Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os) em Programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto
|
|
- Martim Ferretti Guterres
- 8 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1
2
3
4
5 Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os) em Programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto
6
7 CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA CONSELHOS REGIONAIS DE PSICOLOGIA CENTRO DE REFERÊNCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS Comissão de Elaboração do Documento Flávia Cristina Silveira Lemos Cristiane Barreto Napoli Hebe Signorini Gonçalves Gislei Domingas Romanzini Lazzarotto Maria de Lourdes Trassi Teixeira Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os) em Programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto Brasília, setembro/2012 1ª Edição
8 Coordenação Geral/ CFP Yvone Duarte Equipe Técnica do Crepop/CFP Monalisa Barros e Márcia Mansur/Conselheiras Responsáveis Natasha Ramos Reis da Fonseca/Coordenadora Técnica Cibele Cristina Tavares de Oliveira /Assessora de Metodologia Klebiston Tchavo dos Reis Ferreira /Assistente Administrativo Equipe Técnica/CRPs Renata Leporace Farret (CRP 01 DF), Thelma Torres (CRP 02 PE), Gisele Vieira Dourado O. Lopes (CRP 03 BA/SE), Luciana Franco de Assis e Leiliana Sousa (CRP04 MG), Tiago Regis (CRP 05 RJ), Ana Maria Gonzatto e Edson Ferreira(CRP 06 SP), Silvia Giugliani e Carolina dos Reis (CRP 07 RS), Ana Inês Souza (CRP 08 PR), Marlene Barbaresco (CRP09 GO/TO), Letícia Maria S. Palheta (CRP 10 PA/AP), Djanira Luiza Martins de Sousa (CRP11 CE/PI/MA), Juliana Ried (CRP 12 SC), Katiúska Araújo Duarte (CRP 13 PB), Keila de Oliveira(CRP14 MS), Eduardo Augusto de Almeida (CRP15 AL), Patrícia Mattos Caldeira Brant Littig (CRP16 ES), Zilanda Pereira de Lima (CRP17 RN), Fabiana Tozi Vieira (CRP18 MT), Lidiane de Melo Drapala (CRP19 SE), Vanessa Miranda (CRP20 AM/RR/RO/AC) Referências bibliográficas conforme ABNT NBR 6022, de 2003, 6023, de 2002, 6029, de 2006 e10520, de Direitos para esta edição Conselho Federal de Psicologia: SAF/SUL Quadra 2, Bloco B, Edifício Via Office, térreo, sala 104, , Brasília-DF (61) / ascom@cfp.org.br / Impresso no Brasil Setembro de 2012
9 É permitida a reprodução desta publicação, desde que sem alterações e citada a fonte. Disponível também em: e em crepop.pol.org.br 1ª edição 2012 Projeto Gráfico e Diagramação Ideorama Revisão Positive Línguas e Idiomas Catalogação na publicação Biblioteca Dante Moreira Leite Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo Conselho Federal de Psicologia Referências técnicas para atuação do em Medidas socioeducativas em Meio Aberto / Conselho Federal de Psicologia. - Brasília: CFP, p. ISBN: Psicólogos 2. Políticas Públicas 3. I. Título. BF76
10 XV Plenário Gestão Diretoria Humberto Cota Verona Presidente Clara Goldman Ribemboim Vice-presidente Deise Maria do Nascimento Secretária Monalisa Nascimento dos Santos Barros Tesoureira Conselheiros efetivos Flávia Cristina Silveira Lemos Secretária Região Norte Aluízio Lopes de Brito Secretário Região Nordeste Heloiza Helena Mendonça A. Massanaro Secretária Região Centro-Oeste Marilene Proença Rebello de Souza Secretária Região Sudeste Ana Luiza de Souza Castro Secretária Região Sul Conselheiros suplentes Adriana Eiko Matsumoto Celso Francisco Tondin Cynthia Rejane Corrêa Araújo Ciarallo Henrique José Leal Ferreira Rodrigues Márcia Mansur Saadallah Maria Ermínia Ciliberti Mariana Cunha Mendes Torres Marilda Castelar Sandra Maria Francisco de Amorim Tânia Suely Azevedo Brasileiro Roseli Goffman Conselheiros suplentes Angela Maria Pires Caniato Ana Paula Porto Noronha
11 Conselheiros responsáveis: Conselho Federal de Psicologia: Monalisa Nascimento dos Santos Barros e Márcia Nassur Saadallah CRPs Carla Maria Manzi Pereira Baracat (CRP 01 DF), Alessandra de Lima e Silva (CRP 02 PE), Alessandra Santos Almeida (CRP 03 BA/SE), Paula Ângela de F. e Paula (CRP04 MG), Cristiane Knijnik (CRP 05 RJ), Carla Biancha Angelucci (CRP 06 SP), Vera Lúcia Pasini (CRP 07 RS), Maria Sezineide C. de Melo (CRP 08 PR), Wadson Arantes Gama (CRP 09 GO/TO), Jureuda Duarte Guerra (CRP 10 PA/AP), Adriana de Alencar Gomes Pinheiro (CRP 11 CE/PI/MA), Marilene Wittitz (CRP 12 SC), Carla de Sant ana Brandão Costa (CRP 13 PB), Elisângela Ficagna (CRP14 MS), Izolda de Araújo Dias (CRP15 AL), Andréa dos Santos Nascimento (CRP16 ES), Alysson Zenildo Costa Alves (CRP17 RN), Luiz Guilherme Araújo Gomes (CRP18 MT) Karla Melo Santos Menezes (CRP19 SE), Selma de Jesus Cobra (CRP20 AM/RR/RO/AC)
12
13 Apresentação O Conselho Federal de Psicologia (CFP) apresenta à categoria e à sociedade em geral o documento de Referência Técnica para Atuação de Psicólogas(os) em Programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto produzido a partir da metodologia do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop), este documento busca construir referência sólida para a atuação da Psicologia na área. As referências construídas têm como base os princípios éticos e políticos norteadores do trabalho das(os) psicólogas(os), possibilitando a elaboração de parâmetros compartilhados e legitimados pela participação crítica e reflexiva da categoria. As referências refletem o processo de diálogo que os Conselhos vêm construindo com a categoria, no sentido de se legitimar como instância reguladora do exercício profissional. Por meios cada vez mais democráticos, esse diálogo tem se pautado por uma política de reconhecimento mútuo entre os profissionais e pela construção coletiva de uma plataforma profissional que seja também ética e política. Esta publicação marca mais um passo no movimento recente de aproximação da Psicologia com o campo das Políticas Públicas. Aborda cenário delicado e multifacetado de nossa sociedade, no contexto da defesa e dos direitos da do adolescente. A opção pela abordagem deste tema reflete o compromisso dos Conselhos Federal e Regionais de Psicologia com a qualificação da atuação das(os) psicólogas(os) em todos os seus espaços de atuação priorizando a defesa do direito do adolescente. HUMBERTO VERONA Presidente do Conselho Federal de Psicologia 13
14 14
15 Sumário Apresentação 13 Introdução 17 O CREPOP Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas 19 Eixo I - Os Marcos Legais e o Compromisso Ético-Político da(o) Psicóloga(o) nos Programas de Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto 27 Eixo II: A Psicologia e as Medidas Socioeducativas em Meio Aberto Políticas Públicas, Medidas Socioeducativas e Questões para a Psicologia Questões das práticas da Psicologia com PSC e LA 42 Eixo III Atuação da(o) psicóloga(o) em Programas de MSE-MA 47 I. Problematização da pesquisa 49 II. Desafios para atuação da(o) psicóloga(o) nas medidas socioeducativas de meio aberto 54 Eixo IV Princípios norteadores da prática: enfrentando desafios para os programas de MSE-MA 59 1) A ética no campo das medidas socioeducativas em meio aberto 61 2) As equipes vantagens da incompletude 63 As especificidades em LA e PSC desafios para a prática 63 1.Liberdade Assistida Prestação de serviços à comunidade 64 Anexo I - Quadro dos marcos lógicos legais 67 Referências 75 15
16 16
17 17 INTRODUÇÃO
18 18
19 Introdução O CREPOP Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas O Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas consiste em uma ação do Sistema Conselhos de Psicologia que dá continuidade ao projeto Banco Social de Serviços em Psicologia, referindo-se a uma nova etapa na construção da presença social da profissão de psicóloga(o) no Brasil. Constituiu-se em uma maneira de observar a presença social da(o) psicóloga(o) e do movimento da Psicologia no seu Protagonismo Social. Nesse sentido, a ideia fundamental é produzir informação qualificada para que o Sistema Conselhos possa implementar novas propostas de articulação política visando maior reflexão e elaboração de políticas públicas que valorizem o cidadão enquanto sujeito de direitos, além de orientar a categoria sobre os princípios éticos e democráticos para cada política pública. Dessa forma, o objetivo central do Crepop se constituiu para garantir que esse compromisso social seja ampliado no aspecto da participação das(os) psicólogas(os) nas políticas públicas. Dentre as metas do Crepop, estão também, a ampliação da atuação da(o) psicóloga(o) na esfera pública, contribuindo para a expansão da Psicologia na sociedade e para a promoção dos Direitos Humanos, bem como a sistematização e disseminação do conhecimento da Psicologia e suas práticas nas políticas públicas, oferecendo referências para atuação profissional nesse campo. Cabe também ao Crepop identificar oportunidades estratégicas de participação da Psicologia nas políticas públicas, além de promover a interlocução da Psicologia com espaços de formulação, gestão e execução em políticas públicas. Objetivo e Metodologia O conjunto de ações em pesquisa desenvolvidas pelo Sistema Conselhos de Psicologia, por meio do CREPOP, está organizado a partir da diretriz Investigação Permanente em Psicologia e Políticas Públicas, que consiste em pesquisar nacionalmente o fazer das(os) psicólogas(os), diante das especificidades regionais. A proposta de investigar a atuação de psicólogas(os) em políticas públicas específicas visa apreender o núcleo da prática profissional da(o) psicóloga (o), considerando áreas específicas nas Políticas Públicas. Todas as áreas são eleitas a partir de critérios como: tradição na Psicologia; abrangência territorial; existência de marcos lógicos e legais; assim como o caráter social ou emergencial dos serviços prestados. A eleição da temática de Medidas socioeducativas como área de atuação 19
