Regulamento Disciplinar
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- Judite Pacheco Borges
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1 TERRITÓRIO EDUCATIVO DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA Regulamento Disciplinar Parecer positivo do CP em 3 de fevereiro de 2014 Aprovado em CG de 13 de fevereiro de 2014
2 Nota Introdutória Um dos maiores desafios que se nos colocam atualmente, de uma forma crescente e cada vez mais preocupante, é a prevenção e o controlo das situações de indisciplina e alguma violência escolar na sala de aula, mas também em outros espaços dos diferentes estabelecimentos de ensino do Agrupamento de Escolas, em quase todos os níveis de escolaridade. Nesse sentido, o Gabinete de Mediação de Conflitos (GMC), articulado com a ação do Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF), é uma das ações de melhoria propostas no âmbito do Projeto Educativo do Território Educativo de Intervenção Prioritária que constitui o nosso Agrupamento e tem como objetivos mediar os conflitos ocorridos em sala de aula, procurando mudar as representações e os comportamentos dos alunos e, por essa via, reconstruir as relações pedagógicas e sociais entre aluno/professor e aluno/alunos. Procura também criar melhores condições de ensino e aprendizagem nas salas de aula. Contudo, o encaminhamento para o GMC não dá resposta às ocorrências que surgem nos intervalos das aulas ou em espaços como a cantina escolar, durante as horas de almoço. Nem tem sido capaz de dissuadir, por si só, as reincidências dos alunos mais problemáticos, tendo-se vindo a refletir sobre a necessidade de fazer corresponder a este encaminhamento medidas educativas mais firmes e mais articuladas com o Estatuto do Aluno e Ética Escolar e as medidas disciplinares previstas no Regulamento Interno. É com este propósito que surge o presente Regulamento Disciplinar, procurando orientar e integrar a intervenção ao nível das questões disciplinares. Este define um conjunto de comportamentos/atitudes hierarquizados por graus de gravidade e faz corresponder a cada um destes graus diferentes formas de atuação, identificando claramente as medidas educativas ou corretivas a adotar e os responsáveis pela sua aplicação.
3 Comportamentos, Medidas e Procedimentos - Graus Os comportamentos de Grau I são resolvidos pelo professor/funcionário em primeira instância, podendo dar origem a uma participação de ocorrência e/ou à marcação de falta; são obrigatoriamente comunicados aos Professores Titulares de Turma/Diretores de Turma; não dão origem a procedimento disciplinar, salvo em caso de reincidência Comportamentos Grau I Desobedecer às orientações do professor de modo reiterado; Intervir inoportunamente, perturbando o normal funcionamento da aula; Perturbar os colegas; Manifestar atitudes impróprias/desajustadas; Danificar o património da escola ou dos colegas; Perturbar sistematicamente o funcionamento da aula; Gritar e/ou proferir palavrões bem como atitudes ou gestos ofensivos entre pares; Não acatar instruções do pessoal docente e pessoal não docente. Não zelar pela preservação, conservação e asseio das instalações, material didático, mobiliário e espaços verdes da escola. Usar indevida e deliberadamente o telemóvel ou outros aparelhos que emitam sinais sonoros, visuais ou electrónicos. De 1 a 3 Atingir três ou cinco situações (reincidências) de comportamentos perturbadores grau 1. Ser reincidente após a aplicação das medidas previstas nos pontos anteriores. Medidas e Procedimentos Medida corretiva de ordem de saída, se o comportamento perturbador tiver ocorrid o dentro da sala de aula, dirigindo-se ao GMC ou ao Gabinete do Coordenador de Estabelecimento, devidamente acompanhado por um Assistente Operacional. As medidas a adotar serão sempre definidas após participação da ocorrência ao Diretor de Turma e os procedimentos os definidos no âmbito do funcionamento do GMC e/ou no presente regulamento. Medida corretiva de realização de tarefas e atividades de integração escolar, se o comportamento perturbador tiver ocorrido nos espaços comuns ou espaços exteriores. No 1º CEB, a ocorrência em sala de aula e a saída desta é tratada pelo Coordenador de Estabelecimento, devendo aplicar-se uma das seguintes medidas corretivas: Realização de um trabalho extra em casa ou um registo de reflexão sobre a ocorrência disciplinar (com obrigatoriedade do relato pelo aluno, exceto no 1º ano ou em caso de o aluno ainda não saber escrever); O impedimento de ir ao intervalo ou à Biblioteca Escolar. Nas Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC), o professor regista a ocorrência e comunica-a ao Coordenador de Estabelecimento e ao Titular de Turma. Este último dá conhecimento da ocorrência ao encarregado de educação, aplicando-se uma das medidas corretivas anteriores. Acompanhamento do aluno ao gabinete do Diretor/Coordenador de Estabelecimento. Limpeza dos espaços ou dos equipamentos. Apreensão do aparelho pelo professor que o entrega, no final da aula, no gabinete da Direção/Coordenador de Estabelecimento. O aparelho é levantado pelo Encarregado de Educação. Comunicação imediata da ocorrência pelo Diretor de Turma ou Professor Titular de Turma ao Encarregado de Educação. A aplicação no decurso do mesmo ano letivo e ao mesmo aluno da medida corretiva de ordem de saída da sala de aula pela terceira vez, por parte do mesmo professor, ou pela quinta vez, independentemente do professor que a aplicou, implica a análise da situação em Conselho de Turma (artigo 111º do Regulamento Interno). Realização de uma reunião com a D ireção, o Encarregado de Educação e o aluno, com vista a possível Aplicação da medida corretiva de realização de tarefas de integração escolar; Aplicação da medida disciplinar sancionatória. Referenciação para o Gabinete de Apoio ao Aluno e Família (GAAF). A Direção poderá desencadear o procedimento disciplinar que seguirá os trâmites legais. Condicionamento do aluno no acesso a espaços escolares e/ou na utilização de materiais e equipamentos nos termos a definir pela direção.
