O EXERCÍCIO DOS DIREITOS SOCIAIS ATRAVÉS DO COOPERATIVISMO

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1 O EXERCÍCIO DOS DIREITOS SOCIAIS ATRAVÉS DO COOPERATIVISMO EDIANE MULLER VIANA Advogada e Professora, Especialista em Cooperativismo UNISINOS Mestre em Ambiente e Desenvolvimento UNIVATES RESUMO: O desenvolvimento sustentável pressupõe o acesso de todos os brasileiros aos direitos sociais, garantidos na Constituição Federal. Logo, é dever do Estado viabilizar o acesso ao trabalho, o qual pode ser exercido através do cooperativismo, que tem sido responsável pela inclusão social de muitas pessoas, mas também têm sido alvo de ações do próprio Estado, as quais o enfraquece e fragiliza. Palavras-chave: Cooperativismo, Trabalho, Direitos Sociais ABSTRACT: Sustainable development requires access to all Brazilians to social rights, guaranteed by the Constitution. Therefore, it is the duty of the state enabling access to work, which can be exercised through the cooperative, which has been responsible for the inclusion of many people, but have also been targeted in the state itself, which weakens and weakens. Keyword: Cooperatives, Labor, Social Rights 1.1 Direitos Sociais previstos na Constituição Federal de Social Rights in the Federal Constitution of 1988

2 O desenvolvimento sustentável pressupõe o acesso de todos aos direitos sociais, dentre os quais se destaca o exercício do trabalho. Neste contexto, é premissa do Estado garantir a todos os brasileiros o exercício regular de qualquer trabalho, ofício ou profissão, conforme previsto nos artigos 5, XIII, e 6, da Constituição Federal de Art. 5º Todos os brasileiros são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade nos termos seguintes: XIII é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. O trabalho, ofício ou profissão pode ser exercido formalmente, mediante relação empregatícia ou autônoma, assim como pode ser exercido informalmente de modo autônomo. A primeira hipótese pressupõe vínculo de emprego, decorrente da assinatura da Carteira de Trabalho e Previdência Social CTPS, havendo uma relação de emprego caracterizada pela subordinação, habitualidade e salário fixo, nos termos do artigo 3, da Consolidação das Leis do Trabalho. A segunda hipótese elencada refere-se ao exercício do trabalho formal através do cooperativismo, caracterizado pelo vínculo societário, do qual emana a prestação de serviços de modo livre, autônomo e independente, nos termos definidos pela Política Nacional de Cooperativismo, Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, e pelos dispositivos do Código Civil, artigos 1093 a Finalmente, a terceira possibilidade de exercício do trabalho diz respeito ao trabalhador autônomo que, individualmente, realiza o seu trabalho, sem regulamentação legal de qualquer espécie, oriunda de vínculo empregatício ou societário. Oportunamente vamos tratar da consecução do direito social trabalho exercido através das sociedades cooperativas, as quais têm crescido significativamente no Brasil e têm sido responsáveis pela inclusão social de muitos ex-desempregados, gerando renda e resgate da dignidade destas pessoas. Por consequência, trata-se de um processo em cadeia que, ao gerar renda, propicia acesso a bens de consumo, à educação, à moradia, entre outros.

