Pré - Sal: Análise sobre Royalties e Implicações Econômicas para Santa Catarina.

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1 Florianópolis, outubro de 2008 Pré - Sal: Análise sobre Royalties e Implicações Econômicas para Santa Catarina. Uma abordagem sobre o cenário atual da atividade de exploração e produção de petróleo e gás natural com ênfase nas descobertas nas camadas pré-sal, análise sobre a legislação que define a arrecadação e distribuição das Participações Governamentais e as implicações econômicas para Santa Catarina. Elaborado por: Geólogo Cosme Francisco Peruzzolo CREA D Advogado Flávio Dias Chaves OAB/PR ArquitetoAna Cristina Peruzzolo CREA PR D

2 INDICE: 1. Resumo Gerencial 2. Cenário atual do potencial petrolífero da Bacia de Santos com ênfase no Litoral de Santa Catarina. 3. Participações Governamentais sobre a atividade de exploração e Produção de petróleo e gás natural Histórico da legislação atual. A) Lei n de 03 de Outubro de 1953; B) Lei n de 27 de Dezembro de 1985; C) Lei n de 22 de Julho de 1986; D) Lei n de 28 de Dezembro de 1989 e Decreto 01/91 que regulamentam a parcela de 5%; E) Lei n de 06 de Agosto de 1997 Lei do Petróleo Critérios de Rateio dos Royalties. A) - Lavra em Terra; B) - Lavra na Plataforma Continental; 3.3. Participação Especial sobre grandes reservas. 4. Projeto de Lei no Senado Federal N o /08; Autor: Senadora IDELI SALVATTI PT/SC Alteração dos prolongamentos dos limites territoriais estaduais na Plataforma Continental Alteração das parcelas de distribuição dos Royalties sobre o petróleo e o gás natural produzido na Plataforma Continental. 5. Projeto de Lei 7.472/02 do Deputado Federal. Autor: Gustavo Fruet PSDB/PR. 6. Outros Projetos de Lei no Senado Federal. 6.1 Projeto de Lei do Senado N 104 de 27/03/2008. Autor: Senador Aloizio Mercadante do PT/SP. 6.2 Projeto de Lei do Senado N 224/08 de 04/06/2008. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 2

3 Autor: Senador João Pedro PT/AM. 6.3 Projeto de Lei do Senado N 312/08 de 20/08/2008. Autor: Senador Francisco Dornelles do PP/RJ. 6.4 Projeto de Lei do Senado N 335/08 de 09/09/2008. Autor: Senador Francisco Dornelles do PP/RJ. 6.5 Outros Projetos de Lei do Senado Federal. 7. Conclusões. 8. Sugestões. 9. Bibliografia. 10. Anexos. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 3

4 1. Resumo Gerencial Este trabalho tem por objetivo apresentar à FIESC Federação das Indústrias de Santa Catarina um estudo sobre a arrecadação e o destino das Participações Governamentais na exploração e produção de petróleo e gás natural bem como as implicações do Projeto de Lei PLS 279/08 da Senadora Ideli Salvatti sobre as receitas do Estado de Santa Catarina. Os Royalties sobre a atividade de produção de petróleo e gás natural têm origem na Lei n de 1953, quando a PETROBRAS foi criada para assumir toda a responsabilidade de pesquisa e produção de hidrocarbonetos (HC) no território nacional. Esta Lei definiu que a PETROBRAS teria de recolher aos cofres dos governos estaduais e municipais 5% a título de Royalties sobre toda a produção de petróleo e gás natural em área terrestre. Com a descoberta de reservas significativas de HC na Bacia de Campos, e o conseqüente aumento da produção na Plataforma Continental, em 1985, através da Lei n 7.453/85, instituiu-se também o pagamento do mesmo percentual de Royalties sobre a produção no mar, a serem pagos aos estados e municípios confrontantes, à marinha e ao FEP Fundo Especial do Petróleo; atualmente 89% da produção nacional de HC vêm da Plataforma Continental. Coube a Lei n 7.525, de 22 de Julho de 1986, definir o conceito de Estados e Municípios confrontantes e os critérios para estender os seus limites na Plataforma Continental, bem como especificar as áreas geoeconômicas para a distribuição dos Royalties, delegando ao IBGE a demarcação geográfica destes limites e áreas. A Lei n de 28 de Dezembro de 1989 acrescentou os Municípios que possuem instalações de embarque e desembarque de HC como beneficiário dos Royalties. A grande mudança na legislação sobre a atividade de exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil aconteceu com a Lei n 9.478, de 06 de Agosto de 1997, conhecida como a Lei do Petróleo, que além de abrir o setor para outras empresas privadas, nacionais ou internacionais, instituiu o Conselho Nacional de Política Energética e a Agencia Nacional do Petróleo, definindo ainda novas alíquotas de Participações Governamentais sobre esta atividade. Com a aprovação desta Lei, a atividade passou a sofrer as seguintes taxações a titulo de Participações Governamentais, além dos demais impostos: a. Royalties parcela de 5%; Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 4

5 b. Royalties parcela adicional acima de 5%; c. Participação Especial, variável de até 40%; d. Taxa de Retenção de Área; e. Bônus de Assinatura; f. Taxa aos Superficiários; Face ao aumento da produção de petróleo no Brasil nesta última década e as mudanças introduzidas pela Lei do Petróleo, as Participações Governamentais cresceram de 284 milhões de reais em 1998 para mais de 14,67 bilhões de reais em Destes, 51,1% foram arrecadados na forma de Royalties e 48,9% sob a forma de Participação Especial sobre grandes reservas. Além disso, em 2007, sob a rubrica de Bônus de Assinatura a ANP recolheu 2,1 bilhões de reais e 142 milhões de reais como taxa de retenção de área. No primeiro semestre de 2008, o governo arrecadou 10,68 bilhões de reais somente com o pagamento de Royalties e Participação Especial. Deste montante, 46% foram para os cofres dos governos Municipais e Estadual do Rio de Janeiro, 40% para a união (MME, MMA, MCT e Marinha) e apenas 14% foram distribuídos aos demais Estados e Municípios brasileiros, quer seja através de receitas diretas ou através do FEP - Fundo Especial do Petróleo. A projeção destas receitas levaria a uma estimativa de arrecadação de aproximadamente 20 bilhões de reais no ano de 2008, o que no entanto pode não se concretizar caso o preço internacional do barril de petróleo continuar caindo para níveis abaixo de US$ 65 por barril. No fechamento do dia 30 de outubro o preço desta commodity estava a US$ 63,70 por barril. A queda do valor da commodity, certamente, vai reduzir o nível de crescimento das Participações Governamentais, pois são calculadas em base ao seu preço internacional. A descoberta de grandes reservas de petróleo e gás nas camadas do pré-sal gerando uma expectativa de novas receitas pelo Governo Federal, o aumento da arrecadação das Participações Governamentais e sua distribuição heterogênea entre Estados e Municípios, e a insatisfação de alguns estados litorâneos sobre a arrecadação de Royalties, levaram toda classe social e política a se manifestarem sobre esta questão. Como conseqüência, tanto o governo como a classe política tem estudado e proposto mudanças na legislação atual sobre arrecadação das Participações Governamentais e sua distribuição para a união, estados e municípios. Atualmente, inúmeros Projetos de Lei estão em tramitação no Senado e Câmara Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 5

