Trabalho /9 TEORIA DO ALCANCE DE METAS: UTILIDADE DO CONCEITO DE AMBIENTE PARA ACESSIBILIDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA AO SERVIÇO DE SAÚDE

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Transcrição:

7158 Trabalho 2602-1/9 TEORIA DO ALCANCE DE METAS: UTILIDADE DO CONCEITO DE AMBIENTE PARA ACESSIBILIDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA AO SERVIÇO DE SAÚDE Resumo ARAGÃO, Antonia Eliana de Araújo PAGLIUCA, Lorita Marlena Freitag Introdução: Pessoas com deficiencia física possuem perda ou anormalidade de uma estrutura, função psicológica, fisiológica ou anatômica, temporária ou permanente, assim como, as anomalias, defeitos, perdas de membros ou de órgãos, tecidos ou quaisquer estruturas do corpo 1. Por isso, em seu cotidiano, experienciam dificuldades de acessibilidade. Cabe aos profissionais de saúde estudar os ambientes físicos. Muitos ambientes continuam inacessíveis. É importante lembrar que a maioria das pessoas, vive como partes de um grupo, aprendem maneiras de superar suas necessidades básicas por meio, das interações, como membros do grupo com o qual convivem. Através de percepções do ambiente, as pessoas se ocupam de interações múltiplas com os membros familiares e amigos. Algumas destas interações conduzem a transações, as quais são definidas como interações propositadas que conduzem ao alcance de metas 1. Objetivo: Criar significado conceitual de ambiente para as pessoas com deficiência física, segundo a teoria de Alcance de Metas². Metodologia: Estudo bibliográfico, descritivo, a cerca de artigos nacionais de enfermagem com abordagem da utilidade da Teoria do Alcance de Metas. Realizado por meio de busca on-line no banco de dados BDENF, por meio do descritor Teoria de Enfermagem. A busca foi realizada dia dois de outubro de 2007. O segundo passo foi a leitura dos resumos encontrados, com vistas a identificar a utilidade da Teoria de King em pessoas com deficiencia física. Resultados. As buscas on-line apresentaram 295 artigos. Ao refinar com a palavra King surgiram 33 publicações: dose dissertações, e vinte e um artigos, dos quais, quatro estavam repetidos. Desta forma, totalizaram dezessete artigos publicados em revistas nacionais de enfermagem a cerca da teoria de King. O período de publicação encontrado foi de 1999 a 2005, dos quais três foram publicados em 1999, dois em 2000, um em 2001, quatro em

7159 Trabalho 2602-2/9 2002, dois em 2003, dois em 2004 e três em 2005. Porém, as temáticas abordadas não contemplam as pessoas com deficiencia física ou outros tipos de deficiencia. Pois, os artigos encontrados abordaram os temas: como por exemplo, processo de enfermagem aplicado a cliente com câncer de mama: estudo de caso embasado no Referencial Teórico de Imogene King; Utilização da Teoria de King na facilitação de adesão ao tratamento da hipertensão; os diagnósticos de enfermagem da taxonomia da NANDA em mulheres com filho prematuro hospitalizado e o sistema conceitual de King. Diante do exposto, os estudos não contemplaram as pessoas com deficiência física ou outros tipos de deficiencia. Tais resultados requerem reflexões no meio acadêmico. Pois, os profissionais de enfermagem tem muito a contribuir com esta parcela da sociedade, principalmente por meio do processo de ensino-aprendizagem, como estratégia para transformar as pessoas com deficiencia em sujeitos ativos do seu processo de viver, e assim, resgatar a cidadania. O enfermeiro pode contribuir também, para o fortalecimento das pessoas com deficiencia física, nos enfrentamentos e desafios emergentes, caracterizados pela discriminação que muitas vezes começa dentro de casa, por meio medidas protecionistas 4. Dessa maneira, tais reflexões conduzem à necessidade de que a enfermagem proporcione atenção às famílias, comunidades e sociedade. Porém, compreendem-se que os esforços profissionais não devem ser individuais. Os mesmos envolvem complexidade e compromisso do poder público, dos gestores em geral, dos acadêmicos de enfermagem os quais se propõem a prestar assistência integral as pessoas independente das condições que estes se apresentem. Dessa maneira os profissionais deverão despertar para a impotancia dos cuidados ambientais, desenvolver novo olhar, com vistas a contemplar as estruturas físicas dos ambientes de saúde como por exemplo: as rampas, escadarias, portas cuja largura livre deve ser de 0,80m do tipo vai-e-vem, ter visor com largura mínima de 0,20m, com a face inferior situada entre 0,40m e 0,90m do piso e face superior no mínimo a 1,50m. Quanto ao piso deve possuir superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer condição climática. As áreas de circulação devem ser dimensionadas, assegurando-se uma faixa de circulação livre de obstáculos. Sempre que houver mudança de inclinação ou de plano 5. As normas estabelecidas pela ABNT preconizam ainda que os balcões de atendimento devam permitir aproximação frontal pelo menos

