A Luta pela Proteção dos Vertebrados Terrestres

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1 ENDEMISMO AMEAÇADO A Luta pela Proteção dos Vertebrados Terrestres MURIQUI-DO-SUL, ou mono-carvoeiro (Brachyteles arachnoides), maior primata do continente americano, original da Mata Atlântica (aqui na Estação Biológica de Caratinga, em Minas Gerais). Em perigo crítico, é um dos mais ameaçados 48 SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL BIODIVERSIDADE

2 Enorme complexidade, conhecimento científico ainda limitado e fragilidade de algumas áreas de endemismo prejudicam a preservação de patrimônio natural POR ADRIANO P. PAGLIA, RENATO S. BÉRNILS E PEDRO F. DEVELEY KEVIN SCHAFER/MINDEN PICTURES - LATINSTOCK Os vertebrados terrestres, ou tetrápodes, são animais caracterizados pela presença de quatro membros com dedos nas extremidades. Surgiram na Terra no período Devoniano, há cerca de 360 milhões de anos, a partir de um grupo de peixes com nadadeiras lobadas, conhecidos como sarcopterígeos. Os vertebrados terrestres atuais, representados pelos anfíbios, répteis, aves e mamíferos, são um grupo extremamente diversificado, com algo em torno de 21 mil espécies e grandes variações morfológicas, que ocupam uma ampla gama de ambientes. O Brasil, com área de aproximadamente 8,5 milhões de km 2 e seis grandes biomas terrestres, disputa com a Indonésia o primeiro lugar em biodiversidade de vertebrados terrestres em todo o planeta. Estima-se que no país ocorram 14% de todas as espécies de anfíbios conhecidas, 9% dos répteis, 18% das aves e 12% de todos os mamíferos. A informação científica disponível para cada um dos grupos de tetrápodes é bastante heterogênea. Enquanto o conhecimento sobre aves e mamíferos tem um grande avanço nos últimos anos, pouco se sabe sobre aspectos de ecologia, biologia e ameaças para a maioria das espécies de anfíbios e répteis. Essa discrepância de informações explica parte das marcantes diferenças no número de espécies ameaçadas de extinção em cada grupo. Herpetofauna é o conjunto de espécies de anfíbios e répteis presentes em determinada região. Em função de exigências fisiológicas, reprodutivas e alimentares, os ambientes florestais tropicais costumam reunir maior diversidade herpetofaunística, em comparação com regiões dominadas por desertos, campos naturais, campos agrícolas, caatingas, cerrados, pampas e florestas não tropicais. Ainda assim, anfíbios e répteis estão presentes com muitas espécies em quase todas as regiões da América do Sul com exceção apenas ao do ambiente marinho para os anfíbios, que não sobrevivem na água salgada. Com essa variedade de biomas e a maior parte de seu território situada entre a linha do equador e o trópico de Capricórnio, não é surpresa que o Brasil disponha de extraordinária riqueza herpetofaunística. SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL 49

3 No caso dos répteis, o Brasil ocupa a segunda posição entre os países com maior diversidade de espécies (721), atrás da Austrália (865 espécies), mas à frente dos demais países tropicais grandes e megadiversos, como México, Índia, Colômbia, Indonésia e Peru. Mas esses valores estão subestimados; no ritmo em que avança o conhecimento sobre nossa herpetofauna, muito em breve o Brasil poderá se revelar abrigo da mais rica fauna de répteis do planeta. Desde 2000 até agora, aqui foram descritas 88 novas espécies de répteis (12% do total), quase todas endêmicas. Essas descobertas recentes representam ritmo médio de uma nova espécie descrita a cada 45 dias. Poucas partes do mundo mostram ritmo de crescimento recente tão acelerado. Em relação à diversidade de anfíbios, o Brasil ocupa a primeira colocação mundial (875 espécies registradas até agora), com folga para o segundo colocado, a Colômbia (660 espécies). Nos últimos