Melhoramento de gado de leite no Brasil Realizações e perspectivas. Fernando Enrique Madalena Consultor autônomo www.fernandomadalena.



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Transcrição:

Melhoramento de gado de leite no Brasil Realizações e perspectivas Fernando Enrique Madalena Consultor autônomo www.fernandomadalena.com

Algumas ações de pesquisa e desenvolvimento no melhoramento de gado de leite no Brasil 1975 Pesquisa de Estratégias de Cruzamentos 1977 1 0 programa de Teste de Progênie no Brasil: Mestiço Leiteiro Brasileiro (MLB) Composto 1985 Teste de Progênie Gir: Projeto 1976 FAO/ EMBRAPA Execução 1985 c ABCGIL 1994 - Teste de Progênie + MOET Guzerá 1997 - Teste de Progênie Girolando

Possíveis estratégias de cruzamentos 1. Absorção por Holandês 2. Cruzamento rotacional Hol-Zebu 3. Cruzamento rotacional Hol-Hol-Zebu 4. Cruzamento tríplice (ex. Hol-Jer-Z) 5. Reposição contínua com fêmeas F1 6. Uso de touro mestiço (nova raça)

EXPERIMENTO DA EMBRAPA/FAO Comparação de 6 cruzamentos de Holandês VB x Guzerá 527 novilhas de 1/4 a < 31/32 HVB Grupos contemporâneos Em 67 fazendas da Região Sudeste Manejo alto e baixo. Ordenha c/ bezerro, 2X Acompanhamento até os 12 anos de idade Avaliação econômica

Alto

Baixo

Produção de leite por lactação, em cruzamentos HVB x Guzerá, em 67 fazendas, de alto e baixo nível de manejo Madalena et al. (1990) 3500 3000 kg 2500 2000 H "Alto" "Baixo" 1500 1000 1/4 1/2 5/8* 3/4 7/8 >31/32 Grau de sangue HVB *Bimestiças

Número total de lactações em cruzamentos de Holandês x Guzerá em 60 fazendas (Lemos et al. 1996) 6 5 n o 4 3 2 1 0 1/4 1/2 5/8* 3/4 7/8 >31/32 Grau de sangue Holandês * bimestiças

Características com heterose, determinantes da superioridade econômica das F 1 Produção e % de proteína* e gordura, por lactação e por dia de vida útil Sobrevivência de bezerras e vacas Idade ao primeiro parto Vida útil Preço da vaca de descarte Resistência aos carrapatos* e vermes* *1/4 superior a F 1

Lucro por dia de vida útil, em 2 níveis de manejo, expresso em kg de leite 5 4 Madalena et al. (1990) Niv. "Alto" Niv. "Baixo" kg 3 2 Heterose 1 0-1 -2 1/4 1/2 5/8* 3/4 7/8 >31/32 *bimestiças Fração de Holandês

Lucro líquido por vaca, por dia de vida útil, para quatro estratégias de cruzamentos comparadas com a F 1 Madalena et al. (1990) 100 F1=100 F1=100 % da F1 80 60 40 20 0 75 41 75 48 59 30 H-H-Z H-Z 5/8 Bim PC -20-40 -18 Nível alto -21 Nível baixo

Lucro líquido/receitas = 29% Venda de bezerros à desmama = 25% da receita total Ordenha 2X, com bezerro, calmamente, acostumando as novilhas antes do parto a passar pela sala de ordenha (aumentou a produção 15% ) 250 há, pastejo rotacionado de Brachiaria decumbens e brizanta Silagem de milho + cana-uréia p/ vacas em lactação, na seca Concentrados durante a ordenha Monta natural, 1 touro (de fertilidade comprovada): 50 vacas (Ruas et al 2008)

Produção de leite / intervalo de partos, em vários trabalhos no Brasil, com ordenha manual ou mecânica 12 10 HPB x Gir Mec Sem bez 8 kg/d 6 4 2 HVB x Guzerá Manual e Mec C/ bez HPB x Gir Manual Sem bez 0 1/4 3/8 1/2 5/8 3/4 7/8 1 Fração de genes de Holandês

