UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS STEPHANIE DUARTE SOUTO

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS STEPHANIE DUARTE SOUTO O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA DESESTIMULA A OFERTA DE TRABALHO? VARGINHA/MG 2014

2 STEPHANIE DUARTE SOUTO O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA DESESTIMULA A OFERTA DE TRABALHO? Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do título de Graduação em Ciência e Economia com Ênfase em Controladoria, pela Universidade Federal de Alfenas Campus Varginha. Orientador: Lincoln Frias. VARGINHA/MG 2014

3 STEPHANIE DUARTE SOUTO O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA DESESTIMULA A OFERTA DE TRABALHO? Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do título de Graduação em Ciência e Economia com Ênfase em Controladoria, pela Universidade Federal de Alfenas Campus Varginha. Orientador: Lincoln Frias. Aprovada em: Prof. Instituição: Assinatura: Prof. Instituição: Assinatura: Prof. Instituição: Assinatura:

4 RESUMO No Brasil, diante das grandes disparidades econômicas e sociais, surgiu a necessidade de criar políticas eficazes para solucioná-las. O país foi um dos pioneiros na implementação dos programas de transferência condicionada de renda com (PTCR), primeiro através de programas setoriais e locais dispersos, depois unificando-os ao criar o Programa Bolsa Família (PBF). O PBF é objeto de diversas críticas, sendo que uma das mais recorrentes é de que deve-se ensinar a pescar, ao invés de dar o peixe. A crítica se baseia na suspeita de que as famílias poderiam acomodar-se e reduzir sua oferta de trabalho. O objetivo deste estudo é realizar uma revisão de literatura procurando verificar se a participação no programa realmente está associada à redução da oferta de trabalho pelos beneficiários. A metodologia utilizada foi uma revisão da literatura sobre o tema, e foram selecionados principalmente os artigos baseados em análises econométricas de pesquisas domiciliares e dados administrativos. Este trabalho não inclui percursores do programa, e também não investiga o impacto do PBF sobre a oferta de trabalho das crianças e adolescentes. O principal resultado da investigação foi a verificação de que há certa convergência da literatura empírica na conclusão de que o PBF não reduz significativamente a oferta de trabalho, ocorrendo apenas pequenas variações no caso das mulheres chefes de família. Palavra-chave: bolsa família, efeito preguiça, trabalho

5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ANÁLISE DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA O contexto das políticas sociais e suas consequências: O Programa Bolsa Família Consequências advindas do PBF nas decisões das famílias beneficiárias Micro empreendedorismo e o PBF CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊCIAS BIBLIOGRAFICAS... 32

6 5 1 INTRODUÇÃO As ações sociais surgem a partir do propósito de garantir aos cidadãos o mínimo para sobreviverem, buscando a inclusão social e a integração dos indivíduos à sociedade. No Brasil, diante das grandes disparidades econômicas e sociais, surgiu a necessidade de criar políticas eficazes para solucioná-las. O país foi um dos pioneiros na implementação dos programas de transferência condicionada de renda (PTCR), primeiro com programas setoriais e locais dispersos, depois unificando-os ao criar o Programa Bolsa Família (PBF). Seus objetivos são o alívio imediato da pobreza e o acesso aos direitos sociais básicos, além da criação de capital humano, por meio de suas condicionalidades. O programa é objeto de diversas críticas, sendo que uma das mais recorrentes é de que deve-se ensinar a pescar, ao invés de dar o peixe. Já que ao atingir um nível salarial que ultrapasse o limite exigido pelo PBF o benefício é cortado, sendo assim, as famílias poderiam se acomodar e reduzir de fato sua oferta de trabalho. Diante disso, o objetivo deste estudo é analisar o PBF por meio de revisão de literatura, procurando verificar se a participação no programa está realmente associada à redução da oferta de trabalho pelos beneficiários. Dada a importância de se avaliar os programas sociais realiza-se um questionamento acerca do impacto do Programa Bolsa Família no mercado de trabalho. Os mecanismos de busca utilizados foram o Google Acadêmico, o Scielo e o IDEAS-RePEc. As principais chaves de pesquisa foram bolsa família, oferta de trabalho e efeito preguiça. A partir dos resultados, novas pesquisas foram feitas utilizando as ferramentas citado por e artigos relacionados do Google Acadêmico. Por fim, novas referências foram descobertas a partir da leitura dos artigos encontrados. Foram selecionados principalmente os artigos baseados em análises econométricas de pesquisas domiciliares (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios-PNAD, Pesquisa Mensal do Emprego-PME e também as duas rodadas da Avaliação Institucional do Bolsa Família) e dados administrativos (Cadastro Único e estatísticas do Ministério do Desenvolvimento

7 6 Social-MDS). Duas limitações do estudo precisam ser mencionadas. Serão analisados apenas estudos sobre o PBF, isto é, a revisão não inclui estudos sobre os precursores do programa nem dos PTCR de outros países. Este trabalho também não investiga o impacto do PBF sobre a oferta de trabalho das crianças e adolescentes, pois a redução dessa oferta é normalmente vista como um impacto desejado, dado que o programa pretende aumentar a escolaridade das novas gerações para estimular o fim do ciclo da pobreza. Portanto, serão revisados apenas os estudos sobre variações na participação dos adultos no mercado de trabalho. Além da introdução, o estudo encontra-se estruturado em dois capítulos. O primeiro deles está dividido em quatro subcapítulos, no qual o primeiro discorre sobre seu contexto. O segundo subcapítulo faz uma apresentação dos ideais do programa, o terceiro analisa as consequências nas decisões das famílias em relação à oferta de mão de obra no mercado de trabalho, e o quarto aborda sobre o empreendedorismo das famílias beneficiárias do programa. Já o último capítulo é responsável por trazer as conclusões obtidas através desse estudo e uma tabela com o resumo dos principais artigos relacionados ao tema.

