Michel Oliveira Gouveia

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1 Michel Oliveira Gouveia Michel Gouveia Prof. Michel Gouveia Professor Michel Gouveia / Previtube michelogouveia

2 A Diversidade e o Direito Previdenciário

3 Seguridade social O sistema da Seguridade Social está previsto no artigo 194 da Constituição Federal. Conceito: Art A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

4 SEGURIDADE SOCIAL Artigo 194 da Constituição Federal ASSISTÊNCIA SOCIAL Artigo 201 da CF SAÚDE Artigo 196 PREVIDÊNCIA SOCIAL Artigo 201 e 202

5 Origem e evolução histórica As primeiras regras de proteção social no Brasil, tinham caráter eminentemente beneficente e assistencial. No período colonial foram criadas as Santas Casas de Misericórdia. A primeira Santa Casa de Misericórdia foi fundada em Porto de São Vicente. Em 1543, fundada outra Casa de Misericórdia, em Vila de Santos.

6 Origem e evolução histórica Posteriormente foram fundadas as Irmandades de Ordens Terceiras (mutualidades). No ano de 1.785, foi criado o Plano de Beneficência dos Órfãos e Viúvas dos Oficiais da Marinha. O primeiro texto em matéria de previdência social no Brasil foi expedido em 1.821, pelo ainda Príncipe Regente, Dom Pedro de Alcântara. Tratou-se do Decreto de 1º de outubro de 1.821, o qual dispunha sobre a concessão de aposentadoria aos mestres e professores, após 30 anos de serviço, e garantindo um abono de 1/4 dos ganhos aos que continuassem em atividade.

7 Origem e evolução histórica No ano de 1.888, surgiu o DECRETO A, de 26 de março, dispondo sobre a concessão de aposentadoria aos empregados dos Correios, com exigência mínima de 30 anos de serviço + 60 anos de idade. Mais adiante, em 1.890, o DECRETO 221, de 26 de fevereiro, instituiu a aposentadoria para os empregados da Estrada de Ferro Central do Brasil. O Decreto 565, de 12 de julho de 1.890, estendeu o mesmo benefício para os demais ferroviários.

8 Origem e evolução histórica A Constituição de 1.891, no artigo 75, previu aposentadoria por invalidez aos servidores públicos. No ano de 1.892, a Lei 217, de 29 de novembro, instituiu a aposentadoria por invalidez e a pensão por morte dos operários do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. A primeira lei sobre proteção do trabalhador contra acidentes do trabalho surgiu em No ano de 1.911, foi instituído o Decreto 9.284, de , que criou a Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Operários da Casa da Moeda, sendo restrita para os funcionários públicos do órgão.

9 Origem e evolução histórica O marco inicial da Previdência Social é a publicação do Decreto Legislativo n.º 4.682, de 24 de janeiro de Esse Decreto é conhecido com lei Eloy Chaves, que criou as Caixas de Aposentadorias e Pensões nas empresas de estradas de ferro existentes, mediante contribuições dos trabalhadores, das empresas do ramo e do Estado. Até então, os benefícios eram concedidos de forma graciosa. Só com a Lei Eloy Chaves, teve a criação do sistema de proteção social.

10 Origem e evolução histórica A Lei Eloy Chaves, assegurava aposentadoria aos trabalhadores e pensão para seus dependentes em caso de morte. Assegurava, também, assistência médica e diminuição de custo com os medicamentos. Na década de 1.930, surgiram os primeiros Institutos de Aposentadorias e Pensões IAP. No ano de 1.933, pelo Decreto , de 29 de junho, foi criado a primeira instituição de previdência, a IAPM Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos.

11 Origem e evolução histórica No ano de 1.934, surgiu o IAPC Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários. Em 1.936, apareceu o IAPI Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários. No ano de 1.938, surgiram o IPASE Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado e o IAPETC Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas.

12 Origem e evolução histórica A Constituição de foi a primeira a estabelecer, em texto constitucional, a forma tripartite de custeio: contribuição dos trabalhadores, dos empregadores e do Poder Público. A Constituição Federal de 1.937, não trouxe nada de novo, apenas passou a utilizar a expressão: seguro social. No ano 1.939, foi regulamentada a aposentadoria dos funcionários públicos.

13 Origem e evolução histórica No ano 1.942, foi criada a LBA Legião Brasileira de Assistência, por intermédio do Decreto-lei 4.890/42. No ano de 1.945, foi instituído o Decreto-lei 7.526, que tinha por objetivo unificar todo o sistema de Previdência Social, porém, o referido Decreto não chegou a ser eficaz. Em 1.946, a então Constituição Federal, previa normas sobre previdência, com capítulo dedicado sobre Direitos Sociais. A partir do ano de 1.946, o empregador passou a ser obrigado a manter seguro de acidentes de trabalho para seus empregados.

14 Origem e evolução histórica No ano de 1.949, o Poder Executivo, editou o Decreto , de , criando o Regulamento Geral das Caixas de Aposentadorias e Pensões. Já no ano de 1.953, o Decreto , de , houve a fusão de todas as Caixas, nascendo então a Caixa Nacional, transformada em Instituto pela Lei Orgânica da Previdência Social, de Paralelamente aos regramentos dos trabalhadores da iniciativa privada, o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União Lei 1.711/52, regulava, em separado, o direito à aposentadoria e a pensão para os dependentes dos servidores. Essa Lei perdurou até a edição da Lei 8.112/90.

15 Origem e evolução histórica No ano de 1.953, o profissional liberal, passou a ter cobertura previdenciária. Com a edição do Decreto , o autônomo passou a ter direito de se inscrever na previdência social, para fins de proteção social. Em 1.960, foi criado o Ministério do Trabalho e Previdência Social e promulgada a Lei 3.807, conhecida como Lei Orgânica da Previdência Social LOPS, cujo objetivo foi criar normas uniformes para o amparo a segurados e dependentes, deixando de fora os trabalhadores rurais e os empregados domésticos.

16 Origem e evolução histórica No ano de 1963, através da Lei 4.296, de 03/10/63, foi criado o salário família, destinado aos segurados que tivessem filhos menores, visando à manutenção destes. No mesmo ano, com a edição da Lei 4.281, de 08 de novembro, os aposentados e pensionistas passaram a ter direito ao abono anual, conhecido hoje como o décimo terceiro. No ano de 1.967, especificamente no dia 1º de janeiro, todos os Institutos de Aposentadorias e Pensões foram unificados. Surgiu o INPS, criado pelo Decreto-lei 72, de

17 Origem e evolução histórica Ainda no ano de 1.967, pela Lei 5.316, de 14 de setembro, o SAT Seguro de Acidentes do Trabalho foi incorporado à Previdência Social. Somente no ano de 1.971, a partir da Lei Complementar 11/71, os trabalhadores rurais passaram a ter cobertura previdenciária. Conhecido como o FUNRURAL. Pela Lei 5.859/72, o artigo 4º, previu a cobertura previdenciária para os empregados domésticos. No ano de 1.976, foi criada da Lei 6.367, compilando as normas previdenciárias sobre acidentes de trabalho.

