Europa registou-se um suave abrandamento. Ainda subsistem diversos factores de risco, mas vai-se consolidando a perspectiva de inflexão de ciclo recessivo presente nos últimos dois anos, reflectido na revisão em sentido positivo dos cenários de crescimento globais para 2010 por parte de diversas entidades supranacionais. No final de Janeiro, o FMI divulgou uma actualização das projecções divulgadas em Outubro de 2009 e reviu em alta 14

15 Relatório & Contas 09 o crescimento da economia mundial esperado para 2010 (+0,8 pontos percentuais [p.p.]) para 3,9% (queda de 0,8% em 2009). Em 2011, a actividade mundial deverá crescer 4,3%, sendo que essa recuperação deverá ser liderada pelas economias de mercado emergentes e em desenvolvimento (crescimentos de 6,0 e 6,3% em 2010 e 2011, respectivamente, face a 2,1% em 2009), em particular pelas asiáticas. A recuperação das economias avançadas deverá ser moderada (aumento de 2,1% e 2,4% em 2010 e 2011, respectivamente, após uma queda de 3,2% em 2009). Em particular na Área do Euro, o FMI espera um aumento do PIB de 1,0% em 2010 e de 1,6% em 2011 (-3,9% em 2009). No que respeita à inflação, o FMI espera uma aceleração dos preços no consumidor no conjunto das economias avançadas de 0,1% em 2009 para 1,3% e 1,5% em 2010 e O FMI considera que ainda existem riscos significativos em torno destas projecções: por um lado, a possibilidade do aumento da confiança e redução da incerteza poderem levar a uma recuperação mais forte dos mercados financeiros, dos fluxos de capital, do comércio e da procura privada, bem como o facto de novas iniciativas nos Estados Unidos para reduzir o desemprego poderem impulsionar o crescimento desta economia, bem como da economia mundial; por outro, o FMI aponta a remoção prematura dos estímulos de política, uma recuperação mais lenta dos gastos das famílias nas principais economias avançadas, dada a situação nos mercados financeiros e de habitação ou o aumento do desemprego, as preocupações com as posições orçamentais e a sustentabilidade orçamental, bem como o aumento dos preços das matérias-primas, que poderia prejudicar a recuperação das economias avançadas. No mercado monetário do euro, as taxas de juro Euribor, para a generalidade dos prazos, diminuíram ligeiramente entre o final de Dezembro de 2009 e meados de Fevereiro de No dia 15 de Fevereiro, as taxas de juro para os prazos de um, três, seis e 12 meses situavam-se em 0,42%, 0,66%, 0,96% e 1,22%, respectivamente, o que corresponde a variações de -3, -4, -3 e -2 pontos base (p.b.) face ao final de Dezembro. 15

16 Relatório de Gestão De acordo com a estimativa preliminar do Eurostat, no quarto trimestre de 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) na Área do Euro cresceu 0,1% em variação em cadeia (0,4% no trimestre anterior), registando uma queda de 2,1% em termos homólogos (-4,0% no terceiro trimestre). Em termos médios anuais, a economia da Área do Euro registou uma contracção de 4,0% em 2009 (crescimento de 0,5% em 2008). Enquadramento macroeconómico nacional Em Janeiro de 2010, o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial da actividade económica, calculado pelo Banco de Portugal, aumentou face ao observado no mês anterior. No mesmo período, o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial do consumo privado, calculado pelo Banco de Portugal, registou um aumento face ao mês transacto. Consumo privado Relativamente ao consumo privado, no quarto trimestre de 2009, o índice de volume de negócios no comércio a retalho, divulgado pelo INE, diminuiu 0,2% em termos reais, face ao período homólogo, após uma redução de 1,2% no terceiro trimestre do ano. No mesmo período, excluindo o comércio a retalho de combustíveis, este índice aumentou 1,4%, o que compara com um decréscimo de 1,2% no terceiro trimestre. Comércio De acordo com os inquéritos de opinião da Comissão Europeia, em Janeiro de 2010, a confiança no sector da indústria transformadora cresceu face ao quarto trimestre de Também o indicador de confiança no sector dos serviços aumentou, mas de forma suave. Por outro lado, em igual período, a confiança dos consumidores no sector do comércio a retalho manteve-se estabilizada, sendo que a confiança no sector da construção diminuiu em comparação com o nível do quarto trimestre de A informação relativa ao comércio internacional de mercadorias, divulgada pelo INE, indica que, em Dezembro de 2009, 16

