Apostila: Antiguidade Clássica

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1 Apostila: Antiguidade Clássica

2 ANTIGUIDADE CLÁSSICA 1. Grécia 1.1. Localização e Condições Geográficas A Grécia Antiga ou Clássica ocupava a parte meridional da península dos Bálcãs, as ilhas do mar Egeu e a costa da Ásia Menor. A Hélade, ou território grego, era composta de três regiões diferentes: a parte continental, a peninsular e a insular (sul dos Bálcãs e ilhas do Egeu). No período de sua expansão colonizadora, a Grécia anexou a costa do mar Egeu (Ásia Menor) e o sul da península Itálica. A Grécia é marcada pelo seu relevo acidentado, sendo o interior montanhoso e o litoral bastante recortado (golfos, enseadas e ilhas). O clima é temperado e muito aprazível. Do solo pobre, os gregos tiraram três produtos marcantes: o trigo, as uvas (vinho) e azeitonas (oliva). Todas essas condições geográficas (relevo acidentado) explicam a tendência que os gregos apresentavam de se integrarem com o exterior como forma de superar as dificuldades geradas pela natureza e diferenças internas (povoamento/cidades-estado). 2

3 1.2. Origens e Povoamento Nas suas origens, a civilização grega está intimamente relacionada à história de Creta, que desenvolveu uma brilhante civilização entre os séculos XX a XV a.c. Tendo uma situação geográfica privilegiada, essa grande ilha do Egeu teve contatos marítimo-comerciais com as mais importantes civilizações orientais e com a Grécia. Creta teve a mais plena hegemonia comercial sobre a orla do Mediterrâneo, estendendo seus domínios à Grécia Continental. Porém, em meados do século XV a.c., os aqueus, povos que habitavam grande parte da Grécia Continental, invadiram e dominaram Creta. Esse fato deu início à civilização creto-micênica que tanto contribuiu para o desenvolvimento do povoamento e a formação da Grécia e da própria Antigüidade Clássica. Contudo, o povoamento da Grécia, que marcou sobremaneira o período conhecido como pré-homérico (séculos XX XII a.c.), tem provavelmente nos pelasgos, ou pelágios, os primeiros habitantes da Grécia. Ao que tudo indica, esses povos de cultura primitiva e rudimentar, por volta do século XX a.c., organizados em comunidades primitivas, ocupavam a porção litorânea e pontos isolados da Grécia Continental. Foi por volta desse período que tiveram início, na Grécia, as migrações e invasões que se prolongaram até o século XII a. C. Os povos invasores, de origem euro-asiática ou indo-européia (arianos), chegaram em vagas populacionais, assimilando e subjugando os primitivos pelasgos. Os primeiros grupos indo-europeus que invadiram a Grécia foram os aqueus, ali se estabelecendo entre os séculos XX e XVIII a.c. Foram os aqueus os fundadores de Micenas, cidade que, ao se expandir, conquistou e constituiu o berço da civilização creto-micênica. Entre os séculos XVIII e XV a.c., outros povos chegaram à Grécia: os eólios, que se fixaram na Tessália e região e os jônios ocuparam a Ática, onde posteriormente fundaram aquela que seria a mais importante cidade-estado grega: Atenas. Por volta do século XV a.c, com o declínio cretense, Micenas passou a viver um intenso desenvolvimento, que teria seu final com as invasões dos dórios (século XIII a.c.). Povos notadamente guerreiros, os dórios foram o último povo, de origem indoeuropéia, que migrou para a Grécia. Ao que tudo indica, foram os responsáveis pela destruição da civilização micênica e posterior movimentação populacional da Grécia Continental para a zona insular egéia e costa da Ásia Menor. Esse processo conhecido como Primeira Diáspora marcou profundamente o processo histórico grego. Dentro do território grego, a população passou a viver isoladamente em grupos comunitário-familiares ou genos. Essa vida reclusa nos "Cantões Gregos" marcou o final do período pré-homérico e deu início ao período Homérico, assim chamado porque é estudado à luz dos poemas épicos de Homero ("Ilíada" e "Odisséia"). 3

4 1.3. Tempos Homéricos (séculos XII VIII a.c.) Em busca de uma compreensão melhor do processo de evolução histórica da Grécia Antiga, é de fundamental importância retroceder ao período pré-homérico, quando os povos indo-europeus para lá migraram. Nessa época, esses povos estavam organizados e divididos em genos, unidades comunitário-familiares constituídas por pessoas de origem comum e lideradas por um "pater-família". Com a chegada dos dórios (século XIII a.c.), os genos tornaram-se a forma mais comum de organização socioeconômica. Com isso, podemos afirmar que as comunidades gentílicas caracterizaram os tempos homéricos. Os genos podem ser entendidos, de uma forma mais ampla e genérica, como uma unidade econômica, social, política e religiosa da Grécia Homérica. Na verdade, essas pequenas unidades de produção conseguiam, isoladamente, garantir a sobrevivência dessas populações com uma economia natural, agrícola, coletiva e baseada na auto-suficiência. Os meios de produção (terra, instrumentos, sementes), assim como a produção (alimentos, artesanato, etc.), pertenciam a todos os indivíduos da comunidade, ou seja, inexistia um conceito de propriedade privada. Na organização política dos genos, predominava a rígida hierarquia familiar, em que o pater (patriarca) era o chefe e autoridade maior, exercendo o papel de juiz, chefe familiar e espiritual ("culto religioso"). O critério determinante para posicionar os indivíduos na hierarquia era o seu grau de parentesco com o "pater-família". Os genos marcaram sua existência ao longo de todo período Homérico. Mas por volta do século VIII a.c, teve início o processo de decomposição das estruturas gentílicas, que evoluíram de forma heterogênea entre as várias regiões gregas. Um conjunto de fatores contribuiu para a desintegração das comunidades gentílicas no final do período Homérico, tais como: o crescimento demográfico e o aumento do consumo. Contudo, a produção limitada e estática, resultante das técnicas rudimentares e da escassez de terras férteis, foi elemento crucial na crise gentílica. A partir desse momento, a luta pela sobrevivência, fundamental na exploração da terra, gerou uma série de atritos no interior e entre os vários genos. Para organizar a defesa contra inimigos comuns, algumas comunidades gentílicas uniram-se, formando unidades maiores conhecidas como fratrias. Ao longo do tempo, as fratrias reunidas constituíram uma tribo liderada por um filobasileu ("Comandante do Exército"). A reunião de várias tribos deu origem ao povoado (demos), que passou a reconhecer como líder supremo o Basileu (espécie de rei). A crise do modelo social gentílico mudou em essência a estrutura dos genos. Lentamente, a terra perdeu seu caráter coletivo-comunitário, sendo dividida de forma 4