6 Federal, com o intuito de modificar, não apenas, a arrecadação, mas principalmente a distribuição das Participações Governamentais. Dentre estes projetos, destacam-se: a. PLS 104/08 do Senador Aloizio Mercadante PT/SP, que destina à Previdência Social grande parte dos Royalties das parcelas de 5% e acima de 5% sobre a produção na Plataforma Equatorial em detrimento dos estados e municípios produtores. b. PLS 224/08 do Senador João Pedro PT/AM, que aumenta a alíquota de 10% para 25% sobre as reservas do pré-sal com nova distribuição desta arrecadação. c. PLS 335/08 do Senador Francisco Dornelles do PP/RJ que altera a distribuição da parcela de Royalties acima de 5% e Participação Especial com o seu destino para o FUNDEB (Fundo de Manutenção da Educação Básica e da Valorização dos Profissionais da Educação). d. Projeto de Lei 7.472/02 do Deputado Federal Gustavo Fruet PSDB/PR que altera o prolongamento do limite dos estados na Plataforma Continental, utilizando novos critérios de traçado das ortogonais. Este projeto desloca os limites dos estados do Paraná e Santa Catarina para o sul e, portanto, para fora da área do pré-sal. e. PLS 279/08 da Senadora Ideli Salvatti que altera distribuição dos Royalties modificando o limite dos estados confrontantes na Plataforma Continental e a distribuição da parcela acima de 5% da produção no mar, aumentando o destino para o FEP Fundo de Participação do Petróleo, para as Forças Armadas, para os ministérios da Educação e da Previdência. O PLS 279/08 da Senadora Ideli Salvatti modifica a distribuição dos Royalties, parcela acima de 5%, de duas formas: a) alterando os critérios de definição do prolongamento dos limites dos estados na Plataforma Continental. Segundo estes critérios, o limite do Estado de Santa Catarina com o Paraná se desloca para o norte numa área de maior potencial petrolífero, podendo inclusive ter descobertas de grandes jazidas nas camadas do pré-sal e favorecendo futuras arrecadações das Participações Governamentais. b) Alterando as alíquotas de distribuição dos Royalties. A união que hoje recebe 40% passará receber 41%, o FEP passou de 4% para 7%, reduzindo o percentual dos estados produtores de 35% para 33% e os municípios produtores de 21% para 19%. O aumento da arrecadação do FEP proporcionará apenas um pequeno ganho ao Estado de Santa Catarina aumentando sua arrecadação de 980 mil reais para 1,95 milhões de reais. A Bacia de Campos possui reservas provadas de mais de 7,0 bilhões de barris de óleo Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 6

7 equivalente (7,0 bboe) concentrada numa área de aproximadamente km 2, de onde vêm 81,5% da produção brasileira de HC. Na Bacia de Santos as novas descobertas nas camadas pré-sal se concentram numa área de km 2, onde já foram identificadas e estimadas reservas superiores a 12,0 bboe, apenas nos campos de Tupi e Yara. Segundo os critérios de ortogonais definidos pelo IBGE, estas descobertas estão localizados em águas profundas à ultra profundas confrontantes com os estados do Rio de Janeiro e São Paulo os quais deverão ser os grandes beneficiados pela distribuição das Participações Governamentais. Os estados do Paraná e Santa Catarina estão numa posição marginal, mas com boas perspectivas de descobertas nas camadas pré-sal e em reservatórios carbonáticos mais recentes, podendo também aumentar suas receitas. Este estudo mostra que, com as grandes descobertas de petróleo e gás natural nas camadas do pré-sal, o Brasil está entrando num novo cenário da indústria petrolífera mundial, saindo de médio produtor voltado para o consumo interno para um grande produtor e exportador de petróleo, gás natural e seus derivados, com reflexo no aumento da receita direta da união e governos estaduais e municipais confrontantes. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 7

8 2. Cenário atual do potencial petrolífero da Bacia de Santos com ênfase no Litoral de Santa Catarina Descobertas nas camadas pré-sal na Bacia de Santos A área das descobertas nas camadas pré-sal, na Bacia de Santos no litoral dos estados de Rio de Janeiro e São Paulo, é de apenas aproximadamente km 2, dentro de uma enorme área km 2, que possui potencial de futuras descobertas no mesmo sistema petrolífero, se estendendo desde o Alto de Florianópolis no litoral do Estado de Santa Catarina até o Alto de Abrolhos no norte do Estado do Espirito Santo. Para fins de comparação, a área da Bacia de Campos, onde se concentram os maiores campos de petróleo e gás com uma produção diária de 1,6 milhões de boe/dia e reservas de mais de 7,0 bboe, tem uma extensão aproximada de km2 (Figura 01). Figura 01- Mapa das bacias de Santos e Campos mostrando as principais áreas de petróleo da Plataforma Continental Brasileira descobertas até o momento. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 8

9 Até o presente momento, várias descobertas de HC foram divulgadas pela ANP e PETROBRAS, na Bacia de Santos (Figura 04), sendo que as mais importantes são os Campos de Tupi com reservas estimadas de 5,0 a 8,0 bboe e Yara com 3,0 a 5,0 bboe. Alem destas, outras ocorrências foram noticiadas e que ainda precisam ser melhor estudadas para se saber suas respectivas reservas: Júpiter, Parati, Carioca, Caramba, Guará e Bem-te-vi, todas localizadas na mesma área de Tupi e Yara e mapeadas com auxílio de um único levantamento sísmico 3D que poderão atingir mais de 20 bilhões de barris de óleo equivalentes (20 bboe). Como pode ser visualizado na seção sísmica abaixo (Figura 02), o Sistema Petrolífero das descobertas nas camadas pré-sal da Bacia de Santos é formado por rochas geradoras da seção rift, reservatórios carbonáticos formados abaixo de seção evaporítica (camadas de sal) e tendo como anteparo ou selo a seção evaporítica e por isso chamado de Camadas pré-sal. Estas camadas geológicas se originaram a partir do início da separação dos continentes Americano e Africano no período Jurássico Cretáeo. Figura 02 - Perfil sísmico mostrando as rochas formadas na fase rift,onde se encontram as rochas geradoras de HC e os reservatórios carbonáticos situados abaixo de espessas camadas de sal.na parte superior estão as rochas mais recentes formadas em ambiente marinho aberto. História Geológica As bacias sedimentares na porção leste do Brasil, desde a Bacia de Pelotas até a Bacia de Paraíba Pernambuco, possuem uma seção geológica tipo Margem Atlântica típica, que podem ser explicadas em termos de origem ao modelo de deriva continental. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 9