17 Relatório & Contas 09 as exportações nominais aumentaram 3,7% e as importações nominais diminuíram 3,2%, em termos homólogos. No período de Janeiro a Novembro, as exportações e as importações totais caíram 19,6% e 19,4%, respectivamente. Emprego e IPC De acordo com o Inquérito ao Emprego do INE, a taxa de desemprego situou-se em 10,1% no quarto trimestre de 2009, o que representa um aumento de 2,3 p.p. face ao trimestre homólogo. No mesmo período, o número de desempregados aumentou 28,7%, em termos homólogos. No quarto trimestre de 2009, o nível do emprego total diminuiu 3,0% face ao período homólogo. O número de trabalhadores por conta de outrem diminuiu 3,2%, enquanto o conjunto das restantes formas de emprego diminuiu 2,2%. Orçamento do Estado (...) a taxa de desemprego situou-se em 10,1% no quarto trimestre de 2009 (...) Em Janeiro, a Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2010 estipula que o objectivo para o défice das administrações públicas é fixado, na óptica da contabilidade nacional, em 8,3% do PIB. No que respeita ao rácio da dívida pública, projecta-se que ascenda a 85,4% no final do ano. A estimativa para o défice das administrações públicas em 2009 situa-se em 9,3% do PIB. Por seu turno, o rácio da dívida terá ascendido, no final do ano passado, a 76,6%. Mercado de crédito Em Dezembro, os empréstimos concedidos ao sector não monetário (excluindo administrações públicas) mantiveram a tendência de desaceleração, situando-se a respectiva taxa de variação anual em 2,2%. Esta evolução reflectiu, essencialmente, a diminuição da taxa de variação dos empréstimos concedidos ao sector privado não financeiro (de 2,5% para 2,1%), verificando-se um aumento da taxa relativa aos empréstimos bancários a instituições financeiras não monetárias (de -1,5% para 4,2%). A evolução dos empréstimos concedidos ao sector privado não financeiro traduziu, sobretudo, na desaceleração 17

18 Relatório de Gestão dos empréstimos concedidos a sociedades não financeiras e, em menor grau, no abrandamento dos empréstimos a particulares (de 2,4% para 2,3%). (...) os principais factores na base da adopção de políticas de concessão de crédito mais restritivas foram a deterioração dos riscos percepcionados por parte dos bancos e o aumento dos custos de capital e respectivas restrições de balanço. O comportamento evidenciado pelos empréstimos a particulares traduziu evoluções diferenciadas nos segmentos que o constituem. Enquanto a taxa de variação anual dos empréstimos concedidos para consumo e outros fins diminuiu, de 1,8% para 0,9%, a dos empréstimos concedidos para aquisição de habitação registou um ligeiro aumento, de 2,5% para 2,6%. De acordo com os resultados do Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, realizado em Janeiro de 2010, os critérios de concessão de empréstimos a sociedades não financeiras terão permanecido praticamente inalterados no quarto trimestre de 2009, face ao anterior. Verificou-se ainda um aumento da restritividade nos critérios de concessão de empréstimos a particulares. À semelhança do que foi reportado em inquéritos anteriores, os principais factores identificados pelas instituições como estando na base da adopção de políticas de concessão de crédito mais restritivas foram a deterioração dos riscos percepcionados por parte dos bancos e, em menor grau, o aumento dos custos de capital e respectivas restrições de balanço. A alteração de critérios ter-se-á traduzido num aumento dos spreads aplicados, especialmente nos empréstimos de maior risco, bem como no aumento da exigência das outras condições contratuais. Estes desenvolvimentos terão reflectido, em larga medida, a manutenção de dificuldades no acesso aos mercados de financiamento por grosso no decurso do quarto trimestre de A procura de empréstimos ou linhas de crédito por parte das empresas não financeiras não se terá alterado significativamente durante o quarto trimestre de A redução 18

19 Relatório & Contas 09 das necessidades de financiamento de investimento e também o maior recurso, por parte das empresas, à emissão de acções e títulos de dívida terão contribuído para uma diminuição da procura de crédito. Em sentido contrário, isto é, contribuindo para um acréscimo da procura, ter-se-á destacado o aumento das necessidades de financiamento das empresas associadas à reestruturação da dívida e, em menor grau, as necessidades de financiamento de fundo de maneio e a dificuldade de recurso a empréstimos de outras instituições bancárias. De acordo com os resultados obtidos, verificou-se alguma dispersão nas respostas relativas à procura de empréstimos por parte dos particulares, sendo que o seu saldo indica uma relativa estabilidade global da procura dirigida às instituições inquiridas. 19