5 desigual entre determinados membros dos genos. As melhores terras foram entregues aos parentes mais próximos do patriarca ou "pater-família" sendo, a partir desse momento, chamados de "bem-nascidos" (eupátridas). As demais terras, de menor qualidade e tamanho, foram distribuídas entre "agricultores" (georgóis), parentes mais distantes do "pater-família". Por fim, nesse processo de divisão, surgiu um grupo de "marginalizados" (thetas), para os quais nada restou. A partir da crise e falência do modelo gentílico, a Grécia Continental transformou-se em cenário de um sem número de disputas e tensões sociais, que redundaram em uma Segunda Diáspora grega. 5

6 Os principais fatores explicativos para essa dispersão e deslocamento foram o crescimento populacional e a limitada quantidade de terras férteis e aráveis na Grécia Continental, resultante da concentração fundiária gerada com a desintegração dos genos e a formação de uma sociedade aristocrática (eupátridas). Por esses motivos, grande parte da população excedente formada, em maioria, pelos menos favorecidos na divisão das terras, emigraram para regiões do Mediterrâneo ocidental, promovendo a fundação de várias colônias. Dessa forma, as cidades de Siracusa (Sicília) e Tarento (península Itálica) se desenvolveram, impulsionadas pelos fluxos migratórios gregos ("Magna Grécia"). Podemos observar também que, da reunião de várias tribos, surgiram pequenos Estados locais, chamados de "cidades-estado" (pólis). Mais de uma centena surgiram na Grécia no mesmo período, estimuladas pela busca de segurança e necessidade de organizar, ao final do período Homérico e início do período Arcaico, a nova realidade grega Período Arcaico (Séculos VIII VI a.c.) Com a desintegração das comunidades gentílicas e o estabelecimento de modelos sociais baseados na propriedade privada da terra, na aristocracia e na pólis (cidades- Estado), ocorreram profundas transformações nas estruturas da Grécia Antiga. Em um primeiro momento, ocorreu a lenta e gradual passagem da economia doméstica para uma economia de mercado local, que, com o tempo, tornou-se externa, em virtude da expansão grega pelo Mediterrâneo. Concomitantemente, as estruturas sociais e políticas sofreram profundas alterações: o enriquecimento aristocrático e o aumento das desigualdades sociais levaram a um processo de lutas e disputas pelo poder. Em decorrência desses processos de transformação, surgiram variações que fizeram das cidades gregas exemplos de tirania, oligarquia ou democracia. Para compreender melhor esse universo de possibilidades que foram as pólis gregas, vamos tratar de dois maiores exemplos de cidades-estado: Atenas e Esparta Atenas A região da Ática, península onde estava situada a cidade-estado de Atenas, localizase na parte sudeste da Grécia central. Esta região, de relevo acidentado e clima ameno, surgiu da fusão de vários povos, predominando os jônios. No final do período Homérico, as tribos uniram-se politicamente, dando origem à pólis ateniense (século VIII a.c.). Segundo a tradição lendária, teria sido o herói Teseu seu fundador. 6

7 Atenas manteve, por muito tempo, o modelo político monárquico, até que os aristocratas, organizados oligarquicamente, tomaram o poder dos antigos reis (Basileu). Substituída pelo arcontado, composto por nove arcontes (equivalente ao poder executivo), com mandatos anuais, a estrutura monárquica deu lugar a um modelo elitista e baseado nos eupátridas (aristocracia rural). Foi também organizado um conselho de eupátridas, chamado areópago (equivalente ao poder legislativo) com função de regular a ação dos arcontes. Através dessas instituições, estabeleceu-se o pleno domínio oligárquico (eupátridas) sobre o resto do demos ou povo ateniense (georgóis e thetas). No período Arcaico, a falta de terras férteis e o crescimento demográfico continuaram a impulsionar o estabelecimento de colônias, entrepostos comerciais e povoamentos em várias regiões da orla do Mediterrâneo. Cidades como Corinto, Mégara e principalmente Atenas instalaram na península Itálica e na Ásia Menor vários pontos comerciais (Magna Grécia). O comércio entre essas várias regiões fundamentava-se nas exportações de vinho, azeite e produtos artesanais gregos e na importação de gêneros variados, como trigo, metais (ouro, prata, cobre e ferro) e madeira das regiões do Mediterrâneo (Fenícia cedro). Esse expansionismo resultou na diminuição dos efeitos gerados pelas questões agrárias internas e, por outro lado, promoveu o enriquecimento das pólis e difusão da cultura helênica (grega). Em Atenas, como resultado dessa expansão (séculos VIII VI a.c.), as classes ligadas à atividade comercial buscavam, ao mesmo tempo que se enriqueciam, aumentar seu domínio social e político. Nessa nova realidade, além dos eupátridas, georgóis e thetas, a sociedade ateniense sofreria novas importantes divisões a partir do século VIII a.c. Dos georgóis que perderam as terras e dos thetas, que, apesar de marginalizados, permaneceram na pólis, dedicando-se ao artesanato e aos trabalhos em geral ("jornaleiros"), surgiu a nova classe de comerciantes, os demiurgos. Essa classe intermediária sobrepôs, com o passar do tempo, a riqueza à tradição aristocrática. Fruto das transformações geradas pela expansão econômico-territorial, surge a grande massa de escravos que dará o perfil ao modo de produção ateniense. Prisioneiros de guerra, sem cidadania ou direito sobre a própria vida, os escravos atuaram nas mais diversas atividades do cotidiano da cidade-estado de Atenas. Com todas essas mudanças na estrutura social ateniense, aceleraram-se os conflitos de interesses que marcaram o período Arcaico. Nesse contexto de rivalidades sociais, políticas e econômicas, podemos identificar vários grupos importantes. 7

