Realização: Sinaenco Objetivos Alertar as autoridades e a sociedade sobre a urgência e a importância da adoção por parte dos órgãos públicos das três esferas de poder (federal, estaduais e municipais) de uma política permanente de manutenção, com destinação de recursos financeiros, humanos e tecnológicos para essa questão.
Justificativa A maioria das obras-de-arte (como pontes e viadutos, por exemplo), rodovias, ferrovias, hospitais e escolas públicas, hidrelétricas e linhas de transmissão, entre outras, foi projetada e construída na década de 1940, quando começam as grandes obras rodoviárias (vias Dutra e Anchieta, entre outras), siderúrgicas (CSN), hidrelétricas (Henry Borden, da década de 1930, e Ilha Solteira, do final da década de 1960). Nos estados e municípios, a situação é ainda pior, devido ao fato de que boa parte da infra-estrutura urbana das principais metrópoles foi executada no início do século 20 e, assim, está com seu prazo de validade vencido há alguns anos. As conseqüências, portanto, começam a ser sentidas com maior intensidade nas áreas centrais e mais antigas de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife, entre outras. O trabalho Os exemplos, escolhidos entre inúmeros outros possíveis, foram analisados, ou compilados, por engenheiros de empresas associadas ao Sinaenco, especialistas nas áreas abordadas. Os dados que disponibilizamos são, em sua maioria, de análises dos problemas aparentes desses bens públicos, decorrentes da falta de manutenção devido à ausência de uma política definida para essa área.
Pontes e Viadutos - Salvador 110 pontes, pontilhões e viadutos; 3 túneis; 12 mil m de comprimento e 120 mil m² de pontes, pontilhões e viadutos; 600 m de túneis. R$ 600 milhões. Viaduto de Nazaré - Localizado na av. Joana Angélica, sobre a av. Vale de Nazaré; construído em concreto protendido. Av. Joana Angélica Extensão: 50 m Inaugurado em 1969
Ferragens expostas e eflorescências mostram degradação do viaduto. Viaduto Marta Vasconcelos - Localizado na av. Vale de Nazaré, no Aquidabã, no acesso ao túnel Américo Simas, passa sobre o sistema viário do Aquidabã; estrutura em concreto protendido, com pista dupla. Av. Vale de Nazaré Extensão: 150 m Inaugurado em 1969
Vegetação surgindo da estrutura e buracos no pavimento revelam problemas a ser corrigidos. Túnel Américo Simas, que liga a Cidade Alta à Cidade Baixa, com quatro faixas de tráfego, passa por baixo do bairro de Santo Antônio e é o mais movimentado de Salvador.
Armaduras rompidas demonstram problemas sérios na estrutura do túnel. Falta de manutenção agrava danos estruturais, que exigem rápida atuação do poder público.
Viaduto dos Engenheiros, conjunto de quatro viadutos em concreto protendido, ligando a av. Vale do Bonoco à av. Vale de Nazaré. Liga a av. Vale do Bonoco à av. Vale de Nazaré Extensão: 600 m Inaugurado em 1969 Infiltração e umidade afetam a integridade da estrutura do viaduto.
Viaduto da Fonte Nova - Passa sobre a ligação da ladeira da Fonte Nova ao Vale do Bonoco, e tem estrutura em concreto armado. Fonte Nova Extensão: 20 m Inaugurado em 1969 Rachaduras denotam problemas estruturais no encontro da viga com o pilar.
No detalhe, os problemas causados por rachaduras e fissurações na estrutura de concreto armado. Armaduras expostas e oxidadas e vegetação crescendo nas juntas de dilatação, indicam sérios danos estruturais.
Viaduto do Ogunjá - Localizado na av. D. João VI e construído em concreto armado, passa sobre a av. Vale do Ogunjá. Av. Dom João VI Extensão: 30 m Inaugurado em 1969 Concreto de proteção em péssimo estado na base do tabuleiro e no pilar de sustentação são problemas aparentes do viaduto.
Ferragens expostas e concreto em avançado estado de decomposição podem ser observados na estrutura do viaduto. Viaduto Mascarenhas de Moraes - Localizado no início da av. Cardeal da Silva, sobre a av. Garibaldi, com estrutura em concreto armado. Av. Cardeal da Silva Extensão: 60 m Inaugurado em 1968
Eflorescências e camadas de proteção do concreto degradadas são principais problemas. Armaduras expostas em grande parte da estrutura requerem ação corretiva imediata.