20 Relatório de Gestão Mercado de veículos ligeiros Mercado Automóvel ,6% Mercado de veículos ligeiros Fonte: ACAP Associação Automóvel de Portugal. Mercado de veículos ligeiros de passageiros ,6% Fonte: ACAP Associação Automóvel de Portugal; inclui: ligeiros de passageiros, todo-o-terreno e monovolumes com mais de kg. Mercado de veículos comerciais ligeiros O mercado de veículos ligeiros registou, em 2009, uma forte contracção, com uma redução global de 25,6%, comparativamente com o ano anterior, contrariando as expectativas iniciais, que apontavam para uma redução mais moderada. Com vendas totais de unidades de veículos ligeiros em 2009, o mercado atingiu os valores mais baixos da última década. Mercado de veículos ligeiros de passageiros Por tipo de veículos, a categoria de ligeiros de passageiros registou um decréscimo de 24,6%, um comportamento ligeiramente melhor do que a média global do mercado de veículos ligeiros, tendo sido transaccionadas unidades. Para a contracção tão significativa contribuiu também uma redução da colocação de viaturas nas empresas de rent-a-car e de gestão de frotas, ambas condicionadas pela quebra da actividade. Mercado de veículos comerciais ligeiros O mercado de veículos comerciais ligeiros sofreu, em 2009, uma quebra de 29,8%, superior à registada no segmento de ligeiros de passageiros, tendo sido transaccionadas unidades ,8% A evolução fortemente negativa registada no mercado condicionou a actividade da Sociedade, que tem uma parte muito significativa do seu negócio centrado no financiamento de automóvel Fonte: ACAP Associação Automóvel de Portugal; não inclui: monovolumes com mais de kg. 20

21 Relatório & Contas 09 Modelo de Negócio A Sociedade mantém um seguimento individualizado de cada um dos canais de distribuição. A actividade da Sociedade é desenvolvida em três segmentos de negócio: financiamento de automóvel, financiamento de equipamento produtivo e cartões de crédito, através de parcerias estratégicas com marcas e distribuidores. Em 2009, a Sociedade consolidou o seu modelo de negócio baseado na oferta de produtos aos clientes finais, através de canais de distribuição dos seus parceiros. Foi igualmente consolidada a estratégia de segmentação dos negócios com afectação de equipas comerciais específicas a cada um dos segmentos de actividade, mantendo uma rigorosa política de selecção dos canais de distribuição. A Sociedade mantém um seguimento individualizado de cada um dos canais de distribuição em todos os segmentos da actividade, de forma a assegurar uma rendibilidade e exposição relativa consideradas adequadas. A gestão dos canais de distribuição é efectuada de forma dinâmica, assegurando a abertura ou o encerramento de parcerias, obedecendo a critérios internos de avaliação de desempenho em qualquer dos casos. Desta forma, a estratégia de risco assumida em cada canal de distribuição e em cada parceiro é periodicamente avaliada e ajustada tendo em consideração a estratégia e critérios da Sociedade. Canais de distribuição Mercado automóvel O financiamento de automóvel representa uma parte muito significativa da actividade, obedecendo a sua gestão ao princípio da segmentação em função da tipologia dos clientes e parceiros. A gestão comercial é também baseada na segmentação das respectivas equipas comerciais. Esse modelo de gestão do negócio garante um adequado acompanhamento comercial dos parceiros e dos seus canais de distribuição e um adequado controlo e gestão dos diferentes 21

22 Relatório de Gestão riscos que cada um representa, bem como a rendibilidade associada. A estratégia implementada garante ainda que a Sociedade mantém um adequado controlo sobre a sua exposição relativa a cada um dos segmentos, tendo dessa forma uma forte capacidade de adaptação à envolvente externa, reagindo rapidamente a alterações de mercado ou dos canais de distribuição. Concessionários oficiais Prime Segmento de negócio com a responsabilidade da gestão de parcerias com grupos de distribuição de grande dimensão a nível nacional, constituído por representantes oficiais das marcas no mercado português. Concessionários oficiais Middle Segmento de negócio responsável pela gestão das parcerias com grupos do retalho automóvel de média e pequena dimensão com representação oficial das diversas marcas. Usados Segmento de negócio responsável pela gestão de parcerias com concessionários do retalho automóvel que funcionam 22

23 Relatório & Contas 09 (...) a Sociedade mantém um adequado controlo sobre a sua exposição relativa a cada um dos segmentos (...) em regime generalista sem vínculo associado às marcas. Trata-se de uma actividade centrada no financiamento de viaturas usadas. Mercado de equipamento Como actividade complementar, a Sociedade desenvolve o financiamento de equipamentos produtivos, através de acordos de parceria com marcas e importadores nacionais. A actividade está basicamente centrada no financiamento de: equipamento de transporte terrestre de mercadorias; tractores agrícolas; equipamento de movimentação de terras; equipamento de movimentação de cargas. Cartões de crédito A Sociedade iniciou, em 2008, uma nova linha de negócio com vista ao lançamento de programas co-branded de cartões de crédito, garantindo uma diversificação do negócio. Em 2009, o desenvolvimento desta actividade foi centrado no estabelecimento de acordos com parceiros da grande distribuição. A Sociedade manterá neste sector uma actividade acessória com uma exposição controlada, tendo em consideração a situação de mercado e os objectivos estratégicos do plano de negócios. Outros canais A Sociedade mantém, de forma residual, uma distribuição baseada em operação de telemarketing, tendo como objectivo a gestão da sua base de clientes particulares em função de regras comportamentais pré-definidas e disponibilizando ofertas de crédito pessoal para financiamento de necessidades de consumo (revolving) e de crédito para repetição do financiamento de automóvel. 23