8 Os eupátridas, proprietários das melhores e maiores terras do pédium (planície), procuravam manter seus privilégios e o poder político. Por outro lado, os comerciantes controlavam a parália (litoral). E, num crescente enriquecimento, procuravam mudar o status quo, a fim de conquistar maior participação no poder político. Por fim, encontramos os georgóis e thetas, moradores de Diácria (montanha), que viviam em péssimas condições e sem direito à participação política. Grande parte desse grupo buscava recursos, para cultivar suas terras, entre os poderosos. Endividados, ficavam sujeitos à manipulação da elite aristocrática. Conseqüentemente, aumentavam o desejo de mudanças e a oposição das classes populares ao poder oligárquico. A luta de classes, o crescimento da cidade e o progresso econômico-comercial foram os principais fatores explicativos das reformas feitas por legisladores, que representavam o anseio latente dos grupos sociais. Dois legisladores foram incumbidos de elaborar as reformas: Drácon e Sólon. a) Drácon (621 a.c.) organizou e registrou por escrito as leis que, até aquele momento, eram baseadas na tradição oral e eram de conhecimento exclusivo dos aristocratas (eupátridas). O código draconiano ficou conhecido por sua rigidez e severidade, além do que manteve os privilégios sociopolíticos existentes. Dessa maneira, mesmo com leis escritas, as diferenças foram mantidas, reacendendo as questões políticas e os choques de interesses entre as classes sociais. b) Sólon (594 a.c.) tentou desenvolver reformas mais profundas e de maior repercussão. Suprimiu a escravidão por dívidas e estabeleceu uma classificação das classes sociais de acordo com a riqueza (censitária). O critério de riqueza passou a permitir a ascensão política dos ricos comerciantes (demiurgos). Criou e admitiu a participação de elementos das classes inferiores no Conselho dos Quatrocentos (Bulé). A Assembléia Popular (Eclésia) passou a aprovar as medidas da Bulé e o Tribunal de Justiça (Helieu) abriu-se a todos os cidadãos. Organizou a Suprema Corte, da qual podiam participar todos os cidadãos por sufrágio universal masculino; combateu a ociosidade; estimulou o comércio e o artesanato; concedeu privilégios de cidadania aos artesãos estrangeiros (metecos). Porém, as reformas de Sólon não agradaram aos aristocratas, que as consideravam excessivas e prejudiciais aos seus interesses oligárquicos, como também ao povo que ansiava por mudanças mais abrangentes e profundas. A conjuntura da crise política que caracterizou o período pós-sólon permitiu o estabelecimento de ditadores que usurpariam o poder (tiranos). O primeiro deles foi Pisístrato ( a.c.) que, ao governar Atenas, buscou diminuir os conflitos e tensões sociais através de uma política populista e de estímulo às construções e obras públicas. 8

9 Tentou com isso diminuir o desemprego que atingia principalmente a massa popular (thetas e georgóis). Com a morte de Pisístrato, sucederam-no seus filhos Hiparco e Hípias, que não deram prosseguimento às reformas colocadas em prática pelo pai. Novamente reinavam em Atenas a insatisfação e a crise política, o que causou o fim das tiranias e abriu caminho para as reformas democráticas. Liderada por Clístenes (510 a.c.), iniciou-se uma fase de reformas que inauguraram a democracia ateniense. Uma das primeiras medidas tomadas por ele foi a redistribuição de Atenas em dez tribos, substituindo o modelo anterior, baseado em quatro tribos. Dessa maneira, foi ampliada a participação política e neutralizada a influência aristocrata, baseada na tradição dos gens, tribos e fratrias. Posteriormente, reestruturou as instituições políticas, a Bulé passou a contar com 50 membros por tribo (500 representantes) que exerciam, através do revezamento, o governo em Atenas. A Eclésia, composta por cidadãos de todas as classes sociais, era a Assembléia Popular (6 mil cidadãos) que fiscalizava as demais instituições políticas, tornando-se, com isso, o poder político da pólis. Foi criado também um Tribunal Popular (Hélia). Os arcontes tiveram seus poderes gradativamente diminuídos, restringindo-se, ao fim, às funções religiosas. Os estrategos (chefes militares), eleitos para mandatos anuais, passaram a ter importante papel na política ateniense. Todavia, é importante lembrar Clístenes criou ainda o ostracismo, que que a democracia ateniense era uma consistia na suspensão dos direitos políticos forma de governo da qual dos cidadãos considerados nocivos ao Estado. participavam apenas os cidadãos Os crimes sujeitos à pena do ostracismo eram atenienses (adultos, filhos de pai e votados na Assembléia. O cidadão considerado mãe atenienses), que eram uma culpado era exilado por 10 anos, sem, minoria da qual estavam excluídos os contudo, perder o direito sobre seus bens. estrangeiros, escravos e mulheres. 9

10 Esparta Esparta situava-se na península do Peloponeso, no vale do rio Eurotas, planície da Lacônia. Suas principais características, enquanto cidade-estado, foram o laconismo (modo de falar sintético, com poucas palavras, típico dos habitantes dórios da Lacônia), o militarismo, o perfil aristocrático conservador e reacionário, e a vida provinciana marcada pelo retrocesso e atraso cultural. Baseando suas instituições nas leis atribuídas ao legendário legislador Licurgo, esses descendentes dos dórios invasores tinham como principal objetivo a manutenção do status quo. No plano político, o governo espartano era fundamentado em uma diarquia oligárquica, em que a aristocracia militarista preservou as formas do antigo sistema do período Homérico. Os dois reis (diarquia) representantes das famílias aristocratas, com poder hereditário, exerciam um papel limitado pela oligarquia (governo da elite), tendo um caráter sacerdotal e militar. A Gerúsia (Senado), formada pelos dois reis e 28 gerontes, sexagenários, eleitos por aclamação para um mandato vitalício, era o Conselho dos Anciãos e, portanto, de grande importância nas decisões políticas, jurídicas e administrativas da pólis espartana. O Conselho dos Éforos, formado por cinco membros escolhidos pela Assembléia Popular (Apela), tinha um mandato anual e poderes para fiscalizar os reis (diarquia) e os magistrados. A Apela (Assembléia Popular), formada por cidadãos maiores de 30 anos, tinha como função eleger os membros da Gerúsia e do Eforato. Como podemos observar, diferente de Atenas, a estrutura estática e auto-suficiente da economia agrária, escravista e espartana não evoluiu para a democracia, mantendo-se sempre oligárquica e militarista.