18 Origem e evolução histórica Em foi promulgada a Lei 6.435, que regulou a possibilidade de criação de instituições de previdência complementar, matéria regulamentada pelos Decreto /78 e /78, quanto às entidades de caráter fechado e aberto, respectivamente. No mesmo ano, outra Lei, a 6.439/77 trouxe novas transformações ao modelo previdenciário, desta vez quanto a seu aspecto organizacional. Criou-se o SINPAS Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social, que teria as atribuições distribuídas entre várias autarquias.

19 Origem e evolução histórica O SINPAS Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social, criou: IAPAS Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência social; INAMPS Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (para atendimentos dos segurados e dependentes, na área da saúde), mantendo-se o INPS (para pagamento e manutenção dos benefícios previdenciários); LBA (para o atendimento a idosos e gestantes carentes; FUNABEM (para atendimento a menores carentes);

20 Origem e evolução histórica A CEME (para a fabricação de medicamentos a baixo custo); DATAPREV (para o controle dos dados do sistema); O SINPAS alterou a estrutura da previdência social brasileira, racionalizando e simplificando o funcionamento dos órgãos. A Emenda Constitucional 18, de junho de 1981, dispões sobre o direito à aposentadoria com proventos integrais aos docentes, contando exclusivamente tempo de efetivo exercício em funções de magistério, após trinta anos de serviço para os professores e vinte e cinco anos de serviço para as professoras. No ano de 1.984, foi instituída a CLPS Consolidação das Leis da Previdência Social.

21 Origem e evolução histórica A Constituição Federal de 1.988, estabeleceu o sistema da Seguridade Social, atuando simultaneamente nas áreas da saúde, assistência social e previdência social. O artigo 6º da CF/88, enumera os direitos sociais: O artigo 194 da CF/88: Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Art A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

22 Origem e evolução histórica O artigo 201 da CF/88, cria o Regime Geral de Previdência Social. Não integram o RGPS: os servidores públicos civis, regidos por sistema próprio de previdência; os militares; os membros do Poder Judiciário e do Ministério Público e os membros do Tribunal de Contas da União, uma vez que todos possuem regimes próprios de previdência. Em 1.990, foi criado o Instituto Nacional do Seguro Social INSS, autarquia que passou a substituir o INPS e o IAPAS nas funções de arrecadação e no pagamento dos benefícios e a prestação de serviços aos segurados e dependentes do RGPS. No ano de 2.007, a Lei /2007, transferiu para a Secretaria da Receita Federal, as atribuições de fiscalização, cobranças da matéria ligada ao custeio da Seguridade Social.

23 Origem e evolução histórica Em 1991 foram publicadas as Leis 8.212/91 e 8.213/91, que tratam respectivamente do custeio da Seguridade Social e dos benefícios e serviços da Previdência Social, incluindo os benefícios por acidentes de trabalho. Em dezembro de 1.998, houve a primeira grande reforma previdenciária. A Emenda Constitucional 20/98, modificou de forma substancial a Previdência Social. A EC 20/98, trouxe para o sistema previdenciário idade mínima para ingresso no sistema. A partir de , a idade mínima para começar a contribuiu passou a ser 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos.

24 Origem e evolução histórica A Emenda Constitucional 20/98, criou regras diferenciadas para os trabalhadores que já estavam no sistema e para os que entraram no mercado de trabalho após sua promulgação ( ). Para os trabalhadores que já estavam no sistema antes da EC 20/98, porém não tinham direito adquirido para aposentadoria integral, deveriam cumprir algumas exigências: homem deveria ter pelo menos 53 anos de idade e mulher 48 anos de idade + o pagamento de um pedágio de 20% sobre o período que faltava para se aposentar (homem 35 anos e mulher 30) na data da EC 20/98 ( ).

25 Origem e evolução histórica A Emenda Constitucional 20/98, criou regras diferenciadas para os trabalhadores que já estavam no sistema e para os que entraram no mercado de trabalho após sua promulgação ( ). Para os trabalhadores que já estavam no sistema antes da EC 20/98, porém não tinham direito adquirido para aposentadoria proporcional, deveriam cumprir algumas exigências: homem deveria ter pelo menos 53 anos de idade e mulher 48 anos de idade + o pagamento de um pedágio de 40% sobre o período que faltava para se aposentar (homem 30 anos e mulher 25 anos) na data da EC 20/98 ( ). A aposentadoria proporcional foi extinta para quem começou a trabalhar na data da publicação da emenda 20/98, ou seja, após 16/12/198) Não houve nenhuma alteração para os trabalhadores rurais, podendo se aposentar por idade, com 5 anos menos que os demais trabalhadores.

26 Origem e evolução histórica Cabe ressaltar que para os segurados que já estavam no sistema antes da EC 20/98, poderão se aposentar pelas regras anteriores, desde que cumpram os requisitos necessários. A EC 20/98, resguardou o direito adquirido daqueles que à época já tinham preenchido os requisitos necessários para a aposentadoria. A EC 20/98, adotou novo TETO do salário de contribuição. No ano de 1.998, o valor teto da contribuição passou para R$ 1.200,00.

27 Origem e evolução histórica Em 1.995, a Lei 9.032/95, alterou diversos artigos da Lei 8.213/91, extinguindo o pecúlio e determinando que os aposentados que retornassem ou permanecessem ao mercado de trabalho é considerado como segurado obrigatório, razão pela qual sua contribuição previdenciária é obrigatória. No ano de 1.999, foi instituída a Lei 9.876/99, houve a implementação do Fator Previdenciário, fórmula atuarial que leva em consideração o tempo de contribuição e a idade do segurado, que haverá incidência de forma obrigatória na aposentadoria por tempo de contribuição e de forma facultativa na aposentadoria por idade, não havendo incidência na aposentadoria especial.

28 Origem e evolução histórica A Lei 9.876/99, além de ter criado o fator previdenciário, alterou sistematicamente a forma de cálculo dos benefícios previdenciários. Até a data da publicação da Lei, o cálculo dos benefícios (aposentadorias, pensões, auxílios-doença, auxílios-reclusão e auxílios-acidente), eram realizados pela média dos últimos 36 salários de contribuições. A partir da Lei, os benefícios são calculados levando em consideração a média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuições entre 07/94 até a data do pedido da aposentadoria.