20 profissional de Psicólogas(os) surgiu a partir de uma demanda da categoria, observada no V CNP, realizado em Em um primeiro momento este tema foi abordado e investigado pelo Crepop para os serviços de unidade de internação, para tanto foi realizada uma pesquisa em 2007, e a referência publicada em Entretanto a temática das medidas socioeducativas retornam a pauta do VI CNP em 2007, com objetivo de abarcar a totalidade das medidas socioeducativas. A proposta de tratar das medidas socioeducativas em meio aberto se consolida junto a tantos outros temas que se estruturavam enquanto políticas públicas, e que já apontavam para o Sistema Conselhos a necessidade de uma maior qualificação e orientação na atuação com crianças e adolescentes. As Medidas Socioeducativas incluindo as de meio aberto foram instituídas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA, promulgado na década de 1990, medida que abrange aspectos educacionais e sancionatórios e tem a função de possibilitar aos adolescentes atividades que lhe permitam repensar a vida e criar um novo projeto com autonomia e singularidade. Atualmente, estão regulamentadas pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), instituído em janeiro de 2012 pela Lei n.º , a fim de regulamentar a execução das medidas destinadas a adolescente autor de ato infracional. Sendo assim em 2008, o Sistema Conselhos de Psicologia elege o tema das Medidas Socioeducativas em Meio Aberto com área de investigação do Crepop, para melhor referenciar a atuação da(o) psicóloga(o) junto a proteção dos adolescentes. A Pesquisa do CREPOP/CFP O processo investigativo da Rede CREPOP implica na construção e atualização de um banco de dados para comportar informações referenciadas, inclusive geograficamente, sobre profissionais de Psicologia, legislações, documentos, programas e entidades que desenvolvem ações no campo das Políticas Públicas. O CREPOP conta com uma metodologia de pesquisa de triangulação de dados, baseada no levantamento de marcos lógicos legais, e na coleta e análise quantiquali dos dados. Todas as pesquisas realizadas pelo Crepop possuem uma amostra voluntária, uma vez que as instituições que executam programas ou políticas públicas não dispõem de um cadastro atualizado para a construção de outro tipo de amostra. Sendo assim, a pesquisa sobre atuação de psicólogas(os) em programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto foi realizada no ano de 2008, entre os meses de maio a julho, tendo sido realizada em duas etapas, uma etapa nacional, do tipo descritiva, a partir de um instrumento on-line; e uma etapa qualitativa, 20
21 realizada pelas unidades locais do Crepop, localizadas nos Conselhos Regionais. Ressalta-se que, à época, o Sistema Conselhos contava com apenas 17 Crepop s Regionais. A pesquisa contou com a participação voluntária de psicólogas(os) que atuavam com programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto. Os resultados da pesquisa quantitativa-descritiva revelaram um conjunto de 305 psicólogas(os) respondentes. Sobre os aspectos sociodemográficos podese identificar o seguinte perfil dos respondentes, que atuavam com medidas socioeducativas em Meio Aberto, destes 87,2% dos respondentes são do sexo feminino; e tinham até 34 anos de idade (53,7%). Esse dado associado com o tempo de trabalho como psicólogas(os), 47,2 % destes trabalham como psicólogas(os) há apenas dois anos, seguido de 24% de psicólogas(os) que trabalhavam como psicólogas(os) entre 2 e 4 anos; isso aponta para um perfil de profissionais relativamente jovens, há pouco tempo inserido na profissão. Sobre formação a pesquisa identificou que a maioria dos respondentes possuem pós-graduação (47,2%), e deste 31,5% são especialistas. E também que estes respondentes se concentravam na região sudeste com 41,3% dos respondentes, o destaque, entre os estados da federação, fica com o estado do Paraná com 8,2% dos respondentes. A pesquisa identificou que 41,3% dos respondentes trabalhavam em programas de liberdade assistida e outros 31,8% na prestação de serviços à comunidade. Sobre condições de trabalho a pesquisa apresentou que 52,2% dos profissionais da Psicologia atuantes recebiam até R$ 1.500,00, 36,8% dos respondentes trabalham mais de 30 horas semanais; 41,3% estão lotados no Sistema Único de Assistência Social e apenas 21% são contratados como Psicólogas(os); Sobre a prática profissional 43,65% dos respondentes apontaram que a atividade mais frequente em sua prática é a de orientação e educação e 33,2% que sua prática mais frequente é atendimento psicológico. Ainda sobre a prática, 50,2% dos profissionais apontaram o Código de Ética do Profissional do Psicólogo como um dos documentos de maior importância nesta atuação e 30,5% acessam políticas de assistência social para desenvolver o seu trabalho com a rede de atendimento. Sobre as equipes 49,7% dos respondentes atuam em equipes técnicas multidisciplinares e 47,2% dessas equipes tem em sua composição enfermeiras; seguidos de 41,2% de técnico de enfermagem, além de 28% de pedagogos e 20% de assistentes sociais. Os resultados da pesquisa qualitativa tinham como objetivo caracterizar o campo de atuação da(o) psicóloga(o), assim sendo as informações coletadas identificaram que os Programas de Medidas socioeducativo em Meio Aberto ainda estavam 21
22 em implantação na maioria das regiões, sendo que em algumas o processo de municipalização ainda não tinha ocorrido e, em outras, onde já estavam implantados, estavam fazendo ajustes para garantir a consolidação deste Programa, visto que a coleta de dados foi feita em 2008, vale aqui destacar que nos últimos anos houve um grande investimento do Ministério do Desenvolvimento Social MDS, especialmente na implementação do serviço de medidas pelos CREAS. Sob este enfoque a análise qualitativa dos dados aponta também que a questão das dificuldades de implantação da Política e da concretização das ações, pois, muitas vezes, a simples existência da política não garantia a viabilização das atividades no campo. Disseram que se fala muito mais do que é oferecido para os usuários e os profissionais ficam de mãos atadas, porque não conseguem colocar em práticas as propostas previstas no Programa. (informação verbal).(crepop/ CFP, 2009) 1. Ou seja, a necessidade de criar outras ações que possam garantir que as diretrizes do Programa ou política serão efetivamente implantados e essa ausência na política implicava diretamente na prática da(o) psicóloga(o). Uma das questões trazidas por eles em relação a esta política é a completa falta de informação por parte de todos os setores pelos quais estes jovens passam, no que tange os direitos da criança e adolescente, inclusive na área da justiça. Além disso, há um enorme despreparo em todos os níveis. Os juízes não vão as cidades realizar as audiências o que atrasa a aplicação das medidas, costumam ser pouco compreensíveis para estes jovens e demonstram desconhecer o ECA. O papel dos policiais também é bastante questionado, visto que estes jovens chegam em situações de maus tratos e amarrados- em muitas vezes(informação verbal).(crepop/cfp, 2009) Sobre a prática profissional da(o) psicóloga(o), a pesquisa apontou que as atividades, em geral, variam muito a partir de diferentes Programas de Liberdade Assistida e Prestação de Serviço à Comunidade. Os relatos também apresentam que muitas ações das(os) psicólogas(os) se voltam para ampliar a aceitação do Programa, a colaboração da comunidade nas ações desenvolvidas, o esclarecimento e a formação de outros profissionais. Embora outro conjunto de respostas aponte 1 Informação verbal, são falas de psicólogas(os) e gestores atuante em programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, coletadas nos grupos realizados pelos Conselhos regionais, pesquisa qualitativa Crepop, de psicólogas(os) e gestores atuante em programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto. 22
23 para a ideia de que essa ação não está integrada na rede. [...] inclusive o ano passado nós fizemos uma reunião com as 5 (cinco) chefias dos Distritos Sanitários de João Pessoa, porque estava havendo muita relutância e uma discriminação nos Postos de Saúde nas unidades do PSF (Programa Saúde da Família), em aceitar os adolescentes para a prestação de serviços.(informação verbal) (CREPOP/CFP, 2009) A análise dos dados demonstrou que, em geral para a prática da(o) psicóloga(o), aparecem dificuldades de diversas ordens, desde a falta de profissionais, a dificuldade de articular uma rede de referência diante disso surge a necessidade de criar estratégias para visibilizar o Programa. Alguns participantes afirmam que é preciso garantir que a comunidade, os outros profissionais e as diversas instituições conheçam os objetivos e as ações do Programa para que possam efetivamente colaborar com as ações desenvolvidas na região. [...]No momento esta psicóloga se encontra sozinha pois não há equipe trabalhando com ela, não há assistente social nem pedagogo. Tem que fazer a tarefa das outras áreas e se sente sobrecarregada. (CREPOP/CFP, 2009) Foi enfatizado ainda, a importância do aumento da visibilidade desses programas. As psicólogas que atuam em Natal acreditam que ninguém sabe que o programa existe, e, por isso, não é dado prioridade aos seus encaminhamentos.(informação verbal) (Crepop/CFP, 2009) O Processo de elaboração de Referência Técnica Os Documentos de Referência, ou Referências Técnicas, são recursos que o Conselho Federal de Psicologia oferece às(aos) psicólogas(os) que atuam no âmbito das políticas públicas, como recurso para qualificação e orientação de sua prática profissional. Sua redação é elaborada por uma Comissão Ad-hoc composta por um grupo de especialistas reconhecidos por suas qualificações técnicas e científicas, por um Conselheiro do CFP, mais um Conselheiro do Comitê Consultivo e um Técnico do CREPOP. O convite aos especialistas é feito pelo CFP e não implica em remuneração, sobretudo, porque muitos desses são profissionais que já vinham trabalhando na organização daquela política pública específica, e recebem o convite como uma oportunidade de intervirem na organização da sua área de atuação e pesquisa. Nesta perspectiva, espera-se que esse processo de elaboração de referências 23