24 Relatório de Gestão Evolução do Negócio Carteira sob gestão A carteira sob gestão de contratos de financiamento registou uma evolução muito positiva, tendo atingido um valor total de milhares de euros, registando um crescimento homólogo de 15%. Carteira sob gestão total por tipo de negócio Valores em milhares de euros Automóvel Equipamento 22,0% ,5% Revolving ,4% Cartões 515 Outros ,1% Total 15,0% Financiamento de automóvel na carteira sob gestão % 80% 85% 24

25 Relatório & Contas 09 Em termos da segmentação da carteira assume especial significado o financiamento de automóvel, que no seu conjunto representa 85% do total da carteira sob gestão, o que compara com 80% do ano anterior. Relativamente à evolução da carteira por tipo de cliente, destaca-se um crescimento importante do peso do segmento de particulares em detrimento do de empresas e empresários em nome individual (ENI). Carteira sob gestão total por tipo de cliente Valores em milhares de euros Empresas e ENI -7,1% Particulares ,0% Total 15,0% Peso do segmento de particulares % 60% % Durante 2009, a Sociedade adoptou uma estratégia prudencial no financiamento a empresas, em consequência da evolução negativa dos indicadores de crédito desse sector. Em 2009, o segmento de particulares representava, na carteira da Sociedade, 67% do total do crédito concedido, evidenciando um aumento de 7 p.p. sobre o ano anterior. 25

26 Relatório de Gestão Nova produção A nova produção de 2009 ascendeu a milhares de euros, com um crescimento global homólogo de 10,5%. Nova produção total por tipo de negócio Valores em milhares de euros ,7% ,5% ,7% Automóvel Equipamento 1.513,8% Cartões -70,1% Revolving Total Tendo em consideração a conjuntura adversa, em 2009 foram adoptados critérios selectivos na admissão de novas operações de financiamento no negócio de equipamento (variação anual de -57,7%), bem como uma grande contenção no negócio de crédito pessoal (revolving), que teve uma redução anual de 70,1%, sendo esta uma área de negócio residual e marginal na carteira da Sociedade. Nova produção automóvel No financiamento de automóvel a nova produção da Sociedade registou um crescimento de 28,7%. Em número de contratos celebrados o crescimento foi de 30,5%, tendo a Sociedade formalizado novos contratos. O valor médio do contrato celebrado foi de euros, verificando-se um ligeiro decréscimo (1,4%) face ao ano anterior. 26

27 Relatório & Contas Nova produção automóvel Valores em milhares de euros Variação N.º contratos ,5% Montante médio contrato (valores em euros) ,4% ,7% Considerando a antiguidade do bem, o financiamento de automóvel novo representa 66,1% do total da nova produção automóvel, sensivelmente o mesmo que representava no ano anterior. Essa estabilidade na nova produção reflecte a política da Sociedade na gestão dos diferentes canais de distribuição. Nova produção automóvel coforme o estado do bem Valores em milhares de euros Novo Usado 30,8% 27,6% Total 28,7% Peso novo ,7% 66,1% Por tipo de produto financiado, os contratos de locação financeira e operacional constituíram 35,9% da nova produção automóvel, o que compara com 43,4% relativamente ao ano anterior. 27

28 Relatório de Gestão Em termos do tipo de produto, em 2009 registou-se um aumento do peso relativo do crédito em detrimento da locação. A maior concentração da carteira no segmento de particulares conduziu a um peso relativo maior do crédito em detrimento da locação, em função do tipo de preferências dos clientes desse segmento. Nova produção automóvel por tipo de produto financiado Valores em milhares de euros Locação Crédito 6,3% 45,8% Total 28,7% Peso locação ,9% 43,4% Quotas de mercado Conforme os dados divulgados pela associação representativa do sector (ASFAC), nos segmentos relevantes para a Sociedade (financiamento de automóvel novo e usado), o mercado registou uma evolução fortemente negativa, com uma redução global do novo capital financiado em cerca de 19%. Essa tendência negativa condicionou de forma importante o sector do crédito especializado, exigindo a todos os operadores uma grande capacidade de adaptação. Nesse sentido, assistiu-se, ao longo do ano, a um reposicionamento estratégico de alguns dos operadores. 28

29 Relatório & Contas 09 Quotas de mercado sobre a nova produção do ano No segmento do financiamento de automóvel novo, o mercado registou uma evolução negativa de 21%. No segmento do financiamento de automóvel usado, a contracção foi relativamente menor, ainda que tenha atingido valores significativamente inferiores aos do ano anterior, com uma redução de 16%. Neste quadro recessivo, a Sociedade melhorou a sua quota de mercado em ambos os segmentos. 20% 15% 10% 5% 0% 12% 14% Automóvel novo QM BBVA IFIC % 6% Automóvel usado QM BBVA IFIC No financiamento de automóvel novo a Sociedade alcançou uma quota de mercado de 14%, ganhando 2 p.p. relativamente a No financiamento de automóvel usado a quota de mercado da Sociedade teve um comportamento idêntico, passando de 4% em 2008 para 6% em A posição relativa da Sociedade em ambos os segmentos reflecte a estratégia que foi definida para o negócio automóvel, baseada na selectividade dos canais de distribuição e na política de gestão de risco, quer com os canais de distribuição, quer com os clientes finais. 29