3 1.2 O Surgimento do Cooperativismo 1.3 The Emergence of Cooperatives O cooperativismo surge a partir do socialismo utópico, aproveitando os valores positivos do capitalismo e do socialismo, colocando-se entre meio destes. Segundo SHNEIDER (2003), as cooperativas surgem como uma reação do mundo operário e camponês à grave situação de exploração durante a primeira fase da Revolução Industrial, quando o liberalismo de então era contrário a qualquer forma de associação profissional, que visasse a defesa dos interesses de classe. O capitalismo constrói, involuntariamente, um coletivismo privado, funcionando em proveito de alguns e em detrimento da maioria. A Revolução Industrial criou uma classe de trabalhadores desprovidos de capital, sem cultura, sem proteção da Lei, obrigados a trabalhar em condições insalubres e a cumprir jornadas excessivas de trabalho, cuja única saída era a associação de esforços, graças à qual os indivíduos podiam adquirir a força necessária para a sobrevivência mais digna. Segundo SCHNEIDER (p. 33, 2003) 1 : Todas as iniciativas de cooperação existentes antes do século XIX caracterizavamse por uma cooperação informal e assistemática, com as formas de ajuda mútua existentes entre a população rural de vários países. [...] A cooperação mais sistemática, que se daria dentro de certos parâmetros axiológicos e metodológicos, com a pretensão de instaurar um novo sistema econômico e social fundado na cooperação, teria lugar apenas a partir da segunda metade do século XVIII. Esse novo modelo conceitual foi construído e aperfeiçoado na vivência concreta e inspirado nas orientações e doutrinas defendidas pelos precursores do cooperativismo, que se situam desde meados do século XVIII até a fundação da cooperativa matriz de Rochdale, em 1844, na Inglaterra. Foram 28 (vinte e oito) tecelões os fundadores da primeira cooperativa do mundo, do ramo do consumo, denominada de Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale. Os tecelões eram trabalhadores emergentes da indústria da flanela que buscavam aumento de salário mediante negociações infrutíferas com seus patrões, fizeram greves e houve inúmeras 1 SCHNEIDER, José Odelso. Democracia, participação e autonomia cooperativa. 2. ed. São Leopoldo: UNISINOS, 2003.

4 demissões. Desempregados, buscaram em Robert Owen 2 inspiração para a realização da sociedade cooperativa. Segundo SCHNEIDER (2003) os seguidores das ideias de Robert Owen, conhecidos por owenistas, propunham como diretrizes para a cooperativa que os cooperativados se protegessem mutuamente contra a pobreza através de um capital comum, a ser constituído a partir de uma subscrição semanal, que formaria um fundo, e o investimento deste capital em atividades comerciais, a fim de gerar trabalho para seus membros. No Brasil, de acordo com SCHNEIDER (p. 290, 2003), o cooperativismo originouse com a implantação das primeiras cooperativas de consumo, em Limeira-SP, no ano de Em 1902, fundou-se, no Rio Grande do Sul, a primeira cooperativa de crédito rural, a qual deu origem ao sistema Sicredi. Posteriormente, em 1906, surgem no estado as cooperativas agropecuárias. PÉRIOS (p. 15 a 33, 2001) 3, apresenta as três fases vividas pelo cooperativismo brasileiro, constituição, intervenção e autogestão, bem como a evolução da legislação até chegarmos à edição da Lei n 5.764/71, que definiu a Política Nacional de Cooperativismo, e é considerada o Estatuto Geral do Cooperativismo, uma vez que contém todos os requisitos para a viabilização do sistema brasileiro de cooperativismo, haja vista ter definido o regime jurídico das cooperativas, sua constituição e funcionamento, órgãos sociais, administrativos, fiscais, sistema operacional, de representação e órgãos de apoio. A primeira fase, denominada de constituição do ordenamento, perdurou de 1903 a 1938, foi marcada pela edição do primeiro decreto, n 979/1903, o qual dispôs a respeito das atividades cooperativas no Brasil, permitindo que os sindicatos fossem responsáveis pela organização de caixas rurais de crédito, bem como cooperativas agropecuárias e de consumo. 2 Nascido no País de Gales em 1.772, aos trinta anos era co-proprietário de importantes tecelagens em New- Lamarck na Escócia, e na sua própria indústria inicia uma ação social e econômica propugnando junto ao governo as reformas que achava necessária para garantir melhores condições de trabalho aos operários, considerando que estas eram deploráveis, a jornada diária muito longa, a segurança e remuneração insuficiente, e a falta de conforto e higiene eram por sua vez outras questões graves a serem vencidas. Criou escolas para seus operários e seus filhos, reduziu a jornada de trabalho de 17 para 10 horas, não permitiu o trabalho aos menores de 10 anos, melhorou a alimentação e residência dos operários, criou refeitórios e cidades-jardins, organizou a assistência aos doentes e inválidos, tornando sua empresa um modelo, verdadeiro centro de peregrinação aristocrática, com repercussão em toda a Europa. (SCHNEIDER, p.18, 2003) 3 PÉRIUS, Virgílio Frederico. Cooperativismo e Lei. São Leopoldo: Unisinos, 2001.