24 técnicas possa gerar reflexões de práticas profissionais, mesmo com o hiato de tempo entre a realização da pesquisa, o avanço da política e a publicação deste documento - referências técnicas para atuação de psicólogas(os) em Medidas Socioeducativas em Meio Aberto. E que, além disso, possibilite visualizar o trabalho que vem sendo desenvolvido por muitas psicólogas(os) e também possa ser compartilhado, criticado e aprimorado, para uma maior qualificação da prática psicológica no âmbito das Políticas Públicas. 2 (CFP, 2012) Para construir as Referências Técnicas para atuação em programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, foi formada uma Comissão em 2011, com um grupo de especialistas indicado pelos plenários dos Conselhos Regionais de Psicologia e pelo plenário do Conselho Federal. Assim, esta Comissão foi composta por quatro especialistas que voluntariamente buscaram qualificar a discussão sobre atuação das(os) psicólogas(os) no campo das medidas socioeducativas em meio aberto. O Processo de Consulta Pública A metodologia de elaboração de referências técnicas do Sistema Conselhos de Psicologia/Rede CREPOP se utiliza do processo de consulta pública como uma etapa do processo de referenciação e qualificação da prática profissional das(os) psicólogas(os) em políticas públicas. A Consulta Pública é um sistema criado e utilizado em várias instâncias, inclusive governamentais, com o objetivo de auxiliar na elaboração e coleta de opiniões da sociedade sobre temas de importância. Esse sistema permite intensificar a articulação entre a representatividade e a sociedade, permitindo que esta participe da formulação e definição de politicas públicas. O sistema de consulta pública permite ampliar a discussão da coisa pública, coletando de forma fácil, ágil e com baixo custo as opiniões da sociedade. Para o Conselho Federal de Psicologia o mecanismo de Consultas Públicas se mostra útil para colher contribuições, tanto de setores especializados quanto da sociedade em geral e, sobretudo, das(os) psicólogas(os), sobre as políticas e os documentos que irão orientar as diversas práticas da Psicologia nas Políticas Públicas. Para o Sistema Conselhos de Psicologia/ Rede Crepop, a ferramenta de consulta pública abriu a possibilidade de uma ampla discussão sobre a atuação em Programas 2 Para conhecer toda metodologia de elaboração dos documentos de referências técnicas do Sistema Conselhos/Rede Crepop, ver Documento de Metodologia do Crepop 2011, in 24
25 de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, permitindo a participação e contribuição de toda a categoria na construção sobre esse fazer da(o) Psicóloga(o). Por meio da consulta pública o processo de elaboração do documento torna-se democrático e transparente para a categoria e toda a sociedade. Com relação ao documento de referências técnicas para atuação de psicóloga(o) em programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, a consulta pública foi realizada no período de 19 de março a 14 de maio de 2012 e contou com a participação de 283 psicólogas(os) e gestores que tiveram acesso ao documento, tendo o texto em consulta recebido, ao todo, 12 contribuições. Junto a esse processo foi realizado um debate on-line, no dia 03 de maio de 2012, sobre o mesmo tema com a participação de profissionais, gestores, professores e alunos de Psicologia. O sistema conselhos acolheu todas as contribuições encaminhadas no processo de consulta pública, o que levou a Comissão ad-hoc de especialistas a aprimorar o texto que vai referenciar a atuação da(os) psicólogas(os) em programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto. O Documento de referências técnicas para atuação de psicólogas(os) em programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto O documento de referências técnicas para atuação de psicólogas(os) em programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, está divido da seguinte forma: Eixo I Os Marcos Legais e o Compromisso Ético-Político da(o) Psicóloga(o) nos Programas de Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, este eixo faz a correlação de todos os marcos legais que inserem as medidas socioeducativas em meio aberto no cenário das políticas públicas para o adolescente no Brasil. Com o objetivo de resgatar e subsidiar histórica e juridicamente a prática profissional da(o) psicóloga(o) nessas Medidas. Eixo II A Psicologia e as Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, este eixo tem por objeto a conexão da Psicologia com os preceitos políticos e da legislação que norteiam o trabalho da(o) psicóloga(o) no acompanhamento das medidas socioeducativas em meio aberto, na sua finalidade e na sua implicação dentro desta determinação jurídica. Eixo III Atuação da(o) psicóloga(o) em Programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, este eixo tem como objetivos problematizar os dados da pesquisa diagnóstica realizada pelo CFP junto aos profissionais que atuam nessa área; e indicar os desafios para a atuação da(o) psicóloga(o) segundo parâmetros de competência profissional norteado pela legislação específica da área e pelo 25
26 compromisso ético com o presente e o futuro das novas gerações. Eixo IV Princípios norteadores da prática: enfrentando desafios, o referido eixo faz uma abordagem dos princípios éticos, políticos e técnicos quem envolvem a atuação de psicólogas(os) para atuação em Programas de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto. 26
27 EIXO I Os Marcos Legais e o Compromisso Ético-Político da(o) Psicóloga(o) nos Programas de Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto 27
28 28
29 Eixo I Os Marcos Legais e o Compromisso Ético-Político da(o) Psicóloga(o) nos Programas de Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto O trabalho da(o) psicóloga(o) com adolescentes que cumprem medidas socioeducativas (MSE) deve ser contextualizado no âmbito do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei Federal n.º 8.069/90, conquista que marca nossa vida política na relação com as crianças e os adolescentes brasileiros. Até a Constituição Federal, de 1988, e o Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, as normativas brasileiras que tratavam da criança e do adolescente eram orientadas pela Doutrina da Situação Irregular, base da Lei n.o 6.697/79, que instituiu o Código de Menores 3. Essa doutrina tinha como princípio ordenador a concepção de crianças e adolescentes como menores em situação irregular, identificados como carentes, abandonados e infratores. Neste sentido, não eram contemplados os direitos de todas as crianças e adolescentes, sendo que aqueles com até 18 anos de idade eram compreendidos a partir de situações consideradas irregulares, particularmente por aquelas associadas à pobreza. As ações eram marcadas pela tutela judicial que assegurava o controle e a vigilância, em especial sobre os segmentos pobres. O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal n.º 8.069/90, rompe com essa concepção e explicita a noção de proteção integral que fundamenta as ações direcionadas para todas as crianças (0 a 12 anos) e adolescentes (12 a 18 anos) 4, afirmando que gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, devendo ser a eles asseguradas todas as oportunidades e direitos que lhes facultem um desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade (art. 3). Nas palavras de Ferreira (2010), o ECA promove e defende todos os direitos dessa população, superando o binômio compaixão/repressão e considerando a criança e o adolescente como sujeitos de direitos exigíveis com base na lei. No caso específico do adolescente autor de ato infracional, foco deste documento, a legislação assegura garantias processuais o devido processo legal, o direito a defesa - e formula uma concepção socioeducativa que alia a responsabilização pelo ato ao seu caráter eminentemente pedagógico. Portanto, o ECA constitui um marco legal que orienta o trabalho no âmbito dos adolescentes, sendo referenciado na Constituição Federal, cujo artigo 227 afirma o 3 Este Código substitui o Decreto no A, de 12 de outubro de 1927, que instituiu o primeiro Código de Menores do Brasil, conhecido como Código Mello Mattos. 4 E, excepcionalmente, até 21 anos. 29
30 dever da família, da sociedade e do Estado de assegurar, com absoluta prioridade, à criança e ao adolescente, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de todas as formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. O ECA está em conformidade com as normativas internacionais: a Declaração de Direitos Humanos (1948), as Regras Mínimas das Nações Unidas para a Administração da Justiça e da Infância e da Juventude (Regras de Beijing ), a Convenção Internacional dos Direitos da Criança (1989), ratificada pelo Brasil em 1990 e outras 5. Assim, temos uma legislação que orienta nossas práticas com a infância e a adolescência fundamentada nas orientações internacionais da Doutrina de Proteção Integral, na qual a criança e o adolescente são sujeitos de direitos em condição peculiar de desenvolvimento, contemplando os Princípios das Nações Unidas para a Prevenção da Delinquência Juvenil (Diretrizes de RIAD 1990). O trabalho do profissional em Psicologia, no contexto das medidas socioeducativas, implica o envolvimento com a construção de práticas que contribuam para a efetivação das políticas públicas pautadas nesse novo paradigma, articulador de ações entre o Estado, a família e a sociedade. Trata-se de uma área de atuação que envolve a abordagem junto à criança e ao adolescente quanto o exercício de seus direitos e, também, as ações que asseguram um processo de transformação das instituições e mentalidades ainda orientadas pela doutrina da situação irregular. As medidas socioeducativas, na perspectiva do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), fazem parte de um sistema de justiça especial aplicado aos adolescentes com prática do ato infracional e contemplam em sua finalidade dois aspectos fundamentais: a defesa social e a intervenção educativa (SOUZA; LIRA, 2008). Ou seja, as medidas socioeducativas se caracterizam pelo aspecto coercitivo (determinado pelo Poder Judiciário) e pelo aspecto educacional. Esse é o desafio! O Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) aborda o ato infracional, os direitos individuais do adolescente, as garantias processuais e cada uma das seis medidas socioeducativas que podem ser aplicadas quando da verificação do ato infracional, conforme descreve o Artigo 112. A advertência; a obrigação de reparar o dano; a prestação de serviços à comunidade (PSC); e a liberdade assistida 5 Ver quadro em anexo 30
