MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA. Integradora II T.02 SOBRE A ANÁLISE DINÂMICA MIEM. Integradora II. Elaborado por Paulo Flores - 2015



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Transcrição:

MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA Elaborado por Paulo Flores - 2015 Departamento de Engenharia Mecânica Campus de Azurém 4804-533 Guimarães - PT Tel: +351 253 510 220 Fax: +351 253 516 007 E-mail: pflores@dem.uminho.pt URL: www.dem.uminho.pt 1

T.02 SOBRE A ANÁLISE DINÂMICA 1. Introdução 2. Leis de Newton 3. Equações do Movimento 4. Exemplo de Aplicação 5. Revisão de Conhecimentos 6. Consultas Recomendadas 2

1. Introdução De um modo suficientemente abrangente pode dizer-se que a análise dinâmica de sistemas mecânicos inclui o estudo das caraterísticas do movimento dos corpos, tendo em consideração as causas ou origens do movimento. As caraterísticas do movimento dos corpos incluem, em geral, as posições, as velocidades e as acelerações, quer lineares, quer angulares. As causas ou origens do movimento, por seu lado, referem-se fundamentalmente às forças e/ou momentos que são aplicados aos corpos. O conceito de força generalizada inclui quer as forças, quer os momentos. Do mesmo modo, deslocamento generalizado diz respeito tanto a deslocamentos lineares como deslocamentos angulares. A dinâmica é, pois, um subdomínio da Mecânica em que se estudam os movimentos dos corpos sujeitos à ação de forças e/ou momentos. Por seu turno, a cinemática é a disciplina da Mecânica em que se estudam as caraterísticas (posições, velocidades e acelerações) do movimento dos corpos, independentemente das causas que dão origem ao movimento. 3

1. Introdução A análise dinâmica possibilita prever o movimento causado por determinadas ações (forças e/ou momentos) ou vice-versa, conforme se trate de uma análise dinâmica direta ou inversa, respetivamente. A análise dinâmica direta permite calcular as caraterísticas do movimento dos corpos dos sistemas mecânicos, tendo como base o conhecimento das forças e/ou momentos que atuam no sistema. A análise dinâmica inversa possibilita determinar as forças e/ou momentos que se desenvolvem num dado sistema mecânico, tendo como base o conhecimento da sua cinemática e das propriedades inerciais dos corpos que o constituem. Em ambos os casos se utiliza a segunda lei de Newton, mas de forma distinta, i.e. F a m F ma em que a equação (1) é utilizada em dinâmica direta, e a equação (2) é usada para a análise dinâmica inversa. (1) (2) 4

2. Leis de Newton As leis de Newton (1642-1727) são três leis que possibilitam o estudo do movimento dos corpos materiais, mormente a sua análise dinâmica. Relembre-se que o movimento diz respeito à variação temporal da posição relativa dos corpos no espaço. Isaac Newton Newton estabeleceu com singular genialidade as ditas leis de Newton publicadas na sua obra prima conhecida por Principia (Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica Princípios Matemáticos de Filosofia Natural). A primeira lei de Newton pode ser enunciada do seguinte modo: Todos os corpos permanecerem em estado de repouso, ou movimentando-se de maneira uniforme em linha reta, a não ser que sejam impelidos a mudar de situação por forças que sejam aplicadas sobre eles. Principia de Newton 5

2. Leis de Newton Na verdade, esta lei traduz o princípio da inércia primeiramente estudado por Galileu (1564-1642), o qual diz que quando é nula a força resultante num corpo em movimento, então a sua velocidade é constante. Pode, pois, inferir-se a existência de movimento sem que haja força a atuar nos corpos. Galileu Galilei Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso Um corpo com velocidade constante tende a manter essa velocidade 6

2. Leis de Newton A segunda lei de Newton postula que: A mudança do movimento é proporcional à intensidade da força aplicada, e ocorre na direção da linha reta em que a força é aplicada. Esta lei, também denominada lei ou princípio fundamental da dinâmica, pode ser expressa do seguinte modo, F ma (3) em que o produto da massa de um corpo pela aceleração causada por uma determinada força é igual, em módulo, a essa força, sendo o sentido da aceleração o mesmo que o da força. Exemplos de aplicação da segunda de lei de Newton, lei fundamental da dinâmica 7

2. Leis de Newton A equação (3) é válida para velocidades muito inferiores à velocidade da luz e em sistemas de referenciais inerciais ou Newtonianos. Um referencial que descreve um movimento acelerado em relação a um outro referencial é denominado de referencial não inercial e em relação ao qual não são aplicáveis as leis de Newton. A terceira lei de Newton pode ser enunciada da seguinte forma: A toda a ação corresponde sempre uma reação igual e contrária, ou as ações recíprocas de dois corpos, um sobre o outro, são sempre iguais e orientadas em sentidos opostos. Esta lei traduz o princípio de ação e reação, i.e., dois corpos exercem um sobre o outro forças de igual magnitude, com a mesma direção, mas em sentidos opostos. Exemplos de aplicação da terceira lei de Newton, lei da ação e reação 8

