Desafio estrutural para P&D no Brasil: pesquisa na empresa Apoio estatal para P&D em empresas Carlos H. de Brito Cruz Diretor Científico Fapesp Poucos cientistas nas empresas 23% dos cientistas no Brasil trabalham em empresas Brasil: < 20.000, < 23% do total de cientistas Coréia: 94.000, 54% do total de cientistas USA: 790.000, 80% do total de cientistas Limitação na conversão de conhecimento em riqueza Ciência forte/tecnologia nem tanto 18.000 artigos científicos x 120 patentes Mas há um estoque acadêmico relevante 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 1 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 2 Ambiente de Inovação Políticas continuadas Pesquisa industrial; na agenda (1999), Fundos Setoriais (2000), II Conferência Nacional C&T&I (2001), Lei de Inovação apresentada ao Congresso (2002) Lei da Inovação: Lei 10.937/2004 Pesquisa colaborativa entre Universidade e Empresa Propriedade Intelectual acadêmica Apoio à P&D industrial Incentivos fiscais, encomendas tecnológicas, subvenção Mais: Política Industrial e Tecnológica (PITCE) Setores focais e articulação Mais: iniciativas estaduais SP: parques tecnológicos, PIPE e PITE Fapesp,... Governo Ambiente Infraestrutura Coordenação Universidades Educação Idéias Empresas Idéias Produção Coordenação entre atores 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 3 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 4 Mais P&D na empresa Aumentar o esforço de P&D empresarial no Brasil mais esforço próprio centros de P&D na indústria cientistas na empresa (indústria e serviços) mais interação com a universidade Limites: diferentes missões e culturas universidade não pode substituir a empresa Políticas Públicas para Inovação Foco das Políticas para Inovação precisa ser a Empresa e não a Universidade ou Institutos de Pesquisa Interação Universidade-Empresa é somente parte menor da estratégia Foco deve ser mais P&D na empresa Inovação nasce na Empresa 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 5 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 6
Support for business R&D Tax incentives Law 11.196/2005, chapter III Tax incentives Subvention Subsidized loans and participations Funding for university-business cooperative R&D Special programs in the State of São Paulo Accelerated depreciation 2x Income Tax return Deduction as operational expense Internal R&D expenses Payments to small business for contract R&D Payments to universities for contract R&D Additional deduction of up to 80% according to number of hired scientists Additional deduction of 20% if a patent is obtained Automatic acess to benefits no pre-submission 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 7 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 8 Subvention Law 11.196/2005, Chapter III Subvention Calls for Proposals FINEP Approx. 400 MR$/yr since 2006 Biotech and Health (2008:30%; 2007: 20%) Subvention by federal agencies for hiring scientists MSc s and PhD s 40% of salary and benefits 60% of salary and benefits in Ne and Amazon BNDES Subsidized loans for R&D BNDES national development bank Innovation Program launched Feb, 2006 PDI Prgm for Innovation Development 6% interest rate + 0.8-1.8% spread 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 9 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 10 Support for Cooperative R&D Fapesp (State of São Paulo) Partnership funding University - enterprise 20% to 70% of R&D costs covered Sectoral Funds (Federal government) R$ 1 billion / year Telecom, IT, Materials, Oil, Aeronautics, Space, Health, Mining, Water, Transportation, General Tech Parceria para Inovação Tecnológica: PITE Parceria universidades/institutos - empresas pesquisa desenvolvida em parceria Fapesp financia a pesquisa na universidae/instituto a fundo perdido - 20 a 70% empresa aporta contrapartida Apresentação de propostas PITE Demanda espontânea (desde 1995) PITE Convênio (desde 2006) 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 11 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 12
FAPESP: Ações indutoras em Saúde 4 Centros de Pesquisa Inovação e Difusão (CEPID) Toxinologia, Terapia Celular. Genoma Humano, Biologia Molecular Estrutural Genoma Humano do Câncer (1999-2004) 1,2 milhões de seqüências de genes de tumores mais freqüentes no Brasil (mama, cabeça e pescoço, cólon, estômago, pulmão, próstata e outros) Genoma Clínico do Câncer (2005-2009) Coleta tecidos, expressão gênica, tumores ósteo-hematopoiéticos, tumores gastrointestinais, tumores neurológicos, tumores de cabeça e pescoço, busca de novas formas de diagnóstico Rede de Diversidade Genética de Vírus (2000 - ) HIV-1 (AIDS), HCV (hepatite C); Hantavirus (síndrome pulmonar) e o VRS (vírus respiratório sincicial), Programa CINAPCE (2006- ) Convênio FAPESP, MS, CNPq PPSUS 56 + 18 projetos, R$ 8,3 + 6 milhões Programas PITE, PIPE, PPP e PAPI, 1997 a 2008 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 13 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 14 Genoma Humano do Câncer Instituto Ludwig e Hospital do Câncer 47 projetos; R$ 23 milhões 1,2 milhões de seqüências de