31 (LA) são medidas socioeducativas em meio aberto, não privativas de liberdade; e, a semiliberdade e a internação são medidas socioeducativas de restrição e de privação de liberdade, respectivamente. A advertência é executada pela autoridade competente, o juiz, em audiência formal e na presença do adolescente e dos seus pais ou responsáveis. O mesmo ocorre com a atribuição da medida de reparação de danos, porém nesse caso, como o ato infracional envolve prejuízos patrimoniais, a autoridade poderá determinar que o adolescente promova o ressarcimento do dano ou, de alguma forma, compense o prejuízo da vítima. A compensação financeira deve levar em conta a capacidade e a situação socioeconômica da família. As demais medidas socioeducativas são cumpridas em programas específicos, após a atribuição da medida pelo Poder Judiciário. As garantias processuais estão presentes desde a apreensão do adolescente pela prática do ato infracional e, em todo o período de cumprimento da medida socioeducativa. Destaca-se a importância da presença do defensor para que o adolescente tenha ciência da legislação, do processo e das implicações envolvidas no lugar que ocupa como um sujeito de direito e tenha direito à defesa técnica. As medidas com restrição e privação de liberdade são efetivadas pelos programas de atendimento dos governos estaduais; a prestação de serviços à comunidade (PSC) e a liberdade assistida (LA) são executadas sob responsabilidade dos governos municipais através de programas de órgãos públicos ou de organizações não governamentais. O objetivo desta publicação é orientar a atuação das(os) psicólogas(os) nos programas de medidas socioeducativas em meio aberto que envolve para sua execução a municipalização dos programas: a prestação de serviços à comunidade - PSC (art.117, do ECA) 6 e a liberdade assistida - LA (arts. 118 e 119, do ECA). Esses programas estão previstos na política do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), porém considerando que a implantação deste Sistema é recente 7, a implementação desses programas nos municípios é diversa no que se refere às políticas e instâncias às quais estão associados. No âmbito do SUAS, o Centro de Referência da Assistência Social CRAS é uma unidade pública estatal, descentralizada e responsável pela oferta de serviços de Proteção Social Básica às famílias e aos indivíduos em situação 6 O CFP publicou, em 2010, as normas de referência que tratam das medidas socioeducativas de restrição e privação de liberdade. 7 A Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS) que regula organização em âmbito nacional do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) é de
32 de vulnerabilidade social 8 no seu território de abrangência no município. O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) é unidade estatal de abrangência municipal ou regional e abrange a Proteção Social Especial (PSE) de Média Complexidade oferecendo serviços e programas de caráter especializado que requerem maior estruturação técnica e operativa devido à natureza e ao agravamento das situações de risco pessoal e social. E, está previsto no CREAS, o Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA), e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC). A exigência de uma política nacional para o atendimento na área das medidas socioeducativas levou a aprovação, em 2006, de um documento de referência específico - o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). O processo de elaboração do SINASE foi conduzido pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), instituindo esta norma de referência por meio da Resolução n.º 119, de 11/12/2006. Esse documento organizou um conjunto de princípios, regras e critérios de caráter jurídico, político, pedagógico, financeiro e administrativo, envolvendo o processo de apuração do ato infracional, a execução da medida socioeducativa, e os modos de gestão, avaliação e controle social. Essa conquista que envolveu movimentos, instituições e fóruns da área de infância e juventude se constituiu em marco no conjunto de ações do Sistema de Garantia de Direito da Criança e do Adolescente e concretizou-se no dia 18 de janeiro de Nessa data, foi aprovada a Lei n.º /2012, que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo e regulamentou a execução das medidas destinadas a adolescente que pratique ato infracional. Assim, para situar as ações da Psicologia no contexto das medidas socioeducativas, é importante considerar a abrangência da Lei n.º /2012. Nessa lei, o SINASE configura-se como um subsistema dentro do Sistema de Garantia de Direitos, que articula e integra os vários sistemas saúde, educação, assistência, justiça e segurança pública e contempla o atendimento ao adolescente autor de ato infracional desde o processo de apuração até a aplicação 8 Conforme a Politica Nacional de Assistência Social (PNAS; 2004), no âmbito de atuação da Assistência Social, as situações de risco pessoal e social por violação de direitos envolvem a iminência ou ocorrência de eventos como: violência intrafamiliar física e psicológica, abandono, negligência, abuso e exploração sexual, situação de rua, ato infracional, trabalho infantil, afastamento do convívio familiar e comunitário, entre outros. 32
33 e a execução da medida socioeducativa. O SGD é constituído na articulação de instâncias públicas, envolvendo a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios; os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; e, as instâncias da sociedade civil, que asseguram ações de promoção, defesa e controle social dos direitos e da política de atenção ao adolescente. Assim, as ações relativas à execução das medidas socioeducativas se situam, a partir da legislação pertinente, com os demais subsistemas do SGD: o Sistema de Justiça, que envolve a apuração do ato infracional, a atribuição da medida socioeducativa e o acompanhamento de seu cumprimento pelo Ministério Público, a Defensoria Pública e o Poder Judiciário; o Sistema Único da Assistência Social (SUAS) que, além de ofertar um conjunto de ações socioassistenciais, tem como definição, entre seus usuários de serviços de média complexidade, o atendimento ao adolescente em cumprimento de medida socioeducativa em liberdade assistida ou prestação de serviço à comunidade; o Sistema Único de Saúde (SUS) e a integração às ações em rede para o atendimento em saúde; o Sistema de Educação (SE) onde se situa a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional / LDB (Brasil, 1996); e o Sistema de Segurança Pública. Neste sentido, há um conjunto de competências e atribuições, no âmbito da gestão, execução, financiamento e avaliação da Política de Atendimento Socioeducativo, envolvendo a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que deve ser incrementado em todo o território nacional. Entre as orientações de execução do atendimento das medidas socioeducativas em meio aberto, está a possibilidade de participação de entidades da sociedade civil 9. Segundo o SINASE, as ações socioeducativas devem exercer influência sobre a vida do adolescente, contribuindo para a construção de sua identidade e favorecendo a elaboração de um projeto de vida. Para tal tarefa, é preciso um conjunto de ações nas áreas de educação, saúde, assistência social, cultura, capacitação para o trabalho e esporte, em conformidade com o ECA. Nesse sentido, em seu art. 2º, a Lei n.º /2012 destaca, entre os objetivos da medida socioeducativa, a responsabilização do adolescente quanto às consequências lesivas do ato infracional; a integração social e a garantia dos direitos individuais e sociais do adolescente através do cumprimento do Plano Individual de 9 Todas essas entidades devem estar inscritas no CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) conforme previsto na Seção I do Capítulo II do Estatuto da Criança e do Adolescente. A coordenação da política socioeducativa cabe, contudo, aos órgãos municipais de gestão. 33
34 Atendimento (PIA); e a desaprovação da conduta infracional, efetivando as disposições da medida socioeducativa com o parâmetro máximo de privação de liberdade. A mesma lei aborda no Capítulo IV (arts. 52 a 59) o detalhamento sobre o PIA, que deve ser encaminhado e aprovado pelo Poder Judiciário, definido como um instrumento de previsão, registro e gestão das atividades a serem desenvolvidas com o adolescente 10. Sua elaboração é de responsabilidade da equipe técnica do programa de atendimento implica, necessariamente, com a participação efetiva do adolescente e de sua família ou responsáveis. Na organização do PIA, a Psicologia pode contribuir com a escuta do adolescente e a análise da demanda, tanto no momento inicial ao pactuar as orientações para o atendimento a ser desenvolvido, quanto no acompanhamento e no desenvolvimento da participação do adolescente no decorrer da medida, afirmando e revendo ações, junto com o orientador, conforme a singularidade e as circunstâncias de cada adolescente. Essas referências legais, assim como as formulações de políticas, tratam de conteúdos fundamentais para aqueles que trabalham nos programas de execução de medidas socioeducativas que compõem o Sistema de Garantia de Direitos. Um princípio orientador nessa perspectiva é a aplicação da medida privativa de liberdade (internação) apenas em última instância, reservada apenas à prática de ato infracional que envolva grave ameaça ou violência a pessoa; por reiteração no cometimento de outras infrações graves; ou por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta (Estatuto, art. 122), utilizada somente quando não é possível uma outra medida. Há uma valorização do investimento em medidas de meio aberto, já que estas mantêm o cotidiano das relações do adolescente com a família, a comunidade, os grupos juvenis, a escola, enfim, as relações da vida em curso e as condições peculiares de desenvolvimento do adolescente. As medidas de meio aberto podem ser plenamente desenvolvidas quando aplicadas de forma adequada e executadas por profissionais capacitados e serviços estruturados para essa finalidade, possibilitando o acesso do adolescente ao conjunto de instituições, serviços e atividades oferecidas pelas comunidades. Assim, é possível manter relações de apoio e pertencimento no decorrer do cumprimento da medida, bem como ampliar sua inserção em atividades produtivas e compatíveis com a cidadania. A medida socioeducativa de prestação de serviços à comunidade envolve a realização de convênios entre o órgão responsável pelo programa no município 10 Embora o PIA esteja previsto tanto para o cumprimento de medidas de semiliberdade e internação quanto de prestação de serviço à comunidade e liberdade assistida, tratamos aqui mais especificamente das últimas. 34