7160 Trabalho 2602-3/9 para uma cadeira de rodas. É preciso haver no mínimo 5% dos telefones instalados pela concessionária, por tipo, ou seja, local e DDD. Assim, sempre que houver um conjunto de telefones de uso público, pelo menos um dele deve atender a estas exigências legais. Portanto, trabalhar a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência física aos serviços de saúde envolve os conceitos de saúde, ambiente e enfermagem. Desta forma, cada conceito apresenta sua especificidade. Saúde é conceituada como ajuste contínuo a fatores de estresses no ambiente interno e externo, aperfeiçoa recursos pessoais para o alcance de potencial para a vida. Não se encontra um conceito claro de ambiente, embora este seja considerado como uma estrutura importante na teoria de KING. Quanto à enfermagem, enfermeira e paciente estabelecem uma relação de tolerância dos estados de saúde e ajuste das atividades de vida diária, conforme a necessidade. Torna-se um processo de ação, reação, interação e transação por meio do qual são fornecidas as informações sobre suas percepções e as do paciente. Convive com a realidade espacial e temporal das pessoas (KNG, 1981). Neste sentido, não há delimitação clara do espaço em que se desenvolve a teoria de King, se no hospital ou na atenção básica. Considerações Finais: Talvez estudos sobre a teoria de alcance de meta, a cerca das pessoas com deficiencia ainda não fluíram no meio acadêmico por falta de sensibilização de muitos profissionais de enfermagem. Pois, os mesmos ao longo do tempo, se encontram inseridos no modelo biomédico. Para que despertem, é necessário reflexões acerca da temática e a utilização de refernciais teóricos, como âncora para o conhecimento. Nesse sentido, defendem-se a necessidade de estudos utilizando a teoria de King na área da pessoa com deficiencia física, com vistas, ao direcionamento dessa teoria para os ambientes de saúde. O estudo não é suficiente para assegurar tais afirmações. Porém, é possível afirmar a inexistência de investigações científicas a cerca da aplicabilidade da Teoria de King com foco no espaço, enquanto ambiente da pessoas com deficiência física. Descritores: Deficiência física; Acesso ao serviço de saúde

7161 Trabalho 2602-4/9 Referências 1 AMIRALIAN, M. L. T.; PINTO, E. B.; GHIRARDI, M. I. G.; LICHTIG, I.; MASINI, E. F. S.; PASQUALIN, L. Conceituando deficiência. Rev. Saúde Pública vol. 34 n.1 São Paulo: p. 97-103. 2000. 2 KING, I.M. A Theory for Nursing: systems, concepts, process. Ney york: Wiley, 1981. 181 p. 3 SILVA, A. M. F. da.; HEIDEMANN, I. T. S. BUSS. Devolvendo a deficiência em busca da cidadania. Rev. Acta paul. Enferm, São Paulo, V. 15 N. 1, P. 79-89, 2000. 4 COHEN, R. Estratégias para a promoção dos direitos das pessoas portadoras de deficiência. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/def/artigo37.htm>. Acesso em: 25 nov. 2006. 5 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências e edificações, espaço, mobiliário e equipamento urbano. 1985. Disponível em:<http://www.aibr.com/det/sadet/acesso.htm>. Acesso em: 12 ago. 2003. 1 Aluna do Programa de Pó-Graduação da Universidade Federal do Ceará; e-mail: antoniaeliana@superig.com.br 2 Profa. Dra. Docente do Curso de Enfermagem da UFC. Pesquisadora do CNPQ