29 Origem e evolução histórica Em 2003, com a publicação da EC 41/03, houve alteração do novo teto de contribuição, sendo majorado para R$ 2.400,00. A mesma EC 41/03, incluiu o 12 ao artigo 201 da CF 88. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para trabalhadores de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo, exceto aposentadoria por tempo de contribuição

30 Origem e evolução histórica Em 2003, com a publicação da EC 41/03, houve alteração do novo teto de contribuição, sendo majorado para R$ 2.400,00. A mesma EC 41/03, no artigo 4º, determinou que os servidores públicos inativos deverão contribuir com o sistema de previdência: Art. 4º Os servidores inativos e os pensionistas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, em gozo de benefícios na data de publicação desta Emenda, bem como os alcançados pelo disposto no seu art. 3º, contribuirão para o custeio do regime de que trata o art. 40 da Constituição Federal com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.

31 Organização da Seguridade Social A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade nas áreas de saúde, previdência e assistência social, conforme previsto no Capítulo II do Título VIII da Constituição Federal e é organizada em Sistema Nacional. O Sistema Nacional é composto por conselhos setoriais com representantes da União, dos Estados e do Distrito Federal, dos Municípios e da sociedade civil. A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, das empresas, dos trabalhadores, concursos de prognósticos e do importador de bens e serviços.

32 Organização da Seguridade Social O Conselho Nacional de Previdência Social CNPS é órgão superior para deliberação colegiada. É composto de representantes do Governo Federal e da sociedade civil, num total de 15 membros. 6 membros do Governo Federal 9 membros representantes da sociedade civil, sendo 3 representantes dos trabalhadores, 3 das empresas e 3 dos aposentados e pensionistas.

33 Seguridade Social Princípios Constitucionais A Constituição Federal estabeleceu, como norma, ficar uma gama de princípios e objetivos regentes da Seguridade Social. Os princípios constitucionais da Seguridade Social, estão previstos no artigo 194 da Constituição Federal, são eles:

34 Seguridade Social. Princípios O parágrafo único do artigo 194 da Constituição Federal, enumera sete incisos, os chamados princípios constitucionais da Seguridade Social. Princípios: Universalidade da cobertura e do atendimento; Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; Irredutibilidade do valor dos benefícios; Equidade na forma de participação no custeio; Diversidade da base de financiamento; Caráter democrático e descentralizado da administração.

35 Seguridade Social. Princípios Universalidade da cobertura e do atendimento: Por cobertura: Entende-se que a proteção social deve alcançar todos os eventos cuja reparação seja premente, a fim de manter subsistência de quem dela necessite. Por atendimento: entregar as ações, prestações e serviços de seguridade social a todos os que necessitem, tanto em termos de previdência obedecido o princípio contributivo, como no caso da saúde e assistência social.

36 Seguridade Social. Princípios Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais: Quer dizer o tratamento deve ser igual para todos, havendo assim idênticos benefícios e serviços (uniformidade), para os mesmos eventos cobertos pelo sistema (equivalência). Todavia, equivalência, não significa igualdade, logo os benefícios serão oferecidos conforme as contribuições dos segurados.

37 Seguridade Social. Princípios Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços: A seletividade traz a ideia de que os benefícios são concedidos a quem deles efetivamente necessitar, razão pela qual a Seguridade Social deve apontar os requisitos para tanto. Ex. trabalhador sem filhos, não tem direito ao salário família. Os benefícios serão concedidos e mantidos de forma seletiva, conforme a necessidade da pessoa. A distributividade está ligada a distribuição de renda, ou seja, pela concessão de benefícios e serviços visa-se ao bem estar e à justiça social. Ex. Na concessão do benefício assistencial ao idoso que não possui meios de subsistência, distribui-se renda.

38 Seguridade Social. Princípios Irredutibilidade do valor dos benefícios: Significa que o benefício concedido pela Previdência ou Assistência Social, não pode ter seu valor nominal reduzido, não podendo ser objeto de desconto, salvo ordem judicial, nem arresto, sequestro ou penhora. O qual deverá ser reajustado a fim de se garantir o real poder de compra.

39 Seguridade Social. Princípios Equidade na forma de participação no custeio: Toda sociedade, de um modo geral, devem contribuir para manutenção do sistema. A participação deve ser equitativa, com contribuições dos trabalhadores, empregadores e do Poder Público.

40 Seguridade Social. Princípios Diversidade da base de financiamento: O financiamento da Seguridade Social deve ser feito por diversas fontes de custeio, não se restringindo as contribuições dos empregadores, trabalhadores e do Poder Público. A Lei 8.212/91, traz diversas fontes de custeio do sistema, dentre eles destaco a contribuição social sobre eventos esportivos. Havendo um evento esportivo, 5% das receitas devem ser recolhidas aos cofres da Previdência Social.

41 Seguridade Social. Princípios Caráter democrático e descentralizado da administração: A gestão é quadripartite, com participação dos trabalhadores, empregadores, aposentados e do Governo. Toda e qualquer alteração na Seguridade Social, deve ser realizada por intermédio de discussão com a sociedade.

42 Aspectos Constitucionais Previdência Social Organização da Previdência Social A Previdência Social será organizada sob a forma do regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observado os critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (art. 201 da CF 88). A previdência social é um sistema contributivo de filiação obrigatória. Qualquer pessoa que exerce atividade remunerada lícita é segurado obrigatório e portanto tem a obrigação de contribuir com o sistema. A pessoa que não exercer atividade remunerada, poderá contribuir de forma facultativa e terá a cobertura previdenciária.

43 Aspectos Constitucionais Previdência Social A Previdência Social atenderá nos termos da Lei: (art. 201/CF88) I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no 2º.

44 Aspectos Constitucionais Previdência Social A cobertura previdenciária é dita por eventos. Na ocorrência do eventos, será prestada a cobertura previdenciária especifica do evento. Exemplo: a proteção a maternidade é a concessão do benefício previdenciário de salário maternidade. Exemplo: trabalhador sofre acidente e evolui à óbito. A cobertura previdenciária será a pensão por morte para seus dependentes.

45 Regimes de Previdência No Brasil existem dois tipos de previdência. A Pública e a privada. São regimes públicos: o RGPS, RPPS e o RPM RGPS: Regime Geral de Previdência Social RPPS: Regime Previdenciário Próprio dos Servidores RPM: Regime Próprio Militar. Todos são de caráter obrigatório, isto é, a filiação independe da vontade do segurado.

46 Regimes de Previdência No Brasil existem dois tipos de previdência. A Pública e a privada. A previdência privada, de regime privado é a previdência complementar, prevista no artigo 202 da CF. Este regime é de caráter facultativo, no qual se ingressa por manifestação expressa da vontade do interessado.

