SILVA, Carine Nascimento da 1 ; ARRUDA, Aimê Cunha¹; KELLERMANN, Magali¹; PERANZONI, Vaneza Cauduro 2 ; COSTA; Lia da Porciuncula Dias da 3 RESUMO

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1 CENTRO DE EQUOTERAPIA DA ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS DAS ARMAS EM PARCERIA COM A UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA: PROJETOS DE EQUOTERAPIA E CINOTERAPIA Center of equotherapy of the school of performance of Arms Sargentos in the partnership with a University of Ccruz Alta: projects of equoterapy and cyinotherapy SILVA, Carine Nascimento da 1 ; ARRUDA, Aimê Cunha¹; KELLERMANN, Magali¹; PERANZONI, Vaneza Cauduro 2 ; COSTA; Lia da Porciuncula Dias da 3 RESUMO Neste trabalho, propomos discutir a importância das terapias assistidas por animais, Equoterapia e Cinoterapia, como método educacional e terapêutico, que utiliza o cavalo e o cão, respectivamente, a partir de uma abordagem interdisciplinar entre as áreas da saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento global de pessoas com deficiência, atendidas pelo Centro de Equoterapia da Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos das Armas/UNICRUZ, no município de Cruz Alta- RS. Palavras-chave: Equoterapia. Cinoterapia. Saúde. Educação. ABSTRACT In this work, we propose discuss the importance of animal assisted therapies, Equine therapy and Cinoterapia, as an educational and therapeutic method, which uses the horse and the dog, respectively, from an interdisciplinary approach among areas of health, education and education, seeking o Global development of people with disabilities, attended by the Center for Equine Therapy at the School of Improvement of Sargentos de Armas / UNICRUZ, in the municipality of Cruz Alta-RS Keywords: Equine therapy. Cinoterapia. Health. Education. 1 Acadêmicas do 9 semestre do curso de Fisioterapia da Universidade de Cruz Alta e acadêmicas voluntárias do Centro de Equoterapia UNICRUZ - CEU, RS, Brasil. Kaca_nascimento@hotmail.com; aimecunha4@gmail.com; magalikellermann@hotmail.com. 2 Graduada em Educação Especial- UFSM. Pós-Doutora em Educação. Professora do Curso de Mestrado em Práticas Socioculturais e Desenvolvimento social da UNICRUZ, RS, Brasil. vanezaperanzoni@hotmail.com. 3 Mestre em Educação nas Ciências Profa. adjunta da Universidade de Cruz Alta. Coordenadora do Centro de Equoterapia Unicruz, RS, Brasil. lcosta@unicruz.edu.br. CATAVENTOS ISSN: v.10, n.1, p , maio/

2 1 INTRODUÇÃO O Centro de Equoterapia da Escola de Aperfeiçoamento das Armas - EASA em parceria com a Universidade de Cruz Alta- UNICRUZ (CEEASA/UNICRUZ) localiza-se no município de Cruz Alta-RS e surgiu a partir de um projeto de extensão no ano de 2011, onde a primeira colabora com a estrutura física, disponibilidade de animais e recursos humanos; a segunda com os profissionais especializados, conhecimento acadêmico e voluntários em busca de capacitação e aperfeiçoamento. A equoterapia é um método terapêutico baseado na prática de atividades equestres perpassando as áreas da saúde, educação e equitação, que utiliza o cavalo como instrumento de trabalho interdisciplinar. O movimento rítmico, preciso e tridimensional do cavalo, que ao caminhar se desloca para frente/traz, para os lados e para cima/baixo, pode ser comparado com a ação da pelve humana no andar. O praticante de equoterapia é levado a acompanhar os movimentos do cavalo, tendo de manter o equilíbrio e a coordenação para movimentar simultaneamente tronco, braços, ombros, cabeça e o restante do corpo, dentro de seus limites (MEDEIROS e DIAS, 2008). O praticante desenvolve o controle postural, psicomotor, a força, o tônus muscular, a flexibilidade, aperfeiçoando o equilíbrio motor, tendo consciência do seu próprio corpo e dos movimentos que ele faz, pelo estímulo que o cavalo proporciona. Nesta esfera, o termo praticante de equoterapia se refere à pessoa com deficiência física quando em atividades equoterápicas (ANDE-BRASIL, 2004, p. 16). A Equoterapia dispõe de quatro programas básicos, classificados pela Associação Nacional de Equoterapia do Brasil (ANDE-BRASIL) de acordo com os propósitos a serem alcançados e com as capacidades físicas e mentais do praticante, sendo eles: hipoterapia, educação/reeducação, pré-esportivo e prática esportiva paraequestre. Na equoterapia o cavalo surge como instrumento cinesioterapêutico, agente pedagógico e de inserção social. O cavalo possui três andaduras naturais passo, trote e galope, as demais são adquiridas com o adestramento. Na equoterapia, as sessões de terapia são desenvolvidas com o cavalo ao passo (ANDE-BRASIL, 2004). CATAVENTOS ISSN: v.10, n.1, p , maio/

