ANO IX Nº 46 I SETEMBRO DE 2018 O PACTO

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1 ANO IX Nº 46 I SETEMBRO DE O PACTO GREENING ATINGE MAIOR ÍNDICE (18,15%) E FUNDECITRUS PROMOVE PARCERIAS PARA ELIMINAR FONTES DE CONTAMINAÇÃO DA DOENÇA FORA DOS POMARES COMERCIAIS

2 PACTO DE SUCESSO Na região de Pirassununga (SP), quatro citricultores vizinhos se uniram para realizar o controle do greening do lado de fora de suas propriedades e reduzir o número de psilídeos vindos das áreas externas. Os insetos migram para pomares comerciais e contaminam árvores sadias.

3 Antonio Palhares, Diego Fortes, Wladmir Ivers e José Carlos Gachet contrataram um funcionário, que, orientado pelo Fundecitrus, atua em uma área de 48 mil hectares mapeando focos, conscientizando sobre a doença e propondo a substituição de plantas de citros sem controle presentes em pomares abandonadas, quintais, chácaras e ranchos e murtas na área urbana por mudas de espécies frutíferas ou ornamentais. Desde abril, plantas já foram eliminadas. Os citricultores envolvidos na parceria sabem que o manejo externo do greening é tão importante quanto o manejo interno e que a união de produtores de uma mesma região é decisiva para o sucesso. No médio prazo, o objetivo do trabalho é reduzir a incidência da doença dentro das fazendas.

4 PALAVRA DO PRESIDENTE Lourival Carmo Monaco Presidente do Fundecitrus Unidos contra o greening Após a chegada do greening entre nós, sua incidência evoluiu, como aconteceu com tantas outras doenças surgidas no Brasil, em diferentes culturas. Inicialmente, os pesquisadores chamaram a atenção para as ameaças e as possibilidades de controle. Ao lado da mobilização técnica, foram adotadas medidas fitossanitárias específicas, enquanto o País se preparava para o combate caso a doença não pudesse ser eliminada. Esse processo leva tempo para ser incorporado pelos produtores. Nesse ínterim, muitas pesquisas foram realizadas, e, graças aos conhecimentos acumulados, a doença passou a ser encarada em perspectivas de controle. O greening seguiu caminho similar ao de outras doenças, mas com outra dinâmica, pois os citricultores encontraram no Fundecitrus um parceiro que não apenas ressaltou os perigos sociais e econômicos da doença, mas que imediatamente respondeu a esse perigo iminente dando início a um extenso programa de pesquisas, focado em estudar o vetor, a bactéria e o manejo da doença. Em outras regiões, como na Flórida (EUA), o combate ao greening dirigido à bactéria busca da resistência, controle térmico e químico e recuperação nutricional não permitiu controlar a doença com efetividade. Por outro lado, baseado na vasta experiência com cancro cítrico e CVC, o Fundecitrus prontamente estabeleceu projetos de pesquisa voltados à influência das variáveis climáticas e fisiológicas e de manejo. Paralelamente, investimentos foram destinados aos trabalhos de biotecnologia. A evolução desses trabalhos foi avaliada positivamente em recente simpósio internacional. Hoje, podemos destacar valiosos resultados para o manejo do greening dentro da propriedade com as tecnologias desenvolvidas pelo Fundecitrus. Mas a pesquisa e o trabalho contínuo com os citricultores mostraram que os esforços de redução do inóculo deveriam ser expandidos para além dos limites da propriedade para melhorar o controle. Os exemplos de sucesso obtidos nas parcerias entre Fundecitrus, citricultores e a população fortaleceram a urgência de envolver toda a sociedade no combate efetivo do greening. Esse novo processo de qualidade total na fitossanidade levou o Fundecitrus a procurar mecanismos para estabelecer um pacto dinâmico com a sociedade, incluindo citricultores, elos da cadeia produtiva e o estado para a amplificação do manejo social do greening, considerando que a cadeia de citros contribui para o desenvolvimento social e econômico de diversos municípios e regiões. Aliando o Sistema de Alerta Fitossanitário e a mobilização da sociedade, cria-se um novo processo para dar a um agronegócio capacidade de competitividade e sustentabilidade. O modelo em expansão para o greening fortalece a compreensão da tendência da rastreabilidade no caminho para a produção saudável e de qualidade adequada. O bordão unidos contra o greening expressa a crença de que o greening será mais uma doença na rica e quase heroica história de nossa citricultura. 4 REVISTA

5 ÍNDICE ADRIANO CARVALHO A REVISTA CITRICULTOR é uma publicação de distribuição gratuita entre citricultores, editada pelo Fundo de Defesa da Citricultura - Fundecitrus. Avenida Dr. Adhemar Pereira de Barros, Vila Melhado - Araraquara (SP) CEP: Nº ISSN: ARQUIVO FUNDECITRUS Contatos Telefones: e (16) comunicacao@fundecitrus.com.br Website: Jornalista responsável: Jaqueline Ribas (MTb /SP) Reportagem e edição: Rodrigo Brandão e Beatriz Flório (Rebeca Propaganda) Foto de capa: Adriano Carvalho Projeto gráfico: Valmir Campos Assistentes: Tainá Caetano e Camila Souza Tiragem: 5 mil exemplares PAUTA DO LEITOR Que assunto você gostaria de ver na Citricultor? Envie sua sugestão de pauta para o comunicacao@fundecitrus.com.br ou para o WhatsApp (16) ENTREVISTA Secretário da Agricultura de SP, Francisco Jardim, fala sobre o esforço do estado no combate ao greening ARQUIVO FUNDECITRUS 16 LEVANTAMENTO Com aumento esperado, cancro cítrico atinge 11,71% das árvores; CVC cai 55% LEPROSE Estudo sugere adequação para 100 ml/m 3 no controle ADRIANO CARVALHO VIVEIROS Novas normas técnicas para produção e comércio de mudas cítricias PACTO Greening cresce 8,5% e Fundecitrus busca unir os elos da cadeia produtiva para baixar incidência em SP e MG ADRIANO CARVALHO 24 REVISTA 5