genes de tumores mais freqüentes no Brasil (mama, cabeça e pescoço, cólon, estômago, pulmão, próstata e outros) Juntamente com os dados originados do NCI nos EUA, constituem as duas mais importantes contribuições à base de dados de ESTs humanos Pesquisa Inovativa na Pequena Empresa - PIPE Pesquisa na pequena empresa potencial de retorno comercial aumento da competitividade da empresa estimular a criação de cultura de inovação permanente Condições não se exige contrapartida até R$ 500.000 por projeto pesquisador principal deve ser vinculado à empresa 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 15 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 16 PIPE: 1.281 projetos contratados desde 1997 Município(*) Quantidade São Paulo 347 Campinas 220 São Carlos 201 S.J. dos Campos 83 Ribeirão Preto 42 Outros 388 Total 1281 Fonte: Crab e Sage (*) Foram incluídos projetos aprovados p/ a Fase I e direto p/ a Fase II Mais de 2 por semana desde 1998 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 17 Avaliação de impactos do PIPE Projeto especial liderado pelo DPCT Unicamp (Prof. Sérgio Salles) Avaliar o programa e não cada projeto Cada projeto é avaliado pelo sistema tradicional de acopanhamento da FAPESP 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 18
Avaliação do PIPE: as empresas O PIPE é um programa que tem financiado empresas: de pequeno porte (faturamento total médio em torno de R$ 6,3 milhões e mediano de R$ 562 mil em 2007) relativamente novas (em média com 6 anos de vida) de base tecnológica (todas têm P&D interno) para fomentar o desenvolvimento de novos produtos, processos e softwares (60% dos projetos alcançaram inovações) A taxa de mortalidade das empresas PIPE após o termino do projeto é de 8% muito abaixo dos 70% apontados pelo SEBRAE para EBTs no Brasil taxa é maior para empresas que foram criadas para submeterem projetos ao PIPE (22%) Avaliação do PIPE: os pesquisadores Os coordenadores dos projetos são: jovens profissionais na faixa dos 43 anos (média) cerca de 13 anos de experiência Metade tem doutorado; ¾ pós-graduação stricto sensu Em sua grande maioria (mais de 80%) os coordenadores não têm origem na empresa que submeteu a proposta: 40% deles vêm de outras empresas e outros 40% do setor público 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 19 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 20 Avaliação do PIPE: similaridades com caso SBIR (EUA) A maioria dos números encontrados na avaliação do PIPE é bastante similar aos apresentados nas avaliações do SBIR (EUA): Os projetos que geraram faturamento decorrente do apoio PIPE são cerca de 40% Poucos projetos (menos 5%) que conseguem faixas maiores de faturamento R$ 20 a 25 milhões (PIPE) US$ 20 milhões (SBIR) entre ½ e ⅔ dos projetos não teriam sido desenvolvidos sem esse tipo de recurso alavancagem de recursos financeiros adicionais: no PIPE 52% e no SBIR 56% dos projetos 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 21 Avaliação do PIPE: deficit na exploração de PI e Venture Mas há diferenças PIPE-SBIR: Aporte de capital de risco - 12% de empresas do PIPE receberam contra cerca de 25% nos projetos financiados pelo SBIR (ainda que para os padrões brasileiros os 12% sejam notáveis) as taxas de exploração comercial de DPIs são menores: 4% no PIPE contra 16% no SBIR 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 22 Avaliação do PIPE: impacto econômico O cálculo dos impactos econômicos do PIPE apontou para um retorno de 11 vezes o valor investido pela FAPESP FAPESP = 1/ Empresa = 0,8 / Faturamento = 11 considerando o faturamento e os investimentos realizados (pela FAPESP e por outras fontes) esse programa tem se mostrado não só de alto retorno, como de retorno crescente. 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 23 Avaliação do PIPE: criação de inovação Em termos de capacidade de gerar inovações (novos produtos, processos, softwares em uso), os projetos mais inovadores foram aqueles com as seguintes características: Empresas originadas como spin offs de outras empresas Sem incubação prévia Com parceiros em organizações de pesquisa Coordenador é sócio e tem pós-graduação A empresa já estava em operação 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 24
Avaliação do PIPE: empregos gerados Avaliação do PIPE: principais conclusões O impacto no nível de emprego das empresas envolvidas foi expressivo: aumento de 40% na massa de recursos humanos (contratados, terceirizados e bolsistas) aumento de quase 30% no pessoal contratado diretamente que levou à ampliação, até um ano após o encerramento do projeto de 60% do pessoal de nível superior de mais de 90% do pessoal com pós-graduação Os números encontrados na avaliação são muito expressivos e podem, com medidas complementares, tornarem-se ainda mais expressivos: Obter apoio de outras fontes para a FASE 3 (FAPESP só pode apoiar Pesquisa) Recursos Subvenção FINEP Convênio FAPESP-FINEP 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 25 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 26 29/10/09, fapesp08-itecno-saude-20091029.pptx; C.H. Brito Cruz e Fapesp 27