ANALISTA TRT E TST Direito do trabalho Leone Pereira 11/09/2012 Aula 12 Modulo I RESUMO SUMÁRIO
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- Micaela Fidalgo Batista
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1 ANALISTA TRT E TST Direito do trabalho Leone Pereira 11/09/2012 Aula 12 Modulo I RESUMO SUMÁRIO 1. Continuação: Terceirização 1.1. Terceirização na Administração Pública Terceirização Lícita na administração pública Terceirização Ilícita na administração pública 1.2. Empreitada, subempreitada e dono da obra 1.3. Cooperativas de trabalho Princípios que regem as cooperativas Classificação das cooperativas Contrato de Aprendizagem 1.5. Contrato a termo da Lei 9.601/ Contrato a termo na Lei dos empregados rurais 2. Duração do trabalho e intrvalos 2.1. Conceito 1. Continuação: Terceirização 1.1. Terceirização na administração pública Terceirização lícita na administração pública É possível a terceirização lícita na Administração Pública, desde que sejam respeitadas as regras da Lei 8.666/93. Assim, somente poderá ser terceirizada a atividade-meio, pois a contratação para a execução da atividade-fim depende de aprovação em concurso público, conforme artigo 37, II, 2º da CF: Responsabilidade trabalhista da Administração Pública direta e indireta: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado. 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. ANALISTA TRT E TST 2012 Anotador(a): Taiza Albuquerque Complexo Educacional Damásio de Jesus
2 Súmula 331, IV do TST Artigo 71, 1º da Lei 8.666/1993 Responsabilidade subsidiária (decorrente do Afasta qualquer responsabilidade mero inadimplemento da em presa terceirizante). trabalhista. SÚMULA 331 do TST. Contrato de prestação de serviços. Legalidade. I A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei no 6.019, de ). II A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei no 7.102, de ) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. IV O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo judicial (art. 71 da Lei no 8.666, de ). (Nova redação) IV O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. (acrescenta os itens V e VI) V Os entes integrantes da administração pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n /93, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não
3 decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. VI A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação. Lei 8.666/93. Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. 1 o A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. A súmula 331 do TST (vide acima), em sua redação anterior, previa que a responsabilidade subsidiária decorria do mero inadimplemento da empresa terceirizante. Este entendimento do TST era contrário ao disposto no artigo 71, parágrafo 1º da Lei 8.666/93 (vide acima), que determina o afastamento de qualquer responsabilidade trabalhista. Fundamentos do entendimento previsto na Súmula 331 do TST (vide acima): a) Culpa in eligendo : é a culpa decorrente da escolha da empresa terceirizante; b) Culpa in vigilando : é a culpa decorrente da falta de fiscalização das atividades da empresa terceirizante. Em razão da inobservância do artigo 71, parágrafo 1º da Lei 8.666/93 (vide acima) pelos juízes trabalhistas, que aplicavam a súmula 331 do TST (vide acima) em detrimento do citado artigo, foi ajuizada a ADC 16/2006 que teve por objeto a declaração da constitucionalidade do mencionado artigo. No dia 24 de novembro de 2010 o STF julgou procedente o pedido, declarando a constitucionalidade do artigo 71, parágrafo 1º da Lei 8.666/93 (vide acima) e decidiu que a responsabilidade subsidiária não decorre mais do mero inadimplemento, cabendo ao TST a regulamentação do tema. Em maio de 2011, o TST divulgou a regulamentação, que trouxe nova redação ao item IV e acrescentou os itens V e VI a Súmula 331(vide acima). O TST manteve a responsabilidade subsidiária da administração pública, mas determinou que a responsabilidade não decorre mais do mero inadimplemento da empresa terceirizante. Doravante compete ao reclamante comprovar a culpa na fiscalização das atividades, da empresa terceirizante por parte da administração pública. Desta forma, para que haja a responsabilidade da administração pública, o reclamante passou a ter o ônus da prova da comprovação da culpa in vigilando da administração pública. Observação: O novo item VI da Sumula 331 do TST(vide acima) entende que a responsabilidade subsidiária (tanto na iniciativa privada, quanto na administração pública) abrange todas as verbas trabalhistas Terceirização ilícita na administração pública.