3 A prática da equoterapia é realizada por equipes de profissionais que atuam de forma interdisciplinar. Para dar início ao atendimento se faz necessário diagnóstico e indicação médica, bem como avaliações dos profissionais das áreas envolvidas, com o objetivo de planejar os atendimentos de maneira individualizada. Essa equipe de profissionais deve ser a mais ampla possível, abrangendo as áreas de saúde, equitação, especialistas em reabilitação e educação de pessoas com deficiências, sendo eles fisioterapeutas, psicólogos, pedagogos, terapeutas ocupacionais, professores de educação física, fonoaudiólogos, assistentes sociais, entre outros (MOTTI, 2007). Outra modalidade de terapia assistida por animais é a Cinoterapia, a qual utiliza um método de terapia auxiliada por cães como co-terapeutas. As sessões são acompanhadas por profissionais de diversas áreas, onde há uma equipe multidisciplinar composta por profissionais da área da educação e saúde, possuindo uma prática educacional e social, utilizando através do contato e manipulação com o cão. Além disso, o cão aumenta as defesas dos praticantes, facilitando a ação terapêutica e pedagógica, usufruindo desta técnica que se constitui de resultados positivos, propondo as pessoas formas inovadoras de reabilitação (BECKER e MORTON, 2003). O termo Cinoterapia tem formação da união do prefixo grego cino (cão) à radical terapia (tratamento), na qual define a Terapia Facilitada por Cães, esta técnica teve origem aproximadamente no século XVIII na Inglaterra, em York Retreat um centro de tratamento para pacientes com doenças mentais no qual utilizavam animais domésticos (cães) para reforços eficazes aos pacientes, descobrindo-se que o convívio com cães trazia benefícios psicológicos, pedagógica e social (BECKER e MORTON, 2003). Agindo de modo coadjuvante, promove uma melhora na sociabilização entre pacientes e o meio em que vivem, podendo ser aplicada em crianças, assim como em idosos. A técnica é indicada para o tratamento de comportamentos indesejados, como medos, fobias, traumas ou vítimas de abuso sexual. Neste caso, a criança tende a acanhar-se, podendo o cão auxiliar na expressão de sentimentos e emoções contidas, oferecendo muito bom apoio emocional, e proporcionando momentos de tranquilidade e alegria (DOTTI, 2005). Durante as sessões com o cavalo e o cão, busca-se o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e necessidades educativas especiais. Incentiva a CATAVENTOS ISSN: v.10, n.1, p , maio/

