Qual o âmbito deste protocolo e que tipo de projectos pretende apoiar?
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- Renata Figueiroa do Amaral
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1 QUESTÕES COLOCADAS PELO JORNALISTA MARC BARROS SOBRE O PROTOCOLO ENTRE A FNABA E O TURISMO DE PORTUGAL Qual o âmbito deste protocolo e que tipo de projectos pretende apoiar? Com propostas para fazer e programas concretos, suportados em ações de eficiência coletiva, a FNABA tem vindo a tornar-se uma voz respeitada no quadro da Sociedade portuguesa mas também junto das Associações representativas do setor quer a nível europeu quer mundial. É esse o sentido da assinatura deste Protocolo de Parceria entre o Instituto de Turismo de Portugal e a FNABA pois estamos convictos de que o setor do Turismo continuará a ser um dos motores de desenvolvimento da economia portuguesa e que a Comunidade portuguesa de Business Angels poderá ser uma peça essencial no financiamento de novas empresas que irão contribuir para melhorar a competitividade do Turismo nacional pela via da inovação e da diferenciação. De facto mediante a troca de informação e conhecimento especializado, de apoio técnico na análise de operações e de esforços comuns de divulgação, pretende-se apoiar o desenvolvimento de projetos turísticos diferenciados e em fase de arranque, como atividades de animação turística, serviços de apoio ao sector de empresas de base tecnológica, e outras iniciativas de interesse para o turismo. De referir que o protocolo estabelece também a possibilidade de criação de mecanismos de financiamento específicos de apoio ao empreendedorismo no setor turístico para além dos mecanismos de financiamento já disponibilizados pelo Turismo de Portugal - nomeadamente a Linha de Qualificação da Oferta estabelecida com o setor financeiro, com uma dotação mínima de 120 milhões de euros e pela própria comunidade portuguesa de Business Angels a qual dispõem de um Fundo de Co-investimento no valor de 42 milhões de euros.
2 O turismo, não sendo um sector em que os Business Angels actuam preferencialmente, possui mais-valias que o tornem interessante para investir em Portugal? Importa ter presente que a conjugação do ciclo económico em que Portugal se encontra, onde cada vez mais empreendedores têm sonhos e ideias de novos negócios, associado à fragmentação dos mercados, à volta de interesses específicos está a criar segmentos alvos potenciais de grandes volumes em particular no sector do Turismo que naturalmente faz antecipar oportunidades de investimento por parte dos Business Angels portugueses principalmente em projectos que promovam a inovação nos serviços turísticos e o desenvolvimento de novas experiências e produtos turísticos. Tendo a indústria mundial de turismo, no presente, mais de 900 milhões de turistas anuais e perspectivando-se um crescimento futuro significativo baseado nos referidos nichos de mercado - só por curiosidade refiro os (i) observadores de pássaros com mais de 80 Milhões de pessoas envolvidas (ii) praticantes de mergulho (15M) (iii) jogadores de golfe (80M)(iv) turismo sénior (36M só na Europa)(v) religioso(300m)(vi) vela (10M) entre muitos outros - facilmente se perceberá o interesse dos Business Angels por empresas que pesquisem e produzem soluções capazes de satisfazer esses nichos de mercado, aproveitando assim as enormes oportunidades económicas derivadas da sua dimensão à escala global, que lhes permitem tornar-se os casos de sucesso de amanhã.
3 Qual o montante disponível para investimento por parte dos Business Angels? Antes de responder à sua questão gostaria de aproveitar a presente oportunidade para informar que também no nosso País a actividade de Business Angels já é a fonte primária de financiamento dos projetos em fase de arranque, normalmente designados por seed capital e startup, conforme demonstra o facto de nos últimos dois anos terem sido efetuados, 109 investimentos, em 78 novas empresas, no montante global de 14,2 milhões de euros. Refira-se que o citado valor apenas diz respeito aos investimentos efectuados no âmbito do Fundo de Co-Investimento criado com base no Programa Compete, o qual ainda possui disponível para investimentos, até Junho de 2015, cerca de 28 milhões de euros do montante inicial de 42 milhões de euros. Diga-se com toda a justiça que a existência destes significativos montantes ao dispor da Comunidade portuguesa de Business Angels ou mais concretamente de 51 grupos de Business Angels dispersos pelo País, apenas foi possível em função do excelente relacionamento alcançado entre a FNABA, o Gabinete do Gestor do COMPETE, IAPMEI, PME Investimentos e Caixa Capital, demonstrando assim que existindo vontade das partes envolvidas os resultados acabam por acontecer com benefício para toda a Sociedade Portuguesa.
4 Pode dar algum exemplo do tipo de projecto que seja elegível para investimento? Estamos a falar, por exemplo, de unidades hoteleiras, projectos de apoio ao turismo ou outro tipo de projectos? Estou convicto que a generalidade dos leitores, do jornal Vida Económica, já interiorizou que os Business Angels são investidores individuais que, diretamente ou através de sociedades veículo, investem no capital de empresas em fase de arranque de atividade, com potencial de crescimento e de valorização, providenciando, além do apoio monetário, conhecimentos técnicos e de gestão, bem como a facilitação de contactos. Tendo presente esta caracterização dificilmente veremos Business Angels a investir em infra-estruturas, normalmente associadas ao alojamento, mas sim no conjunto de bens e serviços associados ao Turismo que por uma questão de simplicidade poderia designar por software ou mesmo engenharia dos produtos que se encontrem capazes de responder eficazmente aos reptos das novas tendências de mercado e em particular às provenientes do mercado Turístico. Mais importante que estar a dar um exemplo só no dia da assinatura do Protocolo cinco empreendedores, apoiados presentemente por Business Angels portugueses, apresentaram os seus negócios os quais iam desde os serviços de música ambiente para hotéis, comercialização de produtos portugueses através de uma plataforma online, software para gestão hoteleira, serviço turístico digital sobre a cidade de Lisboa e mesmo ao lançamento de uma exposição com actividades sobre a mítica empresa americana NASA importa sensibilizar todos aqueles que detetem uma oportunidade que possa ser escalável, para a qual possuam uma solução - tecnológica ou não - e uma Equipe capaz de a implementar do ponto de vista operacional e económico que não deixem de contactar os responsáveis das diversas Associações de Business Angels, que constituem a FNABA através do seu sítio
5 pois, se precisam de Smart Money este é o momento certo para o fazerem. Francisco Banha Presidente da Direcção da FNABA 29 de Julho de 2013
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