INFLUÊNCIA DA ESCARIFICAÇÃO DO SOLO SOB SISTEMA PLANTIO DIRETO NAS PROPRIEDADES DO SOLO E NA CULTURA DA SOJA RODRIGO KURYLO CAMARA

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1 INFLUÊNCIA DA ESCARIFICAÇÃO DO SOLO SOB SISTEMA PLANTIO DIRETO NAS PROPRIEDADES DO SOLO E NA CULTURA DA SOJA RODRIGO KURYLO CAMARA Dissertação apresentada à Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da UPF, para obtenção do título de Mestre em Agronomia área de concentração em Produção Vegetal. Passo Fundo, janeiro de 2004.

2 UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO INFLUÊNCIA DA ESCARIFICAÇÃO DO SOLO SOB SISTEMA PLANTIO DIRETO NAS PROPRIEDADES DO SOLO E NA CULTURA DA SOJA RODRIGO KURYLO CAMARA ORIENTADOR: Prof. Dr. VILSON ANTONIO KLEIN Dissertação apresentada à Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da UPF, para obtenção do título de Mestre em Agronomia - área de concentração em Produção Vegetal. Passo Fundo, janeiro de 2004.

3 iii UNIVERSIDADE D UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO PRODUÇÃO VEGETAL A comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Dissertação. INFLUÊNCIA DA ESCARIFICAÇÃO DO SOLO SOB SISTEMA PLANTIO DIRETO NAS PROPRIEDADES DO SOLO E NA CULTURA DA SOJA Elaborada por RODRIGO KURYLO CAMARA Como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Agronomia Área de Produção Vegetal Aprovado em: Pela Comissão Examinadora: Dr. Vilson Antonio Klein Presidente da Comissão Examinadora Orientador Dr. Alexandre Augusto Nienow Coord. Prog. Pós-graduação em Agronomia Dr. Paulo Leonel Libardi Dr. Mauro Antonio Rizzardi Diretor FAMV Dr. Dalvan José Reinert

4 iv Ao Dirceu, meu pai, pelo apoio, disposição e companheirismo; À Clarice, minha mãe, pelo incentivo e carinho; A Karine, Ricardo e Maria Ivone, meus irmãos, pelo apoio e companheirismo. DEDICO

5 v AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, agradeço a Deus, pela vida e saúde; A minha família, pela compreensão e esforços despendidos durante a realização do curso; A Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária UPF; A CAPES, pela concessão da bolsa de estudos e a FAPERGS pelo financiamento do projeto de pesquisa; Ao Professor Dr. Vilson Antonio Klein pela orientação, confiança, incentivo, profissionalismo e amizade demonstrada ao longo do curso; Aos docentes do Curso de Pós-graduação da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária pelos ensinamentos transmitidos; Aos professores em especial Walter Boller, Erlei Melo Reis, Dileta Cecchetti, Pedro Alexandre Varella Escosteguy pela amizade, apoio, ensinamento e atenção; Aos colegas do curso, em especial a Adriana Pezzarico Arns, Francisco Xavier Telles Neto, Julio Rovedder, Kurt Arns, Marcio Luis Vieira, Nara Lucia Moraes pela amizade, colaboração e convivência amigável no decorrer do curso; Aos colegas de laboratório Marcos André Simon, Iradi João Biasuz Junior, João Paulo Massing e Katiusca Galliasi pela colaboração na realização desse trabalho e amizade;

6 vi A minha namorada Marivane Segalin e aos meus amigos e companheiros Ernani Della Paschoa Schiavinato, Vilson Lucas Maciel e Gisela Borges de Mattos pela amizade, compreensão e incentivo; Aos funcionários da FAMV pelo apoio e amizade; Aos funcionários do Centro de Extensão e Pesquisa Agropecuária pela grande e fundamental colaboração nas atividades de campo; A todas as pessoas que, por diversas maneiras, colaboraram para a realização deste trabalho.

7 vii SUMÁRIO Resumo... 1 Summary Introdução Revisão Bibliográfica Sistema plantio direto Descompactação do solo Escarificação do solo Mecanismos sulcadores de semeadora-adubadora Propriedades do solo afetadas pela compactação Resistência mecânica do solo à penetração Água no solo Intervalo hídrico ótimo Intervalo ótimo de potencial da água no solo Efeitos sobre as culturas Rugosidade superficial do solo Cobertura do solo com restos culturais Infiltração da água no solo Material e métodos Resultados e discussões Matéria orgânica Densidade de sólidos Densidade do solo Densidade máxima do solo Densidade relativa Porosidade do solo Curva de retenção da água no solo... 41

8 4.8 Resistência mecânica à penetração do solo Intervalo hídrico ótimo Intervalo ótimo de potencial da água no solo Variação do IHO e IOP em função da profundidade viii 4.12 Variação temporal da umidade do solo e do potencial mátrico durante o ciclo da cultura da soja no IHO e IOP Avaliações durante a semeadura Consumo de combustível Capacidade de trabalho Componentes de rendimento e rendimento da cultura da soja IHO e IOP no desenvolvimento da cultura da soja Rugosidade superficial do solo Cobertura do solo com restos culturais Infiltração da água no solo Condutividade hidráulica do solo saturado Conclusões Referências bibliográficas... 72

9 viii LISTA DE TABELAS Tabela 1. Teor de matéria orgânica a base de volume em função do manejo e profundidade Densidade de sólidos do solo em função do manejo e profundidade Densidade do solo em função do manejo e profundidade Densidade máxima do solo (DMS) e umidade gravimétrica ótima (UG) em função do manejo e profundidade Densidade relativa do solo em função do manejo e profundidade Porosidade total, macroporos, microporos e criptoporos do solo em função do manejo e profundidade Parâmetros de ajuste da curva de retenção de água no solo em diferentes profundidades e manejos do solo Resistência à penetração do solo na umidade correspondente a capacidade de campo em função do manejo e profundidade Resistência à penetração do solo na umidade de 0,38 m 3 m -3 em função do manejo e profundidade Resistência à penetração do solo na umidade do solo correspondente ao ponto de murcha permanente em função do manejo e profundidade Densidade crítica do solo e relativa no IHO com as RP de 2 e 3 MPa, nos manejos de solo Densidade crítica do solo e relativa no IOP com as RP de 2 e 3 MPa, nos manejos de solo Altura de plantas, peso de 1000 grãos em função do manejo do solo e mecanismos sulcadores de semeadura. Página

