PERFIL DOS DOCENTES DE PÓS-GRADUAÇÕES COM ENFOQUES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA



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Transcrição:

PERFIL DOS DOCENTES DE PÓS-GRADUAÇÕES COM ENFOQUES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA Humarah Danielle de Lima Vasconcelos e-mail: humarah@hotmail.com Alda Leaby dos Santos Xavier e-mail: alda_leaby_15@hotmail.com Larrissa Araujo Santos e-mail: larissa.araujo@hotmail.com Luciana Soares de Souza e-mail: luciana-vaz@hotmail.com Edevaldo da Silva e-mail: edevaldos@yahoo.com.br RESUMO A Educação Ambiental deve fazer parte da formação permanente de todos os cidadãos e abranger todos os espaços e níveis educativos. Nesse sentido, essa pesquisa objetivou analisar o perfil acadêmico dos docentes de pós-graduações da Universidade Estadual da Paraíba. Por meio da Plataforma Lattes e informações dos Programas de Pós-graduação da instituição de ensino pesquisada, foram identificados os docentes que atuam em área ambiental, linha de pesquisa e/ou ministra disciplinas afins à Educação Ambiental. Os resultados demonstram que a instituição possui 18 programas de pós-graduação, sendo apenas 5 com enfoque ambiental, e 17 professores com linha de pesquisa e/ou ministra disciplina na área ambiental. Destes professores 41,2% (7) são professores com graduação na área de ciências naturais e, 58,8% (10) são da área de ciências humanas e exatas. Parte dos docentes da área de ciências naturais tenderam a escolhe uma formação interdisciplinar, equilibrando o percentual entre as duas ciências (naturais: 52,9% e humanas e exatas: 47,1%) quanto a formação a nível de mestrado. Entretanto, os

professores preferiram retornar à sua linha de pesquisa na escolha do curso de doutorado, tendo percentual similar ao percentual da graduação (naturais: 35,3%, humanas e exatas: 41,2%). Esses resultados revelam que os docentes tenderam a se especializar de forma interdisciplinar a nível de mestrado, mas, retornaram à sua grande área em seu doutoramento, agregando valor de conhecimento interdisciplinar à sua área de formação inicial. Palavras-Chave: formação; Interdisciplinaridade; espaços educativos. INTRODUÇÃO Ainda são tímidas as iniciativas que inserem a Educação Ambiental em contextos educativos, e suas práticas tem sido sugerida e realizada entre os vários níveis de ensino (REIS, et al., 2013). A interdisciplinaridade ambiental é um processo de pesquisa, conhecimento, levantamento e análise, em busca de um único objetivo: compreender e resolver problemáticas socioambientais. Segundo Rabelo et al. (2013) o método científico foi necessário para um conhecimento e avanço tecnológico especializado, mas que deixou uma cegueira disciplinar. Várias pesquisas em Educação Ambiental são feitas por mestres e doutores de diversas áreas do conhecimento, contemplando assim a principal característica da Educação Ambiental: estar presente em todas as áreas do conhecimento e níveis de educação (CAPORLINGUA, 2012). Segundo Morales, (2007): O espaço da pós-graduação contribui para as problematizações na questão sócio ambiental e para as reflexões acerca da educação ambiental que perpassam os fundamentos para a compreensão das relações complexas entre o social e o ambiental. A Educação Ambiental é essencial para a transformação. Desta forma, é necessário que ela esteja presente em todos os espaços educativos, de forma interdisciplinar e transversal. Os programas de pós-graduação interdisciplinares focalizados na temática ambiental constituem um importante papel social e científico, não interferindo apenas no ensino homogêneo universitário, pois ela promove um contato entre profissionais de variadas formações acadêmicas (ROCHA, 2003).