8 7 2 ANÁLISE DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA. Neste capítulo é apresentado o contexto em que ocorreu a criação do PBF, as principais ideias e características dos programas de transferência condicional de renda, além das consequências nas decisões das famílias em relação ao mercado de trabalho a partir de alguns trabalhos empíricos, e uma abordagem sobre o empreendedorismo das famílias beneficiárias do programa. 2.1 O contexto das políticas sociais e suas consequências: A intervenção feita por parte do Estado na economia pode ocorrer por questões de eficiência, devido às falhas provindas do mercado de trabalho, ou por razões de equidade, a partir da necessidade de reduzir as desigualdades (BRITO, 2011). A partir dessa segunda motivação, as políticas sociais são as ações estatais cujo objetivo é garantir que os cidadãos tenham suas necessidades básicas satisfeitas, em especial, a garantia de alimentação, abrigo, serviços de saúde, educação e renda. Elas incluem programas de seguro-desemprego, pensões não-contributivas para portadores de deficiência, programas de profissionalização de detentos, etc. O propósito dessas políticas é sempre garantir que as pessoas tenham, pelo menos, o mínimo para sobreviver. Diante disso, as políticas sociais buscam a inclusão social, visando a integração dos indivíduos à sociedade. Sendo assim, as compensações financeiras podem vir a ser uma maneira de reduzir o problema em situações específicas. Medeiros, Britto e Soares (2007) fazem uma importante argumentação sobre o ciclo virtuoso que pode estar presente nesse processo de transferência de renda, pois as transferências permitem que as famílias possam aumentar seu consumo. Diante disso surge a necessidade de suprir tal demanda, possibilitando um aumento de investimento que à atenda. O que mostra que as transferências e o investimento podem estar interligados. O contexto dessas políticas sociais no Brasil reflete que apesar de o Brasil mostrar-se um país em desenvolvimento e com perspectivas de se tornar uma potência econômica global, sendo atualmente a sétima maior economia do mundo, ele ocupa apenas

9 8 a 85ª posição, dentre 186 países, no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 1. Surgindo então a necessidade de uma ação social por parte do Estado, com o objetivo de diminuir essas disparidades. Sendo assim, na busca de se amenizar esse problema, o Brasil despontou como um dos pioneiros na implementação das políticas de transferência de renda com condicionalidades, seguindo o exemplo do México. O Brasil começou a implementar políticas em nível municipal, e já partir do final da década de 90 foram lançados vários destes programas no país também pelo governo federal. Nas últimas décadas, o país tem procurado implementar uma agenda no âmbito da ação social do Estado, culminando em grandes mudanças no sistema de proteção social (CASTRO et al., 2009). As políticas implementadas no país são com condicionalidade. De acordo com Soares et al. (2007), a transferência condicionada de renda (PTCR) é um tipo de programa que vem ganhando força entre os países em desenvolvimento. Esse tipo de política consiste na transferência de renda para as famílias que serão beneficiadas pelo programa, exigindo das mesmas certas condicionalidades, como a frequência escolar de seus filhos. Os governos acreditam que a PTCR pode representar uma saída para as restrições orçamentárias enfrentadas pelas políticas sociais. Sendo assim, as PTCR costumam ser apresentadas como um gasto eficiente dos recursos públicos, pois reduz os recursos administrativos gastos com essa política. Senna (2007) acredita que o crescimento de estudos sobre o tema das políticas públicas no Brasil não é devido apenas ao número expressivo de pobres, mas também por causa da centralidade adquirida pela discussão em torno da capacidade estatal em prover maiores níveis de igualdade e justiça social no país. Sendo assim, o PBF procura acompanhar as tendências das recentes políticas sociais, priorizando as famílias através de uma unidade de intervenção, voltando-se para aquelas que se encontram em situação de pobreza ou de extrema pobreza. Segundo Castro et al., (2009), isto demonstra um crescimento do interesse 1 Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Disponível em: /Ranking-IDH-Global-2012.aspx Acesso em: 10 jun

10 9 sobre a discussão do papel do Estado no sistema de proteção social e das políticas sociais sobre o atendimento às carências e demandas sociais, além do combate à pobreza e extrema pobreza e das desigualdades sociais presentes no país. Como dito anteriormente, apesar dessas vantagens administrativas, é necessário enfatizar o argumento de que, pelo fato da transferência dar renda aos indivíduos, esses programas costumam ser criticados por causa do receio de que gerem comodismo e, consequentemente, estimulem os membros das famílias a não trabalhar. Isto quer dizer que o PBF poderia afetar o funcionamento do mercado de trabalho ao diminuir a oferta de trabalho dos beneficiários. 2.2 O Programa Bolsa Família O Programa Bolsa Família - PBF, criado em 2004, a partir da unificação dos programas de transferência precedentes (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PETI, Auxílio Gás, Bolsa Alimentação, Bolsa Escola, Cartão Alimentação 2 ), criados na década de 90. A partir dessa unificação, houve aumento dos benefícios e do número de beneficiários. Linhares (2005) ressalta que o PBF poderia ser a matriz de uma Política Nacional de Transferência de Renda, se consolidando como uma estratégia do Sistema Brasileiro de Assistência Social. De acordo com o MDS, o Programa Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda às famílias que se encontram em situação de pobreza e 2 Segundo MDS, o PETI articula um conjunto de ações para retirar crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos da prática do trabalho precoce, exceto quando na condição de aprendiz, a partir de 14 anos. O programa compreende transferência de renda prioritariamente por meio do Programa Bolsa Família, acompanhamento familiar e oferta de serviços sócioassistenciais, atuando de forma articulada com estados e municípios e com a participação da sociedade civil. O Auxilio Gás, criado pelo Programa do Ministério das Minas e Energia (MME), regulamentado em 2002, que tinha por objetivo transferir R$ 15,00 a cada dois meses, para famílias com renda mensal per capita de até ½ salário mínimo. O Bolsa Alimentação foi criado em 2001 pelo Ministério da Saúde, tinha como público-alvo famílias com renda mensal per capita de até R$ 90,00, com presença de gestantes, nutrizes e crianças ente 0 e 6 anos de idade. O Bolsa Escola, antigo Programa gerido pelo Ministério da Educação (MEC) tinha por público-alvo famílias com crianças e/ou adolescentes em idade escolar, entre 7 e 15 anos, e com renda mensal per capita de até R$ 90,00. O Programa Nacional de Acesso à Alimentação (Cartão Alimentação5) foi instituído pela Lei nº , de 13 de junho de 2003, cujo público-alvo eram famílias com renda entre R$ 50,01 e R$100, 00, sem crianças ou adolescentes na faixa etária de 0 a 15 anos.