4 responsabilidade, melhora a autoestima, autocontrole e propicia a socialização à medida que facilita o contato físico e verbal. Uma das principais atribuições é que as terapias assistidas por animais são realizadas longe das clínicas e das salas terapêuticas, junto à natureza, tornando-se uma atividade lúdica e prazerosa (FORLENZA, 2007). Tanto o cão, como o cavalo são utilizados como instrumentos de estimulação essencial para os órgãos sensoriais da visão, audição, olfato, tato, sentido sinestésico, sistema límbico e neuromotor. As terapias assistidas por animais servem como um refúgio emocional, que proporcionam aos praticantes, sejam quais for às dificuldades, um senso de propósito e integração (DOTTI, 2005). No momento da terapia os praticantes deixam seus problemas de lado, dores, insatisfações, solidão e tristeza sentindo- se mais seguros a falarem com os animais, retornando-lhes segurança, com um olhar não julgador e não crítico. (GRANDIN e JOHNSON, 2006). Além disso, segundo os profissionais da saúde, através do contato com os animais, há a liberação no corpo de endorfina e serotonina, substâncias que funcionam como analgésico (relaxante natural) reforçando as defesas do organismo e proporcionando sensação de prazer, ajudando também a diminuir a pressão sanguínea e o estresse, satisfazendo várias necessidades humanas, da saúde física e emocional ao aprendizado intelectual e motor (BECKER e MORTON, 2003). Crianças que possuem um bixinho desenvolvem mais rapidamente suas habilidades cognitivas e sócio emocionais, em que os mascotes incentivam a comunicação, responsabilidade e facilitam sua convivência com a comunidade, ajudam a fazer amizades e a encarar a vida com otimismo (GRANDIN e JOHNSON, 2006). Assim, este estudo tem como objetivo discutir a importância das terapias assistidas por animais, Equoterapia e Cinoterapia, como método educacional e terapêutico. 1.1 Justificativa A viabilidade dos projetos de Extensão do Centro de Equoterapia EASA/ UNICRUZ proporcionam um grande diferencial nos cursos de fisioterapia, veterinária, educação física e CATAVENTOS ISSN: v.10, n.1, p , maio/

5 pedagogia da referida Instituição de Ensino Superior. Projeto há muito tempo aspirado pelos cursos e agora possibilitado pela parceria entre a EASA e a UNICRUZ. Esta vivência de acadêmicos e professores levou a uma interação nas diferentes áreas de conhecimento, bem como entre os acadêmicos, bolsistas e voluntários, valorizando a Extensão Universitária, com a implantação de um serviço destinado à comunidade em geral, beneficiando pessoas carentes com deficiências motoras, neurológicas, sociais e educativas. Pode-se observar a eficácia destas atividades na qualificação dos acadêmicos, a partir de interações multiprofissionais e vivências interdisciplinares. Os acadêmicos desenvolvem pesquisas para discussão e encaminhamento de soluções para os problemas apresentados em estágio e aulas práticas, bem como pesquisas para trabalho de conclusão de curso. Aliam a vivência terapêutica à pesquisa, com vistas ao atendimento humanitário à comunidade. Importante também para a qualificação dos professores envolvidos, melhorando a formação acadêmica, com cursos de formação e atualização e, a oportunidade de atividades de extensão. 1.2 Objetivo Geral Desenvolver um trabalho em equipe multidisciplinar, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos praticantes de equoterapia e cinoterapia, consolidando o Centro de Equoterapia da EASA/UNICRUZ como um diferencial na formação acadêmica Objetivos Específicos - Ofertar aos acadêmicos das áreas da saúde e educação uma formação diferenciada através de atividades práticas em equoterapia e cinoterapia demonstrando a preocupação da Universidade de Cruz Alta na qualificação dos profissionais que está formando; - Disponibilizar esta terapia a comunidade, identificando pacientes/ praticantes que necessitem e se adaptem a este tipo de tratamento, buscando conhecer os benefícios individuais de cada um com acompanhamento multiprofissional dos professores e acadêmicos da UNICRUZ, e militares da EASA; - Oferecer as terapias assistidas através do cão e do cavalo às pessoas com necessidades especiais das escolas municipais, estaduais, centros de atendimentos fisioterapêuticos e pedagógicos de Cruz Alta e região; - Buscar a inclusão social dos praticantes e considerável melhora na qualidade de vida destes indivíduos e da sociedade como um todo; CATAVENTOS ISSN: v.10, n.1, p , maio/