F 1 Cal Holstein x (½ Gir Leit. ¼ Guzerá Leit. ¼ Nelore) Holstein x (½ Gir Leit. ½ Nelore) 3000 vientres cebú Santiago (2004, 2008)

Fazenda do Riacho, Matozinhos-MG 250 F 1 produzem ¾ com FIV sêmen sexado Custo da prenhez = R$ 600 Perdas embrionárias = 18% Reposição das F 1 1 vaca Gir ou HPB alugada p/ aspiração de ovócitos banal (Lúcio Machado)

itambé PIMG - PROGRAMA ITAMBÉ DE MELHORAMENTO GENÉTICO O PIMG... visa ajudar os cooperados a... melhorarem a genética de seus rebanhos através da aquisição de novilhas com prenhez confirmada de fêmea 3/4 Holandês-Zebu (HZ). As receptoras leiteiras.. levam no ventre embriões provenientes de Fertilização in Vitro (FIV)... filhas de mães 1/2 sangue Girolando registradas e com controle leiteiro oficial - com média acima de 5 mil Kg por lactação, e de pais Holandês PO provados em teste de progênie com índices positivos para leite e sólidos (proteína e gordura). http://www.mercadodogado.com.br/itambe/

F 1 em barriga de F 1 (Ademir M. Ferreira, EMBRAPA, Marcos B. Ferreira, EPAMIG) Brasil: 300.000 embriões por ano, 60.000 de raças leiteiras 2,7 prenhezes/aspiração (Vianna, 2010) Se 90% fêmeas e 30% mortalidade embrionária + pós natal 1,7 novilhas/aspiração 1000 vacas F 1 requerem 140 novilhas F 1 de reposição/ano requerendo 82 aspirações/ano 2 doadoras zebu seriam suficientes (?) Centros especializados são necessários TE em fazendas comuns teve baixa eficiência, taxa de prenhez 26% vs 40% na EMBRAPA Goulart et al. (2009)

Projeto Desenvolvimento do Mestiço Leiteiro Brasileiro (MLB) Embrapa/FAO, 1977-92 Objetivo: desenvolver critérios de seleção em mestiço, combinando produção, reprodução, peso e adaptação Material: rebanhos de criadores e instituições, que desenvolviam mestiços separadamente Método: juntar esses rebanhos num programa único, para possibilitar teste de progênie, para estimação de h 2 s e r g s Touros provados eram sub-produto Quinona ½ HPB:Gir EMBRAPA

Lila 1/2 HVB:1/4 Jersey:1/4 Zebu Escola Agric. Florestal, MG Projeto Mestiço Leiteiro Brasileiro - MLB Vacas elite, mães de touros As de maior produção de leite, nos 14 rebanhos mestiços disponíveis Qualquer raça e cor Grau de sangue ½ a ¾ B. taurus Seresta ½ HPB:Gir EMBRAPA Vitinga ¾ HPB:Gir EMBRAPA

Projeto Mestiço Leiteiro Brasileiro - MLB Touros no teste de progênie, filhos das vacas elite e touros de sêmen importado ou mestiços. Grau de sangue ½ a 7/8 B. taurus Reboleiro 7/8 HPB:Gir EMBRAPA Heraldo - 5/8 HVB:Guzerá EMBRAPA Uvo 5/8 HPB: Guzerá, Dr. Osmany Junqueira Dias S. José do Rio Pardo, SP Oceano ½ Dinamarqués Vermelho:1/4 HVB:1/4 Zebu Dr. Olavo Barbosa Guaxupe, MG

Projeto Mestiço Leiteiro Brasileiro Produção de leite segundo o grau de sangue do pai 1402 filhas, de 80 reprodutores adaptado de Freitas et al (1998) Grau de sangue Bos taurus do pai 5/8 3/4 7/8 Leite/lactação, kg 1857 2012 1962 N 0 de lactações 829 840 693