Ponte sobre o rio Jaguaribe, na orla marítima da região do Clube Sesc e localizada na pista de retorno da Orla (sentido Itapuã-Pituba), construída em concreto armado. Próximo ao Clube Sesc Extensão: 100 m A estrutura apresenta fortes pontos com patologias: ferragens expostas e oxidadas, camada de proteção do concreto soltando-se e infiltração em diversos locais.
A estrutura do viaduto está inteiramente comprometida, devido à queda da camada de proteção das ferragens, que estão totalmente expostas. Rachaduras e infiltrações na estrutura são danos aparentes.
514 municípios; 120 mil km de vias urbanas; 19.842,9 km de rodovias; 13.600 km pavimentados; 6.243 km não-pavimentados; Vias municipais da Bahia Estradas estaduais da Bahia 1.500 pontes e viadutos (600 mil metros aproximadamente); Representam patrimônio de US$ 4 bilhões Estradas federais da Bahia (Dnit) 5.170 km de rodovias; 4.300 km pavimentados; 870 km não-pavimentados; Patrimônio estimado em US$ 1,6 bilhão.
Rodovia BR 101 Buracos na pista tornam a via quase intransitável. Rodovia BR 116, Rio - Bahia O péssimo estado de conservação da rodovia compromete o tráfego.
Rodovia BR 116, Rio - Bahia Verdadeiras crateras na pista são atentados contra a integridade dos veículos. Rodovia BR 242 População incluindo crianças - faz da atividade de tapar buracos com areia uma forma de renda.
Rodovia BR 324 A pista deteriorada confirma a falta de manutenção das estradas federais na Bahia. Rodovia BR 324 Rodovia sofreu raspagem e aguarda asfaltamento.
Rodovia BR 324 Defensas de concreto rompidas afetam segurança na ponte. Canal do rio Camurigipe Vegetação e lixo assoreiam e diminuem seção do córrego.
Exemplos nacionais Elevado Aristides B. Machado Santos/SP Guarda-corpo destruído, colocando em risco os pedestres. Junta de dilatação rompida no tabuleiro central do elevado.
Viaduto Florêncio de Abreu São Paulo/SP Ao longo dos anos, os caminhões que passam pelo local foram atingindo a viga principal, comprometendo a estrutura. Ponte Caxangá Recife/PE Ruptura do aterro de uma das cabeceiras oferece risco aos usuários.
Ponte represa Capivari BR 116 Em 25 de janeiro de 2005, o sistema de drenagem do sistema não conseguiu escoar todo o volume de água do local. A infiltração da água no solo da encosta provocou deslizamento de terra, que atingiu os pilares da estrutura. A erosão provocou recalque nos pilares de apoio do último e penúltimo tramo da ponte, causando deslocamentos grandes e o colapso do tabuleiro. Cerca de 70 metros da ponte desabaram. A previsão é que a recuperação seja concluída neste segundo semestre de 2005, ao custo de R$ 7,21 milhões.
Proposições do Sinaenco Alocar recursos orçamentários para obras de manutenção nas três esferas de poder federal, estaduais, municipais Realização de inspeção anual nas obras de infra-estrutura Definir programa permanente de manutenção Contratar projetos de qualidade, gerenciamento e fiscalização de obras, visando à melhoria dos empreendimentos e ao aumento da durabilidade da infra-estrutura Integrantes da comissão - José Roberto Bernasconi Presidente do Sinaenco - Roberto de Oliveira Facchinetti - Presidente do Sinaenco/BA - João Coelho da Costa - Vice-presidente de Ciência e Tecnologia Sinaenco - Luiz Edmundo Prado de Campos Vice-diretor Escola Politécnica/Ufba - Ademir Santos Escola Politécnica/Ufba - Anibal Coelho da Costa Ecla Engenheiros Consultores - Fotos Rodrigo Prada/Mandarim - Produção Fábio Martins/Mandarim - Divulgação - Mandarim Comunicação - Realização Sinaenco - Apoio Sinaenco/BA, Escola Politécnica Ufba, Dnit, Derba, Petrobras, Abeor-Aneor, Abpv, Prefeitura de Salvador.