VIOLÊNCIA SEXUAL: DESAFIO CONCEITUAL E DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL NO MUNICÍPIO DE ASSIS CHATEAUBRIAND/PR 1

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1 VIOLÊNCIA SEXUAL: DESAFIO CONCEITUAL E DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL NO MUNICÍPIO DE ASSIS CHATEAUBRIAND/PR 1 LIMA, Edyane Silva de (UEM) MAIO, Eliane Rose (UEM) Introdução Apresentaremos a proposta investigativa que delineará nossa dissertação de mestrado do programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Estadual de Maringá, a qual se propõe discutir a temática violência sexual e sue rebatimento na conceituação e formação profissional para o ensino fundamental no município de Assis Chateaubriand/PR. Refletindo sobre a necessidade da escola contemplar tal temática, com intuito de promover seu enfrentamento e prevenção, visto que configura-se em uma demanda de seu cotidiano. A violência, conforme apontado por Adorno (1998 apud AZEVEDO, 1989), abrange várias situações caracterizadas pela coisificação do sujeito nas relações interpessoais, sua conversão em objetos. Caracteriza-se por um fenômeno que sempre se manifestou em todas as classes sociais de forma articulada ao nível de desenvolvimento civilizatório da sociedade. Historicamente crianças e adolescentes foram vitimizados por meio de castigos corporais e métodos severos, dando margem ao abandono, assassinatos, espancamentos e ate mesmo abusos sexuais que ocorrem desde o século XVII, demarcado pela ausência de políticas públicas de proteção, se reforçando durante os séculos XX e XXI, observada a dominação e discriminação social prevalecentes (FALEIROS, 2000). 1 Este texto trata do conteúdo do projeto de dissertação de mestrado desenvolvido no programa de Pós- Graduação em Educação, da Universidade Estadual de Maringá, por Edyane Silva de Lima, sob a orientação da Professora Dra. Eliane Rose Maio. 1

2 A violência sexual começa a ser enfrentada no final do século XX, sendo que somente com o Estado Democrático de Direitos tem-se a perspectiva de romper com alguns padrões antigos, preconizando os direitos humanos e implica em tecer relações de trocas afetivas e de aprendizagem, coibir abusos, enfrentar ameaças, proteger os vulneráveis e as testemunhas e responsabilizar os agressores (SANTOS, 2004, p.11) Sobretudo nos anos de 1990 inicia-se o rompimento com o segredo de família como até então tratado o fenômeno da violência sexual, incluindo a temática na agenda do Estado, ganhando dimensão de frentes nacionais e internacionais para o seu enfrentamento, desencadeando vários eventos que deram visibilidade para discussão do assunto, resultando dessas lutas de mobilizações o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil, no Rio Grande do Norte em (FALEIROS, 2000) Algumas considerações sobre violência sexual Para o tratamento da temática aqui proposta faz-se necessário trabalhar com os conceitos de violência sexual, responsabilidades institucionais, formas de intervenção na perspectiva de constituir a formação profissional com intuito de prevenir e lidar com esta questão. Muitos autores tecem considerações acerca, destacando Faleiros e Azevedo, bem como legislações e documentos como o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Constituição Federal, o Código Penal, relatórios e planos, sobretudo não menos importantes filmes que abordam sobre os tipos de violência. Para elucidar a dimensão referencial teórica de nossa proposta trataremos do conceito de violência sexual, delineando a lógica de intervenção para o combate e a prevenção, ofertando indicativos sobre a importância da formação dos profissionais da educação para viabilidade e compreensão afim do enfretamento da temática central. O fenômeno da violência conforme apontado por Adorno, 1998 apud Azevedo, 1989 abrange várias situações caracterizadas pela coisificação do sujeito nas relações interpessoais, sua conversão em objetos, sendo que a violência contra crianças e adolescentes sempre se manifestou em todas as classes sociais de forma articulada ao nível de desenvolvimento civilizatório da sociedade. Historicamente esses indivíduos 2