47 Regimes de Previdência No Brasil existem dois tipos de previdência. A Pública e a privada. Pública Setor Público Privados RGPS INSS Civis Militares

48 Regimes de Previdência No Brasil existem dois tipos de previdência. A Pública e a privada. Privada Complementar Setor Público Privada Bancos Aberta Fechada

49 Regime Geral de Previdência O principal regime previdenciário na ordem interna é o RGPS REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, que abrange obrigatoriamente TODOS os trabalhadores da iniciativa privada. Todos os trabalhadores que possuem relação de emprego ou trabalho, são segurados obrigatórios do RGPS. BENEFICIÁRIOS Segurados Dependentes

50 Regime Geral de Previdência Segurados Facultativos Obrigatórios Toda e qualquer pessoa que não exerce atividade remunerada e não esteja vinculada a regime próprio de previdência poderá se inscrever no RGPS de forma facultativa. Toda e qualquer pessoa que exerce atividade remunerada lícita. (empregados, empregados domésticos, trabalhadores avulsos, contribuintes individuais (autônomos), segurados especiais. A relação completa está no art. 11 da Lei 8.213/91.

51 Regime Geral de Previdência Benefícios Segurados Dependentes Aposentadorias Auxílio-doença Auxílio-acidente Salário maternidade Salário família Serviço social Reabilitação profissional Pensão por morte Auxílio-reclusão Serviço Social Reabilitação profissional

52 Previdência dos Servidores A previsão é Constitucional. CF/88. Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo;

53 Previdência dos Servidores Objetivo do Plano de Seguridade dos Servidores O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam às seguintes finalidades.

54 Previdência dos Servidores Objetivo do Plano de Seguridade dos Servidores Proteção dos servidores e familiares: Garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento, reclusão, proteção à maternidade, à adoção, à paternidade e assistência à saúde.

55 Previdência dos Servidores Benefícios previdenciários que serão concedidos para os servidores: aposentadoria; auxílio-natalidade; salário-família; licença para tratamento de saúde; licença à gestante, à adotante e licença-paternidade; licença por acidente em serviço; assistência à saúde; garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias;

56 Previdência dos Servidores Os dependentes dos servidores terão direito aos seguintes benefícios: Pensão vitalícia e temporária; Auxílio-funeral; Auxílio-reclusão; Assistência à saúde.

57 Benefícios Previdenciários Regime Geral (INSS) Benefícios privativo dos segurados Aposentadoria por invalidez Aposentadoria por idade Aposentadoria por tempo de contribuição Aposentadoria especial Aposentadoria da pessoa com deficiência Auxílio-doença Salário-família Salário-maternidade Auxílio-acidente

58 Benefícios Previdenciários Regime Geral (INSS) Benefícios devido aos dependentes dos segurados: Pensão por Morte Auxílio-Reclusão

59 Diversidade e o Direito Previdenciário A união homoafetiva, como qualquer outra, é o animus de constituição de uma entidade familiar. Por muito tempo, famílias homoafetivas, foram excluídas da proteção social, sob o argumento de que a lei não protegia tais relações. Essa discriminação resultou na negativa de benefícios sociais, tais como: pensões por morte e salário ou licença maternidade. No ano de 2010, o então Ministério da Previdência Social, editou a portaria 513/2010, equiparando a união homoafetiva em união estável.

60 Diversidade e o Direito Previdenciário PORTARIA MPS Nº 513, DE 09 DE DEZEMBRO DE DOU DE 10/12/2010 O MINISTRO DE ESTADO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, no uso das atribuições constantes do art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, tendo em vista o PARECER nº 038/2009/DENOR/CGU/AGU, de 26 de abril de 2009, aprovado pelo Despacho do Consultor-Geral da União nº 843/2010, de 12 de maio de 2010, e pelo DESPACHO do Advogado-Geral da União, de 1º de junho de 2010, nos autos do processo nº / , resolve Art. 1º Estabelecer que, no âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, os dispositivos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que tratam de dependentes para fins previdenciários devem ser interpretados de forma a abranger a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Art. 2º O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS adotará as providências necessárias ao cumprimento do disposto nesta portaria. CARLOS EDUARDO GABAS

61 Diversidade e o Direito Previdenciário Para fins previdenciários (RGPS), a união homoafetiva é equiparada a união estável, quando inexistir a união civil. No ano de 2013, o CNJ, determinou que todos os cartórios formalizassem a união homoafetiva. Antes da determinação do CNJ, os casais homoafetivos, para fazerem jus aos benefícios previdenciários, deveriam comprovar a existência da união estável. Com o casamento civil, ficará tudo mais fácil, uma vez que restará comprovada a relação familiar entre segurados e dependentes. Na ausência da formalização da união civil, o companheiro(a) deverá comprovar a união estável para fazer jus ao benefício previdenciário de pensão por morte ou auxílio-reclusão.

62 Diversidade e o Direito Previdenciário Para uma melhor compreensão, primeiro iremos tratar dos benefícios previdenciários que são devidos aos dependentes dos segurados. Artigo 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

63 Diversidade e o Direito Previdenciário Para um melhor compreensão, primeiro iremos tratar dos benefícios previdenciários que são devidos aos dependentes dos segurados. Artigo 16 da Lei 8.213/91: (...) 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o 3º do art. 226 da Constituição Federal. 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.

64 Diversidade e o Direito Previdenciário Instrução normativa 77/2015 do INSS: Art Para fins de comprovação da união estável e da dependência econômica, conforme o caso, devem ser apresentados, no mínimo, três dos seguintes documentos: I - certidão de nascimento de filho havido em comum; II - certidão de casamento religioso; III - declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente;

65 Diversidade e o Direito Previdenciário Instrução normativa 77/2015: Art Para fins de comprovação da união estável e da dependência econômica, conforme o caso, devem ser apresentados, no mínimo, três dos seguintes documentos: IV - disposições testamentárias; V - declaração especial feita perante tabelião; VI - prova de mesmo domicílio; VII - prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil;

66 Diversidade e o Direito Previdenciário Instrução normativa 77/2015: Art Para fins de comprovação da união estável e da dependência econômica, conforme o caso, devem ser apresentados, no mínimo, três dos seguintes documentos: VIII - procuração ou fiança reciprocamente outorgada; IX - conta bancária conjunta; X - registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado; XI - anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados;

67 Diversidade e o Direito Previdenciário Instrução normativa 77/2015: Art Para fins de comprovação da união estável e da dependência econômica, conforme o caso, devem ser apresentados, no mínimo, três dos seguintes documentos: XII - apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiária; XIII - ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como responsável; XIV - escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente;

68 Diversidade e o Direito Previdenciário Instrução normativa 77/2015: Art Para fins de comprovação da união estável e da dependência econômica, conforme o caso, devem ser apresentados, no mínimo, três dos seguintes documentos: XV - declaração de não emancipação do dependente menor de 21 (vinte e um) anos; ou XVI - quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar. 1º Os três documentos a serem apresentados na forma do caput, podem ser do mesmo tipo ou diferentes, desde que demonstrem a existência de vínculo ou dependência econômica, conforme o caso, entre o segurado e o dependente.