5 Em 1907, através do decreto nº 1637, o Governo reconhece a utilidade e importância das cooperativas, mas deixa de reconhecer sua forma jurídica distinta de outras entidades, deliberando que as cooperativas podiam ser constituídas sob a forma de sociedades anônimas, em nome coletivo ou em comandita, sendo, portanto, regidas pelas leis que regulavam cada uma dessas sociedades. Em 1932, o decreto nº , apresenta as características e distinções das cooperativas, consagrando valores e princípios do sistema cooperativista, sendo considerado um marco da formalização legal do cooperativismo no Brasil. Contudo, foi posteriormente revogado, em 1934, restabelecido em 1938 (Decreto 581) e revogado novamente em 1943, para ressurgir em 1945, permanecendo em vigor até Neste período, apesar de todos os transtornos, foi uma fase de muita liberdade para formação e funcionamento de cooperativas, inclusive com incentivos fiscais. Assim como, foi uma fase de evolução legislativa com destaque às leis: 4.380/64 (Cooperativas Habitacionais), 4.504/64 (Estatuto da Terra) e 4.595/64 (Cooperativas de Crédito), entre outras. A partir de 1938, com a publicação do decreto n 581, o Brasil entra na fase de intervenção do Estado nas cooperativas, sendo que tais sociedades passam a ser fiscalizadas pelo Ministério da Agricultura, da Fazenda, do Trabalho, Indústria e Comércio, que o faz através do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA. Ainda no período de intervenção, no ano de 1971, é publicada a Lei n 5.764, em vigor até a presente data, com exceção de alguns artigos que foram revogados tacitamente com o advento da Constituição Federal de 1988, a qual deu ensejo à terceira fase do cooperativismo brasileiro, a autogestão. Os artigos 17 e 18 da referida lei estabelecem critérios para autorização de funcionamento das sociedades cooperativas e o art.92 e ss. definem a forma de fiscalização e controle a ser exercida pelo INCRA. Contudo, o art. 5, XVIII, da CF/88, estabelece que a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento, o que significa dizer que as

6 cooperativas, a partir de 1988, são geridas e controladas exclusivamente por seus associados, os quais elegem entre si os conselheiros administrativos e fiscais, disciplinando em seus estatutos sociais e, ao amparo da Lei 5.764/71, artigos 47 a 56, as atribuições dos conselhos eleitos. 1.3 Valores e Princípios do Cooperativismo 1.3 Cooperative Values and Principles As cooperativas baseiam suas ações e decisões em valores, tais como ajuda mútua, democracia, respeito, responsabilidade, solidariedade, entre outros. Assim como, seguem 7 (sete) princípios definidos internacionalmente pela Aliança Cooperativa Internacional ACI, desde os pioneiros de Rochdalle, a respeito dos quais trataremos um a um Livre Adesão Considerando o princípio da livre adesão, ninguém é obrigado a associar-se a uma cooperativa, tendo o associado liberdade de ingresso e saída da sociedade. Neste sentido, o art. 5, XX, da CF/88, prevê que ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado. As cooperativas são organizações abertas a todas as pessoas aptas a utilizarem seus serviços e a assumir responsabilidades decorrentes da condição de sócio. Contudo, a pessoa que se associa a outras, através de uma sociedade cooperativa, assume um compromisso e adere às regras desta sociedade, previstas em seu Estatuto Social, conforme preceitua o art. 29 da Lei n 5764/71, estabelecendo que O ingresso nas cooperativas é livre a todos que desejarem utilizar os serviços prestados pela sociedade, desde que adiram aos propósitos sociais e preencham as condições estabelecidas no estatuto Gestão Democrática A gestão democrática pelos membros da sociedade é o segundo princípio observado pelas cooperativas, considerando que administração e o controle da sociedade somente são feitos pelos associados, mediante a participação ativa na estruturação de suas políticas, na escolha de seus dirigentes, na definição de mecanismos de governança e na tomada de decisões. Sendo o grande desafio de todos, em especial dos gestores, preservar o interesse