10 ix LISTA DE FIGURAS Figuras Página 1. Umidade do solo na tensão de 6 kpa, correspondendo a capacidade de campo em função da densidade do solo Variação da umidade volumétrica em função da densidade do solo para os níveis críticos de capacidade de campo a 6 kpa (CC), porosidade de aeração de 10% (PA), ponto de murcha permanente (PMP) a 1500 kpa e resistência a penetração de 2 MPa (RP), a área hachurada representa o IHO Variação da umidade volumétrica em função da densidade do solo para os níveis críticos de capacidade de campo a 6 kpa (CC), porosidade de aeração de 10% (PA), ponto de murcha permanente (PMP) a 1500 kpa e resistência a penetração de 3 MPa (RP), a área hachurada representa o IHO Variação do potencial mátrico do solo em função da densidade do solo para os níveis críticos de capacidade de campo a 6 kpa (CC), porosidade de aeração de 10% (PA), ponto de murcha permanente (PMP) a 1500 kpa e resistência à penetração de 2 MPa (RP); a área hachurada representa o IOP Variação do potencial mátrico do solo em função da densidade do solo para os níveis críticos de capacidade de campo a 6 kpa (CC), porosidade de aeração de 10% (PA), ponto de murcha permanente (PMP) a 1500 kpa e resistência à penetração de 3 MPa (RP); a área hachurada representa o IOP Variação do IHO em profundidade nos manejos de solo Variação do IOP em profundidade nos manejos de solo Variação temporal da umidade do solo com limites do IHO Variação temporal do potencial de água no solo com limites do IOP

11 x 10. Consumo de combustível durante a semeadura da cultura da soja nos diferentes manejos de solo e sulcadores Capacidade de trabalho teórica da semeadora-adubadora nos diferentes manejos de solo e sulcadores Precipitação pluvial durante o ciclo da cultura Rendimento de grãos da cultura da soja em função do manejo de solo e sulcadores de semeadura Rugosidade superficial do solo em função do manejo e profundidade Percentual do solo coberto com restos culturais Taxa de infiltração da água no solo em dois sistemas de manejo Condutividade hidráulica do solo saturado na camada superficial do solo, determinada 12 meses após a escarificação... 69

12 INFLUÊNCIA DA ESCARIFICAÇÃO DO SOLO SOB SISTEMA PLANTIO DIRETO NAS PROPRIEDADES DO SOLO E NA CULTURA DA SOJA Rodrigo Kurylo Camara 1 ; Vilson Antonio Klein 2 RESUMO - O sistema plantio direto (PD) é uma técnica de manejo do solo eficiente para minimizar a erosão, reduzindo as perdas de solo. Nesse sistema, no entanto, o solo sofre alterações na estrutura, ocasionados pela mínima mobilização e pelo tráfego de máquinas, acarretando a compactação. O efeito dessas alterações sobre o desenvolvimento das plantas é dependente das condições climáticas, mas, via de regra, pode afetar o rendimento das culturas. O objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações nas propriedades do solo sob PD e plantio direto escarificado (PDE), e o efeito de sulcadores da semeadora-adubadora sobre a cultura da soja. Avaliou-se o teor de matéria orgânica (MO), a densidades dos sólidos e do solo, a densidade relativa, a porosidade, a resistência mecânica à penetração (RP), o intervalo hídrico ótimo (IHO), o intervalo ótimo do potencial de água (IOP), a rugosidade superficial, o percentual da superfície coberta com restos culturais, a infiltração da água e a condutividade hidráulica do solo saturado (K 0 ). Os resultados indicaram que o PDE apresentou teor de MO, infiltração de água, K 0 e rugosidade superficial superior ao PD, demonstrando ser uma alternativa para a conservação do solo e da água, com efeitos que permaneceram por 1 Mestrando em Agronomia, área de concentração produção vegetal. Universidade de Passo Fundo - RS 2 Orientador, Eng.-Agr., Dr. Professor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da UPF

13 2 mais de um ano. O IHO e o IOP apresentaram amplitude e densidade crítica semelhantes para ambos os manejos de solo. A RP de 3 MPa, proporcionou amplitude e densidade do solo crítica maiores que a RP de 2 MPa. Os componentes de rendimento e rendimento de grãos da cultura da soja não apresentaram diferença significativa entre os sistemas de manejo de solo. Entretanto no PD ocorreu influência positiva do sulcador do tipo guilhotina, que proporcionou maior incorporação de restos culturais. Conclui-se que uma escarificação em solos sob PD melhora as condições para conservação do solo e da água, proporciona melhores condições físico-hídrica-mecânicas do solo ao desenvolvimento das plantas, especificamente pela redução na RP, embora nesse trabalho, essas possíveis limitações, não afetaram o desenvolvimento e rendimento de grãos da cultura da soja, em função de condições climáticas favoráveis durante todo o ciclo da cultura. Palavras chave: Compactação do solo, conservação do solo, soja (Glycine max L.).

14 3 EFFECT OF SOIL CHISELING UNDER NO TILLAGE SYSTEM ON SOIL PROPERTIES AND SOYBEAN YIELD Rodrigo Kurylo Camara; Vilson Antonio Klein SUMMARY No tillage system (NT) is an efficient soil management technique used to minimize soil erosion, reducing soil losses. Nevertheless, in the NT system, soil becomes susceptible to changes in its structure, caused by the minimum mobilization and high machinery traffic, leading to compaction. The effect of these changes on plant development is dependent on the climatic conditions, but as a rule, may affect the crops yield. The goal of this work was to evaluate the changes in soil properties under no-till and chiseling no tillage (CNT) systems and the effects of these practices and of seedingfertilizing machinery on soybean yield. The following parameters were measured: organic matter content (OM), bulk density and particle density, relative density, porosity, mechanic resistance to penetration (RP), least limit water range (LLWR), least limit potential range (LLPR), roughness surface, percentual of soil surface covered by crop residues, water infiltration and saturated soil hydraulic conductivity (K 0 ). Results showed that the CNT system presented OM, water infiltration, K 0 and roughness surface higher than the NT one, leading to the conclusion that the CNT system may be an alternative for soil and water conservation, with effects that remain for more than one year. The LLWR and the LLPR limits presented similar range and critic density for both soil management systems. The RP of 3 MPa, led to amplitude and critic soil density higher than RP of 2 MPa. Soybean yield components and yield did not show significant

15 4 difference between soil management systems. However, in the NT there was a positive effect of hoe type planter, which led to a higher incorporation of crop residues. It may be conclude that a soil chiseling in the NT soil management system may improve the conditions for soil and water conservation, resulting in better soil hydraulic and physical conditions for plant development, specifically by RP reduction, although in the present work, these possible limitations, did not affect soybean development and yield, due to the favorable climatic conditions during the whole crop cycle. Key words: Soil compaction, conservation, soybean (Glycine max L.)