30 Relatório de Gestão Gestão do Risco de Crédito Ao longo dos últimos anos, a gestão do risco de crédito tem sido, de forma consistente, pautada pelo rigor na selecção dos canais de distribuição, pela prudência na admissão do risco, pela antecipação às alterações de mercado e uma segregação funcional entre as Direcções Comercias e a Direcção de Risco e Recuperações. Em 2009, na gestão do risco de crédito destaca-se: orientação e focalização no negócio core da Sociedade (financiamento de automóvel); maior exigência ao nível dos dados para análise da solvabilidade do cliente final e das garantias contratadas; validação e confirmação prévia dos dados das propostas e controlo de fraudes; redução da exposição média por cliente, com focalização do negócio no financiamento a particulares; exposição praticamente nula a produtos de financiamento de tesouraria, nomeadamente financiamento de stocks e adiantamentos à produção. Em resultado de uma gestão rigorosa da carteira de crédito, o ano 2009 ficou marcado por: um forte esforço na constituição e antecipação de provisões para cobertura de riscos de delinquência da carteira, totalmente suportado pela margem de exploração da Sociedade; 30

31 Relatório & Contas 09 antecipação de mora e saneamentos em clientes de maior risco; ampla cobertura com provisões e colaterais; rácios de incumprimento nos vários segmentos de negócio que comparam de forma extraordinariamente favorável com o mercado. Evolução do número de propostas Em 2009, registou-se um forte aumento do número de novas propostas, em resultado do esforço comercial e penetração em novos canais de distribuição dentro do negócio core da Sociedade. Evolução das novas propostas entradas por tipo de negócio ,4 % ,4 % ,1 % % Automóvel Equipamento Cartões Revolving Total Globalmente, a Sociedade registou um crescimento de 15,4% em número de novas propostas. Esse crescimento foi, contudo, selectivo. Enquanto no negócio de equipamento se verificou uma redução de 15,1% no número de propostas e no negócio de revolving não foram efectuadas novas ofertas aos clientes, no negócio automóvel o número de propostas teve um crescimento de 42,4%. 31

32 Relatório de Gestão Evolução das taxas de aprovação Relativamente à taxa de aprovação sobre as novas propostas, a Sociedade manteve uma gestão disciplinada. Evolução das taxas de aprovação por tipo de negócio 72% 60% 50,7% -8,6% -39,2% 59,3% 51,1% 51,4% -17,3% 53,8% 48% 46,3% 44,5% 36% 36,0% 24% 12% 0% Automóvel Equipamento 0 Cartões 0 Revolving Total No negócio automóvel a taxa de aprovação foi de 46,3%, com uma redução de cerca de 4 p.p. sobre o ano anterior. No negócio de equipamento, em consequência de uma política rigorosa no sentido da redução da concentração da exposição por cliente, a taxa de aprovação foi de 36,0%, com uma redução de 39,2% sobre as aprovações do ano anterior. No negócio dos cartões (marginal no balanço da Sociedade) a taxa de aprovação sobre as propostas entradas foi de 51,1%. Perfil do cliente particular no financiamento de automóvel Constituindo o financiamento de automóvel a particulares uma parte muito significativa do negócio da Sociedade, assume especial importância a análise das operações aprovadas nesse universo. 32

33 Relatório & Contas 09 Perfil do cliente particular no financiamento automóvel Medianas: Antiguidade do veículo (meses) Idade média dos titulares (anos) º trimestre 4.º trimestre 1.º trimestre 2.º trimestre 3.º trimestre 4.º trimestre % entrada inicial 6% 9% 9% 13% 12% 13% Prazo (meses) Taxa de esforço (%) 21% 22% 20% 19% 19% 18% Percentagens: Casados 47% Casados 47% Casados 50% Casados 57% Casados 55% Casados 56% Estado civil Solteiros 31% Solteiros 34% Solteiros 30% Solteiros 25% Solteiros 27% Solteiros 27% Divorciados 8% Divorciados 8% Divorciados 8% Divorciados 8% Divorciados 10% Divorciados 7% Sector secun. 18% Outros adm. 26% Outros adm. 16% Outros adm. 20% Outros adm. 19% Outros q. téc. 17% Profissão Admin. direct. 17% Sector secun. 15% Sector secun. 20% Sector secun. 14% Sector secun. 12% Outros adm. 14% Outros adm. 14% Adm. direct. 8% Pensionistas 20% Outros q. téc. 9% Outros q. téc. 11% Sector secun. 11% Durante 2009, nesse universo de clientes registou-se uma melhoria sensível do perfil tipo. Nos três últimos trimestres de 2009, é de destacar o financiamento de automóvel novo como a operação mais frequente, com uma evolução positiva, relativamente a A idade média dos titulares da operação mais frequente (mediana) passou de 37 anos em 2008 para 39 anos em Salienta-se, igualmente, em referência ao tipo de operação mais frequente (mediana), um aumento da entrada inicial, que no último trimestre de 2009 atingiu o valor de 13%, e uma diminuição da taxa de esforço do cliente, que nos últimos trimestres tem vindo a sofrer graduais reduções, atingindo 18% no último trimestre de De destacar ainda que, nesse segmento de negócio, 56% dos titulares são casados e 17% são quadros técnicos. 33