11 10 extrema pobreza no Brasil. É um programa que integra o Plano Brasil Sem Miséria, que procura atender a milhões de famílias brasileiras com renda per capita inferior a R$154,00 por mês. O objetivo desse plano é garantir a renda, a inclusão produtiva e acesso aos serviços públicos por meio da integração de programas de diversos ministérios. A seleção das famílias beneficiárias é feita através das informações que os municípios inserem no Cadastro Único para Programa Sociais do Governo Federal, o instrumento de coleta e seleção de dados para identificar as famílias de baixa renda do país. O PBF tem como princípios o alívio imediato da pobreza, por meio de transferência de renda; o acesso aos direitos sociais básicos, como saúde e educação; além da superação da situação de vulnerabilidade, causada pelo trabalho instável que muitos dos beneficiários exercem. O PBF beneficia mais de 14 milhões de pessoas e tem se mostrado uma ferramenta eficaz no combate à pobreza, no fortalecimento do mercado consumidor interno, além de contribuir para um corte na transmissão intergeracional da pobreza (MEDEIROS; BRITTO; SOARES, 2007). A existência das condicionalidades para participação no do PBF atribui maior credibilidade a essa política. Essas condicionalidades são deveres assumidos pelas famílias beneficiárias e pelo poder público na busca de ampliar o acesso dessas famílias a direitos sociais básicos. As famílias devem cumprir as condicionalidades para continuarem recebendo o benefício e o desafio do poder público é ofertar serviços de saúde, educação e assistência social. Em relação à saúde, as famílias devem ter o controle do cartão de vacinação das crianças menores de 7 anos, e as gestantes e nutrizes devem fazer o pré-natal e o acompanhamento do bebê. Na educação, as crianças e adolescentes devem ter frequência escolar mínima de 85%. E em relação à assistência social, as crianças e adolescentes devem ser retiradas do trabalho infantil. Medeiros, Britto e Soares (2007), ressaltam a importância das condicionalidades do PBF, elas encontram-se na educação, exigindo uma frequência de 85% na escola, das crianças e adolescentes que são beneficiadas pelo programa, além da saúde das gestantes e das crianças, que são monitoradas. O Programa é de suma importância quando se observa a possibilidade da acumulação do capital humano, que pode ser promovido via educação e saúde, principalmente para os jovens, buscando um bom

12 11 resultado no que se diz respeito a romper esse ciclo da pobreza. Porém, Medeiros, Britto e Soares (2007), ressaltam que a necessidade e o impacto das condicionalidades são controversos. Quando se analisa a condicionalidade da educação, conclui-se que a frequência das crianças que recebem o auxílio é maior do que daquelas que não o recebem. Além disso, a evasão dessas crianças da escola se torna menor do que as que não recebem o benefício. Porém, os efeitos que são observados sobre a educação podem estar sendo os mesmos que seriam observados de um programa sem condicionalidade. Essas mudanças podem estar sendo causadas simplesmente pelo aumento da renda, não pelo fato de que há a obrigação de frequentar a escola. A seguir, por meio da Tabela 1, serão relacionados todos os valores possíveis de se receber do PBF, de acordo com as suas variáveis. TABELA 1 Valor dos benefícios do Programa Bolsa Família: (R$) Gestantes, nutrizes e crianças Jovens de 16 à 17 anos Até R$77,00 Tipo de benefício Valor benefício Tipo de benefício R$ 77,01 até R$ 154,00 Valor do benefício 0 0 Básico R$77,00 Não recebe Básico + 1 variável R$112,00 1 variável R$ 35, Básico + 2 variáveis R$147,00 2 variáveis R$ 70, Básico + 3 variáveis R$182,00 3 variáveis R$ 105, Básico + 4 variáveis R$217,00 4 variáveis R$ 140, Básico + 5 variáveis R$252,00 5 variáveis R$ 175, Básico + 1 BVJ R$119,00 1 BVJ R$ 42, Básico + 1 variável + 1 BVJ R$154,00 1 variável + 1 BVJ R$ 77, Básico + 2 variável + 1 BVJ R$189,00 2 variáveis + 1 BVJ R$ 112, Básico + 3 variável + 1 BVJ R$224,00 3 variáveis + 1 BVJ R$ 147, Básico + 4 variável + 1 BVJ R$259,00 4 variáveis + 1 BVJ R$ 182, Básico + 5 variável + 1 BVJ R$294,00 5 variáveis + 1 BVJ R$ 217, Básico + 2 BVJ R$161,00 2 BVJ R$ 84, Básico + 1 variável + 2 BVJ R$196,00 1 variável + 2 BVJ R$ 119, Básico + 2 variável + 2 BVJ R$231,00 2 variáveis + 2 BVJ R$ 154, Básico + 3 variável + 2 BVJ R$266,00 3 variáveis + 2 BVJ R$ 189, Básico + 4 variável + 2 BVJ R$301,00 4 variáveis + 2 BVJ R$224, Básico + 5 variável + 2 BVJ R$336,00 5 variáveis + 2 BVJ R$259,00 Indiferente Benefício para superação da miséria Quanto faltar para atingir R$77,00 pc Fonte: Elaboração própria com base os dados disponíveis em Acesso em: 16 de abril de 2014.

13 12 A partir da tabela é possível analisar como é feita a distribuição dos benefícios. As famílias extremamente pobres (com renda mensal por pessoa menor ou igual a R$77,00), recebem o benefício básico. Já o benefício variável é relacionado a condicionalidades, como o benefício variável de 0 a 15 anos (dado às famílias com crianças ou adolescentes), o benefício à gestante (concedido às famílias com gestantes), o benefício variável nutriz (que são para às famílias com crianças com idade entre 0 e 6 meses), o benefício variável do adolescente (concedido às famílias que tenham adolescentes). E por fim, o benefício de superação da pobreza (esse benefício varia de família para família, e é transferido às famílias que permanecem na extrema pobreza mesmo após o recebimento dos outros benefícios). 2.3 Consequências advindas do PBF nas decisões das famílias beneficiárias O fato de que uma parcela da população esteja recebendo um auxílio financeiro é comumente julgado em vários pontos, tais como: o modo como ocorre a seleção desses beneficiários; o caráter eletivo desse tipo desse tipo de política social; e um fator chave que seria a acomodação das famílias em relação a sua oferta de trabalho diante do recebimento do benefício. Essa acomodação em relação ao PBF é denominada "efeito preguiça", que é a possibilidade de que o beneficiário se acomode com a situação e reduza seu dispêndio de horas trabalhadas ou até mesmo sua procura por trabalho. Essa crítica é popularmente formulada através da afirmação de que deve-se ensinar a pescar, e não dar o peixe. Já que ao atingir um nível salarial que ultrapasse o limite exigido pelo PBF o benefício é cortado, isso poderia levar os beneficiários a reduzir seu dispêndio de horas trabalhas. Sendo assim, as famílias poderiam acomodar-se com o benefício e reduzir de fato sua oferta de trabalho. Segundo Cavalcanti et al., quando um fundador de políticas públicas faz o reconhecimento de determinado problema, o objetivo é procurar solucionar ou diminuir os possíveis efeitos negativos para os envolvidos em tal problemática. Porém, na fase de formulação deve-se atentar aos possíveis impactos negativos que são passiveis a tal ação. Isso pode ocorrer com o PBF, visto que ao criar uma política com o objetivo de sanar em