7162 Trabalho 2602-5/9 TEORIA DO ALCANCE DE METAS: UTILIDADE DO CONCEITO DE AMBIENTE PARA ACESSIBILIDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA AO SERVIÇO DE SAÚDE Resumo ARAGÃO, Antonia Eliana de Araújo PAGLIUCA, Lorita Marlena Freitag Introdução: Pessoas com deficiencia física possuem perda ou anormalidade de uma estrutura, função psicológica, fisiológica ou anatômica, temporária ou permanente, assim como, as anomalias, defeitos, perdas de membros ou de órgãos, tecidos ou quaisquer estruturas do corpo 1. Por isso, em seu cotidiano, experienciam dificuldades de acessibilidade. Cabe aos profissionais de saúde estudar os ambientes físicos. Muitos ambientes continuam inacessíveis. É importante lembrar que a maioria das pessoas, vive como partes de um grupo, aprendem maneiras de superar suas necessidades básicas por meio, das interações, como membros do grupo com o qual convivem. Através de percepções do ambiente, as pessoas se ocupam de interações múltiplas com os membros familiares e amigos. Algumas destas interações conduzem a transações, as quais são definidas como interações propositadas que conduzem ao alcance de metas 1. Objetivo: Criar significado conceitual de ambiente para as pessoas com deficiência física, segundo a teoria de Alcance de Metas². Metodologia: Estudo bibliográfico, descritivo, a cerca de artigos nacionais de enfermagem com abordagem da utilidade da Teoria do Alcance de Metas. Realizado por meio de busca on-line no banco de dados BDENF, por meio do descritor Teoria de Enfermagem. A busca foi realizada dia dois de outubro de 2007. O segundo passo foi a leitura dos resumos encontrados, com vistas a identificar a utilidade da Teoria de King em pessoas com deficiencia física. Resultados. As buscas on-line apresentaram 295 artigos. Ao refinar com a palavra King surgiram 33 publicações: dose dissertações, e vinte e um artigos, dos quais, quatro estavam repetidos. Desta forma, totalizaram dezessete artigos publicados em revistas nacionais de enfermagem a cerca da teoria de King. O período de publicação encontrado foi de 1999 a 2005, dos

7163 Trabalho 2602-6/9 quais três foram publicados em 1999, dois em 2000, um em 2001, quatro em 2002, dois em 2003, dois em 2004 e três em 2005. Porém, as temáticas abordadas não contemplam as pessoas com deficiencia física ou outros tipos de deficiencia. Pois, os artigos encontrados abordaram os temas: como por exemplo, processo de enfermagem aplicado a cliente com câncer de mama: estudo de caso embasado no Referencial Teórico de Imogene King; Utilização da Teoria de King na facilitação de adesão ao tratamento da hipertensão; os diagnósticos de enfermagem da taxonomia da NANDA em mulheres com filho prematuro hospitalizado e o sistema conceitual de King. Diante do exposto, os estudos não contemplaram as pessoas com deficiência física ou outros tipos de deficiencia. Tais resultados requerem reflexões no meio acadêmico. Pois, os profissionais de enfermagem tem muito a contribuir com esta parcela da sociedade, principalmente por meio do processo de ensino-aprendizagem, como estratégia para transformar as pessoas com deficiencia em sujeitos ativos do seu processo de viver, e assim, resgatar a cidadania. O enfermeiro pode contribuir também, para o fortalecimento das pessoas com deficiencia física, nos enfrentamentos e desafios emergentes, caracterizados pela discriminação que muitas vezes começa dentro de casa, por meio medidas protecionistas 4. Dessa maneira, tais reflexões conduzem à necessidade de que a enfermagem proporcione atenção às famílias, comunidades e sociedade. Porém, compreendem-se que os esforços profissionais não devem ser individuais. Os mesmos envolvem complexidade e compromisso do poder público, dos gestores em geral, dos acadêmicos de enfermagem os quais se propõem a prestar assistência integral as pessoas independente das condições que estes se apresentem. Dessa maneira os profissionais deverão despertar para a impotancia dos cuidados ambientais, desenvolver novo olhar, com vistas a contemplar as estruturas físicas dos ambientes de saúde como por exemplo: as rampas, escadarias, portas cuja largura livre deve ser de 0,80m do tipo vai-e-vem, ter visor com largura mínima de 0,20m, com a face inferior situada entre 0,40m e 0,90m do piso e face superior no mínimo a 1,50m. Quanto ao piso deve possuir superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer condição climática. As áreas de circulação devem ser dimensionadas, assegurando-se uma faixa de circulação livre de obstáculos. Sempre que houver mudança de inclinação ou de plano 5. As normas estabelecidas pela ABNT preconizam ainda