69 Diversidade e o Direito Previdenciário Instrução normativa 77/2015: Art Para fins de comprovação da união estável e da dependência econômica, conforme o caso, devem ser apresentados, no mínimo, três dos seguintes documentos: 2º Caso o dependente possua apenas um ou dois dos documentos enumerados no caput, deverá ser oportunizado o processamento de Justificação Administrativa - JA. 3º O acordo judicial de alimentos não será suficiente para a comprovação da união estável para efeito de pensão por morte, vez que não prova, por si só, a existência anterior de união estável nos moldes estabelecidos pelo art do Código Civil.

70 Diversidade e o Direito Previdenciário Instrução normativa 77/2015: Acordo judicial em ação de alimentos não é suficiente para comprovação de união estável. Art º O acordo judicial de alimentos não será suficiente para a comprovação da união estável para efeito de pensão por morte, vez que não prova, por si só, a existência anterior de união estável nos moldes estabelecidos pelo art do Código Civil.

71 Diversidade e o Direito Previdenciário A sentença proferida em ação declaratória de união estável constitui prova plena de união estável? IN 77/2015: Artigo 135: 4º A sentença judicial proferida em ação declaratória de união estável não constitui prova plena para fins de comprovação de união estável, podendo ser aceita como uma das três provas exigidas no caput deste artigo, ainda que a decisão judicial seja posterior ao fato gerador.

72 Diversidade e o Direito Previdenciário Pensão por Morte

73 Previsão Pensão por Morte Artigo 201,V, da CF/88 Artigo 74 a 79 da Lei 8.213/91. Artigo 105 a 115 do Decreto 3048/99 O que é? Espécie de benefício previdenciário, que é concedido para os dependentes do segurado, em decorrência do falecimento deste. Quem tem direito? Dependente de qualquer tipo do segurado. Ordem de pagamento pela tabela de classes. Particularidades Ordem de pagamento pela tabela de classes. a) 1º classe - cônjuge/companheiro(a) e filhos; b) 2º classe - pais; c) 3ª classe irmãos;

74 Pensão por Morte O benefício previdenciário será devido para o dependente do segurado(a). Lei 8.213/91: Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: (...) O dependente é companheiro(a).

75 Pensão por Morte PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. UNIÃO ESTÁVEL HOMOAFETIVA. 1. Para a concessão do benefício de pensão por morte devem ser comprovadas a qualidade de dependente, nos termos da legislação vigente à época do óbito, e a qualidade de segurado do falecido, ou, independentemente da perda da qualidade de segurado, o preenchimento dos requisitos para concessão de qualquer aposentadoria. 2. A dependência econômica do companheiro é presumida, consoante se infere do disposto no Art. 16, I e 4º da Lei 8.213/91 (Redação dada pela Lei nº , de 2011). 3. O Pleno do e. Supremo Tribunal Federal reconheceu a união estável para casais do mesmo sexo, quando do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) No âmbito do Direito Previdenciário, o e. Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento no sentido de que o legislador, ao elaborar a Constituição Federal, não excluiu os relacionamentos homoafetivos da produção de efeitos no campo de direito previdenciário, o que é, na verdade, mera lacuna que deve ser preenchida a partir de outras fontes do direito. 5. Preenchidos os requisitos legais, o autor faz jus à percepção do benefício de pensão por morte. (...) 10. Remessa oficial, havida como submetida, e à apelação providas em parte. (TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, Ap - APELAÇÃO CÍVEL , Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL BAPTISTA PEREIRA, julgado em 18/09/2018, e-djf3 Judicial 1 DATA:26/09/2018 )

76 Pensão por Morte PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. SERVIDOR PÚBLICO. RELACIONAMENTO HOMOAFETIVO. PENSÃO POR MORTE. POSSIBILIDADE. UNIÃO ESTÁVEL. CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS. SÚMULA 7/STJ. 1. "É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada" (Súmula 282/STF). 2. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI 4.277/DF e da ADPF 132/RJ, realizando "interpretação conforme a Constituição" do art do Código Civil, excluiu desse dispositivo qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família. Consolidou, ademais, que a CF/1988 não interdita a formação de família dessa natureza. 3. À luz dessa orientação, no exame do RE AgR/MG, fixou também o direito do companheiro, na união estável homoafetiva, à percepção do benefício da pensão por morte se observados os requisitos da legislação civil. Tal posição, inclusive, já era adotada por esta Corte Superior. 4. Para afirmar-se a ausência dos requisitos legais para a configuração da união estável, seria necessária nova análise das provas e dos fatos constantes dos autos, providência vedada em recurso especial. Incidência da Súmula 7/STJ. 5. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, não provido. (REsp /RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 14/08/2018, DJe 20/08/2018)

77 Pensão por Morte PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. PENSÃO POR MORTE DE SERVIDOR PÚBLICO CIVIL, REIVINDICADA POR COMPANHEIRO. RELAÇÃO HOMOAFETIVA. POSSIBILIDADE JURÍDICA. COMPROVAÇÃO SUFICIENTE DA UNIÃO ESTÁVEL E DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA, TAL COMO EXIGIDO NO ARTIGO 217 DA LEI N 8.112/90. APELAÇÃO PROVIDA PARA IMPLANTAR O BENEFÍCIO DESDE A DATA DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO, COM JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA DOS ATRASADOS E IMPOSIÇÃO DE SUCUMBÊNCIA. 1. Inteligência do artigo 217, I, "c", da Lei nº 8.112/90: é possível interpretar o texto legal - que se refere a "companheiro e companheira" - não apenas em seu sentido literal referente a comunheiros heterossexuais, mas também extensivamente, em favor do reconhecimento da possibilidade de pensão estatutária no caso de convivência entre pessoas do mesmo sexo, desde que restem comprovadas a efetiva convivência e a dependência econômica; esses dois últimos fatores é que são os mais relevantes para que seja paga a pensão por morte de servidor público civil. 2. A convivência homoafetiva é uma realidade dentre as relações humanas e no âmbito do Direito merecem ser desprezadas as manifestações preconceituosas contra ela, mesmo porque "homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações" (artigo 5º, I, Constituição). (...) (TRF 3ª Região, PRIMEIRA TURMA, Ap - APELAÇÃO CÍVEL , Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL JOHONSOM DI SALVO, julgado em 28/06/2011, e-djf3 Judicial 1 DATA:08/07/2011 PÁGINA: 220)

78 Diversidade e o Direito Previdenciário COMPROVAÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL Súmula nº 63 TNU/JEF A comprovação de união estável para efeito de concessão de pensão por morte prescinde de início de prova material. Prescinde = dispensa

79 Diversidade e o Direito Previdenciário Viúva(o) e ex-esposa(o), dividem a pensão?

80 Diversidade e o Direito Previdenciário Se a ex-esposa(o) abriu mão dos alimentos na separação e/ou no divorcio, não terá direito ao benefício. Se a(o) ex recebia pensão alimentícia, terá direito a pensão por morte, nos termos do 2º do artigo 76 da Lei 8.213/91: Art. 76. A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou habilitação. 2º O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de alimentos concorrerá em igualdade de condições com os dependentes referidos no inciso I do art. 16 desta Lei.