14 13 curto prazo o problema da desigualdade a partir de uma intervenção financeira, pode-se criar uma contrapartida de desincentivo ao trabalho, que seria o efeito preguiça. Medeiros, Britto e Soares (2007), através de estudos trazem uma argumentação de um caso típico, acerca da possibilidade do patamar da renda dos beneficiários ser maior no caso de saída dos mesmos do que da entrada ao programa. Já que quando os beneficiários são ameaçados de serem excluídos do programa pelo aumento da sua renda, eles só iram escolher ofertar mais trabalho caso o valor dessa oferta ultrapasse o valor do benefício. Além da instabilidade existente em determinados trabalhos, o que leva algumas vezes a escolher a estabilidade presente no benefício. Analisando a partir desse fato, a crítica é sobre o possível desincentivo ao trabalho. Mas tal crítica se torna pouco fundamentada, dado que o valor do benefício é tão pequeno que possivelmente não surtiria tal efeito. Esses autores ainda argumentam que o efeito pode ser contrário, visto que as transferências podem conferir ao trabalhador que recebe o benefício recursos que possibilitem ultrapassar os limites de entrada em segmentos considerados melhores em relação ao mercado de trabalho. Como, por exemplo, a expansão de um negócio através do benefício da renda concedida pelo PBF. Esses autores descrevem um exemplo sobre o fato de um trabalhador autônomo ou informal que enfrenta barreiras para que seu negócio seja expandido em função do capital de giro para comprar mais estoques. Mas se a família desse trabalhador receber benefícios, ele pode transformar esse dinheiro em uma espécie de microcrédito. No entanto, quando se analisa o outro extremo da renda, observamos que se o governo diminuir os impostos, juros ou emprestar dinheiro aos empresários aos ricos, isso gerará algum tipo de acomodação a eles? Acredita-se que não. Sendo assim, os trabalhadores empreendedores que são beneficiários do PBF podem vir a ter o mesmo comportamento. As transferências, podem então aumentar os níveis de ocupação dos trabalhadores, e não o contrário, como se acreditam. Ainda segundo esses autores, foi feita uma análise a partir dos dados da PNAD 2004, utilizando o modelo probit, onde estima-se que a oferta de trabalho foi afetada positivamente pelo PBF em grupos de mulheres cônjuges, homens chefes e homens

15 14 cônjuges. Mas somente as mulheres chefes que recebem o benefício têm probabilidade menor de ofertar trabalho do que as não beneficiárias, nesse caso, as mulheres chefes que não recebem a transferência. Em outros grupos, o efeito do PBF é considerado nulo. Ou seja, de acordo com essa análise, os homens não reduzem sua oferta de trabalho (nem as mulheres que não são chefes de família). Ainda segundo essa avaliação, os adultos cuja família recebe o benefício possuem uma taxa de participação de 3% a mais no mercado de trabalho do que nas famílias não-beneficiárias. E além dessa ideia, é importante salientar que os pobres costumam ser uma classe muito trabalhadora, e que muitas das vezes a escolha por ofertar ou não trabalho não esteja totalmente nas mãos deles, já que nem sempre há trabalhos dignos disponíveis. Outra ideia pertinente no estudo desses autores, é a ideia do ciclo virtuoso que pode estar inerente a esse processo de transferência de renda, pois as transferências permitem que as famílias possam aumentar seu consumo, possibilitando um aumento de investimento para suprir tal demanda. O que mostra que as transferências e o investimento podem estar interligados. Tavares (2010) faz um estudo sobre o efeito do programa na decisão das mães beneficiárias em relação a sua jornada de trabalho, ou seja, se o PBF reduz ou não a oferta de trabalho dessas mulheres. Essa escolha por investigar as mães, baseia-se em três especificidades desse grupo: a elasticidade de sua oferta de trabalho, a maior oportunidade de elas exercerem trabalho em seus próprios lares e o fato de o benefício ser recebido diretamente por elas, o que propicia uma melhor decisão sobre o gasto do mesmo. O estudo analisa dois efeitos concorrentes: (a) o efeito-renda da transferência do auxílio, por meio do qual um aumento da parcela da renda da família levaria algum membro da família a diminuir sua oferta de trabalho sem comprometer o orçamento familiar. Alternativo a esse primeiro efeito, existe (b) o efeito-substituição. Esse segundo efeito surge das condicionalidades, já que diante da necessidade da frequência das crianças à escola, algum membro da família teria que compensar o trabalho que antes era feito pelas crianças e adolescentes. Destarte, o impacto do programa sobre a oferta de trabalho dos beneficiários pode não ser conclusivo, uma vez que depende da competição entre esses dois

16 15 efeitos, que possuem sentidos opostos. O efeito preguiça acontecerá caso o efeito-renda predomine sobre o efeito-substituição. A autora propõe que a melhor maneira de analisar o efeito causado pelo benefício seria comparar uma mesma mulher em dois períodos de tempo, onde em uma ela receberia o benefício e em outro não. Porém, isso é impossível. Sendo assim, a metodologia empregada por (TAVARES, 2010) é o propensity score matching, que restringe as comparações a mães com características semelhantes às que recebem o benefício possam ser observadas. Os dados utilizados foram retirados da PNAD Na análise foram construídos três grupos de controle: o Grupo 1 que refere-se as mães cadastradas no Cadastro Único, mas que não recebem o benefício; o Grupo 2 são as mães que não recebem o benefício, mas estão dentro do grupo alvo do programa; e já o Grupo 3 remete as mães não beneficiárias, mas que têm renda per capita de até R$260,00. Na tabela a seguir, são apresentados os valores descritivos sobre as características das mães observadas em relação à jornada de trabalho do grupo avaliado e do grupo de controle. TABELA 2 Estatísticas descritivas em relação ao mercado de trabalho. Variáveis Grupo avaliado Grupo de controle 1 Grupo de controle 2 Grupo de controle 3 % Mulheres que trabalham Jornada de trabalho mensal (horas) Salário do trabalho principal (R$) Renda domiciliar per capita (R$) Renda domiciliar per capita exceto a renda da mãe (R$) 0,50 0,48 0,32 0, ,6 228,6 123,7 235,6 115,2 150,8 60,8 145,9 96,8 121,4 50,7 118,7 Fonte: Elaboração própria, a partir dos dados de Tavares (2010).