dez anos foram descritos 153 novos anfíbios no Brasil (17,5% do total atual), o que representa uma nova espécie descrita a cada 24 dias. Mantendo-se esse compasso, em sete ou oito anos o país chegará a mil anfíbios registrados para seu território, cifra impressionante para qualquer grupo animal em qualquer lugar do mundo. E ainda estaremos longe das estimativas que, no Brasil, fazem os pesquisadores de anfíbios. Pelo menos duas famílias de anuros têm distribuição fortemente centrada no Brasil, ou seja, 100% de suas espécies ocorrem aqui, ainda que algumas sejam compartilhadas com Argentina e Paraguai: Brachycephalidae (sapos-pingo-de-ouro), com 44 espécies, e Conceitos-chave PATRIMÔNIO BIODIVERSO O Brasil disputa com a Indonésia o primeiro lugar em biodiversidade de vertebrados terrestres. Estima-se que no país ocorram 14% de todas as espécies de anfíbios conhecidas, 9% dos répteis, 18% das aves e 12% de todos os mamíferos. No caso dos répteis, o Brasil ocupa a segunda posição (721 espécies), atrás da Austrália (865), mas à frente dos demais países tropicais grandes e megadiversos, como México, Índia, Colômbia, Indonésia e Peru. Em relação à diversidade de anfíbios, o Brasil ocupa a primeira posição (875 espécies) já registradas, com folga para o segundo colocado, a Colômbia (660 espécies). Parcela considerável da fauna de aves está ameaçada de extinção. A expansão do agronegócio no Brasil Central e a perda de extensas áreas de Cerrado fazem com que este seja o segundo bioma brasileiro em número de aves ameaçadas. De acordo com a lista oficial das espécies de animais ameaçados de extinção no Brasil, 66 mamíferos estão em vias de desaparecimento, com 40 deles na categoria vulnerável, 11 na condição de em perigo e 18 na mais elevada delas: criticamente em perigo. Estimativas do número de espécies de vertebrados terrestres no Brasil e no mundo GRUPO BRASIL MUNDO POSIÇÃO DO BRASIL Anfíbios o Répteis o Aves o Mamíferos o Total Tetrápodes o ou 2 o Hylodidae (rãs-de-riacho), com 42 espécies. E a quantidade de gêneros endêmicos do Brasil, não apenas nessas duas famílias, é de enorme magnitude. Também chama a atenção a enorme diversidade de anfíbios exibida por determinadas localidades. Especialmente na Amazônia e na Mata Atlântica, não é raro encontrar entre 60 e 80 espécies compartilhando a mesma região, e um estudo recente realizado no Acre registrou 126 espécies de anfíbios numa única unidade de conservação. A grande diversidade herpetofaunística do Brasil contrasta com a modesta quantidade de espécies nacionalmente reconhecidas como extintas (um anfíbio) ou ameaçadas de extinção (15 anfíbios e 20 répteis). Esses valores estão subestimados e certamente aumentarão após revisão dos especialistas que elaboraram as primeiras listas nacionais de espécies ameaçadas. Mas, mesmo que esses números dobrem, mal atingirão 4% de toda a diversidade herpetofaunística nacional. Isso não significa que o país se encontre em situação cômoda, pois é preocupante considerar que estão sob ameaça 4% das espécies da maior diversidade herpetofaunística do mundo. Mas, se compararmos aos valores registrados para aves e mamíferos, veremos que as condições de anfíbios e répteis são menos alarmantes. As maiores ameaças à herpetofauna brasileira se concentram nos biomas Mata Atlântica e Cerrado e resultam principalmente de perda e degradação de hábitat. Situações críticas ocorrem nas restingas (para lagartos) e matas de baixada litorânea (para anfíbios e serpentes) da Bahia ao Rio Grande do Sul, em ilhas do litoral paulista (para serpentes e anfíbios), nos remanescentes de cerrado e campos rupestres de São Paulo e Minas Gerais (para lagartos e serpentes), em riachos e afloramentos rochosos das serras dos Órgãos, Mantiqueira, Bocaina e Caparaó (para todos os grupos) e em corpos