81 Diversidade e o Direito Previdenciário A Lei /15, trouxe algumas alterações para o benefício de pensão por morte. Se o segurado não for aposentado, a pensionista deverá comprovar que o segurado já havia contribuído com o sistema por mais de 18 meses. A (o) viúva(o) deverá comprovar 2 anos de casamento e/ou união estável. Não preenchido esses requisitos, a pensão será concedida por apenas 4 meses. Preenchido os requisitos, a pensão será concedida, nos termos a seguir:

82 Diversidade e o Direito Previdenciário ALTERAÇÕES PENSÃO POR MORTE

83 Diversidade e o Direito Previdenciário Alterações na Pensão por Morte Art. 74 Antes Lei /15 Lei /15 Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: A pensão retroagiria até a data do óbito, se requerida até 30 dias. No texto à época, não tínhamos os 1º e 2º. 1 o Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado. 2 o Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: I - do óbito, quando requerida até noventa dias depois deste.

84 Alterações na Pensão por Morte Art. 77 Alterações Previdenciárias Antes Lei /15 Lei /15 Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte iguais. 1º Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar. 2º A parte individual da pensão extinguese: I - pela morte do pensionista: II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; III - para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista com deficiência intelectual ou mental, pelo levantamento da interdição. (...) 2 o O direito à percepção de cada cota individual cessará: II - para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência; III - para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; IV - para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento; 2º (...) II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; 6º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave.

85 Diversidade e o Direito Previdenciário Alterações na Pensão por Morte A alteração mais significativa na pensão por morte foi a previsão da cessação do benefício para o cônjuge. A Lei /15 acrescentou o inciso V ao 2º do artigo 77, veja-se:

86 Diversidade e o Direito Previdenciário Alterações na Pensão por Morte Art O O DIREITO À PERCEPÇÃO DE CADA COTA INDIVIDUAL CESSARÁ: V - PARA CÔNJUGE OU COMPANHEIRO: a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas b e c ; b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado;

87 Diversidade e o Direito Previdenciário Alterações na Pensão por Morte Art O O DIREITO À PERCEPÇÃO DE CADA COTA INDIVIDUAL CESSARÁ: V - PARA CÔNJUGE OU COMPANHEIRO: c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável: 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade;

88 Diversidade e o Direito Previdenciário Alterações na Pensão por Morte Essa foi a alteração mais significante no benefício da pensão por morte. A pensão por morte somente será vitalícia se o segurado instituidor tiver contribuído com, no mínimo, 18 contribuições + dois anos de casamento ou união + idade de 44 anos, do viúvo. Então, para que a pensão por morte seja vitalícia, deverão ser preenchidos 4 requisitos, quais sejam: 1º qualidade de segurado à época do óbito); 2º mínimo de 18 contribuições; 3º mínimo de 2 anos de casamento ou união e 4º idade igual ou superior a 44 anos (viúvo)

89 Diversidade e o Direito Previdenciário Alterações na Pensão por Morte Exceção a regra das 18 contribuições e/ou casamento ou união estável é o óbito decorrente de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho. É a previsão do 2º - A do artigo 77 da Lei 8.213/91, com a redação dada pela Lei /15. 2 o -A. Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea a ou os prazos previstos na alínea c, ambas do inciso V do 2 o, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável.

90 Auxílio Reclusão

91 Auxílio Reclusão Previsão Artigo 201,IV, da CF/88 Artigo 80 da Lei 8.213/91. Artigo 116 a 119 do Decreto 3048/99 O que é? Espécie de prestação previdenciária que é concedida aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido à prisão. Quem tem direito Dependente de qualquer tipo do segurado.

92 Auxílio Reclusão O benefício é concedido nas mesmas condições da pensão por morte. O recluso, caso queira, poderá contribuir com a previdência social, sem que essas contribuições impeçam seus dependentes de receberem o benefício previdenciário. Essa possibilidade é prevista no artigo 2º da Lei /03. A mesma Lei dispõe que o recluso não terá direito aos benefícios de auxíliodoença e de aposentadoria, enquanto seus dependentes receberem o auxílio-reclusão. O fato gerador do benefício é a reclusão no regime fechado ou semi-aberto. Regime aberto não da o direito da percepção do benefício.

93 Auxílio Reclusão O benefício é concedido nas mesmas condições da pensão por morte. O recluso, caso queira, poderá contribuir com a previdência social, sem que essas contribuições impeçam seus dependentes de receberem o benefício previdenciário. Essa possibilidade é prevista no artigo 2º da Lei /03. A mesma Lei dispõe que o recluso não terá direito aos benefícios de auxíliodoença e de aposentadoria, enquanto seus dependentes receberem o auxílio-reclusão. O fato gerador do benefício é a reclusão no regime fechado ou semi-aberto. Regime aberto não da o direito da percepção do benefício. Prisão domiciliar não impede o recebimento do benefício, desde que o regime da prisão seja fechado ou semi-aberto.

94 Auxílio Reclusão Dispõe a Lei 8.213/91: Art. 80. O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço. Parágrafo único. O requerimento do auxílio-reclusão deverá ser instruído com certidão do efetivo recolhimento à prisão, sendo obrigatória, para a manutenção do benefício, a apresentação de declaração de permanência na condição de presidiário.

95 Auxílio Reclusão O Decreto 3.048/99, elucidada que: Art O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxíliodoença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço, desde que o seu último salário-de-contribuição seja inferior ou igual a R$ 360,00* (trezentos e sessenta reais).

96 AUXÍLIO-RECLUSÃO REQUISITOS Qualidade de segurado + + Qualidade de dependente Baixa renda dos segurados Momento temporal de observação requisitos: Prisão do segurado tempus regit actum

97 AUXÍLIO-RECLUSÃO Benefício concedido os dependentes do segurado de baixa renda preso (R$ 1.319,18). Evento determinante a prisão sob regime fechado ou semi-aberto. Cabe aos dependentes apresentar certificado trimestral da unidade carcerária. Beneficiários - dependentes

98 AUXÍLIO-RECLUSÃO TNU flexibiliza conceito de baixa renda para concessão de auxílioreclusão Processo nº A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU) firmou a tese jurídica de que é possível a flexibilização do conceito de baixa renda para o fim de concessão do benefício previdenciário de auxílio-reclusão, desde que se esteja diante de situações extremas e com valor do último salário de contribuição do segurado preso pouco acima do mínimo legal sendo considerado como valor irrisório. A decisão do Colegiado da TNU foi tomada, por maioria, na sessão do dia 22 de fevereiro, realizada na sede do Conselho da Justiça Federal (CJF), em Brasília. O auxílio-reclusão é concedido aos familiares de pessoas presas em regime fechado ou semiaberto desde que elas tenham contribuído com a Previdência Social, e que o último salário não seja superior a R$ 1.292,43. O objetivo é atender a pessoas de baixa renda. O valor do benefício depende da renda que o preso tinha quando trabalhava com registro em carteira. É feita uma média dos vencimentos. No caso analisado, o valor recebido não ultrapassou R$ 70.