6 NOTAS Assista ao primeiro filme da websérie "Juntos na luta contra o greening" GREENING Aplicativo para o controle externo O Fundecitrus criou um aplicativo para o gerenciamento das ações de manejo do greening realizadas do lado de fora das propriedades citrícolas. O Sistema de Controle Externo de Greening (Siceg) está disponível gratuitamente para os sistemas operacionais Android e IOS após o download, é necessário entrar em contato com o Fundecitrus pelo para definir login e senha. O Siceg permite o cadastro, mapeamento e georreferenciamento das plantas de citros e murtas localizadas nos arredores dos pomares comerciais e a gestão das ações executadas para o controle da doença. ADRIANO CARVALHO VISITA Fundecitrus recebe importadores europeus de suco Importadores europeus de suco de laranja, integrantes do grupo Juice CSR Plataform, visitaram o Fundecitrus em agosto para conhecer a instituição e os trabalhos desenvolvidos para o setor citrícola. O gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres, apresentou aos visitantes dados sobre a citricultura de São Paulo e Minas Gerais e o inventário de árvores 2018/19 e falou sobre os desafios fitossanitários, com destaque para o greening, as conquistas da área de pesquisa, incluindo sustentabilidade, e as perspectivas para o setor. EXPORTAÇÃO ADRIANO CARVALHO Aumento dos estoques de suco Os estoques físicos de suco de laranja disponíveis em 30 de junho de 2018 somaram toneladas do produto concentrado congelado equivalente a 66 Brix (FCOJ equivalente), de acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR). O número é 219% maior do que as toneladas registradas em 2017, a menor marca já obtida. Para 2019, a CitrusBR estima um estoque inicial de cerca de 146 mil toneladas de FCOJ equivalente. 6 REVISTA

7 MASTERCITRUS Marca de 70 dissertações defendidas Em agosto, o Mestrado Profissional em Controle de Doenças e Pragas dos Citros MasterCitrus, oferecido pelo Fundecitrus, chegou à sua 70ª defesa, feita pela bióloga Tamiris Garcia da Silva, funcionária da instituição. O trabalho monitorou pomares do Paraná para identificar a possível presença de isolados de Xanthomonas citri subsp. citri, bactéria que causa o cancro cítrico, resistentes ao cobre. Eles não foram encontrados, mas foram identificados isolados tolerantes, que suportam quantidades intermediárias de cobre. O pesquisador do Fundecitrus e orientador do projeto, Franklin Behlau, diz que, apesar dos resultados, é necessário manter a vigilância BEATRIZ FLÓRIO e o cuidado com o uso do cobre, uma vez que, com o aumento do uso do defensivo devido ao crescimento da doença em São Paulo, haverá sempre o risco do surgimento de Xanthomonas citri resistentes. Qualquer sinal de que o cobre, quando usado da forma recomendada, não está sendo eficiente, pode ser comunicado ao Fundecitrus, afirma Behlau. A detecção precoce é fundamental para conter o problema, completa. PARCERIA "A causa é nobre", diz Brunelli sobre esforço conjunto para baixar incidência de greening JAQUELINE RIBAS A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgãos, respectivamente, de fiscalização e extensão rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo, estão engajados na luta do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo e Sudoeste Mineiro contra o greening. Com a parceria entre SAA e Fundecitrus, consolidada em 30 de agosto, CDA e Cati vão participar ativamente do Programa Integrado de Combate ao Greening. Os técnicos e engenheiros agrônomos, distribuídos pelas regionais, que cobrem todo o parque citrícola paulista, irão atuar na identificação de focos da doença em pomares abandonados, chácaras, ranchos e quintais, mapeando plantas de citros que não recebem o controle adequado e murtas, onde o inseto transmissor da doença se reproduz, e na conscientização da população. Para o coordenador da Cati, João Brunelli Júnior, só a atuação conjunta de todos os elos da cadeia produtiva, buscando ainda incorporar à causa as comunidades que dependem da citricultura, pode gerar efetividade no controle da doença, freando seu avanço e mantendo a competitividade e sustentabilidade da atividade, que gera e divide riquezas em São Paulo. "Cada um de nós é peça fundamental na solução desse desafio", disse Brunelli aos profissionais da CDA e Cati. REVISTA 7

8 ADRIANO CARVALHO ENTREVISTA No dia 30 de agosto, na reunião técnica, em Campinas (SP), entre profissionais da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e parte da equipe do Fundecitrus envolvida com o Programa Integrado de Combate ao Greening, para debater o plano de ações conjuntas, o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Francisco Jardim, foi enfático: São Paulo é o maior pomar do mundo. Ex-conselheiro do Fundecitrus, representando à época o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Jardim sabe o que a citricultura representa para São Paulo em termos históricos, culturais, econômicos e sociais. E sabe, portanto, que toda essa riqueza está em risco por conta do greening. Com a parceria entre Fundecitrus e Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), o estado, com sua rede de engenheiros agrônomos espalhados por São Paulo, como definiu Jardim, entra em campo para colaborar na identificação de focos da doença nas imediações de pomares comerciais e na conscientização da população. Essa colaboração dá capilaridade à estratégia do Fundecitrus de valorizar o manejo externo para baixar a incidência da doença no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo e Sudoeste Mineiro. PÚBLICO E PRIVADO, UNIDOS CONTRA O GREENING SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO (SAA) DE SÃO PAULO ADERE AO PROGRAMA INTEGRADO DE COMBATE AO GREENING, INCENTIVADO PELO FUNDECITRUS QUAL A VISÃO DA SAA ACERCA DA IMPORTÂNCIA DA CITRICULTURA? O setor citrícola é muito importante para a geração de emprego e renda e para a economia brasileira. A cada cinco copos de suco de laranja consumidos no mundo, três são produzidos com a fruta cultivada 8 REVISTA