35 e os demais órgãos governamentais ou comunitários que permitam que o adolescente realize atividades sem fins lucrativos associadas a uma experiência educacional que contemple a finalidade socioeducativa da medida. O local onde o adolescente cumpre a PSC é a Unidade de Prestação de Serviço. A execução da PSC envolve a avaliação das condições do adolescente, a elaboração do PIA, e do local onde será realizada a prestação de um serviço, considerando a natureza das tarefas, as condições de sua realização pelo adolescente, a presença de orientador que acompanhe a realização das atividades previstas em conjunto com o órgão responsável pelo programa, que é o encarregado dos devidos registros e avaliações. A liberdade assistida visa possibilitar o acompanhamento, a orientação e o apoio ao adolescente que cumpre esta medida, sendo desenvolvida em programa ligado a órgãos municipais ou organizações não governamentais conveniadas com o poder público local, com designação de técnicos e orientadores responsáveis. As atividades propostas consideram o momento de vida do adolescente (estudo de caso) e a realização dos compromissos estabelecidos a partir da elaboração do PIA. Este acompanhamento deve assegurar a garantia de direitos, podendo demandar diferentes campos das políticas públicas, como o sistema educacional, de saúde, de assistência social, de justiça e de segurança pública. Assim, é preciso estar atento ao conjunto de questões que envolvem a responsabilização do adolescente e o exercício de seus direitos, pois além da relação com o adolescente que cumpre a medida, o trabalho pode exigir a aproximação daqueles que compõem o seu círculo social, seja na família, outras pessoas de referência, na escola, nos grupos juvenis ou em outros espaços de convivência na comunidade. Faz parte do trabalho nesse programa, o registro e a elaboração de relatórios inclusive aquele no qual deve constar o PIA - observados os prazos que regulam o cumprimento da medida. É importante considerar as regras que orientam a elaboração de documentos solicitados aos serviços e às equipes que acompanham a execução das medidas socioeducativas, previstos nas normas de gestão e procedimentos desta política 11, de um lado; de outro, as regras voltadas mais especificamente ao profissional de Psicologia, que remetem às orientações da profissão, em que devem ser observadas as resoluções emitidas pelo Conselho Federal de Psicologia. Paralelo aos marcos legais e às diretrizes que dizem respeito às políticas 11 A emissão de um relatório não deve se confundir com a elaboração de laudos periciais ou outros documentos com finalidade investigativa e especializada. Quando da sua elaboração, os profissionais devem, necessariamente, observar a função de proteção social desenvolvida na política de atendimento que o serviço oferece e suas competências. Ver: Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado de Assistência Social (MDS, 2011). 35
36 públicas que asseguram a garantia de direitos da infância e da adolescência e a execução das medidas socioeducativas, as práticas em Psicologia devem observar a legislação do próprio Sistema Conselhos de Psicologia (CFP): o Código de Ética profissional do Psicólogo (Resolução nº. 10/2005), bem como as resoluções emitidas pelo CFP que tratam de temas específicos do fazer em Psicologia, orientando e atualizando a atuação da(o) psicóloga(o). Na PSC, assim como na LA, coloca-se como um grande desafio a perspectiva ética e pedagógica a ser construída na relação com cada adolescente. O Estatuto (BRASIL, 1990) e as orientações do SINASE (BRASIL, 2006; 2012) destacam que as medidas socioeducativas comportam a responsabilização do adolescente em relação ao ato infracional praticado, e a ação educacional, ligada à garantia de direitos e ao desenvolvimento de ações que visem o exercício da cidadania. No trabalho da Psicologia, assim como das demais áreas que compõem as equipes multiprofissionais, ainda são identificadas formas de operacionalizar a medida socioeducativa que se pautam exclusivamente pela lógica punitiva, afastando-se da concepção socioeducativa proposta pelo Estatuto e pelo SINASE, os quais propõem a responsabilização do adolescente através de um processo educativo que dialoga com a situação em que o ato infracional se produziu. Segundo Arantes (1999) 12, a história das intervenções sobre a infância no Brasil é caracterizada pela percepção do menor como irregular, em perigo ou perigoso; o abandono, a infração, a deficiência, a doença, a ociosidade e sobretudo a pobreza, constituíam condições que os tornavam passíveis de serem enviados às instituições de recolhimento. O Estado, através do Juiz de Menores, decretava a situação irregular, e os laudos médicos e psicossociais se encarregavam de associar a percepção de perigo ao indivíduo. Ou seja, a criança ou o adolescente passavam a ser vistos e atendidos como irregulares, enquanto as condições de produção dessa situação eram pouco ou nada consideradas. O que, por vezes, ainda é identificado como um conflito entre a sanção e o processo educativo pode estar enunciando que a sociedade brasileira, apesar dos mais de vinte anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990), ainda vive relações conflitivas no que se refere a afirmar a Doutrina de Proteção Integral, e um sujeito de direito, em contraposição à Doutrina da Situação Irregular, onde o sujeito está em posição de tutela do Estado. No que se refere à Psicologia, nossa posição se inscreve como 12 (ARANTES, Esther M. de M. De Criança Infeliz a Menor Irregular : vicissitudes na arte de governar na infância. In: JACÓ-VILELA, Ana Maria; JABUR, Fabio; RODRIGUES, Heliana de B.C. (Org.). Clyo-Psyché: histórias da psicologia no Brasil. Rio de Janeiro: UERJ, NAPE,
37 uma insistente prática ético-pedagógica de garantia dos direitos conquistados junto ao adolescente, junto às equipes e junto às instituições sociais brasileiras. O compromisso ético-político, enquanto princípio norteador da política pública exige atenção não só ao cumprimento da legislação e de diretrizes políticas conquistadas e em processo histórico de efetivação, mas ao modo como produzimos nossos fazeres neste contexto, operando saberes e práticas que informam sobre modos de pensar e conceber o adolescente em sua singularidade, assim como a sociedade em sua pluralidade democrática. Abandonar os conceitos forjados na tradição menorista, que associava a pobreza ao abandono, à delinquência e ao risco, são requisitos fundamentais das transformações propostas pelo ECA. Neste sentido, a pesquisa realizada pelo Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) do Conselho Federal de Psicologia (CPF) evidencia um percurso de construção do trabalho da(o) psicóloga(o) neste campo indicando a necessária ampliação da discussão desta política e a continuidade de criação de dispositivos que formulem e situem orientações para práticas condizentes com o atual momento histórico e político da realidade brasileira. Na pesquisa realizada, há uma ética referenciada na consulta ao código profissional, o que leva a pensar a importância de desdobrarmos, a partir de nossa profissão, o compromisso com ações contextuais e políticas no âmbito dos municípios nos quais compomos uma vida pública. 37
38 38
39 EIXO II A Psicologia e as Medidas Socioeducativas em Meio Aberto 39
40 40
41 Eixo II: A Psicologia e as Medidas Socioeducativas em Meio Aberto 1. Políticas Públicas, Medidas Socioeducativas e Questões para a Psicologia Além dos marcos legais e das normatizações do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (BRASIL, 2006; 2012), é necessário considerar uma somatória de fatores políticos, éticos e técnicos para que a política socioeducativa se consolide, e para que ela seja integrada às demais políticas que asseguram o Sistema de Garantia de Direito. Uma política pública voltada para a execução das medidas socioeducativas de liberdade assistida (LA) e de Prestação de Serviço à Comunidade (PSC), que leve em conta os desafios da prática em Psicologia, requer que se considerem alguns aspectos: A. a articulação dos diferentes campos de saber e suas estratégias de formação, já que as ações implementadoras nos programas de medida socioeducativas envolvem, além da Psicologia, disciplinas como o Direito, a Pedagogia, o Serviço Social, a Antropologia, entre outras. No que se refere às questões da formação em Psicologia, evidenciamos a necessidade de uma crescente inclusão do ensino relacionado às politicas públicas; B. a presença de criatividade e ousadia nas propostas para executar as medidas de acordo com o estabelecido pelo ECA (BRASIL, 1990) e suas diretrizes, desdobradas em normas e leis, percebendo que estas não exigem somente a pronta atitude de execução, mas também as relações com cada contexto e a participação na constituição dos elos que dão vida ao processo de execução de uma política, criando novas metodologias de trabalho; C. o investimento permanente na construção de alternativas para os impasses trazidos por cada adolescente, considerando as diferentes dimensões desta construção. Neste sentido, a participação ativa do adolescente junto à equipe na elaboração do Plano Individual de Atendimento (PIA) com a participação ativa da Psicologia pode contribuir na busca da singularização dos processos, além de ajudar a compor acordos e buscar alternativas junto à família e/ou responsáveis do adolescente. Dessa maneira, é importante dimensionar a participação de equipes e serviços, desenvolvendo metodologias e formas de afirmar um fluxo de trabalho em rede, para dar conta das demandas apresentadas; D. a participação política das(os) psicólogas(os), o compromisso e a responsabilidade social da profissão em ações que afirmem uma rede de serviços destinados aos adolescentes em cada município, como a criação de estratégias de envolvimento dos adolescentes que cumprem medida socioeducativa em espaços de debate e conquista de seus direitos de cidadania. Neste sentido, coloca-se como fundamental a sensibilização da população quanto à participação e importância das medidas em 41