Herdabilidades de características leiteiras (h 2 ) e correlações genéticas com o número de carrapatos (r g ) Conceição Jr. (1998) h 2 r g Leite 0,23 0,06 Proteína 0,21-0,14 Gordura 0,29 0,07 Duração da lactação 0,10-0,13 No. de carrapatos 0,49 -

Herdabilidades e correlações genéticas da produção de leite, peso e idade ao 1 0 parto em gado mestiço (MLB) Vercesi Filho (2003) Prod. leite 0,28 0,05-0,22-0,59 Id. 1 0 parto 0,48-0,05 0,02 Peso da vaca 0,42 0,68 Ganho peso 0,18 da novilha h 2 Idade ao Peso da Ganho peso. 1 0 parto vaca da novilha

Projeto MLB Conclusões técnicas Grau de sangue flexível justificado: houve pequenas diferenças entre as filhas de touros 5/8, 3/4 e 7/8 Não houve diferença entre touros filhos de sêmen importado e filhos de touros mestiços Sérios problemas no sêmen congelado: tardios (18 a 24 m) e alta proporção de touros descartados (36% 72/200) Parâmetros genéticos para leite, resistência aos carrapatos e peso

Projeto MLB Conclusões operacionais Teste de progênie perfeitamente viável (base operacional e treinamento equipe para testes posteriores: Gir, Guzerá, Girolando) Mercado nacional e estrangeiro para sêmen de mestiços provados Aceitação de compostos multiraciais, independentemente de tipo ou pelagem Milhares de vacas controladas, disponíveis para testes de progênie Teste para resistência aos carrapatos de facilmente implementável Desenvolver raças é tarefa para gestão privada (burocracia, pressões...)

Melhoramento do Gir Leiteiro Empírico 1950s Testes de progênie -1985 ABCGIL/ EMBRAPA 40 touros/ano, c 38 filhas c/, 65% mestizas, 35% Gir 334 touros já avaliados Médias (n=34 000 1 a lact.) Leite em 305 d: 2985 kg Dias de lactação: 281 Proteína: 3,2 % Gordura 3,8 % Gir lechero

Teste de progênie da ABCGIL/EMBRAPA Responsáveis: Dres. Mario Luiz Martinez ( ) y Rui S. Verneque Controle leiteiro mensal Modelo animal, BLUP Características avaliadas: Produção de leite na 1 a lactação, proteína, gordura, lactose, ST medidas corporais, casco, úbere, temperamento, facilidade de ordenha, cumprimento do umbigo Correções estatísticas: Efeitos de rebanho-ano do parto, época, grau de sangue, idade ao 1 0 parto DNA Kapa caseína, lactoglobulina, DGAT1, CVM, BLAD, DUMPS Sumário anual Outro sumário de touros Gir e Gir Mocho por UNESP/ ABCZ

Valor genético médio (kg) por ano de parto (Gentileza Dr. Rui Verneque) Valor Genético médio (kg) 550 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0-50 -100 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 Ano de parto 30 kg/ano 1,1% da média VG (Gir + mestiço) VG (Gir)

Preços médios em leilões de gado leiteiro realizados em 2010 Raça Número de lotes Preço médio, R$ Gir Leiteiro 3.875 17.796 Guzerá Leiteiro 367 6.460 Holandês 4.703 3.822 Jersey 497 3.716 Girolando 25.059 3.015 Fonte: DBO ( Jan 2011) Inclui fêmeas, machos, prenhezes e aspirações

Vercesi Filho et al. (2007) De 152 touros Gir Leiteiro com sêmen a venda 27% são filhos de 2 pais 42% são filhos de 5 pais F no Gir Leiteiro = 5,9 %

Muitos touros tem evaluación genética para carne y leche Melhoramento do Guzerá de dupla aptidão Três programas para leite Ass. Criadores/EMBRAPA 1) núcleo MOET 2) teste de progênie 3) controle leiteiro Banco de dados único Sumário anual p. leite Outro programa para carne ANCP (privado) Banco de dados própio Sumário p. carne