16 5 1 INTRODUÇÃO A necessidade de aumento na produção de alimentos acarretou incorporação de novas áreas agrícolas e o manejo intensivo do solo com preparos periódicos e incorporação de resíduos vegetais, acelera a degradação do solo e diminuição da produtividade agrícola. O solo é o principal suporte da produção agrícola. A ação do homem por meio das práticas agrícolas interfere neste sistema, alterando-o, afetando as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Em sistemas conservacionistas como o plantio direto, os restos culturais são mantidos na superfície, promovendo o aumento do teor de matéria orgânica, estabilização da temperatura, redução da erosão. Apesar das vantagens desse sistema de manejo, o aumento da compactação superficial do solo, devido à ausência de revolvimento e pelo tráfego sistemático de máquinas, pode motivar redução na produção das culturas. Práticas culturais podem ser adotadas para minimizar o efeito da compactação do solo, como utilização de semeadorasadubadoras para plantio direto equipadas com mecanismos sulcadores que promovam a descompactação. A escarificação do solo também é uma prática que pode ser adotada para reduzir a compactação, diminuindo a densidade e a resistência mecânica do solo à penetração do sistema radicular das plantas, aumentando também o espaço de aeração e o volume de água facilmente disponível às plantas. A escarificação é classificada como um preparo conservacionista do solo, por revolver pouco o solo, deixando o

17 6 máximo de resíduos na superfície, aumentar a rugosidade e a permeabilidade do solo, reduzindo os riscos de erosão hídrica. A hipótese formulada para esse trabalho foi que a do solo em áreas sob plantio direto melhora as propriedades do solo, as condições de conservação do solo e da água e sobre o crescimento e desenvolvimento das plantas e o rendimento da cultura da soja. Para verificar a hipótese realizou-se esse trabalho, que teve como objetivo avaliar o efeito de uma escarificação esporádica em um solo sob plantio direto, sobre as propriedades do solo e sobre a cultura da soja.

18 7 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Sistema plantio direto O sistema plantio direto (PD) foi desenvolvido buscando a sustentabilidade da produção agrícola sendo comprovadamente eficiente no controle de erosão (Resck, 1999) e especialmente adequado para as regiões tropicais (Romeiro, 1998), evitando a exposição do solo à intensa ação do sol e da chuva. No entanto, a reduzida movimentação do solo, restrita a linha de semeadura, ocasiona aumento da densidade do solo podendo acarretar, então, a redução na produtividade das culturas (Lal et al., 1989). A compactação do solo tem se constituído um dos principais problemas do sistema, tendo como conseqüência a queda na produtividade das culturas, devido, principalmente, ao impedimento mecânico do crescimento das raízes (Tormena e Roloff, 1996; Goedert et al.,2002). Tal fato tem motivado alguns agricultores, ainda que temporariamente, a retornar ao preparo convencional, visando corrigir essa limitação. Segundo Freitas (1994), a compactação do solo é considerada a maior limitação à produção agrícola em todo o mundo, pois afeta diretamente o crescimento das raízes, diminui a capacidade de infiltração de água no solo, reduz a translocação de nutrientes, resultando em uma pequena camada de solo para ser explorada pelas raízes. O mesmo autor comenta que por depender de vários fatores, principalmente da umidade do solo no momento de crescimento das raízes, o efeito da compactação na produção das culturas é difícil de

19 8 ser observado. Da mesma forma, é muito difícil se estabelecer valores limites para a densidade, porosidade, penetrabilidade e infiltração. Camargo (1983), afirma que o rearranjamento de partículas primárias e agregadas por implementos agrícolas e a compressão causada pelo tráfego de máquinas podem ser consideradas as maiores causas da compactação. Esse problema é agravado pelo fato da umidade ideal para execução das operações de preparo do solo e semeadura (Weaver, 1950; Dias Junior e Pierce, 1996) ser semelhante à umidade que proporciona a máxima compactação. 2.2 Descompactação do solo A operação de descompactação tem por objetivo aumentar a porosidade, reduzindo conseqüentemente a densidade do solo, ao mesmo tempo em que rompe as camadas superficiais encrostadas e camadas subsuperficiais compactadas. Em função disso, a descompactação facilita o desenvolvimento radicular das plantas, eleva a taxa de infiltração e a capacidade de armazenamento de água, aumenta a permeabilidade do solo, facilita o fluxo da água no perfil e as trocas gasosas com a atmosfera, e reduz enxurradas e riscos de erosão (Kochhann e Denardin, 2000). De acordo com o trabalho de Silva e Rosolem (2001), o cultivo de aveia-preta, guandu e milheto antecedendo a cultura da soja, favorece o crescimento radicular da soja abaixo de camadas compactadas do solo, beneficiando a produção de matéria seca da parte aérea da soja. Observaram ainda que com o aumento da densidade do solo, ocorreu diminuição na absorção de nutrientes independente da cultura anterior.

