12º VCIT 19/06/2012 DISCURSO DE BOAS VINDAS



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Transcrição:

12º VCIT 19/06/2012 DISCURSO DE BOAS VINDAS Senhor Presidente do IAPMEI, Senhor Presidente do Banco Popular, Senhor Presidente da SPGM, Senhor Presidente da CIP, Senhor Presidente da Comissão Directiva do COMPETE, Senhores Oradores convidados, Caros Investidores e Empreendedores presentes, Minhas senhoras e meus senhores, Comemoramos hoje 12 anos consecutivos de trabalho e serviço, prestados não só à nossa Comunidade Empreendedora, como também a todos os Investidores, quer institucionais, quer pertencentes à Comunidade de Business Angels em forte expansão nas várias Associações de todo o país. E este Congresso tem essa particularidade de ser, em simultâneo, um eixo de várias centralidades, juntando Empreendedorismo, Inovação e Financiamento num espaço único de confluência de ideias e de partilha de conhecimento e boas práticas. Agradecimentos Começando pelos Agradecimentos, pois considero ser este o momento certo para expressar o meu reconhecimento público às entidades e pessoas que aqui vou mencionar:

Dirijo, em primeiro lugar, o meu obrigado ao IAPMEI, na pessoa do seu Presidente, Dr. Luís Filipe Costa, pelo intenso e valioso trabalho que tem realizado a bem do Ecossistema Empreendedor português. Agradeço também ao Dr. Luís Costa sua intervenção neste Congresso, que já vai sendo habitual e indispensável - na Abertura dos Trabalhos, sobretudo pelo incentivo à participação activa de todos. Agradeço-lhe, por último, e mais uma vez, o apoio institucional concedido que se afigurou fundamental para a realização desta Edição. Agradeço, igualmente, ao BANCO POPULAR, na pessoa do seu Presidente, Dr. Rui Semedo, a quem deixo o meu manifesto agradecimento pela pronta disponibilidade evidenciada em associar-se como orador desta iniciativa e também por ceder, mais uma vez, o Auditório do Banco Popular para a realização deste Evento. Uma palavra também de muito apreço para a SOCIEDADE PORTUGUESA DE GARANTIA MÚTUA, na pessoa do seu Presidente, Dr. José Fernando Figueiredo, que considero um verdadeiro parceiro das iniciativas desenvolvidas pela Gesventure ao longo destes anos, e a quem muito agradeço por mais uma vez ter patrocinado a realização deste Evento. Agradeço, ainda, ao Presidente da CIP Confederação Empresarial de Portugal, Sr. António Saraiva, por se ter disponibilizado a estar presente neste Congresso, bem como por toda a confiança que em mim sempre depositou no âmbito das funções que exerço no Conselho Geral desta Confederação. Saúdo, por último, os nossos parceiros, a ABREU ADVOGADOS, a APCRI e a Agência Municipal DNA Cascais, por mais uma vez terem feito questão de se associarem à Gesventure nesta iniciativa. Minhas senhoras e meus senhores, Um dos grandes motes deste Congresso é desafiar, todos quantos aqui estão hoje, a olhar o presente com criatividade e a repensar os actuais modelos, pondo de lado todas as ideias préconcebidas que nos poderão transmitir uma visão redutora de ultrapassar a crise. A criatividade é a essência base do Empreendedorismo e, por isso, os seres humanos são empreendedores porque o desejo de criar está codificado no seu ADN.

Todavia, isto não justifica o modo como se fala, e se encara, hoje o Empreendedorismo como se fosse uma simples medida de escape para o desemprego ou, mais do que isso, uma solução automática para a recuperação económica. O Empreendedorismo deve ser encarado como uma aposta de longo prazo, que deverá ser iniciada nos programas curriculares do ensino básico e percorrer os vários níveis de ensino, permitindo às crianças e jovens serem levadas, desde muito cedo, a experimentar e a ser desafiadas a desenvolver características empreendedoras. Além disso, e tal como já o tenho afirmado inúmeras vezes quando falo sobre Empreendedorismo: A força de uma ideia mede-se pela sua abrangência e aceitação, mas também pela eficácia das acções de suporte a essas ideias com vista à sua materialização. A criação de uma Secretaria de Estado para o Empreendedorismo é, sem dúvida, um sinal de que Portugal está a ir no bom sentido. Tal como também é um bom sinal o vasto conjunto de actores que têm surgido a influenciar o Empreendedorismo em Portugal e a apoiar - cada um à sua maneira e com os seus recursos - os Empreendedores. Por todo o País vemos Autoridades Municipais, Universidades, Associações de Business Angels cujos membros possuem um Fundo de Co-Investimento com 42 milhões de euros para investir, até Junho de 2013, em novas empresas - Incubadores de empresas, Aceleradoras de empresas, Plataformas de Crowdfunding, entre muitos outros, a providenciar gabinetes de apoio, formação dedicada, consultoria gratuita ou maior acessibilidade a capital, o que demonstra estarmos efetivamente no bom caminho para um Ecossistema mais completo e saudável. É preciso não esquecer que é absolutamente indispensável olear bem este Ecossistema Empreendedor se quisermos que ele se venha a assumir como um verdadeiro motor da mudança que nos devolva a confiança no futuro. Voltando ao mote deste Congresso a Criatividade é preciso ter presente que Criatividade é saber questionar a realidade e procurar novas soluções para ultrapassar problemas e desafios, é