7 coletivo acima do individual e ser eficiente em seu negócio (prestação de serviços educacionais para terceiros) para proporcionar bons rendimentos aos associados. O artigo 47, da Lei n /71, prevê que os sócios elegem seus representantes e dirigentes, os quais têm por atribuição, legal e estatutária, administrar o negócio coletivo. O referido artigo traz o seguinte enunciado: A sociedade será administrada por uma Diretoria ou Conselho de Administração, composto exclusivamente de associados eleitos pela Assembléia Geral, com mandato nunca superior a 4 (quatro) anos, sendo obrigatória a renovação de, no mínimo, 1/3 (um terço) do Conselho de Administração Participação Econômica dos Associados A participação econômica dos associados pode ser verificada a partir do investimento de cada um ao ingressar na sociedade, ou seja, cada novo sócio adquire quotas do capital da sociedade e, assim, todos contribuem, igualmente, para a formação do capital social. Segundo a legislação vigente, art. 24, 1º, da Lei 5.764/71, o Estatuto Social definirá um valor mínimo de quota-parte de cada sócio. Contudo, o sócio que desejar, poderá adquirir mais quotas do que o mínimo definido no Estatuto, limitadas ao montante de 1/3 do capital social. Este valor investido, bem como todos os ingressos decorrentes das operações de mercado, realizadas pela cooperativa, são acompanhadas e controladas pelos sócios, através da escolha de gestores, conselheiros fiscais e das decisões tomadas em assembleia. Os sócios também têm o direito de solicitar vista de quaisquer documentos da sociedade, quer sejam administrativos ou contábeis e financeiros, podendo acompanhar pessoalmente a origem e aplicação dos recursos da cooperativa se assim o desejar Autonomia e Independência Uma cooperativa é uma sociedade autônoma, fundamentada na cooperação e ajuda mútua de seus sócios, não esta sujeita ao controle externo e/ou estatal, mas ao controle dos associados (Assembleia Geral - órgão supremo da sociedade), regida pelas disposições estatutárias e pela legislação específica, Lei n /71.

8 No entanto, cumpre ressaltar que esta autonomia e independência das sociedades cooperativas foi conquistada a partir da CF/88, consoante já exposto anteriormente Educação, Formação e Informação As cooperativas promovem a educação e formação de seus associados, a fim de que estes compreendam a importância da cooperação e possam contribuir de maneira eficaz para o desenvolvimento da sociedade. Para SCHNEIDER (p. 14, 2003) 4 é comum que o candidato a sócio de uma cooperativa ingresse na sociedade visando apenas obter benefícios individuais, mas não é possível que assim permaneça. O autor diz que compete à sociedade empenhar-se pela educação do associado em busca dos valores que acredita e sustenta, da ajuda mútua, da solidariedade. Caso contrário, a sociedade corre o risco de comprometer o seu funcionamento. A aplicação deste princípio é essencial para que a cooperativa se mantenha e para que seu negócio seja duradouro. Verifica-se, frequentemente, que com o passar dos anos os sócios, em especial os pioneiros, perdem o entusiasmo, a paixão e a convicção inicial. Muitos entram em uma fase de conforto e já não querem mais fazer sacrifícios em prol do bem comum, baseiam-se no fato de que a crise da possível falta de trabalho já foi resolvida com a constituição da cooperativa, que deu certo, e agora são donos de um negócio que está equilibrado. Diante disso, o sócio muitas vezes esquece o que significa ser sócio e vai cuidar da vida, dos seus interesses e deixa as responsabilidades do negócio na mão dos dirigentes, preocupando-se apenas com os resultados e não com o trabalho que se tem para atingir os resultados por ele esperados. Para os novos sócios, aqueles que vão ingressando na sociedade ao longo de sua existência, a educação cooperativa exerce um papel de grande relevância, pois os leva a conhecer a história da cooperativa, sua visão e missão, natureza jurídica e características legais, direitos e deveres do associado, atribuições dos dirigentes, doutrinas, valores e princípios do cooperativismo. 4 SCHNEIDER, José Odelso. Educação Cooperativa e suas práticas. Brasília: Sescoop, 2003.