20 Escarificação do solo Segundo Silveira (1988), escarificar significa romper o solo da camada arável de 15 a 30 cm com o uso de implementos denominados escarificadores. Esses são implementos de hastes que são utilizados no preparo primário do solo, e que apresentam vantagens sobre os implementos de discos pelo fato de não promoverem uma inversão da camada de solo obtendo-se, com isto, maior capacidade operacional e principalmente menor alteração da estrutura do solo. Devem ser utilizados para descompactar o solo, rompendo camadas compactadas, facilitando a penetração das raízes e a infiltração da água no solo. O implemento de haste em função do seu modo de ação rompe o solo nos seus pontos de resistência, pulverizando-o menos e afetando pouco os seus agregados, dando assim, maior porosidade e estabilidade estrutural a esse solo, reduzindo significativamente os problemas de erosão hídrica. A escarificação do solo pode ser adotada para reduzir a compactação em plantio direto e, conseqüentemente, diminuir a densidade e principalmente a resistência mecânica à penetração do solo (Inoue et al., 2002). Ralisch et al. (2001), estudaram o efeito da escarificação sob um Latossolo Vermelho, de textura argilosa, tendo concluído que a operação de escarificação resulta em efeitos imediatos na redução da resistência do solo à penetração, porém os mesmos não perduram por mais de um cultivo. Porém, Secco e Reinert (1997), comparando escarificadores em relação ao plantio direto, concluíram que o uso de

21 10 escarificadores proporcionou uma maior porosidade total do solo e rugosidade superficial, e essas condições têm um efeito residual por pelo menos até 10 meses após o preparo. E Pierce et al. (1992), constataram efeito residual da escarificação em um solo francoarenoso, após dois anos, concluindo que este efeito pode diminuir, mas persiste por anos. Silva (2003) concluiu que a escarificação é uma prática agrícola que pode ser utilizada para diminuir o estado de compactação em lavouras sob plantio direto, ocasionando incremento de rendimento de grão na cultura do milho Mecanismos sulcadores de semeadora-adubadora As semeadora-adubadoras são equipadas com mecanismos sulcadores que têm por objetivo a mobilização do solo na linha de semeadura, permitindo a colocação do adubo e sementes em profundidade. Os mecanismos sulcadores são os dispositivos que melhor estabelecem a relação entre o solo e as máquinas de semeadura, cuja operação é quase sempre a última na implantação mecanizada de uma cultura (Bertol et al., 1997). Nesse sentido, é importante avaliar os sulcadores sob condições de rugosidade e cobertura superficial do solo. Klein e Boller (1995) estudando o efeito da escarificação e de mecanismos sulcadores de semeadoras-adubadoras no rendimento de grão de milho, obtiveram um rendimento de grãos superior em solo escarificado em relação ao PD e uma diferença entre mecanismos sulcadores em PD. Os mesmos autores concluíram que a utilização de

22 sulcador do tipo guilhotina elimina o problema da compactação do solo, proporcionando um bom desenvolvimento da cultura do milho Propriedades do solo afetadas pela compactação Resistência mecânica do solo à penetração A resistência mecânica do solo é altamente afetada pela textura, sendo freqüentemente usada para a indicação comparativa de compactação por causa da facilidade e rapidez no qual numerosas medidas podem ser feitas (Mantovani, 2002). Imhoff et al. (2000), observaram que a curva de resistência mecânica à penetração do solo permite identificar áreas com resistência potencialmente limitante ao crescimento das raízes e estabelecer a umidade e a densidade do solo crítica para o desenvolvimento das plantas. Os mesmos autores consideram que o nível crítico de resistência à penetração, em solos sob pastagem, era de 2,5 MPa. Taylor e Gardner (1963), verificaram que em resistência superior a 2 MPa não ocorre desenvolvimento do sistema radicular do algodão e também Nesmith (1987), observou a mesma resistência como impeditiva para a cultura da soja. Valores de 2 e 3,5 MPa foram restritivos para a cultura do trigo conforme Merotto e Mundstock (1999) e Arshad et al. (1996), comentam que valores entre 2 e 4 MPa, podem ser restritivos ao crescimento radicular. O valor de 2 MPa vem sendo o mais utilizado pela literatura como impeditivo para a maioria das culturas.

23 12 Mielniczuk et al. (1985), verificaram em um Latossolo Roxo, que o menor crescimento da parte aérea da soja ocorreu a partir da 3,03 MPa. Beutler et al. (2003), estudando produção da cultura de soja em um Latossolo Vermelho, de textura média, encontraram um valor limitante de resistência à penetração de 2,22 MPa e em um Latossolo Vermelho, de textura argilosa de 2,81 MPa, sendo que em ambos os solos foram mantidos com um conteúdo de água na tensão de 0,01 MPa. Segundo Petter (1990), em estudo de campo em um Latossolo, o menor crescimento radicular de soja se dá a partir de 2,8 MPa. Beutler e Centurion (2003) concluem que o nível crítico de resistência à penetração do solo para a produção de grãos de soja em Latossolos é superior a 2 MPa. Os valores críticos de resistência à penetração são observados no cultivo convencional e plantio direto na camada de 5 a 20 cm de profundidade (Silva et al., 2000) A água no solo Sistemas de manejo que possibilitem a manutenção de maior volume de água disponível para as culturas contribuem para a diminuição do estresse hídrico. Muitos fatores afetam a retenção da água no solo, sendo o principal deles a textura, pois ela determina a área de contato entre as partículas sólidas e a água, determinando em boa parte a distribuição do diâmetro dos poros (Reichardt, 1987). Arruda et al. (1987), tentaram efetuar uma correlação entre textura do solo e água disponível e concluíram que a obtenção da capacidade de campo e do ponto de murcha permanente, baseado somente na textura

24 13 pode levar a conclusões enganosas, determinando que a estrutura do solo tem também papel importante. A retenção é grandemente afetada pela estrutura do solo, pois a água retida sob baixas tensões depende do efeito de capilaridade e distribuição do tamanho dos maiores poros, e admitese, no entanto, que a retenção de água nas altas tensões é pouco influenciada pela estrutura do solo, mas sim pela textura e superfície específica do solo (Hillel, 1970). Quando o solo é compactado, a distribuição do tamanho dos poros geralmente sofre uma mudança relativa maior do que a densidade média ou a porosidade total. Em função disso, variáveis características da distribuição do espaço poroso podem servir como indicadores sensíveis de compactação (Vomocil e Flocker,1961). O aumento da compactação proporciona de maneira linear a redução da porosidade total e da porosidade de aeração, em conseqüência do aumento da densidade e da umidade do solo (Borges et al., 1999). Sidiras e Vieira (1984) observaram que a compactação proporcionou um aumento na retenção de água no solo. Segundo Grohmann e Medina (1962), a retenção de água pelo solo depende principalmente da quantidade, natureza da fração argila e do teor de matéria orgânica. Varia também, conforme Jorge et al. (1991), de acordo com o número e distribuição de poros, bem como a superfície específica do solo. Com o aumento da agregação ocorre o aumento na porosidade ou alteração na relação micro e macroporosidade, refletindo na retenção de água. A disponibilidade de água às plantas não é simples de ser interpretada uma vez que o aumento da deficiência de aeração e da resistência mecânica do solo à penetração com a compactação, podem