11 A sociedade espartana compunha-se de cidadãos, periecos e hilotas. Os cidadãos, descendentes dos antigos dórios guerreiros e conquistadores, detinham os principais postos militares e privilégios políticos. Podem ser chamados de espartanos ou espartíatas. Os periecos habitavam a periferia da pólis. Eram homens livres que se dedicavam ao artesanato e ao comércio local. Não tinham direito à cidadania, podendo ser convocados como soldados do exército espartano. Os hilotas, descendentes dos antigos habitantes da Lacônia, foram reduzidos à condição de servos do Estado. Presos à terra, eram a base do modo de produção espartano. O modo de vida espartano era um reflexo de sua rígida estrutura social. Visando à manutenção do status quo, a educação espartana tinha por objetivo formar apenas guerreiros. Buscando atender a esse objetivo, o cidadão espartano era condicionado à obediência e ao desenvolvimento das aptidões físicas. Nessas condições, a deficiência ou a debilidade física não eram admitidas, sendo as crianças sacrificadas ao menor indício de doença ou fragilidade. Os fortes permaneciam até a idade de 7 anos com a mãe (família), quando então eram entregues ao Estado (exército). Educadas para viver em condições adversas, as crianças obtinham até os 18 anos uma rígida disciplina guerreira. Aos trinta anos, os espartanos tornavam-se cidadãos, sendo-lhes permitido o casamento e a participação política. Quando sexagenários, os espartanos eram dispensados do exército, podendo participar da Gerúsia (Conselho dos Anciãos). A mulher espartana vivia para a pátria. As moças eram educadas com severidade pela família e recebiam treinamentos para tornar o seu corpo forte e atlético. Sua maior missão era dar filhos fortes ao Estado (fiéis cidadãos e bons soldados). Mas, diferente de Atenas, a mulher espartana foi mais independente na pólis Período Clássico (séculos VI IV a.c.) Foi a época de maior esplendor da cultura grega. Nela, as instituições e a vida intelectual alcançaram o mais alto nível. Entretanto, essa época foi marcada pelas lutas entre as cidades-estado e por grandes guerras externas, principalmente contra os persas. Como causa primordial das guerras entre os gregos e persas (Guerras Greco-pérsicas ou Guerras Médicas os gregos chamavam os persas de medos), podemos apontar o choque imperialista na região da Ásia Menor (mar Egeu). Os gregos buscavam a manutenção das regiões asiáticas dominadas, enquanto os persas, após dominarem a região da Mesopotâmia, estavam estendendo seus domínios em direção ao Ocidente. 11

12 A primeira guerra (490 a.c.) ocorreu no tempo do rei Dario I. Após várias batalhas, o exército persa, que conseguira invadir a península Balcânica, foi vencido e destruído pelos atenienses, liderados por Milcíades, na Batalha da Maratona (490 a.c.). Na segunda guerra ( a.c.), agora sob o comando do rei Xerxes, os persas invadiram os Bálcãs pelo norte; orientados por um traidor, alcançaram a retaguarda dos espartanos, que tentavam barrar o avanço persa no desfiladeiro das Termópilas. Depois de muita resistência dos espartanos, liderados pelo general espartano Leônidas, os persas venceram e prosseguiram para Atenas, que foi invadida e arrasada. Enquanto isso, os atenienses, comandados por Temístocles, venciam a marinha persa na batalha de Salamina (480 a.c.). Por volta do ano de 479 a.c., os invasores persas foram derrotados pelos espartanos na Batalha de Platéia, abandonando o território grego. Em uma terceira e final guerra entre gregos e persas ( a.c.), Atenas formou, sob seu comando, uma coligação ou liga das cidades-estado, conhecida como Confederação de Delos. Liderando a coligação, Atenas pôde enfrentar os persas no seu principal reduto regional, a Ásia Menor. A batalha derradeira deu-se na foz do rio Eurimedonte (468 a.c.). Vencidos, os persas passaram a respeitar a presença e predominância grega na Ásia Menor (Tratado de Susa 448 a.c.). Como principais conseqüências das guerras médicas (greco-pérsicas) para a evolução da história grega no período Clássico, podemos destacar: a decadência do império persa; a formação e manutenção da Confederação de Delos, o imperialismo e conseqüente hegemonia de Atenas sobre as demais cidades gregas; o revigoramento da democracia ateniense (Péricles século V a.c.) e a inevitável rivalidade entre Atenas e Esparta. Por volta do início do século V a.c. (Século de Ouro Péricles), os atenienses vinham impondo cada vez mais sua hegemonia sobre a Grécia. Um dos maiores sinais disso era a manutenção da Confederação ou Liga de Delos. A liderança político-econômica de Atenas, após as guerras médicas, desagradava profundamente aos espartanos. Estes, por sua vez, originaram a chamada Liga do Peloponeso. Essa coligação de cidades-estado, sob a liderança espartana, iria confrontarse, ao final do século, com Atenas e suas aliadas. Esse conflito, marcado por dois grandes períodos, ficou conhecido como Guerra do Peloponeso ( a.c.). No primeiro período ( a.c.) desse conflito, Esparta e a Liga do Peloponeso atacaram a região de Atenas defendida pelos exércitos da Confederação de Delos e comandada pelo grande líder Péricles. Durante cerca de trinta anos ( a.c.), Péricles governou Atenas, acentuando-lhe o caráter democrático, cultural e consolidando o seu apogeu (embelezamento da pólis). 12

13 Mas, a partir da peste que assolou Atenas (430 a.c.), quando morreu Péricles, os atenienses e seus aliados passaram a perder terreno. Enfraquecidos e perdendo o apoio das cidades coligadas, os atenienses foram vencidos e obrigados a aceitar a "Paz de Nícias" (421 a.c.). Apesar de prever uma trégua de 50 anos, Atenas reiniciou, sete anos depois do tratado, as hostilidades contra Esparta. Liderados por Alcebíades, os atenienses atacaram a Sicília, aliada de Esparta. Em meio à campanha, inimigos de Alcebíades acusaram-no de sacrilégio. Fugindo à condenação, ele foi para Esparta, ajudando-a a vencer as forças atenienses, na batalha de Egos Pótamos (405 a.c.). Atenas foi desmobilizada militarmente, e Esparta passou a deter a hegemonia sobre a Grécia. Entretanto, o domínio espartano duraria pouco tempo. A cidade de Tebas, situada no estreito de Corinto, projetava-se como uma nova potência militar grega. Tebas logo se opôs à hegemonia espartana e, contando com dois grandes generais, Epaminondas e Pelópidas, os tebanos venceram a Batalha de Leuctras (371 a.c.), iniciando a também efêmera hegemonia tebana. Nesse contexto, os estados gregos continuaram hostilizando-se, o que deu lugar à decadência geral da Grécia. Podemos, com isso, concluir que os fatores maiores da decadência da Grécia Antiga foram: o isolamento e as diferenças estruturais de suas várias pólis (cidades-estado); as constantes lutas internas (disputas hegemônicas); e a política imperialista sucessiva que provocou uma verdadeira guerra civil, gerando crises econômicas e degeneração das estruturas gregas Período Helenístico (Séculos IV II a.c.) A Expansão Macedônica e o Helenismo (cultura helenística) Enfraquecidas pelas lutas internas e externas, as pólis gregas caíram sob a dominação dos macedônios, por volta da segunda metade do séc. IV a.c. Esses vizinhos dos gregos habitavam o norte da península Balcânica e já haviam estado sob domínio oriental (persas), por algum tempo. Em 359 a.c., Felipe II, o Caolho, subiu ao trono na Macedônia. Influenciado por sua formação grega, helenizou o reino macedônio, posteriormente organizando um forte exército para a conquista da Grécia. Esta, por sua vez, foi unificada e anexada ao nascente império macedônico. Mais tarde, Alexandre Magno, filho de Filipe II e discípulo de Aristóteles, prosseguiu a expansão imperial. No período entre 334 a 324 a.c., conquistou o Egito, o Império Persa e chegou a atravessar o rio Indo (Índia), helenizando os bárbaros. 13