Prueba de progenie/moet de Guzerá (Peixoto et al 2014) 126 touros com teste de progênie 170 famílias de MOET 74 rebanhos 6438 primeiras lactações (82% Guzerá, 18% mestizas) Médias Leite em 305 d: 2148 kg Duração da lactação: 278 d Proteína: 3,3 % Gordura: 4,4 % Idade ao 1 0 parto: 43 m

Leite em 305 d, kg Valor genético, kg Tendências genética ( ) e fenotípica ( ) para produção de leite no Núcleo MOET- Guzerá Peixoto et al. (2006) 183 kg/ano 8% Ano do parto

Teste de progênie no Girolando (Silva et al 2014) Período 2000-2013 57 touros já avaliados 727 rebanhos Médias 1 er lactação n 20 000 Leite em 305 d: 4534 kg Girolando Dias de lactação: 292 Idade ao 1 0 parto: 35 m

Ganho genético anual no Girolando (Canaza Cayo, 2013) Leite 305 d Idade 1 0 parto Intervalo de partos Período kg % da média dias % da média dias % da média 1979-1996 1,5 0,0 0,3 0,0-0,3-0,1 1997-2007 41,4 1,1-1,9 0,2 0,4 0,1

Caminante no hay camino se hace camino al andar Antonio Machado

kg de leite Intervalo de partos, meses Serviços/concepção Produção de leite por lactação, intervalo de partos e número de serviços/concepção no Holstein EUA Lucy (2001) Leite Intervalo S/C

Taxa de prenhez % Tendências genéticas na taxa de prenhez nos EUA USDA (2003) No Holandês no Brasil Correlação genética entre produção de leite e intervalo de partos = 0,75 Por cada 1000 kg leite a mais, 40 dias a mais de intervalo de partos (Silva et al, 1998) Ano de nascimento

Causas da queda de fertilidade e saúde no Holandês Seleção aumentou produção, mas nem tanto o consumo de alimentos Reservas corporais insuficientes balanço energético negativo Seleção para maior angulosidade ( forma leiteira ) levou a vacas mais descarnadas, com menos reservas (pior condição corporal) Uso de descendentes de reprodutores famosos causa consangüinidade

Novilhas necessárias anualmente para reposição (/100 vacas), em diferentes situações de vida útil Vida útil, anos Novilhas reposição Novilhas disponíveis EUA 1 Holandês Castro 2 Holandês otimizado 3 F 1 Hol x Guz 4 3,3 2,9 4,6 8,4 30,3 34,5 21,8 11,9 37,9 42,9 Fontes: 1 USDA, 2002, 2 Balde Branco, 2003, 3 Cardoso et al., 1999, 4 Lemos et al., 1999

Valor genético dos reprodutores na Noruega Em unidades de desvio padrão Svendsen e A-Ranberg (2000) Noruegesa vermelha Leite Mamite σ Fertilidade Velocidade ordenha, vazamento, distocia e partos prematuros (materno e direto) Cetose, febre do leite, retenção de placenta Ano de nascimento das filhas

Impacto ambiental de dois sistemas de produção de leite nos EUA 250 acres, 85 vacas Hol confinadas vs 130 vacas Hol x Jersey a pasto Rotz et al. (2009) USDA Confinamento Pastagem Perda de sedimentos, kg/ha 1135 150 Acúmulo/perda de P, kg/ha -3,6 +2,5 Lixiviação de N, kg/ha 21,8 36,2 N em lençol freático, ppm 8,3 8,1 Emissão de metano, kg/ha 204 210 Pegada de carbono, kg equivalente CO 2 /kg leite corregido por energia 0,65 0,59 Sequestro de C, kg C0 2 /há/ano 0 3814 Pegada de C incluindo sequestro, kg equivalente CO 2 /kg leite corrigido por energia 0,65 0,13