3 foram vitimizados por meio de castigos corporais e métodos severos dando margem ao abandono, assassinatos, espancamentos e ate mesmo abusos sexuais que ocorrem desde o século XVII, demarcado pela ausência de políticas publicas de proteção, se reforçando durante os séculos XX e XXI observada a dominação e discriminação social prevalecentes. (Faleiros, 2000) A violência sexual começa a ser enfrentada no final do século XX, sendo que somente com Estado Democrático de Direitos tem-se a perspectiva de romper com alguns padrões antigos, preconizando os direitos humanos e implica em tecer relações de trocas afetivas e de aprendizagem, coibir abusos, enfrentar ameaças, proteger os vulneráveis e as testemunhas e responsabilizar os agressores (GUIA ESCOLAR, 2004, p.11) Sobretudo nos anos de 1990 inicia-se o rompimento com o segredo de família como até então tratado o fenômeno da violência sexual, incluindo a temática na agenda do Estado, ganhando dimensão de frentes nacionais e internacionais para o seu enfrentamento, desencadeando vários eventos que deram visibilidade para discussão do assunto, resultando dessas lutas de mobilizações o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil, no Rio Grande do Norte em A compreensão teórica da violência sexual sob visão de crianças como seres puros e inocentes não ajuda muito no combate a violência sexual, visto que o erotismo é inerente a espécie humana, pois é responsabilidade do adulto estabelecer a fronteira entre afeto e sexo, respeitando o desenvolvimento sexual da criança e do adolescente (Guia Escolar, 2004). Em virtude dessa dimensão do erotismo não ser delimitada por parâmetros de limites sociais, não ser respeitada, fez-se necessário a promulgação de legislação pertinente a violência sexual enquanto crime 2. Porem a notificação desses casos às autoridades competentes ainda é desafio a ser efetivado, pois o medo, o não comprometimento, a demora na resolutividade dessas situações faz com este procedimento inicial e estritamente necessário não ocorra. 2 Conforme Constituição Federal de 1988, artigo 227, 4º e o previsto no Código Penal Lei nº /

4 Para tanto desde o abuso sexual que se evidencia a partir da satisfação sexual do adulto mediante o uso da criança ou do adolescente, que pode se caracterizar desde caricias, manipulação de genitália, mama ou anus, até a exploração comercial sob relações de abuso de poder, prostituição, turismo sexual, pornografia e o tráfico para estes fins se classificam nos tipos de violência sexual contra criança que por ora também são o mesmo publico atendido pelos estabelecimentos de ensino e tem as mais diversas seqüelas desta pratica como a tendência a prostituição e homossexualidade, lesões e disfunções sexuais e psicológicas, e o próprio suicídio. (Braun, 2002) Em pesquisa realizada por Martinez 2000 observa-se que vários países de 7 a 36% das mulheres e de 3 a 29% dos homens já sofreram abuso sexual na infância, sobre isto destacamos enquanto uma das maneiras, e como uma das instituições de enfretamento a esta expressão da questão social a unidade escolar e o professor, corroborando a idéia de Bruno e Williams (2003) de que a escola é o lugar ideal para prevenção, intervenção e enfretamento deste fenômeno, haja visto que o próprio Estatuto da Criança e Adolescente tem como objetivo estabelecer ações articuladas para intervenção técnica, política e financeira para o enfretamento a violência infanto-juvenil. Possibilitando a esses sujeitos ao menos apoio. A violência sexual assume em duas especificidades, sendo: - Abuso sexual que consiste no ato ou jogo sexual em que o adulto submete a criança ou o adolescente (relação de poder desigual) para se estimular ou satisfazer-se sexualmente, impondo-se pela força física, pela ameaça ou pela sedução, com palavras ou com a oferta de presentes (ANDIO, 2002); e - Exploração sexual que compreende o abuso sexual praticado por adultos e a remuneração em espécie ao menino ou menina e a uma terceira pessoa ou várias. A criança é tratada como objeto sexual e mercadoria. A exploração sexual comercial constitui uma forma de coerção e violência contra crianças, que pode implicar trabalho forçado e forma contemporânea de escravidão (Declaração aprovada no Congresso Mundial contra Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes, Estocolbo 1996) Algumas crianças são vitimizadas quando ainda são muito pequenas. Embora os casos de abuso sexual se concentrem na faixa etária entre 7 e 14 anos, mais de um terço 4