10 Baseado nesse modelo, a placa tectônica chamada de GONDWANA rompeu-se a aproximadamente 140 milhões de anos para formar os continentes Sul-Americano e Africano. Nesta época iniciou-se o processo de separação dos continentes pela porção sul se estendendo gradativamente para o nordeste brasileiro e finalmente no norte do Brasil. Entre estas placas formou-se uma grande depressão onde começaram a se depositar grande quantidade de sedimentos fluviais, flúvio-lacustrinos, lacustrinos e mais tarde marinhos em ambiente fechado. Naquele período a entrada de água salgada se dava pelo sul, contudo um grande alto geomorfológico formava uma barreira limitando a entrada desta água para um grande lago, formado na região entre o Alto de Florianópolis até o Alto de Abrolhos e, mais tarde, com o aumento da separação dos continentes, se transformou num mar fechado, com um ambiente propício ao desenvolvimento do sistema petrolífero que hoje se encontram as descobertas do pré-sal. Na parte mais profunda se formaram rochas pelíticas, ricas em matéria orgânica para a formação de hidrocarbonetos e nas porções próximas aos continentes se formaram rochas carbonáticas, excelentes reservatórios de petróleo e gás. As incursões de água salgada em períodos descontínuos favoreceram a deposição de espessas camadas de sal que chegam a mais de 2 km de espessura em algumas áreas. Essas camadas são impermeáveis e formam um grande selo, impedindo a migração dos hidrocarbonetos para camadas mais superficiais e mantendo-os dentro dos reservatórios carbonáticos abaixo do sal. Esta seqüência evaporítica é muito extensa, ocorrendo deste o norte de Santa Catarina até o litoral dos estados de Sergipe e Alagoas. Porém ao norte do Alto de Abrolhos a quantidade de sal é muito inferior que ao sul. Figura 03 - Reconstruções paleogeográficas do Barremiano ao Neo-aptiano, mostrando as principais fases tectônicas e a abrangência da sedimentação marinha no Oceano Atlântico Sul. FONTE: Boletim de Geociências Petrobras, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 7-25, nov. 2004/maio. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 10

11 A separação dos continentes continuou, e se depositou uma grande seqüência de sedimentos marinhos abertos, cobrindo toda a seção geológica formada em ambiente marinho semi-aberto. Nesta seqüência se encontram a maioria dos reservatórios turbidíticos das bacias de Campos e Espírito Santo que foram preenchidos por HC formados na seção marinha pré-sal ou formados em folhelhos marinhos distais. A migração dos HC da seção pré-sal para os turbiditos se deu através de falhas ou janelas formadas na camada de sal. A intensificação da exploração de petróleo tem revelado notáveis similaridades ao longo das margens opostas do Brasil e da África. Essas evidências, quando acrescentada às bem conhecidas analogias paleontológicas, litológicas, estruturais e radiométricas, reforçam o modelo proposto de separação dos continentes Sul-Americano e Africano. Litoral norte do Estado de Santa Catarina Dentro deste contexto, o litoral norte do estado de Santa Catarina, fazia parte da extremidade sul desta grande depressão e posteriormente ao mar fechado durante os períodos Barremiano (130 milhões de anos) ao Neo-Aptiano (110 milhões de ano), período em que se formou todo o Sistema Petrolífero do pré-sal. Figura 04 - Mapa do sul da Bacia de Santos mostrando as principais descobertas de hidrocarbonetos no sistema petrolífero no pré-sal e os campos de óleo na área de Estrela do Mar e Cavalo Marinho. Mostra ainda a localização de dois poços em perfuração no bloco BM-S-12 dentro Estado de Santa Catarina. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 11

12 O único campo de petróleo e gás descoberto dentro dos limites atuais do estado é o Campo de Cavalo Marinho com um VOIP (Volume de Óleo in Place) de 460 Milhões de Barris, mas que se encontra com a sua produção paralisada desde 2002, devido a não economicidade de produção dentro do contexto atual. A PETROBRAS continua realizando estudos na área, estando atualmente perfurando dois poços exploratórios no bloco BM-S-12, sendo que num deles já foi anunciado à descoberta de presença de gás. As reservas nesta região, que vão do Campo Cavalo Marinho ao de Tubarão pertencem a um Sistema Petrolífero diferente do sistema pré-sal. Neste caso, os HC são gerados na seção rift, abaixo do sal, e se deslocam através de falhas geológicas para os reservatórios carbonáticos mais recentes. Os levantamentos geofísicos realizados recentemente mostram ainda que há possibilidade de se encontrarem reservatórios do pré-sal na área do bloco BM-S-12 a exemplo das grandes descobertas na área Cluster. A PETROBRAS possivelmente irá perfurar até estas camadas em busca da presença de HC deste Sistema Petrolífero, porem até este momento, não se pode afirmar qual a extensão e a qualidade destes reservatórios. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 12

13 3 - Participações Governamentais sobre a atividade de exploração e produção de petróleo e gás natural A atividade de exploração e produção de petróleo e gás natural, além dos impostos normais aplicados sobre toda a atividade econômica, está sujeita às seguintes Participações Governamentais: a) Royalties Parcela de 5% - conforme Lei n de 28 de Dezembro de 1989; b) Royalties Parcela adicional acima de 5% - (máximo 10%) conforme Lei Petróleo N de 06 de Agosto de 1997; c) Participação Especial - prevista na Lei Petróleo N de 06 de Agosto de 1997; Consiste de uma compensação financeira extraordinária devida pelos concessionários de exploração e produção de petróleo ou gás natural, nos casos de grande volume de produção ou de grande rentabilidade; d) Taxa de Retenção de Área - são fixados no edital e contrato de concessão, sendo aplicáveis, sucessivamente, às fases de exploração e de produção, e respectivo desenvolvimento. Os valores são apropriados por competência, mensalmente, por cada contrato de concessão. As tabelas (R$/km²) são atualizadas, anualmente, com base no IGP-DI(FGV). Essa modalidade de participação governamental é destinada ao financiamento das despesas da ANP. (art. 16 da Lei do Petróleo); e) Bônus de assinatura - Corresponde ao montante ofertado pelo licitante vencedor na proposta para obtenção da concessão de petróleo e gás natural. Recolhido diretamente a ANP no ato da assinatura do contrato de concessão, em parcela única. Esses recursos são destinados à ANP, de acordo com as necessidades operacionais da mesma, consignadas no orçamento aprovado; f) Taxa aos superficiários Art. 52 da Lei do Petróleo e Port. ANP143/98 estabelecem o pagamento de uma participação de 0,5 a 1,0 % da produção, equivalente em moeda corrente, aos proprietários da terra onde se localiza a produção, rateada na proporção da produção realizada na cabeça do poço nas propriedades regularmente demarcadas na superfície do bloco. Esta taxa, na essência, não se trata de uma participação governamental, mas assim é tratada por ser definida pelo governo para atender os anseios dos proprietários das terras. Esta taxa tem evitado conflitos entre as companhias petrolíferas e os donos das terras. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 13

14 O gráfico abaixo mostra os valores arrecadados das parcelas de Royalties de 5% e acima de 5% e Participação Especial sobre esta atividade, no período de janeiro a junho de 2008, bem como a sua distribuição para os diversos órgãos públicos federais estaduais e municipais: Figura 05 Distribuição da Participação Especial e parcelas de Royalties no período de janeiro a junho de Nota-se nesta figura que cada parcela de Participação Governamental tem um destino diferente o qual varia ainda no caso de que a produção seja feita em terra ou no mar. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 14

