Espécies nativas 25/06/2012. Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica. Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica
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- Gustavo Marroquim Mangueira
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1 25/06/2012 CONCEITOS SOBRE ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS Sílvia R. Ziller Fundadora e Diretora Executiva Eng. Florestal, M.Sc., Dr. Hovenia dulcis (uva-japão) no Parque Estadual Fritz Plaumann - SC Meta Promover a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável á de seus componentes e a distribuição equitativa dos benefícios derivados do seu uso. OS PAÍSES SIGNATÁRIOS COMPROMETEM-SE A: Prevenir introduções, controlar e erradicar espécies exóticas que ameaçam ecossistemas, hábitats ou espécies. Artigo 8-h Metas de Aichi Meta M t 9 - Até 2020 as espécies é i exóticas óti invasoras e suas vias de dispersão terão sido identificadas e priorizadas, espécies prioritárias terão sido controladas ou erradicadas e medidas para a gestão de vias de dispersão que levam à sua introdução e ao seu estabelecimento terão sido implantadas. Espécies nativas Refere-se a espécies que evoluíram em um determinado ambiente. O conceito independe de divisas políticas. Os limites de distribuição das espécies são impostos por condições físicas ou geográficas naturais. 1
2 Espécies exóticas Espécies exóticas invasoras Espécies, subespécies ou táxons de menor hierarquia levados para fora de sua área de distribuição nativa, anterior ou atual. Inclui qualquer parte, gametas, sementes, ovos ou propágulos dessas espécies capazes de sobreviver e consequentemente reproduzirse (CDB, UNEP). Toda espécie exótica cuja introdução ameaça a diversidade biológica (CBD Decisão VI/23, UNEP). Espécies oportunistas São espécies nativas cuja população se espande sobre o ambiente. Em geral esses processos estão ligados a distúrbios de origem humana ou natural, havendo um reequilíbrio posterior. Invasões biológicas Movimento de uma espécie além de sua área de distribuição original, geralmente como consequência de ação humana intencional ou acidental (Williamson, 1996). O tucunaré (Cichla ocellaris) tornou-se uma espécie invasora quando transportado da bacia Amazônica para a bacia do Rio Paraná no Sul do Brasil, mesmo sem atravessar as fronteiras do país. Nativa ou exótica? O sagui (Callithrix jacchus) é nativo do nordeste do Brasil e tem comportamento invasor agressivo no sudeste, ocupando o nicho de espécies nativas, como o mico-leãodourado. O sabiá ou sansão do campo (Mimosa caesalpiniifolia) é nativo do nordeste do Brasil e tem comportamento invasor agressivo no sudeste do Brasil, ocupando áreas de restinga e de floresta atlântica. Nativa ou exótica? O teiú (Tupinambis merianae), nativo do continente americano, foi introduzido em Fernando de Noronha, onde é invasor e causa grande impacto sobre as populaçõesde aves marinhas que nidificam na ilha. 2
3 Introduzida, estabelecida, invasora O processo de invasão pode ser compreendido como uma série de etapas sucessivas. Para chegar a cada uma, a espécie deve ultrapassar uma série de barreiras (Richardson et al., 2000). A primeira barreira é a geográfica (o oceano, uma cadeia de montanhas, uma região desértica). A espécie que consegue ultrapassar esta barreira com a ajuda humana intencional ou acidental é considerada introduzida. Algumas espécies permanecem neste estágio por muitos anos; porém, a experiência mostra que muitas dessas espécies conseguem saltar as próximas barreiras com o passar do tempo... A segunda barreira é relacionada às limitações ambientais que condicionam a capacidade reprodutiva de espécies introduzidas. A terceira barreira inclui características ambientais (presença de predadores naturais, falta de agentes dispersores, etc.) que inibem a dispersão de espécies estabelecidas. BARREIRA AMBIENTAL BARREIRA AMBIENTAL BARREIRA DE DISPERSÃO Quando a espécie passa a se reproduzir e formar populações auto-sustentáveis, passa a ser denominada estabelecida. ESPÉCIE INVASORA Uma espécie invasora é aquela que ultrapassa esta barreira e avança extensivamente sobre o novo ambiente. Espécie exótica invasora O processo de invasão Espécies exóticas invasoras podem ser encontradas nas diversas etapas do processo de invasão. Uma espécie exótica é ou não invasora em função das suas características intrínsecas, não em função de ser observada ou não em processo de invasão. Isso é o que a análise de risco tenta mapear, para separar aquelas espécies que têm potencial de causar dano das que podem ser introduzidas e usadas com baixo risco. Não existe risco zero. Espécies evoluem e se adaptam, o clima muda, e a oportunidade de invasão pode ser uma eventualidade. Espécies exóticas invasoras entram em processos crescentes de dominância cujos limites estão nas fronteiras do ambiente invadido ou na interferência humana. INTRODUÇÃO ESTABELECIMENTO INVASÃO Nesses processos, não agir tem consequências: a inação facilita a invasão e leva à destruição da biodiversidade, eleva custos, torna o controle mais difícil e a erradicação menos viável. 3
4 O processo de invasão Tempo de latência Tempo decorrido entre a introdução e a expressão da capacidade de invasão biológica. ESPÉCIE INVASORA Pressão de propágulos Pressão de propágulos Se animais ou plantas são introduzidos em grande quantidade, ou se várias tentativas de introdução acontecem, então as chances de estabelecimento aumentam. A pressão de propágulos é, portanto, a medida das tentativas de introdução, tanto em termos de número de propágulos liberados quanto em termos do número de tentativas de introdução da espécie. Por vezes é tida como o melhor preditor para o potencial de invasão. Vetores: meios físicos através dos quais as espécies são transportadas Vetores e vias de dispersão Vias de dispersão: por onde as espécies viajam Características de plantas exóticas invasoras Período juvenil curto Reprodução por sementes e vegetativa Produção de grande descendência em condições favoráveis e de alguma descendência dê mesmo em condições desfavoráveis Capacidade de interferência química no crescimento de plantas ao redor (alelopatia) Auto-polinização/polinização cruzada 4
5 Características de plantas exóticas invasoras Facilidade de adaptação a condições diversas Baixa exigência nutricional Resistência a fogo Germinação de sementes estimulada por fogo Interação com outras espécies exóticas Formação de aglomerados densos / dominância Sementes pequenas de fácil dispersão Dispersão por formas diversas (fauna, água, vento) Pittosporum undulatum Muito obrigada! Sílvia R. Ziller Michele de Sá Dechoum contato@institutohorus.org.br 5
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