17 16 Os dados da tabela nos mostram que as taxas de ocupação das mães do grupo avaliado e dos demais grupos são parecidas. Porém, uma taxa consideravelmente menor do grupo 2 exerce trabalho remunerado. Em relação à jornada de trabalho, existe uma grande semelhança entre todas as mães observadas. Sobre os salários, observa-se que os valores referentes tanto às mães do grupo 1 quanto àquelas do grupo 3 são relativamente maiores que das mães beneficiárias. E em relação a renda per capita das mães, nota-se que o grupo 1 e do 3 apresentam um valor maior, e o grupo 2 apresenta um valor bem a baixo do comparado com o grupo avaliado. Esta tabela mostra que os grupo possuem características bastante semelhantes, o que influenciará na análise proposta. O modelo utilizado pela autora gera um viés, que é corrigido através da utilização do Modelo de Heckman. Este modelo estima a jornada de trabalho por meio da participação no mercado, fazendo uso da amostra de todas as mães. As Tabelas 3 e 4 mostram os impactos do PBF sobre a participação e a jornada de trabalho das mães, estimados para as amostras não pareadas e pareadas. TABELA 3- Impacto do PBF sobre a participação no mercado de trabalho. Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Sem matching Com matching BF Valor do BF BF Valor BF 0,0047 0,1900 0,0320 0,0 0,0 0,0-0,0002-0,0003-0,0003 0,0 0,0 0,0 0,0145 0,2080 0,0380 0,0 0,0 0,0-0,0002-0,0004-0,0003 0,0 0,0 0,0 Fonte: Elaboração própria a partir de (Tavares, 2010)

18 17 TABELA 4- Impacto do PBF sobre a jornada de trabalho. Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Sem matching Com matching BF Valor do BF BF Valor do BF 0,3967 0,1923 1,4426 0,0 0,0 0,0-0,0141-0,0146-0,0135 0,0 0,0 0,0 0,4223 0,7356 1,1720 0,0 0,0 0,0-0,0105-0,0079-0,0127 0,0 0,0 0,0 Fonte: Elaboração própria a partir de (Tavares, 2010) Os dados fornecidos pelas tabelas verificam que a participação no mercado de trabalho são significantes e positivos, quando é feita a comparação com os outros grupos. Isso mostra que as famílias beneficiarias aumentam sua participação no mercado de trabalho, e não ao contrário. Já os dados sobre a jornada de trabalho, têm tendência semelhante aos da participação. Mas quando a análise passa a verificar o impacto da quantia recebida, percebe-se que os dados são significativamente negativos. Diante disso, os resultados encontrados a partir da utilização dos modelos descritos, mostram que a participação das mães beneficiárias no mercado de trabalho é tão efetiva ou maior, quando comprado aos grupos de controle. Porém, quando a autora analisa o impacto sobre as decisões das mães, percebe-se que tanto a participação no mercado quanto a jornada de trabalho das mães beneficiárias são reduzidas à medida que o valor da transferência aumenta, embora a magnitude seja pequena. Conclui-se que nesses casos o efeito-substituição tende a dominar o efeito-renda. Quanto maior a renda per capita da família, menor será a participação das mães no mercado de trabalho e maiores serão o número de horas ofertadas. Além dessa ideia, a autora pauta-se em um conceito bastante interessante

19 18 para poder desmistificar o mito do efeito preguiça, que é o efeito estigma, essa ideia está ligada na vontade de superação das famílias de não dependerem mais do benefício e procurarem ofertar cada vez mais trabalho, a fim de superar essa condição e não depender mais do benefício. Em um estudo sobre avaliações de políticas e programas do MDS em 2007, (OLIVEIRA et al., 2007) analisaram vários resultados a partir da comparação da oferta de trabalho dos beneficiários do PBF e dos grupos de comparação levando em consideração vários indicadores domiciliares. Fazendo a medição tanto em termos de ocupação, quanto em termos de procura por trabalho, verificando se o PBF cria ou não condições de desestímulo à oferta de trabalho. Ocorre certa valorização das condicionalidades do programa, já que, levando-se em consideração que a maioria dos benefícios estão associados a famílias com filhos, e que a condicionalidade do PBF exige a frequência escolar dessas crianças, isso levaria a uma diminuição da oferta de trabalho dessas crianças, que terá que ser compensada pelos membros adultos dessa família, aumentando a oferta de trabalho dos mesmos. Em relação às mulheres, o fato de se cumprir as exigências das condicionalidades do programa, poderia consumir um pouco do seu tempo, reduzindo assim seu tempo para a oferta de trabalho. A partir da análise das diferenças entre os grupos de comparação sobre a proporção de ocupados na família beneficiada entre 15 e 64 anos, há maior participação no mercado de trabalho por parte dos beneficiários. Os impactos negativos são observados entre as mulheres, o que pode sugerir um desestímulo ao trabalho por causa do efeito renda ou pela maior destinação das suas horas com serviços domésticos. Quando é feita uma análise sobre a procura por trabalho, as diferenças significativas são positivas, o que mostra um impacto do PBF em relação ao aumento da busca por trabalho. O único ponto negativo de oferta de trabalho é encontrado nas mulheres das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Na 2ª Rodada da Avaliação de Impacto do Bolsa Família (AIBF II), realizada em 2009 e que permite uma comparação com a 1ª Rodada de Avaliação, realizada em 2005, o estudo analisou a participação dos beneficiários do PBF no mercado de