d água diversos, sobretudo na região Sudeste (para anfíbios e cágados). Casos emblemáticos, de preocupação extrema, envolvem a perereca Hypsiboas cymbalum, descrita em 1963 a partir de exemplares obtidos na região metropolitana de São Paulo (hoje densamente habitada) e nunca mais encontrada, provavelmente extinta; ou o cágado Mesoclemmys hogei, habitante de rios de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro que cortam áreas densamente habitadas e estão muito poluídos, sem vegetação marginal e parcialmente represados. Campos do Sul e Caatinga Isso tudo sem contar que também há ameaças graves ocorrendo nos Campos Sulinos e na Caatinga. Estudos recentes identificaram situações sérias envolvendo anfíbios e répteis mesmo em biomas menos descaracterizados, como Pantanal e Amazônia. As principais praias de desova de tartarugas marinhas são protegidas e ficam do norte fluminense para cima. Contam com programas de reconhecimento, salvamento e monitoramento das ninhadas, a cargo do Projeto Tamar desde 1980, mas isso não impede que adultos e jovens das cinco espécies 50 SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL BIODIVERSIDADE

4 que ocorrem em nosso litoral sejam vítimas diárias de redes de pesca, ainda que incidentais. Nenhum outro anfíbio ou réptil no Brasil recebe atenção conservacionista tão organizada e por tanto tempo, nem mesmo os que têm distribuição extremamente limitada e ainda não protegida por parques e reservas ambientais. Portanto, ainda engatinhamos quando o tema é proteger nossa herpetofauna e propor ações de reversão de seu status de ameaça. O Brasil está entre os três países (juntamente com a Colômbia e o Peru) com maior riqueza de aves no mundo: espécies ocorrem aqui. Dessas, 234 são endêmicas do território brasileiro. Assim, é de inteira responsabilidade do país zelar pelo futuro dessas espécies. O número de aves é bastante variável entre os seis biomas brasileiros, sendo que a Amazônia e a Mata Atlântica abrigam a maior quantidade de espécies. Mas a real diversidade é ainda pouco conhecida. Várias espécies de aves foram descritas apenas nos últimos anos (21 novas entre 1996 e 2006). Além daquelas oficialmente catalogadas, outras estão em processo de descrição, e muitas, consideradas atualmente como subespécies, podem vir a ser elevadas à categoria de espécie após estudos mais detalhados. Essa falta de conhecimento ocorre em grande parte devido à pequena representatividade das áreas estudadas, o que é realidade principalmente na Amazônia. Parcela considerável da fauna de aves no Brasil está ameaçada de extinção. De acordo com a lista global de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), 122 aves correm perigo real de desaparecer. Elas se distribuem, de acordo com as categorias reconhecidas pela IUCN, em: 25 criticamente em perigo ; 33 em perigo e 64 vulneráveis. Já a lista nacional de aves ameaçadas considera um total de 160 táxons (unidade taxonômica associada a um sistema de classificação científica), incluindo subespécies ameaçadas, o que, em parte, explica as diferenças em relação à lista global. A Mata Atlântica concentra cerca de 80% de todas as aves ameaçadas no país. A situação é mais séria na região Nordeste, especialmente em Alagoas e Pernambuco, onde a maior parte da floresta original foi substituída por plantações de cana-de-açúcar, restando apenas poucos fragmentos de mata preservada. É nessa região que podem ser encontrados os últimos exemplares das aves mais raras em todo o país, como o criticamente em perigo limpa-folha-do-nordeste (Philydor novaesi). Atualmente as duas únicas localidades onde a espécie pode ser encontrada são a Estação Ecológica de Murici (Alagoas) e a serra do Urubu (Pernambuco). O mutum-do-nordeste (Pauxi mitu) também ocorria nas matas dessa região, mas essa