Projeto de Decreto. (Criar uma denominação/nome própria para o programa)
Projeto de Decreto Dispõe sobre as atribuições e competência do Programa de Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, atendendo à Resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente,
Leia maisSecretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento,
Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento, Projetos e Capacitação TEMA: CREAS: SERVIÇOS OFERTADOS, INTERSETORIALIDADE,
Leia maisAÇÕES DE POTENCIALIZAÇÃO DE JOVENS EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA ATENDIDOS NO CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DA ASISTÊNCIA SOCIAL
AÇÕES DE POTENCIALIZAÇÃO DE JOVENS EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA ATENDIDOS NO CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DA ASISTÊNCIA SOCIAL RESUMO AMORIM 1, Tâmara Ramalho de Sousa SIMÕES 2, Poliana
Leia maisRESOLUÇÃO Nº 101 DE 17 DE MARÇO DE 2005 (*)
RESOLUÇÃO Nº 101 DE 17 DE MARÇO DE 2005 (*) Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente Dispõe sobre os Procedimentos e critérios para a aprovação de projetos a serem financiados com recursos
Leia maisEIXO 2 PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS: PROPOSTAS APROVADAS OBTIVERAM ENTRE 80 e 100% DOS VOTOS
EIXO 2 PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS: PROPOSTAS APROVADAS OBTIVERAM ENTRE 80 e 100% DOS VOTOS Garantir a elaboração e implementação da Política e do Plano Decenal de Direitos Humanos de Criança e Adolescente
Leia maisPlano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social PAPÉIS COMPETÊNCIAS
PAPÉIS E COMPETÊNCIAS O SERVIÇO PSICOSSOCIAL NO CREAS... O atendimento psicossocial no serviço é efetuar e garantir o atendimento especializado (brasil,2006). Os profissionais envolvidos no atendimento
Leia maisNÚCLEO TÉCNICO FEDERAL
NÚCLEO TÉCNICO FEDERAL Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte PPCAAM Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente Secretaria de Direitos Humanos Presidência
Leia maisO PETI e o Trabalho em Rede. Maria de Fátima Nassif Equipe Proteção Social Especial Coordenadoria de Ação Social Secretaria de Desenvolvimento Social
O PETI e o Trabalho em Rede Maria de Fátima Nassif Equipe Proteção Social Especial Coordenadoria de Ação Social Secretaria de Desenvolvimento Social Articulação da rede de serviços socioassistenciais Proteção
Leia maisA GESTÃO DOS PROCESSOS TRABALHO NO CREAS
A GESTÃO DOS PROCESSOS TRABALHO NO CREAS A Gestão inclui: A coordenação dos recursos humanos e do trabalho em equipe interdisciplinar; Planejamento, monitoramento e avaliação; O registro de informações;
Leia maisSecretaria de Trabalho, Emprego e Promoção Social Piraí do Sul/PR: Órgão Gestor
Secretaria de Trabalho, Emprego e Promoção Social Piraí do Sul/PR: Órgão Gestor RODRIGUES, Camila Moreira (estágio II), e-mail:camila.rodrigues91@hotmail.com KUSDRA, Rosiele Guimarães (supervisora), e-mail:
Leia maisPlano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes
Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes EIXO 1 PROMOÇÃO DOS DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES Diretriz 01 - Promoção da cultura do respeito e da garantia dos direitos humanos de
Leia maisSecretaria Nacional de Assistência Social
POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SUAS Secretaria Nacional de Assistência Social MARCOS NORMATIVOS E REGULATÓRIOS Constituição Federal 1988 LOAS 1993 PNAS 2004
Leia maisCâmara Municipal de Uberaba A Comunidade em Ação LEI Nº 7.904
A Comunidade em Ação LEI Nº 7.904 Disciplina a Política Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual e dá outras providências. O Povo do Município de Uberaba, Estado de Minas Gerais, por seus representantes
Leia maisCONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA CENTRO DE REFERÊNCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA CENTRO DE REFERÊNCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS Atuação dos Psicólogos em Políticas Públicas de Diversidade Sexual e Promoção da Cidadania LGBT Relatório
Leia maisEDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA
EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA Autores: FIGUEIREDO 1, Maria do Amparo Caetano de LIMA 2, Luana Rodrigues de LIMA 3, Thalita Silva Centro de Educação/
Leia maisPOLÍTICAS PÚBLICAS Aula 11. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua
POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 11 Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (2004) O SUAS materializa o conteúdo da LOAS, cumprindo no tempo histórico dessa Política as exigências
Leia maisCarta Unir para Cuidar Apresentação
Carta Unir para Cuidar Apresentação Durante o 17º Encontro Nacional de Apoio à Adoção (ENAPA), na capital federal, de 07 a 09 de junho de 2012, as entidades participantes assumem, com esta carta de compromisso,
Leia maisTERMO DE COMPROMISSO FIRMADO PERANTE O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ PELOS CANDIDATOS A PREFEITOS MUNICIPAIS DE BELÉM, NAS ELEIÇÕES 2012.
TERMO DE COMPROMISSO FIRMADO PERANTE O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ PELOS CANDIDATOS A PREFEITOS MUNICIPAIS DE BELÉM, NAS ELEIÇÕES 2012. O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ, daqui por diante
Leia maisRESOLUÇÃO CNAS Nº 11, DE 23 DE SETEMBRO DE 2015.
RESOLUÇÃO CNAS Nº 11, DE 23 DE SETEMBRO DE 2015. Caracteriza os usuários, seus direitos e sua participação na Política Pública de Assistência Social e no Sistema Único de Assistência Social, e revoga a
Leia maisTERCEIRA IDADE - CONSTRUINDO SABERES SOBRE SEUS DIREITOS PARA UM ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
TERCEIRA IDADE - CONSTRUINDO SABERES SOBRE SEUS DIREITOS PARA UM ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Gabriela Pereira Batista, graduanda em enfermagem (UNESC Faculdades) gabrielabio_gabi@hotmail.com
Leia maisEIXO 5 GESTÃO DA POLÍTICA NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PROPOSTAS APROVADAS OBTIVERAM ENTRE 80 e 100% DOS VOTOS
EIXO 5 GESTÃO DA POLÍTICA NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PROPOSTAS APROVADAS OBTIVERAM ENTRE 80 e 100% DOS VOTOS Garantir a elaboração e implementação da política e do Plano Decenal
Leia maisProtocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferências de Renda no âmbito do Sistema Único de Assistência Social
Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferências de Renda no âmbito do Sistema Único de Assistência Social Ms. Waleska Ramalho Ribeiro - UFPB A concepção republicana do SUAS requer
Leia maisASPECTOS HISTÓRICOS RESGATE DA HISTÓRIA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO BRASIL Maria Izabel Rocha Simão e Silva Capacitação de Candidatos ao Conselho Tutelar Barbacena, julho/2010 Objetivos: 1- Entendimento
Leia maisCREAS - Institucional. O que é o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social)?
CREAS - Institucional O que é o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social)? Considerando a definição expressa na Lei nº 12.435/2011, o CREAS é a unidade pública estatal de abrangência
Leia maisPLANO DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO: processo, participação e desafios. Seminário dos/as Trabalhadores/as da Educação Sindsep 24/09/2015
PLANO DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO: processo, participação e desafios Seminário dos/as Trabalhadores/as da Educação Sindsep 24/09/2015 Ação Educativa Organização não governamental fundada por um
Leia maisPlano Decenal SUAS 2005-2015 e o Plano Decenal 2016-2026: Como fazer a análise do SUAS que temos como projetar o SUAS que queremos
Plano Decenal SUAS 2005-2015 e o Plano Decenal 2016-2026: Como fazer a análise do SUAS que temos como projetar o SUAS que queremos luziele.tapajos@ufsc.br PLANEJAR O SUAS Definir horizontes da proteção
Leia maisVIGILÂNCIA SOCIAL E A GESTÃO DA INFORMAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
VIGILÂNCIA SOCIAL E A GESTÃO DA INFORMAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO CONCEITUANDO... Vigilância Social : Produção e sistematização de informações territorializadas sobre
Leia maisCONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CENTRO DE REFERÊNCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS
CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CENTRO DE REFERÊNCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA E POLITICAS PÚBLICAS: UMA APROXIMAÇÃO DO CRPRS COM O MEIO ACADÊMICO
Leia maisPLANO ESTADUAL DE CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA
PLANO ESTADUAL DE CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA Comitê Intersetorial Direito à Convivência Familiar e Comunitária Porto Alegre, 9 de outubro de 2012 DIRETRIZES Fundamentação Plano Nacional Efetivação
Leia maisArticular o Conselho Escolar, os Grêmios Estudantis, os trabalhadores de educação, as Associações de Pais e Mestres e a comunidade em geral.
EIXO 1 PROMOÇÃO DOS DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES Garantir a elaboração e implementação da Política e do Plano Decenal de Direitos Humanos de Criança e Adolescente nos âmbitos federal, estadual,
Leia maisPORTARIA NORMATIVA INTERMINISTERIAL Nº- 17, DE 24 DE ABRIL DE 2007
PORTARIA NORMATIVA INTERMINISTERIAL Nº- 17, DE 24 DE ABRIL DE 2007 Institui o Programa Mais Educação, que visa fomentar a educação integral de crianças, adolescentes e jovens, por meio do apoio a atividades
Leia maisO sistema de garantia dos direitos humanos das crianças e dos adolescentes: responsabilidades compartilhadas.