15 3.1. Histórico da legislação atual Retrospecto dos Principais Dispositivos Legais: A) Lei n de 03 de Outubro de 1953 Dispõe sobre a política nacional do Petróleo; Institui a Sociedade por ações Petróleo Brasileira S.A. PETROBRÁS; Determina o pagamento de Royalties sobre a produção de hidrocarbonetos, ficando estabelecido no artigo 27, que 5% sobre o valor do petróleo e / ou do gás natural, produzidos em terra que seriam pagos: 80% aos Estados; 20% aos municípios. B) Lei n de 27 de Dezembro de 1985 Com o início da produção na Plataforma Continental, através da Lei n de 27 de Dezembro de 1985, considerou-se também sujeito a Royalties, o petróleo e o gás natural extraídos na Plataforma Continental, no mesmo percentual de 5%, distribuídos da seguinte maneira: 30% aos Estados confrontantes com poços produtores; 30% aos Municípios confrontantes com poços produtores; 20% ao Ministério da Marinha, para possibilitar a fiscalização e proceder com a proteção das áreas marítimas produtoras; e 20% para constituir um Fundo Especial do Petróleo (FEP) a ser rateado entre todos Estados e Municípios do Brasil, conforme critérios análogos ao Fundo de Participação dos Estados e Municípios (FPE / FPM). C) Lei n de 22 de Julho de 1986 A Lei n de 22 de Julho de 1986, que foi posteriormente regulamentada pelo Decreto /86, estabeleceu normas complementares para o disposto nas Leis 2.004/53 e 7.453/85, definiu os conceitos de Estados e Municípios confrontantes e determinou os critérios para estender os limites territoriais dos Estados e Municípios litorâneos na Plataforma Continental, bem como, especificou os critérios das áreas geoeconômicas, Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 15

16 composta por três diferentes zonas: a) Zona de Produção Principal - Os Municípios confrontantes e os Municípios onde estiverem localizadas três ou mais instalações de apoio à exploração, produção e escoamento; b) Zona de Produção Secundária - Os Municípios atravessados por oleodutos ou gasodutos; c) Zona Limítrofe (à de produção principal) - Os Municípios contíguos aos Municípios da Zona Produção Principais, bem como os Municípios que sofram as conseqüências sociais ou econômicas da lavra do Petróleo; Delegou ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a incumbência de demarcar geograficamente os limites e as zonas acima. Segundo o Art. 9 desta lei: Caberá ao IBGE: I - II - Tratar as linhas de projeção dos limites territoriais dos Estados, Territórios e Municípios confrontantes, segundo a linha geodésica ortogonal à costa ou segundo o paralelo até o ponto de sua interseção com os limites da plataforma continental; definir a abrangência das áreas geoeconômicas, bem como os Municípios incluídos nas zonas de produção principal, secundária e os referidos no 3º do art. 4º desta Lei, e incluir o Município que concentra as instalações industriais para o processamento, tratamento, armazenamento e escoamento de petróleo e gás natural; III - publicar a relação dos Estados, Territórios e Municípios a serem indenizados 30 (trinta) dias após a publicação desta Lei; IV - promover, semestralmente, a revisão dos Municípios produtores de óleo, com base em informações fornecidas pela PETROBRÁS sobre a exploração de novos poços e instalações, bem como reativação ou desativação de áreas de produção. Parágrafo Único - Serão os seguintes os critérios para a definição dos limites referidos neste artigo: I - II - linha geodésica ortogonal à costa para indicação dos Estados onde se localizam os Municípios confrontantes; seqüência da projeção além da linha geodésica ortogonal à costa, segundo o paralelo para a definição dos Municípios confrontantes no território de cada Estado. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 16

17 Figura 06 Representação sistemática do Mapa do Brasil e respectivos limites estaduais definidos pelo IBGE segundo as diretrizes definidas pela Lei n /86, e regulamentada pelo Decreto /86, com os detalhes das projeções ortogonais e paralelos dos municípios interceptando os limites estaduais. FONTE: IBGE D) Lei n de 28 de Dezembro de 1989 e Decreto 01/91 que regulamentam a parcela de 5% Considerando que os municípios que possuíam instalações de embarque e desembarque também eram afetados pela atividade, a Lei n de 28 de Dezembro de 1989, criou mais um beneficiário dos Royalties do petróleo, quando destinou parcela de 10% aos municípios em que se localizassem instalações de embarque e desembarque. A fim de adequar essa alteração reduziu-se o percentual dos Estados de 80% para 70% quando a lavra ocorrer em terra e de 20% para 10% o percentual do Fundo Especial quando a lavra ocorrer em plataforma continental. Dessa forma os Royalties ficaram distribuídos da seguinte forma: Lavra na Plataforma Continental 30% Estados confrontantes com poços; Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 17

18 30% Municípios confrontantes com poços e suas respectivas áreas geoeconômicas; 10% Municípios com instalações de embarque e desembarque; 10% Fundo Especial a ser distribuído aos Estados e Municípios; 20% Comando da Marinha, para atender aos encargos de fiscalização e proteção das atividades econômicas dessas áreas. Lavra em Terra 70% Estados Produtores; 20% Municípios Produtores; 10% Municípios com instalações de embarque e desembarque. E) Lei n de 06 de Agosto de 1997 Lei do Petróleo A Lei do Petróleo de agosto de 1997, regulamentada pelo Decreto 2.705/98, dispõe sobre a política energética nacional, e as atividades relativas ao monopólio do Petróleo, bem como, institui o Conselho Nacional da Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo. Com o advento dessa Lei, mudanças significativas ocorreram na disciplina jurídica dos Royalties. A primeira grande mudança trouxe um reflexo geral na atividade petrolífera, pois consolidou o processo de abertura do mercado no segmento do petróleo, possibilitando o ingresso de outras empresas nacionais ou internacionais nesse mercado. Atualmente existem mais de 50 empresas atuando na atividade de exploração, dentre elas todas as grandes multinacionais da área de petróleo. A segunda mudança significativa ocorreu na fixação da alíquota dos Royalties pagos que passou de cinco por cento (5%) para dez por cento (10%), nos termos do seu artigo 47. No 1 deste artigo, entretanto, possibilita a Agência Nacional de Petróleo (ANP) uma redução da alíquota prevista no caput, não podendo ser inferior a cinco por cento (5%), em razão dos riscos geológicos e das expectativas de produção, porem, manteve os critérios de distribuição aos Estados, Municípios e Ministérios para a parcela de 5% conforme definido pela Lei n 7.990/89. Outra modificação foi na forma de repasse dos valores obtidos com o pagamento dos Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 18

19 Royalties, que passa a ser realizado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) através do Banco do Brasil. No que se refere ao controle dos dados e o cálculo de distribuição dos Royalties, tais atribuições passaram a ser de competência da ANP. Incluiu o Ministério da Ciência e Tecnologia como mais um beneficiário dos Royalties, sobre a produção marítima, cujas receitas deverão ser utilizadas para financiar programas de amparo à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados à indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis. Do total de recursos destinados ao Ministério da Ciência e Tecnologia serão aplicados, no mínimo, 40% em programas de fomento à capacitação e ao desenvolvimento científico e tecnológico das regiões Norte e Nordeste, incluindo as respectivas áreas de abrangência das Agências de Desenvolvimento Regional. Estipulou também, o pagamento da Participação Especial com alíquota variável de 10% a 40% ser determinada pela ANP, na assinatura do Contrato de Concessão, para as reservas de grande volume ou alta lucratividade. Em resumo, a distribuição dos Royalties esta instituída por duas leis as quais prevêem destinos e porcentagens diferentes à união e aos estados e municípios como pode ser visualizado no quadro da Figura 07, abaixo. Figura 07 Mostra um resumo da Distribuição dos Royalties, parcelas de 5% e acima de 5%, regulamentada pelas Leis 7.990/89 e 9.478/97 chamada de a Lei do Petróleo. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 19