25 14 dificultar a interpretação da situação. Vários autores relatam que a porosidade livre de água, ou seja, a porosidade de aeração, deve ser em torno de 10%, para que não restrinja a proliferação de raízes e redução na difusão de gases (Taylor, 1950; Vomocil e Flocker, 1961 e Baver et al.,1972). Moreira e Silva (1987), trabalhando com um Podzólico Vermelho-Amarelo, verificaram uma grande variação de umidade em amostras submetidas a baixas tensões (até 10 kpa). Já a variação do volume de água disponível entre a tensão de 10 kpa e 1500 kpa foi baixa. Verificaram ainda que a capacidade de campo deste solo fica em torno de 6 kpa. Segundo Borges et al. (1999), o aumento da compactação acarreta o aumento da umidade do solo e redução da porosidade de aeração, que podendo implicar no suprimento de oxigênio, disponibilidade de nutrientes, elementos em níveis tóxicos às plantas e aos microrganismos. Klein e Libardi (2000), observaram que a porosidade de aeração e a resistência à penetração são as propriedades que mais variam com as mudanças na densidade do solo e Camargo (1983) comenta que com a diminuição da porosidade de aeração ocorre uma redução na difusão de oxigênio Intervalo hídrico ótimo Tentando integrar vários fatores que afetam o desenvolvimento das plantas, Letey (1985), propôs o Least Limiting Water Range que no Brasil recebeu a denominação de intervalo hídrico ótimo (IHO) (Tormena et al., 1998). Essa metodologia integra

26 15 os atributos físicos diretamente ligados ao crescimento das plantas, sendo o limite superior o conteúdo de água retida na capacidade de campo ou a umidade na qual a porosidade de aeração é de 10 % e o limite inferior o conteúdo de água equivalente ao ponto de murcha permanente (1,5 MPa) ou a resistência à penetração das raízes (2 MPa). O IHO definido como a amplitude da água no solo em que são mínimas as limitações ao desenvolvimento das plantas relacionada com a disponibilidade de água, aeração e RP, quantifica a interação entre estas variáveis, sendo utilizado como um indicador de qualidade física do solo (Klein, 1998 e Araújo et al., 2003). Tormena et al. (1999), destaca que em áreas irrigadas o controle da irrigação é realizado através do monitoramento da água, sem levar em conta outros fatores físicos dependentes da condição estrutural do solo e que são modificados de forma dinâmica com a aplicação de água. A avaliação conjunta dos potenciais críticos como da capacidade de campo, do ponto de murcha permanente, da resistência à penetração e da porosidade de aeração, permitem identificar possíveis fatores físicos limitantes ao desenvolvimento das plantas. Dos fatores que integram o IHO, a umidade em que há resistência do solo à penetração de 2 MPa, é o fator que mais freqüentemente reduz o IHO (Tormena et al., 1998 e Imhoff et al., 2001). Klein e Libardi (2000) observaram em estudo com Latossolo roxo que em condições de mata e áreas de sequeiro, em que a capacidade de campo é o fator mais limitante no limite superior da umidade, e em condições de mata o limite inferior é somente o ponto de murcha permanente, não tendo ação da resistência à penetração

27 16 enquanto que para sequeiro, nos valores baixos de densidade (abaixo de 1,11 Mg m -3 ), o fator limitante é o ponto de murcha permanente. Os mesmos autores concluíram que a porosidade de aeração e a resistência à penetração são as propriedades que mais variam com as mudanças de densidade do solo. Um dos poucos trabalhos que até hoje conseguiu relacionar a redução do rendimento do milho, com o número de dias em que a cultura permaneceu fora dos limites do IHO foi de Silva e Kay (1996). Vários outros trabalhos estabeleceram os limites críticos para o IHO, no entanto, sem validar os mesmos com culturas Intervalo ótimo de potencial da água no solo Para Tormena et al. (1999) o que define a absorção de água pelas plantas é energia com que esta está retida e não o volume de água retida. No solo, ainda ressalta, que o método de mais fácil controle de irrigação é por potenciais da água no solo, como o uso de tensiômetros, sendo estes bastante utilizados para esse fim, e indicam quando as plantas devem ser irrigadas com base num potencial limite, considerando o potencial de água no solo como fator de restrição ao crescimento das plantas. Nesse sentido foi proposto o Intervalo Ótimo de Potencial da Água no Solo (IOP), como aquele intervalo no qual o potencial da água no solo é ótimo para as plantas, sem restrições de PA e RP. Jensen et al. (1998), verificaram que o potencial de água no solo está mais diretamente ligado ao crescimento das plantas do que o conteúdo de água no solo, e Acevedo et al. (1971), verificaram

28 que o crescimento de folhas de milho foi drasticamente reduzido, com pequenas variações no potencial da água no solo Efeito sobre as culturas Corsini e Ferraudo (1999), avaliando o efeito de sistemas de cultivos na densidade do solo, concluiu que nos três primeiros anos de plantio direto ocorre o aumento da densidade do solo e diminuição da porosidade, reduzindo o desenvolvimento radicular, e que somente a partir do quinto ano agrícola esses parâmetros começam a se restabelecer a níveis normais de cultivo. Outro parâmetro que pode ser usado como um indicador de compactação é a densidade relativa, obtida por meio da relação entre densidade do solo e densidade máxima do solo, obtida em laboratório (Klein, 2002). O mesmo autor concluiu que, em um Latossolo Roxo, de textura argilosa, o valor de densidade relativa em que as condições ao desenvolvimento das plantas seriam ótimas foi de 0,715. Kay (2000), em solos da Escandinávia e no oeste do Canadá, obteve densidade relativa ótima entre 0,77 e 0,84. Carter apud Ferreras et al. (2001), afirma que a densidade relativa quando supera 0,86 a 0,90 (dependendo da textura do solo), ocorre uma grande redução no volume de macroporos, afetando o movimento normal da água e ar, sendo que estes estariam relacionados com um menor crescimento e rendimento das culturas. Ferreras et al. (2001), observaram em um solo siltoso, sob plantio direto uma densidade relativa de 0,82 e 0,85 nas camadas de 0-6 cm e cm, respectivamente e no plantio direto escarificado na ordem de 0,69 e 0,85, nas mesmas camadas, refletindo drasticamente no rendimento da cultura de soja.

