Infra-estrutura do Interior de São Paulo: Prazo de validade vencido. Realização: Sinaenco

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1 Infra-estrutura do Interior de São Paulo: Prazo de validade vencido Realização: Sinaenco Objetivos Alertar as autoridades e a sociedade sobre a urgência e a importância da adoção por parte dos órgãos públicos das três esferas de poder (federal, estaduais e municipais) de uma política permanente de manutenção, com destinação de recursos financeiros, humanos e tecnológicos para essa questão. 1

2 Justificativa A maioria das obras-de-arte (como pontes e viadutos, por exemplo), rodovias, ferrovias, hospitais e escolas públicas, hidrelétricas e linhas de transmissão, entre outras, foi projetada e construída na década de 1940, quando começam as grandes obras rodoviárias (vias Dutra e Anchieta, entre outras), siderúrgicas (CSN), hidrelétricas (Henry Borden, da década de 1930, e Ilha Solteira, do final da década de 1960). Nos estados e municípios, a situação é ainda pior, devido ao fato de que boa parte da infra-estrutura urbana das principais metrópoles foi executada no início do século 20 e, assim, está com seu prazo de validade vencido há alguns anos. As conseqüências, portanto, começam a ser sentidas com maior intensidade nas áreas centrais e mais antigas de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife, e regiões antigas como Região Norte do Estado de São Paulo. O trabalho Os exemplos, escolhidos entre inúmeros outros possíveis, foram analisados, ou compilados, por engenheiros de empresas associadas ao Sinaenco, especialistas nas áreas abordadas. Os dados que disponibilizamos são, em sua maioria, de análises dos problemas aparentes desses bens públicos, decorrentes da falta de manutenção devido à ausência de uma política definida para essa área. 2

3 Araraquara Viaduto Gerson Massafera: Viaduto apresenta diversos pontos de infiltração e armaduras expostas em sua estrutura. 3

4 Viaduto Leonardo Barbieri Comprometimento das armaduras das vigas da ponte, pelo choque de caminhões Viaduto Raphael Barbieri Ferragens expostas e oxidadas. Presença de vegetação indica ponto com infiltração. 4

5 Viaduto Pontilhão João Mantese Sobrinho Franca 5

6 Viaduto da Av. Ismael Alonso Y Alonso sobre a Av. Antonio Quintanilha Pintura não consegue ocultar os problemas estruturais: armaduras expostas. infiltrações e tabuleiro em avançado processo de degradação. Ponte General Teles sob Av. Antonio Barbosa Filho Estrutura da ponte apresenta trincas, infiltrações e corrosão do concreto. 6

7 Ponte José Ferraz de Camargo Rua Batatais O processo de degradação da ponte pode ser observado com perda do cobrimento do concreto e armaduras enferrujadas. Córrego da Av. Hélio Palermo Quase toda a extensão do canal sofre com a falta de manutenção. 7

8 Rodovia Fábio Talarico - km 39 Saída para Restinga Tabuleiros danificados devido ao abalroamento por caminhões altos. São Carlos 8

9 Galeria no córrego Bicão (Recreio dos Bandeirantes) Galeria celular rompida pela força das águas. Em dias de chuva quantidade de lixo favorece a enchentes. Galeria no córrego Santa Maria Leme A galeria cedeu e esta desalinhada. 9

10 Ponte sobre o córrego do Gregório (Sesc) Solapamento da sustentação da ponte e pontos com armaduras expostas. Viaduto Av. São Carlos Presença de vegetação indica pontos de infiltração e falta de manutenção. 10

11 Viaduto Fepasa A frondosa árvore crescendo na estrutura do viaduto, embora aparentemente ecológica, revela sério problema estrutural. No detalhe amplo distanciamento dos vãos do viaduto. Ribeirão Preto 11

12 Av. Fabio Barreto x Rua Alagoas Ponte apresenta problemas de perda do cobrimento do concreto, com exposição das ferragens ao tempo, já bastante enferrujadas. Francisco Junqueira x Jerônimo Gonçalves Vigas da estrutura expostas exige reparos. 12