4 Será considerada como terceirização ilícita aquela que não observar as normas previstas na Lei 8.666/93. Consequências da terceirização ilícita: a) O contrato é considerado nulo, por envolver normas de interesse público; b) Impossibilidade de configuração do vínculo empregatício; c) Condenação no pagamento de dois diretos trabalhistas: a contraprestação salarial e os depósitos do FGTS, com base no artigo 19-A, da Lei 8.036/90. Art. 19-A. É devido o depósito do FGTS na conta vinculada do trabalhador cujo contrato de trabalho seja declarado nulo nas hipóteses previstas no art. 37, 2 o, da Constituição Federal, quando mantido o direito ao salário. Desta forma, com base no diploma legal acima transcrito, a administração terá a responsabilidade de adimplir apenas os salários e os depósitos do FTGS. Todavia, ao se comparar a responsabilidade da administração pública prevista na Súmula 363 do TST e a estipulada na OJ 383 SDI-1 do TST, chegasse à conclusão de que com base na OJ 383 da SDI-1 do TST há a possibilidade jurídica de condenação da administração pública em todos os haveres trabalhistas Empreitada, subempreitada e dono da obra Análise do artigo 455 da CLT: Súmula nº 363 do TST. Contrato nulo. Efeitos. A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. OJ 383 SDI-1 do TST. Terceirização. Empregados da empresa prestadora de serviços e da tomadora. Isonomia. ART. 12, A, DA LEI Nº 6.019, DE A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do art. 12, a, da Lei nº 6.019, de Art Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro. Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos
5 termos da lei civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a garantia das obrigações previstas neste artigo. Construção civil Dono da Obra Empreiteiro Principal Subempreiteiro Vínculo empregatício. Empregado Contrato de empreitada: é aquele que tem por objeto uma obra. A CLT estabelece que o subempreiteiro é o responsável principal pelo adimplemento dos direitos trabalhistas. Em caso de inadimplemento por parte do subempreiteiro, o empregado poderá acionar o empreiteiro principal. Nota: Há controvérsia doutrinária e jurisprudência sobre a espécie de responsabilidade do empreiteiro principal, porém, vem prevalecendo o entendimento de que a responsabilidade é subsidiária. Artigo 455 da CLT (vide acima) e artigo 265 do CC. Art A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. Ademais, a CLT prevê a possibilidade do exercício do direito de regresso do empreiteiro principal em relação ao subempreiteiro, sendo que o direito de regresso deverá ser exercido na justiça comum. Artigo 455, parágrafo único da CLT (vide acima). A responsabilidade do dono da obra é regulamentada pela OJ 191 da SDI-1 do TST: OJ 191 SDI-1 do TST. Contrato de empreitada. Dono da obra de construção civil. Responsabilidade. Diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de construção civil entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora. Diante da inexistencia de previsão legal, o TST entende que o dono da obra não possui responsabilidade trabalhista subsidiária ou solidária, salvo se for uma construtora ou incorporadora. Fundamento da ressalva: A atividade exercida tem o objetivo de auferir lucro. Observação: Há controvérsia doutrinaria e jurisprudêncial sobre a respectiva espécie de responsabilidade. Contudo, prevalece o entendimento de que a responsabilidade é subsidiária Cooperativas de trabalho Princípios que regem as cooperativas de trabalho:
6 1) Princípio da dupla qualidade: o cooperado ostenta simultaneamente a qualidade de cooperado e cliente. 2) Princípio da retribuição pessoal diferenciada: o cooperado ao se associar aufere vantagens que lhe trazem uma retribuição pessoal superior a sua atuação isolada. 3) Princípio affectio societatis : é à vontade direcionada a união de esforço em prol de um objetivo comum Classificação das cooperativas: Modalidades de cooperativas lícitas: 1) Coopertativas de produção: são aquelas que têm por objetivo a produção de alguma coisa. Ex: Suco de laranja. 2) Cooperativas de serviços ou profissionais liberais. Exemplo: taxistas, médicos. uma cooperativa lícita. Modalidade de cooperativa ilícita: 3) Cooperativas de fornecimento de mão de obra: trata-se de intermediação ilícita de mão de obra formando-se o vínculo empregatício diretamente com o tomador de serviços, conforme a Súmula 331, item I do TST (vide acima). As cooperativas estão previstas na Lei 5.764/71 e na Lei de 19 de julho de 2012 (Nova lei de cooperativas). A Lei /12 determinou a revogação do parágrafo único do artigo 442 da CLT. Art Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. A redação do mencionado parágrafo único do artigo 442 da CLT embora revogada, encontrava respaldo na Lei 5.764/71. Desta forma, nas cooperativas lícitas não há vínculo empregatício entre o cooperado e a cooperativa, e nem entre o cooperado e os tomadores de serviços da cooperativa Contrato de Aprendizagem Esta previsto nos artigo 428 a 433 da CLT e é uma modalidade de contrato a termo. Art Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em
7 programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. 1 o A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. 2 o Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora 3 o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. 4 o A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho. 5 o A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica a aprendizes portadores de deficiência. 6 o Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de aprendiz portador de deficiência mental deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a profissionalização. 7 o Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do disposto no 1 o deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental. Art Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional. a) revogada; b) revogada. 1 o -A. O limite fixado neste artigo não se aplica quando o empregador for entidade sem fins lucrativos, que tenha por objetivo a educação profissional.