4 Os comportamentos de Grau II são resolvidos pela Direção, após entrega de participação de ocorrência pelo Diretor de Turma, podendo ser objeto de procedimento disciplinar e dar origem a aplicação de sanção imediata pela Direção e/ou restrição no acesso a espaços ou atividades de enriquecimento curricular Comportamentos Grau II Utilizar meios fraudulentos na prestação de provas de avaliação. Apropriar-se indevidamente de bens de terceiros (furto). Consumir álcool e substâncias ilícitas dentro do recinto escolar. Medidas e Procedimentos Anulação de prova ou de parte de prova, cabendo ao professor a análise da situação, que deverá ser comunicada ao Diretor de Turma, Direção e convocado o Encarregado de Educação. Participação da ocorrência pela Direção à Escola Segura. 4 Praticar atos de agressão física Usar indevidamente câmara fotográfica, aparelhos de gravação áudio e/ou vídeo dentro da sala de aula ou no recinto escolar. Recusar sair da sala de aula, resistindo à autoridade do professor. Usar/incitar o uso de linguagem que é ameaçadora, humilhante ou intimidatória para outra pessoa (Bullying). Causar danos nas instalações, equipamentos ou mobiliário. De 1 a 7 De 1 a 8 Ser reincidente após a aplicação das medidas previstas nos pontos anteriores. Apreensão do aparelho pelo professor que o entrega, no final da aula, no gabinete da Direção/Coordenador de Estabelecimento. O aparelho é levantado pelo Encarregado de Educação. Não participação em atividades lúdicas promovidas pela escola. Acompanhamento do aluno ao gabinete do Diretor/Coordenador de Estabelecimento. Medida disciplinar sancionatória de 2 dias de suspensão. Acompanhamento do aluno ao gabinete da Direção. Pagamento da reparação dos estragos ou substituição dos equipamentos danificados. Não participação em atividades lúdicas promovidas pela escola. Desencadeamento do procedimento disciplinar pela Direção que seguirá os trâmites legais. O Professor Titular de Turma ou o Diretor de Turma convoca, com caráter de urgência, o Encarregado de Educação, a fim de lhe dar conhecimento da ocorrência e corresponsabilizá-lo pelo sucedido. Tipificação do comportamento como Grau III e aplicação das medidas correspondentes.
5 Os comportamentos de Grau III são considerados Infrações Muito Graves. São resolvidos pela Direção, após entrega de participação de ocorrência pelo Diretor de Turma, são objeto de procedimento disciplinar e podem dar origem à participação a forças policiais e/ou outros organismos Comportamentos Grau III Praticar situações de contra ordenação, de crime, ou de facto qualificado de crime. Destruir/incitar a destruição dos bens da propriedade da escola, bens pertencentes a qualquer elemento da comunidade escolar ou bens de qualquer entidade que participe numa atividade da escola. Cometer/incitar outros a cometer algum ato que envolva um delito civil grave ou crime (posse ou venda de objetos roubados, posse, uso ou venda de substâncias ilegais, roubo ). Atentar contra a propriedade privada, usando violência. Medidas e Procedimentos O aluno é acompanhado por um funcionário/professor ao gabinete da Direção. O Diretor desencadeará o procedimento disciplinar que seguirá os trâmites legais, participando a ocorrência às entidades competentes (Polícia, CPCJ, Ministério Público). O Diretor convoca, com caráter de urgência, o Encarregado de Educação a fim de lhe dar conhecimento da ocorrência e corresponsabilizá-lo pelo sucedido. 5 Falsificar documentos. 6 Usar/incitar o uso da força com consumação do ato de agressão física a um membro da comunidade escolar. Outras situações, não tipificadas, são resolvidas, no momento, pela Direção, com recurso a medidas sancionatórias conformes ao Estatuto do Aluno e Ética Escolar. O Presidente da CAP O Presidente do Conselho Geral
6 Notas A educação Pré-escolar, pela sua especificidade, merece uma abordagem especial. Assim, o Regulamento disciplinar deverá ter em atenção: Comportamento Norma infringida Procedimento Falta sistematicamente ao Jardim de Infância. Dever de assiduidade Relembrar ao Encarregado de Educação que deve cumprir as normas estipuladas no Regulamento Interno do Jardim de Infância. Sensibilizar o Encarregado de Educação para a importância da assiduidade no período Pré- escolar, uma vez que é fundamental criar rotinas sólidas durante este período escolar. Chega sistematicamente atrasada ao Jardim de Infância. Dever de pontualidade Relembrar o Encarregado de Educação de que deve cumprir as normas estipuladas no Regulamento Interno do Jardim de Infância relativamente ao cumprimento dos horários. Não cumpre as rotinas e regras estabelecidas no início do ano com o acordo do Encarregado de Educação. Deveres específicos Relembrar o Encarregado de Educação as regras estabelecidas e acordadas no início do ano letivo para o funcionamento coerente do quotidiano do Jardim de Infância. Leva um medicamento para ser administrado sem a cópia da respetiva receita médica. Deveres específicos Relembrar o Encarregado de Educação de que deve evitar determinados fármacos durante o horário escolar, exceto em caso de antibióticos e estes devem ser acompanhados da respetiva receita médica. O Encarregado de Educação não comunica através da Caderneta do Aluno. Deveres específicos Sensibilizar o Encarregado de Educação para a importância do recurso a este documento sempre que é necessário informar ou comunicar o docente acerca de assuntos relacionados com o seu educando.
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