34 Relatório de Gestão Análise Financeira Evolução do resultado líquido e da margem financeira Valores em milhares de euros ,9% Margem financeira ,4% Resultado líquido Evolução das comissões Valores em milhares de euros 57,6% ,0% Resultados As demonstrações financeiras da Sociedade foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso n.º 1/2005, de 21 de Fevereiro, e das Instruções n.º 9/2005 e n.º 23/2004, emitidos pelo Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe é conferida pelo número 3 do artigo 115.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro. O resultado líquido da Sociedade cifrou-se em 2,721 milhões de euros em 2009, face aos 1,846 milhões de euros apurados no período homólogo de Este desempenho beneficiou do aumento da margem financeira, que totalizou 14,09 milhões de euros em 2009, comparando com 10,69 milhões de euros apurados no período homólogo de O comportamento da margem financeira foi fundamentalmente determinado pelo aumento dos spreads entre as taxas activas e passivas, bem como pelo crescimento do crédito concedido. A taxa de margem financeira situou-se em 3,04% em Dezembro 2009, comparando com 2,67% em Dezembro O resultado líquido da Sociedade cifrou-se em 2,721 milhões de euros em (...) Este desempenho beneficiou do aumento da margem financeira Total de comissões líquidas Seguros As comissões ascenderam a 3,03 milhões de euros em 2009, comparando com 1,92 milhões de euros relevados em igual período de 2008 (+57,6%). O comportamento das comissões foi suportado essencialmente pelo aumento das comissões associadas ao produto de seguros (+59,0%). Os custos operacionais, que agregam os custos com pessoal, os gastos administrativos e as amortizações do exercício, cresceram 15,5% face ao período homólogo, situando-se em 10,49 milhões de euros em 2009 (9,08 milhões de euros em igual período de 2008). 34

35 Relatório & Contas 09 Os custos com pessoal totalizaram 2,27 milhões de euros em 2009, registando um acréscimo de 4,0% face aos 2,18 milhões de euros contabilizados em Os gastos administrativos totalizaram 7,90 milhões de euros em 2009, registando um acréscimo de 22,4% face aos 6,46 milhões de euros contabilizados em As amortizações do exercício cifraram-se em 316 mil euros em 2009, verificando-se uma diminuição de 28,5% face aos 442 mil de euros contabilizados no período homólogo de Evolução dos custos operacionais Valores em milhares de euros ,5% ,4% ,0% ,5% 0 Custos operacionais Custos com pessoal Gastos administrativos Amotizações exercício Os ganhos de eficiência alcançados traduziram-se na melhoria do rácio para 48,7% em 2009, face aos 56,9% apurados em igual período de As dotações de provisões de crédito totais (líquidas de reposições e anulações) cifraram-se em 7,17 milhões de euros em 2009, comparando com 4,04 milhões de euros no período homólogo de Esta evolução foi influenciada sobretudo pelo aumento das dotações no período, visando reforçar a cobertura dos sinais de imparidade identificados na carteira de crédito a clientes. Paralelamente, registou-se também um menor volume de recuperações de crédito face aos montantes apurados em

36 Relatório de Gestão Balanço O activo total totalizou 462,4 milhões de euros em Dezembro 2009, comparando com os 400,2 milhões de euros apurados em igual data de O crédito a clientes atingiu 444,1 milhões de euros em Dezembro de 2009, evidenciando um crescimento de 14,3% face aos 338,7 milhões de euros relevados no final de Dezembro de Esta evolução beneficiou do aumento significativo do crédito concedido no segmento automóvel. A qualidade da carteira de crédito, avaliada com base nos indicadores de incumprimento, nomeadamente pela proporção de crédito vencido há mais de 90 dias em função do crédito total, situou-se dentro dos parâmetros previstos para a actual conjuntura económico-financeira, tendo-se fixado em 2,55% em Dezembro de O rácio de cobertura do crédito vencido há mais de 90 dias atingiu 141% em Dezembro de Os recursos totais (funding) totalizaram 403,9 milhões de euros em Dezembro de 2009, comparando com os 340,0 milhões de euros relevados em igual data de Os recursos de balanço subiram 18,8% face a Dezembro de 2008, justificados pelo aumento de 14,3% do crédito concedido a clientes. No que diz respeito à gestão de liquidez, ao longo de 2009, a Sociedade continuou a privilegiar o acesso a fontes de tomada de fundos dentro do Grupo BBVA. Capital O rácio de solvabilidade, apurado de acordo com a Instrução n.º 23/2007, em Dezembro de 2009, situou-se em 10,1% (o que representa fundos disponíveis no valor de A relação entre os níveis de capital disponível (fundos próprios), regulamentar (Pilar 1) e interno (sem diversificação e com diversificação), patente no capítulo de Gestão de Riscos, evidencia que a Sociedade dispõe de recursos adequados ao perfil de risco assumido. 36