20 19 trabalho, foram analisadas duas categorias, divididas em relação à participação na força de trabalho e procura por trabalho. Em relação ao número de horas dos ocupados, dividas no setor formal e informal, e também por sexo. As análises foram feitas a partir de perguntas tais como trabalha ou já trabalhou alguma vez? e procurou trabalho nos últimos 30 dias?, para avaliar como tem ocorrido a participação dessas famílias no mercado, dividindo-as em dois grupos etários. A tabela a seguir mostra os resultados encontrados na pesquisa sobre a participação dos beneficiários no mercado de trabalho. TABELA 5 - Taxa de participação no mercado de trabalho de beneficiários e de grupo etário. Brasil, 2005 e 2009 (%). ANO 18 a 55 anos 30 a 55 anos 2005 Não beneficiários 66,1% 68,0% Beneficiários 67,7% 71,2% 2009 Não beneficiários 70,7% 71,2% Beneficiários 65,3% 69,8% Fonte: (MDS/IFPRI, 2012). Os dados da tabela fornecem algumas conclusões sobre a participação dos beneficiários no mercado de trabalho. Em 2005, ao analisar a faixa etária de 18 a 55 anos e a de 30 e 55 anos, observa-se que houve uma participação maior dos beneficiários do que dos não beneficiários, e isso se inverte no ano de 2009, pois os beneficiários diminuem sua participação. Nota-se também que as variações da faixa etária de 30 a 55 anos são regulares, o que pode ser explicado pelo menor percentual de jovens nesse quesito. Porém, as variações apresentadas em ambas as faixas etárias se mostram muito próximas, o que

21 20 revela que beneficiários e não beneficiários apresentam comportamentos semelhantes quanto à participação no mercado de trabalho. Na tabela a seguir é analisado o comportamento do desemprego entre pessoas com idade entre 18 a 55, e 30 a 55 anos: TABELA 6 - Procura por trabalho de pessoas que recebem o Bolsa Família, em 2005 e 2009 (%). ANO 18 a 55 anos 30 a 55 anos 2005 Não beneficiários 11,0% 9,3% Beneficiários 12,2% 8,2% 2009 Não beneficiários 11,4% 7,0% Beneficiários 14,2% 8,9% Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do MDS/IFPRI. 2ª Rodada da Avaliação de Impacto do Bolsa Família (AIBF II), De acordo com a Tabela 6, observa-se que aumenta a procura por trabalho dos beneficiários do programa em ambas as faixas etárias analisadas no período de 2005 para Na faixa etária de 18 a 55 anos o aumento é de 2%, e na faixa etária de 30 a 55, o aumento é de 0,7%. Já procura por trabalho dos não beneficiários tende a permanecer na mesma condição na faixa de 18 a 55 anos, aumentando apenas 0,4%, porém quando observa-se a faixa etária de 30 a 55 anos, ocorre uma queda da procura por trabalho de 9,3% em 2005 para 7,0% em A Tabela 7 mostra a relação da jornada de trabalho semanal de todas as ocupações dos beneficiários e não beneficiários com idade entre 30 a 55 anos segundo situação de recebimento do Programa Bolsa Família nos anos de 2005 e 2009, separando-os por gênero.

22 21 TABELA 7 - Jornada de trabalho semanal de pessoas entre anos, que recebem o auxílio em ambos os sexo. Brasil, 2005 e 2009 (horas): ANO TOTAL SEXO MASCULINO FEMININO 2005 Não beneficiários 41,8 44,9 37,2 Beneficiários 40,9 44,6 35, Não Beneficiários 40,2 43,2 36,5 Beneficiários 40,2 44, Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do MDS/IFPRI. 2ª Rodada da Avaliação de Impacto do Bolsa Família (AIBF II), Os dados da Tabela 7 mostram que ocorre uma queda do número de horas trabalhadas em ambos os sexos de 2005 para 2009, porém é uma queda insignificante. Outro fator plausível de análise é o fato de que os beneficiários dispendem menos horas de trabalho do que os não beneficiários, com exceção dos beneficiários do sexo masculino em 2009, que gastam mais horas do que os não beneficiários. O que revela que o PBF não apresentou efeito relevante na participação na jornada de trabalho, pois não há diferenças significativas. No estudo feito por Brito (2011), através dos dados da PNAD de 2004 e 2006 e do Cadastro Único de 2008, e utilizando o propensity-score matching, a autora faz uma comparação entre beneficiários e não beneficiários em situações semelhantes de pobreza, como é possível se observar a partir da tabela a seguir:

23 22 TABELA 8- Características de mercado de trabalho de beneficiários e não beneficiários de 2006: Variáveis Beneficiários Não beneficiários Condições no mercado de trabalho 38,0% não trabalham 41,8% não trabalham Buscou trabalho 14,3% 16,2% Número médio de horas trabalhadas 36,9% horas/semana 40,1% horas/semana Contribui com a Previdência 24% 42,4% Associado ao sindicato 15,7% 16,3% Tipo de sindicato 75,9% em sindicatos de Trabalhadores rurais 56,4% em sindicatos de Empregados urbanos Setor de atividade 41,2% no setor Agrícola 21,2% no setor Agrícola Emprego formal 21,8% 39,7% Renda domiciliar per capita R$132,97 R$204,22 Fonte: Elaboração própria a partir dos microdados da PNAD A Tabela 8 permite que sejam comparados beneficiários e os não beneficiários. Vale ressaltar que se tratam de indivíduos com características similares de pobreza. Observa-se que os beneficiários tendem a se inserir no mercado de trabalho mais do que os não beneficiários, o que mostra que o efeito preguiça não acontece, já que não fez com que a oferta de trabalho dos beneficiários fosse menor do que a dos não-beneficiários. Em contrapartida, eles têm ofertado menos horas de trabalho do que os não beneficiários. Como se vê, em relação às horas-semanais trabalhadas, os não beneficiários trabalham mais que os beneficiários, mas o valor é muito pequeno, mas essa diferença pode ser consequência do tipo de atividade que esses beneficiários realizam. A relação menor de contribuintes-beneficiários se deve ao fato de que muitos

