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6000% 5000% 4000% 3000% 2000% 1000% Calculado até 30/04/10. Performance em R$ 50,00% 45,00% 40,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00%


200% 150% 100% 50% -50% jun-05. Calculado até 31/07/09 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00%

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Transcrição:

CSHG Asset Management Comentários do gestor CSHG Unique Long Bias FIC FIA Novembro de 2013 Em novembro, o fundo CSHG Unique Long Bias FIC FIA teve um retorno de 0,04%. No ano, o fundo acumulou retorno de 17,68%. BR163: onde passa um boi, passa uma boiada Como nossos clientes sabem, nosso DNA de gestão é de realmente correr atrás de todas as informações que possam nos ajudar a tomar uma decisão correta de investimento de longo prazo. Não importa o quão longe tenhamos de ir. Para entendermos do mercado de commodities, por exemplo, sempre vamos à China para coletar informações com os maiores compradores do mundo. Dessa vez não fomos tão longe, mas nem por isso deixou de ser um grande desafio. Percorremos quase 2000 km da BR163 nos Estados do Mato Grosso e Pará, para compreendermos melhor qual será o futuro da logística de commodities agrícolas no Brasil. O que vimos nos surpreendeu e, por incrível que pareça, pelo lado positivo. Ainda há muito o que fazer para que realmente possamos chamar a BR163 (e a hidrovia do Tapajós) de corredor logístico : há, por exemplo, várias pontes recémconstruídas, onde a estrada nem é asfaltada, e vários trechos de estrada asfaltada sem pontes. Porém, a situação geral da rodovia é suficientemente boa para que o espírito empreendedor do produtor rural e das tradings faça com que esse corredor se torne realidade antes do que prevíamos. Acreditamos que estamos no início de uma revolução no transporte agrícola brasileiro que, após ser iniciada, não terá mais volta. Isso causará impacto sobre vários setores da bolsa, como veremos abaixo. Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros; fundos de investimento não são garantidos pelo administrador do fundo, gestor da carteira, por qualquer mecanismo de seguro, ou ainda, pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC); ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento, antes de efetuar qualquer decisão de investimento. Este boletim tem caráter meramente informativo, não podendo ser distribuído, reproduzido ou copiado sem a expressa concordância da Credit Suisse HedgingGriffo. A Credit Suisse Hedging Griffo não se responsabiliza por erros de avaliação ou omissões. Os investidores têm de tomar suas próprias decisões de investimento. Este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em perdas patrimoniais para seus quotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a consequente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo. A liquidação financeira e a conversão dos pedidos de resgate deste fundo ocorrem em data diversa do respectivo pedido. Para mais informações acerca das taxas de administração, cotização e públicoalvo de cada um dos fundos, consulte os prospectos e os regulamentos disponíveis no site www.cshg.com.br. Atendimento a Clientes Credit Suisse HedgingGriffo DDG: 0800 558 777 www.cshg.com.br/contato. Ouvidoria Credit Suisse HedgingGriffo DDG: 0800 772 0100 www.cshg.com.br/ouvidoria

O que é a BR163? A BR163 é uma rodovia federal que corta o Brasil de Norte a Sul. Tem quase 3500 km de extensão, desde Tenente Portela, no Rio Grande do Sul, até Santarém, no Pará. Passa por algumas das mais importantes regiões produtoras de grãos do País. Em nossa viagem, percorremos o trecho norte da rodovia, saindo de Cuiabá e indo até Santarém (esse trecho é conhecido como CuiabáSantarém ). Foram cerca de 2000 km de viagem. BR163: 2000km percorridos no estado do Mato Grosso e Pará RR AP AC AM Miritituba Rio Tapajós RO Vila do Conde Santarém Itaituba MA PA TO MT PI BA CE RN PB PE AL SE Cuiabá GO DF MS BR163 PR SC Ten. Portela RS SP MG RJ ES Fonte: CSHG Relatório de gestão CSHG Unique Long Bias FIC FIA 2