37 Relatório & Contas 09 Gestão de Riscos Importância A Gestão de Riscos é um baluarte da estratégia da Sociedade, assentando nos princípios emanados pelo Grupo BBVA e ventilando, cada vez mais, o desenvolvimento, a rendibilidade e a sustentabilidade do negócio, convergindo em plena conformidade com os requisitos e as definições legais e regulamentares vigentes nestas matérias, associadas, designadamente, a uma correcta determinação do nível de fundos próprios adequado à exposição aos diversos riscos que decorrem da sua actividade. Ao longo do exercício de 2009, a Sociedade reuniu esforços na definição e implementação das funções de Gestão de Risco e de Compliance, no reforço do Sistema de Controlo Interno e na prossecução de procedimentos internos de aferição e reporte de riscos. Principais projectos Dos principais projectos empreendidos pela Sociedade, importa mencionar os mais relevantes, de acordo com a sua premência e impacto ao nível das Políticas Internas da Gestão de Risco: Constituição de uma função de Gestão de Riscos, de acordo com as orientações oriundas do Aviso n.º 5/2008 do Banco de Portugal, assegurando um adequado e efectivo ambiente de controlo interno, com responsabilidades claras e assertivas, nomeadamente: a identificação de eventos internos e externos que possam afectar a prossecução dos objectivos definidos, os quais se traduzem em riscos ou oportunidades; a avaliação dos riscos, considerando a probabilidade e potenciais impactos como base de gestão dos mesmos; a resposta aos riscos, seleccionando-a mediante acções que permitam alinhar o apetite e a tolerância ao risco da Sociedade e o acompanhamento e controlo efectivos dos riscos de acordo com a resposta definida. 37

38 Relatório de Gestão Constituição de uma função de Compliance, nos mesmos moldes, com a missão de identificar as necessidades de Compliance da Sociedade, garantindo: a conexão com as entidades de supervisão (no âmbito da recepção e análise de requisitos de Compliance); a organização e supervisão de todas as actividades da Sociedade, no âmbito da função de Compliance; a promoção da existência dos meios humanos, técnicos e informáticos necessários à função e a sua articulação com as diversas entidades organizacionais externas e com as demais unidades de estrutura da Sociedade. A Gestão de Riscos é um baluarte da estratégia da Sociedade, assentando nos princípios emanados pelo Grupo BBVA (...) Reforço do Sistema de Controlo Interno, através da sua revisão, actualização e alinhamento com a visão corporativa do Grupo BBVA. Para tal: constituíram-se ferramentas no sentido de assegurar o balanço entre os objectivos de crescimento da BBVA IFIC e riscos associados, visando a maximização do valor criado para os seus accionistas e, consequentemente, a maximização do valor da Sociedade; estabeleceram-se novas políticas (transpostas para normativos internos e manuais), consubstanciadas num processo contínuo e transversal a toda a Sociedade e alinhadas com a sua estratégia, de modo a proporcionar uma gestão do risco dentro dos níveis pretendidos; fortaleceram-se procedimentos de modo a identificar e gerir todos os eventos com impacto potencial na sua actividade corrente e na prossecução dos objectivos propostos, assegurando o cumprimento das normas e regulamentos vigentes e instituindo um sistema de reporting fidedigno; constituiu-se um instrumento de auto-avaliação do grau de maturidade do Sistema de Controlo Interno, que permitiu identificar diferentes oportunidades de melhoria, para as quais se definiu um conjunto 38