9 Logo, a educação cooperativa deve ser um processo continuado e precisa atingir todos os associados, quer sejam novos ou antigos, conselheiros, dirigentes ou não. Deve ter lugar de destaque dentro da sociedade e seguir um método de ensino e prática, cabendo à prática ser identificada em todos os procedimentos e relacionamentos com o público interno Intercooperação A intercooperação fortalece as sociedades cooperativas à medida que uma sociedade se dispõe a contribuir e cooperar com outra. Neste contexto, verifica-se a ocorrência de intercooperação quando cooperativas trabalham em conjunto, quando uma cooperativa busca apoio em outra, visando atingir seus objetivos sociais. Atualmente é possível visualizar a formação de redes nos mais diversos ramos de mercado, cujo objetivo é o crescimento e o fortalecimento do negócio de cada uma das empresas participantes da rede. Neste contexto, visualiza-se a intercooperação como a constituição de redes dentro do sistema cooperativista Interesse pela Comunidade Em 2012 comemora-se o ano internacional do cooperativismo, eleito pela Organização das Nações Unidas ONU, e muitas propagandas sobre o cooperativismo têm ocupado a mídia, dentre as quais a divulgada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Rio Grande do Sul SESCOOP/RS, As cooperativas constroem um mundo melhor. Tal afirmação significa dizer que as cooperativas têm feito a diferença no local onde estão inseridas e, especialmente, na vida de seus associados e familiares, eis que muitos sócios adquiriram, através do serviço prestado por intermédio da cooperativa, crescimento e estabilidade financeira, resgate da dignidade e inclusão social, para não dizer acesso aos direitos sociais que deveriam ser garantidos pelo Estado, mas foram oportunizados pela sociedade cooperativa. 1.4 A Dupla Dimensão das Sociedades Cooperativas 1.4 The Double Dimension of cooperative societies

10 Para RODRIGUES (p. 15, 2008) 5, o cooperativismo deve ser uma ponte entre o mercado e o bem-estar das pessoas e suas comunidades. Para tanto, deve-se considerar a dupla dimensão da cooperativa, como associação de pessoas e como empresa. Como associação, a cooperativa visa alcançar benefícios sociais, melhoria das condições de trabalho e qualidade de vida para os associados. Como empresa, a coooperativa precisa ser eficiente para gerar resultados financeiros positivos aos seus associados. Portanto, os administradores da sociedade cooperativa têm sempre o desafio de atender os anseios dos associados (aspecto social) e de fazer a cooperativa ser competitiva e rentável no seu negócio (aspecto empresarial). De nada adianta satisfazer todos os interesses do sócio e, em razão disso, deixar de investir no negócio ou aumentar em demasia os custos operacionais, tornando o negócio inviável. Em outras palavras, cabe referir que a cooperativa não pode, no intuito de atender interesses individuais dos associados, agir de forma irresponsável e comprometer o resultado coletivo. 1.5 Entraves ao Cooperativismo de trabalho 1.5 Barriers to Cooperative Work O cooperativismo, especialmente o ramo do trabalho, tem sido alvo de retaliações do Estado, que autoriza o Ministério Público do Trabalho e a Justiça do Trabalho a reconhecer a existência de vínculo de emprego entre os associados e a sociedade cooperativa, afrontando o próprio texto constitucional, art. 5, XVIII, e a legislação especial que define a Política Nacional de Cooperativismo, Lei n /71. O associado, na qualidade de trabalhador autônomo, é, ao mesmo tempo, dono, usuário e prestador de serviço. Portanto, o que os juízes e desembargadores da Justiça do Trabalho não se esforçam para compreender é que o associado, na condição de prestador de serviço a terceiros, tem de se adequar às regras impostas pelo mercado, tem de ser competitivo e prestar um serviço alta qualidade. Então, mesmo sendo dono, não poderá fazer tudo o que quiser quando estiver diante do mercado e de seus clientes, pois o interesse destes se sobrepõe ao do dono. Além disso, o sócio não pode agir como se não houvesse outros donos e outros interesses individuais a perseguir e concretizar. 5 RODRIGUES, Roberto. Cooperativismo: democracia e paz. Surfando a segunda onda. São Paulo: [s.n], 2008.