9 no Brasil. Além disso, o estado de São Paulo é o maior produtor de laranja do mundo [para a indústria de suco], respondendo por quase 30% do total produzido no globo terrestre, de acordo com dados do USDA [Departamento de Agricultura dos Estados Unidos] e do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]. Nosso estado [São Paulo] é também o maior produtor brasileiro de limão, dominando em torno de 70% desse segmento, segundo o IEA [Instituto de Economia Agrícola], do governo paulista. Essas informações evidenciam o protagonismo dos paulistas no campo e enchem a população de orgulho. O POTENCIAL DESTRUTIVO DO GRE- ENING É IRREFUTÁVEL. NA FLÓRIDA (EUA), A PRODUTIVIDADE CAIU DE 1 MIL CAIXAS POR HECTARE PARA 350 CAIXAS/HA EM CERCA DE DEZ ANOS. QUAL É A DIMENSÃO EXATA DESSE DESAFIO, O COMBATE AO GREENING, PARA A SAA? As ações de controle da doença não podem ser isoladas, elas devem ter abrangência regional. A maioria das doenças que atacam os citros é controlada com ações pontuais, já o greening exige esforço conjunto de todos. De nada adianta o produtor fazer o controle na propriedade dele se o vizinho não fizer o mesmo na sua. Portanto, não é apenas uma ação de defesa agropecuária no sentido de fiscalização, mas que envolve toda a cadeia produtiva para conscientizar o produtor da necessidade de manter a doença sob controle. FRANCISCO JARDIM, SECRETÁRIO DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO DO ESTADO DE SÃO PAULO, DESTACA O PODER DE ALCANCE DA REDE DE AGRÔNOMOS JUNTO AOS PRODUTORES RURAIS COM A PARCERIA ENTRE SAA E FUNDECITRUS, O CONTINGENTE DE PROFISSIONAIS NO MANEJO EX- TERNO AUMENTA CONSIDERAVEL- MENTE. O QUE É POSSÍVEL ESPE- RAR DESSA UNIÃO? Um trabalho que envolverá assistência técnica e extensão rural, pesquisa e manejo em um esforço integrado do Fundecitrus com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que participará com a Apta [Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios], CDA [Coordenadoria de Defesa Agropecuária] e Cati [Coordenadoria de Assistência Técnica Integral]. União para vencer desafios e garantir conquistas, como a legislação para o Sistema de Mitigação de Risco [SMR] do cancro cítrico. NA SUA AVALIAÇÃO, EM RELAÇÃO À DEFESA FITOSSANITÁRIA, QUE CO- LABORA PARA A COMPETITIVIDADE DA CITRICULTURA, O QUE É FUNÇÃO DO ESTADO E O QUE É FUNÇÃO DO SETOR PRIVADO? Além da ação fiscalizatória, a SAA, com sua rede de engenheiros agrônomos espalhados pelos Escritórios Regionais e Casas da Agricultura do Estado, tem um grande poder de alcance junto aos produtores rurais, o que facilita em ações de controle integrado da doença. Já ao setor privado cabe investir em parcerias, divulgação de campanhas, como a #unidoscontraogreening, capacitações etc. QUAL A SUA OPINIÃO SOBRE O DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO REALIZADO PELO SETOR PRIVADO? Os cenários atual e futuro mostram que as pesquisas estarão cada vez mais sofisticadas, com a necessidade de investimentos cada vez maiores e com trabalho em equipes multidisciplinares e multi-institucionais. Os ganhos de produtividade que permitiram essa transformação do campo brasileiro basearam-se especialmente na genética, na química (fertilizantes e agroquímicos) e na mecanização agrícola. Este modelo ainda não esgotou as suas potencialidades, mas a agricultura do século 21 exigirá novos paradigmas que garantam não só maior produtividade mas também sistemas produtivos sustentáveis, em equilíbrio com as exigências ambientais e com o padrão de consumo de alimentos da população. Para dar suporte tecnológico a esta nova agricultura, teremos que utilizar da biotecnologia e da engenharia genética, das tecnologias de aproveitamento de resíduos agroindustriais e de dejetos da produção agropecuária, ampliar o uso de sistemas de controle biológico de pragas e doenças, ampliar os sistemas integrados de produção e desenvolver novos sistemas de processamento e de embalagens, assegurando qualidade sanitária, tempo de prateleira e redução de perdas de alimentos. REVISTA 9

10 VIVEIROS FOTOS: ARQUIVO FUNDECITRUS Novas regras, mais responsabilidade LEGISLAÇÃO PARA MUDAS DE CITROS FLEXIBILIZA ORIGEM GENÉTICA E REFORÇA RIGOR DA SEGURANÇA FITOSSANITÁRIA A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) de São Paulo publicou no Diário Oficial novas normas técnicas para o estabelecimento e funcionamento de viveiros para produção e comércio de mudas de citros no Estado. Os viveiristas têm até abril de 2020 para se adequar. As mudanças ocorrem para tornar a legislação estadual compatível com a federal, editada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em As adequações resolvem divergências e problemas de interpretação da lei e atendem demandas do setor, como mais liberdade para a origem de variedades, acompanhadas de maior responsabilidade porque o viveirista terá que ser mais rigoroso na prevenção de pragas e doenças, comenta o pesquisador da Embrapa Eduardo Girardi. Por outro lado, os citricultores devem ficar mais atentos para escolher viveiros que sigam boas práticas e entreguem qualidade fitossanitária, fitotécnica e genética, completa. VIVEIROS DEVEM FICAR A UMA DISTÂNCIA MÍNIMA DE 30 METROS DE PLANTAS CÍTRICAS OU HOSPEDEIRAS DE PRAGAS E DOENÇAS DOS CITROS A CÉU ABERTO 10 REVISTA

11 CONFIRA AS PRINCIPAIS MUDANÇAS: CANCRO CÍTRICO ORIGEM DAS VARIEDADES GENÉTICAS Borbulheiras de citros, antes exclusivamente formadas por material genético proveniente do Instituto Agronômico (IAC), podem ser criadas a partir de plantas básicas e matrizes de variedades obtidas ou importadas por outras instituições, viveiristas e citricultores, desde que estes garantam a idoneidade genética e a segurança fitossanitária das novas variedades. SISTEMA DE SEGURANÇA FITOSSANITÁRIO O sistema de segurança fitossanitário traz melhorias, como a obrigatoriedade, para viveiro e depósito de mudas, do uso de piso concretado ou recoberto com ráfia de polipropileno ou material similar permeável sobre camada de 5 cm de pedrisco ou seixo rolado. Amostras dos lotes de mudas devem ser submetidas a análises laboratoriais para garantir que estejam livres das pragas Xylella fastidiosa (clorose variegada dos citros), nematoides das espécies Tylenchulus semipenetrans, Pratylenchus coffeae e Pratylenchus jaehni e chromistas do gênero Phytophthora spp. (gomose). Em caso de suspeita de contaminação, análise laboratorial também deverá ser feita para a presença de Candidatus Liberibacter spp. (greening) e Xanthomonas citri subsp. citri (cancro cítrico). As novas regras também se adaptam à adoção do Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para o controle do cancro cítrico no estado de São Paulo, que ocorreu em Agora, os viveiros devem estar a pelo menos 30 metros de plantas cítricas ou hospedeiras de pragas e doenças de citros a céu aberto. Quando a distância mínima for utilizada, os viveiros devem ser cercados por quebra-vento. Em caso de contaminação de mudas por cancro cítrico devidamente comprovada por laudo oficial, todas as plantas existentes em uma unidade de produção (estufa) deverão ser eliminadas. Após a adoção de medidas de erradicação e desinfestação, o ambiente protegido deverá ser interditado por no mínimo 120 dias. Os demais ambientes protegidos de produção de porta-enxerto, mudas e borbulhas de citros do mesmo viveiro, desde que componham estruturas distintas da contaminada, não terão as plantas eliminadas, porém também ficarão interditados pelo mesmo período. Durante a interdição, todas as plantas deverão ser inspecionadas mensalmente pelo responsável técnico. Não havendo nova ocorrência de sintomas, as instalações poderão ser liberadas. O pesquisador do Fundecitrus Franklin Behlau, especialista em cancro cítrico, avalia as novas disposições como positivas, pois se ajustam à realidade e necessidade do sistema de produção de mudas de São Paulo, e ressalta que, com o aumento da incidência da doença no estado, a chance de contaminação de viveiros é maior, por isso os cuidados devem aumentar. É importante que os viveiros localizem-se à maior distância possível de plantas de citros e, principalmente, de focos de cancro porque há grandes chances da doença ser propagada por chuvas acompanhadas de ventos, adverte. Quando isso não for possível, é necessário intensificar as medidas preventivas, como o plantio de quebra-vento ao redor de estufas e da propriedade, e deixar áreas de recuo nas laterais das estufas, principalmente as que são molhadas frequentemente em episódios de chuva, recomenda. REVISTA 11