5 das notificações de abuso sexual envolvem crianças de 5 anos ou menos. (Azevedo e Guerra, 1997) Sob estes pressupostos, a identificação de casos de violência é obrigação dos profissionais que trabalham com os mesmos e em especial o professor conforme previsto no artigo 245 e 13 do ECA em que: deixar o medico, o professor ou responsável por estabelecimento de atenção a saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar a autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente: Pena: multa de 3 a 20 salários de referencia, aplicando-se o dobro no caso de reincidência. Os casos suspeita ou confirmação de maus- tratos contra a criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo e outras providencias legais. Até porque a figura do professor denota parte integrante do segundo círculo de formação e referência da criança em seu desenvolvimento, sendo de extrema importância a notificação por este profissional para romper com o circulo do silêncio. A escola tem compromisso ético e legal de notificar as autoridades competentes sobre casos suspeitos ou confirmados de maus-tratos, que inclui a violência sexual, objetivando garantir a qualidade de vida e fomentar a cidadania. Bem como são proposições dessa natureza que tem a possibilidade de auxiliar os gestores públicos na formulação e destinação de recursos de forma racionalizada condizente com a expressão real da sociedade, mesmo quando esta ultrapasse o limites do particular, como ainda muitos compreendem o fenômeno da violência sexual. Pretensão metodológica Objetivando compreender sobre a concepção e a forma de tratamento dispensadas pelos profissionais da educação municipal de Assis Chateaubriand a violência sexual na perspectiva de enfrentamento e prevenção, entende-se necessário conhecer alguns aspectos como: 5

6 - O nível compreensão/entendimento dos professores, equipe pedagógica, diretores e gestores da educação municipal sobre violência sexual; - A produção teórica voltada aos profissionais da educação no âmbito do município e seu rebatimento na formação de uma proposta pedagógica; - O tratamento/encaminhamentos aos casos de violência sexual na educação municipal dispensados pelos profissionais da educação (professores e equipe pedagógica; e - As estratégias de prevenção a violência sexual no âmbito escolar municipal. A partir destas questões norteadoras e da realidade social local da pesquisa que pode ser visualizada mediante um conjunto de dados que foram propiciados o levantamento em virtude da proximidade e experiência profissional de atuação junto ao serviço de enfretamento a violência contra crianças e adolescentes desde 2007 no município de Assis Chateaubriand/PR. Verificou-se demanda de 68 casos de violência registrados contra criança pelo Conselho Tutelar local, destes 43 se concentra na faixa etária de 00 a 10 anos 3, destes 22 sujeitos foram e/ou estão sendo atendidos pelo CREAS (Centro de Referencia Especializado de Assistência Social) sendo 9 meninos e 13 meninas, onde o tipo de violação de direitos observado são negligência 4 casos, sexual 13 casos e múltipla violência 5 casos 4, registrando-se 18 casos de violência sexual do total de 22. Estando estes sujeitos alocados em diversos bairros 5 e localidades da cidade 6, cuja faixa de idade compreende a inserção no âmbito do ensino fundamental local. Caracterizando que no ambiente familiar há mais incidência da violência sexual, percebendo isto no vínculo do agressor, que se distribui assim: pai 6, mãe 2, padrasto 2, avô 2, tio 1, conhecido/vizinho 5, desconhecido 2, e 2 sem informação, ou seja 13 fazem parte do ambiente familiar, fazendo com que a situação seja preservada em segredo de família. 3 Dados do SIPIA Sistema Informatizado para Infância e Adolescência, período de 01/01/2007 a 06/07/ Que inclui sexual e negligencia. 5 Bairros: Primavera 3, Bela Vista 4, Progresso 5, Carolina 1, Araçá 3, Tropical 1, Centro 1, América 1 e Paraná 1. 6 Localidade pois trata-se de locais distante da sede do município: Terra Nova 1 e Bragantina 1. 6

7 Entretanto crianças vitimizadas em contato com o segundo grupo de referência, a unidade de ensino, demonstram sinais da violação de direitos sofrida, exigindo uma postura dos que estão ao seu redor. Assim, os profissionais da educação depararam-se com esse segredo, tendo por dever romper com o mesmo para que o sujeito receba o mais rápido possível as intervenções profissionais necessárias para não continuar com esse ciclo de violência, bem como elaborar e não repetir esse comportamento. Para tanto a escola pode ter uma prática que possa intervir na prevenção e identificação desses casos de violência articulando-se a demais serviços. Diante disso, entendemos que primariamente os profissionais da educação devem estar preparados para saber se reportar a essas expressões, que também constituem suas demandas cotidianas. Justificando então esta proposta de investigação com intuito de observar a compreensão e a formação dos trabalhadores da educação municipal acerca da violência sexual. Vislumbrando contribuir no direcionamento de formulação de proposta pedagógica para formação dos mesmos, propiciando facilidade na identificação das vítimas, realização de trabalho preventivo e efetivação dos direitos fundamentas de crianças. Pois a prevenção primaria é a maneira mais econômica, eficaz e abrangente para se evitar a violência contra crianças. Através da prevenção primaria atua-se para modificar condutas e formar novas culturas, sensibilizando e mobilizando a sociedade (ABRAPIA, 2002) Então para fins de pesquisar a compreensão dos sujeitos sobre a violência sexual e suas formas de intervenção e formação para tal, partiremos de uma abordagem qualitativa, utilizando como método específico, a pesquisa exploratória. Segundo Gil, esse tipo de pesquisa visa proporcionar uma visão geral de um determinado fato, do tipo aproximativo, (...) [oferecendo] um maior conhecimento para o pesquisador acerca do assunto, a fim de que esse possa formular problemas mais precisos ou criar hipóteses que possam ser pesquisadas por estudos posteriores (1999, p. 43). Pressupondo a realização de levantamento bibliográfico e documental, posteriormente serão realizadas entrevistas com professores, equipe pedagógica, diretores e gestores da educação municipal de Assis Chateaubriand/PR, para que o 7