29 18 Em cultura de arroz de terras altas, Guimarães e Moreira (2001), concluíram que o aumento da densidade do solo proporcionou um decréscimo no crescimento da parte aérea e na quantidade de raízes observando ainda o engrossamento das raízes em função da compactação. Secco et al. (1996), trabalhando com a cultura da soja, não observaram diferença de rendimento de grãos comparando vários sistemas de manejo de solo, entre eles o PD e a escarificação em plantio direto. Já em outro trabalho, comparando o uso de diferentes escarificadores em relação ao PD, Secco e Reinert (1997), observaram aumento de rendimento de grãos de milho no solo escarificado. Ferreras et al. (2001), concluíram que o rendimento de soja sob PD foi 47,88% inferior ao PDE, provavelmente, devido à compactação no PD, reduzindo o desenvolvimento radicular em função da resistência mecânica que afeta a absorção de água e nutrientes. Camargo e Alleoni (1997), comentam que em solos compactados a baixa aeração induz à ramificação das raízes adventícias superficiais, tornando-as menos eficientes na absorção de água e nutrientes. 2.5 Rugosidade superficial do solo A operação de descompactação utilizando implementos de hastes, como escarificadores que produzem superfície mais rugosa do que os implementos de discos, tem por objetivo aumentar a porosidade, reduzir a densidade, ao mesmo tempo em que rompe as camadas superficiais encrostadas e camadas subsuperficiais adensadas

30 19 (Kochhann e Denardin, 2000). O tipo e a época das operações de preparo influenciam no seu resultado, afetando a taxa de infiltração, a velocidade da enxurrada, a capacidade de armazenamento de água no solo e, por conseqüência os riscos de erosão (Levien et al.,1990). A criação de um microrelevo na superfície do solo, em função das operações de preparo do solo afeta o escoamento superficial da água, sendo o índice de rugosidade superficial do solo o parâmetro mais utilizado para a quantificação dessa microtopografia e, por conseqüência, do armazenamento temporal de água nessas microdepressões (Vazquez e Maria, 2003). Bertolani et al. (2000), destacam a variabilidade espacial da rugosidade superficial do solo encontrando grande dependência espacial deste parâmetro tanto em superfície simulada como em condições de campo. Por outro lado, uma rugosidade maior provocada por implementos de preparo do solo, pode constituir uma desvantagem por tornar mais difíceis as operações subseqüentes (Cooper,1971). A eficácia e a necessidade de maior quantidade de restos culturais e rugosidade superficial do solo para um melhor controle da erosão hídrica parecem estar suficientemente comprovadas. No entanto, há poucos estudos avaliando os efeitos dessas condições da superfície do solo sobre o desempenho de máquinas de semeadura e no desenvolvimento de plantas (Bertol et al., 1997). Estudos realizados em diversos solos por Miranda (1986), Boller (1990), Dallmeyer (1994) e Secco e Reinert (1997) demonstraram o efeito de implementos de hastes sobre o aumento da rugosidade superficial, destacando que esse tipo de preparo do solo aumentou entre duas a quatro vezes a rugosidade superficial do solo

31 em relação a outros manejos de solo e que mesmo com o passar do tempo essa rugosidade se manteve mais elevada Cobertura do solo com restos culturais A presença de restos culturais na superfície do solo, independente do manejo adotado proporciona significativa redução de perda de solo, enquanto que a perda de água é mais afetada pela forma de manejo dos resíduos do que pela porcentagem de cobertura morta sob o solo (Carvalho et al., 1990). Bertol et al. (1997), destacam que um solo com 60% de cobertura, reduz cerca de 80% as perdas de solo em relação ao solo com ausência de cobertura. De acordo com Foster apud Levien et al. (1990), a cobertura do solo é o fator isolado que mais exerce influência sobre a erosão. Isso porque resíduos culturais ou plantas vivas impedem ou diminuem o impacto direto das gotas de chuva sobre o solo, diminuindo também a velocidade e o volume da enxurrada e causando deposição e ou filtragem dos sedimentos. Além disso, o efeito residual de culturas, subsuperficial de raízes de plantas e da incorporação de plantas e ou resíduos culturais são fatores importantes que podem afetar a erosão. A cobertura do solo proporcionada pelo plantio direto retém e acumula maior teor de matéria orgânica próxima à superfície, aumentando com isso a capacidade de retenção de água, especialmente em solos arenosos (Abrão et al., 1979), diminui as variações da temperatura do solo, diminui a evaporação da água e também eleva a taxa de infiltração (Bragagnolo e Mielniczuck, 1990).

32 21 Cogo et al. (1984), dizem que a incorporação parcial de resíduos foi mais eficaz na redução de perdas de solo por erosão hídrica do que a sua manutenção na superfície, enquanto que Denardin (1987), menciona que o preparo reduzido do solo com escarificador, pode proporcionar este tipo de vantagem, ao manter consideráveis quantidades de restos culturais na superfície ou parcialmente incorporados. Camara et al. (2002) observaram que a escarificação em PD sob resteva de soja e milho proporcionou uma redução em 30% da cobertura do solo. No entanto, transcorridos em torno de 50 dias da escarificação e semeadura de aveia, a cobertura do solo já havia retornado ao patamar inicial. 2.7 Infiltração da água no solo A infiltração é o processo pelo qual a água penetra no solo. A capacidade de infiltração é uma propriedade do solo que representa a intensidade máxima do solo em uma dada condição e tempo, pode absorver água da chuva ou irrigação aplicada a uma determinada taxa, porém este processo não é constante ao longo do tempo. A taxa de infiltração é máxima no início do evento e decresce gradualmente até um valor mínimo e constante denominado taxa ou velocidade de infiltração básica (Bernardo, 1989). Klein (1998) ressalta que a taxa constante de infiltração será igual à máxima condutividade hidráulica da camada de solo limitante. Vários são os fatores que interferem na magnitude da taxa de infiltração. Esses fatores estão associados às propriedades do solo. Textura, estrutura, espaço poroso, rugosidade superficial, (Baver et