11 Portanto, como os filhos da crise, os desamparados, os desempregados vão exercer seu direito de escolha e de livre adesão ao cooperativismo de trabalho, direito este garantido pela Constituição Federal e que representa um importante direito social, do qual outros direitos sociais são decorrentes (alimentação, moradia, vestuário, educação, saúde, segurança...), se o próprio Estado, por intermédio do Ministério Público do Trabalho obriga prefeituras a firmar Termos de Ajuste de Conduta TAC para não contratar serviços de saúde, limpeza, vigilância através de cooperativas, conforme dados de 2011 e 2012, fornecidos pela Organização das Cooperativas Brasileiras OCB? Como é possível integrar o cooperativismo e o meio ambiente, numa romântica ideia de resgate da dignidade do catador, com melhorias significativas em sua renda e condições de trabalho, através da constituição de cooperativas de recicladores, quando a Justiça do Trabalho só reconhece como legal o trabalho formal decorrente do vínculo empregatício, ignorando as disposições da Lei n 5764/71 e do Código Civil? 1.6 Conclusões 1.6 Conclusions O Estado precisa ter um olhar mais cauteloso para as Sociedades Cooperativas e para as previsões da Lei Maior deste país, a Constituição Federal, assim como deve cumprir o disposto no 2, do art. 174, do referido diploma legal: Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. 2 A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo. A CF/88 garante a todos os brasileiros o exercício de qualquer trabalho e o direito de associarem-se a outras pessoas para a realização do mesmo, conforme previsto no art.5 o, XIII, XVII. Também garante às sociedades cooperativas sua autonomia e independência, declarando que os associados são livres para gerirem seus negócios de acordo com suas próprias regras regimentais e estatutárias, conforme expressamente assegurado pelo texto constitucional no inciso XVIII do referido artigo.