12 LEVANTAMENTO INCIDÊNCIA DE GREENING CHEGA A 18,15% EM SP E MG FUNDECITRUS LANÇA PROGRAMA PARA ELIMINAR FOCOS DE CONTAMINAÇÃO FORA DOS POMARES COMERCIAIS E REDUZIR ÍNDICE O levantamento de greening (huanglongbing/ HLB) 2018 realizado pelo Fundecitrus mostrou que a doença está presente em 18,15% das laranjeiras do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo e Sudoeste Mineiro, o que corresponde a 35,3 milhões de árvores contaminadas. A incidência, a mais alta já registrada desde a identificação da doença no Brasil, em 2004, é 8,5% superior à observada no ano anterior (16,73%) e deve- -se, dentre outras razões, às condições climáticas observadas em 2017: o extenso período de chuvas prolongou o surgimento de brotações e causou o aumento da população de psilídeos, que preferem os brotos novos para se alimentar e reproduzir. O greening cresceu em cinco das 12 regiões do parque citrícola: Brotas, Duartina, Altinópolis, Porto Ferreira e Avaré os aumentos mais consideráveis foram em Brotas e Altinópolis, de 58% em relação a As regiões com maiores incidências são Brotas (58,16%), Limeira (34,01%), Duartina (32,78%), Porto Ferreira (27,41%) e Matão (18,32%). As menores incidências estão no Triângulo Mineiro (0%), Itapetininga (1,73%) e Votuporanga (1,96%) no Triângulo Mineiro, o fato de não terem sido encontradas plantas sintomáticas nas amostras sorteadas pelo levantamento indica que a doença está presente na região em níveis muito baixos (veja mapa na página ao lado). Os números confirmam que o greening continua sendo a principal ameaça à citricultura, afirma o presidente do Fundecitrus, Lourival Carmo Monaco. A tecnologia por si só não é suficiente, precisamos mobilizar a sociedade porque o greening é um problema coletivo, de todos os citricultores, e também dos municípios que dependem da citricultura para a sobrevivência econômica e geração de empregos, diz. SINAL DE ALERTA A presença do greening cresceu em três das quatro faixas de idade 3 a 5 anos (9,09%), 6 a 10 anos (18,70%) e acima de 10 anos (24,99%). A boa notícia é que a incidência caiu 58% em pomares com plantas de 0 a 2 anos (veja gráfico ao lado). Isso demonstra que os citricultores estão evoluindo no manejo dos pomares e que estão aumentando os cuidados com as plantas jovens, mais suscetíveis à contaminação pelo psilídeo. Outro fator fundamental são as ações regionais integradas. A maioria dos produtores já entendeu que a doença não tem cura e que não existem tratamentos alternativos, portanto as plantas que ficarem 12 REVISTA

13 INCIDÊNCIA DE GREENING POR REGIÃO (%) doentes antes de alcançarem a idade de produção e o ápice produtivo causarão prejuízos que podem levar à inviabilidade do negócio, por isso a preocupação com os pomares mais jovens, analisa o gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres. No entanto, o controle dos pomares mais velhos está sendo insuficiente, alerta. As pequenas propriedades continuam sendo as mais afetadas, porém a incidência diminuiu em fazendas com até 10 mil árvores (33,72%) e 10,1 a 100 mil árvores (29,09%), o que se deve, provavelmente, à erradicação de pomares muito afetados nestas faixas de tamanho (veja o gráfico na página 14). De acordo com o Inventário de Árvores 2018 realizado pelo Fundecitrus, de 2015 a 2018 cerca de 39,5 mil hectares pertencentes a pequenas propriedades foram erradicados. Por outro lado, a presença da doença cresceu em pomares maiores, com 100,1 a 500 mil árvores (17,36%), e triplicou em pomares com mais de 500,1 mil árvores (7,05%). INCIDÊNCIA DE GREENING POR GRUPO DE IDADE (% das árvores sintomáticas) 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 24,99% 22,99% 18,01% 18,70% 8,44% 9,09% 2,69% 1,13% a 2 anos 3 a 5 anos 6 a 10 anos Acima de 10 anos REVISTA 13

14 LEVANTAMENTO INCIDÊNCIA DE GREENING POR FAIXA DE TAMANHO DA PROPRIEDADE (% das árvores sintomáticas) 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 36,03% 33,72% Até 10 mil árvores (até 21 hectares) 29,15% 29,09% 10,1 a 100 mil árvores (21,1 a 210 hectares) 14,88% 17,36% 100,1 a 500 mil árvores (210,1 a hectares) 2,37% 7,05% Mais de 500,1 mil árvores (mais de hectares) Para o pesquisador do Fundecitrus Renato Bassanezi, esse aumento significativo é preocupante, pois indica que os citricultores estão evitando eliminar plantas doentes, o que representa um risco para o futuro. "A evolução da severidade agrava as perdas de produção e compromete a qualidade dos frutos, diz. É necessário que os produtores continuem seguindo todas as medidas de controle recomendadas pelo Fundecitrus, afirma Bassanezi. Em relação à severidade do greening, o número de plantas com sintomas iniciais caiu 14,6%, mas a quantidade de árvores com sintomas em níveis intermediário, severo e gravíssimo aumentou em média 35,5%. A incidência de laranjeiras com mais da metade da copa tomada pelos sintomas (níveis 3 e 4) subiu 50% desde o ano passado e chegou a 7,37%, indicando que maiores perdas de produção devem ocorrer devido à doença (veja gráfico abaixo). RISCO O resultado do trabalho mostra que o manejo da doença precisa ser intensificado dentro e fora das propriedades para que o greening não inviabilize a produção do parque citrícola de SP e MG. "A situação atual da Flórida [EUA], considerada dramática, tem de servir como lição", alerta Juliano Ayres. Há 20 anos, a citricultura da Flórida representava o modelo a ser seguido. Mas eles [citricultores] se equivocaram na estratégia de combate ao greening, e o resultado é desalentador: estima-se que mais de 90% das árvores estejam doentes, e a produtividade vem caindo drasticamente. Na safra 2007/08, eles colheram 170 milhões de caixas de laranja. No ano passado, colheram 44,95 milhões. A produção caiu de um patamar de caixas/ hectare para 350 caixas/hectare. INCIDÊNCIA DE GREENING POR NÍVEL DE SEVERIDADE (% das árvores sintomáticas) 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% 8,13% 6,94% Nível 1 - Estágio inicial 3,63% 3,84% Nível 2 - Estágio intermediário 3,46% 2,71% Nível 3 - Estágio severo 2,26% 3,91% Nível 4 - Estágio gravíssimo 14 REVISTA