Na altura da cidade de Itaituba, 360 km antes de chegar a Santarém (sentido sul norte), a BR 163 encontra o rio Tapajós, que tem ótima navegabilidade. É na cidade de Itaituba, mais precisamente no distrito de Miritituba, que está acontecendo uma das principais revoluções na logística do agronegócio. Várias tradings e empresas de logística estão criando lá terminais de transbordo, para que a carga de grãos oriunda do Mato Grosso e trazida de caminhão seja transferida para barcaças e transportada até os portos do litoral do Pará Vila do Conde é um dos portos mais promissores. Os grãos serão transportados desses portos até a China via Canal do Panamá ou Europa. A Bunge é a empresa mais adiantada na construção de seu terminal de transbordo, que já deve estar em operação para a próxima safra. Não é um investimento pequeno: entre o terminal de transbordo, o terminal portuário em Vila do Conde e as barcaças, a Bunge pretende investir cerca R$ 800 milhões. Só isso já é um claro sinal da confiança na nova rota logística e de que ela se tornará realidade. Terminal de transbordo da Bunge, em construção no distrito de Miritituba, em Itaituba (PA) Fonte: Aprosoja Um pouco mais ao norte, em Santarém, a Cargill possui um terminal de grãos que já está em operação desde 2003. Apesar da distância rodoviária mais longa, Santarém permite a embarcação direta em navios de longa distância, o que elimina a necessidade do transporte por barcaças e de um transbordo adicional. Por outro lado, a profundidade do canal é menor do que no litoral do Pará, e isso reduz o tamanho potencial dos navios para quase a metade. Relatório de gestão CSHG Unique Long Bias FIC FIA 3

Terminal de grãos da Cargill em Santarém (PA) Porto de Miritituba Rio Tapajós Fonte: Aprosoja Além da Cargill e da Bunge, outras empresas têm planos concretos para a região. A própria Cargill pretende também construir um terminal de transbordo em Miritituba e, para tanto, já comprou uma área na região. A Aprosoja estima que, apenas em Miritituba, haja potencial para 16 milhões de toneladas de capacidade de transbordo. Também há uma série de outros projetos em andamento em Santarenzinho, que fica um pouco ao norte de Miritituba. CDP 8 Capacidade do Porto de Miritituba (milhões/t) Bunge HBSA Unirios Cargill 4 4 2 3 Rio Tapajós Cargill Unirios HBSA Bunge CDP Miritituba (Pará) Fonte: CSHG Por que a BR163 (CuiabáSantarém) é importante? Porque é uma nova opção de escoamento da produção agrícola, principalmente dos grãos produzidos no Mato Grosso. Hoje o Mato Grosso representa cerca de 25% da produção de grãos brasileira, o que totaliza 45 milhões de toneladas (mt) 23 mt de soja e 22 mt de milho. Cerca de 50% desse volume é exportado. Grande parte da exportação dos grãos do MT é escoada pelos portos do Sul e Sudeste, principalmente pelo Porto de Santos. São exportados 16 milhões de toneladas de grãos do MT Relatório de gestão CSHG Unique Long Bias FIC FIA 4