12 Diante disso, torna-se evidente a impossibilidade de intervenção do Ministério Público do Trabalho e da Justiça do Trabalho nas sociedades cooperativas, que também é afastada pela própria legislação trabalhista, art. 442, par. único, da CLT: Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. Segundo a doutrinadora GIL (p. 223, 2002) 6 : O cooperativismo moderno surgiu como reação da classe operária aos desmandos do capitalismo instalado no mundo, em especial a partir da revolução industrial. Objetivando afastar o intermediário, o patrão, o cooperativismo se apresentou como instrumento de efetivação do solidarismo. Encarado pela doutrina social da igreja como "terceira via", caminho alternativo ao individualismo exacerbado, de um lado, e ao socialismo totalitário, de outro, o solidarismo atribui o poder decisório não ao capital, tampouco ao Estado, mas sim à própria comunidade. Não resistiu, contudo, à força do capitalismo, ressurgindo, todavia, em tempos de crise, como possível solução para os problemas sociais. Esta busca da sociedade é nitidamente observada na década de noventa, em face das consequências funestas do processo de globalização mundial, basicamente o desemprego estrutural que passa a abalar toda comunidade internacional. A busca de alternativas ao desemprego e de uma nova forma de organização do trabalho para dar cabo às exigências de um mercado altamente competitivo fazem ressurgiu a idéia do cooperativismo (...). Este posicionamento já foi objeto de análise anterior, quando discutido a respeito da história do cooperativismo. Portanto, não há dúvida de que o cooperativismo é filho da crise e o que se quer não é a exploração da mão de obra do trabalhador, mas sim proporcionar trabalho e meios para o exercício deste a quem precisa, possibilitar o acesso do trabalhador ao o mercado de trabalho. Considerado um dos pais do cooperativismo brasilieiro, BULGARELLI (2000) 7 chama a atenção do Poder Judiciário para as especificidades do sistema: Esclareça-se, ainda, que é indispensável colocar em pauta o quase total desconhecimento do sistema cooperativista pela sociedade em geral, o que redunda em perplexidades de toda a ordem. Observo, a respeito, que sempre que me solicitam pronunciar-me sobre questões de cooperativas, principalmente, em Juízo (cf. a propósito os pareceres anexos neste livro) tenho sempre no início, de explicar as peculiaridades do sistema, o seu regime legal e, sobretudo, as suas qualidades, de origem cristã, voltadas para a solidariedade e a cooperação entre todos. Ora, entende-se que num regime capitalista de concorrência acirrada e de um materialismo primitivo, tal idéia, a da cooperação, possa chocar e espantar a tantos. 6 GIL, Vilma Dias Bernardes. As novas relações trabalhistas e o trabalho cooperado. São Paulo: LTR, BULGARELLI, Waldírio. As Sociedades Cooperativas e a sua Disciplina Jurídica. Rio de Janeiro: Renovar, 2000.

13 Portanto, sendo as pessoas livres para reunirem-se em sociedade cooperativa, conforme assegurado pela Constituição Federal e, estando afastada a existência de vínculo trabalhista decorrente da regular associação, tais pessoas celebram contrato de sociedade cooperativa, obrigando-se reciprocamente com bens (quotas-parte) e serviços (trabalho pessoal de cada associado) para o exercício de uma atividade econômica de proveito comum, nos termos do art. 3 o da Lei 5.764/71. A finalidade da constituição de uma sociedade cooperativa é tão somente prestar serviço ao associado para que este exerça sua profissão, o seu trabalho, e isso decorre de lei, segundo previsão dos artigos 4º e 7º da Lei 5.764/71: Art. 4º As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados [...]. Art. 7º As cooperativas singulares se caracterizam pela prestação direta de serviços aos associados. Estes fatos e leis não podem ter seu valor diminuído diante da legislação trabalhista. Tanto uma forma de trabalho como a outra procura propiciar benefícios e direitos aos trabalhadores, o que não significa dizer que as cooperativas representam uma fraude à legislação trabalhista, mas sim uma forma justa, legal e democrática do exercício do trabalho de forma autônoma e cooperada. O Estado precisa posicionar-se e os eméritos julgadores e aplicadores da legislação trabalhista devem procurar conhecer melhor o verdadeiro cooperativismo e suas especificidades, segundo frisado por BULGARELLI, a fim de que profiram julgamentos justos e coerentes, para não descredibilizar todo o sistema, em razão de alguns oportunistas que não praticam o cooperativismo em sua essência. REFERÊNCIAS BULGARELLI, Waldírio. As Sociedades Cooperativas e a sua Disciplina Jurídica. Rio de Janeiro: Renovar, 2000.

14 GIL, Vilma Dias Bernardes. As novas relações trabalhistas e o trabalho cooperado. São Paulo: LTR, NASCIMENTO, Fernando Rios do. Cooperativismo como Alternativa de Mudança. Rio de Janeiro: Forense, PÉRIUS, Virgílio Frederico. Cooperativismo e Lei. São Leopoldo: Unisinos, SCHNEIDER, José Odelso. Democracia, participação e autonomia cooperativa. 2. ed. São Leopoldo: UNISINOS, Educação Cooperativa e suas práticas. Brasília: Sescoop, RODRIGUES, Roberto. Cooperativismo: democracia e paz. Surfando a segunda onda. São Paulo: [s.n], 2008.

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