7164 Trabalho 2602-7/9 que os balcões de atendimento devam permitir aproximação frontal pelo menos para uma cadeira de rodas. É preciso haver no mínimo 5% dos telefones instalados pela concessionária, por tipo, ou seja, local e DDD. Assim, sempre que houver um conjunto de telefones de uso público, pelo menos um dele deve atender a estas exigências legais. Portanto, trabalhar a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência física aos serviços de saúde envolve os conceitos de saúde, ambiente e enfermagem. Desta forma, cada conceito apresenta sua especificidade. Saúde é conceituada como ajuste contínuo a fatores de estresses no ambiente interno e externo, aperfeiçoa recursos pessoais para o alcance de potencial para a vida. Não se encontra um conceito claro de ambiente, embora este seja considerado como uma estrutura importante na teoria de KING. Quanto à enfermagem, enfermeira e paciente estabelecem uma relação de tolerância dos estados de saúde e ajuste das atividades de vida diária, conforme a necessidade. Torna-se um processo de ação, reação, interação e transação por meio do qual são fornecidas as informações sobre suas percepções e as do paciente. Convive com a realidade espacial e temporal das pessoas (KNG, 1981). Neste sentido, não há delimitação clara do espaço em que se desenvolve a teoria de King, se no hospital ou na atenção básica. Considerações Finais: Talvez estudos sobre a teoria de alcance de meta, a cerca das pessoas com deficiencia ainda não fluíram no meio acadêmico por falta de sensibilização de muitos profissionais de enfermagem. Pois, os mesmos ao longo do tempo, se encontram inseridos no modelo biomédico. Para que despertem, é necessário reflexões acerca da temática e a utilização de refernciais teóricos, como âncora para o conhecimento. Nesse sentido, defendem-se a necessidade de estudos utilizando a teoria de King na área da pessoa com deficiencia física, com vistas, ao direcionamento dessa teoria para os ambientes de saúde. O estudo não é suficiente para assegurar tais afirmações. Porém, é possível afirmar a inexistência de investigações científicas a cerca da aplicabilidade da Teoria de King com foco no espaço, enquanto ambiente da pessoas com deficiência física. Descritores: Deficiência física; Acesso ao serviço de saúde

7165 Trabalho 2602-8/9 Referências 1 AMIRALIAN, M. L. T.; PINTO, E. B.; GHIRARDI, M. I. G.; LICHTIG, I.; MASINI, E. F. S.; PASQUALIN, L. Conceituando deficiência. Rev. Saúde Pública vol. 34 n.1 São Paulo: p. 97-103. 2000. 2 KING, I.M. A Theory for Nursing: systems, concepts, process. Ney york: Wiley, 1981. 181 p. 3 SILVA, A. M. F. da.; HEIDEMANN, I. T. S. BUSS. Devolvendo a deficiência em busca da cidadania. Rev. Acta paul. Enferm, São Paulo, V. 15 N. 1, P. 79-89, 2000. 4 COHEN, R. Estratégias para a promoção dos direitos das pessoas portadoras de deficiência. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/def/artigo37.htm>. Acesso em: 25 nov. 2006. 5 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências e edificações, espaço, mobiliário e equipamento urbano. 1985. Disponível em:<http://www.aibr.com/det/sadet/acesso.htm>. Acesso em: 12 ago. 2003. 1 Aluna do Programa de Pó-Graduação da Universidade Federal do Ceará; e-mail: antoniaeliana@superig.com.br

7166 Trabalho 2602-9/9 2 Profa. Dra. Docente do Curso de Enfermagem da UFC. Pesquisadora do CNPQ