3. Equações do Movimento De um modo geral, pode dizer-se que as equações do movimento de sistemas mecânicos são desenvolvidas a partir da segunda lei de Newton ou lei fundamental, a qual pode ser apresentada do seguinte modo: a força que resulta de um dado conjunto de forças, que atuam num dado corpo, produz naquele uma aceleração que atua na mesma direção e no mesmo sentido da força resultante. F 2 F 3 F R CG CG m m a F 1 Força resultante de um conjunto de forças que atua num corpo Matematicamente, esta lei pode ser escrita do seguinte modo F F R ma (4) e que traduz, como já foi dito, a segunda lei de Newton. 9

3. Equações do Movimento D Alembert (1717-1783) estabeleceu que o somatório das forças exteriores que atuam num corpo material, conjuntamente com a força inércia (ma), formam um sistema de forças em equilíbrio. Este equilíbrio, dito equilíbrio dinâmico, pode ser traduzido da seguinte forma F ma 0 (5) e que é, na verdade, equivalente à segunda lei de Newton. Deve referir-se que na abordagem acima exposta apenas se refere o movimento de translação. Assim, de modo análogo, para o movimento de rotação é válida a seguinte relação M Ia (6) onde M representa o momento resultante (momentos puros e momentos das forças), expresso em [Nm], I é o momento mássico de inércia, expresso em [kgm 2 ] e a diz respeito à aceleração angular, expressa em [rad/s 2 ]. 10

3. Equações do Movimento Na verdade, a equação (6) é equivalente à segunda lei de Newton para o caso do movimento de rotação, e é frequentemente denominada de equação de Euler (1707-1783). Com efeito, no caso mais geral do movimento plano de um corpo rígido não constrangido podem ser escritas três equações do movimento. Duas relativas ao movimento de translação e uma relativa ao movimento de rotação, ou seja F x ma x F 2 F 3 (7) F y ma y M z Ia F 1 M 1 CG M 2 (8) (9) As equações (7)-(9) representam as equações do movimento de translação e de rotação de um corpo material no espaço bidimensional. Estas equações são também denominadas equações de Newton-Euler, as quais constituem a base da análise dinâmica de qualquer sistema mecânico, desde os mais simples até aos mais complexos. 11

4. Exemplo de Aplicação Considere-se o caso simples de um corpo material de massa m, em queda livre e em que se despreza a resistência do ar. Deste modo, a única força exterior aplicada ao corpo é a que resulta a aceleração gravítica. m CG y x F g Assim, da aplicação das equações do movimento resulta que F y ma y F g ma y (10) ou seja mg ma y a y g (11) 12

4. Exemplo de Aplicação Tal como seria expectável, um corpo em queda livre, em que a resistência do ar é desprezada, move-se com uma aceleração igual à aceleração da gravidade. Numa abordagem numérico-computacional e genérica, no que diz respeito à análise dinâmica deste modo, podem resumir-se nos seguintes passos: 1. Definir as condições iniciais, ou seja, y 0, v 0, t 0, t final e Dt 2. Calcular as forças que atuam no corpo, isto é, F g = mg 3. Calcular, para o instante t, a aceleração do corpo, resolvendo, para o efeito, a equação (10) a t F g m 4. Calcular a velocidade no instante seguinte, integrando a aceleração, isto é (12) v tdt v t a Dt t (13) 13

4. Exemplo de Aplicação 5. Integrar a velocidade para obter a posição, ou seja, y tdt y t v Dt t (14) 6. Atualizar as variáveis de estado, voltar ao passo 2 e prosseguir a análise até se atingir o tempo final da simulação (t final ) e em que se incrementa o tempo, isto é, t t Dt (15) Na metodologia apresentada utiliza-se como algoritmo de integração o método de Euler, que sendo bastante simples proporciona resultados aceitáveis quando o passo de integração (Dt) é adequado (suficientemente pequeno). Esta metodologia é bastante fácil de implementar em programas computacionais, tais como o Excel e o Matlab. Finalmente, deve referir-se que os resultados obtidos utilizando esta metodologia para o caso da queda de um corpo sem atrito do ar podem ser confirmados utilizando a análise cinemática tradicional. 14

5. Revisão de Conhecimentos Defina análise dinâmica de sistemas mecânicos. Distinga análise cinemática de análise dinâmica. Caraterize a análise dinâmica direta. Apresente a primeira lei de Newton. Descreva a segunda lei de Newton. Exponha a terceira lei de Newton. Apresente as equações de Newton-Euler para um corpo rígido. Estude, utilizando as equações de Newton-Euler, o movimento de um corpo em queda livre considerando a resistência do ar. Quais as implicações das equações de Newton-Euler no projeto e no desempenho do carro? 15

6. Consultas Recomendadas Antunes, F. (2012) Mecânica Aplicada - Uma abordagem prática. Lidel. Flores, P. (2012) Análise Cinemática e Dinâmica de Mecanismos - Exercícios resolvidos e propostos. Publindústria, Porto. Flores, P., Claro, J.C.P. (2007) Cinemática de Mecanismos. Edições Almedina, Coimbra. https://pt.wikipedia.org/wiki/cinemática https://pt.wikipedia.org/wiki/dinâmica https://pt.wikipedia.org/wiki/equações_de_movimento https://www.youtube.com/watch?v=dv-mxahhwg0 https://www.youtube.com/watch?v=ih48lc7wq0u https://www.youtube.com/watch?v=yf0bn0kq7ou 16