15 ADRIANO CARVALHO PACTO PARA O MANEJO EXTERNO ENVOLVE COMUNIDADE Em pomares comerciais com rigoroso controle do greening, as principais fontes de psilídeos são as áreas externas às propriedades pomares abandonados, chácaras, ranchos, quintais e praças, nas áreas rural e urbana, que possuem plantas de citros que não recebem o controle químico recomendado e murtas (damas da noite). Para atuar nestes locais e contribuir para a redução da incidência da doença no cinturão citrícola, o Fundecitrus lançou em agosto o Programa Integrado de Combate ao Greening, parte da campanha #unidoscontraogreening, iniciada em O Fundecitrus, em parceria com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo, governos municipais, citricultores e empresas do setor, faz o mapeamento das plantas de citros e murtas localizadas em um raio de 5 quilômetros de pomares comerciais e propõe a substituição gratuita por outras plantas frutíferas e ornamentais. Antes da proposta, ações de conscientização sobre a importância da citricultura para as economias locais e a ameaça representada pelo greening são feitas junto à comunidade por meio de visitas a escolas, mensagens transmitidas por carros de som e entrega de materiais explicativos. Estamos percorrendo todos os setores do cinturão citrícola, e a adesão, a aceitação da substituição é alta. Em geral, as pessoas entendem. Mas o parque é vasto. É um trabalho incessante e contínuo, relata o gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres. Para o presidente do Fundecitrus, Lourival Carmo Monaco, o programa fortalece o entendimento de que os desafios não se limitam aos trabalhos dentro dos portões das fazendas. O programa materializa a necessidade de uma ação solidária de toda a sociedade, pois a ameaça está em cada canto de cada cidade. É importante ressaltar que esse trabalho se desenvolverá, como uma batalha essencial, enquanto nossas pesquisas buscam incessantemente encontrar outras soluções que nos assegurem vencer essa guerra. Não podemos baixar a guarda, pois o inimigo está presente e desafiante, diz Monaco. Desde setembro do ano passado já foram percorridos 252 mil hectares com a erradicação de 84 mil plantas de citros e murtas em quintais e eliminação de 217 mil plantas de citros de pomares abandonados. DIEGO FORTES E ANTONIO PALHARES, CITRICULTORES DA REGIÃO DE PIRASSUNUNGA (SP), SE UNIRAM PARA ELIMINAR FONTES DE CONTAMINAÇÃO DA DOENÇA NAS PROXIMIDADES DE SEUS POMARES REVISTA 15

16 LEVANTAMENTO INCIDÊNCIA DE CANCRO CÍTRICO E CVC POR REGIÃO (%) VOTUPORANGA CC 63,14 CVC 1,86 TRIÂNGULO MINEIRO CC 1,14 CVC 1,57 CC 14,35 BEBEDOURO CVC 1,99 CC 0,00 ALTINÓPOLIS CVC 0,22 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO CC 21,76 CC 17,95 CC 26,57 DUARTINA CVC 2,38 MATÃO CVC 0,13 CVC 1,27 ITAPETININGA VOT SJO DUA TMG BEB MAT BRO AVA ITG ALT PFE LIM AVARÉ PORTO FERREIRA CC 0,13 CVC 1,96 CC 1,58 CC 1,60 BROTAS LIMEIRA CVC 2,11 CVC 2,47 CC 0,03 CVC 0,00 CC 1,96 CVC 0,30 CANCRO CÍTRICO CRESCE E CVC DIMINUI AUMENTO DO CANCRO ERA ESPERADO EM SP APÓS FIM DO PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO; INCIDÊNCIA DE CVC CONFIRMA TENDÊNCIA DE QUEDA O cancro cítrico está presente em 11,71% das árvores do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo e Sudoeste Mineiro. Na comparação com o ano passado, quando estimava-se que 8,68% das plantas estavam doentes, a incidência cresceu 35%. Já a clorose variegada dos citros (CVC) afeta apenas 1,30% das laranjeiras do parque. O número é 55% menor do que o registrado em 2017, de 2,89%, e confirma a tendência de queda da doença. Os dados são do levantamento de doenças 2018 realizado pelo Fundecitrus. O aumento de cancro cítrico era esperado, uma vez que o programa de erradicação da doença em São Paulo sofreu sucessivas mudanças nos últimos anos, que reduziram seu rigor até culminar com sua extinção, em 2017, e a adoção do status fitossanitário de Área sob Sistema de Mitigação de Risco (SMR). Minas Gerais, no entanto, manteve o status de Área sob Erradicação ou Supressão. A queda gradual da CVC deve-se principalmente à intensificação do manejo do greening (huanglongbing/hlb), pois os produtos utilizados para o controle do psilídeo também atuam contra as cigarrinhas transmissoras da doença. DE 2017 PARA 2018, PRESENÇA DE CANCRO CÍTRICO SUBIU 35% E DE CVC CAIU 55% EM SP E MG 16 REVISTA

17 PES SAFRA DE LARANJA 2018/19 É REESTIMADA EM 273,34 MILHÕES DE CAIXAS SECA PROVOCA QUEDA DE 5,19% NA PRODUÇÃO DO PARQUE CITRÍCOLA DE SÃO PAULO E TRIÂNGULO E SUDOESTE MINEIRO A safra de laranja 2018/19 do parque citrícola de São Paulo e Triângulo e Sudoeste Mineiro foi reestimada em 273,34 milhões de caixas de 40,8 kg, em relatório publicado pelo Fundecitrus em 10 de setembro. Esse valor corresponde a uma redução de 5,19% em relação à estimativa publicada em maio. A queda da safra foi motivada por uma estiagem mais severa do que a prevista para os meses de maio a julho, que provocou menor crescimento dos frutos. A previsão climática no momento da primeira estimativa indicava um ano menos chuvoso, com um acumulado previsto para esses meses em torno de 101 milímetros, índice 24% abaixo da média histórica ( ), porém o volume real de chuva acumulada nesse período ficou em 36 milímetros, 73% inferior à média histórica, configurando a pior seca para esses meses nos últimos dez anos analisados. Os frutos colhidos de todas as variedades até o mês de agosto apresentaram peso médio abaixo do projetado em maio de As chuvas desse período estão diretamente relacionadas com o desenvolvimento dos frutos. Considerando todas as variedades, o tamanho médio dos frutos foi reestimado para 270 frutos por caixa, ante os 256 frutos por caixa previstos em maio para compor uma caixa padrão de 40,8 kg. O acompanhamento dos pomares também mostrou que a taxa de queda de frutos está se confirmando alta nesta safra, o que permite manter a projeção de 17% em média considerando todas as variedades. Uma das premissas que havia embasado essa projeção era a perspectiva de agravamento da severidade do greening, que foi comprovada pelo levantamento publicado pelo Fundecitrus em agosto. Outro motivo que contribuiu para manter a queda em patamar elevado foi a ocorrência de rachaduras nas cascas dos frutos, observadas em todas as regiões e de forma intensa na maior parte do cinturão citrícola, também motivada pela seca severa do período seguida das chuvas de agosto. Da safra total, cerca de 15,37 milhões de caixas deverão ser produzidas no Triângulo Mineiro. Ao todo cerca de 36% da safra 2018/19 foi colhida. Nessa mesma época, na safra passada, a colheita estava em 34%. A principal diferença entre elas é que a colheita atual avançou para as variedades tardias mais rapidamente, o que indica que a safra será encerrada mais cedo. A PES é feita pelo Fundecitrus em cooperação com a Markestrat, FEA-RP/USP e FCAV/Unesp. BAIXE O RELATÓRIO DA PRIMEIRA REESTIMATIVA DA SAFRA DE LARANJA 2018/19 REVISTA 17