Página1 Curso de extensão universitária: O sistema de garantia dos direitos humanos das crianças e dos adolescentes: responsabilidades compartilhadas. Apresentação: Em 2015, comemorando 25 anos do ECA,
Leia maisMostra de Projetos 2011. Projovem em Ação
Mostra de Projetos 2011 Projovem em Ação Mostra Local de: Londrina. Categoria do projeto: Projetos em implantação, com resultados parciais. Nome da Instituição/Empresa: Prefeitura Municipal Santa Cecilia
Leia maisOs Atores do Sistema de Garantia aos Direitos da Criança e do Adolescente e o Significado do Controle Social
Os Atores do Sistema de Garantia aos Direitos da Criança e do Adolescente e o Significado do Controle Social INGRID CATARINA SOLEDADE CALASANS ingridcalasans@gmail.com ARYADNE MARTINS SOARES BOHRER aryadneadv@gmail.com
Leia maisAtuação do psicólogo na Assistência Social. Iolete Ribeiro da Silva Conselho Federal de Psicologia
Atuação do psicólogo na Assistência Social Iolete Ribeiro da Silva Conselho Federal de Psicologia Concepção de Assistência Social Assistência social direito social e dever estatal Marco legal: Constituição
Leia maisVII JORNADA DE ESTAGIO DE SERVIÇO SOCIAL A PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL NO DEPARTAMENTO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DO MUNICIPIO DE CARAMBEÍ PR.
VII JORNADA DE ESTAGIO DE SERVIÇO SOCIAL A PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL NO DEPARTAMENTO DE PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DO MUNICIPIO DE CARAMBEÍ PR. Resumo: CARNEIRO, Alana Caroline 1. SIVEIRA, Adriane 2. SOUZA,
Leia maisPROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA DO SUAS
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA DO SUAS CRAS Centro de Referência de Assistência Social PÚBLICO-ALVO: A PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA B DO SUAS Famílias, seus membros e indivíduos em situação de vulnerabilidade social
Leia maisO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Lei n o 9.795, de 27 de Abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Leia maisSecretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento,
Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento, Projetos e Capacitação O SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL A ADOLESCENTES
Leia maisCadastro Nacional das Entidades de Assistência Social CNEAS
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MDS Secretaria Nacional de Assistencia Social SNAS Departamento da Rede Socioassistencial Privada do SUAS DRSP Cadastro Nacional das Entidades de Assistência
Leia maisVIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL
VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRABALHO REALIZADO PELO SERVIÇO SOCIAL NO CENTRO PONTAGROSSENSE DE REABILITAÇÃO AUDITIVA E DA FALA (CEPRAF) TRENTINI, Fabiana Vosgerau 1
Leia maisPLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS EDUCAÇÃO BÁSICA ENSINO SUPERIOR EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL EDUCAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO SISTEMA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA EDUCAÇÃO E MÍDIA Comitê Nacional de Educação
Leia maisEscola de Políticas Públicas
Escola de Políticas Públicas Política pública na prática A construção de políticas públicas tem desafios em todas as suas etapas. Para resolver essas situações do dia a dia, é necessário ter conhecimentos
Leia maisFÓRUM REGIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO ALTO VALE DO ITAJAÍ RIO DO SUL SC 2015 CARTA DE PRINCÍPIOS
FÓRUM REGIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO ALTO VALE DO ITAJAÍ RIO DO SUL SC 2015 CARTA DE PRINCÍPIOS 1. Natureza e Finalidade O Fórum Regional de Educação Infantil do Alto Vale do Itajaí - FREIAVI é um espaço
Leia maisSECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL COMISSÃO INTERGESTORES TRIPARTITE RESOLUÇÃO Nº 4, DE 24 DE MAIO DE 2011
SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL COMISSÃO INTERGESTORES TRIPARTITE RESOLUÇÃO Nº 4, DE 24 DE MAIO DE 2011 Institui parâmetros nacionais para o registro das informações relativas aos serviços ofertados
Leia maisORIENTAÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DAS CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NO ESTADO DE MINAS GERAIS 2011
T CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE MINAS GERAIS ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DAS CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Leia maisGestão Democrática da Educação
Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica Departamento de Articulação e Desenvolvimento dos Sistemas de Ensino Coordenação Geral de Articulação e Fortalecimento Institucional dos Sistemas de
Leia maisCarta Aberta aos candidatos e candidatas às prefeituras e Câmaras Municipais
Carta Aberta aos candidatos e candidatas às prefeituras e Câmaras Municipais Estatuto da Criança e do Adolescente: 18 anos, 18 Compromissos A criança e o adolescente no centro da gestão municipal O Estatuto
Leia maisComo proceder à notificação e para onde encaminhá-la?
Se a família não quiser ou não puder assumir a notificação, o educador deverá informar a família que, por força da lei, terá que notificar o fato aos órgãos competentes. Como proceder à notificação e para
Leia maisResgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA)
Resgate histórico do processo de construção da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) Mário Lopes Amorim 1 Roberto Antonio Deitos 2 O presente
Leia maisValorizando ideias e experiências participativas que promovam o direito humano à educação REGULAMENTO
REGULAMENTO 1. O RECONHECIMENTO PÚBLICO DE OLHO NOS PLANOS 1.1. O Reconhecimento Público é uma ação da iniciativa De Olho nos Planos, composta pelos seguintes parceiros: Ação Educativa, UNICEF, Campanha
Leia maisVIDA E JUVENTUDE Centro Popular de Formação da Juventude CNPJ: 03.612.569/0001-04 EDITAL Nº 02/2015
VIDA E JUVENTUDE Centro Popular de Formação da Juventude CNPJ: 03.612.569/0001-04 EDITAL Nº 02/2015 O Centro Popular de Formação da Juventude Vida e Juventude (Brasília/DF), no uso de suas atribuições
Leia maisO COTIDIANO DAS VARAS DA INFÂNCIA. Maria Isabel Strong Assistente Social Judiciário
PROTEÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE O COTIDIANO DAS VARAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE Maria Isabel Strong Assistente Social Judiciário Medidas Protetivas Lei 12.010 de 03/08/2009 Lei Nacional de Adoção Altera
Leia maisO Ensino a Distância nas diferentes Modalidades da Educação Básica
O Ensino a Distância nas diferentes Modalidades da Educação Básica Francisco Aparecido Cordão Conselheiro da Câmara de Educação Básica do CNE facordao@uol.com.br 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Leia maisPlano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária
Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária Manaus/AM 29 de Abril de 2014 Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança
Leia maisPAIF. Programa de Atenção Integral à Família - PAIF CRAS
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Secretaria Nacional de Assistência Social Programa de Atenção Integral à Família - PAIF CRAS PAIF IMPORTANTE INTERRELAÇÃO ENTRE PAIF E CRAS CRAS O
Leia maisPerguntas F requentes Relacionadas à Inscrição de Entidades de Assistência Social nos Conselhos Municipais de Assistência Social e do Distrito Federal
Perguntas F requentes Relacionadas à Inscrição de Entidades de Assistência Social nos Conselhos Municipais de Assistência Social e do Distrito Federal 1. Onde localizar os procedimentos para inscrição
Leia maisCONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA CENTRO DE REFERÊNCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS Atuação dos Psicólogos em Políticas Públicas sobre Álcool e outras Drogas Relatório Descritivo Preliminar
Leia maisPLANO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NOB/SUAS/2012. Vânia Guareski Souto Assistente Social - Especialista em Gestão Social de Políticas Públicas
PLANO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NOB/SUAS/2012 Vânia Guareski Souto Assistente Social - Especialista em Gestão Social de Políticas Públicas Objetivos: Traduzem os resultados que se pretende atingir com a execução
Leia maisBrasília, 27 de maio de 2013.
NOTA TÉCNICA N o 20 /2013 Brasília, 27 de maio de 2013. ÁREA: Desenvolvimento Social TÍTULO: Fundo para Infância e Adolescência (FIA) REFERÊNCIAS: Lei Federal n o 4.320, de 17 de março de 1964 Constituição
Leia maisDIREITOS HUMANOS, JUVENTUDE E SEGURANÇA HUMANA
DIREITOS HUMANOS, JUVENTUDE E SEGURANÇA HUMANA FARIAS, Maria Lígia Malta ¹ SOUSA, Valéria Nicolau de ² TANNUSS, Rebecka Wanderley ³ Núcleo De Cidadania e Direitos Humanos/ PROEXT RESUMO O Projeto de Extensão
Leia maisREGULAMENTO CURSO DESCENTRALIZADO
REGULAMENTO CURSO DESCENTRALIZADO I Nome do curso PROTAGONISMO JUVENIL - GRÊMIO ESTUDANTIL E A FORMAÇÃO CIDADÃ NO ESPAÇO ESCOLAR II Apresentação: descrição do curso O curso capacitará os participantes
Leia maisPacto Gaúcho pelo Fim do Racismo Institucional
Pacto Gaúcho pelo Fim do Racismo Institucional Aos 21 de março de 2014, dia em que o mundo comemora o Dia Internacional contra a Discriminação Racial instituído pela ONU em 1966, adotamos o presente Pacto
Leia maisO sistema de garantias dos direitos da criança e do adolescente
O sistema de garantias dos direitos da criança e do adolescente SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS PROMOÇÃO CONTROLE SOCIAL DEFESA A Convenção Internacional sobre o direito da criança e do adolescente Busca
Leia maisCONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA
PARECER COREN/SC Nº 013/CT/2013 Assunto: Solicitação de Parecer Técnico acerca de critérios para abertura e funcionamento de Curso de Instrumentação Cirúrgica. I - Do Fato Solicitado Parecer Técnico ao
Leia maisPLANO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO SÓCIOEDUCATIVO DO MUNICÍPIO DE ESPÍRITO SANTO/RN
PLANO MUNICIPAL DE ATENDIMENTO SÓCIOEDUCATIVO DO MUNICÍPIO DE ESPÍRITO SANTO/RN ESPÍRITO SANTO/RN, OUTUBRO DE 2014. FRANCISCO ARAÚJO DE SOUZA PREFEITO MUNICIPAL DE ESPÍRITO SANTO/RN ELIZANGELA FREIRE DE
Leia maisDúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT
Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?