tentar em novas maneiras de procura de capital, novas formas de investir e de co-investir, novos modelos de negócio e novos métodos de gestão. Importa aqui ressaltar a tendência para, em períodos de crise e incerteza, se procurar formas alternativas de investimento como o recurso às operações mezzanine em que se conjuga as características da dívida e do capital próprio, assumindo frequentemente a forma de empréstimo subordinado ou convertível em capital, ou ao quasi-equity em que se conjuga equity com receitas provenientes das vendas. O recurso ao mercado de capitais, por via do Alternext, será seguramente outra importante fonte alternativa de financiamento para as start-ups portuguesas, permitindo-lhes o acesso a uma comunidade financeira que poderá contribuir para o reforço dos seus capitais próprios, liquidez das acções e captação de novos investidores. Neste contexto, revelar-se-ia extremamente importante a criação do Fundo para dar liquidez às PME cotadas, que foi anunciado nas Grandes Opções do Plano para 2010-2013, no âmbito de uma parceria entre o IAPMEI e a NYSE Euronext Alternext Lisbon, promovendo-se, assim uma menor dependência do financiamento bancário e o reforço das estruturas de capitais das PME. Outra alternativa que poderá ser interessante para as start-ups portuguesas é o recurso ao financiamento de serviços (por ex.: de informática e de software), em regime de renting, permitindo à empresa tirar partido do retorno que possa gerar o seu investimento em termos de vendas, enquanto paga o serviço de forma diluída. Existem ainda outras iniciativas mais vocacionadas à criação de emprego e visam sobretudo desempregados e jovens que procuram criar o seu posto de trabalho e que acreditam nas suas competências. Recordo-me em particular da linha protocolada entre a CGD, as Sociedades de Garantia Mútua (SGM) e a Sociedade de Investimento (SPGM) que permite financiamentos bonificados de 7 anos até 100.000 (Microinvest e Invest+). Creio, no entanto, que de entre as várias formas alternativas de financiamento às start-ups, os Business Angels são quem mais se tem assumido como investidores de excelência no financiamento de novos negócios. A comprovar esta realidade, temos os 40 investimentos por

estes realizados em 34 empresas, no valor de 7.3 Milhões de Euros, no âmbito do Programa de Co-Financiamento com Business Angels promovido pelo COMPETE, que abrangeu um total de Fundos Disponíveis de 43 Milhões de Euros e um envolvimento de 200 Business Angels e 54 Entidades Veículo. Comparando estes dados com a informação disponível sobre os investimentos realizados pelas Sociedades de Capital de Risco, a discrepância é notória, pois apesar de as SCR terem mais dinheiro para investir (com um total dos Fundos Disponíveis de 187 Milhões de Euros) estão a fazêlo muito menos que os Business Angels (10 projectos realizados no valor de 5 Milhões de euros), privilegiando os investimentos nos estágios de desenvolvimento mais avançados das empresas e a não apostar em seed capital e start-up. Espero também que o Programa Estratégico +E+I e a recente aprovação da configuração do Conselho Nacional para o Empreendedorismo e a Inovação, venham a contribuir para a implementação no nosso País dos três factores impulsionadores de uma cultura empreendedora: a introdução de métodos no sistema educacional que potenciem a transmissão de competências empreendedoras; o desenvolvimento das capacidades individuais das pessoas com vista à diferenciação; e a aposta na criatividade e em novas maneiras de fazer as coisas, em qualquer sector de actividade. Creio, pois, que a concretizar-se a visão estratégica subjacente a este programa, tal irá reflectir-se no arranque de novas empresas, na sustentação de muitos empresários dinâmicos e na constatação de que os sistemas de ensino imprimem, na educação e no modo de estar dos nossos jovens, o valor do sentimento empreendedor. Espero, igualmente, que a Reforma do Capital de Risco Público, inserida no âmbito do pacote de medidas para reforçar as condições de financiamento à economia, se venha a traduzir num efectivo apoio aos projetos com «boas equipas e bem pensados». Todavia, e anteriormente a tudo isto - iniciativas, programas estratégicos, modelos de negócio há um requisito prévio de verificação indispensável sem o qual nada disto funciona.

Compete, em primeiro lugar, a cada um de nós reflectir sobre as próprias competências e saber que tipo de empreendedorismo deve adoptar: Criar uma empresa? Reconverter-se profissionalmente? Renegociar as suas funções com a direcção da empresa? Mudar de região ou até mesmo de país? Esta condição é essencial para que a nossa opção seja mais do que uma aposta num negócio viável à volta de uma ideia, e seja, acima de tudo, uma fonte de motivação e de realização pessoal, indispensável para ultrapassar todos os desafios que vão surgir. Penso que este Congresso não poderia ser mais propício à reflexão. É por isso que o debate e a partilha são tão importantes! A todos, muito obrigado. Francisco Banha Presidente da GESVENTURE fbanha@gesventure.pt www.gesventure.pt