18 GREENING CUSTO-BENEFÍCIO ESTUDOS COMPROVAM VIABILIDADE ECONÔMICA E VANTAGENS DO MANEJO EXTERNO, COMO O AUMENTO DA EFICIÊNCIA DAS AÇÕES NAS PROPRIEDADES EM POMARES COM BAIXA PRESSÃO DE PSILÍDEOS VINDOS DE ÁREAS EXTERNAS, APLICAÇÕES A CADA TRÊS OU QUATRO SEMANAS FORAM TÃO EFICIENTES QUANTO APLICAÇÕES QUINZENAIS O avanço do greening (huanglongbing/hlb) no Brasil exigiu um manejo mais rigoroso e completo: se antes recomendava-se somente o controle dentro das propriedades, hoje a atuação além das porteiras é fundamental para a efetividade das ações. Isso porque as práticas de controle interno não são suficientes para impedir infecções primárias, que ocorrem quando psilídeos vindos de murtas (damas da noite) e plantas de citros de pomares abandonados, quintais ou chácaras, nas zonas rural e urbana, percorrem longas distâncias e migram para os pomares comerciais. Assim, ações internas e externas às fazendas tornaram-se essenciais e complementares. PORTEIRA DENTRO, PORTEIRA FORA O controle interno do greening baseia-se, principalmente, na inspeção e erradicação de árvores sintomáticas, no monitoramento e controle do psilídeo com maior frequência de pulverizações nos talhões de borda e nos períodos de brotação e participação no Alerta Fitossanitário. Apesar de depender de fatores internos periodicidade de monitoramento e de pulverização, tipo de inseticida usado, tipo e frequência de inspeção e da erradicação de plantas doentes e de fatores externos como índice de contaminação na região e clima, que variam de produtor para produtor, o custo do controle do greening dentro das propriedades, desconsiderando valores gastos com frete e colheita, varia de 14% a 23% do custo total de produção de uma caixa de laranja por hectare, de acordo com estudos do Fundecitrus e do Cepea (Esalq/USP). Já o controle externo do greening baseia-se no mapeamento, em um raio de 3 a 5 quilômetros no entor- 18 REVISTA

19 no da fazenda, de murtas e plantas de citros que não recebem o controle químico recomendado e na substituição destas por outras ornamentais e frutíferas, erradicação de pomares abandonados e aplicação de inseticida ou liberação da vespinha Tamarixia radiata, inimigo natural do psilídeo, nos locais onde as substituições e erradicações não puderem ser feitas. O custo destas ações, que incluem mão de obra e transporte, erradicação, compra de mudas e de inseticidas e liberação do parasitoide, varia de 0,2% a 2% do custo total para a produção de uma caixa de laranja (veja o gráfico ao lado). O custo das ações externas é bem menor do que o custo das ações internas, e os resultados mostram que vale muito a pena investir no manejo externo do greening, diz o pesquisador do Fundecitrus Renato Bassanezi. Em levantamento realizado pelo Fundecitrus em três fazendas localizadas nas regiões Centro e Norte do estado de São Paulo, a incidência de greening foi comparada antes e depois da adoção das práticas de manejo externo: somente com o manejo rigoroso do lado de dentro das propriedades, a incidência de plantas com a doença aumentava a cada safra; adicionando-se as ações nos arredores, o índice de árvores doentes caiu em média 60% e manteve-se abaixo de 2% ao ano (veja o gráfico na página 20). Por ser uma atividade que necessita de persistência para o convencimento de diferentes pessoas, ainda há uma certa resistência na adoção por parte de alguns citricultores, mas hoje não é mais possível falar em controlar o greening com sucesso sem olhar para as áreas vizinhas, comenta. Temos observado nas ações organizadas pela equipe de Transferência de Tecnologia do Fundecitrus que de 80% a 90% das pessoas donas de plantas de citros e murtas ao redor das propriedades comerciais aceitam as propostas para troca de plantas, aplicação de inseticida ou liberação de Tamarixia, conta Bassanezi. CUSTOS DE PRODUÇÃO Manejo interno do greening Média de 17,4% (14 a 23%) O GRÁFICO ABAIXO MOSTRA A PROPORÇÃO DOS CUSTOS DOS MANEJOS INTERNO E EXTERNO DO GREENING NO INVESTIMENTO TOTAL DE PRODUÇÃO DE LARANJA POR HECTARE, EXCLUINDO AS DESPESAS COM COLHEITA E FRETE Manejo externo do greening Média de 1,1% (0,2 a 2%) Outros custos 81,5% REVISTA 19

20 GREENING UM CITRICULTOR COM 100 MIL PLANTAS QUE, EM 2014, ADICIONOU O MANEJO EXTERNO AO CONTROLE DA DOENÇA, EVITOU A ERRADICAÇÃO DE ÁRVORES ATÉ ADMITINDO QUE CADA PÉ DE LARANJA PRODUZA DUAS CAIXAS, VENDIDAS A R$ 20, A NÃO ELIMINAÇÃO DESSAS ÁRVORES EVITOU A PERDA DE R$ 621,2 MIL NO PERÍODO INCIDÊNCIA DE GREENING COM MANEJOS INTERNO E EXTERNO Manejo interno Manejo interno + externo Plantas erradicadas (%) 1,8 1,6 1,54 1,4 1,2 1,02 1,0 0,8 0,73 0,6 0,51 0,40 0,40 0,4 0,20 0,2 0,10 0, CONTROLE EXTERNO REDUZ PERDAS INTERNAS Ao incorporar o controle externo, o citricultor deixa de perder plantas e consegue baixar a incidência anual da doença em seu pomar, permitindo que se reduza a intensidade do controle interno no médio prazo. Estudos realizados pelo Fundecitrus mostraram que o manejo externo eleva a eficiência do manejo interno, pois a pressão das infecções primárias é reduzida. Em pomares com alta pressão externa de greening, aplicações quinzenais de inseticidas não foram suficientes para controlar a doença, enquanto que em pomares com baixa pressão externa, aplicações a cada três ou quatro semanas foram tão eficientes quanto as aplicações quinzenais, destaca Bassanezi. O pesquisador aponta ainda que, para cada R$ 1 investido nas ações externas, deixa de se perder de R$ 5 a R$ 20 ou mais quando as ações são mantidas ao longo dos anos. Tentar controlar o greening olhando apenas para dentro de sua propriedade não resolve. Se o citricultor fizer isso, ele ficará ainda mais dependente dos inseticidas, o que elevará os custos e os riscos relacionados ao uso frequente destes produtos, adverte. ADOÇÃO DO MANEJO EXTERNO E MANUTENÇÃO DO RIGOR NO MANEJO INTERNO - Diminuição da pressão externa (menos criadouros do inseto transmissor do greening) - Redução (média de 60%) da incidência anual de novas plantas doentes - Manutenção da incidência anual da doença abaixo de 2% - Melhoria da eficiência do controle interno 20 REVISTA