14 Morreu aos 32 anos, de malária, na Babilônia (Mesopotâmia, 323 a.c.). Com sua morte, o espólio do extenso império foi dividido entre seus generais: Antígono (Macedônia e Grécia), Ptolomeu (Egito, Palestina e Fenícia) e Seleuco (Pérsia, Mesopotâmia e Síria). A conseqüência maior das conquistas de Alexandre foi o surgimento da cultura helenística, que floresceu no Oriente Próximo (Médio), durante os últimos séculos anteriores ao nascimento de Cristo (Império Romano). Essa cultura resultou do contato e conseqüente fusão das culturas locais (orientais) com a cultura helênica (grega) levada pelos conquistadores. O helenismo, ou cultura helenística, marcou o surgimento de novos centros culturais como Alexandria e Antioquia. As principais manifestações da cultura helenística se deram nas Artes, Arquitetura, Filosofia e Astronomia (ciências) Religião e Cultura Gregas No plano religioso, podemos dividir a evolução grega em três fases: a da magia e culto aos antepassados, a do culto à natureza e a do culto a ídolos de forma humana (antropomórfica), que passaram a representar os deuses. Estes, por sua vez, habitavam o monte Olimpo ( A Morada dos Deuses ), tendo, ao mesmo tempo, os vícios e virtudes humanas. A religião tinha um caráter pan-helênico. Os gregos adoravam seus deuses (religião politeísta), dedicando-lhes oferendas e sacrifícios em troca de proteção e benefícios. Uma expressão dessa devoção eram os oráculos e os jogos olímpicos. No politeísmo grego, destacavam-se Zeus, rei e pai dos vários deuses; Hera, irmã e esposa de Zeus; Apolo, deus da Luz e do Sol e das Artes; Palas ou Atenas, deusa da sabedoria e protetora da cidade-estado de Atenas; Démeter, deusa da agricultura; Hermes, deus do comércio e mensageiro dos outros deuses; Hefesto, deus do fogo e do artesanato; Afrodite, deusa do amor e da beleza; Dionísio, deus do vinho e da alegria; e Poseidon, deus do mar. As musas, as ninfas e os heróis também eram cultuados, apesar de não serem deuses, através da rica mitologia grega (mitos e lendas). No plano das realizações intelectuais, os gregos foram realmente inovadores. Na área filosófica, as principais realizações se deveram a Sócrates ( a.c.), Platão ( a.c.) e Aristóteles ( a.c.). Suas idéias têm influenciado o pensamento humano até a atualidade. Na área científica, podemos destacar: Astronomia: Filolau (esferidade e movimentos da Terra), Aristarco de Samos (heliocentrismo) e Cláudio Ptolomeu (geocentrismo); Matemática: Tales de Mileto ("Pai da Matemática"), Pitágoras e Arquimedes; Física: 14

15 Demócrito, Aristóteles e Arquimedes; Biologia: Aristóteles ("classificação dos animais"), Nicandro de Colofon e Discorides de Ana Zarba; Medicina: Hipócrates de Cós. A arquitetura da Grécia foi marcada pela construção de colunas em três estilos: o dórico, o jônico e o coríntio. No estilo dórico, mais antigo, as colunas não tinham base saliente e seu capitel era marcado pela simplicidade. No estilo jônico, a base passou a ter anéis ao seu redor e "volutas" no capitel. No estilo coríntio, característico do período helenístico, conservaram-se os anéis na base, mas o capitel assumiu um aspecto mais rebuscado, assemelhando-se a um vaso ou arranjo de flores. Acrópole de Atenas Por fim, a Literatura grega foi vigorosa em todos os seus aspectos e se dedicou às mais variadas temáticas. Foi marcada pela predominância da poesia sobre a prosa, sendo esta última usada normalmente pelos oradores e historiadores. Nas poesias épica e lírica, tiveram grande destaque: Homero (Ilíada e Odisséia), Hesíodo, Safo e Píndaro. Na tragédia, Ésquilo (Prometeu Acorrentado), Sófocles (Édipo Rei, Electra e Antígona) e Eurípedes. Na comédia, Aristófanes (As Rãs e Assembléia de Mulheres). Na prosa grega, notabilizaram-se, entre outros, os oradores como Demóstenes, Ésquines e Isócrates, e os historiadores como Heródoto (Histórias), Tucídides (História da Guerra do Peloponeso) e Xenofonte. O teatro grego teve origem nas representações feitas nas festas para Dionísio (deus protetor do teatro mitologia grega). Os principais autores teatrais (séc.v a.c.) foram Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. Além de temas relativos às lutas humanas, os atenienses apreciavam a comédia, que teve em Aristófanes seu grande autor. 15

16 2. Roma 2.1. Localização e Condições Geográficas Roma desenvolveu-se na península Itálica. Essa região de solo fértil e de litoral pouco recortado apresenta três porções bem distintas: a cadeia alpina e a planície do rio Pó ao norte; a cadeia apenina, que penetra a península de norte a sul; e as planícies costeiras da Apúlia, Lácio e Campânia. Cercada pelos mares Mediterrâneo, Adriático, Tirreno e Jônio, tem ao sul a ilha da Sicília e a oeste a ilha da Sardenha e Córsega Origens e Evolução Política À época da fundação de Roma, a península Itálica era habitada pelos gauleses ao norte; pelos etruscos e latinos ao centro, e pelos gregos ao sul ("Diásporas"/"Magna Grécia"). Desses povos, os mais significativos para a formação romana foram os latinos, habitantes do Lácio, que viviam em aldeias, e os etruscos, que habitavam a Etrúria (Toscana). Roma resultou de uma coligação de aldeias de agricultores latinos e sabinos (italiotas). Situada às margens do rio Tibre (no Lácio), essa coligação tinha por objetivo a defesa contra as incursões constantes dos etruscos. Com o surgimento da aldeia romana por volta do século VIII a.c. (753 a.c.), iniciouse a evolução dessa civilização, marcada por três grandes períodos: a Monarquia ou Realeza, a República e o Império. 16