33 22 al., 1972), restos culturais, matéria orgânica, atividade biológica do solo (Gavande, 1986), manejo do solo, umidade inicial para solos com argilas expansivas (Araújo Filho e Ribeiro, 1996), além da metodologia utilizada (Brito et al., 1996) são alguns dos fatores apontados como responsáveis pelas variações da velocidade de infiltração. A taxa de infiltração de água no solo é a característica mais sensível para detectar alterações induzidas pelo cultivo (Cintra et al., 1983). Não existe padronização dos sistemas de medição da infiltração, sendo utilizado principalmente infiltrômetros de duploanel. Brito et al. (1996) e Pruski et al. (1997), destacam que o uso de infiltrômetro de duplo-anel apresenta velocidade de infiltração superiores ao método de infiltrômetros de aspersão. Sidiras e Roth (1984) salientam que a inadequação do método do infiltrômetro do anel na determinação da velocidade básica da infiltração da água no solo deve-se, sobretudo, ao fato desse método não considerar o efeito da cobertura e do selamento superficial decorrentes da precipitação. Segundo Chaves et al. (1993), os repetidos impactos das gotas de chuva contribuem para a redução da taxa de infiltração de duas maneiras: diminuição da rugosidade superficial, reduzindo as chances de empoçamento, e a formação de uma fina camada adensada na superfície, com uma condutividade reduzida, denominada de selamento superficial, sendo responsável por reduções de até 90% da permeabilidade original. Diversos estudos demonstram o efeito negativo do preparo do solo sobre a capacidade de infiltração da água, como o conduzido por Silva (1980) que encontrou uma taxa de infiltração de 1125 mm

34 23 h -1 para mata e 2 mm h -1 para o cultivo convencional. Castro et al. (1986) avaliando o efeito de sistemas de preparo do solo na infiltração da água no solo, obtiveram uma taxa de infiltração de 12,8 mm h -1 quando utilizaram um arado de disco mais uma grade leve, enquanto que com o uso de escarificador obteve 32,5 mm h -1. Destacam ainda o efeito da escarificação em maior profundidade, mas com uma menor movimentação do solo e uma maior cobertura do solo por resíduos vegetais reduzindo o escoamento superficial. Eltz et al. (1989), avaliando sistemas de manejo de solo como plantio convencional no inverno e PD no verão, concluíram que a taxa de infiltração foi cerca de cinco vezes menor no sistema convencional em relação ao PD e PDE no inverno. Kertzmann (1996), encontrou uma taxa constante de infiltração em mata de mm h -1, enquanto que na área cultivada com PD por 15 anos foi de 63 mm h -1. Esses resultados demonstraram que houve uma drástica redução na velocidade de infiltração, ou seja mais de 20 vezes, em função do manejo e cultivo adotado e em decorrência da intensificação de operações mecanizadas, em relação à condição natural.

35 24 3 MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi instalado no Centro de Extensão e Pesquisa Agropecuária da Universidade de Passo Fundo, no município de Passo Fundo, região com altitude média de 684 m e clima segundo a classificação de Koeppen, do tipo Cfa 1 (subtropical chuvoso). O solo da área experimental pertence à unidade de mapeamento Passo Fundo, classificado como Latossolo Vermelho Distrófico típico, relevo ondulado e substrato basalto, com composição média de 0,61 kg kg -1 de argila, 0,10 kg kg -1 de silte e 0,29 kg kg -1 de areia. A área vinha sendo conduzida sob sistema plantio direto contínuo por um período de 6 anos com a seguinte seqüência de culturas: 1997/98 soja-trigo, 1998/99 soja-aveia, 1999/00 milho-aveia, 2000/01 soja-aveia, 2001/02 milho silagem e milho. Após a colheita do milho, no mês de maio, realizou-se a escarificação em parte da área, utilizando escarificador modelo Jumbo-Matic, equipado com cinco hastes de formato parabólico, discos de corte e rolo destorroador/nivelador, a uma profundidade média de 25 cm. Após a escarificação, sem preparo complementar, semeou-se aveia preta, com a finalidade de adubação verde, utilizando semeadora-adubadora modelo TD 220, equipada com duplos-discos desencontrados. O delineamento experimental foi em faixa com parcelas subdivididas e 7 repetições, tendo como parcelas principais o sistema plantio direto (PD) e o sistema plantio direto escarificado (PDE) e as subparcelas constituídas pelas profundidades de coleta das amostras para as propriedades do solo e os mecanismos sulcadores para parâmetros relacionado a cultura. As profundidades de 2,5; 5,0; 10,0;

36 25 15,0; 20,0 e 25,0 cm, considerando o plano horizontal que divide a amostra em duas partes iguais, e os mecanismos sulcadores: disco duplo desencontrado (DD) e guilhotina (G). Cada unidade experimental tinha dimensões de 3 m x 20 m. As amostras com estrutura preservada, utilizadas para determinação da densidade do solo, retenção de água e resistência do solo à penetração, foram coletadas nas profundidades anteriormente citadas, com auxílio de um amostrador do tipo Uhland, utilizando cilindros de aço inoxidável com 5 cm de diâmetro e 5 cm de altura. Juntamente retirou-se amostras com estrutura não preservada para a determinação da densidade de sólidos, granulometria, análise química e o teste de proctor. Determinou-se o teor de carbono orgânico do solo pelo método de Walkley - Black, considerado como padrão, baseado no princípio da oxidação da matéria orgânica, com dicromato de potássio em meio sulfúrico, com aquecimento externo, conforme a metodologia descrita por Tedesco et al. (1995) e por meio do fator de conversão de 1,724 obteve-se o teor de matéria orgânica, que foi multiplicado pela densidade do solo para transformação a base de volume. A determinação da densidade dos sólidos e do solo foi realizada conforme metodologia descrita pela EMBRAPA (1997). A porosidade total foi determinada pela relação entre densidade do solo e densidade dos sólidos. A classificação dos poros: macroporos, microporos e criptoporos foi feita aplicando tensões crescentes. Os macroporos (poros com diâmetro maior que 0,05 mm) foram determinados na tensão de 6 kpa (EMBRAPA, 1997), os criptoporos em tensões a partir de kpa (Klein, 1998) e os