pelos portos de Santos, Paranaguá e São Francisco do Sul. Só o Porto de Santos representa 63% das exportações de grãos do MT. As opções de transporte para os grãos do MT são as rodovias (55% do total) e as ferrovias (45% do total). Apesar de terem potencialmente um custo muito menor do que o do modal rodoviário, as ferrovias cobram hoje um preço muito similar ao do transporte rodoviário. Como não há competição no modal ferroviário e sua capacidade é limitada, não há razão para a ferrovia baixar preços. E essa é uma das principais frustrações e reclamações do agricultor brasileiro e das tradings. Impacto do frete sobre o custo de produção do MT (por exemplo: Sorriso, MT) Média Sorriso (R$/sc) Frete/sc (R$) 33,1 Impacto (%) 27,2 25,3 27,6 57,54 24,1 38,74 39,15 39,31 21,4 45,43 33,52 9,83 10,66 11,12 10,86 12,33 15,46 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte: Aprosoja A opção da saída pelo Norte via BR163 se tornou uma grande esperança de queda no custo do frete de grãos no MT. Apenas para citar um exemplo do potencial de redução de custos: o trecho rodoviário entre Sorriso (MT) um dos principais polos de produção de grãos do Estado e Santos (SP) é de 1939 km, enquanto o trecho SorrisoItaituba tem cerca de 1060 km. Depois, somandose o trecho por hidrovia, são 4 mil km a menos até Roterdã. A região de Sorriso produz, sozinha, mais de 2 milhões de toneladas de grãos, que poderiam ser direcionadas para os portos do norte. A diferença de preço pode ser bastante relevante. Hoje o frete do norte do MT até o Porto de Santos chega a custar US$ 130 por tonelada. Algumas estimativas das tradings indicam que o frete de Sorriso até Vila do Conde (via BR163 e hidrovia do Tapajós) poderia ser cerca de 20% mais baixo. A Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) do Mato Grosso prevê que, já na próxima safra, cerca de 3 mt de grãos serão transportadas via BR163. A maior parte disso iria para o terminal de transbordo da Bunge, em Miritituba (cerca de 2,2 mt); e o restante, para o terminal da Cargill, em Santarém (cerca de 800 mil t). Além de termos visto in loco que a estrada tem condições de transporte, há um simples fato que nos faz crer que esse número é factível: quem afirma ser possível transportar 3 mt já na safra 2013/14 não é o governo, mas sim a associação de produtores, que tem todas as razões do mundo para ser conservadora em suas estimativas, já que o interesse deles consiste em defender o agricultor. Em relação às duas safras seguintes, a Aprosoja é ainda mais otimista e eleva os números para 6 mt em 2014/15 e 12 mt em 2015/16. Outro sinal da futura importância da BR163 como um todo foi o leilão do trecho do MT (Itiquira Sinop), realizado no dia 27 e vencido pela Odebrecht com deságio de 52% no pedágio. Esse trecho é importante para a saída dos grãos tanto pelo sul quanto pelo norte. Relatório de gestão CSHG Unique Long Bias FIC FIA 5

Por que um gestor de ações deveria conhecer a BR163? A BR163 tem um potencial muito grande para mudar a rota logística da produção agrícola brasileira. Há uma série grande de empresas importantes na bolsa brasileira que podem ser afetadas por esse tipo de mudança tão relevante: Os produtores agrícolas podem ter uma redução significativa nos custos de frete e podem ver parte de suas propriedades agrícolas próximas à rodovia sofrer uma valorização quase automática. Além disso, surgem novas oportunidades de expansão agrícola, mas ainda não está muito claro quem ganharia o benefício de frete: se o diferencial de frete for todo capturado pela trading, o impacto para o produtor agrícola poderá ser nulo. As empresas transportadoras de commodities agrícolas (rodoviárias e ferroviárias) podem sofrer um impacto relevante em seu volume transportado à medida que a rota se desenvolver. Esse impacto pode se dar sobre o volume e/ou o preço do frete. As concessionárias de rodovias no Sul e no Sudeste podem ver parte de seu tráfego de veículos pesados migrando para outras regiões. A demanda por caminhões pode ser afetada, já que rota rodoviária é mais curta, e parte do transporte também será feita por hidrovias. Alguns portos do Sul e do Sudeste podem ter parte de sua carga de commodities migrando para os portos da Região Norte. Isso pode aliviar o gargalo logístico dos portos de Santos e Paranaguá. Qual é o status atual das obras? Melhor do que esperávamos. No trecho que percorremos no Mato Grosso, de Cuiabá até a divisa com o Pará, a pavimentação é de 100%. No Pará a situação é pior, mas não chega a ser desesperadora. Quem administra o projeto da BR163 no Pará é o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão do governo federal. Dez consórcios de construtores e dois batalhões de engenharia do Exército conduzem as obras. Como podemos ver no mapa, a situação de cada trecho é bastante diferente em termos de andamento e qualidade da obra. Algumas construtoras estão bastante adiantadas na pavimentação e sinalização de seus trechos, enquanto outras ainda não pavimentaram praticamente nada. Algumas das construtoras passam por dificuldades financeiras, e, eventualmente, alguns lotes podem ter de ser relicitados. Relatório de gestão CSHG Unique Long Bias FIC FIA 6