17 2.3. Monarquia ou Realeza ( a.c.) O primeiro período da história romana foi resgatado através de um conjunto de lendas, criadas, na sua maioria, no final do período republicano e primórdios do período imperial, com o intuito de justificar a grandiosidade e a força romanas. As passagens mais conhecidas e marcantes, estabelecidas pela "tradição lendária", foram: A chegada dos troianos à península Itálica, dando início ao povoamento da região do Lácio (rio Tibre), onde seria fundada a aldeia romana. (Virgílio "Eneida"). A disputa entre os irmãos gêmeos Rômulo e Remo, que resultou na fundação de Roma e no posterior estabelecimento da Monarquia (Rômulo). A coligação entre latinos (romanos) e sabinos, depois de uma guerra entre as aldeias, provocada pelo rapto de mulheres sabinas realizado pelos romanos ("Rapto das sabinas"). A guerra entre Roma e Alba Longa (aldeia do Lácio), decidida através do combate entre os Horácios e os Curiácios, o qual resultou na vitória romana ("Horácios versus Curiácios"). E marcando o final do período monárquico, a lenda da Casta Lucrécia que justifica a expulsão dos reis etruscos. Essas lendas, quando interpretadas pela lente das pesquisas arqueológicas, contribuíram para compreender as origens da evolução romana. Nesse período, a economia romana era baseada na agricultura e no pastoreio. A sociedade, de caráter estamental e patriarcal, tinha nos patrícios e plebeus seus principais segmentos. Os patrícios eram os grandes proprietários (aristocracia rural) e os plebeus representavam os pequenos proprietários, camponeses, artesãos e estrangeiros. Durante esse período, sete reis se sucederam, sendo 2 latinos (primeiro Rômulo), 2 sabinos e os 3 últimos, etruscos. O rei acumulava as funções executiva, judiciária, religiosa e legislativa; nesse último caso, era aconselhado pelo senado, na medida em que ele ("conselho de anciãos") tinha o direito de veto e sanção das leis apresentadas pelo monarca. A ratificação das leis era executada pela Assembléia (Cúria), formada por todos os cidadãos em idade militar. Na fase final da Monarquia, a partir da segunda metade do século VII a.c., Roma conheceu um período de domínio etrusco (despotismo). 17

18 2.4. República ( a.c.) Por volta do ano de 509 a.c., Tarquínio, o Soberbo, rei de origem etrusca, foi deposto por uma rebelião liderada pela elite patrícia senatorial, que envolveu parte da plebe romana. O rei Tarquínio governava de forma absolutista e despótica, interferindo, dessa maneira, nos interesses da elite aristocrática romana (patrícios). Com o fim da realeza romana, o poder da Monarquia deu lugar a uma nova estrutura político-administrativa, a República. Com ela o Senado passou a ser a instituição mais importante, sobrepondo-se às demais. O Senado, transformado no órgão de maior poder da República, controlava a administração, as finanças, como também as decisões pela guerra ou paz romana. Os patrícios tinham a exclusividade de acesso a esse órgão legislativo (voto censitário). O Poder Executivo, por outro lado, residia nas seguintes magistraturas: Constituição Romana na República: Além do Senado e das magistraturas, existiam três assembléias que completavam as instituições políticas da República romana: Assembléia Centuriata: a mais importante delas, era dividida em centúrias (grupos de centuriões), cuja função era votar os projetos apresentados. Era composta por 98 centúrias patrícias e 95 plebéias e, como o voto era por centúrias, os patrícios (aristocracia) tinham o controle das decisões. Assembléia Curiata: cuidava dos assuntos de caráter religioso. Assembléia Tribal: tinha atribuições de nomear os questores e os edis (magistrados). O caráter oligárquico da República romana deu o monopólio do poder aos patrícios. Isso acarretou uma série de problemas para a plebe, como: as guerras constantes, o aumento dos tributos, o endividamento e a escravidão por dívida. A marginalização e o descontentamento plebeu levaram às "lutas de classe" em Roma. Por volta do início do séc. V a.c. (495 a.c.), os plebeus, em sinal de protesto, retiraram-se de Roma refugiando-se no Monte Sagrado, exigindo maior representação e 18

19 participação política. Em razão da importância da plebe na economia e na composição do exército romano, a elite aristocrática admitiu atender as reivindicações plebéias. Com isso, os plebeus ganharam representação através dos "tribunos da plebe". Os tribunos tinham direito de veto, e eram considerados invioláveis. Em 450 a.c., depois de outras revoltas ou "greves" plebéias, os patrícios convocaram dez juristas nomeados (decênviros), para redigir um código de leis. Conhecido como a "Lei das XII Tábuas", foi a primeira compilação de leis escritas em Roma (início do Direito romano). Em 445 a.c., uma nova revolta culminou com a criação da "Lei Canuléia", que permitia o casamento interclasses (patrícios e plebeus). Na quarta revolta de significado histórico, a plebe conseguiu a implantação da lei conhecida como Licínia Sextia (366 a.c.). Com ela praticamente se aboliu a escravidão por dívida e abriu-se aos plebeus a participação no consulado. Por fim, em 286 a.c., foi conseguida a vitória mais importante, quando o plebiscito ("comício plebis / assembléia") passou a ter força de lei. Com isso, a plebe foi gradativamente conquistando o direito à participação em todas as magistraturas da República romana A Expansão Romana Como vimos, Roma foi fundada com objetivo de defesa, pois desde a Realeza era combatida pelos povos vizinhos. Com isso, apesar de agricultores e pastores, os romanos adquiriram o espírito guerreiro que desde cedo os estimulou a subjugar os outros povos da Itália. Por volta de 275 a.c., os romanos já haviam conquistado a península Itálica. Torna-se então imperiosa a expansão fora da Itália. Em meados do século III a.c., os romanos sentiram-se capacitados a desafiar o Império cartaginês. Essa poderosa ex-colônia fenícia estava localizada no norte da África e controlava o Mediterrâneo ocidental (hegemonia comercial). A Primeira Guerra Púnica ( a.c.) teve seu início com o ataque dos romanos à Sicília. Cartago, temendo perder suas colônias naquela ilha, passou a atacar o litoral italiano. Roma preparou-se para os combates marítimos e, por volta de 260 a.c., venceu os cartagineses. Mas, as hostilidades prosseguiram em terra. A paz só foi estabelecida em 241 a.c., quando, após uma nova derrota naval de Cartago, a Sicília passou ao domínio romano. A Segunda Guerra Púnica ( a.c.) resultou da tomada de Sagunto (península Ibérica), cidade aliada dos romanos, pelos cartagineses liderados por Aníbal ( a.c.). No ano seguinte, Aníbal cruzou os Alpes com seus exércitos e, após derrotar os romanos por várias vezes em território italiano, sentiu-se enfraquecido para atacar Roma e 19