20 A aprovação da Lei do Petróleo somado ao aumento da produção de petróleo e gás natural no Brasil proporcionou um aumento significativo na receita de Royalties por parte dos governos municipais, estaduais e união. A arrecadação passou de 283,7 milhões de reais em 1998 para 7,49 bilhões em O gráfico e tabela abaixo mostram esta variação e a distribuição para estados municípios e união. Figura 08 Mostra o crescimento da distribuição dos Royalties parcelas de 5% e acima de 5% no período após a Lei do Petróleo de Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 20

21 Tabela 01 - Distribuição dos Royalties 1998 a 2007 (em R$ mil). FONTE: Relatório Consolidado sobre Royalties da ANP Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 21

22 3.2. Critérios de Rateio dos Royalties Os Royalties sobre a produção de petróleo e gás natural são distribuídos aos estados e municípios seguindo critérios diferentes para as parcelas de 5% ou acima de 5%, quando a lavra ocorre em terra ou no mar, e ainda, se os municípios se encontram em uma Zona de Produção Principal, Zona Secundária ou Zona Limítrofe ou se possuem instalações relativas à atividade que afetam a sociedade local. B) - Lavra em Terra A.1 Rateio da Parcela de 5% segundo a Lei 7.990/89 70 % aos Estados Produtores, proporcional a produção em cada estado; 20 % aos Municípios Produtores, proporcional a produção de cada município; 10% aos Municípios com instalações de embarque e desembarque os quais são distribuídos em partes iguais para os municípios com instalações de embarque e desembarque, em todo o território nacional (lei / 1989). O exemplo abaixo, utilizando dados do campo terrestre de Carmópolis no estado de Sergipe, o qual produz petróleo e gás natural em seis municípios, mostra o rateio entre os diferentes municípios produtores, estado produtor e municípios com instalações. Os Royalties aos municípios com instalações serão acumulados nacionalmente e rateados em partes iguais entre todos os municípios que possuem instalações de embarque e desembarque terrestre (veja capitulo a parte abaixo). Tabela. 02 Exemplo de cálculo da parcela de 5% referente ao Campo de Carmópolis ANP. FONTE: Guia de Royalties da Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 22

23 A.2 Rateio da Parcela acima de 5% segundo a Lei 9.478/97 52,5 % aos Estados Produtores, com rateio idêntico ao da parcela de 5%; 15% aos Municípios Produtores, com rateio idêntico ao da parcela de 5%; 25 % ao Ministério de Ciência e Tecnologia; 7,5 % aos Municípios afetados por instalações de embarque e desembarque. Esta parcela será distribuída aos Municípios afetados pelas operações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural, na forma e critério estabelecidos pela ANP (9.478/97 e decreto 2.705/98). A Portaria ANP nº29/2001 estabelece que os Municípios afetados recebam um valor percentual na razão direta dos volumes movimentados nas referidas instalações. Os volumes movimentados se referem, exclusivamente, ao petróleo e ao gás natural produzidos no País. O exemplo abaixo, também utilizando dados do campo terrestre de Carmópolis no estado de Sergipe, mostra o rateio entre os diferentes beneficiários com destaque aos municípios produtores. Tabela 03 Exemplo de cálculo da parcela de acima de 5% do Campo de Carmópolis FONTE: Guia de Royalties da ANP. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 23

24 B - Lavra na Plataforma Continental B.1. Rateio da Parcela de 5% segundo a Lei 7.990/89 O rateio da parcela de 5% aos estados e municípios, segundo a Lei 7.990/89, utiliza os conceitos de confrontação com poços produtores e, são distribuídos aos seguintes beneficiários: Conceitos: Estados confrontantes com poços produtores são aqueles contíguos a área marítima que, no prolongamento de seus limites (linhas ortogonais à linha de base) contenham poços produtores. A figura 09, abaixo, mostra o limite entre os estados confrontantes do Paraná e Santa Catarina, bem como os limites dos municípios confrontantes, evidenciando que estes últimos são truncados ao atingir os limites de seus estados; Municípios confrontantes com um ou mais poços produtores são aqueles Municípios contíguos a área marítima que no prolongamento de seus limites contenham poços produtores dentro da projeção dos limites da Plataforma Continental (limites paralelos e ortogonais); 30% aos Estados confrontantes com poços, proporcional a produção dos poços localizados em cada estado, conforme a projeção na Plataforma Continental dos limites interestaduais, definidos pelo IBGE; 30% aos Municípios confrontantes com poços e respectivas áreas geoeconômicas. Veja abaixo quadro com detalhes sobre os conceitos utilizados para municípios confrontantes com poços; Esta parcela será distribuída da seguinte forma: 60% ao município confrontante, junto com os demais Municípios que integram a zona de produção principal, rateados, entre todos, na razão direta da população de cada um, assegurando-se um terço desse valor ao município que concentrar as instalações industriais para processamento, tratamento, armazenamento e escoamento de petróleo e gás natural; 10% aos Municípios integrantes da zona de produção secundária, rateados entre eles, na razão direta da população dos distritos cortados por dutos; 30% aos Municípios limítrofes à zona de produção principal, rateados entre eles, na razão direta da população de cada um, excluídos os Municípios integrantes da zona de produção secundária. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 24

25 10% aos Municípios com instalações de embarque e desembarque, os quais são distribuídos em partes iguais para os municípios com instalações de embarque e desembarque marítimo, em todo o território nacional (lei / 1989); 10% ao Fundo Especial Administrado pelo Ministério da Fazenda e distribuído aos estados e municípios, utilizando os mesmos critérios de rateio dos Fundos de Participação dos estados e Municípios (FPE/FPM). Este assunto será discutido em mais detalhes em capítulo à frente; 20% ao Comando da Marinha. A figura e exemplo abaixo ilustram a distribuição da parcela de 5% dos Royalties na Bacia de Campos, individualizando os municípios pertencentes à Zona de Produção Principal, Secundária e municípios limítrofes as zonas principais e secundárias que recebem os Royalties. Figura 09 Os Royalties de 5% são calculados pela média aritimética da produção dos poços existentes dentro dos municípios confrontantes utilizando limites definidos por paralelos e ortogonais - Fonte: Guia de Royalties ANP. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 25

26 Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 26 Tabela- 04 Exemplo de cálculo da distribuição dos Royalties na Bacia de Campos, identificando os municípios da zona principal, secundária e limítrofes à estas zonas. FONTE: Guia de Royalties da ANP