espécie já foi extinta na Natureza, restando apenas indivíduos mantidos em cativeiro, que representam a esperança de ser reintroduzidos nos fragmentos florestais remanescentes. Impacto do Agronegócio A expansão do agronegócio no Brasil Central e a consequente perda de extensas áreas de Cerrado fazem com que este seja o segundo bioma do Brasil em número de aves ameaçadas. Entre as diferentes fisionomias vegetais do Cerrado, as áreas abertas (campo limpo, campo sujo e campo cerrado) são as mais propícias para o desenvolvimento da agricultura, já que são planas e o solo apresenta condições satisfatórias de drenagem, propiciando a implementação de extensas lavouras com alta mecanização. Em consequência, quase me- Mata Atlântica concentra 80% de todas as aves ameaçadas. Situação é mais séria no Nordeste, em Alagoas e Pernambuco GERMANO WOEHL JUNIOR/INSTITUTO RÃ-BUGIO SAPO-PINGO-DE-OURO (Brachycehalus pernix), representante da família dos menores sapos do mundo. Natural da Mata Atlântica, historicamente esteve restrito ao Espírito Santo e Rio de Janeiro, mas este exemplar foi fotografado em Santa Catarina SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL 51

5 Se nenhuma providência for tomada, em poucas décadas o Brasil pode perder 10% de sua fauna de mamíferos tade das aves ameaçadas no bioma ocorre exclusivamente nesses ambientes, como a codorna-mineira (Nothura minor), o galito (Alectrurus tricolor) e os caboclinhos (Sporophila cinnamomea e S. palustris). Apesar da situação preocupante, alguns casos demonstram que ainda há tempo para preservar a grande diversidade de aves do Cerrado, como a redescoberta, em 2006, do pica-pau-do-parnaíba (Celeus obrieni), reencontrado nas proximidades da cidade de Goiatins (Tocantins) depois de quase 80 anos sem registros uma importante descoberta ornitológica. No extremo sul do Brasil, a paisagem dos Campos Sulinos é dominada por extensos campos naturais. Do total de espécies de aves desse bioma, 109 são essencialmente campestres, incluindo as ameaçadas de extinção vesteamarela (Xanthopsar flavus) e noivinha (Heteroxolmis dominicana). Nos Campos Sulinos, ajustes de manejo na pecuária podem beneficiar a avifauna sem prejudicar os ganhos do produtor, que, ao mesmo tempo, pode conseguir maior valor de mercado pela carne produzida de forma alinhada à conservação. A Caatinga também é pouco conhecida em relação OS AUTORES PICA-PAU DO-PARNAIBA (Celeus obrieni) endêmico do Brasil, no Piauí, recentemente foi localizado em Tocantins. De hábitos alimentares e reprodutivos desconhecidos ADRIANO P. PAGLIA, biólogo com mestrado e doutorado em ecologia, conservação e manejo de vida silvestre pela Universidade Federal de Minas Gerais, é coordenador de planejamento territorial do Programa da Mata Atlântica da ONG Conservação Internacional (CI-Brasil) e professor da Metodista de Minas/Izabela Hendrix, em Belo Horizonte. Foi um dos editores do Livro vermelho das espécies da fauna brasileira ameaçada de extinção e trabalha com pesquisa e conservação de mamíferos. RENATO S. BÉRNILS, biólogo com doutorado em zoologia pelo Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem trabalhos centrados em diversidade, biogeografia e taxonomia de répteis da América do Sul, bem como em fauna ameaçada de extinção. Coordena a Lista Brasileira de Répteis para a Sociedade Brasileira de Herpetologia. PEDRO F. DEVELEY, biólogo, é mestre e doutor pela Universidade de São Paulo (USP), atuando na linha de ecologia e conservação de aves. Foi um dos organizadores dos dois volumes do livro Áreas Importantes para a Conservação das Aves no Brasil. Diretor de Conservação da BirdLife/Save Brasil. à avifauna e apresenta grandes extensões já muito degradadas. Recentemente, o projeto de conservação de uma ave endêmica da Caatinga gerou resultados animadores