BR163 Status das Obras Fonte: Aprosoja Felizmente, como mostra o mapa, boa parte da rodovia (cerca de 700 km) no trecho paraense já está pavimentada. Mas ainda há uns 300 km sem pavimentação. Vimos que a maior parte desse trecho sem pavimentação é totalmente transitável, mas há alguns pequenos trechos que tornam o trânsito pesado de caminhões quase inviável nos meses de chuva. Porém, como dissemos, são trechos pequenos que poderiam ser rapidamente consertados antes do início do transporte da próxima safra. Além disso, metade do trecho não pavimentado fica entre Itaituba e Santarém. Assim, seria necessário pavimentar apenas 150 km, para que a ligação entre o MT e o rio Tapajós estivesse em boas condições para o transporte intensivo de grãos. Basta asfaltar, e o problema está resolvido? Não. A BR163 é só uma parte da solução. Ter uma grande capacidade de transbordo no Tapajós e ter grandes terminais portuários no litoral do Pará são outros potenciais gargalos para o escoamento dos grãos. Relatório de gestão CSHG Unique Long Bias FIC FIA 7

O transbordo parece estar bem encaminhado. Como mostramos anteriormente, há vários projetos sendo conduzidos em Miritituba, e isso não deve ser um gargalo. Outro potencial gargalo seria a capacidade de escoamento nos portos marítimos do Pará. Entretanto, acreditamos que esses projetos também estão sendo bem conduzidos. Além disso, já esperamos que haja capacidade instalada suficiente para escoar os grãos vindos da BR163 na próxima safra. Há projetos em andamento da Bunge e da ADM em Vila do Conde, os quais já entrariam em operação em 2013 além de vários outros projetos para os anos seguintes. Projeção de capacidade dos terminais marítimos de grãos do Pará (em milhões de toneladas) 2013 2014 2.0 5.0 2015 4.5 2.0 8.5 2016 5.0 9.5 15.5 2020 6.5 18.5 6.0 3.5 3.5 27.5 Santarém Cargill CPD Belém CDP III Vila do Conde Bunge ADM HBSA CDP II Via Norte TOTAL Fonte: Atap O que podemos esperar daqui em diante? A safra 2013/14 será a primeira em que uma quantidade relevante de grãos será transportada para os portos do Pará. Existe ainda uma grande desconfiança de todo o mercado quanto à capacidade da rodovia, em seu estado atual, para suportar o tráfego de caminhões pesados, necessário para transportar 3 mt de grãos. Pelo que vimos, acreditamos que sim. Porém, não sabemos ainda como será a evolução nos anos seguintes. Para que a rota continue crescendo, uma série de importantes investimentos precisa ser levada adiante tanto na rodovia quanto nos terminais de transbordo e nos portos do Pará. Entretanto, em nossa opinião, esse primeiro movimento em direção ao norte é muito positivo para a logística de grãos. Da mesma forma que os portos de Santos e Paranaguá sempre trabalham no limite mas, por fim, as empresas conseguem transportar toda a safra de grãos brasileira, o mesmo deve ocorrer na nova rota. É só uma questão de começar. Gratos pela confiança. Relatório de gestão CSHG Unique Long Bias FIC FIA 8