20 deteve-se em Cápua. Ao esperar por reforços, Aníbal permitiu que os romanos organizassem um ataque contra Cartago. Convocado para defender a cidadela cartaginesa, Aníbal foi derrotado e o exército cartaginês foi destruído (202 a.c.). Cartago teve que ceder a Roma suas colônias da Espanha e das ilhas do Mediterrâneo, além de indenizar e entregar sua esquadra. Pelo tratado firmado, Cartago comprometia-se a não entrar em guerra sem a prévia autorização do Senado romano. Por fim, entre 150 e 146 a.c., ocorreu a Terceira Guerra Púnica, em que Scipião Emiliano incendiou a cidade de Cartago e escravizou seus habitantes. A partir das Guerras Púnicas, Roma passou a dominar o Mediterrâneo ocidental e, através de campanhas militares posteriores, os romanos adquiriram o controle efetivo de quase toda a península Ibérica, Gálias, parte da Germânia (sul do rio Danúbio), Egito, Grécia e Oriente. Nesse período final da República, direta ou indiretamente, os romanos passaram a controlar a orla do Mediterrâneo. Este passou a ser chamado pelos romanos de mare nostrum (nosso mar). Durante o período de conquistas, a sociedade romana passou a sofrer profundas transformações, decorrentes do perfil imperialista e do escravismo que se intensificaram a partir da vitória sobre Cartago (século II a.c.). Os fatores fundamentais para as mudanças sociais ocorridas em Roma foram: O grande afluxo de riquezas, provenientes das conquistas (colônias/províncias) para Roma. A decadência do pequeno agricultor, impossibilitado de concorrer com os grandes proprietários (latifúndios) que utilizavam mão-de-obra escrava. O crescimento do escravismo, transformando o modo de produção romano. 20

21 O êxodo rural, proletarizando a plebe ("Pão e Circo"). O nascimento de novas classes sociais. Camada Senatorial: aristocratas (patrícios). Classe Eqüestre: "homens novos", mercadores e artesãos. Plebe: massa trabalhadora e marginalizada. Escravos: força de trabalho e objetos do tráfico. No plano econômico, o comércio passou a interligar Roma às suas províncias em todo o contorno do Mediterrâneo. As atividades agrícolas nas províncias foram bastante incentivadas, mas, em contrapartida, na Itália, os campos foram abandonados (êxodo rural), dando a Roma o status de centro econômico e comercial (artesanato) As lutas Sociais ou Guerras Civis No contexto de mudanças que marcaram o final da República romana, a fim de superar a crise geral pela qual passavam principalmente os pequenos proprietários ou agricultores, alguns setores mobilizaram-se em busca de reformas. Nesse período, destacaram-se, por sua atuação, dois tribunos da plebe: Tibério e Caio Graco. Tibério Graco, eleito em 133 a.c. para o cargo de tribuno da plebe, propôs uma lei pela qual quem possuísse mais de 310 acres de terra deveria doar o excedente ao Estado, para que este distribuísse em forma de arrendamento aos romanos empobrecidos (plebeus). O Senado fez total oposição a tais medidas propostas no projeto de lei agrária ("reforma agrária") e Tibério e seus seguidores foram assassinados. Caio Graco, irmão de Tibério, foi eleito tribuno em 123 a.c. Dentre as leis para melhorar as condições de vida e a alimentação da plebe romana, Caio elaborou a "Lei Frumentária". Essa lei determinava a distribuição de trigo a preços mais baixos, além de retomar o projeto de "reforma agrária". Os patrícios reagiram contra Caio Graco e seus seguidores, o que culminou em vários conflitos armados, num dos quais, cercado numa colina próxima a Roma, Caio ordenou a um escravo que o matasse. Após o período conhecido como a "Revolta dos Gracos", ocorreu a radicalização política, e a República romana entrou em processo irreversível de crise: de um lado estavam os patrícios (aristocracia), conservadores preocupados em manter o status quo; no outro 21

22 extremo, os grupos populares (plebeus), aspirando a mudanças profundas na vida romana. Nesse período, tiveram grande evidência dois generais: Mário e Sila. Mário, defensor da plebe, conseguiu ser eleito cônsul por várias vezes consecutivas, e transformou o exército, cujos postos eram privilégios dos cidadãos, num exército popular e assalariado. Os soldados passaram a receber um pagamento (soldo), parte das conquistas (saque/espólio) e, ao final da carreira militar (25 anos), o direito a um pedaço de terra. Em 86 a.c., com a morte de Mário, o general Sila implantou uma "ditadura militar" de caráter conservador, que perseguiu com violência os antigos seguidores de seu antecessor. Com isso, ocorreu a desarticulação dos grupos políticos populares. Sila, cansado e velho, abdicou em 79 a.c. O período que se seguiu foi marcado por um clima de aparente tranqüilidade. Novos líderes aristocráticos, como Pompeu e Crasso, surgiram na cena política republicana. O primeiro conseguiu abafar, na península Ibérica (Espanha), uma revolta popular liderada por Sertório (78 72 a.c.). Por outro lado, Crasso abafou a famosa revolta de escravos comandada por Spartacus, em Cápua (73 71 a.c.). Com isso, o prestígio militar atingido pelos dois generais aproximou-os da política e de um outro destacado general: Júlio César. A conjuntura de crise e insatisfação continuava, e nova tentativa de golpe político, articulada pelo patrício de nome Catilina, foi controlada por Cícero (grande orador e cônsul romano). Essas disputas entre os "cidadãos romanos" pelo controle do poder político aumentaram cada vez mais a instabilidade que foi a marca do final da República romana. Nesse clima, o Senado, em 60 a.c., elegeu três grandes líderes políticos ao consulado: Júlio César, Pompeu e Crasso. Juntos, eles formaram o chamado I Triunvirato e dividiram entre si o poder e os domínios romanos. Contudo, Crasso morreu em combate contra os partos, na Pérsia (54 a.c.), e Pompeu tornou-se cônsul único, recebendo a tarefa de combater César e destituí-lo do comando militar da Gália. Ao saber das notícias, César resolveu lutar e dirigiu-se para Roma. César assumiu o poder romano, derrotando definitivamente Pompeu em 49 a.c. (Batalha de Farsália Grécia). Nesse período, era crescente, no Egito, a disputa pelo poder entre o faraó Ptolomeu e sua irmã Cleópatra. César dirigiu-se para Alexandria, de onde apoiou Cleópatra, conduzindo-a ao trono egípcio. A seguir, dirigiu-se para a região da Ásia Menor, onde destruiu as tropas sírias inimigas. Ao retornar a Roma, César foi proclamado ditador vitalício, em clara oposição ao Senado, que com isso organizou uma conspiração para assassiná-lo. Com sua morte em 44 a.c., houve uma grande revolta popular, acontecimento que foi politicamente explorado por 22