21 Challenger Desafiar o greening é a nossa meta. Primeiro bioinseticida para controle de psilídeo em citros. PSILÍDEOS PRODUTIVIDADE ATENÇÃO: Siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade. Faça o Manejo Integrado de Pragas. Descarte corretamente as embalagens e restos de produtos. Uso exclusivamente agrícola. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO. Produto à base do fungo Isaria fumosorosea, Cepa Registrado no MAPA como agente de controle de Diaphorina citri, vetor das bactérias causadoras do koppert.com.br greening. REVISTA 21

22 COBRE ARQUIVO FUNDECITRUS MANEJO RACIONAL USO SUSTENTÁVEL EXIGE EQUILÍBRIO ENTRE NUTRIÇÃO E PROTEÇÃO DAS PLANTAS Além de proteger contra doenças, o cobre é essencial para o desenvolvimento das plantas de citros, contribuindo para o metabolismo, estruturação e crescimento, regulação da produção e qualidade dos frutos. No entanto, é preciso equilíbrio no uso para que os efeitos não sejam adversos. Os defensivos à base de cobre fixo [insolúvel] apresentam um bom custo-benefício na proteção de plantas cítricas contra diversas doenças, por isso a tendência é que ocorram várias aplicações ao longo do ano, muitas vezes em número e doses excessivas, diz o pesquisador do Fundecitrus Franklin Behlau. Além disso, o fim do programa de erradicação do cancro cítrico em São Paulo e o crescimento da incidência da doença podem aumentar as aplicações. Neste cenário, o uso racional é fundamental, pontua. EFEITOS COLATERAIS De acordo com o pesquisador do Instituto Agronômico (IAC) Dirceu de Mattos Júnior, os efeitos negativos do excesso de cobre no solo não são evidentes e demoram a se manifestar, como a deficiência de ferro em folhas. As plantas podem ainda apresentar fendilhamento no tronco, com posterior extravasamento de goma (seiva), bem como seca de folhas e ramos. A toxicidade do metal provoca danos ao sistema radicular das plantas, o que dificulta a caracterização visual dos sintomas na parte aérea. E, mesmo sem a presença de sintomas severos, as plantas apresentam redução do crescimento e do potencial produtivo, alerta. O pesquisador explica que o cobre é absorvido tanto pelas raízes como pelas folhas. Como a maior parte do cobre disponível para as plantas vem do solo, onde tende a ser depositado ao longo do tempo após sucessivas aplicações foliares, as raízes podem acumular níveis excessivos, não revelados pela análise foliar. O manejo de nutrientes no campo pode ser um aliado importante do citricultor para minimizar os possíveis danos causados pelas altas concentrações de cobre e para a manutenção do potencial produtivo do pomar, indica Mattos. MANEJO NUTRICIONAL E CULTURAL Os suprimentos de cálcio e fósforo promovem melhor estruturação dos tecidos das raízes, diminuindo a entrada do defensivo na planta e dos danos causados por seu acúmulo. A correção da acidez do solo com calcário reduz o metal nas raízes por promover a dimi- BENEFÍCIOS DO USO DO COBRE, COMO O CONTROLE DE DOENÇAS, PREVENÇÃO DE PERDAS E CONTRIBUIÇÃO PARA A NUTRIÇÃO, SUPERAM SEUS EFEITOS NEGATIVOS SOBRE AS PLANTAS DE CITROS 22 REVISTA

23 nuição da disponibilidade do íon cobre pelo aumento do ph do solo. O nitrogênio também tem papel importante, uma vez que, ao favorecer o crescimento das plantas, promove a diluição da concentração do cobre nos tecidos. A utilização de braquiárias como cultura de cobertura, nas entrelinhas dos pomares, aliada ao uso da roçadora ecológica, que deposita a palha da biomassa na linha de plantio, sob a copa das árvores, forma uma barreira física que limita o aumento do cobre no solo ao longo dos anos. O incremento de palha favorece ainda a manutenção ou aumento da matéria orgânica, que imobiliza o metal e reduz sua disponibilidade às raízes. OTIMIZAÇÃO DO USO DO COBRE A disseminação do cancro cítrico instigou a busca pela racionalização do uso deste defensivo nos pomares. Em regiões do Brasil que manejam a doença há mais tempo, é comum a aplicação de até 30 kg/ha de cobre metálico por ano. Pesquisas recentes demostraram que é possível manejar a doença com sucesso utilizando menos de um terço desta quantidade, afirma Franklin Behlau. A integração dos manejos de doenças que são controladas com cobre também tem contribuído para o uso mais racional e sustentável do metal na citricultura, comenta. Segundo Mattos, mesmo após os avanços no uso do cobre e do desenvolvimento de práticas de mitigação de seus efeitos colaterais, quantidades significativas continuarão a ser aplicadas. Cabe ao citricultor adotar as melhores práticas de manejo, com o uso racional de defensivos e a manutenção da boa fertilidade do solo pelo suprimento de nutrientes e manejo adequado dos pomares, recomenda. USO RACIONAL DE COBRE, SUPRIMENTOS DE CÁLCIO E FÓSFORO E PALHA NA LINHA DE PLANTIO CONTRIBUEM PARA REDUÇÃO DO METAL NO SOLO E SEU EFEITO TÓXICO ÀS PLANTAS REVISTA 23

24 LEPROSE CONTROLE EFICIENTE USO DE 100 ML DE CALDA/M³ DE COPA PROPORCIONA MESMA PROTEÇÃO DO QUE VOLUMES MAIORES E REDUZ CUSTOS ADEQUAÇÃO PERMITE ECONOMIA DE ÁGUA, ACARICIDA, DIESEL E MÃO DE OBRA E CONTRIBUI PARA MAIOR RENDIMENTO OPERACIONAL O controle do ácaro da leprose pode ser feito com volume de calda acaricida de 100 ml/m³ de copa, sem a necessidade de correção da dose do produto. A nova recomendação para o manejo da doença baseia-se nos resultados obtidos em duas pesquisas realizadas no Mestrado Profissional em Controle de Doenças e Pragas dos Citros MasterCitrus, de 2014 a O pesquisador do Fundecitrus e orientador dos projetos, Renato Bassanezi, afirma que os citricultores podem adotar a mudança com segurança, sem perda de eficiência. O volume de calda acaricida de 100 ml/ m³ foi testado em quatro experimentos, em diferentes anos, regiões e em pomares adultos com difícil controle da leprose, demonstrando efetividade e proporcionando economia, diz. ADRIANO CARVALHO 24 REVISTA