8 problema possa ser pesquisado e analisado, possibilitando desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias para a formulação de abordagens posteriores. Caracterização do ambiente e instrumentos de pesquisa O ambiente de realização da pesquisa ocorrerá nas unidades de ensino do município, sendo que do universo de 14 escolas e 4 centros de educação infantil, que compreende 311 funcionários diretos dessa política (professor, equipe pedagógica/diretores e coordenadores), realizaremos a pesquisa com uma amostra de 7 unidades (entre escolas e CEMEI s), justificando esta seleção pelos sujeitos terem se enquadrado na seleção amostral por critérios que compreendem as unidades que estão nos bairros em que o CREAS serviço de enfretamento a violência registrou casos de violência sexual, sendo um bairro de cada tipo escala populacional, isto é, que mais e menos populosos seguindo a amostragem do diagnóstico do município. Quanto a seleção dos profissionais das unidades que se corresponderam ao critério, será previamente apresentada a proposta de investigação e selecionado um profissional de cada série mediante sorteio ou a aquele que dispor a participar da pesquisada, sobretudo também abrangerá a equipe pedagógica da unidade, direção e gestor de educação, somando a 34 profissionais. Nos utilizaremos da entrevista semi-estruturada, visto que (...) parte de certos questionamentos básicos, apoiados em teorias e hipóteses que interessam a pesquisa, (TRIVIÑOS, 1994, p.146). contando um roteiro de questões previamente formulado, que possibilitarão uma abertura para a mudança ou mesmo para que os entrevistados possam depoimentos seguindo sua própria linha raciocínio. Por meio deste buscaremos compreender o nosso objeto de pesquisa, isto é, a concepção e a forma de tratamento dispensadas pelos profissionais da educação municipal de Assis Chateaubriand/PR sobre a violência sexual na perspectiva de seu enfrentamento e prevenção. Utilizaremos de gravador, caso o sujeito a ser pesquisado autorize com intuito de facilitar e melhor a apreensão dos dados coletados. Ademais, anterior a realização pesquisa, procederemos aos trâmites de autorização do Comitê de Ética e assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 8

9 Referências ABRAPIA. Maus-tratos contra crianças e adolescentes - proteção e prevenção: Guia de orientação para professores de saúde. Petrópolis, RJ: Autores e Agentes e Associados. 2ª. Ed. ABRAPIA, ASSIS CHATEAUBRIAND. Fatura de serviços do CREAS. Jan Jul Assis Chateaubriand, AZEVEDO, M.A.; GUERRA, V. (Org.) Crianças vitimizadas: a síndrome do pequeno poder. São Paulo: Iglu, Pele de asno é só historia... Um estudo sobre a vitimização sexual de crianças e adolescentes em família. São Paulo: Rocca BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069, de 13 de Julho de Disponível em: Acesso em 9 de jul de BRAUN, S. A violência sexual infantil na família: do silêncio à revelação do segredo. Porto Alegre: AGE, BRINO, R.F; WILLIANS, L.C.A. Concepções da professora acerca do abuso sexual infantil. Cadernos de Pesquisa, Julho, São Paulo: Fundação Carlos Chagas, Autores Associados. FALEIROS, E. T. S. Repensando os conceitos de violência, abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Brasília: Thesaurus, SANTOS, B. R. dos et al. Guia Escolar: métodos para identificação de sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. 2. Ed. Brasília: secretaria Especial dos direitos Humanos e Ministério da Educação, p. 9

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