Leia maisPALAVRAS-CHAVE Rede de Proteção. Criança e adolescente. Direitos Humanos. Violência
13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA (X) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA
Leia maisPROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário.
PROGRAMA ULBRASOL Irmo Wagner RESUMO Com a intenção e o propósito de cada vez mais fomentar e solidificar a inserção da Universidade na Comunidade em que encontra-se inserida, aprimorando a construção
Leia maisPOLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Banco Cooperativo Sicredi S.A. Versão: Julho/2015 Página 1 de 1 1 INTRODUÇÃO O Sicredi é um sistema de crédito cooperativo que valoriza a
Leia maisPrograma de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI)
Presidência da República Controladoria-Geral da União Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL (PETI) O PETI é um programa do Governo Federal que
Leia maisRompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1
PROGRAMA ÉTICA E CIDADANIA construindo valores na escola e na sociedade Rompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1 Ulisses F. Araújo 2 A construção de um ambiente ético que ultrapasse
Leia maisNota Técnica. Conceitos da Vigilância Socioassistencial Nº 01. Curitiba, PR. Junho de 2014. Coordenação da Gestão do SUAS
Nota Técnica Conceitos da Vigilância Socioassistencial Nº 01 Curitiba, PR. Junho de 2014 Coordenação da Gestão do SUAS Conceitos da Vigilância Socioassistencial Finalidade: Considerando a importância da
Leia maisPÚBLICO-ALVO Assistentes sociais que trabalham na área da educação e estudantes do curso de Serviço Social.
OBJETIVOS: Promover o debate sobre o Serviço Social na Educação; Subsidiar as discussões para o Seminário Nacional de Serviço Social na Educação, a ser realizado em junho de 2012 em Maceió-Alagoas; Contribuir
Leia maisOrganização dos Estados EDITAL DE SELEÇÃO 222/2013 Ibero-americanos PROJETO OEI/BRA/08/006 Para a Educação, ERRATA: a Ciência e a Cultura
Organização dos Estados EDITAL DE SELEÇÃO 222/2013 Ibero-americanos PROJETO OEI/BRA/08/006 Para a Educação, ERRATA: a Ciência e a Cultura A OEI Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação
Leia maisRESOLUÇÃO CONJUNTA CNAS/CONANDA Nº 001 DE 09 DE JUNHO DE 2010
RESOLUÇÃO CONJUNTA CNAS/CONANDA Nº 001 DE 09 DE JUNHO DE 2010 Estabelece parâmetros para orientar a constituição, no âmbito dos Estados, Municípios e Distrito Federal, de Comissões Intersetoriais de Convivência
Leia maisANEXO I ROTEIRO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS FIA 2011. Cada projeto deve conter no máximo 20 páginas
Cada projeto deve conter no máximo 20 páginas 1. APRESENTAÇÃO Faça um resumo claro e objetivo do projeto, considerando a situação da criança e do adolescente, os dados de seu município, os resultados da
Leia maisPEDAGOGIA HOSPITALAR: as politícas públicas que norteiam à implementação das classes hospitalares.
PEDAGOGIA HOSPITALAR: as politícas públicas que norteiam à implementação das classes hospitalares. Marianna Salgado Cavalcante de Vasconcelos mary_mscv16@hotmail.com Jadiel Djone Alves da Silva jadieldjone@hotmail.com
Leia maisFORMAÇÃO DA CIDADANIA OBJETIVOS E METAS
FORMAÇÃO DA CIDADANIA OBJETIVOS E METAS 1. Garantir a participação juvenil na elaboração e acompanhamento das políticas públicas na área de cidadania, em nível municipal, estadual e nacional, promovendo
Leia maisUM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES
Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES Claudia Davis: É preciso valorizar e manter ativas equipes bem preparadas
Leia maisANEXO IV PROPOSTAS APROVADAS NA CONFERÊNCIA ESTADUAL. Eixo MOBILIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO MONITORAMENTO
PROPOSTAS APROVADAS NA CONFERÊNCIA ESTADUAL ANEXO IV Eixo MOBILIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO MONITORAMENTO 1-Promoção dos Direitos de Crianças e Adolescentes Buscar apoio das esferas de governo (Federal e Estadual)
Leia maisII TEXTO ORIENTADOR 1. APRESENTAÇÃO
II TEXTO ORIENTADOR 1. APRESENTAÇÃO A III Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência acontece em um momento histórico dos Movimentos Sociais, uma vez que atingiu o quarto ano de ratificação
Leia maisCENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNÍCIPIO DE PALMEIRA-PR
CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNÍCIPIO DE PALMEIRA-PR RODRIGUES, Tatielle Adams (estagio I); e-mail: adams.tati@gmail.com; RIFFERT, Gracieli Aparecida (supervisora), e-mail:
Leia maisRegimento Interno do processo de construção do Plano de Educação da Cidade de São Paulo
Regimento Interno do processo de construção do Plano de Educação da Cidade de São Paulo CAPÍTULO I Artigo 1o. A construção do Plano de Educação da Cidade de São Paulo realizar-se-á entre fevereiro e junho
Leia maisLEI MUNICIPAL Nº 3.486/2005
LEI MUNICIPAL Nº 3.486/2005 Institui o COMITÊ DE CONTROLE SOCIAL DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA (PBF), e dá outras providências. CLÁUDIO KAISER, Prefeito Municipal de Taquara, Estado do Rio Grande do Sul, FAÇO
Leia maisSECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO VIÇOSA/ALAGOAS PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGCIO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO VIÇOSA/ALAGOAS PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGCIO Texto:Ângela Maria Ribeiro Holanda ribeiroholanda@gmail.com ribeiroholanda@hotmail.com A educação é projeto, e, mais do que isto,
Leia maisPesquisa de Informações Básicas Estaduais 2012
Pesquisa de Informações Básicas Estaduais 2012 Informações Básicas Recursos Humanos Foram pesquisadas as pessoas que trabalhavam na administração direta e indireta por vínculo empregatício e escolaridade;
Leia maisROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS
APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da
Leia maisPrograma Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes. Disque Denúncia Nacional: DDN 100
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças
Leia maisCOMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 6.047-D, DE 2005. O CONGRESSO NACIONAL decreta:
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº 6.047-D, DE 2005 Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN com vistas em assegurar o direito
Leia maisCARGOS E FUNÇÕES APEAM
CARGOS E FUNÇÕES APEAM 1. PRESIDÊNCIA A Presidência possui por finalidades a representação oficial e legal da associação, coordenação e integração da Diretoria Executiva, e o acompanhamento, avaliação,
Leia maisProjeto de Lei Municipal dispondo sobre programa de guarda subsidiada
Projeto de Lei Municipal dispondo sobre programa de guarda subsidiada LEI Nº..., DE... DE... DE... 1. Dispõe sobre Programa de Guarda Subsidiada para Crianças e Adolescentes em situação de risco social
Leia maisPROJETO DE LEI N.º 030/2013.
PROJETO DE LEI N.º 030/2013. Institui o Programa Menor Aprendiz no âmbito do Município de Bela Vista de Minas e dá outras providências. O Prefeito Municipal de Bela Vista de Minas, Estado de Minas Gerais,
Leia maisA construção da. Base Nacional Comum. para garantir. Direitos e Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento
A construção da Base Nacional Comum para garantir Direitos e Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Política pública de Educação ESTADO dever de educar legislação planejamento instituições CIDADÃO
Leia maisFaculdade de Direito Ipatinga Núcleo de Investigação Científica e Extensão NICE Coordenadoria de Extensão. Identificação da Ação Proposta
Faculdade de Direito Ipatinga Núcleo de Investigação Científica e Extensão NICE Coordenadoria de Extensão Identificação da Ação Proposta Área do Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas Área Temática:
Leia maisSecretaria Municipal de Assistência Social Centro de Referência Especializado de Assistência Social
Secretaria Municipal de Assistência Social Centro de Referência Especializado de Assistência Social Proposta para Implementação de Serviço de Responsabilização e Educação de Agressores Grupo Paz em Casa
Leia maisMINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Secretaria Nacional de Renda de Cidadania Secretaria Nacional de Assistência Social
Instrução Operacional Conjunta Senarc/SNAS/MDS Nº 07 de 22 de novembro de 2010. Assunto: Orientações aos municípios e ao Distrito Federal para a inclusão de pessoas em situação de rua no Cadastro Único
Leia maisOS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE
OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,
Leia maisLEVANTAMENTO DOS CRESS SOBRE QUADRO DE ASSISTENTES SOCIAIS NOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DOS ESTADOS
LEVANTAMENTO DOS CRESS SOBRE QUADRO DE ASSISTENTES SOCIAIS NOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DOS ESTADOS Informações enviadas pelos CRESS: 1ª. PA; 2ª. MA; 5ª. BA; 6ª.-MG; 7ª. RJ; 10ª. RS; 11ª. PR; 12ª-SC; 13ª.
Leia maisSERVIÇO DE CONVIVENCIA E FORTALECIMENTO DE VINCULOS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES. PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS & Algumas reflexões
SERVIÇO DE CONVIVENCIA E FORTALECIMENTO DE VINCULOS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES. PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS & Algumas reflexões ASSISTÊNCIA SOCIAL ASSISTENTE SOCIAL CARIDADE? FAVOR? O QUE OS VEREADORES FAZEM?
Leia mais