6 - Estimular a prática de atividades hípicas com os praticantes no Centro e também da comunidade em geral; - Oferecer aos acadêmicos dos cursos de Medicina Veterinária, Fisioterapia, Educação Física, Pedagogia, a oportunidade de praticar a teoria estudada em aula; - Estimular o desenvolvimento da linguagem e afetividade dos praticantes e assim promover a autonomia e socialização do praticante; 2 METODOLOGIA O presente artigo visa apresentar o trabalho desenvolvido no CEEASA/UNICRUZ à comunidade acadêmica, através da Cinoterapia e Equoterapia, um meio de socialização com bases pedagógicas e terapêuticas, através de interação entre o animal e a criança, aperfeiçoando o processo inclusivo. Aplicando-se estudos de adaptação indireta e diretamente ao praticante com o reconhecimento do cão e do cavalo, do local onde será realizada a terapia e assim adquirir uma aproximação com toda a equipe. Após são motivados a desenvolver atividades junto ao animal com orientação do terapeuta. Os praticantes são encaminhados por escola, clínicas e hospitais do município e região, após, selecionados de acordo com a ordem de inscrição, atestado médico e disponibilidade de horário. Onde participam de 10 sessões, de trinta minutos, realizando as atividades de acordo com as necessidades apresentadas. 3 RESULTADOS A equipe do CEASA/UNICRUZ conta atualmente com 19 bolsistas voluntários da UNICRUZ, entre os acadêmicos estão os cursos de fisioterapia, veterinária, pedagogia e educação física. 4 soldados da EASA, 1 pedagoga, 1 fisioterapeuta, 1 educadoras especiais, 1 psicóloga, 1 veterinário, 2 equitadores, 4 cavalos adestrados e 4 cães adestrados. Os atendimentos acontecem todas as terças-feiras das 8:30 às 11:30 e das 14:00 às 16:30 na Escola de Aperfeiçoamento dos Sargento das Armas de Cruz Alta e atende no momento 24 praticantes de Equoterapia e 9 de Cinoterapia com diversas patologias. A tabela a seguir evidencia o número de atendimentos realizados nos anos de 2011 a 2016 no Projeto de Equoterapia: CATAVENTOS ISSN: v.10, n.1, p , maio/

7 Tabela 1 - Número de atendimentos realizados nos anos de 2011 a Fonte: Elaborada pelos autores, A tabela abaixo evidencia o número de atendimentos realizados nos anos de 2015 a 2016 no Projeto de Cinoterapia: Tabela 2 - número de atendimentos realizados nos anos de 2015 a Fonte: Elaborada pelos autores, CATAVENTOS ISSN: v.10, n.1, p , maio/

8 CENTRO DE EQUOTERAPIA DA ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE SARGENTOS DAS ARMAS EM O centro atende praticantes de diversas doenças, tais como, transtorno global de desenvolvimento, diplegia espática, síndrome de Down, paralisia cerebral, TDHA, medo, depressão, sequela de acidente vascular encefálico, esquizofrenia, déficit de atenção, surdez, cegueira, entre outras. As idades dos praticantes variam de 1 a 45 anos. Para acompanhar a evolução do trabalho e avaliar os resultados obtidos, há registros periódicos e sistemáticos das atividades desenvolvidas com os praticantes. A segurança física do praticante é uma preocupação constante de toda a equipe do CEEASA/UNICRUZ, tendo em vista: O comportamento e atitudes habituais do cavalo e do cão e as circunstâncias que podem vir a modificá-los, como por exemplo, uma bola arremessada ou um tecido esvoaçando, nas proximidades do animal; A segurança do equipamento de montaria na equoterapia, particularmente correias, presilhas, estribos, selas e manta; À vestimenta do cavaleiro, principalmente nos itens que podem trazer desconforto ou riscos de outras naturezas; O local das sessões onde possam ocorrer ruídos anormais que venham assustar os animais. Figura 1: Equipe multidisciplinar do Centro de Equoterapia da EASA/UNICRUZ Fonte: Arquivo dos autores. CATAVENTOS ISSN: v.10, n.1, p , maio/

9 Baseando-se nos relatórios de observação dos praticantes do Projeto de Cinoterapia e Equoterapia, observa-se resultados positivos e eficazes, promovendo mudanças nos quadros funcionais e melhora da autoestima, onde o animal induz as relações sociais, à medida que facilita o contato físico e verbal proporcionando o desenvolvimento biopsicossocial do praticante. As terapias assistidas com animais trazem inúmeros benefícios, sendo válidas para todas as idades e circunstâncias, porém em pessoas com transtorno global do desenvolvimento (autismo, Síndrome de Rett, Síndrome de Asperger, Síndrome de Heller...), Síndrome de Down, deficiência mental e disfunção neuromotora, os resultados são comprovadamente satisfatórios, pois oferecem benefícios no processo terapêutico, agindo de modo coadjuvante e promovendo uma melhor socialização entre os pacientes e o meio em que vivem (BECKER e MORTON, 2003). Deste modo, o animal é um ótimo co-terapeuta, pois não dá atenção aos problemas e habilidade física dos praticantes, aceitando as pessoas com suas características, oferecendo relevante apoio emocional, com um comportamento dócil e adestrado, proporciona momentos de tranquilidade, alegria e segurança, não trazendo um olhar crítico ao caso do praticante. Além disso, a presença do animal poderá diminuir a pressão sanguínea e o estresse, cativando o praticante e estimulando o psicológico e emocional (DOTTI, 2005). Segundo Grandin e Johnson (2006) os animais se tornam seguros para as pessoas porque não são ambivalentes, não sentem duas emoções diferentes ao mesmo tempo, sendo possível solucionar dificuldades quanto à assimilação, a memorização ou processo cognitivo do praticante tais como: a psicomotricidade, ludicidade, disciplina, raciocínio lógico e perspectivas motoras sensoriais. CATAVENTOS ISSN: v.10, n.1, p , maio/