25 PERÍODOS DE CONTROLE DO ÁCARO DA LEPROSE Período de controle (dias) Experimento 1 Experimento C 65 Volume de calda (ml/m3) NS Período de controle (dias) O limite superior de 'b' é menor do que o limite inferior de 'a'. b ab ab ab C 100C Volume de calda (ml/m3) a ab Experimento 3 Experimento 4 Período de controle (dias) NS Período de controle (dias) NS Volume de calda (ml/m3) Volume de calda (ml/m3) A barra na coluna representa ± 1,96 vezes o erro padrão da média e indica a variabilidade dos dados. NS: O período de controle médio não difere estatisticamente entre os tratamentos. Valores com letras iguais não diferem estatisticamente entre si. C: Correção das doses. TESTES EM SP: POMARES COM HISTÓRICO DA DOENÇA A primeira pesquisa foi conduzida pelos engenheiros agrônomos Rodrigo Salvador e Archimedes Nishida para avaliar cobertura (porcentagem da área coberta pelas gotas pulverizadas), deposição (quantidade do produto retida nas folhas das plantas) e período de controle proporcionados por diferentes volumes de calda acaricida. No experimento 1, em laranjas Pera Rio com idades de nove a 13 anos, em Guaraci (SP), foram testados volumes de calda, para dois acaricidas, de 100, 200 e 242 ml/m³ (nas doses comerciais recomendadas pelos fabricantes) e 100 ml/m³ (com correção da dose para a mesma quan- tidade aplicada no tratamento com 200 ml/m³). Verificou-se que a deposição dos volumes de calda de 100 e 200 ml/m³ foi igual sendo 100 o ponto teórico de escorrimento e que a cobertura foi similar para todos os tratamentos. Independente do volume utilizado, o período de controle do ácaro da leprose foi o mesmo. No experimento 2, em pomar de Pera Rio de oito anos, em Santa Cruz do Rio Pardo (SP), foram testados volumes de calda de 65, 100, 200, 442 ml/m³ (com acaricida na dose recomendada em bula) e 65 e 100 ml/m³ (com correções das doses de quatro e duas vezes as utilizadas no volume de 100 ml/m³, respectivamente). Observou-se que, com o aumento do volume de calda, a deposição e a EM TODOS OS EXPERIMENTOS, VOLUMES DE CALDA MAIORES QUE 100 ML/M 3 E O AUMENTO DA DOSE NO VOLUME DE 100 ML/M 3 NÃO RESULTARAM EM MAIOR PERÍODO DE CONTROLE EM COMPARAÇÃO COM 100 ML/M 3 NA DOSE NORMAL DE ACARICIDA. VOLUME DE CALDA DE 65 ML/M 3 SEM A CORREÇÃO DA DOSE RESULTOU EM MENOR PERÍODO DE CONTROLE EM COMPARAÇÃO AO MESMO VOLUME COM A DOSE CORRIGIDA REVISTA 25

26 LEPROSE CONSUMO DE CALDA ACARICIDA E RENDIMENTO OPERACIONAL Volume de calda de 100 ml/m³ = 5 L de calda por planta = L/hectare Volume de calda de 200 ml/m³ = 10 L de calda por planta = L/hectare VOLUME DE COPA DE 50 M³/PLANTA E 476 PLANTAS/HECTARE (ESPAÇAMENTO 6 X 3,5 M) O QUADRO ACIMA MOSTRA QUE ADOTANDO O VOLUME RECOMENDADO, DE 100 ML/M³, REDUZ-SE PELA METADE O VOLUME DE ÁGUA E DE ACARICIDA HOJE UTILIZADOS NOS POMARES, O QUE REPRESENTA AUMENTO DE 30% NO RENDIMENTO OPERACIONAL cobertura na superfície foliar foram crescentes, porém os volumes de 65 ml/m³ com a dose corrigida e volumes iguais ou maiores que 100 ml/ m³ proporcionaram o mesmo período de controle. EXPERIMENTOS EM MG: CONDIÇÕES CLIMÁTICAS FAVORÁVEIS ARQUIVO FUNDECITRUS A segunda pesquisa foi feita pelo engenheiro agrônomo Carlos Eduardo Sichieri para avaliar cobertura e deposição da calda, mortalidade e período de controle do ácaro. O experimento 3 foi realizado em Prata (MG), em pomar de Pera Rio de seis anos, e o experimento 4, em Comendador Gomes (MG), em laranjeiras Rubi de cinco anos. Os volumes de calda acaricida utilizados foram de 100, 140 e 180 ml/m³. Como resultado, a deposição e a cobertura dos tratamentos foram similares, bem como o período de controle do ácaro no campo, apresentando também, em frutos destacados e avaliados em laboratório, eficiência de mortalidade acima de 95%. O pesquisador do Fundecitrus Marcelo Scapin, especialista em tecnologia de aplicação, responsável pelo planejamento dos tratamentos, regulagem e calibração dos equipamentos e avaliações dos projetos, explica que os volumes de calda acima de 100 ml/m³, assim como a correção de dose neste volume, não são justificáveis. Eles não apresentam acréscimos de cobertura e deposição que resultem em um maior período de controle do ácaro da leprose, conclui. Scapin enumera os benefícios da redução do volume de calda acaricida. A adequação proporciona elevada economia de água, produto, diesel e mão de obra, além de contribuir para o aumento do rendimento operacional, possibilitando ao citricultor tratar sua área em menos tempo, destaca. Para realizar a pulverização com 100 ml/m³, é necessário garantir cobertura mínima de 40% no interior da planta, gotas finas com DMV [diâmetro mediano volumétrico] entre 100 e 200 μm e velocidade de até 3 km/h, orienta. 26 REVISTA

27 REVISTA 27

28 DIVULGUE ESSA OPORTUNIDADE Vagas de emprego para a Pesquisa de Estimativa de Safra Está aberto o processo de seleção para contratação dos profissionais que irão visitar as fazendas para atualização do inventário de árvores e elaboração da estimativa de produção de laranja da próxima safra (2019/2020) do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo e Sudoeste Mineiro. Ajude na divulgação das novas vagas. Para concorrer, o candidato deve preencher os seguintes requisitos: Formação na área agrícola (técnico ou superior) Disponibilidade para viajar CNH categoria B com prática em estradas de terra A contratação será feita pela empresa WCA de Araraquara (SP). Os interessados devem enviar currículo para o pes@wcabrasil.com.br. Mais informações: (16)

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