24 23 atuam no setor informal, pois apenas 24% contribuem com a previdência, contra 42,4% de contribuição dos não beneficiários. Além disso, enquanto 41,2% dos beneficiários estão ocupados no setor agrícola, apenas 21,2% dos não beneficiários estão neste setor. Enfim, a análise indica uma diferença considerável entre os dois grupos comparados. Além da análise dos dados da PNAD, Brito (2011) os compara ao Cadastro Único para Programas Sociais visando atestar a boa qualidade das informações de beneficiários do PBF da PNAD, visto que a análise do trabalho relata as dificuldades metodológicas para se realizar um estudo sobre o impacto da renda nas famílias. Diante dos problemas recorrentes para se concluir a análise, Brito considera que não consegue apurar os reais efeitos sobre o mercado de trabalho. Mas salienta que a tendência é que ocorra participação semelhante no mercado de trabalho, tanto de beneficiários quanto dos não beneficiários. Teixeira (2010) faz um estudo do impacto da renda do PBF sobre o mercado de trabalho, separando homens e mulheres beneficiárias e analisando seus efeitos. Essa separação decorre da ideia de que a oferta de trabalho dos membros de uma família é diferente para os dois gêneros, devido muitas vezes à própria cultura inerente na sociedade. A autora utiliza os dados da PNAD 2006, além do modelo proposto por Becker (1976), por meio do qual a oferta de trabalho depende da renda do trabalho, a renda do não trabalho e da função de produção domiciliar. Através de um coeficiente estimado para a variável que mostra os beneficiários que o efeito na oferta de trabalho é medido. Sendo esse coeficiente é o efeito médio do tratamento sobre os tratados, conhecido como ATT (average treatment effect on the treated) que permite medir a heterogeneidade do impacto. Realiza-se uma comparação entre beneficiários e não beneficiários, que tenham as mesmas características, menos a do recebimento do benefício. A maior contribuição deste artigo é detalhar a relação causal entre transferências monetárias e oferta de trabalho dividida por gêneros. Os resultados desse estudo englobam o efeito médio do tratamento sobre os tratados (ATT) do PBF sobre a probabilidade de trabalhar de homens e de mulheres, além do número de horas semanais trabalhadas, sejam eles trabalhadores formais ou informais,

25 24 assalariados ou autônomos, trabalhadores agrícolas ou não. As conclusões obtidas por esse estudo são: não há efeito do PBF sobre a probabilidade de trabalhar dos homens ou das mulheres e que a redução nas horas de trabalho não é de grande magnitude. Percebe-se também uma elasticidade da oferta de trabalho de acordo com o sexo e o tipo de ocupação. A informalidade aumenta o efeito na oferta de horas de trabalho, e as mulheres são mais sensíveis à variação da renda em comparação com os homens, visto que as mulheres contribuem mais para a produção doméstica e criação dos filhos, o que pode vir a alterar a oferta de trabalho das mesmas. Além do fato de serem as mulheres as detentoras principais do benefício, o que pode então influenciar na tomada de decisão, dado que elas podem se sentir mais responsáveis por garantir a satisfação das condicionalidades. Foguel e Barros (2010) analisaram os efeitos do benefício sobre a oferta de trabalho de mulheres e homens. Os autores fizeram uso do painel de municípios cobertos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) entre 2001 e 2005, além da utilização de um método indireto que visa identificar as famílias beneficiárias do PBF. De acordo com os resultados encontrados, quando se trata da taxa de participação, o benefício não parece ser significativo na taxa de participação feminina, enquanto em relação aos homens, as evidências são positivas, embora em pequena magnitude. Em relação às horas trabalhadas, observa-se um pequeno efeito negativo sobre todas as mulheres, e para os homens, os resultados mostram-se insignificantes. Assim, eles concluem que os resultados obtidos não mostram efeitos significativos do PBF sobre a participação no mercado de trabalho, bem como na prestação de horas trabalhadas de homens mulheres. 2.4 Micro empreendedorismo e o PBF Embora não trate exatamente da suspeita de desestímulo à oferta de trabalho, Banerjee e Duflo (2012) é um texto interessante para o presente estudo. Os autores não acreditam que os pobres sejam empreendedores natos, como normalmente se supõe.

26 25 Embora existam evidências sistemáticas de que os pobres sejam mais empreendedores, essa natureza deles advém da necessidade de serem assim, mesmo não tendo recursos o suficiente ou acesso a serviços de microcrédito. Uma erradicação da situação de vulnerabilidade poderia ser resolvida através de um ambiente propício e uma ajuda financeira para que os pobres prosperassem nos seus negócios, o que poderia mudar suas vidas. Mas a realidade mostra que esses empreendimentos são poucos rentáveis, impossibilitando que essas pessoas saiam da situação de pobreza, o que sugere que o microcrédito nem sempre é capaz de gerar uma transformação radical na vida dessas pessoas. E uma das hipóteses para se explicar isso, é que os pobres não conseguem fazer empréstimos e, muito menos, poupar para ampliar seu negócio. Além das dificuldades inerentes a esse tipo de atividade, como o stress, o risco, o trabalho árduo, entre outros fatores. Um fato interessante que esse estudo revela é que uma vida empreendedora nem sempre é tão almejada por essas famílias, visto que, quando são questionados sobre as perspectivas sobre o futuro de seus filhos, estes trabalhadores pobres desejam algo mais estável, como uma carreira no setor público (BANERJEE; DUFLO, p ). Acreditando que são empregos seguros, os responsáveis por uma transformação, além de tirá-los da vulnerabilidade causada pela renda instável. Isto revela que uma vida empreendedora só seria boa se estes trabalhadores fossem retirados de vez da pobreza, e para isso é necessário uma ajuda financeira que não é possível aos mesmos resolver, mas sim ao Estado. Moreira (2011) faz uma análise sobre os empreendedores beneficiários que saíram do mercado informal por meio de um auxílio, o que revela muito sobre o mercado de trabalho desses beneficiários. Tendo em vista que o empreendedorismo é umas das vias de se deixar a extrema pobreza, buscou-se Estimular a ampliação e o fortalecimento dos pequenos negócios e apoiar o Microempreendedor Individual (MEI), com prioridade para aqueles que são beneficiários do Bolsa Família (MDS, 2013). Ainda segundo Moreira, o projeto do microempreendedor individual (MEI)

27 26 foi criado por meio da Lei Complementar (LC) no128/2008 (BRASIL, 2008), que procura dar condições mais justas para que vários empreendedores possam sair da informalidade. Diante disso, foi realizada uma pesquisa entre o Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas e Empresas e o MDS, a partir de 2011, que revelava que 7,3% de todos os MEI Micro Empreendedor Individual, são beneficiados pelo PBF. A partir desse fato, o Sebrae realizou um estudo sobre o potencial do Programa Microempreendedor Individual como ferramenta de inclusão produtiva, analisando os MEI-PBF - MEI beneficiários do PBF). Moreira procurou analisar todas as características dos MEI-PBF. No gráfico a seguir, é feita uma análise regional da distribuição desses beneficiários. Figura 1 - Distribuição regional do total de microempreendedores individuais (%) 60 MEI PBF MEIs-PBF Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Fonte: (MOREIRA, 2011) a partir dos dados da Pesquisa de Perfil do Empreendedor Individual do Sebrae, Cadastro Único do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e relatórios estatísticos do MEI, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Os dados do gráfico mostram que a maior porcentagem de empreendedores encontra-se no Nordeste, pelo simples fato de esta região concentrar o maior percentual beneficiários, seguido pelo Sudeste, enquanto uma menor porcentagem está no