23 Marco Antônio, amigo e um dos fortes generais de Júlio César que, juntamente com Lépido e Otávio (sobrinho de César), organizou o II Triunvirato. Após promoverem a eliminação dos opositores de Júlio César, os novos componentes do triunvirato deram início às lutas internas pelo poder. Otávio, aproveitando-se da ausência de Marco Antônio, que se achava no Egito, tentou ampliar seus poderes, e não levando Lépido em consideração, declarou guerra a Marco Antônio e seus aliados (Egito), o qual derrotou em 31 a.c. (Batalha de Actium). Otávio, com isso, recebeu do Senado o título de "Primeiro Cidadão" (Princeps), primeira escala para atingir o título de supremo (Imperator). Otávio foi tornando-se gradualmente o senhor de Roma, recebendo, além dos dois títulos, o de "divino" (Augustus) Império (27 a.c. 476 d.c) Durante o Alto Império (I a.c. - III), devido ao desenvolvimento acelerado do modo de produção escravista e das conquistas territoriais, Roma alcançou a riqueza e a hegemonia do mundo antigo. Ao imperador ("supremo mandatário") cabia o controle total da política, sobrepondose ao antigo poder senatorial. A ele foi dada a competência de nomear magistrados, comandar os exércitos e interferir até no plano religioso. No plano administrativo, uma nova estrutura foi criada visando a modificar desde a forma de arrecadação de impostos até a convocação de soldados para as tropas militares. A burocracia estatal foi ampliada, trazendo com isso o aumento dos custos da máquina administrativa. Otávio Augusto (27 a.c. 14 d.c.) foi o primeiro imperador de Roma. Na sua administração, preocupou-se com as obras públicas, sendo de sua época grande parte das majestosas construções que fizeram de Roma a "Cidade Eterna". Para cuidar da segurança imperial, foi criada a "Guarda Pretoriana", cuja função mais importante era a de proteger o imperador e a capital do Império. Otávio Augusto, buscando adquirir o apoio popular, promovia a distribuição de trigo e a organização de espetáculos públicos de circo ("Política de Pão e Circo"). Durante seu governo, nasceu Jesus Cristo (Belém Judéia), o criador da nova religião (cristianismo), que lentamente foi ganhando seguidores em todo vasto Império Romano. Em termos culturais, o período de Otávio Augusto ficou conhecido como "século de ouro" da literatura latina, fruto do seu ministro Mecenas, que, por seu grande interesse pelas artes, protegeu escritores como Virgílio e Horácio. 23

24 O Alto Império foi marcado por diversas dinastias. Após o ano 14 da era cristã, com a morte de Otávio Augusto, passou a governar até o ano 68 a dinastia Júlio Claudiana, seguida pela dinastia Flaviana (até o ano 96) e pela dinastia dos Antoninos (até o ano de 192). A última dinastia, a dos Severos, marcou o período de 193 a 235, sendo o último conjunto de famílias a governar o Império. Podemos dizer, genericamente, que os sucessores de Otávio Augusto não conseguiram manter as estruturas do governo por ele implantadas, o que, lentamente, foi minando as bases do modo de produção escravista. Além da gradual desestruturação da base material e de produção do Império, o descontrole político gerado pelas disputas palacianas e sucessórias levaram o Império à decadência político-administrativa. São exemplos marcantes dessa situação os governos dos imperadores Tibério (14 37), Calígula (37 41) e Nero (54 68). Com a dinastia dos Antoninos, Roma retomou a uma relativa estabilidade, pois imperadores como Trajano e Marco Aurélio, com boas administrações, diminuíram momentaneamente as dificuldades imperiais. Mas, por volta do final do Alto Império (século III), começaram a se estabelecer os fatores culturais e estruturais que colocariam fim ao escravismo e ao mundo romano. O período do Baixo Império (séculos III V) foi caracterizado pela decadência, pelas crises endógenas e exógenas, e pela anarquia político-militar, decorrentes da retração das conquistas, o que desarticulou a economia romana, baseada nas províncias e no escravismo. Nessa fase, alguns imperadores tentaram controlar as crises, como: Diocleciano, Constantino e Teodósio. Diocleciano ( ) começou a combater a crise através de várias reformas. No plano político, tentou melhorar a administração e evitar as crises sucessórias com a implantação da tetrarquia (2 césares e 2 augustus). O poder político passou a ser considerado de origem divina. A sociedade tornou-se mais rígida e hierarquizada, dividida em camadas (claríssimos, perfeitíssimos, curiais e humilitores). Na economia, Diocleciano tentou conter a alta dos preços (inflação), estabelecendo um preço máximo para os produtos e salários ("Édito Máximo"). Constantino ( ) por meio do "Édito de Milão", concedeu liberdade de culto aos cristãos, pois já representavam uma parcela numerosa e influente da população imperial romana. Tentou também dinamizar a produção agrícola, a fim de superar as crises de falta de mão-de-obra através da fixação do colono à terra (colonato). Outra medida administrativa importante foi a fundação de Constantinopla, que, situada na parte oriental do Império, seria com o tempo a segunda capital do Império. Teodósio ( ) ficou conhecido na história do império pela oficialização do cristianismo (395) e divisão do Império Romano em duas partes: o do Ocidente (capital Roma) e o do Oriente (capital Constantinopla). 24

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