27 B.2. Rateio da Parcela acima de 5% segundo a Lei 9.478/97 O rateio da parcela acima de 5% aos estados e municípios, segundo a Lei 7.990/89, utiliza os conceitos de confrontação com campos produtores e são distribuídos da seguinte maneira: Conceitos: Estados confrontantes com campos são aqueles contíguos a área marítima que, no prolongamento de seus limites (linhas ortogonais à linha de base) contenham os campos produtores; Municípios confrontantes com um ou mais campos produtores são aqueles Municípios contíguos a área marítima que no prolongamento de seus limites contenham campos produtores dentro da projeção dos limites da Plataforma Continental (limites paralelos e ortogonais); 22,5 % aos Estados confrontantes com campos, proporcional à área contida entre as linhas de projeção ortogonais de seus limites territoriais; 22,5 % aos Municípios confrontantes com campos, proporcional à área contida entre as linhas de projeção (ortogonais e paralelas) de seus limites territoriais; 7,5% Fundo Especial- Este assunto será discutido em capitulo abaixo; 25 % Ministério da Ciência e Tecnologia; 15% Comando da Marinha - para atender aos encargos de fiscalização e proteção das áreas de produção; 7,5 % Municípios afetados por operações nas instalações de embarque e desembarque, distribuídos na forma e critérios estabelecidos pela Portaria ANP nº29/2001 a qual estabelece que os Municípios afetados recebam um valor percentual na razão direta dos volumes movimentados nas referidas instalações. Os volumes movimentados se referem, exclusivamente, ao petróleo e ao gás natural produzidos no País. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 27

28 Exemplo: Considerando que a alíquota de Royalties do Campo Caravela é de 8,30%, ou seja: alíquota de 5% mais uma alíquota excedente é de 3,30%, o Estado de Santa Catarina tem direito a 22,5% X 3,30% X 8,43% do valor da produção do Campo Caravela. Figura 10 Mostra a o rateio dos Royalties da parcela acima de 5% do Campo de caravelas localizado na divisa entre Paraná e Santa Catarina.. Figura 11 Os Royalties acima de 5% são calculados pela média aritimética da produção existente em cada parcela de área dos campos dentro de um determinado município confrontante, utilizando os limites definidos por paralelos e ortogonais - Fonte: Guia de Royalties ANP. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 28

29 Tabela 05 Mostra a memória de cálculo dos Royalties do Campo de Caravela cuja área se encontra 91,57% Estado do Paraná e 8,43% no Estado de Santa Catarina, utilizado até 2002, enquanto havia produção neste campo - Fonte: Guia de Royalties ANP Das parcelas destinadas aos Estados produtores, 25% serão transferidos aos Municípios de acordo com os critérios de distribuição de recursos estabelecidos no artigo 158, inciso IV e respectivo parágrafo único da Constituição Brasileira. Constituição da República Federativa do Brasil Art Pertencem aos Municípios: (...) IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Parágrafo Único As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios: I - três quarto, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seu território; II até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 29

30 Instalações de Embarque e Desembarque De acordo com a legislação atual, são devidos Royalties aos Municípios onde se localizam instalações marítimas ou terrestres de embarque e desembarque de petróleo e gás natural, produzidos em terra ou no mar (parcela de 5%), bem como aos Municípios que sejam afetados pelas operações realizadas em tais instalações (parcela acima de 5%). Para fins de efeitos de regulamentação foram estabelecidas as seguintes definições de Instalações de embarque e desembarque: Monobóias São flutuadores de formatos diversos, localizados no mar, rios ou lagoas, mantidos nos seus lugares fundeados ou amarrados, utilizados para a atracação de navios, para fins de embarque e desembarque de petróleo ou gás natural. Quadro de Bóias Múltiplas É um conjunto de flutuadores de formatos diversos, localizados no mar, rios ou lagoas, agüentados nos seus lugares fundeados ou amarrados, utilizados para a atracação de navios, para fins de embarque e desembarque de petróleo ou gás natural. Cais Acostável É a parte de um porto, geralmente uma muralha, que arrima um terrapleno, na qual as embarcações podem acostar para efetuar o embarque e desembarque de petróleo ou gás natural. Píer de Atracação É uma estrutura marítima enraizada em terra, especialmente destinada a servir de cais acostável para navios destinados ao embarque e desembarque de petróleo ou gás natural. Estação terrestre coletora de campos produtores e de transferência de petróleo ou gás natural. Trata-se de um conjunto de instalações, que recebem hidrocarbonetos diretamente de um ou mais campos produtores, compreendendo, entre outros, tanques para armazenamento de petróleo ou recipientes pressurizados ou criogênicos para armazenamento de gás natural liquefeito ou comprimido, bombas para a transferência de petróleo ou compressores para a transferência de gás natural. Critérios de rateio aos municípios com instalações das parcelas dos Royalties Lavra em Terra e na Plataforma Continental Os Municípios afetados pelas operações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural, recebem diferentes percentuais de acordo com as leis 7.990/89 e 9.478/97 e decretos que as regulamentam. a. 10% da parcela de 5% da produção brasileira são distribuídos em partes iguais aos municípios com instalações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural (7.990/89 e decreto 01/91); b. 7,5% da parcela acima de 5% da produção brasileira são distribuídos aos Municípios afetados pelas operações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural, na forma e critério estabelecidos pela ANP (9.478/97 e decreto 2.705/98). A Portaria ANP nº29/2001 estabelece que os Municípios que fazem jus ao recebimento da parcela acima de 5%, por serem afetados pelas operações realizadas nas instalações de embarque e desembarque de petróleo ou gás natural, devem participar na razão direta dos volumes movimentados nas referidas instalações. Os volumes movimentados se referem, exclusivamente, ao petróleo e ao gás natural produzidos no País. Para este rateio, aplica-se também o conceito de município pertencente à zona de influência da instalação onde se localizam as instalações de embarque e desembarque (primários) e, em se tratando de instalações em meio aquático, aqueles situados em torno da instalação (secundários), proporcionalmente à movimentação de petróleo e de gás natural nas respectivas instalações. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 30

31 FEP - FUNDO ESPECIAL DO PETRÓLEO Origem do FEP A origem do FEP é assegurada pelas Leis 7.990/89 e 9.478/97 nos seguintes percentuais: 10% sobre os Royalties da parcela até 5% na plataforma continental; 7,5% sobre os Royalties da parcela acima de 5% na plataforma continental; Arrecadado pela Secretária do Tesouro Nacional - STN e Administrado pelo Ministério da Fazenda, a distribuição dos recursos do FEP obedece aos mesmos critérios de rateio utilizados para a distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados e Municípios na seguinte proporção: 20 % para os Estados; 80 % para os Municípios O rateio do Fundo de Participação dos Estados - FPE O percentual de 20% destinados aos Estados é distribuído de acordo com a Lei n 5.172/66 e Lei Complementar n 62/89, da seguinte forma: 85% Às Unidades da Federação integrantes das regiões Norte, Nordeste e Centro- Oeste; 52,46% Região Nordeste 25,37% Região Norte 7,17% Região Centro-Oeste 15% Às Unidades da Federação integrantes das regiões Sul e Sudeste; 8,48% Região Sudeste 6,52% Região Sul O rateio do Fundo de Participação dos Municípios - FPM A distribuição para o percentual de 80% do Fundo de Participação dos Municípios é feita de acordo com a Lei Complementar n 91/97: 10% Aos Municípios das capitais, de acordo com os seguintes fatores; Fator representativo da população; Fator representativo do inverso da renda per capita do respectivo Estado; 86,4% Aos Municípios do interior; Categoria do Município, segundo seu número de habitantes (coeficiente); 3,6% Fundo de Reserva; Figura 12 Mostra a distribuição da parcela de 20% do FEP - Fundo Especial do Petróleo, no período de janeiro a junho de 2008, que tem como origem os Royalties no mar. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 31