39 Relatório & Contas 09 de iniciativas que visam colmatar as principais insuficiências identificadas, o qual contribuiu para a definição de um roadmap que visa a implementação destas acções, distribuídas de acordo com um racional de prioritização face ao esforço e impacto que acarretam. No final de 2009, a Sociedade implementou uma nova ferramenta, denominada S.I.R.O. Sistema Integrado de Risco Operacional, que, coadunando-se com os princípios corporativos, veio proporcionar a constituição de um repositório de dados (Loss Data Collection), centralizado e homogéneo, que facilita: o registo contabilístico, actualização, acompanhamento e controlo de eventos de risco operacional e respectivas perdas associadas; a identificação e quantificação das causas do risco operacional, existente ou potencialmente existente; a direcção de esforços nos eventos que incorporam maior risco, de modo a estabelecer prioridades de actuação e facilitar o processo de tomada de decisões em relação às medidas de mitigação a adoptar. Sublinha-se ainda os esforços desenvolvidos ao nível do exercício de Auto-avaliação de Adequação do Capital Interno ICAAP, visando a identificação dos riscos materialmente relevantes, tendo em conta a natureza, dimensão e complexidade da actividade desenvolvida. Neste projecto procedeu-se à identificação dos riscos a que a Sociedade se encontra exposta e à necessária quantificação dos requisitos de capital interno subjacentes a cada um desses riscos, tendo sido desenvolvidas metodologias internas próprias para o efeito. Paralelamente, a Sociedade implementou e formalizou o respectivo modelo de governação, que contempla um conjunto de processos internos de gestão e acompanhamento que asseguram a avaliação periódica dos riscos, bem como o planeamento, execução e acompanhamento das iniciativas que visam colmatar as eventuais insuficiências da framework ICAAP que fora constituída. Finalmente, destacam-se os mecanismos desenvolvidos para identificação e avaliação dos impactos resultantes de análises de sensibilidade periódicas em caso de cenários de stress (stress testing), como ferramenta adicional da Gestão Interna do Risco. 39

40 Relatório de Gestão Sistema de Controlo Interno Os principais objectivos e características subjacentes ao Sistema de Controlo Interno da Sociedade integram-se nos moldes corporativos e coadunam-se com os requisitos legais vigentes, sendo consistentes com o racional definido no Integrated Framework of Committee of Sponsoring Organizations of the Treaway Commission (COSO). Ambiente de controlo O ambiente de controlo da BBVA IFIC segue as orientações traçadas pelo Grupo BBVA, encontrando-se definidos e implementados satisfatoriamente os seus pilares base, bem como o detalhe das funções e responsabilidades dos Quadros Directivos e de todos os colaboradores. Adicionalmente, a Sociedade possui um código de conduta detalhado e totalmente disseminado. Estrutura organizacional A Sociedade mantém uma estrutura organizacional bem definida, transparente e perceptível, que serve de suporte ao desenvolvimento da actividade e à implementação de um Sistema de Controlo Interno adequado e eficaz, no sentido de assegurar que a gestão e o controlo das operações são efectuados de forma prudente, contando com: normas e manuais de estrutura detalhados e correctamente divulgados pelos colaboradores através de aplicações internas, que incluem objectivos e responsabilidades para cada unidade de estrutura, linhas de reporte e critérios de delegação de poderes; uma função de Compliance autónoma e independente, que controla o cumprimento das obrigações e deveres legais a que a Sociedade se encontra sujeita, bem como o acompanhamento de temas relacionados, como a emissão de novos requisitos regulamentares, respeito pelo código de conduta, entre outros; uma função de Gestão de Riscos autónoma e independente, materializada através do Comité de Gestão de Riscos. Este órgão, em coordenação com as restantes unidades de estrutura, é responsável pela gestão integrada dos riscos, promovendo 40

41 Relatório & Contas 09 a sua adequada identificação, avaliação, controlo e acompanhamento; uma função de Auditoria Interna assegurada pelo Grupo BBVA de acordo com a metodologia Risk Assessment, cujos trabalhos assentam na avaliação da adequação das diversas componentes do Sistema de Controlo Interno, através de uma actuação preventiva e correctiva e na avaliação contínua do grau de cumprimento das normas e procedimentos instituídos; Cultura organizacional A cultura organizacional da Sociedade alicerça-se em elevados padrões de ética, integridade e profissionalismo, em linha com as disposições emanadas pelo Grupo BBVA, e garante que todos os colaboradores reconhecem a importância do Controlo Interno e contribuem para a sua execução, de modo a assegurar uma gestão sã e prudente da actividade. (...) a Sociedade possui um código de conduta detalhado e totalmente disseminado. Para promover uma adequada cultura organizacional e garantir que todos os colaboradores têm conhecimento do seu papel no Sistema de Controlo Interno, a Sociedade mantém os seguintes instrumentos: código de conduta, que reflecte os princípios de integridade, valores éticos e regras deontológicas da BBVA IFIC; estatutos da Sociedade, que regulam o âmbito de funcionamento e competências dos seus Órgãos Sociais e identificam inequivocamente o seu papel na definição e gestão do Sistema de Controlo Interno; manuais de procedimentos, devidamente formalizados e documentados, divulgados a todos os colaboradores envolvidos nos respectivos procedimentos e actualizados periodicamente; catálogos de processos, riscos e controlos, onde se encontram documentados de forma estruturada todos os processos da BBVA IFIC. Para cada processo são ainda identificados e documentados os riscos a que a Sociedade se encontra sujeita, 41

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