10 Figura 2 - Atendimentos de Cinoterapia e Equoterapia ocorrendo no Centro de Equoterapia da EASA/UNICRUZ. Fonte: Arquivo dos autores. O ato de conduzir, escovar, brincar, assim como o manuseio final, desenvolve novas formas de socialização, favorecendo ganhos importantes para a inclusão de pessoas com deficiência na comunidade. Ainda, proporciona aproximação e conhecimento sobre o animal e seus hábitos; estimula os aspectos físicos, afetivos e sociais dos praticantes, influenciando positivamente na qualidade de vida destas pessoas. A participação no Projeto tem possibilitado diversas conquistas no desenvolvimento integral dos praticantes, as quais têm sido mediadas por uma equipe multidisciplinar. 4 CONCLUSÃO A importância dos animais na sociedade não tem limites. A interação homem animal desde o começo dos tempos sempre nos trouxe benefícios. É um instrumento terapêutico global, que atua em dimensões biopsicossociais e afetivas, podendo trazer um novo ânimo para a vida de muitas pessoas. Sendo assim, um dos aspectos mais importantes nesse tipo de tratamento é que se conscientiza crianças e jovens de suas capacidades e não de suas CATAVENTOS ISSN: v.10, n.1, p , maio/

11 incapacidades, estimulando-se durante a terapia, tanto as questões psíquicas, quanto motoras, a partir de uma visão integral dos sujeitos atendidos. Entende-se que quando os seres humanos e os animais estão em sintonia, são encontrados benefícios significativos, facilitando a relação terapêutica, de modo a aprender novas tarefas. As possibilidades de intervenção se mostram infinitas, em um projeto que está em plena construção, na qual traz à pesquisa, uma forma diferenciada de terapia, beneficiando pessoas com diferentes tipos de deficiência, estudantes e professores dos cursos da UNICRUZ. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE EQUOTERAPIA. Curso básico de equoterapia. Brasília, DF, BECKER, Marty; MORTON, Danelle. O poder curativo dos bichos: como aproveitar a incrível capacidade dos bichos de manter as pessoas felizes e saudáveis. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, BUSSOTI, E. A. et al. Assistência individualizada: posso trazer meu cachorro?. Revista da Escola de Enfermagem da USP. São Paulo, v.39, n.2, p , DOTTI, Jerson. Animais & Terapia. São Paulo: Editora Noética, FORLENZA, Orestes V. Psiquiatria Geriátrica do Diagnóstico Precoce À Reabilitação. São Paulo: Editora Atheneu, GRANDIN, Temple; JOHNSON, Catherine. Na Língua dos Bichos: Usando os mistérios do autismo para decodificar o comportamento animal. Rio de Janeiro: Rocco, MEDEIROS, Mylena; DIAS, Emília. Equoterapia: noções elementares e aspectos neurocientíficos. Rio de Janeiro: Revinter, CATAVENTOS ISSN: v.10, n.1, p , maio/

12 MOTTI, Glauce Sandim. A prática da equoterapia como tratamento para pessoas com ansiedade. Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Mestrado em Psicologia. Campo Grande-MS, Disponível em: < Acesso em 19/ago./2012. SILVA, Marcella Cristina Pestana do Nascimento. O uso da cinoterapia no âmbito educacional. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. São Gonçalo Brasil, CATAVENTOS ISSN: v.10, n.1, p , maio/