28 27 Centro-Oeste. Em relação às características desses beneficiários, pode-se fazer uma análise em relação ao gênero, como será mostrado na Figura 2, a seguir: Figura 2 - Comparação da distribuição por gênero entre MEIs-PBF e MEIs, do ano 2011 (%) Mulheres Homens 50,2 49,8 45,3 54,7 MEIs-PBF MEIs Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do Sebrae, MDS e MDIC apresentados por (MOREIRA, 2011). Observa-se que, quando os gêneros comparados são os dos beneficiários, a maioria são mulheres, o que pode ser explicado pela preferência de destinar o benefício a elas. Mas quando os gêneros comparados são dos MEI, em geral, a maior porcentagem é dos homens. Na pesquisa realizada pelo Sebrae em relação ao Perfil do Empreendedor Individual, a questão da ocupação que era desempenhada pelo microempreendedor individual antes de se formalizar é estudada, além da questão se esses empreendedores recebiam Bolsa Família até seis meses antes de se formalizar. Os dados das pesquisas estão na Figura 3.

29 28 Figura 3 - Distribuição dos MEI-PBF e do total de MEI por ocupação anterior à formalização em 2011, (%) Já tinha um negócio, mas não era formalizado Desempregado 55 Empregado sem carteira Empregado com carteira MEIs-PBF MEIS Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do Sebrae. O gráfico mostra que 55% dos MEI-PBF já tinham um negócio informal, contra os 10% que estavam empregados sem carteira. Um dado muito importante trata dos desempregados que se tornaram microempreendedores individuais. Enquanto entre os MEI, apenas 12% estavam desempregados antes de se formalizar, este valor praticamente dobra entre os MEI beneficiários. O que pode revelar um potencial do empreendedorismo formal como ferramenta de inclusão ao mercado de trabalho. Evidências relatam que o MEI pode tanto aumentar a probabilidade de os empreendedores informais se formalizarem, quanto também de estimular a precarização do mercado de trabalho. Dados futuros contribuirão para analisar a evolução deste público. Depois de apresentar um pouco do perfil dos beneficiários do PBF, que são microempreendedores individuais e levantar questões importantes, como a possível solução do empreendedorismo para a inclusão produtiva e possivelmente uma maneira de deixar o programa, é possível traçar um perfil desses MEI-PBF. Eles são, em média, chefes de

30 29 família, estão no Nordeste, são ex-empreendedores informais ou desempregados, estão em atividades de baixo valor agregado, mas buscam aumentar seus negócios. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Na tabela a seguir, será apresentada uma síntese dos autores estudados para a concretização dessa pesquisa, procurando ser fiel aos respectivos resultados. TABELA 9 Principais resultados encontrados sobre o estudo do efeito-preguiça. Autores Base de dados Metodologia Objetivo Conclusão Medeiros, Brito e Soares (2007) PNAD (2004) Modelo probit. Comparação entre beneficiários e não beneficiários com características semelhantes. A oferta de trabalho foi afetada positivamente pelo PBF em grupos de mulheres cônjuges, homens chefes e homens cônjuges. Somente as mulheres chefes que recebem o benefício têm probabilidade menor de ofertar trabalho. Tavares (2010) PNAD (2004) Propensity score matching Análise sobre o feito do programa na decisão das mães beneficiárias em relação à sua jornada de trabalho. A participação das mães beneficiárias no mercado de trabalho é tão efetiva ou maior do que aquela dos grupos de controle. Quanto maior a renda per capita da família, menor será a participação das mães no mercado de trabalho e maior o número de horas ofertadas. AIBF II (2009) Avaliação do Impacto do Programa AIBF II (2009) Comparação com a 1ª rodada de Avaliação (2005) O estudo analisou a participação dos beneficiários no mercado de trabalho. Beneficiários e não beneficiários apresentam comportamentos semelhantes quanto à participação no mercado de trabalho e na jornada de trabalho, não há diferenças significativas.

31 30 Brito (2011) PNAD (2004) e (2006) e o Cadastro Único (2008) Propensity score matching Brito realiza uma comparação entre beneficiários e não beneficiários em situações semelhantes de pobreza. Os beneficiários tendem a se inserir no mercado de trabalho mais do que os não beneficiários. Teixeira (2010) PNAD (2006) Propensity score matching Estudo do impacto da renda bolsa família sobre o mercado de trabalho, separando homens e mulheres beneficiários do PBF. Não há efeito do PBF sobre a probabilidade de trabalhar dos homens ou das mulheres e a redução nas horas de trabalho não é pequena. As mulheres são mais sensíveis à variação da renda em comparação com os homens. Fonte: Elaboração própria a partir de (OLIVEIRA; SOARES, 2012) A tabela acima fornece um resumo dos principais autores que analisaram o efeito preguiça, mostrando suas suposições, análises e as conclusões sobre o tema. Fica evidente que há certa convergência empírica em relação à conclusão sobre o PBF no que diz respeito à influência no aumento da renda nas famílias sobre suas decisões diante do mercado de trabalho. O estudo analisou uma política social, que surge de uma necessidade urgente de aliviar a pobreza e quebrar seu ciclo intergeracional. Nela, os governos empregam transferência de renda na busca de amenizar a situação em questão. A criação do PBF procurou suprir as expectativas em relação a essas políticas sociais. Mas o programa em questão sempre foi alvo de muitas críticas, pelo modo assistencialista de transferência de renda, que poderia criar uma dependência em vez de um estímulo. Assim, este estudo analisou o suposto efeito preguiça do programa, na tentativa de identificar o comportamento do indivíduo beneficiado pelo PBF no mercado de trabalho. Isto foi feito analisando vários artigos pertinentes sobre o tema, além de outros dados. Com isso, o objetivo do trabalho foi analisar a realidade desse efeito ou não, a partir consequências geradas pelo Programa. Além da análise de vários autores que trazem dados pertinentes ao tema em relação a redução ou aumento da participação no mercado de trabalho dos beneficiários do

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