para os biólogos e ambientalistas. Na região do Raso da Catarina, sertão da Bahia, um o esforço conjunto de ONGs nacionais e internacionais, governo e proprietários de terras conseguiu com que as populações da araraazul-de-lear (Anodorhynchus leari) aumentassem, de modo que a categoria de ameaça de extinção de espécie passasse à condição de criticamente ameaçada para a categoria menos severa de em perigo de extinção. Finalmente, a Amazônia e o Pantanal apresentam situações de conservação mais privilegiadas em relação aos demais biomas brasileiros, com poucas espécies de aves ameaçadas. A existência desses biomas bem preservados representa um privilégio, mas também uma grande responsabilidade para as atuais gerações em relação ao futuro dessas áreas. A fauna de mamíferos do Brasil é extremamente rica, e, assim como no caso dos anfíbios, répteis e aves, a informação sobre essas espécies vem aumentando significativamente nas últimas décadas. Em 1996, por exemplo, foi feita uma compilação dos mamíferos ocorrentes no Brasil, indicando aproximadamente 524 espécies. Recentes revisões taxonômicas e descrições de novas espécies elevaram esse número, uma década depois, para mais de 650 espécies. A estimativa em 2010 é algo em torno de 680 espécies de mamíferos, um incremento de mais de 30% em apenas 14 anos. Do total de mamíferos existentes no Brasil, cerca de 200 espécies são endêmicas. Esses números colocam o país em primeiro lugar na diversidade de mamíferos em todo o mundo, ligeiramente à frente da Indonésia. Alguns grupos de mamíferos estão intimamente relacionados a determinadas regiões do país, em razão de suas necessidades ecológicas. Existem, por exemplo, 116 espécies de primatas no Brasil, todas elas dependentes de ambientes florestais. A maioria, 90 espécies, ocorre na Amazônia, sendo 87 exclusivas desse bioma. Apesar da menor diversidade de primatas, a Mata Atlântica também se destaca pelos elevados níveis de endemismo. De um total de 24 espécies de macacos da Mata Atlântica, 18 são encontradas apenas aí. Cer ca de 12% das espécies de mamíferos no Brasil têm distribuição geográfica restrita, ocorrendo em pequenas porções bem delimitadas do território nacional. Dentre essas espécies destaca-se o mico-leão-caiçara (Leontopithecus caissara), que pode ser encontrado em CIRO ALBANO 52 SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL BIODIVERSIDADE

6 COLEÇÃO PARTICULAR pequenas populações na ilha de Superagui, litoral do Paraná, e pequenos trechos adjacentes no continente, totalizando uma população de apenas 400 indivíduos. Ainda mais impressionante é o caso de uma espécie de preá (Cavia intermedia), endêmica da ilha Moleques do Sul, litoral de Santa Catarina. A população conhecida dessa espécie é de menos de 50 indivíduos vivendo em apenas 10,5 ha. É um dos mamíferos com menor distribuição geográfica conhecida. Não é de estranhar o fato de que essa espécie, e também a grande maioria dos demais mamíferos brasileiros de distribuição muito restrita, seja considerada como criticamente em perigo de extinção. De acordo com a lista oficial das espécies de animais ameaçados de extinção no Brasil, 66 mamíferos estão em vias de desaparecimento, com 40 deles na categoria vulnerável, 11 na condição de em perigo e 18 espécies na mais elevada delas: criticamente em perigo (somando 69 táxons quando consideradas algumas subespécies). Isso significa que, se nada for feito, em poucas décadas poderemos perder cerca de 10% de toda a fauna de mamíferos. Como ocorre também no caso de aves, répteis e anfíbios, as regiões que concentram as maiores ameaças para os mamíferos são a Mata Atlântica e o Cerrado, dois biomas brasileiros considerados como hotspots da biodiversidade, áreas com elevados níveis de endemismo, mas que já perderam grande parte da vegetação