32 3.3. Participação Especial sobre grandes reservas A Participação Especial, prevista no inciso III do art. 45 da Lei nº 9.478, de 1997, constitui compensação financeira extraordinária devida pelos concessionários de exploração e produção de petróleo ou gás natural, nos casos de grande volume de produção ou de grande rentabilidade, conforme os critérios definidos no Decreto 2.705/1998. A Participação Especial, assim como o bônus de assinatura, foi introduzida na legislação brasileira com a Lei do Petróleo. Distribuição da Participação Especial De conformidade com o 2º do art. 50 da Lei n.º 9.478/97, os recursos da Participação Especial são distribuídos na seguinte proporção: 40% aos Estados onde ocorrer à produção em terra, ou confrontante com a plataforma continental onde se realizar a produção; 10% aos Municípios onde ocorrer à produção em terra, ou confrontante com a plataforma continental onde se realizar a produção; 40% ao Ministério de Minas e Energia; Dos quarenta por cento (40%) dos recursos da participação especial transferidos ao Ministério de Minas e Energia: 70% são destinados ao financiamento de estudos e serviços de geologia e geofísica aplicados à prospecção de combustíveis fósseis, promovidos pela ANP e pelo MME; 15% para o custeio dos estudos de planejamento da expansão do sistema energético; 15% para o financiamento de estudos, pesquisas, projetos, atividades e serviços de levantamentos geológicos básicos no território nacional. 10% ao Ministério do Meio Ambiente; Destinados ao desenvolvimento de estudos e projetos relacionados com a preservação do meio ambiente e recuperação de danos ambientais causados pelas atividades da indústria do petróleo; Ao contrário dos Royalties, cuja base de cálculo é a receita bruta, a participação especial incide sobre o lucro da concessão, sendo possível abater, no cálculo de tal lucro, as Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 32

33 deduções previstas em Portarias da ANP. Para efeito de apuração da participação especial sobre a produção de petróleo e de gás natural são aplicadas alíquotas progressivas (de 10%; 20%; 30% e 40%) sobre a receita bruta da produção trimestral de cada campo, consideradas as deduções dos Royalties, os investimentos na exploração, os custos operacionais, a depreciação e os tributos, todas previstas no 1º do art. 50 da Lei nº 9.478/1997, a partir de um volume limite de isenção, definido admitindo-se três estruturas de custos, seja, a lavra em terra, lavra em águas rasas (até 400 metros) e lavra em águas profundas (acima de 400 metros) e o número de anos de produção e o respectivo volume de produção trimestral fiscalizada. Tabela 06 Mostra a distribuição da Participação Especial entre União, Estados e Municípios, no período de janeiro a junho de A arrecadação da Participação Especial sobre grandes reservas teve início com Lei do Petróleo em 1998 e em 2007 atingiu o valor de 7,18 bilhões de reais (Tabela 03), praticamente o mesmo valor dos Royalties no mesmo ano. No primeiro semestre de 2008 estas participações foram de 5,78 bilhões de reais (Tabela 02) enquanto que a arrecadação de Royalties foi de 4,91 bilhões de reais (Tabela 04). Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 33

34 Figura 13 Mostra o crescimento da Participação Especial, no período após a Lei do Petróleo de 1997 e a distribuição entre União, Estados e Municípios. Tabela 07 - Distribuição da Participação Especial 2000 a 2007 (em R$) FONTE: Relatório Consolidado sobre Royalties da ANP Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 34

35 4. Projeto de Lei no Senado Federal N o /08 Autor: Senadora IDELI SALVATTI PT/SC O Projeto de Lei no Senado Federal N o. 279/08 tem como objetivo Alterar a distribuição dos Royalties somente sobre a produção do Petróleo e Gás Natural produzidos na Plataforma Continental Brasileira, mediante a alteração das Leis nº 7.525, de 22 de julho de 1986 e nº de 06 de agosto de Este projeto altera a distribuição dos Royalties através de tópicos bem distintos: 4.1. Alteração dos prolongamentos dos limites territoriais estaduais na Plataforma Continental Segundo o Art. 1º do PLS 279/08: O inciso I, do art. 9 da Lei nº 7.525, de 22 de julho de 1986, passa a vigorar com a seguinte redação: I - Tratar as linhas de projeção dos limites territoriais dos Estados e Municípios confrontantes, segundo a regra: a) Tomar as coordenadas do ponto de intersecção determinado pelo prolongamento das linhas formadas pelo azimute oficialmente definido para o limite internacional entre o Brasil e a Guiana e o azimute definido entre Brasil e Uruguai; Coordenadas: Latitude: - 18º 07 01,30 Longitude: - 72º 12 28,19 b) Adotando-se esta coordenada como vértice, traçar linhas unindo este ponto até os pontos de cada uma das divisas entre os Estados e das divisas entre os Municípios Brasileiros que fazem limite com o oceano Atlântico; c) O prolongamento destas linhas até o limite da plataforma continental brasileira definirá o mar territorial correspondente a cada Estado e cada Município da Federação. O mapa da figura abaixo mostra como ficarão os prolongamentos dos limites territoriais estaduais, comparado com os limites atuais, em se aprovando o Art. 01 do PLS- 279/08. Os seguintes fatos são notórios ao se analisar este mapa: Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 35

36 a. Os limites dos estados do Paraná e do Piauí ficarão subparalelos ao invés de serem oblíquos, e deslocados de suas posições originais com o afastamento da costa; b. Os limites dos estados localizados na margem leste ficarão deslocados para o norte, enquanto que os limites dos estados localizados na margem norte ficarão deslocados para o leste; c. Os estados de santa Catarina e Paraná, ao terem seus limites deslocados para o norte, terão áreas com maior probabilidade de descobertas de HC e, portanto com maior probabilidade de receberem Participações Governamentais como produtor; d. O Estado do Rio de Janeiro perderá a área ao sul da Bacia de Santos onde foram encontrados os Campos de Yara e Tupi, no entanto vai ser beneficiado ao norte onde se encontram outros campos com alta produção; e. O Estado do Espirito Santo vai ser penalizado com a perda dos Royalties das jazidas existentes ao norte da Bacia de Campos e da mesma forma o Estado de Sergipe para o Estado da Bahia. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 36