13 Canal Fabio Barreto Raízes da árvore romperam as defensas do córrego e ainda prejudicam a vazão do córrego Casa Tombada Diversas casas tombadas pelo patrimônio histórico de Ribeirão estão abandonadas 13

14 Castelo Branco Bosque Municipal JD Presidente Dutra Caixas de água apresentam vazamentos, rachaduras, calcificação e infiltração. Ribeirão Preto Estádios 14

15 Estádio Dr. Francisco de Palma Travassos A Jóia do Cimento Armado Inauguração: 14 de outubro de 1964 Proprietário: Comercial FC Capacidade: De 35 mil para 10 mil lugares Imprensa: 14 cabines de rádio e tv (4 cabines superiores para imprensa) Camarotes: 100 Cadeiras cativas: Vestiários: 3 (Mandante, visitante e árbitros) Túneis de acesso ao gramado: 3 Gramado: 105m x 72m Torre de iluminação do estádio na parte externa totalmente enferrujada. Concreto rompido nos pilares e vigas da estrutura do estádio. 15

16 Peças estruturais importantes enferrujadas e aparentes. Problemas semelhantes aos encontrados no estádio da Fonte Nova em Salvador / BA. Estádio Santa Cruz Inauguração: 21 de janeiro de 1968 Proprietário: Botafogo Futebol Clube Capacidade: 29 mil Tribunas sociais: 80 camarotes, 3 Tribunas de Honra, 3500 cadeiras assentos Imprensa: 30 cabines de rádio e tv 132 pares de linhas para Rádio e TV Quadros de linhas na sala de imprensa e túneis de acesso ao gramado. Vestiários: 6 Anfiteatro: 1 Alojamentos: 10 apartamentos e 15 quartos coletivos para um total de 90 atletas. Gramado: 105m x 68m 16

17 Nas áreas internas do estádio vários pontos com armaduras expostas Problemas de perda do cobrimento bi do concreto em todo anel da arquibancada com exposição das ferragens ao tempo, já bastante enferrujadas. 17

18 Proposições do Sinaenco Alocar recursos orçamentários para obras de manutenção nas três esferas de poder federal, estaduais, municipais Realização de vistoria rotineira, devendo ser realizada a intervalo de tempo regular, não superior a um ano (NBR 9452/86, ABNT) Definir programa permanente de manutenção com: - Estrutura organizacional para planejamento e execução dos trabalhos - Manual de especificações e procedimentos padronizados, incluindo os diferentes tipos de vistorias no campo, as análises e classificações das estruturas, e os trabalhos de restauração, quando necessários Contratar projetos de qualidade, gerenciamento e fiscalização de obras, visando à melhoria dos empreendimentos e ao aumento da durabilidade da infra-estrutura - Obras-de-arte especiais projetadas por técnicos especializados, em licitações de projeto realizadas por técnica e preço e não por pregão eletrônico ou menor preço. - Adoção, pelos órgãos públicos responsáveis pelos projetos, de especificações com atenção especial às medidas para durabilidade das obras e atendimento às normas técnicas. - Conservação de rotina por equipes internas e conservação especial acompanhada por consultoria externa ou profissional autônomo responsável pelo projeto. Desenvolver cadastro das pontes e viadutos, com dados quantitativos e históricos Colocar placas de finalização de obras de reforma Fiscalização rigorosa de peso e altura de caminhões Integrantes da comissão João Alberto Manaus Presidente do Sinaenco SP João Alberto Manaus Corrêa - Presidente Benno Michel Perelmutter VP de Gestão e Assuntos Institucionais Russel Rudolf Ludwig VP de Administração e Finanças Antonio Carlos B. F. de Matos - VP de Ética e de proteção à Consultoria Marcos de Carvalho Geribello - VP de Engenharia Pedro Taddei Neto - VP de Arquitetura Orlando Botelho Filho - VP de Ciência e Tecnologia Márcio Alberto Cancellara VP de Relações trabalhistas e Assuntos Intersindicais Marcelo Medeiros de Souza Unitec Engenharia Civil Ltda. Fotos Rodrigo Prada/Mandarim Realização Sinaenco SP Apoio AEAARP Associação de Engenharia Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto e Crea SP 18