37 26 microporos (poros com diâmetro entre 0,05 e 0,0002 mm) foram obtidos pela diferença entre as tensões de 6 e 1500 kpa. Estas amostras foram colocadas nas tensões de 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10; 11; 12; 13; 14,5; 25; 50; 100 e 200 kpa, para determinação da curva de retenção da água no solo. Para as tensões até 14,5 kpa utilizou-se funis de placas porosas e para as tensões superiores utilizou-se panelas de pressão com placas porosas. As amostras foram submetidas às tensões até que o fluxo de água cessasse. Para determinação da tensão de 1500 kpa empregou-se psicrômetro do modelo WP4 Dewpoint Potentia Meter (Decagon Devices, 2000). A umidade do solo em função do potencial mátrico foi ajustada a equação (1) de VanGenuchten (1980), utilizando o software SWRC (Dourado Neto et al., 1990) para obtenção dos parâmetros empíricos de ajuste, α, m, n, e fixando o θs no valor correspondente à porosidade total e θr como valor da umidade volumétrica a tensão de 1500 kpa. θ = θ r + ( θ s θ r ) ( αψ ) n [ 1 + ] m m onde: θ = Umidade do solo (m 3 m -3 ) θ s = Umidade do solo saturado (m 3 m -3 ) θ r = Umidade do solo à tensão de 1500 kpa (m 3 m -3 ) Ψ m = Potencial mátrico da água no solo (kpa) α, m, n = Parâmetros empíricos da equação. (1) A resistência do solo à penetração foi determinada em laboratório, utilizando um penetrômetro eletrônico modelo MA-933, marca Marconi, com velocidade constante de 0,1667 mm s -1, equipado

38 27 com uma célula de carga de 200 N, e haste com cone de 4 mm de diâmetro de base e semi-ângulo de 30º, receptor e interface acoplado a um microcomputador para coleta dos dados através de um software próprio do equipamento. As determinações foram realizadas em amostras com estrutura preservadas submetidas a diferentes tensões (0; 6; 10; 14,5; 25; 50; 100; 200 kpa). Para cada amostra foram obtidos 250 valores e utilizados cerca de 200 valores centrais. Os valores de RP foram ajustados a um modelo não-linear proposta por Busscher (1990), que ajusta a RP em relação a densidade e umidade do solo conforme equação (2). RP a *θ * Ds b c = (2) onde que: a, b, c = Parâmetros impíricos Ds = Densidade do solo θ = Umidade volumétrica (m 3 m -3 ) A RP na umidade do ponto de murcha permanente foi determinada através da equação descrita anteriormente (equação 2). Para determinação da densidade relativa (Klein, 2002), determinou-se a densidade máxima do solo para todas as profundidades, através do teste de Proctor normal com 560 kpa de energia, (Nogueira, 1998) e calculada a partir da equação (3): Densidade do solo DR = (3) Densidade máxima do solo Para determinar o intervalo hídrico ótimo (IHO), utilizouse a metodologia descrita por Klein (1998), calculou-se a porosidade

39 28 de aeração (PA) mínima de 0,10 m 3 m -3 (Sojka, 1992), o ponto de murcha permanente (PMP) de 1500 kpa, a capacidade de campo (CC) de 6 kpa e a resistência à penetração (RP) de 2 MPa (Taylor et al., 1966 e Nesmith, 1987) e de 3 MPa devido a evidências que para a cultura da soja seja entorno deste valor (Mielniczuk et al.,1985; Petter, 1990 e Beutler et al., 2003). A PA, CC e PMP, e os dados foram linearizados em função da densidade do solo. Por outro lado, a RP foi ajustada de forma não linear, devido a mesma sofrer interações da densidade e da umidade do solo. Para a determinação do intervalo ótimo de potencial de água no solo (IOP) a metodologia utilizada foi a descrita por Tormena et al. (1999). Para determinação da PA, as umidades do solo foram convertidas em potenciais mátricos a partir da curva de retenção de água do solo, os mesmos foram linearizados em função da densidade do solo. A CC, PMP foram os potenciais de 6 e 1500 kpa, respectivamente. Já a RP foi ajustada em função da densidade do solo e do potencial mátrico do solo, com restrição de 2 MPa e 3 MPa, sendo ajustada. A rugosidade da superfície do solo foi determinada utilizando um perfilômetro semelhante ao descrito por Allmaras et al. (1966), com 90 hastes espaçadas entre si em 5 cm, sendo que as determinações foram efetuadas antes e após a semeadura, bem como, após a colheita da soja, sempre no mesmo local. O cálculo do índice de rugosidade superficial foi efetuado pela equação (4) sugerida por Selles e descrita por Boller (1990). IR = Y 2 ( Y) n 2 (4)

40 29 Onde: Y = altura de cada haste n = número de leituras A porcentagem do solo coberto com restos culturais antes e após a semeadura foi determinada pelo método da trena marcada, descrita por Laflen et al. (1981), que consiste na utilização de uma trena com 10m de comprimentos marcada a cada 0,1 m, totalizando 100 marcas, lançando-a sobre a parcela de forma aleatória e contandose o número de marcas coincidentes com a palha na superfície do solo, obtendo de forma direta, a porcentagem de cobertura do solo por resíduos vegetais. A determinação da taxa de infiltração da água do solo foi realizada antes da semeadura da soja, utilizando o método de inundação com cilindros concêntricos equipados com bóia, até a obtenção da taxa constante de infiltração, conforme descrito por Klein (1998). Os resultados obtidos foram ajustados à equação de Kostiakov. A semeadura da soja foi efetuada no dia 14 de dezembro de 2002, com uma umidade do solo de 0,28 kg kg -1, a qual, segundo Boller (1990), para este solo se encontra em condições de friabilidade. Utilizou-se um trator Massey Ferguson modelo 620, equipado com uma semeadora-adubadora modelo SHM 15, marca SEMEATO, com espaçamento nas entre linhas de 0,42 m. Durante a semeadura a rotação do motor do trator foi mantida constante e determinou-se o consumo de combustível, conforme a metodologia descrita por Boller (1996). Após a semeadura, foram instalados dez sensores para determinação do potencial mátrico da água no solo do modelo

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