original. Os principais fatores de ameaça para a diversidade de vertebrados no Brasil são a destruição dos hábitats naturais, caça, tráfico ilegal e introdução de espécies exóticas invasoras (que não são nativas da região e cujo crescimento populacional provoca danos ao ambiente em que foram introduzidas). Para combater os vetores de ameaça e reverter o quadro de perda de biodiversidade, as principais medidas são a criação de novas áreas protegidas, o investimento no aumento do conhecimento científico sobre as espécies de vertebrados e o desenvolvimento de tecnologias de manejo de populações, tanto na Natureza quanto em condições de cativeiro. Para ilustrar esse caso, anos de investimento em técnicas de reprodução em cativeiro do mico-leão-dourado (Leont opithecus rosalia), aliados ao desenvolvimento da metodologia de translocação de indivíduos, contribuíram para a recuperação dessa espécie e levaram à redução da categoria de ameaça de criticamente em perigo para em perigo. Algumas ações são emergenciais. Muitas espécies de vertebrados ameaçados de extinção não estão devi - damente protegidas pelo atual sistema de Unidades de Conservação de Proteção Integral (parques, reservas e estações ecológicas). Ainda assim, é urgente a necessidade de ampliar a cobertura da rede de Unidades de Conservação em escala nacional. Nesse sentido, a BirdLife International desenvolveu um método de identificação de áreas prioritárias para a conservação, conhecida conhecido como Áreas Importantes para a Conservação das Aves, ou IBAs (Important Bird Areas). No Brasil, 237 IBAs foram identificadas, representando 11% do território. A partir desse método, a Conservação Internacional ampliou o processo de identificação de áreas-chave para a biodiversidade para os demais grupos de vertebrados terrestres ameaçados de extinção, por meio das Áreas- Chave para a Biodiversiade (Key Biodiversity Areas, KBAs). Para muitos vertebrados terrestres, principalmente os que ocorrem na Mata Atlântica, apenas a criação de Unidades de Conservação pode não ser suficiente, pois não existem áreas nativas grandes o suficiente para garantir a persistência das populações de muitas dessas espécies. É necessário investir em estratégias de restauração florestal no bioma, como a promovida pela iniciativa do Pacto para a Restauração da Mata Atlântica. Em outra linha de ação, precisamos também de investimentos públicos para combater o tráfico de animais silvestres, reforçando a fiscalização e o controle, mas ao mesmo tempo investindo em iniciativas de educação ambiental e estratégias econômicas de geração de renda nas regiões onde a caça ilegal é mais intensa. A conservação dos vertebrados terrestres no Brasil é um desafio grande e complexo, e somente a ação conjunta do setor público, organizações não governamentais e setor produtivo, adotando ações e estratégias formuladas sobre com sólida base científica, permitirá a manutenção dos quase 14% da diversidade de vertebrados terrestres que temos o privilégio de abrigar. PARA CONHECER MAIS ARARA-AZUL-DE-LEAR (Anodorhynchus leari), endêmica do Brasil, na região semiárida da Bahia, é uma das espécies de aves mais ameaçadas de extinção no mundo. O número na Natureza não ultrapassa 130 indivíduos (Site da ONG Save Brasil). (Site do Centro de Pesquisa para a Conservação de Aves Silvestres CEMAVE). (Site da Sociedade Brasileira de Herpetologia). Mamíferos do Brasil. N.R. dos Reis, Universidade Estadual de Londrina (UEL), o livro pode ser baixado na íntegra no site da UEL: br/pos/biologicas/. megadiversidade01.php/ (Site da revista Megadiversidade). (Site em que os dois volumes do Livro Vermelho da Fauna Brasileira podem ser baixados na íntegra). SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL 53

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