37 Figura 14 Mapa do Brasil mostrando o prolongamento dos limites territoriais estaduais segundo os critérios do Projeto de Lei 279/08 da Senadora IDELI SALVATTI PC/SC. As reentrâncias e saliências da costa brasileira dificultam o estabelecimento de um critério único para a extensão do limites dos estados e municípios na plataforma Continental. Por outro lado como mostra o quadro abaixo os limites dos países foram sendo adotados através de acordos internacionais utilizando critérios distintos para cada situação Alteração das parcelas de distribuição dos Royalties sobre o Petróleo e o Gás Natural produzido na Plataforma Continental Este artigo altera apenas a PARCELA DOS ROYALTIES > 5% Segundo o Art. 2º do PLS 279/08: O inciso II, do art. 49 da Lei nº 9.478, de 06 de agosto de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação: II quando a lavra ocorrer na plataforma continental: Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 37

38 a) 7,5% aos Municípios que sejam afetados pelas operações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural, na forma e critério estabelecidos pela ANP; b) 7,5% aos Estados produtores confrontantes; c) 10,0% aos Municípios produtores confrontantes; d) 15,0% às Forças Armadas, para atender aos encargos de defesa do território nacional; e) 17,5% ao Ministério da Educação, destinados à Educação Básica e Educação Profissional e Tecnológica, em adendo ao mínimo constitucional; f) 17,5% ao Ministério da Previdência Social, destinados a atender o disposto no caput do artigo 195 da Constituição Federal; g) 25% para integralização do Fundo Especial a que se refere a alínea e, do Inciso II, do artigo 49 da Lei nº 9.478, de 06 de agosto de A arrecadação total de Royalties e Participação Especial no primeiro semestre de 2008 atingiu o montante de R$ 10,688 bilhões (Tabela 08), segundo a legislação atual. Este montante foi distribuído (Figura 15): 40% à União, 35% aos Governos Estaduais Produtores, 21% aos Governos Municipais Produtores e apenas 4% ao FEP Fundo Especial do Petróleo, o qual por sua vez será redistribuído a todos os estados e municípios da união. Caso a distribuição fosse de acordo com o PLS 279/08 da Senadora Ideli Salvatti a distribuição seria: 41% à União, 33% aos Governos Estaduais Produtores, 19% aos Governos Municipais Produtores e 7% ao FEP Fundo Especial do Petróleo, ou seja; a União receberia 1% a mais e o FEP 35 para serem redistribuídos. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 38

39 Tabela 08 Mostra as receitas e a distribuição das Participações Governamentais à união, Estados e Municípios segundo os critérios atuais e segundo as novas alíquotas do PLS 279/08. Em amarelo estão salientados os itens e valores alterados pelo PLS 279/08 Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 39

40 QUADRO DA DISTRIBUIÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES GOVERNAMENTAIS Legislação atual Segundo Alíquotas sugeridas no PLS 279/08 LEGISLAÇÃO ATUAL PROJETO LEI SENADO 279/08 UNIÃO 40% 41% FEP Fundo Especial Petróleo 4% 7% Gov Estaduais Produtores 35% 33% Gov Municipais Produtores 21% 19% Figura 15 Gráficos comparativos da distribuição segundo a legislação atual e PLS 279/08 Na Tabela-09, abaixo, mostra a distribuição dos Royalties e da Participação Especial, arrecadados no primeiro semestre de 2008, por cada um dos órgãos e pelos 26 Estados da União. Nos valores acumulados de cada estado estão incluídos os valores distribuídos também aos seus municípios, quer seja na forma de arrecadação por serem produtores, ou por estarem numa zona de influência ou recebidos através do FEP. Pode-se notar a concentração da arrecadação ao Estado do Rio de Janeiro, com 4,86 bilhões de reais de um total de 10,688 bilhões. Nos gráficos da Figura-16 pode-se notar em primeiro plano que a Participação Especial sobre as grandes reservas geraram 54% do total das participações. No segundo gráfico, estão os percentuais da arrecadação de cada órgão, porem individualizando o Estado do Rio de Janeiro que recebeu 30% e os Municípios do Rio de Janeiro que receberam 16% do total arrecadado no período. Na Figura-17 está ilustrado o total de arrecadação por cada estado, incluindo a dos Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 40

41 municípios, salientado as arrecadações: a) vermelho, Total dos estados de R$ 6,432 bilhões, b) rosa Estado do Rio de Janeiro R$ 4,86 bilhões e c) amarelo do Estado de santa Catarina com R$ 18,35 milhões, proveniente do FEP ao Governo Estadual (R$ 0,98 milhões), do FEP aos Governos Municipais (R$ 3,93 milhões) e aos municípios localizados em área com instalações de embarque e desembarque ou de influência dos mesmos (R$ 13,44 milhões). A Figura-18 ilustra a arrecadação dos estados através do FEP pela legislação atual em comparação ao que seria arrecadado caso o PLS 279/08 fosse aprovado. Tabela 09 Valores arrecadados por Gov. Municipais aglutinados por estado Gov. estaduais e União no período de janeiro a junho de A arrecadação dos municípios e estado do Rio de Janeiro correspondeu a 75,5% dos Royalties pagos aos estados (exceto a União) ou 46% do total das participações. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 41

42 ARRECADAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DAS PARTICIPACÕES GOVERNAMENTAIS Período de Janeiro a Junho de 2008 Arrecadação Distribuição Figura 17 Gráficos mostrando a arrecadação das Participações Governamentais e sua Distribuição, salientando que o Estado e Municípios do Rio de Janeiro arrecadam 46% do total arrecadado. A União, através do MME, MCT, MMA e Marinha, recebeu 40%. Todos os demais estados e municípios receberam apenas 14%. Figura 18 Gráfico mostrando a arrecadação por estado do total arrecadado das Participações Governamentais. Salientando que o Estado de Santa Catarina e seus municípios receberam 18,35 milhões de reais no período de janeiro a junho de 2008, o que corresponde a 1,7% do total arrecadado. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 42

43 Figura 19 Gráfico comparativo da arrecadação, por estado, do total arrecadado através do FEP de acordo com a legislação atual e PLS 279/08. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 43

44 Arrecadação direta das Participações Governamentais pelos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul Os governos de alguns municípios e do Estado de Santa Catarina receberam Royalties referentes à produção do Campo de Cavalo Marinho até meados de 2002, o único campo em produção no prolongamento do limite do estado na Plataforma Continental. Desde então as receitas de Royalties provém ou através da distribuição dos recursos do FEP ou através dos Royalties provenientes dos municípios que possuem ou são afetados por instalações de bombeio, carga e descarga de HC. Caso semelhante é o do Rio Grande do Sul. O quadro abaixo discrimina o total de Royalties recebidos por estes estados no primeiro semestre de Tabela 10 Valores arrecadados de Royalties pelos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O quadro abaixo mostra a produção de HC e os respectivos Royalties para o Campo de Coral na Bacia de Santos, que no primeiro semestre atingiu a soma de 9,1 milhões de reais. Estes Royalties serão distribuídos entre a união, Estados e Municípios produtores e ao FEP. Caso o PLS 279/08 seja aprovado no seu art. 1º, que altera a extensão dos limites dos estados para o norte, os Royalties pagos diretamente aos Estados e Municípios confrontantes serão redistribuídos ao Estado de Santa Catarina. Tabela 11 Produção de petróleo e gás natural no Campo de Coral e os respectivos Royalties a serem distribuídos à união, FEP e aos estados e municípios confrontantes. Estudo sobre as Participações Governamentais na atividade de E & P de Petróleo - outubro/2008 Pag. 44

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