8 1 o As frações de unidade, no cálculo da percentagem de que trata o caput, darão lugar à admissão de um aprendiz. 2 o Os estabelecimentos de que trata o caput ofertarão vagas de aprendizes a adolescentes usuários do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os estabelecimentos e os gestores dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo locais. Art Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, a saber: I Escolas Técnicas de Educação; II entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. 1 o As entidades mencionadas neste artigo deverão contar com estrutura adequada ao desenvolvimento dos programas de aprendizagem, de forma a manter a qualidade do processo de ensino, bem como acompanhar e avaliar os resultados. 2 o Aos aprendizes que concluírem os cursos de aprendizagem, com aproveitamento, será concedido certificado de qualificação profissional. 3 o O Ministério do Trabalho e Emprego fixará normas para avaliação da competência das entidades mencionadas no inciso II deste artigo. Art A contratação do aprendiz poderá ser efetivada pela empresa onde se realizará a aprendizagem ou pelas entidades mencionadas no inciso II do art. 430, caso em que não gera vínculo de emprego com a empresa tomadora dos serviços. Art A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. 1 o O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica. 2 o Revogado.
9 Art O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no 5 o do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses: a) revogada; b) revogada I desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz; (AC) II falta disciplinar grave; III ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou (AC) IV a pedido do aprendiz. (AC) Parágrafo único. Revogado. 2 o Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 desta Consolidação às hipóteses de extinção do contrato mencionadas neste artigo. Regras: 1) Idade do aprendiz: dos 14 aos 24 anos, salvo portadores de deficiência. 2) Prazo máximo de vigência do contrato: 2 anos, salvo portadores de necessidades especiais. 3) Contrato de trabalho especial: a) Objeto: formação técnico-profissional metódica. Tendo em vista o desenvolvimento físico, moral e psicológico do aprendiz. É um exemplo de trabalho educativo (Artigo 68 do ECA). Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade regular remunerada. 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem sobre o aspecto produtivo. 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo. b) Principal obrigação do aprendiz: executar com zelo e diligência as atividades.
10 4) Contrato escrito. 5) Requisitos de validade: a) Anotação na CTPS. b) Matrícula e frequência regular do aprendiz, se este ainda não completou o ensino médio; Observação: se a localidade de prestação de serviços não oferecer ensino médio, este requisito será dispensado, desde que o aprendiz já tenha completado o ensino fundamental. c) Inscrição no programa de aprendizagem. Observação 1: Em regra, este programa será desenvolvido no sistema S. Exemplo: SESI, SENAI, SENAC etc. Se o sistema S não comportar toda a demanda, a aprendizagem também poderá ser desenvolvida nas escolas técnicas de educação e nas entidades sem fins lucrativos de assistência ao adolescente e a educação profissional, inscritas no conselho municipal dos direitos da criança e do adolescente. Observação 2: A CLT prevê a possibilidade de contratação de aprendiz sem vínculo empregatício, nas entidades sem fins lucrativos destinados a educação profissional. 6) Percentual mínimo de aprendiz nas empresas: no mínimo 5% e no máximo 15%. Observação 1: quando a verificação das porcetagens acima apresentadas perfazer número quebrado, este deverá ser arredondado para cima. Observação 2: Exceções: a) Entidades sem fins lucrativos destinadas a educação profissional. b) Artigo 51, III da Lei Complementar 123 de Neste caso não há obrigatoriedade na contratação de aprendiz nas micro-empresas e empresas de pequreno porte. 7) Alíquota do FGTS a ser recolhida pelo empregador: 2%. 8) O aprendiz tem direito ao salário mínimo/hora. Art. 51. As microempresas e as empresas de pequeno porte são dispensadas: III - de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem; 9) Jornada do aprendiz: limite de seis horas diárias, sendo vedada a compensação e a prorrogação. Observação: A jornada poderá ser de até oito horas diárias, se o aprendiz já completou o ensino fundamental, e forem computadas as horas destinadas a prendizagem teórica. 10) Hipóteses de extinção do contrato de aprendizagem:
11 a) Término do prazo, salvo portador de necessidades especiais. b) Quando o aprendiz completar 24 anos, salvo portador de necessidades especiais. c) Extinção antecipada: c 1) c 2) c 3) Falta disciplinar grave; Desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz; Ausência injustificada a escola que implique perda do ano letivo. 11) Não são aplicáveis ao aprendiz os artigos 479 e 480 da CLT (Extinção antecipada imotivada) Art Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. Parágrafo único - Para a execução do que dispõe o presente artigo, o cálculo da parte variável ou incerta dos salários será feito de acordo com o prescrito para o cálculo da indenização referente à rescisão dos contratos por prazo indeterminado. Art Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. 1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições. Observação: Todavia, é possível a extinção do contrato a requerimento do aprendiz Contrato a termo da Lei 9.601/98 Também denominado de contrato FHC. Foi uma tentativa de flexibilização dos direitos trabalhistas. Regras: 1) Prazo máximo de 2 anos. 2) Não é aplicável o parágrafo 2 do artigo 443 da CLT(três hipóteses de pactuação: serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a contratação, de atividades empresariais de caráter transitório e de contrato de experiência). Possibilidade de contratação para qualquer atividade. Art O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:
12 a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência. 3) Não é aplicável o artigo 451 da CLT. Possibilidade de várias contratações dentro do prazo máximo. Art O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. 4) Não são aplicáveis os artigos 479 e 480 da CLT (vide acima). A indenização pela extinção antecipada e imotivada do contrato será prevista no instrumento de negociação coletiva (convenção ou acordo coletivo). 5) Este contrato a termo para ser válido, depende de convenção ou acordo coletivo Contrato a termo na Lei dos empregados rurais Contrato de Safra: aquele que depende das variações estacionais da atividade agrárias. Artigo 14 da Lei 5.889/73: Art. 14. Expirado normalmente o contrato, a empresa pagará ao safrista, a título de indenização do tempo de serviço, importância correspondente a 1/12 (um doze avos) do salário mensal, por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. Parágrafo único. Considera-se contrato de safra o que tenha sua duração dependente de variações estacionais da atividade agrária. Contrato de trabalhador rural por pequeno prazo: Se superar o período de dois meses dentro de um ano, transforma-se em por prazo indeterminado. Artigo 14-A da Lei 5.889/73: 2. Duração do trabalho e intervalos: 2.1. Conceitos: Art. 14-A. O produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de trabalhador rural por pequeno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária. 1 o A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo que, dentro do período de 1 (um) ano, superar 2 (dois) meses fica convertida em contrato de trabalho por prazo indeterminado, observando-se os termos da legislação aplicável. Conceito de jornada: a palavra jornada tem origem na expressão italiana giorno, giornata que significa dia.
13 A jornada é o tempo diário a disposição do empregador. Conceito de serviço efetivo: é o tempo a disposição do empregador aguardando ou executando ordens (Artigo 4 caput da CLT). Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. Observação: A súmula 429 do TST trata do tempo de deslocamento entre a portaria e o local de trabalho. Exemplo: Montadoras de automóveis. Súmula nº 429 do TST. Tempo à disposição do empregador. Art. 4º da CLT. Período de deslocamento entre a portaria e o local de trabalho. Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez) minutos diários. Este período será considerado a disposição do empregador se superar o limite diário de 10 minutos. A previsão constitucional da duração do trabalho: Artigo 7, XIII e XVI da CF: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; Observação 1: é facultada a compensação de horário e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva. Observação 2: A OJ 358 da SDI-1 do TST entende que é licíto o pagamento do salário mínimo proporcional ou do piso proporcional, para o empregado contratado em jornada reduzida. OJ 358 SDI-1 do TST. Salário mínimo e piso salarial proporcional à jornada reduzida. Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado.
E S T A D O D O M A T O G R O S S O
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