99 AUXÍLIO-RECLUSÃO A falta de contribuição à época da prisão, não será óbice para concessão do benefícios, uma vez que será exigido apenas a qualidade de segurado.

100 AUXÍLIO-RECLUSÃO Decreto 3.048/99: Art º É devido auxílio-reclusão aos dependentes do segurado quando não houver salário-de-contribuição na data do seu efetivo recolhimento à prisão, desde que mantida a qualidade de segurado.

101 PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO. SEGURADO DESEMPREGADO. PREENCHIDOS OS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. - Pedido de auxílio-reclusão, formulado pela autora, que dependia economicamente do pai recluso. - A autora comprovou ser filha do recluso através da apresentação da certidão de nascimento, tornando-se dispensável a prova da dependência econômica, que é presumida. - O último vínculo empregatício do recluso cessou em e ele foi recolhido à prisão em Portanto, ele mantinha a qualidade de segurado por ocasião da prisão, pois o artigo 15, 1º, da Lei 8.213/91 estabelece o "período de graça" de 12 (doze) meses, após a cessação das contribuições, em que o segurado mantém tal qualidade. - No que tange ao limite da renda, o segurado não possuía rendimentos à época da prisão, vez que se encontrava desempregado. - Inexiste óbice à concessão do benefício aos dependentes, por não restar ultrapassado o limite previsto no art. 13 da Emenda Constitucional nº. 20 de Vale frisar que o 1º do art. 116 do Decreto n.º 3048/99 permite, nesses casos, a concessão do benefício, desde que mantida a qualidade de segurado. - Comprovado o preenchimento dos requisitos legais para concessão de auxílioreclusão, o direito que persegue a autora merece ser reconhecido. (TRF 3ª Região, OITAVA TURMA, APELREEX - APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA , Rel. DESEMBARGADORA FEDERAL TANIA MARANGONI, julgado em 18/09/2017, e-djf3 Judicial 1 DATA:02/10/2017 )

102 Auxílio Reclusão

103 AUXÍLIO-RECLUSÃO Segurado desempregado à época da prisão: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PRETENSÃO DE REDISCUSSÃO DA CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. AUXÍLIO-RECLUSÃO. DESEMPREGADO. BENEFÍCIO DEVIDO. 1. São cabíveis embargos de declaração quando o provimento jurisdicional padece de omissão, contradição ou obscuridade, bem como quando há erro material a ser sanado. Não servem os embargos de declaração para a rediscussão da causa. 2. Nos termos do 1º, do art. 116, do Decreto nº 3.048/99, é devido auxílioreclusão aos dependentes do segurado que não tiver salário-de-contribuição na data do recolhimento à prisão. 3. Segurado desempregado, quando do cumprimento de pena, portanto, não auferiu renda, assim não há falar em percebimento de renda superior ao limite legal. 4. Resta mantida a concessão de auxílio-reclusão à parte autora. 5. Embargos de declaração rejeitados. (TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL , Rel. DESEMBARGADORA FEDERAL LUCIA URSAIA, julgado em 12/04/2016, e-djf3 Judicial 1 DATA:20/04/2016 )

104 AUXÍLIO-RECLUSÃO O Detento pode contribuir para fins previdenciários? Caso positivo, a referida contribuição acarretaria prejuízos aos dependentes?

105 AUXÍLIO-RECLUSÃO Pode contribuir e os dependentes não sofrerão nenhum prejuízo. Art. 116 do Decreto 3.048/99: 6º O exercício de atividade remunerada pelo segurado recluso em cumprimento de pena em regime fechado ou semi-aberto que contribuir na condição de segurado de que trata a alínea "o" do inciso V* do art. 9º ou do inciso IX** do 1º do art. 11 não acarreta perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão pelos seus dependentes. * Individual ** Facultativo

106 Auxílio Reclusão Dispõe a Lei 8.213/91: Art. 80. O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço. Parágrafo único. O requerimento do auxílio-reclusão deverá ser instruído com certidão do efetivo recolhimento à prisão, sendo obrigatória, para a manutenção do benefício, a apresentação de declaração de permanência na condição de presidiário.

107 Salário ou Licença Maternidade

108 Salário ou Licença Maternidade FUNDAMENTO LEGAL Artigo, 7º, XVIII c/c 201, II, CF/88 Artigo 18, inciso I, letra g e artigos 71 a 73 da Lei 8.213/91. Artigos 93 a 103 do Decreto 3048/99 CONCEITO Benefício previdenciário devido para a segurada, quando do parto ou para segurada ou segurado, quando da adoção.

109 Quem tem direito? Todas as Seguradas e os Segurados, vejamos: Art. 71-A. (Lei 8.213/91) Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias. 1 o O salário-maternidade de que trata este artigo será pago diretamente pela Previdência Social

110 Requisitos: Qualidade de segurado Carência* *mínimo de pagamento exigido para ter direito aos benefícios previdenciários. É isento de carência quando se tratar de empregada e empregada doméstica e trabalhadora avulsa. Art. 26 (Lei 8.213/91). Independe de carência a concessão das seguintes prestações: VI salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.

111 Valor e pagamento do Benefício: Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa consistirá numa renda mensal igual a sua remuneração integral. 1 o Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição Federal, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço. (Incluído pela Lei nº , de ) 2 o A empresa deverá conservar durante 10 (dez) anos os comprovantes dos pagamentos e os atestados correspondentes para exame pela fiscalização da Previdência Social. (Incluído pela Lei nº , de ) 3 o O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à empregada do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, será pago diretamente pela Previdência Social.

112 Interessante: Para todos os segurados, exceto e empregado, o benefício será pago pelo INSS. No caso do empregado, a empresa se sub-roga na obrigação do pagamento do benefício, descontando das contribuições previdenciárias devidas para a previdência social. Art. 72 (Lei 8.213/91). O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa consistirá numa renda mensal igual a sua remuneração integral. 1 o Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição Federal, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço.