CSHG UNIQUE LONG BIAS FIC FIA Relatório Gerencial 29/11/2013 Objetivo Fundo de investimento em cotas de fundos de investimento em ações que tem como objetivo investir, preponderantemente, no mercado de ações, buscando retorno absoluto no longo prazo. Público Alvo Fundo destinado exclusivamente a aplicações de investidores qualificados, nos termos da regulamentação em vigor. Classificação Anbima: Ações Livre Admite Alavancagem: Sim Gestor: Credit Suisse HedgingGriffo Asset Management S.A Administrador: Credit Suisse HedgingGriffo Corretora De Valores S.A. Características CSHG UNIQUE LONG BIAS FIC FIA x IPCA + 6% Data de início 18/12/2012 25% Aplicação Mínima: 50,000.00 Fundo IPCA + 6% 20% Saldo Mínimo: 50,000.00 Movimentação Mínima: 5,000.00 15% Cota: Cota aplicação: Fechamento D+1 10% Cota resgate: Liquidação resgate: Taxa de saída antecipada: Taxa de administração: Taxa de performance: D+29 D+32 10,00% sobre os valores líquidos resgatados 2,00% a.a 20% que exceder 100% do IPCA+6%aa 5% 0% dez12 jan13 jan13 fev13 mar13 abr13 abr13 mai13 jun13 jun13 jul13 ago13 ago13 set13 out13 out13 nov13 Este fundo está fechado para novas aplicações. Calculado até 29/11/2013 Performance Fundo IPCA + 6% Volatilidade anualizada (Desvio padrão média 40 dias) Retorno anualizado Desvio padrão anualizado ** Índice de sharpe ** 20.88% 7.20% 1.82 12.02% 0.18% 12.0% 10.0% Fundo IPCA + 6% Rentabilidade em 12 meses N/A N/A 8.0% Número de meses positivos Número de meses negativos 10 1 11 6.0% Número de meses acima de 100% do IPCA + 6% 9 % Número de meses abaixo de 100% do IPCA + 6% Maior rentabilidade mensal 2 4.12% 1.42% 2.0% Menor rentabilidade mensal Patrimônio líquido R$ Patrimônio médio em 12 meses *** R$ 3.42% 0.64% 328,795,746.74 142,078,649.92 0.0% fev13 mar13 mar13 abr13 abr13 abr13 mai13 mai13 jun13 jun13 jul13 jul13 ago13 ago13 set13 set13 set13 out13 out13 nov13 nov13 ** Calculado desde 18/12/2012 até 29/11/2013 *** Ou desde a sua constituição, se mais recente. Rentabilidades (%) * 2012 2013 Jan Fev Mar Abr Mai 4.12 9 1.93 1.15 1.59 3.42 1.55 1.38 2.05 3.13 Rentabilidade líquida de administração e performance e bruta de impostos. Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 0.04 1.87 Ano 1.87 17.68 IPCA + 6% 0.52 10.89 Acum. Fdo. 1.87 19.88 Acum. IPCA + 6% 0.52 11.46 * Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros; Fundos de Investimento não são garantidos pelo administrador do fundo, gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro, ou ainda, do fundo garantidor de crédito (fgc); Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e o regulamento do fundo de investimento antes de efetuar qualquer decisão de investimento. Caso o índice comparativo de rentabilidade utilizado neste material, não seja o parâmetro objetivo do fundo (benchmark oficial), tal indicador é meramente utilizado como referência econômica. Para obter informações sobre o uso de derivativos, conversão de cotas, objetivo e público alvo, consulte o prospecto e o regulamento do fundo. Verifique a data de início das atividades deste fundo. Para avaliação da performance de fundos de investimento, é recomendável uma análise de, no mínimo, 12 meses. Verifique se este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em perdas patrimoniais para seus quotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a conseqüente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo.verifiquese este fundo está autorizado a realizar aplicações em ativos financeiros no exterior. Este fundo pode estar exposto a significativa concentração em ativos de renda variável de poucos emissores. Para fundos que perseguem a manutenção de uma carteira de longo prazo, não há garantia de que o fundo terá o tratamento tributário para fundos de longo prazo. Verifique se a liquidação financeira e conversão dos pedidos de resgate deste fundo ocorrem em data diversa do respectivo pedido. A partir de 02/05/2008, todos os fundos de investimento que utilizam ativos de renda variável em suas carteiras deixam de apurar sua rentabilidade com base na cotação média das ações e passam a fazêlo com base na cotação de fechamento destes ativos. Desta forma comparações de rentabilidade destes fundos com índices de ações devem utilizar, para períodos anteriores a 02/05/2008, a cotação média destes índices e, para períodos posteriores a esta data, a cotação de fechamento. Ouvidoria Credit Suisse HedgingGriffo 0800 77 20 100 ou www.cshg.com.br/ouvidoria. A presente Instituição aderiu ao Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para os Fundos de Investimento. Sistema: INFINITE Report ID: D166126865E20CB0A472C9B1B8EE5DCA