O presente estudo teve como objetivo analisar o perfil acadêmico dos docentes de pós-graduações da Universidade Estadual da Paraíba quanto as suas titulações acadêmicas. METODOLOGIA O presente trabalho foi realizado através de uma pesquisa descritiva quantitativa, por meio da coleta de dados minuciosa sobre os docentes que atuam em área ambiental, linha de pesquisa e/ou ministra disciplinas afins à Educação Ambiental. Esses dados foram coletados em Junho de 2014, no site da Plataforma Lattes e informações dos Programas de Pós-graduação da instituição pesquisada. Após identificar os cursos de pós-graduação com linha de pesquisa e/ou disciplinas na área ambiental, identificou-se os professores que atuam nessa linha de pesquisa e/ou ministram disciplinas afins à Educação Ambiental. Para avaliar o perfil desses docentes, foram coletados os dados referentes às suas titulações (graduação, mestrado e doutorado) e o ano que eles obtiveram essas titulações. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na universidade pesquisada foram quantificados 18 programas de pósgraduação, tendo apenas cinco com enfoque ambiental. Dentre estes cursos foram encontrados 17 professores que possuíam linha de pesquisa e/ou ministrava disciplina com enfoque ambiental, sendo 70,6% de homens e 29,4% de mulheres. A maioria dos docentes (64,7%) tivera formação de graduação nas décadas de 1980 e 1990 (Figura 1A). 58,9% se especializaram a nível de mestrado na década de 1990 (Figura 1B) e 70,6% obtiveram o título de doutor entre 1995 e 2003. Parte deles tem graduação na área de ciências naturais (Tabela 1), a saber: ciências biológicas (06) e bioquímica (01). Para os docentes (58,8%) da área de ciências humanas e exatas, as áreas de formação na graduação foram: meteorologia (02), engenharia química (01), engenharia civil (01), química (01), ciências econômicas (01), comunicação social (01), ciências sociais (01) sociologia (01) e letras (01). Mas, esse percentual entre as ciências naturais, humanas e exatas tenderam a equivalerem no mestrado, onde alguns dos professores com formação em ciências

humanas e exatas optaram por fazer mestrado na área de ciências naturais, o que gerou um percentual de 23,5%. A B C Figura 1 Histograma de frequências do ano de graduação (A), mestrado (B) e doutorado (C) dos professores da instituição pesquisada (N = 17). Tabela 1 Frequência simples (Fa) e relativa (Fr) dos professores das pós-graduação segundo a grande área de suas titulações Grande Área Graduação Mestrado Doutorado Fa Fr Fa Fr Fa Fr Ciências Humanas 5 29,4 9 52,9 5 29,4 Ciências Naturais e Exatas 12 70,6 8 47,1 12 70,6 Entretanto, no doutoramento, os professores tenderam a retornarem às suas áreas, mantendo o percentual das grandes áreas (naturais: 35,3%, humanas e exatas: 41,2%) semelhante à apresentada na graduação. De modo geral, a educação prepara o ser humano para o desenvolvimento de suas atividades ao longo da vida dando suporte aos vários aspectos sejam eles, econômicos, sociais, científicos e tecnológicos, impostos por um mundo globalizado (CASCAIS e TERÁN, 2011). A multiplicidade de disciplinas e diversas áreas de conhecimento devem ser integradas, de forma interdisciplinar, com um objetivo comum: analisar a viabilidade ambiental de políticas, planos, programas e projetos de empreendimentos significativamente impactantes. Essa interdisciplinaridade foi observada nas titulações da maioria dos docentes da universidade pesquisada.

CONCLUSÕES A maioria dos docentes integrantes de pós-graduação na área ambiental da universidade pesquisada obtiveram suas titulações de mestrado e doutorado na década entre 1990 e 2005, sendo, boa parte deles, da área de ciências humanas. Apesar dos docentes da área de ciências naturais preferirem especialização a nível de mestrado, na área de ciências humanas, foi observada tendência da preferência do doutoramento em suas áreas de formação da graduação. Entretanto, o docente retorna à sua área com uma formação interdisciplinar. REFERÊNCIAS REIS, M.; OLIVEIRA. M. N.; PERLINGEIRO, V. R.; GALIETA, T. A educação ambiental na formação inicial de professores de biologia: concepções, componentes curriculares e possibilidades de ações segundo os licenciados. Ensino, Saúde e Ambiente. v. 6, n. 3, pp. 96-113, dez. 2013. RABELO, S. L.; RABELO, S. M.; FREIRE, S. S. G.; OLIVEIRA, V. P. V.; LIMA, S. P. V. P. A experiência do prodema na pós graduação brasileira: ciência para a sustentabilidade na UFC. Revista Brasileira de Pós-graduação. v.10, n.21, pp. 633-660, outubro de 2013. CAPORLINGUA, H. V. A inserção da pesquisa em educação ambiental na pós graduação brasileira: o debate a partir do PPGEA/FURG. Pesquisa em Educação Ambiental. v. 7, n.2, pp. 65-78, 2012. MORALES, M. G. A. O processo de formação em educação ambiental no ensino superior: trajetória dos cursos de especialização. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental. v. 18, pp. 283-302, 2007. ROCHA, D. E. P. Trajetórias e Perspectivas da Interdisciplinaridade ambiental na pós graduação brasileira. Ambiente e Sociedade. v. VI, n. 2, pp. 155-182, dez. 2003. CASCAIS, M. G. A.; TERÁN, A. F. Educação formal, informal e não formal em ciências: contribuições dos diversos espaços educativos. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, pp. 1-9, Manaus, agosto de 2011.