113 Adoção por servidor público AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR. ADOÇÃO OU GUARDA DE CRIANÇA. LICENÇA REMUNERADA DE 120 DIAS. CONCESSÃO. DIREITO DO FILHO. CASAL HOMOAFETIVO. DISCRIMINAÇÃO. VEDAÇÃO. 1. A licença é direito também do filho, pois sua finalidade é "propiciar o sustento e o indispensável e insubstituível convívio, condição para o desenvolvimento saudável da criança" (TRF da 3ª Região, MS n , Rel. Des. Fed. André Nabarrete, j ), razão pela qual a adotante faria jus ao prazo de 120 (cento e vinte dias) de licença remunerada. 2. Pelas mesmas razões, é razoável a alegação de que importaria em violação à garantia de tratamento isonômico impedir a criança do necessário convívio e cuidado nos primeiros meses de vida, sob o fundamento de falta de previsão constitucional ou legal para a concessão de licença de 120 (cento e vinte) dias, no caso de adoção ou de guarda concedidas a casal homoafetivo. De todo modo, após a ADI n. 132 não mais se concebe qualquer tipo de discriminação ou mesmo restrição legal em razão de orientação sexual. E, como consectário lógico, à família resultante de união homoafetiva devem ser assegurados os mesmos direitos à proteção, benefícios e obrigações que usufruem aquelas que têm origem em uniões heteroafetivas, em especial aos filhos havidos dessas uniões (STF, ADI n. 4277, Rel. Min. Ayres Britto, j ). 3. Assim, a licença remunerada de 120 (cento e vinte dias), com a prorrogação de 60 (sessenta) dias prevista no art. 2º, 1º, do Decreto n /08, deve ser estendida ao casal homoaefetivo, independentemente do gênero, no caso de adoção ou guarda de criança de até 1 (um) ano de idade. 4. Agravo de instrumento provido, restando prejudicados o pedido de reconsideração e o agravo legal da União. (TRF 3ª Região, QUINTA TURMA - 1A. SEÇÃO, AI - AGRAVO DE INSTRUMENTO , Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL ANDRÉ NEKATSCHALOW, julgado em 10/06/2013, e-djf3 Judicial 1 DATA:17/06/2013 )

114 Diversidade e o Direito Previdenciário Agora que já vimos os benefícios previdenciários para os dependentes dos segurados em união homoafetiva, trataremos dos benefícios previdenciários para os segurados desta união. A cobertura previdenciária para os segurados que trataremos serão as aposentadorias. Segurado é aquele que exerce atividade remunerada ou contribua como segurado facultativo.

115 Diversidade e o Direito Previdenciário A Previdência Social, oferecerá aos segurados as seguintes aposentadorias: Por idade e tempo de contribuição/serviço. A aposentadoria por idade, pode ser URBANA, RURAL ou segurado deficiente. Por tempo de contribuição/serviço, teremos as modalidades URBANA, aposentadoria especial e aposentadoria da pessoa com deficiência.

116 Constituição Federal: Diversidade e o Direito Previdenciário Art A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.

117 Diversidade e o Direito Previdenciário Regra geral para concessão das aposentadorias: Aposentadoria por tempo de contribuição (urbana): Homem deve ter 35 anos de contribuição/serviço. Mulher 30 anos de contribuição/serviço.

118 Diversidade e o Direito Previdenciário Regra geral para concessão das aposentadorias: Aposentadoria por tempo de contribuição, na modalidade especial: Homem ou Mulher exercendo atividades profissionais que prejudiquem à saúde ou à integridade física, pelo período mínimo de 15, 20 ou 25 anos, em razão da exposição.

119 Diversidade e o Direito Previdenciário Regra geral para concessão das aposentadorias: Aposentadoria por tempo de contribuição, na modalidade da pessoa com deficiência: (LC 142/03) Homem, levando-se em consideração o grau da deficiência deve comprovar 33 anos, 29 anos ou 25 anos, de tempo de contribuição/serviço. Mulher, levando-se em consideração o grau da deficiência deve comprovar 28 anos, 24 anos ou 20 anos, de tempo de contribuição/serviço.

120 Diversidade e o Direito Previdenciário Regra geral para concessão das aposentadorias: Aposentadoria por Idade: Homem ao completar 65 anos de idade. Se for RURAL, ao completar 60 anos de idade. Mulher ao completar 60 anos de idade. Se for RURAL, ao completar 55 anos de idade.

121 Diversidade e o Direito Previdenciário O Direito Previdenciário, trata os segurados pelo sexo biológico, ou seja, masculino/feminino ou homem/mulher. A personalidade jurídica para o Direito Previdenciário é o sexo da pessoa. O Direito Previdenciário, quando olhamos para os segurados, observamos apenas sexo biológico e não o sexo fisiológico ou jurídico. O sexo biológico advém com o nascimento da pessoa. O sexo jurídico decorre em razão da vontade ou da necessidade de sua modificação.

122 Diversidade e o Direito Previdenciário Para as aposentadorias que levam em consideração o sexo (por idade, tempo de contribuição da pessoa com deficiência), o sistema previdenciário observará o sexo da pessoa. O sexo será predominante para fins de concessão de aposentadorias. A única exceção a regra do sexo será para concessão da aposentadoria especial, uma vez que esse tipo de benefício não faz nenhuma distinção do gênero homem ou mulher.

123 Diversidade e o Direito Previdenciário A alteração jurídica do sexo é pouco tratada no Direito Previdenciário. Quais os efeitos e as consequências da alteração do sexo para o Direito Previdenciário? Essa pergunta, no presente momento, não temos como responder, sobretudo em razão da escassez de estudos voltados para o direito previdenciário.

124 Diversidade e o Direito Previdenciário Como se daria a aposentadoria da pessoa que fez a alteração do nome e do sexo? Com espeque no princípio constitucional da isonomia, qual seria uma provável solução, quando presente as alterações? Como o Direito Previdenciário deve se comportar diante da situação, onde uma pessoa entrou no sistema com o sexo masculino e, posteriormente, mudou o sexo para feminino? E se a pessoa entrou no sistema previdenciário após a alteração do sexo. O que considerar?

125 Diversidade e o Direito Previdenciário O sistema previdenciário deve respeitar a vontade da pessoa. O Direito Previdenciário deve resguardar o reconhecimento dos direitos dos segurados e ponto final. Se ao momento da aposentadoria a pessoa se declara do sexo feminino, devem ser observadas as regras pertinentes destas. Tal fato poderia ensejar uma fraude ao sistema previdenciário?

126 Diversidade e o Direito Previdenciário Como será que o INSS ou Regimes Próprios de Previdência dos Servidores Públicos irão tratar do assunto? Se a pessoa trabalhou um certo período como homem e depois fez a opção pela troca do sexo e começa a trabalhar como mulher ou vice e versa, como ficará essa situação? Em termos previdenciários, enquanto não existir legislação tratando do tema, tudo ficará na incerteza!!!

127 Obrigado pela oportunidade de falar um pouquinho sobre Direito Previdenciário!!!!

128 Bibliografia

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